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TEMA: SISTEMA DE GESTÃO FINANCEIRA DO ESTADO EM MOÇAMBIQUE

- Conforme Lei no 9/2002, de 12 de Fevereiro.

Introdução

A Lei nº.09/2002 cria o Sistema de Administração e Finanças do Estado (SISTAFE), como uma
das políticas para garantir a transparência na gestão de fundos públicos e combater as perdas
ilegais dos salários dos funcionários através de controlo intercorrente, comparabilidade,
usode padrões internacionalmente aceites, uniformidade de critérios em todo o país e formação e
capacitação de recursos humanos em matéria de pagamento de salários. O presente
trabalho pretende analisar as percepções e representações sociais na introdução do SISTAFE co
moinstrumento viável do pagamento de salários nos serviços públicos, no âmbito da Reforma do
Sector Público. A analisar das percepções e representações em torno do SISTAFE surge na
medida em que hoje em dia, desenvolve-se um campo de análise das políticas públicas.

Shore et al (1980) demonstram o quanto é importantes as instituições públicas usarem a rede do


sistema, pois tais sistemas e políticas internas e externas adoptadas pelas instituições afectam a
vida dos funcionários públicos do Estado fossem integrados no sistema

Neste sentido, o SISTAFE por ser uma política pública que veio alterar consideravelmente o
funcionamento das instituições públicas. Falar deste sistema, constituirá um marco do
desenvolvimento, implementação e introdução das técnicas de Informação e Comunicação
administrativa em Moçambique, no campo das finanças públicas, apesar dos constrangimentos
causados pelos indivíduos que estão em frente.

Este trabalho, visa essencialmente conhecer essas causas da introdução e a sua eficácia e
eficiências do SISTAFE, que será muito relevante porque para o mundo da camada social lhes
dão a desvantagem na medida em que estes reclamam as lesões nos seus ordenados mensais e
que querendo que hajam melhoria no processo de pagamento de salários no sentido de não serem
lesar, porque feitas estas lesões afectam na vida de muita agente no seio familiar e social e por
outro para o mundo institucional e académico espera se que seja objecto de consulta para o
melhoramento do funcionamento do SISTAFE com as despesas do pessoal ou funcionários.
1. O QUE É O SISTAFE

Segundo a lei n 9/2002 de 12 de Fevereiro, diz ser Sistema de administração Financeira do


Estado, que foi aprovada pela Assembleia da República de Moçambique, aos 17 de Dezembro
de2001 e pelo Presidente da Assembleia da República, Eduardo Joaquim Mulembwe e
promulgada em 12 de Fevereiro.

SISTAFE é o novo Sistema de Administração Financeira do Estado, que envolve todo o ciclo
orçamental desde a sua elaboração até a execução final, incluindo todos os subsistemas que o
compõe, nomeadamente: Orçamento, Tesouro Público, Contabilidade Pública, Património e
Controlo interno, integrado de orçamento, programação financeira, contabilidade e controlo
interno do Estado de Moçambique.

2. OBJECTIVOS DO SISTAFE
Segundo as alíneas a), b), c), d) e e) do artigo 3 da Lei n.º 09/2002 de 12 Fevereiro o SISTAFE
tem por objectivos:
a) Estabelecer e harmonizar regras e procedimentos de programação, execução, controlo e
avaliação dos recursos públicos;
b) Desenvolver subsistemas que proporcionem informação oportuna e fiável sobre o
comportamento orçamental e patrimonial dos órgãos e instituições do Estado;
c) Estabelecer, implementar e manter um sistema contabilístico de controlo da execução
orçamental e patrimonial adequado às necessidades de registo, da organização da informação e
da avaliação do desempenho das acções desenvolvidas no domínio da actividade financeira dos
órgãos e instituições do Estado;
d) Estabelecer, implementar e manter o sistema de controlo interno eficiente e eficaz e
procedimentos de auditoria interna internacionalmente aceites;
e) Estabelecer, implementar e manter um sistema de procedimentos adequados a uma correcta,
eficaz e eficiente condução económica das actividades resultantes dos programas, projectos e
demais operações no âmbito da planificação programática delineada e dos objectivos
pretendidos.

