O Mais Antigo Livro de Cozinha Portugues
O Mais Antigo Livro de Cozinha Portugues
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O MAIS ANTIGO LIVRO DE COZINHA
PORTUGUÊS — RECEITAS E SABORES*
Introdução
* O texto que agora se publica foi apresentado nas "Jornadas Bem-Dizer e Bem-
-Comer" que se realizaram em Coimbra, nos dias 29 de Novembro - 1 de Dezembro de
1991. Fomos convidados pelo Departamento de Cultura e T urismo da Câmara Municipal
de Coimbra a quem, na pessoa do seu Director, Dr. Vasco Pereira da Costa, dirigimos o
nosso reconhecimento.
Desejamos deixar, aqui, expresso um particular agradecimento ao nosso muito
prezado Colega Dr. Rui Cunha Martins pela preciosa colaboração que nos prestou na
indicação e cedência de vários trabalhos que aqui utilizámos. Lamentamos, todavia, que
essa colaboração não se tivesse estendido à própria concepção deste estudo mas
compromissos de ordem profissional e académica a isso o obrigaram. Reconhecida
estamos ainda, e mais uma vez, ao Senhor João Mateus pelo apoio técnico prestado, na
concepção dos quadros e gráficos deste trabalho.
64 María José Azevedo Santos
(1) Sobre este assunto veja-se, entre outros, Bruno Laurioux, "Les premiers livres de
cuisine", in L’Histoire, n° 85, 1986, pp. 51-55 e ainda J. L. Flandrin-Olive Redon, "Les
livres de cuisine italiens des XTVe et XVe. siècles", in Arche ologia Me diev ale, VUI, 1981,
pp. 393-408.
0 mais antigo livro de cozinha português 65
Os "manjares de carne"
(6) É a cozinha médicalisée de que nos fala Bruno Laurioux chamando, muito
pertinentemente, a atenção para a estreita ligação que existiu, naldade Média, e em outras
épocas, entre a culinária e a medicina. Só o termo receita, desde logo, as aproxima. Não
deve, pois, ser considerada inédita e estranha a inclusão de receitas medicinais em livros
de cozinha. Mais, aquele facto associado ao tamanho, geralmente pequeno, e ao material-
suporte de escrita (papel) conduzem-nos ao manuscrito de cozinha, tipo, de que o da
infanta D. Maria é mais um exemplo. Bruno Laurioux, "Entre savoir et pratiques: le livre
de cuisine à la fin du Moyen Age", in Médiévales, 14, Paris, 1988, pp. 60-68.
(7) Dando-se conta deste facto, o Professor Antonio Gomes Filho, em 1963, ao editar
o manuscrito em estudo optou, sem qualquer esclarecimento, por omitir aquelas seis
receitas (Um Tratado da Cozinha Portuguêsa do século XV. Reproduçciofac-similar do
ms I-E-33 da Biblioteca Nacional de Nápoles; leitura diplomática; leitura moderna e
índice de vocábulos, Instituto Nacional do Livro, 1963).
70 María José Azevedo Santos
0 mais antigo livro de cozinha português 71
(8) Sobre a importância dos títulos das receitas culinárias, veja-se Alain R. Girard,
"Du manuscrit à l’imprimé: le livre de cuisine en Europe aux 15e et 16e siècles", in Actes
du Colloque de Tours de mars 1979, Paris, 1982, pp. 109 e segs.
72 Maria José Azevedo Santos
E s p e c ia ría s
de uns, como os porcos, ovelhas, cabras, carneiros, e o consumo mais escasso de outros,
como o boi, a vaca, ou mesmo, excepcional, o do cavalo. A vocação alimentar destes
últimos era secundária, pois o seu papel desenvolvia-se no domínio dos trabalhos
agrícolas, dos transportes, ou ainda da guerra (no caso do gado equino). Gado bovino e
cavalar, normalmente, só no fim da vida eram abatidos e aplicados na alimentação (M.
