I Q Geral
I Q Geral
I Q Geral
Turma: “B”
Nampula, Outubro
2022
Universidade Católica de Moçambique
Nampula, Outubro
2022
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FOLHA DE FEEDBACK
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota /
Máxima tutor Subtotal
Capa 0.5
Índice 0.5
Estrutura Aspectos Introdução 0.5
organizacionais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização (indicação
clara do problema) 1.0
Introdução Descrição dos objectivos 1.0
Metodologia adequada ao 2.0
objecto do trabalho
Conteúdo Articulação e domínio do
Análise discurso académico (expressão 2.0
discussão escrita cuidada, coerência/coesão
textual).
Revisão bibliográfica nacional e
internacional revelantes na área 2.0
de estudo.
Exploração dos dados 2.0
Conclusão Contributos teóricos práticos 2.0
Aspectos Formatação Paginação, tipo e tamanho de 1.0
gerais letra, paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
6a ed. e citações Rigor e coerência das citações/ 4.0
e bibliografia referências bibliográficas
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Índice
1.Introdução ................................................................................................................................ 4
1.1.Objectivos ............................................................................................................................. 4
1.2.1.Geral .................................................................................................................................. 4
1.2.2.Específicos ......................................................................................................................... 4
1.2.3.Metodologias ..................................................................................................................... 4
4.Conclusão .............................................................................................................................. 18
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1.Introdução
O presente trabalho é referente a cadeira Química Geral, tem como tema: Evolução da Teoria
Atómica, Historial e Estrutura da Tabela Periódica. No que tange a Evolução da Teoria Atómica
focar-se-á em apresentar uma explicação acompanhada de demonstrações, exemplos de
modelos atómicos desde a antiguidade até a Mecânica Quântica. Descrever a principal
contribuição (indicando os sucessos e fracassos) para a ciência de cada um de alguns cientistas
que deram o seu contributo. E sobre o Historia e Estrutura da Tabela Periódica: destaca-se os
aspectos gerais sobre o historial de Tabela Periódica dos Elementos Químicos, desde a
antiguidade até a Lei Periódica Actual, a classificação, propriedades aperiódicas e a variação
das propriedades Periódicas (raio atômico, energia de ionização, eletroafinidade,
eletronegatividade, densidade, temperatura de fusão e ebulição e volume atômico), com
exemplos, figuras Aperiódicas.
1.1.Objectivos
1.2.1.Geral
Conhecer a Evolução da Teoria Atómica, Historial e Estrutura da Tabela Periódica.
1.2.2.Específicos
Demonstrar exemplos e modelos atómicos desde a antiguidade até a Mecânica
Quântica;
1.2.3.Metodologias
A realização do trabalho foi possível com o auxílio de diversas obras de autores que abordam
assuntos relacionados com o Tema, sites e documentos em formato PDF, detalhados nas
Referências Bibliográficas.
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2.EVOLUÇÃO DA TEORIA ATÓMICA
De acordo Com Usberco & Salvador, (2002, p. 55), “Os modelos atômicos surgiram a partir da
necessidade de explicar a estrutura da Matéria. Quando novas evidências sobre a constituição
dos átomos eram apresentadas um novo modelo atômico tentava esclarecer as descobertas”.
i. Grécia Antiga
Na Grécia Antiga, século V a.C., o filósofo grego Leucipo e seu discípulo Demócrito
imaginaram a matéria como sendo constituída por pequeníssimas partículas indivisíveis
“átomos”, como lhes chamaram. Concluíram que a matéria não poderia ser infinitamente
divisível. Se a partíssemos uma matéria variadas vezes, chegaríamos a uma partícula muito
pequena, indivisível e impenetrável a que se denominou átomo, palavra de origem grega que
deriva de "a + thomos", que significa "sem divisão".
Era uma ideia muito avançada para esta altura, mas não havia possibilidade de fazer
observações que a pudessem apoiar. Esta ideia de que os átomos seriam pequenas partículas
indivisíveis perdurou durante mais de vinte séculos.
Segundo Usberco & Salvador, (2002, p. 54), “Em 1808, baseado em factos experimentais, o
cientista britânico John Dalton (1766-1844), formulou uma teoria atômica para explicar a
constituição da matéria”, segundo Dalton:
Toda matéria é constituída por átomos; Os átomos não são criados nem destruídos: sofrem
reacções químicas, originando novas substâncias. Dalton acreditava que os átomos fossem
maciços, esféricos e indivisíveis como bolinhas de gude, por exemplo:
Pontos negativos: Como os eletrões ainda não eram conhecidos quando Dalton
formulou sua teoria, essas partículas, que hoje sabemos que fazem parte dos átomos,
não foram consideradas.
