Capitulo - XI - Patrimonio Do Estado
Capitulo - XI - Patrimonio Do Estado
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XI - PATRIMÓNIO DO ESTADO
d) (...);
e) Proceder à consolidação anual do inventário do património do Estado, bem como as
variações ocorridas;
f) Proceder, nos anos que terminem em “0” e “5”, o invetário geral dos bens patrimoniais
do Estado;
g) Propor normas e instruções regulamentares pertinentes sobre os bens patrimoniais do
Estado, incluindo aquisições públicas;
h) Promover concursos para a venda de bens abatidos dos organismos e instituições do
Estado;
i) (…)
j) Verificar os processos de contas de bens patrimoniais dos órgãos e instituições do
Estado;
k) Fiscalizar a observância de todas as normas e instrumentos sobre a gestão do
património do Estado;
l) Preparar, no domínio do Património do Estado, a informação necessária à elaboração
da Conta Geral do Estado.
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TRIBUNAL ADMINISTRATIVO XI-3
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013
Novembro de 2014
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(Em Meticais)
Como se pode ver nesta tabela, da informação do Governo, foram eliminadas as diferenças
entre o património inicial de 2012 e o final de 2013, mas apenas na informação do Património
das Empresas Públicas. No concernente ao Património Orgânico e Autárquico, foram alterados
os valores iniciais e finais mas permanecem divergências.
O Goveno não informa, todavia, como e quando foram apurados os dados da aludida última
versão, uma vez que a CGE de 2012 foi remetida a este Tribunal em Maio de 2013.
No concernente às divergências atrás mencionadas, exercendo o direito do contraditório, o
Governo afimou que, no passado, os dados eram incorporados no sistema com recurso à
funcionalidade e-Inventário e a consolidação era feita no ambiente e-Património, por forma a
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TRIBUNAL ADMINISTRATIVO XI-4
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013
Novembro de 2014
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Os imóveis indicados na tabela anterior são apenas dos organismos de Administração Directa
do Estado e Institutos Públicos, pois o Governo não faz menção aos das Empresas Públicas e
Autarquias, alegadamente, por ser da responsabilidade destas procederem ao seu registo, uma
vez que estão sob sua gestão. Este argumento contraria o pronunciamento dado no exercício
1
A informação sobre a regularização dos títulos de propriedade dos imóveis a favor do Estado começou a ser
apresentada a partir da CGE de 2011.
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TRIBUNAL ADMINISTRATIVO XI-5
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013
Novembro de 2014
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do contraditório do Relatório e Parecer sobre a CGE de 2011, pelo mesmo Executivo, o qual
dava conta de que no âmbito da realização do Tombo Geral, nessa altura, estava em curso a
nível nacional, o registo dos imóveis do domínio privado do Estado, incluindo as autarquias e
empresas do Estado, que culminaria com a fixação de placas de identificação.
A DNPE, enquanto entidade responsável por “Verificar os processos de contas de bens
patrimoniais dos órgãos e instituições do Estado”, bem como “Fiscalizar a observância de
todas as normas e instruções sobre a gestão do património do Estado”, nos termos das alíneas
j) e k) do artigo 11, do seu Estatuto Orgânico, aprovado pela Resolução n.º 18/2011, de 16 de
Novembro, da Comissão Interministerial da Função Pública, deverá ter informação e
acompanhar a situação dos bens das Empresas Públicas e Autarquias.
Tomando como referência os Anexos 7.4, 7.8 e 7.9 da CGE de 2013, verifica-se que o
Património Bruto, apurado a 31 de Dezembro, teve um incremento de 12,7% e as
Amortizações Acumuladas, de 9,7%, aumentando o Património Líquido em 12,3%.
Ainda, dos anexos referidos no parágrafo anterior, apurou-se que os acréscimos patrimoniais
representaram 6,4% no Património Final Bruto, portanto, uma redução de 11 pontos
percentuais relativamente ao ano anterior, que foi de 17,4%. Esta diminuição foi influenciada
pela baixa realização verificada no processo de actualização dos imóveis do Estado no
exercício em consideração, tendo-se apurado o valor de 1.247.780 mil Meticais contra
32.871.569 mil Meticais de 2012, correspondendo a uma redução de 96,2%, conforme se verá,
adiante, no ponto 11.5.1 do presente capítulo.
