Economia Ambiental Sustentável: Os Combustíveis Fósseis E As Alternativas Energéticas
Economia Ambiental Sustentável: Os Combustíveis Fósseis E As Alternativas Energéticas
Economia Ambiental Sustentável: Os Combustíveis Fósseis E As Alternativas Energéticas
Porto Alegre
2010
1
Porto Alegre
2010
2
____________________________________
Prof. Eduardo Filippi - orientador
UFRGS
____________________________________
Prof. Carlos Mielitz
UFRGS
____________________________________
Prof. Leonardo Xavier da Silva
UFRGS
3
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais Arlete, Jefferson e à minha irmã Letícia, que tiveram uma
participação terminante na minha vida, sempre acreditando e incentivando eu realizar minhas
convicções, sonhos e realizações pessoais.
Peço um obrigado a todos os meus repletos amigos, pela ajuda e por todos os
momentos que estivemos juntos.
Agradeço do coração a todas as pessoas que desejam tornar nosso mundo um lugar
melhor e mais alegre, em grandes e pequenas atitudes.
RESUMO
ABSTRACT
The work is carried out to identify the environmental commitment related to each of
the energy sources available and used in the world market. The environment is a resource on
which humanity depends, but this resource is becoming increasingly scarce due to misuse of
natural resources. So, sustainable development seeks to meet the needs of present generation
without compromising the ability of future generations to meet their own demands.
In the current period, the possibilities of energy obtained from renewable sources are
seen as alternatives fuels of replacing fossil fuels, which emit many anthropogenic gases. We
present the development of advanced technologies, from exploration and production to
capture renewable energy.
Keywords: Sustainable Development, Energy Mix, Fossil Fuels, Renewable Energy, CO2
Emissions.
6
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................... 09
2 MEIO AMBIENTE......................................................................................................... 11
2.1 REVISÃO HISTÓRICA ................................................................................................ 12
2.2 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL .................................................................... 13
2.3 A ECONOMIA E O MEIO AMBIENTE ....................................................................... 16
2.4 LIMITES À EMISSÃO DE DIÓXIDO DE CARBONO (CO2)...................................... 20
4 COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS........................................................................................... 31
4.1 O PETRÓLEO ............................................................................................................... 33
4.1.1 A Oferta de Petróleo.................................................................................................... 34
4.1.2 A Demanda de Petróleo............................................................................................... 38
4.2 O CARVÃO MINERAL ................................................................................................ 40
4.2.1 A Oferta de Carvão Mineral ........................................................................................ 42
4.2.2 A Demanda de Carvão Mineral ................................................................................... 45
4.3 O GÁS NATURAL........................................................................................................ 48
4.3.1 A Oferta de Gás Natural .............................................................................................. 49
4.3.2 A Demanda de Gás Natural ......................................................................................... 52
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................... 74
REFERÊNCIAS................................................................................................................. 76
9
1 INTRODUÇÃO
como apresentar as fontes de energias fósseis e renováveis que encontramos nos dias de hoje e
identificar os benefícios e problemas de cada uma delas, seja na questão econômica ou,
principalmente, na ambiental.
O atual trabalho está dividido em cinco capítulos. No próximo capítulo será
apresentado o conceito de meio ambiente, depois a área de desenvolvimento sustentável,
conectando com as emissões globais de dióxido de carbono vinculando às matrizes
energéticas. Conhecimento para uma visão agregada entre o meio ambiente e o constante
crescimento econômico.
No terceiro capítulo será apresentada a matriz energética mundial. Historicamente
dominada pelo carvão, petróleo e gás natural. Como as economias e populações em todo o
mundo continuam a crescer, um portfólio mais diversificado de fontes de energia serão
apresentados para apoiar e sustentar a atividade econômica. Embora o carvão, o petróleo e o
gás natural continuarão indispensáveis para acompanhar a demanda projetada de energia, será
analisado o desenvolvimento de fontes de energia economicamente viáveis para garantir um
futuro de energia confiável e seguro.
No quarto capítulo serão apontadas as fontes de energia de origem fóssil: o petróleo,
o carvão mineral e o gás natural. O petróleo, primeiro elemento, terá um apontamento
histórico, desde o início de sua utilização até uma análise mais profunda do seu mercado de
produção e consumo. Os elementos seguintes, carvão mineral e gás natural, serão analisados
mais tecnicamente com base em tabelas e figuras que ajudarão a conceituá-los e situá-los na
matriz energética mundial e brasileira.
No quinto capítulo serão consideradas as fontes de energia alternativas. Nesse
capítulo será indicada sua oferta e demanda no mercado mundial, assim como seus pontos
positivos para o desenvolvimento sustentável. Origem e o modo de operação. No sexto
capítulo se comentarão as conclusões e recomendações finais do trabalho.