3. FASES DO SISTAFE
As decisões do Consultivo da Ministra foram no sentido de a implementação do SISTAFE ser
efectuada em duas fases:
Fase 1 - que abrangeria o período de meados do a no de 2003 até finais do ano de 2004, na qual
se priorizaria os subsistemas do Tesouro, Orçamento e Contabilidade Pública (TOC) com a
introdução da Conta Única física, a programação financeira, algumas melhorias no sistema
do planeamento, a introdução do Plano Básico de Contabilidade e a introdução no sistema, dealg
umas unidades executoras, de forma vertical e horizontal.
Fase 2 – que teria como objectivo a melhoria no desenvolvimento dos subsistemas anteriores e a
introdução de novos subsistema como o Património do Estado e o Controlo Interno. Dando
cumprimento as decisões emanadas pelo Consultivo, a UTRAFE iniciou com as discussões
técnicas para a definição dos modelos que melhor se adaptariam a realidade do país no que se
refere a definição de:
 Funcionamento e implementação da Conta Única física;
 Estrutura do Plano Básico de Contabilidade Pública, Modelo de Programação financeira;
 Melhorias a introduzir no processo de preparação do Plano e OE 2004;
 Melhorias a introduzir nos procedimentos de gestão dos subsistemas do TOC

4. MODELO CONCEPTUAL DO SISTAFE

Processo de elaboração e aprovação do Orçamento do Estado.

O processo de elaboração do orçamento do Estado está perfeito devido necessariamente incluir


algumas melhorias que se referem a introdução de dois novos classificadores e a melhoria dos
existentes:

 O Classificador Programático entre o Plano e o Orcamento; e


 O Classificador de fonte de Recursos (FR) para atender a implementação da
Programação Financeira no subsistema do tesouro Publico e a incorporação dos Off
Budgets no orçamento do Estado.

O Classificador Programático deve ser baseado numa metodologia de Orçamento Programa, de


acordo com a Lei do SISTEFE e deve garantir a integração dos instrumentos de planeamentos
existentes (Programa de Governo, PARPA, PES, e PESP) com Orçamento do Estado,
estabelecendo uma linguagem estruturada e padronizada que permita qualificar as diversas
especificidades sectoriais, sob uma visão Central, e permita medir os resultados esperados após a
execução do Orçamento do Estado.

O Classificador de Fonte de Recursos (FR), será estruturado visando a identificação da origem


do recurso de modo a propiciar a identificação de financiamento das despesas no Orçamento do
Estado. A Identificação da fonte de recurso em conjunto com a classificação económica da
receita permitira a registo contabilístico da receita no acto da recolha das receitas pelo Tesouro.
A FR acompanhara todos os actos de execução financeira do OE até a liquidação de uma
despesa.

Os classificadores Orgânicos, Funcional (no que tange as subfunções) e Economico da receita,


necessitam também de ser melhorados para se obter uma visão mais rica e qualitativa em termos
da sua utilização de forma matricial.

Portanto, cada rubrica do OE será identificada por um conjunto de classificadores definidos nas
metodologias estabelecidas pela Direcção Nacional do Plano e Orçamento. Este conjunto de
ordenado de Classificadores compõe a Célula Orçamental da Despesa, a saber:

 Territorial (T) - Classificador Territorial;


 Unidade Orçamental (UO) - Classificador Orgânico;
 Funcional (F) - Classificador Funcional;
 Programático (P) - Classificador Programático;
 Fonte de Recurso (FR) - Classificador Fonte de Recurso e
 Natureza de Despesa (ND) -Classificador Economico de Despesas.
5. Enquadramento Legal
A Constituição da República de Moçambique estabelece, na alínea l) do n.º 2 do artigo 179, que
é da exclusiva competência da Assembleia da República “deliberar sobre as grandes opções do
Plano Económico e Social e do Orçamento do Estado e os respectivos relatórios de execução” e,
de acordo com a alínea m) do mesmo número e artigo, “aprovar o Orçamento do Estado”,
cabendo ao Tribunal Administrativo, face ao que dispõe a alínea a) do n.º 2 do artigo 230, emitir
o Relatório e o Parecer sobre a Conta Geral do Estado.
Em cumprimento do prazo estabelecido no n.º1 do artigo 50 da Lei n.º 9/2002, de 12 de
Fevereiro, que cria o Sistema de Administração Financeira do Estado (SISTAFE), o Governo
remeteu ao Tribunal Administrativo, a 31 de Maio de 2007, a Conta Geral do Estado relativa ao
exercício económico de 2006.
O Relatório e o Parecer do Tribunal Administrativo sobre a Conta Geral do Estado devem ser
enviados à Assembleia da República até ao dia 30 de Novembro do ano seguinte àquele a que a
Conta Geral do Estado respeite” (n.º 2 do artigo 50 da Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro).
O n.º 2 do artigo 10 do Regimento relativo à organização, funcionamento e processo da 3.ª
Secção do Tribunal Administrativo, aprovado pela Lei n.º 16/97, de 10 de Julho, preceitua que,
no âmbito do Parecer sobre a CGE.