No exercício em apreço, os valores despendidos na compra de bens inventariáveis, apurados
dos mapas de despesa VI a XII da CGE de 2013, cresceram 53,3%2. Entretanto, o rácio entre o
valor registado nos mapas de inventário, como aquisições do ano, e o despendido na compra de
bens inventariáveis é manifestamente baixo, ao situar-se em 24,7%3. Isto resulta da falta do
registo, no inventário, dos bens patrimoniais, no ano da sua aquisição. Este baixo nível de
inventariação demonstra o incumprimento, por parte dos organismos do Estado, do preceituado
no n.º 3 do artigo 41 da Circular n.º 05/GAB-MF/2012, de 28 de Dezembro, do Ministro das
Finanças, segundo o qual os órgãos e instituições do Estado devem proceder à digitação, no
sistema e-Inventário, dos bens patrimoniais no momento da liquidação.
Outros bens, como será referido, em detalhe, no ponto 11.6, adiante, embora já pagos aos
fornecedores em 2013, até à altura em que decorria a auditoria, não tinham sido recebidos pela
entidade, alegadamente por se aguardar a conclusão da reabilitação das instalações onde os
mesmos teriam sido alocados.
Assim, os pagamentos foram efectuados sem a observância das normas sobre a execução dos
orçamentos, bem como da assunção, autorização ou pagamento de despesas públicas ou
compromissos, o que constitui infracção financeira, nos termos do preceituado na alínea b) do
n.º 3 do artigo 93 da Lei n.º 26/2009, de 29 de Setembro, atinente à organização,
funcionamento e processo da 3.ª Secção do Tribunal Administrativo.
Como também se referirá mais adiante, no ponto 11.6, sobre os resultados das auditorias,
existem situações em que os bens à responsabilidade das entidades auditadas não se
encontram evidenciados no Inventário Consolidado da CGE.
2
(44.894.448 - 29.292.014)/29.292.014.
3
(11.116.121/44.894.448)*100
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TRIBUNAL ADMINISTRATIVO XI-6
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013
Novembro de 2014
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Acresce-se, ainda, em sede de auditorias, no que se refere aos veículos e imóveis, que algumas
entidades não possuem os respectivos títulos de propriedade em nome do Estado e seguro
regularizado, facto que o Tribunal Administrativo vem reiterando nas recomendações
formuladas em relatórios e pareceres anteriores, quanto à necessidade da sua regularização.
Os factos anteriormente mencionados permitem concluir que a informação da CGE em
análise, no concernente ao Inventário do Património do Estado, não reflecte, com exactidão, a
situação patrimonial, em preterição do estabelecido no n.º 1 do artigo 46 da Lei n.º 9/2002, de
12 de Fevereiro, que cria o Sistema de Administração Financeira do Estado, segundo o qual a
Conta Geral do Estado deve ser elaborada com clareza, exactidão e simplicidade, de modo a
possibilitar a sua análise económica e financeira.
4
Funcionamento (482.646+270.470+129.926) + Investimento (30.897.432+5.256.167+1.689.099). M apas VI-01 a VI-10;
VII-01 a VII-11; VIII-01 a VIII-10; X-01 a X-10; XI-01- a XI-11 e XII-01 a XII-10, da CGE de 2013.
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TRIBUNAL ADMINISTRATIVO XI-7
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013
Novembro de 2014
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TRIBUNAL ADMINISTRATIVO XI-8
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013
Novembro de 2014
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Bruto 42.514.729 10.298.269 -32.216.460 -75,8 12.295.833 1.997.564 19,4 16.299.734 4.003.902 32,6
Móveis Amort. Acumuladas 36.050.173 4.880.806 -31.169.367 -86,5 6.810.980 1.930.174 28,3 9.680.299 2.869.318 42,1
Líquido 6.464.556 5.417.464 -1.047.092 -16,2 5.484.853 67.389 1,2 6.619.436 1.134.583 20,7
Bruto 18.359.384 20.884.597 2.525.214 13,8 23.440.567 2.555.970 10,9 29.573.319 6.132.751 26,2
Veículos Amort. Acumuladas 15.991.935 12.604.125 -3.387.810 -21,2 17.033.219 4.429.094 26,0 22.880.561 5.847.342 34,3
Líquido 2.367.449 8.280.473 5.913.024 249,8 6.407.348 -1.873.125 -29,2 6.692.757 285.409 4,5
Bruto 58.093.062 148.114.455 90.021.393 155,0 181.299.223 33.184.768 18,3 198.626.068 17.326.844 9,6
Imóveis Amort. Acumuladas 38.913.282 65.918.536 27.005.254 69,4 78.137.805 12.219.269 15,6 79.271.843 1.134.038 1,5
Líquido 19.179.781 82.195.920 63.016.140 328,6 103.161.418 20.965.498 20,3 115.845.710 12.684.292 12,3
Bruto 118.967.175 179.297.322 60.330.147 50,7 217.035.624 37.738.302 17,4 244.499.121 27.463.497 12,7
TOTAL Amort. Acumuladas 90.955.389 83.403.467 -7.551.922 -8,3 101.982.005 18.578.538 18,2 111.832.703 9.850.698 9,7
Líquido 28.011.786 95.893.855 67.882.072 242,3 115.053.619 19.159.764 16,7 129.157.903 14.104.284 12,3
Fonte: Anexos informativos 7.4, 7.8 e 7.9 da CGE (2010 - 2013).