11
2 MEIO AMBIENTE
O meio ambiente pode ser conceituado como uma interação entre os organismos
vivos (vegetais e animais) com o meio externo (água, terra, ar, etc.). Este meio externo é o
responsável por proporcionar condições para que os seres vivos alcancem o desenvolvimento
biológico, social e psíquico, formando um ecossistema propício para a evolução. Tal
integração tem como fundamento um referencial teórico, científico, doutrinário e filosófico,
assim como uma base ética e moral que dimensionam e orientam as atitudes dos agentes
econômicos, políticos e sociais nas tomadas de decisões.
O meio ambiente, portanto, é o conjunto de condições, leis, influências e interações
de ordem física, química, biológica, social, cultural e urbanística, que permitem, abrigam e
regem a vida em todas as suas formas. O homem, como qualquer animal, exige condições
ambientais (o ecos e o habitat), físicas e culturais equilibradas para um desenvolvimento
normal e integral.
O meio ambiente é um recurso do qual a humanidade depende, mas este recurso está
se tornando cada vez mais escasso em função do crescimento populacional, da riqueza
acumulada pelo crescimento econômico e das inovações tecnológicas. Existem diferentes
níveis de degradação do meio ambiente entre os países, porém a poluição e a degradação
ambiental são problemas mundiais, independente do sistema político e ideológico adotado
pelos países.
O diagnóstico de Desenvolvimento Sustentável acompanha o conflito entre a divisão
sobre o aumento econômico e o crime ambiental. A partir de 1960 é que se inicia a reflexão
em torno do tema, época em que são alcançados estudos, exposições e documentos com o
tamanho pleno do problema ambiental. A análise de eco desenvolvimento foi definido por
Sachs o precursor do que hoje se conhece como o Desenvolvimento Sustentável.
Sachs (1986) confirma que o meio ambiente nada mais é do que a estabilização entre
todos os recursos naturais que se encontram no mundo, assim como sua qualidade, e a
satisfação do nível de vida através do alcance de soluções renováveis.
12
A partir da década de 70, com a eclosão dos dois choques de aumento do preço do
petróleo, a humanidade começou a tomar consciência de que era necessário compatibilizar o
crescimento econômico com a conservação de recursos naturais. O período iniciado nos anos
70 até a abertura da década de 80 caracterizou-se pela concretização de múltiplos eventos de
grande valor para a percepção global das dificuldades ambientais e suas consequências na
vida no planeta. Os maiores episódios que abalizaram esse momento, predominante na época,
foram: a Conferência da ONU em Estocolmo, em 1972, vista como marco inicial dos debates
ambientais; os estudos elaborados pelo Clube de Roma, entre 1968 e 1976 e o Relatório
elaborado pelo Conselho Ambiental Americano Quality Enviroment Council para o governo
de Jimmy Carter, em 1980, nomeado Global Report 2000.
A ECO-92, realizada na cidade do Rio de Janeiro, tinha como eixo central analisar
tendências de políticas e ações dos países e organizações internacionais para resguardar o
meio ambiente, além de averiguar como os discernimentos haviam sido adicionados nas
políticas e no planejamento econômico e social (desde a Conferência da Suécia). Nesta
conferência, mais de 150 países firmaram o balanceamento das emissões de gases
antecessores do efeito estufa (GEE), a fim de manter o equilíbrio climático mínimo e
promulgar o desenvolvimento sustentável de maneira efetiva. A primeira resolução decidida
ficou conhecida como a Carta da Terra, uma espécie de código de conduta para harmonizar as
ações de desenvolvimento com o meio ambiente. A segunda foi a Agenda 21, abrangendo 21
pontos a serem seguidos na busca por um desenvolvimento sustentável.
Em 1997 foi instituído o Protocolo de Kyoto, num encontro jurídico internacional
para prever medidas concretas de redução de emissões de GEE. Por meio do princípio de
responsabilidade comum, mas diferenciada, reconheceu-se que os países desenvolvidos
devem ter responsabilidades distintas em razão de sua maior contribuição histórica e atual no
agravamento do efeito estufa. Tal protocolo estabeleceu compromissos quantificados de
redução de emissões apenas aos países desenvolvidos e industrializados, reduzindo-os aos
níveis do ano de 1990.
Em setembro de 2002 realizou-se em Johanesburg, na África do Sul, a conferência da
ONU, a ECO-2002, com o objetivo de avaliar mudanças ocorridas nos dez anos passados
desde a reunião do Rio de Janeiro (ECO-92), quando se reconheceu internacionalmente que a
proteção ao meio ambiente e o manejo dos recursos naturais precisam ser integrados com
13
O termo desenvolvimento sustentável foi utilizado pela primeira vez em 1983, pela
Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pela ONU, e foi
apresentado o conceito de desenvolvimento sustentável como nova configuração de
desenvolvimento. Segundo Mendes, “Desenvolvimento Sustentável é atender às necessidades
da atual geração, sem comprometer a capacidade das futuras gerações em prover suas próprias
demandas”. Entre os princípios básicos visando sua aplicação se destacam: a integração da
natureza com desenvolvimento, a satisfação das necessidades humanas fundamentais, a
perseguição à equidade e justiça social, a busca da autodeterminação social, o respeito à
diversidade cultural e a manutenção da integridade ecológica.