Montanari, ob. cit., pp. 37-41). Reforçando o que acabamos de referir indique-se a carne
comprada pelo mosteiro de Santa Cruz de Coimbra no ano de 1534-1536:
906 carneiros, 1 bode, 27 bois, 3 vacas, 20 ovelhas e 2 cordeirinhos, para leite (Maria
Helena da Cruz Coelho, "Receitas e despesas do mosteiro de Santa Cruz de Coimbra em
1534-1535", in Homens, espaços e poderes, séculos XI-XVI. II. Domínio senhorial,
Lisboa, 1990, pp. 95-96. Cfr. Quadro I.
(18)Por toda a Europa, o azeite é utilizado, sobretudo, como gordura alternativa para
os dias de Quaresma e abstinência (J. L. Flandrin-Olive Redon, "Les livres de cuisine
italiens des XIVe et XVe siècles", p. 403).
0 mais antigo livro de cozinha português 75
Ervas aromáticas
(19 ) Consumo maciço de especiarias que Bruno Laurioux considera ser produto de
uma tradição secular que via no seu uso um factor favorável à digestão. Reprova, assim,
aopiniãode alguns estudiosos que, pelo contrário, veem no uso exagerado das especiarias
uma forma de neutralizar ou disfarçar a putrefacção de muitos alimentos {Le Moyen Age
à table, Paris, 1989, p. 40). Ainda que anterior àquela obra veja-se, do mesmo autor, MDe
l'usage des épices dans l'alimentation médiévale", in Médiévales, 5, Paris, 1983, pp. 15-
-31.
(20 ) Domingos Rodrigues, mestre de cozinha da Casa Real, no reinado de D. Pedro
II, e autor do livro, A Arte de Cozinha, escreveu: "onde se nomearem todos os adubos, se
entende pimenta, cravo, noz-moscada, canela, açafrão, e coentro seco"; "se nomearem
espécies pretas, entendam porpimenta,cravo-da-India, noz-moscada" {A Arte de Cozinha
de Domingos Rodrigues. Leitura, apresentação, notas e glossário por Maria da Graça
Pericão e Maria Isabel Faria, Lisboa, 1987, p. 207).
76 María José Azevedo Santos
Outros ingredientes
Açúcar e sal
(23) Residiria aqui um dos factores daquilo que B.H. Slicher van Bath designa por
"sede inextinguível" e que o homem medieval "mataria" com enormes quantidades de
vinho (Iria Gonçalves, O património do mosteiro de Alcobaça nos séculos XIV e XV,
Lisboa, 1989, p. 82). Aliás, Salvador Dias Arnaut baseando-se, entre outros dados, no
sentido figurativo em que surge, muitas vezes, o verbo beber, admite que na Idade Média
a sede não se anularia com o recurso a outra bebida senão o vinho (A arte de comer em
Portugal na Idade Média, pp. 34-35).
(24) Salvador Dias Arnaut documenta o uso do açúcar na alimentação portuguesa,
pelo menos, desde o último quartel do século XIII. Aponta para o século XV a existência
da função "açucareiro" do rei (A arte de comerem Portugal na Idade Média, p. 46). Cfr.
A. H. de Oliveira Marques, A Sociedade Medieval Portuguesa, p. 12. Não queremos,
todavia, deixar de aludir ao emprego do açúcar como mezinha ou medicamento.
O próprio livro da Infanta D. Maria é bem prova disso ao incluir na "receita para
esquinencia" (LXVI) uma onça de açúcar refinado. Outros exemplos encontramos no
6
78 Maria José Azevedo Santos
0 mais antigo livro de cozinha português 19
ciai (* 25), cuja atracção para as bocas dos sécs XV-XVI se mostrou
irresistível.
Além de ser misturado na carne ou na massa dos pastéis, foi fre
quentemente usado para, com a canela, dar cor e beleza, final, ao
prato. Mas o açúcar está ainda presente em algumas das nove
receitas que indicam que a carne, de galinha ou outra, deve ir por
cima de fatias de pão passadas em ponto de açúcar.