l˚ aprecia, designadamente:
 A actividade financeira do Estado no ano a que a Conta se reporta, nos
domínios patrimonial e das receitas e despesas;
 O cumprimento da Lei do Orçamento e legislação complementar;
 O inventário do património do Estado;
 As subvenções, subsídios, benefícios fiscais, créditos e outras formas de apoio
concedidos, directa ou indirectamente.
É neste quadro legal que o Tribunal Administrativo procede à análise da Conta Geral do Estado
relativa ao exercício económico de 2006 e sobre ela emite este Relatório.

6. Breves Considerações sobre a Implementação do SISTAFE


Com vista a introduzir legislação e modelos de gestão mais adequados às necessidades actuais de
administração do erário público, foi aprovada a Lei n.°9/2002, de 12 de Fevereiro, que cria o
Sistema de Administração Financeira do Estado (SISTAFE).Para um efectivo controlo externo,
impõe-se o pleno funcionamento integrado dos subsistemas que compõem o Sistema de
Administração Financeira do Estado. A execução do Orçamento, nos moldes preconizados no
SISTAFE, só foi iniciada em Setembro de 2005, nos Ministérios da Planificação e
Desenvolvimento, Finanças e Educação e Cultura, por via directa e, através das Unidades
Gestoras Executoras Especiais, na Direcção Nacional de Contabilidade Pública e nas Direcções
Provinciais do Plano e Finanças.
De acordo com o Relatório do Governo sobre os Resultados da Execução Orçamental de 2006, o
e-SISTAFE que entrou em funcionamento em Setembro de 2005, foi utilizado de duas formas
diferentes:
 Por intermédio das UGE ́s (Unidades Gestoras Executoras Especiais (DNCP e DPPF ́s),
mediante a concessão de adiantamento de fundos às UGB ́ s (Unidades Gestoras
Beneficiárias);
 Por intermédio das UGE ́ s dos Ministérios das Finanças, da Planificação e
Desenvolvimento e da Educação e Cultura, apenas para a realização de despesas com
Bens e Serviços.
7. Processo Orçamental
Analisam-se, neste capítulo, os valores do Orçamento de 2006, aprovados pela Assembleia da
República, através da Lei n.º 12/2005, de 23 de Dezembro, faz-se referência à autorização dada
ao Governo, pelo artigo 7 da citada lei, para introduzir modificações às dotações orçamentais e à
delegação, por aquele, ao Ministro das Finanças, da competência para proceder a transferências e
redistribuições de dotações orçamentais, dos órgãos ou instituições do Estado previstas na Lei
Orçamental, o que veio a acontecer pelo Decreto n.º 2/2006, de 28 de Fevereiro.
8. Movimento de Fundos das Contas Bancárias do Tesouro
São tratados, nesta parte, os fluxos financeiros da Conta Única do Tesouro e o correspondente
circuito documental, determinam-se os saldos daquela conta e de outras do Tesouro e se faz,
também, uma análise detalhada das alterações no circuito documental decorrentes da
implementação do SISTAFE.

9. Execução do Orçamento da Receita


Procede-se, nesta parte, à comparação da execução efectiva da receita com a prevista na Lei
Orçamental e à análise da evolução histórica das receitas do Estado no período 2001-2006.

10. Execução do Orçamento da Despesa


É analisada, neste capítulo, a execução da despesa nas duas componentes do
orçamento(funcionamento e investimento), segundo os limites estabelecidos na Lei Orçamental,
bem como a sua evolução ao longo dos últimos cinco anos.