O conceito de desenvolvimento sustentável foi contemplado pela primeira vez com o
nome de eco desenvolvimento pelo Secretário-Geral da Conferência de Estocolmo, Maurice
Strong (1972). A teoria do eco desenvolvimento, com Strong, levou em conta as regiões
rurais da África, Ásia e América Latina que sofreram enormes e incomensuráveis extrações
de seus recursos naturais com a super utilização dos solos para pagamento de dívida externa,
ou seja, para o desenvolvimento industrial da Europa.
14
Na questão sustentável, existe um debate antigo: existem aqueles que acreditam que
o mundo é um sistema único que sofre consequências, porém há alguns que imaginam que o
modelo hegemônico pode ser acertado à sustentabilidade. A questão é simples: conservar as
condições que tolere a vida no planeta, ou cultivar o sistema, procurando a sustentabilidade. O
segundo busca a idéia de encontrar novas tecnologias alternativas, porém não impactantes e
sem questionar o padrão produtivo vigente. Diferente do primeiro que entende a Terra como
um sistema holístico. Vendo desta maneira, temos uma definição bem interessante para o
Desenvolvimento Sustentável, vinda de Ribeiro (1996, p. 99):
As idéias que separam as culturas não surgem de uma hora para outra, quanto mais
complexas elas aparecem, mais elas necessitam ser discutidas. Por isso se faz necessário um
Governo Universal articulando e mobilizando a participação das nações e dos cidadãos do
mundo para conciliar e ajudar nestas decisões.
Segundo a Comissão Mundial de Meio Ambiente foi criado o relatório Nosso Futuro
Comum. Com isso, seria necessário da sociedade criar maneiras e atitudes para encontrar,
neste relatório, o real caminho do desenvolvimento sustentável. A preocupação com o meio
ambiente deve se traduzir em cooperação entre países com padrões diferentes de
desenvolvimento econômico e social e abranja a consecução de objetivos comuns e
interconectados.
Por esta mesma Comissão Mundial de Meio Ambiente, da ONU, há uma visão
integral dos efeitos dos problemas sociais, econômicos e ecológicos da sociedade global.
Existe uma ligação entre economia, tecnologia, sociedade e política que mostra um novo
caráter ético do mundo atual, que delineia a culpabilidade entre as gerações da sociedade. A
sustentabilidade das civilizações humanas vai depender da capacidade de nos submetermos
aos preceitos de prudência ecológica e de fazer um bom uso da natureza. Por isso se concluiu
que, pela defesa do conceito de desenvolvimento sustentável como utopia do século XXI, se
postula a necessidade de buscar os novos paradigmas científicos.
Alguns princípios filosófico-científicos, que foram elaborados através de novas
teorias e paradigmas, e podem determinar a construção de uma abordagem sustentável, estão
16
listados abaixo:
a) Contingência: refere-se à capacidade humana da construção do não-necessário;
b) Complexidade: lista a associação do objeto ao próprio ambiente;
c) Sistêmica: código holístico com a capacidade de incluir aspectos sobre
autonomia e integração;
d) Recursividade: reorganização constante junto da arrumação ativa;
e) Conjunção: informação dos entes e das abordagens;
f) Interdisciplinaridade: uma correção pela quebra da Razão.
[...] a segunda solução implicaria privatização de recursos como a água, energia, ar,
etc. esbarrando no elevado custo decorrente dos processos de barganha que
envolveriam milhares de agentes. A primeira pressupõe ser possível calcular valores
a partir de uma curva marginal de degradação ambiental, sendo também de difícil
execução, uma vez que os impactos ambientais evoluem de modo imprevisível.
possível a internalizarão dos custos ambientais. Então a solução do problema passa por
corrigir esta distorção.
Segundo Romeiro, comentado o conceito de desenvolvimento sustentado e
perspectiva econômica (2001, p.10):
“Turning point”
Im p a c to a m b ie n ta l
Y = f (K, L)
Com o tempo, os recursos naturais passaram a ser incluídos nas representações das
funções de produção, mantendo sua forma multiplicativa, significando substituição perfeita
entre capital, trabalho e recursos naturais, onde a disponibilidade desses recursos pode ser
superada pelo progresso técnico que os substitui pelo capital (ou trabalho), como ilustrado a
seguir.
Y = f (K, L, N)
mercado os níveis de escassez de parte dos recursos naturais, propiciando condições para que
a “livre” negociação nos mercados de commodities ambientais pudesse definir o nível ótimo
de exploração e alocação desses recursos.