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iii. Teoria Atômica de Thomson (Modelo Pudim de Passas)
Em 1897, Joseph John Thomson (1856-1940), conseguiu demonstrar que o átomo não é
indivisível, utilizando uma aparelhagem denominada tubo de raios catódicos. Dentro do tubo
de vidro havia, além de uma pequena quantidade de gás, dois eléctrodos ligados a uma fonte
eléctrica externa. Quando o circuito era ligado, aparecia um feixe de raios provenientes do
cátodo (eléctrodo negativo), que se dirigia para o ânodo (eléctrodo positivo). Esses raios eram
desviados na direção do pólo positivo de um campo elétrico. Com base nesse experimento,
Thomson concluiu que:
Essa descoberta derrubou a teoria atômica de Dalton, que o átomo é indivisível, mas sim
formado por partículas ainda menores e, por isso, ficou conhecido como “pudim de passas”.
Ele propôs então um novo modelo, denominado pudim de passas: “O átomo é maciço e
constituído por um fluido com carga eléctrica positiva, no qual estão dispersos os eletrões”.
Como um todo, o átomo seria eletricamente neutro.
Em 1911, Ernest Rutherford, fez uma experiência muito importante, que veio alterar e melhorar
profundamente a compreensão do modelo atômico, um pedaço do metal polônio emite um feixe
de partículas α, que atravessa uma lâmina finíssima de ouro. Rutherford viu-se obrigado a
admitir que a lâmina de ouro não era constituída de átomos maciços e justapostos, como
pensaram Dalton e Thomson. Ao contrário, ela seria formada por núcleos pequenos, densos e
positivos, dispersos em grandes espaços vazios.
Rutherford, concluiu que átomo seria semelhante ao sistema solar: o núcleo
representaria o Sol; e os eletrões seriam os planetas, girando em órbitas circulares e
formando a chamada eletrosfera.
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No núcleo existem protões (p+) e neutrões (n), enquanto que nas camadas (externas)
encontram-se electrões (e-) em movimento circular.
Os Subníveis
O trabalho de Böhr despertou o interesse de vários cientistas para o estudo dos espectros
descontínuos. O número de cada nível indica a quantidade de subníveis neles existentes. Por
exemplo, o nível 1 apresenta um subnível, o nível 2 apresenta dois subníveis, e assim por diante.
Esses subníveis são representados pelas letras s, p, d, f, g, h.
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a) Existe uma ordem crescente de energia nos subníveis:
2.1.Mecânica Quântica
Segundo Condoeira et all, (2010), “O modelo de átomo dado pela mecânica quântica é o mais
moderno e complexo, ele baseia-se na forma matemática da estrutura atômica. A teoria quântica
afirma que a matéria tem propriedades associadas com ondas, razão pela qual o modelo de
átomo foi baseado nesta teoria”.
O chamado “Princípio da Incerteza” determina que o eletrões não possua posição exata
na eletrosfera, nem velocidade e direção definidas. Daí o porquê de o átomo de Bohr, com
eletrões girando em órbitas circulares, ser ultrapassado pelo modelo quântico.
Dualidade onda-partícula
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d) A colocação dos elementos no quadro periódico pela ordem em que os electrões ocupam
subníveis.
O subnível 4s2 aparece antes do subnível 3d1, de acordo com a ordem crescente de energia. No
entanto, pode-se escrever essa mesma configuração eletrônica ordenando os subníveis pelo
número quântico principal. Exemplo:
Conforme Usberco & Salvador, (2002, p. 68), “Orbital é uma região do espaço onde há maior
probabilidade de se localizar um electrão no átomo. Um nível de energia (n) é constituído por
subníveis (orbitais): s, p, d e f”.
Assim, os orbitais podem ser considerados nuvens que correspondem às regiões em que
é máxima a probabilidade de encontrarmos um determinado eletrão. O movimento do eletrão
ao redor do núcleo foi descrito por Erwin Schrödinger, em 1927, mediante equação matemática
que relaciona a natureza corpuscular (partícula), a energia, a carga e a massa do eletrão.
As soluções numéricas para essa equação, denominadas números quânticos, permitem que cada
eletrão seja caracterizado pela sua quantidade de energia.
Número Quântico
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Essa distribuição deve ser feita de acordo com os seguintes conceitos:
Princípio de exclusão de Pauli: em cada orbital atómico existem no máximo 2 eletrões
com spins opostos. Ou dois electrões num átomo não podem ter os quatro números
quânticos iguais.
Regra de Hund: Os orbitais de um mesmo subnível são preenchidos de modo que se
obtenha o maior número possível de elétrons isolados (desemparelhados).
Princípio da energia mínima: as orbitais atómicas (spins opostos) são preenchidas de
forma que a energia total seja mínima.