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TRIBUNAL ADMINISTRATIVO XI-9
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013
Novembro de 2014
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No período em análise, o Património Bruto passou de 118.967.175 mil Meticais, em 2010, para
244.499.121 mil Meticais, em 2013, significando um aumento de 105,5%. Dentro do mesmo
período, as taxas de variação foram decrescendo, tendo sido de 50,7%, 21,0% e 12,7, em 2010,
2011 e 2012.
Quadro n.º XI.3 – Evolução do Valor Global Bruto do Património do Estado
(Em mil Meticais)
Variação Variação
CGE de 2010 Peso CGE de 2011 Peso CGE de 2012 Peso CGE de 2013 Variação
(2)-(1) (3)-(2) Peso
Tipo (4)-(3)
Saldo Final Saldo Final Saldo Final Saldo Final
Valor % Valor %
(1) % (2) % (3) % (4) % Valor %
1-Móveis 42.514.729 35,7 10.298.269 5,7 -32.216.460 -75,8 12.295.833 5,7 1.997.564 19,4 16.299.734 6,7 4.003.901 32,6
2-Veículos 18.359.384 15,4 20.884.597 11,6 2.525.214 13,8 23.440.567 10,8 2.555.970 12,2 29.573.319 12,1 6.132.752 26,2
3-Imóveis 58.093.062 48,8 148.114.455 82,6 90.021.393 155,0 181.299.223 83,5 33.184.768 22,4 198.626.068 81,2 17.326.845 9,6
Total 118.967.175 100 179.297.322 100 60.330.147 50,7 217.035.623 100 37.738.301 21,0 244.499.121 100 27.463.498 12,7
Fonte: Anexo Informativo 7 da CGE (2010 - 2013).
Por tipo de bens, os móveis apresentaram uma variação negativa de 32.216.460 mil Meticais
(75,8%) de 2010 para 2011. Este facto foi consequência do Inventário Geral realizado em
2010, em cumprimento do disposto no n.º 2 do artigo 39 do Regulamento do Património do
Estado, que dispõe que tal inventário deve ter lugar em todos os anos que terminem em “0” ou
“5”, salvo quando o Ministro que superintende a área das Finanças autorize a realização do
mesmo fora deste período.
A realização desse Inventário Geral permitiu a retirada de dados que sobreavaliavam os
registos desta categoria, uma vez que permaneciam em inventário contabilístico bens que já
não existiam fisicamente. Relativamente aos veículos e imóveis, o efeito do Inventário Geral,
nesse período, ocorreu em sentido contrário ao registar um aumento de 13,8% e 155,0%,
respectivamente, o que, neste caso, fez transparecer a deficiente gestão e controlo desses bens,
que não se encontravam, em grande parte, inventariados, nos anos anteriores a 2010, por parte
das instituições às quais os mesmos estavam afectos.
De 2011 a 2013, em todas as categorias registou-se um aumento, sendo, neste último ano, de
32,5%, para os bens móveis, 26,2%, para os veículos e 9,6%, para os imóveis.
Quanto ao peso, os imóveis destacaram-se em todo o período, com pesos de 48,8%, 82,6%,
83,5 % e 81,2%, em 2010, 2011, 2012 e 2013, respectivamte. Os veículos tivereram 15,4%,
11,6%, 10,8% e 12,1%, no mesmo quadriénio. Por fim, os bens móveis representaram pesos
de 35,7%, em 2010, tendo de 2011 a 2013 registado uma menor participação, que variou de
5,7% a 6,7%, conforme o gráfico seguinte.
