Protocolo Pre Natal Alto Risco 04 2022

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PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS

SECRETARIA DE SAÚDE DEPARTAMENTO


DE SAÚDE

AMBULATÓRIO DE PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO -


CRITÉRIOS E ORIENTAÇÕES PARA ENCAMINHAMENTO

Abril/2022

*** Orientações gerais ***

A - Todas as gestantes deverão ser encaminhadas com o formulário de


encaminhamento detalhado, cartão de pré-natal preenchido, toda a rotina laboratorial
de pré-natal anotado no cartão (ou com o protocolo de coleta, caso os resultados ainda
não estiverem disponíveis), laudos dos exames ultrassonográficos já realizados,
receitas médicas e citologia oncótica colhidas na Unidade de Saúde.

B - Gestantes cuja necessidade seja realização de ultrassonografia urgente, ou


cardiotocografia, não deverão ser encaminhadas ao PNAR, e sim ao serviço de pronto
atendimento de sua referência.

C- Algumas gestantes poderão ser contra referenciadas à Unidade de Saúde de origem,


caso não seja comprovada a situação de risco que necessite acompanhamento
especializado.

D - Todas as gestantes admitidas no PNAR devem manter o seguimento pré


natal na unidade básica de saúde, em conjunto com o seguimento no PNAR
(segundo Protocolos da Atenção Básica: Saúde das Mulheres / Ministério da Saúde,
Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa – Brasília : Ministério da Saúde, 2016).

E – As gestantes que necessitarem também de consultas e seguimento por outras


especialidades (cardiologia, neurologia, hematologia, infectologia, etc) deverão ter
essas consultas agendadas diretamente pela Unidade Básica.
** CRITÉRIOS E ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS PARA ENCAMINHAMENTOS **

1. Hipertensão Arterial Crônica / Hipertensão Arterial Gestacional:

Encaminhar todas as gestantes com diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica


(diagnóstico prévio à gestação ou IG< 20 semanas), ou hipertensão gestacional
(diagnóstico em IG> 20 semanas, sem proteinúria), já com as seguintes condutas:
• Perfil pressórico anotado (frequência pelo menos 2x/semana)
• Substituir os inibidores de ECA, bloqueadores de receptor de
angiotensina II e diuréticos por alfa-metildopa
• Prescrever AAS 100 mg/dia a partir de 12 semanas de gestação (e
preferencialmente antes de 16 semanas) e carbonato de cálcio (500mg 3x/dia)
• Solicitar TGO, TGP, LDH, uréia, creatinina, TSH, proteinúria 24h,
curva glicêmica (se >24 semanas)
• Avaliar necessidade de avaliação de fundoscopia (fundo de olho),
ECG e ecocardiograma.
• Se PA diastólica > ou igual a 110 mmHg, encaminhar
IMEDIATAMENTE ao serviço de pronto atendimento de sua referência (para
propedêutica imediata materna e fetal) e ao PNAR. Garantir retorno garantido na
Unidade Básica de Saúde em no máximo 7 dias.

2. Pré-eclâmpsia:

As gestantes deverão ser encaminhadas IMEDIATAMENTE ao serviço de pronto


atendimento de sua referência (para propedêutica imediata materna e fetal) e ao PNAR
após avaliação hospitalar.
Garantir retorno garantido na Unidade Básica de Saúde em no máximo 7 dias.

3. Diabetes Mellitus DM1 e DM2 (diagnóstico pré gestacional ou durante a


gestação atual):