Certos elementos peculiares aos recursos naturais os tornam fontes de falhas que
impedem sua alocação eficiente. Algumas dessas características são examinadas como se
segue:
a) Exclusividade: Acontece quando se pode afastar determinas pessoas do
benefício de algum bem. Não existe esta possibilidade nos bens públicos, que
são considerados não-exclusivos, o que impede a adoção de alternativas que
busquem a preservação dos mesmos e seu uso competente e em escala
sustentável.
b) Rivalidade: Bens rivais são os que o uso de uma unidade por algum cidadão
impede o uso da mesma unidade por outro (comida, carros, casas, etc.). Tal
característica define o processo de decisão, pois a utilização do recurso depende
disso. Se o uso presente dos recursos for uma barreira para usos seguintes,
devem-se definir quem poderá usufruir de tais recursos. As gerações futuras
também dependem das decisões atuais e podem ser prejudicadas pela escassez
dos recursos caso os mesmos sejam esgotados pela geração presente.
c) Congestionabilidade: Bens congestionáveis são aqueles que se comportam
como rivais no momento em que esgotam sua carga. Depois desse ponto passam
a se comportar como se fossem rivais.
d) Irreversibilidade: Os irreversíveis são aqueles recursos que possuem um
determinado limite de exploração. Contudo, quando sua utilização é superior ao
seu limite o retorno às condições anteriores é lento ou, muitas vezes, até
impossível.
e) A falta de direitos de propriedade bem definidos também gera falhas de
alocação e dificuldades de adoção de medidas que busquem tornar a utilização
dos recursos de forma eficiente.
recursos naturais são finitos, o que torna mais garantida a possibilidade da manutenção do
ritmo das atividades produtivas.
Nesse ponto de vista, que existem recursos renováveis e recursos não-renováveis, o
desenvolvimento tecnológico gera oportunidades de se trocar recursos não-renováveis pelos
renováveis. O sistema econômico é grande suficiente, tornando o meio ambiente apenas uma
restrição relativa, superável indefinidamente pelo progresso tecnológico e científico.
Porém, para certos autores, esta substituição é muito complicada de se fazer, já que
os recursos naturais possuem características próprias e que nem sempre podem ser
reproduzidas. Daí surge o anseio de que o emprego dos recursos renováveis pode acabar
pondo em risco o desenvolvimento econômico de uma sociedade. Deste outro lado estão os
ecocêntricos radicais, para os quais o meio ambiente apresenta limites absolutos ao
crescimento econômico, mantidas as taxas observadas da expansão da extração de recursos
naturais e de utilização da capacidade de assimilação da poluição pelo meio ambiente.
Assim, o desenvolvimento sustentável reconhece o poder do progresso técnico para
expandir os limites ambientais, mas não ignora tais limites e propõe que o crescimento
econômico, pode até ser uma condição necessária, mas não é o suficiente para a eliminação da
pobreza, desigualdades sociais e tornar o meio-ambiente apenas uma restrição relativa através
do progresso técnico. Pois, os efeitos contraditórios do progresso técnico e científico não
comprovam esta visão, e verifica-se de um lado o aumento da pressão do sistema econômico
sobre o meio ambiente e de outro a redução dos preços dos recursos naturais, motivada pelo
aumento da eficiência na prospecção e na utilização destes. Neste ponto, torna-se comum a
idéia de que é necessário intervir no processo de desenvolvimento econômico, para que seja
possível conciliar eficiência econômica, equilíbrio social e respeito ao meio ambiente.
estados membros individuais) até para um aumento de 10% para a Islândia. A meta para os
Estados Unidos é de 7 % abaixo dos níveis de 1990, porém o Estados Unidos da América
(EUA) não são signatários do protocolo, alegando que isto iria prejudicar a economia interna
do país.
O dióxido de carbono (CO2) é o mais importante dos poluentes responsáveis pelo
aquecimento global que está alterando o nosso clima. De acordo com especialistas, se
quisermos evitar níveis perigosos de aquecimento global, temos de cortar as emissões de CO2
em 80-90 por cento até 2050. Isso significa que necessitamos de mudança nas formas de
geração de energia, para as que não produzem CO2.
O dióxido de carbono (CO2), o principal gás do efeito estufa (GEE), é produzido
pela queima de combustíveis fósseis, que fornece a maior parte da energia para a atividade
econômica. A ausência de substitutos baratos de baixo carbono para a energia fóssil levou a
uma preocupação generalizada de que as tentativas de reduzir as emissões de gases de efeito
estufa iriam causar aumento drástico dos preços de energia e reduções na produção e no bem-
estar econômico.
Os limites de emissão de GEE negociados no âmbito do Protocolo de Kyoto têm sido
criticados porque essas metas são expressas como tampas fixas sobre a capacidade dos países
para produzir. O caráter absoluto de tais limites não conta para a possibilidade de que as
economias e as suas emissões poderiam crescer mais rapidamente do que era esperado na
época que os objetivos foram negociados, e, portanto, causam maiores perdas econômicas do
que o esperado para os signatários de protocolo.
Os padrões globais da utilização de energia estão subordinados a uma série de
pressupostos, nomeadamente para o crescimento econômico e a evolução política. O
Protocolo de Kyoto determina metas de redução de emissões de gases do efeito estufa (GEE)
e estimula o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis. Por isso também é importante
abordar as implicações da oferta de combustíveis fósseis e os caminhos de sua demanda em
termos de emissões de GEE, além de incentivar as alternativas energéticas renováveis que
proporcionam um consumo mais limpo.