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TRIBUNAL ADMINISTRATIVO XI-10
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013
Novembro de 2014
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90%
82,6% 83,5%
81,2%
80%
70%
Móveis
60%
48,8% Veículos
50%
30%
0%
2010 2011 2012 2013
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TRIBUNAL ADMINISTRATIVO XI-11
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013
Novembro de 2014
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90%
79,0%
80% 76,6%
70,9%
70%
Móveis
60%
Veículos
50%
42,8%
39,6%
40% Imóveis
30%
20,5%%
0%
2010 2011 2012 2013
De acordo com o Anexo Informativo 7.4, 7.8 e 7.9, o valor líquido do Património do Estado,
apurado a 31 de Dezembro de 2013, é de 129.157.903 mil Meticais, conforme se apresenta no
Quadro n.º XI.5.
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TRIBUNAL ADMINISTRATIVO XI-12
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013
Novembro de 2014
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TRIBUNAL ADMINISTRATIVO XI-13
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013
Novembro de 2014
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100%
89,7% 89,7%
90% 85,7%
80%
68,5%
70% Móveis
60%
Veículos
50%
40%
Imóveis
30%
23,1%
20%
8,5% 8,6% 5,2%
10% 5,6% 4,8% 5,6% 5,1%
0%
2010 2011 2012 2013
5
(1.247.780-32.871.568)/ 32.871.569.
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TRIBUNAL ADMINISTRATIVO XI-14
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013
Novembro de 2014
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Nesta parte, a análise é feita com base na comparação dos valores despendidos pelos Órgãos e
Instituições da administração directa do Estado constantes da CGE de 2013, com os montantes
das aquisições do Mapa Consolidado do Inventário Orgânico (Anexo 7.4), pois os mapas de
execução orçamental das Autarquias e Empresas Públicas não apresentam a desagregação do
valor despendido na compra de bens inventariáveis.
Comparativamente ao ano anterior, depreende-se que houve um aumento de 17.546.541 mil
Meticais, correspondente a uma variação de 84,7%, no valor dos gastos em bens
inventariáveis. No entanto, este crescimento teve pouco impacto no Património Líquido que
aumentou apenas 7,4%, como se dá conta no Quadro n.º XI.7, a seguir.
6
[(11.116.121-2.734.823)/ 2.734.823]*100.
7
[(3.605.101 – 35.003.476)/35.003.476]*100.
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TRIBUNAL ADMINISTRATIVO XI-15
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013
Novembro de 2014
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TRIBUNAL ADMINISTRATIVO XI-16
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013
Novembro de 2014
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Quadro n.º XI.8 – Mapa Comparativo entre o Anexo 7.4 e as Despesas em Bens
Inventariáveis
(Em mil Meticais)
Investimento Funcionamento
Coluna de Nível de
Total Aquisições Diferença Inventaria
Central Provincial Distrital Central Provincial Distrital
CED Designação (Anexo 7.4) ção (%)
(7)=(1+2+3+4 (10)=
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (8) (9)=(8)-(7)
+5+6) (8)/(7)
210000 Bens de Capital 25.555.693 5.759.484 1.749.571 314.773 43.075 50.132 33.472.729
211000 Construções 18.847.753 4.328.745 1.541.686 7.264 0 0 24.725.448 4.122.373 -20.603.075 16,7
Meios de
213000 1.363.178 256.918 26.257 7.601 2.160 3.414 1.659.528 3.596.190 1.936.662 216,7
transporte
Maquinaria,
212000 equipamento e 4.925.848 1.084.480 142.718 275.195 35.081 42.649 6.505.972
mobiliário
Demais Bens de
214000 418.915 89.341 38.910 24.713 5835 4.068 581.781
Capital
121000 Bens 3.210.271 164.990 16.590 882.028 384.932 132.816 4.791.628
Apetrecho e
121004 palamentas 413 825 0 1.223 1.792 301 4.554
militares
Material
121006 Duradouro de 15.311 8.619 3.538 47.269 70.353 29.407 174.497
Escritório
Fardamento e
121007 1.442.264 30.065 1.617 464.494 83.023 16.952 2.038.415
calçado
Ferramenta de uso
121014 1.536 1.534 20 1.130 5.077 1.685 10.981
duradouro
Material
Duradouro para
121016 704.076 3.207 103 6.038 4.178 380 717.981
Ensino e
Formação 2.660.859 -9.218.522 22,4
Material
121018 duradouro para 1.355 3.356 124 10.099 6.261 2.377 23.574
desporto
Material
121023 duradouro para 10.015 6.222 600 33.269 20.104 4.881 75.091
informática
Software de base
121024 1.134 937 0 1.208 720 231 4.229
Material de cama,
121025 4.054 165 35 15.186 7.308 3.150 29.898
banho e mesa
Material
Duradouro para
121027 6.330 913 0 7.456 7.725 2.754 25.179
copa e cozinha
Bandeiras e
121030 1.586 30 50 3.550 3.138 2.881 11.235
flâmulas
Outros bens
121099 1.022.198 109.116 10.504 291.107 175.253 67.816 1.675.993
duradouros
Total 28.765.965 5.924.474 1.766.161 1.196.802 428.007 182.948 38.264.357 10.379.422 -19.562.426 27,1
Fonte: Mapas VI-01 a VI-10; VII-01 a VII-11; VIII-01 a VIII-10; X-01 a X-10; XI-01- a XI-11 e XII-01 a XII-10 e Anexo Informativo 7.4 da CGE 2013.