Encaminhar todas as gestantes com diagnóstico de DM1 e DM2, já com as seguintes


condutas:
• NÃO SOLICITAR CURVA GLICÊMICA para essas gestantes
• Se gestante bem controlada com metformina, pode manter a
medicação até avaliação do PNAR. Os demais hipoglicemiantes orais devem ser
suspensos tão logo seja feito o diagnóstico de gravidez.
• Manter dose atual de insulina (se já estiver em uso previamente à
gestação).
• Orientações de dieta e atividade física regular (caminhadas 30
minutos, pelo menos 3x/ semana), se ausência de vasculopatia.
• Perfil glicêmico domiciliar (pelo menos 4 medidas diárias: jejum, 1h
após café, almoço e jantar)
• Solicitar TGO, TGP, uréia, creatinina, TSH, HbA1, proteinúria 24h ou
proteinúria (relação proteína/creatinina urinária).
• Avaliar necessidade de avaliação de fundoscopia (fundo de olho)
• Prescrever AAS 100mg/dia e carbonato de cálcio (500mg 3x/dia) a
partir de 12 semanas e, preferencialmente antes de 16 semanas.
• Se dextros >200 ou persistentemente <70, encaminhar
IMEDIATAMENTE ao serviço de pronto atendimento de sua referência (para
propedêutica imediata materna e fetal e controle glicêmico internada) e ao PNAR.
Garantir retorno garantido na Unidade Básica de Saúde em no máximo 7 dias.
• DM1 devem ser encaminhadas preferencialmente ao PNE CAISM-
UNICAMP e também à ENDOCRINOLOGIA.

4. Diabetes gestacional:

Encaminhar todas as gestantes com diagnóstico de DMG segundo os critérios atuais


disponíveis para consulta em:
https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/pdf/diabetes-gestacional-
relatorio.pdf , já com as seguintes condutas:
• Perfil glicêmico domiciliar (pelo menos 4 medidas diárias: jejum, 1h
após café, almoço e jantar)
• Orientações de dieta e atividade física regular (caminhadas 30
minutos, pelo menos 5x/ semana).
• Solicitar TSH, T4 livre e anti TPO.

5. Alterações tireoideanas:

A dosagem de TSH não deve ser pedida de rotina no rastreamento gestacional, apenas
para gestantes com algum fator de risco (obesidade, diabetes, idade >40 anos,
hipertensão arterial sistêmica, história familiar) ou na presença de suspeita clínica de
tireotoxicose ou hipotireoidismo descompensado (perda de peso ou ganho de peso
inexplicável, taquicardia sustentada, dentre outros).
Verificar os valores de referência nacionais disponíveis em
http://apps.einstein.br/revista/arquivos/PDF/385-Einstein5-1_Online_AO385_pg51-
55.pdf
Alterações laboratoriais:
- TSH > 4,0 mUI/ml ou < 0,01 mUI/ml
- T3 ou T4L > ou < valor de referência do laboratório

5.1- Hipotireoidismo Pré gestacional

Encaminhar todas as gestantes com diagnóstico de hipotireoidismo prévio à gestação,


já com as seguintes condutas:
• Solicitar TSH, T4L, anticorpos anti TPO e anti-tireoglobulina.
• Se forem necessários ajustes de doses, repetir TSH e T4L a cada 4-
6 semanas. Para pacientes controladas antes de 20 semanas, pode ser realizada
uma dosagem de TSH por trimestre pelo menos.
• Solicitar curva glicêmica entre 24-28 semanas.

5.2- Hipotireoidismo diagnosticado durante a gestação:

Encaminhar somente as gestantes com medidas de TSH acima do percentil 97,5% E/OU
medidas de T4L abaixo do percentil 2,5% para cada idade gestacional, já com as
seguintes outras condutas:
• Solicitar novas dosagens de TSH, T4L e anticorpos anti TPO e anti-
tireoglobulina.
• Se TSH>10,0 prescrever LEVOTIROXINA imediatamente, dose
inicial de 0,5-1,0 mcg/kg de peso/dia.
• Se TSH entre 4,0 - 9,0:
• Se T4L abaixo do valor de referência do laboratório ou
anticorpos positivos = iniciar tratamento, encaminhar ao PNAR.
• Se T4L normal e anticorpos negativos: Iniciar tratamento se
associação com outras comorbidades como HAS, obesidade, DM. Na ausência de
comorbidades, não tratar, não encaminhar, repetir TSH/T4L mensal para
redefinição de necessidade de tratamento.
Seguir na UBS com apoio matricial.
• Solicitar US tireóide
• Solicitar curva glicêmica entre 24-28 semanas.