11. Dívida Pública.


São analisadas as obrigações financeiras assumidas com entidades públicas e privadas, dentro e
fora do território nacional, em virtude de leis contratos, acordos e realização de operações de
crédito contraído pelo Estado.
12. Património do Estado.
É feita a apreciação do processo de inventariação dos bens do Estado, sua avaliação e
amortização. São analisados os dados contidos no Anexo Informativo 7 da Conta Geral do
Estado– Inventário do Património do Estado e comparados com os apurados nas auditorias
realizadas a diversas entidades públicas e informações adicionais recolhidas por este Tribunal, na
Direcção Nacional do Património do Estado e outras entidades.

13. Autonomia Administrativa e Financeira


Artigo 6
1. O regime excepcional de administração financeira dos órgãos e instituições do Estado é o
de autonomia administrativa e financeira, entendendo-se por esta a capacidade
reconhecida por lei a uma entidade pública dotando-a com poderes próprios para praticar
actos administrativos definitivos e executórios, no âmbito da respectiva gestão
administrativa e financeira corrente.
2. Os órgãos e instituições do Estado só poderão dispor de autonomia administrativa e
financeira quando esta se justifique para a sua adequada gestão e, cumulativamente, as
suas receitas próprias atinjam o mínimo de dois terços das respectivas despesas totais.
3. Para efeitos do disposto neste artigo não são consideradas receitas próprias os recursos
provenientes do Orçamento do Estado, nomeadamente os resultantes das transferências
correntes e de capital, dos orçamentos da Segurança Social, de quaisquer outros órgãos
ou instituições do Estado dotados ou não de autonomia administrativa e financeira e as
receitas provenientes de donativos ou legados.
4. A atribuição do regime excepcional, com fundamento na verificação dos requisitos
previstos neste artigo, bem como a sua cessação, nos termos a regulamentar, é da
competência do Governo, salvo nos casos em que a Lei expressamente defina em
contrário.

14. Organização e Funcionamento do SISTAFE


Artigo 7

1. O SISTAFE compreende um conjunto de órgãos, subsistemas, normas e procedimentos


administrativos que tornam possível a obtenção da receita, a realização da despesa e a
gestão do património do Estado, incluindo suas aplicações e correspondente registo.
2. A administração financeira do Estado compreende também a obtenção e gestão das
receitas que não determinem alterações ao património do Estado.

15. MODELO CONCEPTUAL DO SISTAFE


15.1. Processo de Elaboração e Aprovação do Orçamento do Estado
Como foi referido no capítulo anterior, o processo de elaboração do Orçamento do Estado está
quase perfeito devendo nesta fase, para a metodologia do OE 2004 ser necessário incluir algumas
melhorias e que se referem essencialmente a introdução de dois novos classificadores e a
melhoria dos existentes.

Assim, no que se refere a inclusão de novos classificadores será necessário introduzir:

 O Classificador Programático para atender a ligação entre o Plano e o Orçamento; e


 O Classificador de Fonte de Recursos (FR) para atender a implementação
da programação Financeira no Subsistema do Tesouro Público e a incorporação dos OffB
udgets no Orçamento do Estado

O Classificador Programático deve ser baseado numa metodologia de Orçamento-Programa, de


acordo com a Lei do SISTAFE e deve garantir a integração dos instrumentos de planeamento
existentes (Programa de Governo, PARPA, PES e PESP) com o Orçamento do Estado,
estabelecendo uma linguagem estruturada e padronizada que permita qualificar as diversas
especificidades sectoriais, sob uma visão Central, e permita medir os resultados esperados após a
execução do Orçamento do Estado.

O Classificador de Fonte de Recursos (FR) será estruturado visando a identificação da origem do


recurso de modo a propiciar a identificação de financiamento das despesas no Orçamento do
Estado. A identificação da fonte de recursos em conjunto com a classificação económica da
receita permitirá o registo contabilístico da receita no acto de recolha das receitas pelo Tesouro.

A FR acompanhará todos os actos de execução financeira do OE até a liquidação de uma


despesa.

Os Classificadores Orgânico, Funcional (no que tange as subfunções) e Económico da Receita,


necessitam também de ser melhorados para se obter uma visão mais rica e qualitativa em termos
da sua utilização de forma matricial.

16. Integração do Orçamento do Estado ao Nível Sectorial


No processo actual cada Sector tem a sua gestão descentralizada de forma parcial ou total, aonív
el funcional e territorial. Para além disso, utilizam uma visão programática própria e necessitam
de instrumentos para atender a controlos e a emissão de demonstrativos contabilísticos
individualizados para os Projectos financiados com recursos Off Bugdet.