Os "manjares de ovos"
Livro dos Conselhos de el-rei D. Duarte (Livro da Cartuxa), transcrição de João José
Alves Dias, Lisboa, 1982. É o caso da "reçepta d agoa pera dor d olhos”
(p. 250); do "Regimento que o homem deue de ter pera auer em pouco tempo boa lena"
(pp. 268-269) e dos "poos do duque" (p. 271). Todas aquelas receitas, com fins
terapêuticos, incluem quantidades e qualidades variáveis de açúcar. Curiosa é ainda a sua
presença em receitas de tinta para escrever. Neste caso, com a finalidade de dar brilho e,
por isso, o emprego de açúcar candil (Maria José Azevedo Santos, Da visigótica à carotina
- a escrita em Portugal de 882 a 1172, Coimbra, 1988, pp. 56 e 331. Acrescente-se,
finalmente, que o açúcar é, ao lado do bacalhau, da batata, do chá e do café, do cacau e
do chocolate, e ainda do milho, um dos mais importantes "alimentos novos" da nossa
culinária e farmacopeia (José Mon tal vão Machado, "Alimentos antigos e alimentos
novos", in Anais da Academia Portuguesa da História, II Série, vol. 29, Lisboa, 1984, pp.
516-518).
(25) Excelente prova disso, encontramos no facto de uma delegação de cónegos do
mosteiro de Santa Cruz de Coimbra que se deslocou a Roma, em 1558, para tratar de
negócios da sua casa, ter oferecido ao seu Auditor, no Natal daquele ano, aves, canela,
pimenta e um "pão de acuquare" (Maria Helena da Cruz Coelho e Maria José Azevedo
Santos, De Coimbra a Roma - uma viagem em meados de Quinhentos, Coimbra, 1990,
pp. 42 e 101.
(26) Lembremos, porém, que no caderno dos manjares de carne se incluiu uma receita
de ovos "receita dos canudos dos ovos mexidos" que, j untamente com as acima referidas,
eleva para cinco o número de receitas de manjares de ovos. Cfr. Quadro II.
80 Maria José Azevedo Santos
Os "manjares de leite"
(29) O que levou Maguelonne Toussaint-Samat a escrever: "La gustation est donc une
affaire de sensations physiques mais aussi une prise de conscience, une analyse, bref un
acte intellectuel" (ob. cit., p. 398).
(30) Como nos confirma a receita de manjarjbranco incluída no livro de receitas da
última abadessa do mosteiro de Santa Clara de Évora, Sóror Maria Leocádia do Monte
do Carmo, Livro das receitas de doces e cozinhados vários (1729), apresentação e notas
de Manuel Silva Lopes, Lisboa, 1988, pp. 13-14.
(3 *) Éo caso dos padres de S. Francisco de Santarém a quem, pela 2a metade do século
XVI, as clarissas, da mesma cidade, obsequiavam com aquela deliciosa iguaria (Maria
Angela V. da Rocha Beirante, ob. cit., p. 250.
(32) Bruno Laurioux, Le Moyen Age à table, p. 45 (são, ali, publicadas receitas de
manjar-branco de manuscritos franceses e ingleses do século XIV). Cfr. Salvador Dias
Arnaut, A arte de comer em Portugal na Idade Média, pp. 114-117.
(33) Veja-se Quadro III. Sobre a substituição da carne de galinha por outras, como de
peixe ou lagosta, veja-se a obra de Salvador Dias Arnaut, citada na nota anterior, p. 117.
82 María José Azevedo Santos
0 mais antigo livro de cozinha português 83
códice são também fritos mas levam leite e arroz, por isso manjar
de leite. Curioso é ainda o nome "almojávenas". Termo de origem
árabe, baptiza uns bolinhos de queijo que, só pelos ingredientes, se
imagina serem deliciosos e bem próprios de uma mesa nobre.
Finalmente, unidos pelos ingredientes, que não variam em qua
se nada (36) de uns para os outros, temos mais quatro manjares de
leite: tigeladas de leite (duas receitas), pastéis de leite e leite cozido.