5.3- Hipertireoidismo (diagnóstico pré gestacional ou na gestação):

Encaminhar todas as gestantes com diagnóstico de hipertireoidismo, já com as


seguintes condutas:
• Solicitar TSH, T4L, anticorpos anti TPO e anti-tireoglobulina
(repetir).
• Não suspender medicamentos anti-tireoideanos (PTU, metimazol,
etc)
• Não suspender betabloqueadores (propranolol, metoprolol, etc)
• Encaminhar para a ENDOCRINOLOGIA, diretamente da Unidade
Básica.
• Se diagnóstico na gestação, solicitar US tireóide.
• Se paciente sintomática (sudorese, taquicardia, etc), encaminhar
IMEDIATAMENTE ao serviço de pronto atendimento de sua referência (para
propedêutica imediata materna e fetal e controle clínico internada) e ao PNAR.
Garantir retorno garantido na Unidade Básica de Saúde em no máximo 7 dias.

6. Mau passado obstétrico:

Encaminhar com cartões de pré-natais prévios, relatórios de alta, cartões dos RNs,
relatórios de internações maternas e neonatais, e quaisquer documentos que
comprovem e caracterizem os episódios prévios.

6.1. Abortamentos de repetição (3 ou mais).


Encaminhar ao PNAR para seguimento da gestação, já com as seguintes condutas:
• Solicitar dosagens TSH, T4L, anti-TPO, FAN, anticardiolipina (IgG/IgM),
antibeta2 glicoproteína 1 e anticoagulante lúpico.

• Prescrever progesterona via vaginal 200 mg/dia até 14 semanas de


gestação.

6.2. Antecedente de natimorto de causa ignorada / DPP de causa ignorada /


Restrição de crescimento fetal grave/precoce:
Encaminhar já com as seguintes outras condutas:
• Solicitar dosagens de TSH, T4L, curva glicêmica (24-28 semanas).
• Perfil pressórico (PA pelo menos 1x/semana).
• Prescrever AAS 100mg/dia a partir de 12 semanas (e < 16
semanas).

6.3. Antecedente de pré-eclâmpsia grave e/ou Síndrome . HELLP/eclampsia:


Encaminhar já com as seguintes outras condutas:
• Solicitar dosagens de proteinúria 24 horas ou proteinúria (relação
proteína/creatinina urinária), TGO, TGP, uréia, creatinina.
• Perfil pressórico (PA pelo menos 1x/semana).
• Prescrever AAS 100mg/dia a partir de 12 semanas de gestação (e
<16 semanas) e carbonato de cálcio 1,5g/dia.

6.4. Antecedentes de partos prematuros, perdas de segundo trimestre ou


cerclagem uterina.
Encaminhar já com as seguintes outras condutas:
• Solicitar US obstétrico imediatamente para datação precisa da
gestação.
• Solicitar US transvaginal para medida do comprimento do colo.
• Prescrever progesterona via vaginal 200 mg/dia.
• Solicitar exame direto (bacterioscopia) da secreção vaginal e
urocultura.

6.5. Antecedente de malformação fetal


Solicitar US obstétrico morfológico de 1o (11-14 semanas) e 2o trimestre (20-24
semanas): encaminhar somente se achados anormais (vide item 27)

7. Idade materna maior ou igual a 40 anos:

Na ausência de comorbidades, o acompanhamento pré-natal pode ser feito na UBS,


com as seguintes condutas:
• Solicitar US obstétrico imediatamente para datação precisa da
gestação.
• US OBSTÉTRICO MORFOLÓGICO (22-24 semanas)
• Solicitar curva glicêmica (24-28 semanas) e dosagem de TSH, T4L.