Para colaborar na solução do problema, também foi criado o mercado de Créditos de
Carbono usado para reduzir as emissões de efeito estufa, dando um valor monetário ao custo
de poluir o ar. Emissões tornam-se um custo interno de fazer negócios e são visíveis no
balanço ao lado de matérias-primas e outros passivos ou ativos. O Mercado de Créditos de
Carbono é atingido através de projetos criados para a redução de emissões de gases do efeito
estufa. Tais projetos que podem gerar créditos de carbono e serem utilizados pelos países
22
desenvolvidos integrantes do Protocolo de Kyoto para alcançar suas metas de redução das
emissões de gases do efeito estufa. O mercado de créditos de carbono surge como uma
alternativa para controlar a poluição global.
Os combustíveis fósseis, à base de carbono, que representam 65% da produção de
eletricidade e 86% do consumo global de energia, movimentam a economia do mundo. Com
grandes reservas mundiais, economia favorável, uma extensa tecnologia e ampla base de
infra-estrutura, estes combustíveis são projetados para desempenhar um papel central na
produção de energia pelo menos nas próximas décadas. Em 2009, as emissões globais de CO2
ligadas à energia deverão diminuir pela primeira vez desde 1992. Mesmo com esse
decréscimo nas emissões de gases de efeito estufa, as políticas atuais são insuficientes para
evitar um rápido aumento na concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, com
consequências muito graves para as alterações climáticas.
As emissões de dióxido de carbono da Figura 2 refletem, apenas, as através do
consumo de petróleo, gás natural e carvão, e são baseados no padrão global de fatores de
conversão média. Isto não considera qualquer carbono que é expelido por outras fontes de
emissões de carbono, ou para as emissões de outros gases com efeito de estufa.
35.000
30.000
Ásia
25.000
Africa
América do Sul e
10.000 Central
América do Norte
5.000
0
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Os continentes asiático, europeu e norte americano são responsáveis por 87,1% das
23
emissões de CO2 na atmosfera através do consumo de carvão, petróleo e gás natural. Tais
continentes são os maiores consumidores de petróleo e/ou carvão. O continente asiático emite
42,6% das do total de dióxido de carbono, devido ao altíssimo consumo de carvão,
principalmente através da China, que representa 24,2% da emissão mundial de CO2. Estes
dados ajudam a se pensar nas novas alternativas energéticas.
Conforme a Tabela 1, as projeções globais de emissões de CO2, ligadas à energia,
prevêem o seguimento do aumento rápido e contínuo, resultante do aumento da demanda
global de energia fóssil. Já tendo aumentado de 20,9 Gt (Gigatoneladas) em 1990 para 28,8 Gt
em 2007. As emissões de CO2 ligadas à energia são projetadas para atingir 34,5 Gt em 2020 e
40,2 Gt em 2030 - uma taxa média de crescimento de 1,5% ao ano.
CAGR (%)
Emissão de CO2 (GT) 1990 2007 2015 2020 2025 2030 2007-2030
Total de emissões de CO2 20,941 28,826 32,306 34,526 37,311 40,226 1,5
Fonte: AIE, 2009
O Brasil planeja reduzir suas emissões do dióxido de carbono, principal gás com
efeito de estufa (CO2) em cerca de 40 por cento até 2020, disse o governo. Em Brasília, a
ministra chefe da casa civil, Dilma Rousseff, e enfatizou que a meta ambiciosa foi voluntária.
O Brasil tem a intenção de emitir em torno de um bilhão de toneladas a menos de CO2 até
2020. Se a meta for cumprida, os níveis de emissões do Brasil em 2020 seriam equivalentes
aos de 1994. O plano tem metas importantes de redução associadas com o etanol e
biocombustíveis que em 15 anos vão significar uma redução de 508 milhões de toneladas de
CO2.
24
A Figura 3 aponta o histórico dos níveis de emissão de CO2 feitos pelo Brasil,
emissões apenas relativas aos combustíveis fósseis.
450,0
400,0
350,0
300,0
250,0
200,0
150,0
100,0
50,0
-
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
medida que as modalidades fósseis possam aproximar-se do esgotamento ou, o que é mais
provável, suas conseqüências ambientais tornarem-se inaceitáveis para as sociedades
contemporâneas. Os ciclos de produtos e as fontes de energia, renováveis ou não, vão se
sucedendo, se substituindo, mas de fato se complementando, uma vez que as necessidades
humanas em energia são propriamente insaciáveis.
Globalmente, as energias renováveis irão continuar a crescer, mas não tão
rapidamente como esperado e, ainda, a partir de uma base baixa. A Energia nuclear é a que
cresce mais rapidamente, com uma média de 1,6% ao ano, enquanto a energia hidrelétrica
também está definida para se expandir. Porém se tratam de duas fontes energéticas que não
tem um beneficio ambiental grande. Realisticamente, porém, os combustíveis fósseis
continuarão a satisfazer a maioria das necessidades de energia do mundo, contribuindo com
mais de 80% para o potencial energético nos próximos vinte anos. O petróleo continuará a
desempenhar o papel principal no futuro próximo, embora a sua quota global venha a cair
(Tabela 2). O Gás natural deve crescer a taxas aceleradas, enquanto o carvão mantém a sua
importância na matriz energética. As tendências em partes sugerem, no entanto, que o carvão
pode até se tornar o combustível dominante até meados do século.