As "cousas de conservas"
(37) O estudo que Maria Ángela V. da Rocha Beirante fez sobre a alimentação
quinhentista das religiosas de Santa Clara de Santarém permitiu-lhe registar o consumo
de muitos bolos e doces cuja nomenclatura é igual à do Livro de Cozinha: fartéis, cuja
receita não andariamuito longe daquelaque conhecemos, pois, incluia mel, azeite e erva-
doce; inassapães, confeitos, diacidrão, pão-de-ló e biscoitos (ob. cit., p. 249).
(38) José Pedro Machado, Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa, s.v.
marmelada.
(39) Sobre as dúvidas de significado que alguns termos levantam veja-se Livro de
Cozinha da Infanta D. Maria, índice de palavras, pp. 167 e segs.
(40) E citando uma vez mais a estada dos cónegos crúzios em Roma, entre 1558-1561,
e numaprovaevidente do requinte que constituiriam as "cousas de conserva", diga-se que
presentearam o Cardeal Borromeu com fruta de conserva e caixas de marmelada (Maria
Helena da Cruz Coelho e Maria José Azevedo Santos, ob. cit., p. 104).
86 Maria José Azevedo Santos
(41) Veja-se, por exemplo, o trabalho de Manuela Santos Silva, "Para o estudo da
produção frutícola do concelho de Loulé", sep. das Actas das III Jornadas de História
Medieval do Algarve e Andaluzia, Loulé, 1989. A autora, baseando-se nos "Livros de
repartição da fruta" do séc. XV, conclui que em Loulé, pela centúria de Quatrocentos,
existia um forte comércio de exportação de fruta seca, figos e uvas, destinado à Flandres,
Brabante e cidades alemãs (p. 257). Curioso é referir que já um manuscrito francês do
século Xm, conservado naBibliotecaNacionai de Paris, cita, entre outros produtos, figos
e uvas que chegam do reino de Portugal (Salvador Dias Arnaut, A arte de comer em
Portugal na Idade Média, p. 43).
(42) A fruta proibida, ao longo dos tempos, foi, sobretudo, a "verde" dado o perigo de
doenças que podia causar o seu consumo. Em tempo de peste, aquele perigo aumentaria
e, por isso, figos, amêndoas verdes, e ameixas, não podiam sequer entrar na cidade de
Florença, pelo ano de 1348 (Joie, Agrimi e Chiara Crisciani, Malato, medico emedicina
nelMedioevo, Torino, 1980, p. 230. Entre nós, D. Duarte através do "Regimento que fez
o muy claro senhor rey dom eduarte" desaconselha, entre outros alimentos, as cerejas e
pêssegos {Livro dos Conselhos de el-rei D. Duarte, p. 253). Mas a fruta "verde" continua
a ser perseguida, pois, no século XVI, em Coimbra, proíbe-se a sua venda, e na centúria
seguinte aquela que fosse encontrada na Praça seria lançada ao rio (António de Oliveira,
A vida económica e social de Coimbra de 1537 a 1640, vol. II, Coimbra, 1972,
p. 336).
(43) Sobre o consumo de fruta na mesa de D. Afonso V, veja-se o nosso estudo "O
peixe e a fruta na alimentação da corte de D. Afonso V - breves notas", sep. da Revista
Brigantia, vol. Dl, n° 3, 1983, pp. 312-313.
(44) Cfr. a riqueza frutícola da região alcobacense de Quatrocentos bem assinalada
na obra de Iria Gonçalves, O património do mosteiro de Alcobaça nos séculos XIV e XV,
pp. 93-96.
0 mais antigo livro de cozinha português 87
(4^) Todos eles, aliás, ainda hoje empregues na nossa alimentação sem que os
congelados, ou o frio, tivessem demonstrado a sua fraqueza ou inutilidade.
(4^) Sobre este fruto veja-se Livro de Cozinha da Infanta D. Maria, p. 183.