8. Obesidade:

Obesidade graus I e II: manter na UBS, orientar dieta e atividade física, pedir curva
glicêmica (24-28 semanas) e TSH/T4L.
Encaminhar somente obesidade mórbida (IMC>40), caso não haja condições de
acompanhamento nutricional na UBS. No caso de encaminhar ao PNAR, fazê-lo já com
as seguintes condutas:
• Solicitar US obstétrico imediatamente para datação precisa da
gestação.
• Solicitar curva glicêmica (24-28 semanas) e dosagem de TSH, T4L.
• Prescrever AAS 100mg/dia a partir de 12 semanas de gestação (e
<16 semanas) e carbonato de cálcio 1,5g/dia.

9. Gestações gemelares:

As gestações gemelares DIAMNIÓTICAS/ DICORIÔNICAS podem ser seguidas na


Unidade Básica, solicitando US Obstétrico a cada 4-6 semanas.
As demais gestações gemelares devem ser encaminhadas, já com as seguintes
condutas:
• Solicitar curva glicêmica (24-28 semanas).
• Perfil pressórico semanal.
• Prescrever AAS 100mg/dia a partir de 12 semanas de gestação (e
<16 semanas) e carbonato de cálcio 1,5g/dia.

10. Cardiopatias maternas:


Encaminhar todas as gestantes com diagnóstico comprovado de cardiopatias com
repercussão clínica*, ao PNAR CAISM/UNICAMP (Via CROSS e após matriciamento com
CAISM) ou para a PUCC se já acompanha em cardiologista no próprio serviço PUCC.

*ICC, Valvulopatias, IAM prévio, Arritmias.

Em casos de cardiopatias leves ou em investigação, encaminhar ao PNAR (Policlínica 1)


e cardiologia (diretamente da Unidade Básica).

Em ambas as situações, solicitar relatório médico da cardiologia.

Se paciente sintomática (dispnéia, edema, ganho excessivo de peso, FC>120 ou <60


bpm, etc), encaminhar IMEDIATAMENTE ao serviço de pronto atendimento de sua
referência (para propedêutica imediata materna e fetal e controle clínico internada).
Garantir retorno garantido na Unidade Básica de Saúde em no máximo 7 dias.

11. Asma crônica ou DPOC:

Encaminhar todas as gestantes com diagnóstico confirmado, já com as seguintes


condutas:

• Não suspender o uso de antiasmáticos. Manter medicações de uso


habitual e adequar dose, se necessário.

• Se asma grave ou moderada intermitente/persistente ou DPOC,


encaminhar à PNEUMOLOGIA (diretamente da Unidade Básica).

• Se paciente com sintomas agudos de descompensação (dispnéia,


alterações na FR, saturação <95%), encaminhar IMEDIATAMENTE ao serviço
de pronto atendimento de sua referência (para propedêutica imediata materna e
fetal e controle clínico internada). Garantir retorno na Unidade Básica de Saúde
em no máximo 7 dias.

Pacientes com asma intermitente leve não necessitam de encaminhamento para


PNAR.

12. Anemia grave:

Todas as gestantes com hemoglobina < 8 g% no exame de rastreamento inicial da


gestação devem ser encaminhadas, já com as seguintes condutas:
• Solicitar eletroforese de Hb, Fe sérico, ferritina, reticulócitos.
• Prescrever sulfato ferroso em dose terapêutica, reavaliar
hemograma e reticulócitos em 2 semanas.
• Avaliar fatores nutricionais.
• Solicitar relatório da hematologia, caso paciente já tenha
acompanhamento prévio.
13. Anemia falciforme ou Talassemia:

Encaminhar todas as gestantes com diagnóstico confirmado de anemia falciforme ou


talassemia ao PNAR do CAISM/UNICAMP (Via CROSS e após matriciamento com CAISM)

As gestantes com traço falciforme ou traço talassêmico devem ser seguidas na Unidade
Básica de Saúde.