Nas Figuras 4 e 5, observamos a oferta mundial de energia primária distribuída por
fonte energética e o consumo final mundial de energia distribuído por setor da seguinte
maneira:
Hidráulica -
2% Outras - 0% Outras - 4%
Carvão Mineral
Nuclear - 7%
- 8%
Energias
Renováveis - Petróleo -
11% 34% Energias
Derivados do
Renováveis -
Petróleo -
14%
42%
Gás Natural -
21%
Gás Natural -
16%
Carvão
Eletrecidade -
Mineral -
16%
25%
Figura 4 – Oferta Mundial de Energia Primária (2007) Figura 5 – Consumo Final Mundial de Energia (2007)
Fonte: AIE, 2009
A Figura 6 demonstra alguns dados com relação à participação de cada uma das
fontes energéticas no consumo das regiões selecionadas. O consumo do petróleo é medido em
27
100%
80% Hidroelétricas
Nuclear
60%
Carvão
40% Gás Natural
Petróleo
20%
0%
América do América Europa e Oriente Médio África Ásia e
Norte Central e do Eurasia Oceania
Sul
O gás natural é a energia primária que mais vem aumentando sua participação na
matriz energética mundial, como pode ser verificado na Tabela 2. Sua projeção é de um
crescimento percentual levemente menor do que a Biomassa e outras energias renováveis,
porém sobre uma base muito maior, o que o leva a um aumento significativo de sua
importância no cenário energético. O Petróleo seguirá como a fonte de energia principal até
que sua produção atinja o pico de produção e encontre uma restrição da sua oferta. Os
recursos energéticos do mundo são suficientes para atender ao aumento projetado na demanda
de energia até 2030 e além
28
4 ENERGIAS FÓSSEIS
A energia fóssil é produzida a partir de petróleo, gás natural e carvão. Esses resíduos
- hidrocarbonetos - são o resultado da decomposição de organismos vivos durante eras
geológicas e os efeitos da temperatura, pressão e certas bactérias. Ao contrário das fontes de
energia renováveis, as fontes de energia fósseis desaparecerão quando as reservas planetárias
estiverem esgotadas.
A indústria de energia utiliza dois termos quando se fala sobre quanto da energia
fóssil está disponível - recursos e reservas. Recursos incluem todos os depósitos que ainda
estão no chão à espera de ser aproveitado. Reservas são apenas os depósitos que os geólogos
sabem, ou acreditam firmemente, que podem ser extraídas tomando os preços do recurso e as
tecnologias de perfuração. Em outras palavras, quando os geólogos estimam o montante das
reservas conhecidas, eles não incluem os depósitos que podem ser descobertos no futuro ou
depósitos que não são econômicos para a produção devido aos preços de hoje.
As reservas provadas de gás natural e carvão excedem largamente os montantes
acumulados de ambos os combustíveis. As reservas de carvão são particularmente grandes,
em especial nos continentes asiáticos. Reservas adicionais nos próximos anos podem sustentar
o crescimento da demanda contínua por muitos anos. As perspectivas para o petróleo são
menos otimistas, embora não imediatamente alarmantes, porém é possível que as reservas de
petróleo caiam para a metade até o ano de 2030.
Pela Figura 8, podemos constatar que o gás natural ocupa a terceira posição com
relação à oferta de energia primária mundial, ficando do petróleo e do carvão, ambos também
combustíveis fósseis.
O histórico da produção mundial de energias demonstra que a energia fóssil tem
crescido consecutivamente sua participação no mercado de energia, como podemos verificar
na figura abaixo. O Petróleo assumiu o lugar do carvão, na liderança, a partir da década de 60
e se conservará no domínio enquanto houver reservas produtivas a serem exploradas. O gás
natural vem aumentando bastante sua fatia de participação no mercado. Existe a questão de
que o mercado de gás natural é fortemente dominado pelos principais países exportadores
desta energia. No epicentro dos exportadores está hoje a Rússia (com 32% desse mercado) e
na geografia das reservas está o Oriente Médio (com 36% do total mundial estimado). Ou
seja, a história geopolítica do petróleo poderá repetir-se.
32
4.1 O PETRÓLEO
Por quanto tempo mais a produção de petróleo vai crescer? Entre 1950 e 2000, a
produção mundial de petróleo aumentou sete vezes. Esse crescimento exponencial está
chegando ao fim. O declínio da produção existente ilustra as taxas de depleção dos campos
mundiais mais antigos. Olhando para o futuro, a Agência Internacional de Energia (AIE)
sugere trazer as reservas conhecidas na produção, aumentar a recuperação de campos mais
antigos e explorar o petróleo "não convencional”. As reservas de petróleo não convencional
(nomeadamente areias betuminosas do Canadá) são grandes e, no pressuposto de que as
restrições ambientais e de logística podem ser superadas, se espera que desempenhem um
papel crescente no atendimento da demanda global de petróleo.