Por sua vez, o nível de inventariação dos veículos incorporados na verba “Meios de
Transporte” aumentou significativamente, ao passar de 47,7%, em 2012, para 216,7%, no ano
em apreço, traduzindo um acréscimo de 169 pontos percentuais.
A inventariação dos veículos, num montante superior ao dos gastos em bens inventariáveis, é
influenciada, por um lado, pela incorporação, no e-Inventário, das aquisições feitas na
modalidade de doação, e por outro, pela inventariação de bens que, por lapso, são registadas
em verbas não adequadas, como se apurou no Ministério do Interior, onde se verificou que
duas viaturas, no valor total de 2.976.890,00 Meticais, não foram registadas na verba correcta,
ou seja, Meios de Transporte.
Ainda assim, o facto de se verificar um nível de inventariação, em termos gerais, de 27,1% é
revelador de que os organismos do Estado não procedem à digitação no e-Inventário dos bens
patrimoniais no momento da liquidação da despesa, contrariando o disposto no n.º 3 do artigo
41 da Circular n.º 05/GAB-MF/2012, de 28 de Dezembro, relativa à Administração e Execução
do Orçamento do Estado para 2013.
Adicionalmente, para além da falta de inventariação, por parte dos organismos do Estado, o
baixo nível da relação entre o valor dos bens inventariados e o montante das aquisições de
bens é, também, influenciado:
a) Pela omissão, na Conta Geral do Estado, de dados de algumas entidades como é o caso
do Fundo de Desenvolvimento Artístico e Cultural;
b) Pela não entrega dos bens embora pagos, por parte dos fornecedores, como aconteceu
nos Ministérios da Função Pública e do Interior, em que se procedeu ao adiantamento
de fundos de 3.448.857,68 Meticais e 3.916.580,41 Meticais, respectivamente, para
aquisição de equipamentos, os quais, até ao momento da realização da auditoria (Maio
e Setembro de 2014, respectivamente), ainda não tinham sido recebidos pelas
entidades;
c) Ainda pelos gastos feitos na aquisição de equipamentos de uso específico pelos
organismos de defesa e segurança, cuja inventariação será objecto de regulamentação
específica, pelo preceituado no n.º 1 do artigo 2 do Regulamento do Património, já
mencionado;
d) Pela não inclusão do IVA no valor dos bens, no momento da sua inventariação,
subavaliando o património do Estado, como ocorreu, por exemplo, na Secretaria
Distrital de Moamba.
Estas situações contribuem para que a CGE não reflicta a situação real do Património do
Estado, contrariando-se o estatuído na alínea e) do artigo 47 da Lei n.º 9/2002, de 12 de
Fevereiro, que cria o SISTAFE, segundo a qual a Conta Geral do Estado deve conter
informação completa relativa aos “activos (...) patrimoniais do Estado”.
Sobre estas matérias, o Governo, no exercício do contraditório, pronunciou-se nos seguintes
termos: “Consciente deste desafio, o Governo tem vindo a implementar um conjunto de
acções no âmbito de reformas na área de gestão do Património do Estado. Foi neste contexto,
que foram desenvolvidas as funcionalidades de catalogação de bens, incorporação via
directa, cadastro único de fornecedor que culminará com o Módulo do Património do Estado
que irá sanar as irregularidades constatadas pelo Tribunal Administrativo”.