14. Epilepsia

Encaminhar todas as gestantes com diagnóstico de epilepsia, já com as seguintes


condutas:
• NÃO SUSPENDER MEDICAÇÕES ANTI-CONVULSIVANTES (exceto
ácido valpróico no primeiro trimestre, vide abaixo), manter medicações de uso
habitual com adequação da dose de acordo com o peso atual.
• Prescrever ácido fólico durante toda a gestação.
• Encaminhar à neurologia, diretamente da Unidade Básica.
• Para SUSPENDER uso de ÁCIDO VALPRÓICO no 1º trimestre
encaminhar para o serviço que já a acompanha para troca imediata da
medicação.

15. Doença inflamatória intestinal:

Todas as gestantes com diagnóstico confirmado de doenças inflamatórias intestinais


devem ser encaminhadas, já com as seguintes condutas:
• Relatórios médicos e ou laboratoriais que definam a gravidade do
caso.

• Encaminhar também para a gastroenterologia, diretamente da


Unidade Básica.

16. Alterações de citologia oncótica cervical:

Não encaminhar ao PNAR.


As gestantes com lesões intra-epiteliais de alto grau e/ou carcinoma in situ ou invasor
deverão ser encaminhadas ao Ambulatório de Patologia Cervical.
As gestantes com lesões de baixo grau e ASCUS/AGUS devem ser seguidas pela
Unidade Básica de Saúde, não havendo necessidade de tratamento.
As gestantes com LESÕES CONDILOMATOSAS devem receber tratamento na Unidade
Básica de Saúde.
17. Isoimunização Rh (Coombs Indireto positivo):

Solicitar Coombs indireto com painel de anticorpos, para identificação de anticorpo e


definição de risco hemolítico.
Se anticorpo com risco de hemólise fetal, encaminhar ao PNE de Medicina Fetal do
CAISM/UNICAMP (Via CROSS e após matriciamento com CAISM) já com as seguintes
condutas:
• Se IG> 20 semanas, solicitar Doppler de artéria cerebral média para
avaliar pico de velocidade sistólica.
Pacientes Rh negativo com Coombs Indireto positivo para anticorpos não D deve
receber a imunoglobulina anti-D entre 28 e 34 semanas.

18. Infecção urinária:

Encaminhar ao PNAR apenas após o segundo episódio de pielonefrite na gestação.


As gestantes com ITU BAIXA (CISTITES) DE REPETIÇÃO (2 ou mais episódios de ITU
comprovados por uroculturas) devem ser mantidas na Unidade de Básica de Saúde em
uso de antibioticoprofilaxia (1a escolha: nitrofurantoína 100 mg/dia até 36 semanas,
após trocar para cefalexina) até 42 dias do puerpério e uroculturas mensais.
Mesma conduta após um episódio isolado de ITU ALTA (PIELONEFRITE).

19. Antecedente de cirurgia bariátrica:

Encaminhar todas as gestantes com relatório da cirurgia realizada (técnica cirúrgica),


com as seguintes condutas:
• Solicitar dosagens de vitamina B12, ferritina, Fe sérico, vitamina D.

• NÃO SOLICITAR CURVA GLICÊMICA.

20. Restrição de crescimento intra-uterino ou oligoâmnio acentuado:

Gestantes cuja necessidade seja realização de ultrassonografia urgente, ou


cardiotocografia, não deverão ser encaminhadas ao PNAR, e sim ao serviço de pronto
atendimento de sua referência.
Após avaliação pelo serviço de pronto atendimento de referência se necessário,
encaminhar ao PNAR.

21. Polidrâmnio ou macrossomia fetal:

Gestantes cuja necessidade seja realização de ultrassonografia urgente, ou


cardiotocografia, não deverão ser encaminhadas ao PNAR, e sim ao serviço de pronto
atendimento de sua referência.
Investigar diabetes mellitus.
Após avaliação pelo serviço de pronto atendimento de referência se necessário,
encaminhar ao PNAR.