Para atender estas especificidades em cada Sector, de forma individualizada, o Modelo


Conceptual disponibiliza os seguintes instrumentos e classificadores orçamentais:

 O detalhamento do Crédito por Fonte de Recursos o que permitirá uma informação


detalhada da fonte de financiamento, isto é, se ela é por via ou não do Tesouro, em
moeda, em espécie como aplicação directa ou para conversão em moeda, visando à
incorporação dos Off Budget são Orçamento do Estado;
 O detalhamento da unidade beneficiária (UGB), como uma extensão do Classificador
Orgânico dentro da estrutura organizacional do sector, visando à distribuição do crédito
de uma forma descentralizada para as várias unidades sectoriais que não tenham
capacidade de executar o Orçamento, quer por falta de infra-estrutura física ou de
recursos humanos capacitados para tal.
 Esta UGB terão os seus créditos inscritos nas Rubricas das Tabelas de Despesas de forma
transparente, permitindo que uma UGE as apoie no processo de execução do Orçamento
do Estado;
 O detalhamento do Plano Sectorial que atenderá a classificação funcional e programática
específica de cada sector, de forma a que ela possa ser integrada na rubrica orçamental,
com o detalhamento da visão sectorial (constante da Classificação Funcional e a
Programática realizada ao nível da DNPO).

Cada sector que utilizar o Classificador de Plano Sectorial e de Plano Seccional (que funciona da
mesma forma que o acima descrito, porém para um dado Órgão Sectorial) deve estabelecer uma
metodologia própria para tal.
Conclusão

O Sistema de Administração Financeira vigente assenta em normas legais que remontam demais
de cem anos, sendo a destacar o Regulamento de Fazenda, de 1901, e o Regulamento de
Contabilidade Pública, de 1881.

A necessidade de reforma com vista a introduzir legislação e modelos de gestão mais adequados
às necessidades actuais de administração do erário público, determinou a adopção e
implementação pontuais de algumas medidas.

Desde 1997 tem se vindo a desenvolver esforços de modernização nas áreas do Orçamento do
Estado, impostos indirectos e alfândegas, entre outras. Estas Reformas procuravam melhorar o
sistema de programação e execução orçamental, harmonizar o sistema dos impostos indirectos e
a pauta aduaneira com os sistemas vigentes nos países da região em que Moçambique se insere,
e, delinear circuitos de registo na área da contabilidade pública, visando torná-los mais
eficientes, eficazes e transparentes.

Com vista a estabelecer de forma global, abrangente e consistente os princípios básicos e normas
gerais de um sistema integrado de administração financeira dos órgãos e instituições do Estado e
ao abrigo do disposto no n.º 1 do Artigo 135 da Constituição da República, a Assembleia da
República aprovou a Lei 9/2002, de 12 de Fevereiro, que cria o Sistema de Administração
Financeira do Estado, doravante designado por SISTAFE.

O SISTAFE foi criado pela Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro, tendo sido regulamentado pelo
Decreto n.º 23/2004, de 20 de Agosto, onde estão contidas as principais normas de gestão
orçamental, financeira, patrimonial, contabilística e de controlo interno do Estado.
O SISTAFE estabelece e harmoniza regras e procedimentos de programação, gestão, execução e
controle do erário público, de modo a permitir o seu uso eficaz e eficiente, bem como produzir a
informação de forma integrada e atempada, concernente à administração financeira dos órgãos e
instituições do Estado.

O SISTAFE aplica-se a todos os órgãos e instituições do Estado, tanto no regime geral (com
autonomia administrativa) quanto excepcional (com autonomia administrativa e
financeira).Aplica-se também às autarquias e às empresas do Estado, excepto no tocante à
prestação de contas, por se reger por legislação específica.

Referencia Bibliográfica.
Administração Financeira: Uma abordagem Gerencial/ Lawrence J. Gitman, Jeff Madura;
tradução Maria Lúcia G. L. Rosa: revisão técnica Ruben Fama- São Paulo; Addison Wesley,
2003.

CEDSIF: Centro de Desenvolvimento de Sistema de Informação de Finanças.

Constituição da República de Moçambique, 1991.

Lei n.º 09/2002 de 12 Fevereiro

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