Distribuição Eletrônica em Orbitais
Exemplos de distribuição com a atribuição dos quatro números quânticos ao eletrão de maior
energia.
i. Grécia Antiga
As tentativas de organizar a matéria em função de suas propriedades remontam a Grécia antiga,
durante o qual filósofos como Tales de Mileto, Heráclito, Anaximandro e Anaximenes
conjecturavam sobre a divisão da matéria. Tales acreditava que toda matéria provinha da água
enquanto Anaximenes, Heráclito e Anaximandro acrescentaram o ar, fogo e o ápeiron,
respectivamente.
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O filósofo Empédocles consolidou a teoria dos quatro elementos,
incluindo a terra e retirando o ápeiron, formando assim as quatro
entidades de elementos que seriam mantidos pelos alquimistas.
Posteriormente, Platão, Filolau e Aristóteles viriam a postular a
inclusão de um quinto elemento, denominado quita essentia por
Aristóteles e que seria a matéria que constitui os céus. Usberco &
Salvador, (2002, p. 189).
ii. Lei das Tríades de Döbereiner
Em 1817, o cientista alemão Johann Wolfgang Döbereiner observou que muitos elementos
podiam ser agrupados em tríades, que eram grupos com três elementos baseando-se em suas
propriedades químicas semelhantes. Observou também que, quando arranjados pela massa
atômica relativa, o segundo membro de cada tríade tinha aproximadamente a média do primeiro
elemento com o terceiro, o que ficou conhecido como a Lei das tríades. Por exemplo:
Lítio (Li) – sódio (Na) – potássio (K)
Leopold Gmelin
O químico alemão Leopold Gmelin trabalhou com este sistema e por volta de 1843 já tinha
identificado dez tríades, três grupos de quatro e um grupo de cinco. Os grupos de quatro
elementos, denominados tétrades, haviam sido identificados por Max Von Pettenkofer e o
grupo de cinco elementos, denominados pêntadas, por Jean-Baptiste Dumas que também
publicou um artigo em 1857 descrevendo as várias relações entre os grupos de metais.
iii. Parafuso Telúrico
Em 1862, Alexandre Béguyer de Chancourtois criou um modelo que agrupava os elementos
em ordem crescente de massa atômica, no formato que lembrava um parafuso. Assim, 16
elementos ficavam em cada volta da espiral e aqueles com características semelhantes ficavam
um embaixo do outro.
James Franklin Hyde
O estudo de James Franklin Hyde, publicado em 1976, propunha um modelo com uma forma
curva, com o silício ao centro, mostrando como esse elemento está ligado aos demais. Pelo
modelo da fita enrolada a tabela começa com o hidrogênio, representando a ponta de uma
espiral e os demais elementos ordenados por escala de cores.
iv. Lei das Oitavas
Proposto por John A. R. Newlands, em 1864, colocou os elementos químicos em ordem
crescente de massas atômicas e verificou que as propriedades se repetiam a cada oi to
elementos (excluindo-se o hidrogênio), como as notas numa escala musical. Sendo Newlands
também músico, essa regra passou a ser conhecida como lei das oitavas de Newlands.
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v. Dimitri Ivanovich Mendeleev (1834-1907) & Julius L. Meyer
Em 1869, dois cientistas que trabalhavam independentemente propuseram tabelas
semelhantes, Julius L. Meyer, na Alemanha e Dimitri I. Mendeleev. Mendeleev na Russia,
propuseram os elementos químicos conhecidos em ordem crescente de massas atômicas.
Mendeleev, foi o mais meticuloso, organizou os elementos com propriedades semelhantes em
colunas verticais, chamadas grupos ou famílias, e em linhas horizontais, chamadas períodos,
em ordem crescente de MA (massa atômica), em que as propriedades variam. Por exemplo:
Naquela época, os químicos ainda não sabiam da existência de protões e eletrões, portanto
também não conheciam a distribuição dos eletrões na eletrosfera.
Moseley (1887-1915)
Em 1913, o inglês Moseley (1887-1915) verificou que as propriedades de cada elemento eram
determinadas pelo número de protões, ou seja, pelo número atômico (Z). Com base nessa
constatação, foi proposta a tabela periódica actual, na qual os elementos químicos:
Estão dispostos em ordem crescente de número atômico (Z); Originam os períodos na
horizontal (em linhas); Originam as famílias ou os grupos na vertical (em colunas).
A partir daí a lei da periodicidade ganhou um novo enunciado: Muitas propriedades físicas e
químicas dos elementos variam periodicamente na sequência de seus n úmeros atômicos.