22. Antecedente de três ou mais cesareanas:

Encaminhar somente se associado a placenta prévia e/ou suspeita de acretismo


placentário, diretamente ao PNAR do CAISM/UNICAMP (Via CROSS e após
matriciamento com CAISM)

23. Antecedente de trombose venosa profunda ou embolia pulmonar:

Todas as gestantes com antecedentes de fenômenos tromboembólicos devem ser


encaminhadas, já com as seguintes condutas:
• Relatórios médicos e/ou laboratoriais do episódio relatado.

• Prescrição de Enoxaparina SC 40 mg/dia, conforme Fluxo de


Dispensação de Enoxaparina para Gestantes (NOTA TÉCNICA No
007/2017/SMS).

• Se trombose arterial prévia: associar AAS (100mg/dia).

• Solicitar US Doppler arterial e venoso de MMII.

• Solicitar anticardiolipina (IgG/IgM), anticoagulante lúpico e anti beta


2 glicoproteína 1.

• Se suspeita clinica de trombose aguda, encaminhar


IMEDIATAMENTE ao serviço de pronto atendimento de sua referência.

24. Insuficiência renal crônica:

Encaminhar todas as gestantes com diagnóstico confirmado de insuficiência renal


crônica* ao PNAR do CAISM/UNICAMP (Via CROSS e após matriciamento com CAISM)

Solicitar relatório da nefrologia para levar à consulta.

*história prévia de diálise, creatinina >1,0 mg/dl, uréia >40mg/dl, diagnóstico de


patologia renal grave.

25. Púrpura trombocitopênica imunológica:

Encaminhar todas as gestantes com diagnóstico confirmado de PTI ao PNAR do


CAISM/UNICAMP (Via CROSS e após matriciamento com CAISM)
26 . Síndrome de anticorpo antifosfolipíde:

Todas as gestantes com diagnóstico de SAAF devem ser encaminhadas, já com as


seguintes condutas:
• Relatórios médicos e/ou laboratoriais que comprovem o diagnóstico.

• Prescrição de AAS 100mg/dia a partir de 12 semanas.


• Prescrição de enoxaparina 40 mg SC ao dia, conforme Fluxo de
Dispensação de Enoxaparina para Gestantes (NOTA TÉCNICA No
007/2017/SMS).

27. Malformações fetais:

Encaminhar todas as gestantes com diagnóstico de malformações fetais ao PNE


Medicina Fetal do CAISM/UNICAMP (Via CROSS e após matriciamento com CAISM)

Obs: Mal formação cardíaca fetal encaminhar para PNAR-PUCC

28. Doenças Reumatológicas (Lupus Eritematoso Sistêmico, Artrite


Reumatóide, Febre Reumática), colagenoses, doenças auto imunes:

Solicitar relatório da reumatologia e encaminhar todas as gestantes com diagnóstico


confirmado de LES ao PNAR do CAISM/UNICAMP (Via CROSS e após matriciamento com
CAISM) ou PUCC se o serviço terceirizado que já acompanha

• Encaminhar para a reumatologia, diretamente da UBS.

• Prescrever AAS 100mg/dia a partir de 12 semanas de gestação (e


<16 semanas) e carbonato de cálcio 1,5g/dia.
• Solicitar: C3, C4, proteinúria 24 h, urina 1, anti-Ro, anti-La, FAN e
anti-DNA.
• Manter medicamentos de uso habitual.
• Se gestante com sintomas de doença em atividade, encaminhar
IMEDIATAMENTE ao serviço de pronto atendimento de sua referência.

29. Malformações uterinas:

Encaminhar todas as gestantes com diagnóstico de malformação uterina com exame de


imagem que comprove e caracterize a malformação em questão.
30. Miomatose uterina:
Encaminhar todas as gestantes com miomas uterinos >4,0 cm com exame de imagem
que comprove e caracterize o quadro.