A oferta mundial de petróleo depende de centenas de variáveis: preço, relações
externas, a precisão das informações relatadas, mensurabilidade/coleta dos dados, tecnologia,
demanda, e a lista continua. Há tanta incerteza em torno destas variáveis e muitas opiniões
divergentes sobre como interpretar as informações que todo mundo parece ser capaz de
suportar uma estimativa diferente com um argumento válido.
O aumento dos preços gera maior incentivo para extrair petróleo a partir de fontes
mais caras. As reservas de petróleo baratas, e facilmente acessíveis estão acabando, no
entanto, a tecnologia e a economia mundial devem se preparar para essa mudança. A
volatilidade dos preços do petróleo nos últimos anos tem sido extrema. Os preços do petróleo
precisam estar em um nível que seja favorável à expansão da indústria. É essencial que eles
não ameacem a sustentabilidade dos investimentos previstos na indústria. Deve-se lembrar
que aqui tem sido muito recente conversa de cortes, atrasos e cancelamentos de projetos. E
isso não é apenas um problema da indústria do petróleo. Tem um impacto em todas as fontes
de energia. É essencial para encontrar e manter um preço estável e realista. Basta recordar o
passado, para ver quão baixo os preços do petróleo podem prejudicar o futuro da indústria.
Sobre as reservas mundiais de petróleo, como indicado na Figura 9, a distribuição
geográfica é bastante irregular, dispersa. Isso acontece justamente pelas condições geológicas
específicas das regiões detentoras. Em 2009, cerca de 50% das reservas provadas estão no
35
Ásia e
Oceania; América do
3,2% Norte; 5,5%
África; 9,6% América
Central e do
Sul; 14,9%
Europa e
Eurasia;
10,3%
Oriente
Médio;
56,6%
Nos últimos vinte anos, as previsões da AIE e outras agências de energia têm
demonstrado o mesmo padrão, o crescimento rápido da produção no Oriente Médio
acompanhado pelo declínio lento no resto do mundo. O que aconteceu é que a produção de
petróleo do Oriente Médio cresceu rapidamente até atingir seu nível atual em 1973. Desde
1993, a produção de petróleo do Oriente Médio tem oscilado entre 30% e 32% da oferta
mundial, uma faixa estreita em relação à flutuação dos preços do petróleo no mesmo
período. A produção mundial de petróleo cresceu em 13 milhões de barris por dia desde 1973
e todo o crescimento veio de fora do Oriente Médio.
A produção mundial de petróleo registrou uma queda no ano de 2009, como pode ser
visto na Tabela 3. Produção esta que inclui o petróleo bruto, óleo de xisto, areias de óleo e
LGN (o conteúdo líquido de gás natural, onde este é recuperado em separado) e exclui os
combustíveis líquidos a partir de outras fontes, como biomassa e derivados do carvão.
36
Em 2009, a produção da OPEP decresceu 2,5 milhões de barris de petróleo por dia
(b/d). A produção da Arábia Saudita caiu em 1,1 milhões de b/d, a maior queda de volume do
mundo. Mas, a produção fora da OPEP aumentou 450 mil b/d, liderados por um aumento de
460 mil b/d nos Estados Unidos, o maior crescimento no mundo e mais forte crescimento
interno da produção de petróleo do país desde 1970.
De acordo com a AIE, o Brasil tinha 12,6 bilhões de barris de petróleo em reservas
provadas de petróleo no ano de 2009, a segunda maior na América do Sul depois da
Venezuela. Os Campos offshore de Santos, localizada na costa sudeste do país, contêm a
grande maioria das reservas provadas do Brasil. Em 2008, o Brasil produziu 2,4 milhões de
barris de petróleo por dia. A produção de petróleo no Brasil aumentou de forma constante nos
últimos anos, como podemos verificar pela Figura 10. A British Petroleum (BP) prevê a que
produção brasileira de petróleo chegue a 2,61 milhões b/d em 2009 e 2,81 milhões b/d em
2010. O consumo de petróleo no Brasil foi, em média, 2,52 milhões de barris b/d em
2008. Como resultado deste aumento na produção de petróleo e pouco crescimento no
consumo interno, a BP espera que o Brasil se torne um exportador líquido de petróleo em
2009.
com as barreiras físicas e tecnológicas cada vez mais distantes. É uma tendência que se tem
com a indústria desde o seu início, e que deverá continuar. Fica claro que a indústria global de
petróleo vai continuar a assistir com interesse o desenvolvimento dos recursos do pré-sal
brasileiro, uma vez que estas descobertas importantes estão em um movimento de apreciação,
para o desenvolvimento e para a produção.