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TRIBUNAL ADMINISTRATIVO XI-18
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013
Novembro de 2014
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TRIBUNAL ADMINISTRATIVO XI-19
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013
Novembro de 2014
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c) Na inventariação dos bens das entidades anotadas com a alínea c), no Quadro n.º XI.9,
foram considerados os valores unitários de aquisição sem inclusão do IVA, resultando
na subvalorização do Património do Estado;
d) No processo de inventariação dos bens nas entidades assinaladas com a alínea d), no
Quadro n.º XI.9, constastou-se o preenchimento incompleto dos mapas e/ou fichas de
inventário, no concernente à indicação dos códigos de classificação, número de
inventário, tipo de aquisição, localização dos bens, data e valor de aquisição, em
violação do estabelecido no n.º 1 do artigo 32 do Regulamento do Património,
aprovado pelo Decreto n.º 23/2007, de 9 de Agosto, segundo o qual os bens devem ser
inventariados pela Unidade Gestora e Executora do Subsistema do Património do
Estado considerando, entre outros elementos, o código de classificação, o número do
inventário, designação do bem, tipo de aquisição, valor e data de aquisição e
localização institucional e geográfica;
e) O Estado ainda não registou, em seu nome, 338 imóveis e 172 veículos nas entidades
indicadas, com a alínea e), no Quadro n.º XI.9, auditadas por este Tribunal.
Nesta situação, houve incumprimento do preceituado no n.º 1 do artigo 11 do
Regulamento do Património do Estado, segundo o qual “Todo o Património do Estado
sujeito ao registo deve ser inscrito nas respectivas Conservatórias em nome deste, pelo
Ministério que superintende a área das Finanças”.
Em sede do contraditório do Relatório sobre a CGE de 2011, o Governo informou que,
relativamente aos imóveis, estava em curso, a nível nacional, o seu registo, com vista à
realização do Tombo Geral, que culminaria com a fixação de placas de identificação
com inscrição “Património do Estado”. Quanto aos veículos adquiridos em anos
anteriores, e que ainda se encontram em nome dos fornecedores, referiu que decorria o
processo de regularização do seu registo a favor do Estado, a concluir em 2013.
Entretanto, como resultado dos testes efectuados no decorrer das auditorias realizadas
no âmbito da CGE de 2013, esta situação ainda persiste, a saber, a existência, em larga
escala, de imóveis e viaturas que ainda não se encontram devidamente registados na
titularidade do Estado;
f) Não foi disponibilizada qualquer documentação que evidenciasse a existência do
seguro das viaturas e imóveis pertencentes às entidades mencionadas com a alínea f)
do Quadro n. º XI.9, em preterição do preconizado na alínea e) do artigo 7, conjugado
com o n.º 5 do artigo 20, ambos do Regulamento do Património do Estado, que
estabelece a obrigatoriedade de seguro dos bens do Estado;
g) No âmbito da verificação física dos bens, nas entidades designadas com a alínea g) do
Quadro n.º XI.9, apurou-se a falta de afixação, por sala, da relação dos bens nela
existentes, bem como a falta de colocação das etiquetas de numeração nos artigos,
para a sua identificação, o que contraria o estabelecido nos n.ºs 2 do artigo 28 e 1 do
artigo 12, ambos do regulamento já citado;
h) Nas entidades indicadas com a alínea h) do Quadro n.º XI.9, atrás, foram preenchidos,
na mesma ficha de inventário, bens com funcionalidade autónoma, em preterição do
disposto no n.º 1 do artigo 34 do já citado regulamento, segundo o qual cada bem
móvel deve ser inventariado individualmente, desde que constitua uma peça com
funcionalidade autónoma;
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TRIBUNAL ADMINISTRATIVO XI-21
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013
Novembro de 2014
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a) Na Direcção Nacional do Património do Estado foi obtida uma lista de 200 veículos
adquiridos e distribuídos a diversos organismos do Estado, em 2013, no valor de
224.237.015,52 Meticais.
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TRIBUNAL ADMINISTRATIVO XI-22
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013
Novembro de 2014
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TRIBUNAL ADMINISTRATIVO XI-24
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013
Novembro de 2014
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* A factura encontra-se emitida por um valor global, não detalhando os valores e quantidades destes bens.
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TRIBUNAL ADMINISTRATIVO XI-25
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2013