31. Doenças psiquiátricas (depressão grave, transtorno afetivo bipolar,


esquizofrenia):

Encaminhar todas as gestantes com diagnóstico confirmado de doenças psiquiátricas


graves ao PNAR do CAISM/UNICAMP (Via CROSS e após matriciamento com CAISM) e
para a psiquiatria, diretamente da Unidade Básica.
Não suspender as medicações em uso antes de encaminhar ou discutir com especialista
da psiquiatria.

32. Drogadição grave:

Encaminhar todas as gestantes para o PNAR e também encaminhar ao serviço


psiquiátrico de referência.
Não suspender as medicações em uso antes de encaminhar ou discutir com especialista
da psiquiatria.

33. Toxoplasmose:

Atenção ao protocolo de interpretação de sorologias.


Encaminhar ao PNE-Infecções congênitas do CAISM/UNICAMP (Via CROSS e após
matriciamento com CAISM) as gestantes com IgG positivo e IgM positivo e teste de
avidez IgG baixo após 16 semanas de gestação (laboratório realiza automaticamente
em casos de IgG+/ IgM +, mas resultado é liberado depois) ou casos de comprovada
soroconversão na gestação.

• Encaminhar já em uso de ESPIRAMICINA (500mg 2 comprimidos 8/8


horas = 1,5 MUI 2 comprimidos 8/8 horas).

• Solicitar US obstétrico morfológico em IG 20-24 semanas.

Obs.: Se avidez alta colhida antes de 16 semanas = considerar cicatriz sorológica


IgM zona cinza em dois exames consecutivos é considerada cicatriz sorológica

34. Sífilis:

Tratar na Unidade Básica de Saúde. Encaminhar apenas os casos suspeitos de sífilis


terciária ou que necessitem de avaliação liquórica.
Dessensibilização de penicilina: CAISM (Via CROSS e após matriciamento com
CAISM)

35. Hepatite B:

Encaminhar todas as gestantes com sorologia positiva para Hepatite B (HbsAg


positivo) ao Ambulatório de Hepatites Virais do município (CR/IST) através de vaga
SOL e manter pré natal na UBS e se necessário compartilhar com o PNAR Policlínica 1
• Solicitar perfil sorológico completo (caso o laboratório não tenha
realizado).

• Solicitar função hepática

• Solicitar US ABDOME SUPERIOR.

Opção: Se necessário encaminhar ao PNAR infecções do CAISM/UNICAMP (Via


CROSS e após matriciamento com CAISM)

36. Hepatite C:

Encaminhar todas as gestantes com sorologia positiva para Hepatite C ao Ambulatório


de Hepatites Virais do município (CR/IST) através de vaga SOL e manter pré-natal na
UBS e se necessário compartilhar com o PNAR Policlínica 1,
• Solicitar função hepática

• Solicitar US abdome superior

• Encaminhar ao ambulatório de hepatites viriais, diretamente da


Unidade Básica.

Opção: Se necessário encaminhar ao PNAR infecções do CAISM/UNICAMP (Via


CROSS e após matriciamento com CAISM)

37. HIV:

Encaminhar todas as gestantes com diagnóstico de retrovirose ao CR/IST através de


contato telefônico e manter pré-natal na UBS e se necessário compartilhar com o PNAR
Policlínica 1

Importante: NÃO SUSPENDER MEDICAÇÕES ANTIRETROVIRAIS.


Opção: Se necessário encaminhar ao PNAR infecções do CAISM/UNICAMP (Via
CROSS e após matriciamento com CAISM)
38. Citomegalovírus e rubéola:

As sorologias para CMV e rubéola não devem ser pedidas de rotina no rastreamento de
pré natal.
Checar vacinação prévia ou sorologias prévias.
No caso de sorologias positivas, ligar para discutir condutas e manter seguimento
somente na UBS.

Apoio matricial pelos telefones: 3232 1306 / 3231 6954 ou durante reuniões
on-line mensais oferecidas pelo serviço.

Ambulatório de Pré-natal alto risco-Policlínica 1


Área da saúde da mulher
Departamento de saúde
Secretaria Municipal de Campinas

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