88 Maria José Azevedo Santos
Águas
(4?) Sobre este doce, vejam-se curiosas referências em Salvador Dias Arnaut, A arte
de comer em Portugal na Idade Média, pp. 105-107.
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Outros ingredientes
A cozinha
(50) Sem pretendermos, de forma alguma, ser exaustiva citemos alguns trabalhos que
publicam manuscritos com alguma riqueza de indicação de alfaias de cozinha. Maria José
Azevedo Santos, "As origens do mosteiro de S. Paulo de Almaziva", sep. de Arquivo
Coimbrão, vol. XXX, Coimbra, 1982 (apêndice documental, doc. 1 (1220); Noémiada
Conceição Simas Mendes, Palavras concretas de um inventário do séc. XIV, Coimbra,
1961 (doc. de 1366); Maria Helena da Cruz Coelho, "O senhorio crúzio do Alvorge na
centúria de Trezentos", in Homens, espaços e poderes (séculos XI-XVI). II. Domínio
senhorial, (apêndice documental, doc. de 1367); Maria José Azevedo Santos, "O peixe
e a fruta na alimentação da corte de D. Afonso V - breves notas", (apêndice documental
ms. de 1474).
92 Maria José Azevedo Santos
2. O pessoal
3. Conselhos práticos
(33) Salvador Dias Arnaut, A arte de comer em Portugal na Idade Média, pp. 51 e
segs.
(^4) Atentemos nas formas verbais: "apará-las-ão"; "tomarão a perdiz"; "deitar-lhe-
-ão o caldo"; "temperá-la-ão"; "emborcá-la-ão". Cfr. Marianne Mulon, "Les premières
recettes médiévales", in Pour une histoire de P alimentation, Paris, 1970, p. 240.
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Conclusão
(55) Sobre alguns aspectos do estar à mesa no séc. XVII veja-se, de Maria Isabel
Ribeiro de Faria e Paulino Mota Tavares, "Aspectos do comer e estar à mesa no século
XVn português", sep. do Boletim do Arquivo da Universidade de Coimbra, vol. X, 1990,
pp. 271-311.
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APÊNDICES
Maria José Azevedo Santos
(b) Como caso único, esta receita inclui frutos secos (amêndoas e pinhões).
(c) Diz-se apenas carne.
(d) Ensina-se apenas a entremear com o toucinho.
0 mais antigo livro de cozinha português 97
^ Como o próprio título indica esta receita inclui marmelos, e ainda tutanos de vaca.
^ Refere-se apenas que se faz da têmpera dos pastéis de leite mas sem açúcar.
Quadro IV • Coisas de conserva
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Maria José Azevedo Santos
IV - Pastéis de carne
V - Tigelada de perdiz
VI - Galinha mourisca
VII - Galinha albardada
VIII - Pastéis de tutanos
IX - Alfitete
X - Receita das morcelas
XI - [Receita das morcelas]
XII - Como se fazem os frangãos para os hécticos
XIII - Receita dos tutanos
XIV - Receita da torta
XV - Receita de pastel de fígados de cabrito
XVI - Receita dos canudos dos ovos mexidos
XVII - Receita da lampreia
XVIII - Receita da vaca picada em seco
XIX - Receita do desfeito da galinha
XX - Receita dos pastéis dos pombinhos
XXI - Receita dos pastéis lepardados
XXII - Receita da galinha alardada
XXIII - Esta é a receita da galinha cozida e ensopada
XXIV - Receita do coelho
XXV - Receita da galinha mourisca
XXVI - Receita dos lâparos
XXVII - Receita das boldroegas
XXVIII - Receita do coelho em tigela
XXIX - Receita da tigelada de perdiz
XXXI - Canudos
XXXII - Ovos de laços
XXXIII - Pastéis de marmelos
XXXIV - Manjar-branco
XXXV - Pastéis de leite
XXXVI - Leite cozido
XXXVII - Tigelada de leite
XXXVIII - Beilhós de arroz
XXXIX - Tigeladas de leite de Dona Isabel de Vilhena
XL - Alinojávenas de Dona Isabel de Vilhena