Actualmente, a apresentação mais comum da Classificação Periódica é a mostrada na página
seguinte, onde cada elemento ocupa um quadradinho ou “casa” da tabela. (Preferimos
apresentar a tabela apenas até o elemento de número atômico 111 roentgênio; símbolo: Rg, que
é o último elemento com nome oficial. Foi anunciado pela IUPAC em 1 o de novembro de
2004.)
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Fonte: Feltre (2004, p. 114).
3.2.ESTRUTURA DA TABELA PERIÓDICA
De acordo com Feltre (2004, p. 88), “A tabela periódica actual é constituída por 18 famílias.
Existem, actualmente, duas maneiras de identificar as famílias ou grupos. A mais comum é
indicar cada família por um algarismo romano, seguido das letras A e B, por exemplo, IA, IIA,
VB. Essas letras A e B indicam a posição do eletrão mais energético nos subníveis”.
No final da década de 80, a IUPAC propôs outra maneira: as famílias seriam indicadas
por algarismos arábicos de 1 a 18, eliminando-se as letras A e B.
Os elementos que constituem essas famílias são denominados elementos representativos, e seus
eletrões mais energéticos estão situados em subníveis s ou p. Nas famílias A, o número da
família indica a quantidade de eletrões na camada de valência. Elas recebem ainda nomes
característicos.
Tabela. Famílias A
Famílias B
Para Chang (2013, p. 334), “Os elementos dessas famílias são denominados genericamente
elementos de transição. Uma parte deles ocupa o bloco central da tabela periódica, de IIIB até
IIB (10 colunas), e apresenta seu elétron mais energético em subníveis d”.
A outra parte deles está deslocada do corpo central, constituindo as séries dos lantanídeos e dos
actinídeos. Essas séries apresentam 14 colunas. O eletrões mais energético está contido em
subnível f (f1 a f14). O esquema a seguir mostra o subnível ocupado pelo elétron mais energético
dos elementos da tabela periódica.
Períodos
Para Feltre (2004, p. 115), “ Na tabela actual existem sete períodos, e o número do período
corresponde à quantidade de níveis (camadas) eletrônicos que os elementos químicos
apresentam”. Exemplos:
ii. Raio iónico: O raio iónico tem o mesmo comportamento que o raio atómico,
porque o átomo e ião se diferem no número de electrões.
Eletroafinidade ou afinidade eletrônica
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iii. Electronegatividade
Segundo Chang (2013, p. 340), “Eletronegatividade é a capacidade que os átomos têm de atrair
electrões para si numa ligação química. O elemento mais electronegativo é aquele que atrai
mais os electrões, o núcleo é que tem o poder de atrair os electrões, uma vez que está carregado
positivamente”.
iv. Energia de Ionização
Energia de ionização é a energia necessária para remover electrões de um átomo qualquer
(metal ou ametal).
a) Primeira energia de ionização é a energia necessária para remover o primeiro electrão.
b) Segunda energia de ionização é a energia necessária para remover o segundo electrão.
Densidade Absoluta
Chama- se densidade absoluta (d ) ou massa específica de um elemento o quociente entre sua
massa (m) e seu volume (V). Portanto:
Volume Atômico
Chama-se volume atômico de um elemento o volume ocupado por 1mol (6,02.1023 átomos)
do elemento no estado sólido. Observe que o volume atômico não é o volume de um átomo,
mas o volume de um conjunto (6,02.1023) de átomos, de acordo com o gráfico seguinte.
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4.Conclusão
Chegado a este ponto importa, referir que, ao longo da efectivação do trabalho, compreendeu-
se que o estudo sobre os Modelos Atômicos começa naturalmente pela recuperação do que o
Átomo: é a menor partícula capaz de identificar um elemento químico e participar de uma
reacção química. Mas, para chegar a este conceito foram necessários milhares de anos. Tudo
começa na Grécia, com Leucipo e Demócrito. Depois, vieram os modelos de Dalton; Thomson;
Rutherford, e Niels Bohr. A tabela periódica ou classificação periódica dos elementos é um
arranjo que permite não só verificar as características dos elementos e suas repetições, mas
também fazer previsões. Ela é constituída por colunas verticais (grupos) e colunas horizontais
(períodos), também encontra-se dividida em duas partes por uma linha em forma de escada.
Esta linha separa os metais dos ametais (não metais). Normalmente os elementos que se
encontram no mesmo grupo (família) possuem propriedades semelhantes.
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5.Referências Bibliográficas
Chang, Raymond & Goldsby, Kenneth A. (2013). Química, 11ª Edição, São Paulo, Brasil.
Russell, John, B. (1994). Química Geral Volume 2, São Paulo, Makron Books do Brasil.
Usberco, J; Salvador, E. (2002), Química, 5ª Edição reformulada, Volume Único, São Paulo.
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