26,0
3,1
2009 7,1
19,4
5,7
22,8
25,7
3,0
2008 6,9 Ásia e Oceania
20,2
5,7 África
23,8
25,5 Oriente Médio
2,9
6,5 Europa e Eurasia
2007 20,2 América Central e do Sul
5,5
25,0 América do Norte
24,7
2,8
2006 6,2
20,5
5,2
24,9
24,3
2,8
2005 6,0
20,3
5,0
25,0
responde por mais de 40% do consumo mundial de petróleo em 2006, e esta percentagem
tende a aumentar. Este setor será a principal fonte de crescimento da demanda de petróleo
num futuro, ficando responsável por mais de 60% do aumento total para 2030. Embora os
Biocombustíveis tomem uma parte crescente do mercado de combustíveis para transportes
rodoviários, os combustíveis derivados do petróleo continuam a dominar a demanda deste
setor. O transporte não-rodoviário também é importante para a demanda de petróleo, e este foi
dividido entre aviação e outros usos (principalmente fluvial e ferroviário). A Figura 12
disponibiliza a divisão da demanda de petróleo no Brasil, dividido por setores. No entanto,
outros setores também são importantes para avaliar a utilização do petróleo no futuro. O setor
mais próximo é a indústria, que inclui o setor petroquímico.
Geração
Energia - 4%
Outros Setores
-13%
Outras Transporte
transformações rodoviário -
-14% 49%
Outras
indústrias -
20%
dióxido de enxofre, que pode ser uma importante fonte de poluição do ar, se emitidos em
quantidades suficientes.
Hoje, muitos dos efeitos da queima de carvão foram reduzidos significativamente ou
eliminados. Três métodos básicos são usados para reduzir a quantidade de poluentes
resultantes da combustão do carvão. O primeiro, um método de pré-combustão para a
remoção de contaminantes a partir do carvão, é a limpeza do carvão. O segundo, um método
de pós-combustão, utiliza os sistemas de dessulfurização de gases de combustão, comumente
chamado de purificadores. O método final para reduzir ou eliminar a poluição proveniente da
combustão do carvão é o uso de precipitadores eletrostáticos que são utilizados para remover
cinzas.
As duas principais preocupações ambientais ao lidar com o uso de carvão mineral são:
aumento dos níveis de dióxido de carbono atmosférico e a chuva ácida. Ainda há muito a ser
aprendido sobre a relação entre os combustíveis fósseis (carvão, petróleo, gás natural) e do
ambiente. Mas a combustão contribuiu para o aumento dos níveis atmosféricos de dióxido de
carbono. Aumento dos níveis atmosféricos de dióxido de carbono pode resultar em climas
mais quentes, devido ao efeito estufa.
O carvão é uma fonte de energia extremamente suja, e impõe custos elevadíssimos
para a saúde das pessoas, o ambiente e a economia. Relatórios sobre os impactos das
alterações climáticas na China prevêem um declínio de 37% no trigo, arroz e milho durante a
segunda metade do século. Chuvas podem diminuir em até 30% em três das sete maiores
bacias hidrográficas da China. A subida do nível do mar de 1m vai submergir uma área do
tamanho de Portugal ao longo costa leste da China - o lar de mais da metade da população do
país e 60 por cento de sua produção econômica.
1999, pequeno decréscimo ocorrido, abaixo dos 1000 milhões de toneladas, mas ainda assim a
China ainda lidera a produção de carvão e de consumo. O EUA aumentou a sua produção em
975 milhões de toneladas, mas a quantidade de exportação de carvão está constantemente
ficando menor. O EUA liquidam o déficit de produção própria, com contrato bilateral com o
Canadá e também importa carvão da Colômbia por causa de seu transporte barato para os
portos.
A Figura 13 mostra reservas provadas de carvão mineral, no final de 2009, em
milhões de toneladas. A Europa e a Eurásia tiveram a maior quantidade de reservas de carvão
com 272 bilhões de toneladas. A região Ásia-Pacífico tem 259 bilhões de toneladas, seguido
pela América do Norte, com 246 bilhões de toneladas. A África tem 32 bilhões de toneladas, a
América do Sul e América Central tem 15.000 milhões de toneladas, e o Oriente Médio
pussui 1.400 milhões de toneladas.
259.253
246.097
América do Norte
América do Sul e Central
Europa e Eurasia
Oriente Médio e África
33.399
272.246
Pela primeira vez desde 2002, o carvão não foi o combustível que mais cresceu no
mundo durante o ano (2009). E o consumo mundial de carvão foi essencialmente plano em
2009, o ano mais fraco desde 1999.
A Tabela 4 mostra a produção de carvão em todas as regiões durante o período 1980-
44
2007 e a projeção, realizada pela WOO, até 2030. A produção de carvão da América do Norte
foi 835 megatoneladas de carvão equivalente (Mtce) em 2000 e um crescimento fraco até
2007 para 868 Mtce. Na América do Sul a produção subiu de 48 Mtce em 2000 para 77 Mtce
em 2007. A produção da Europa de 609 Mtce em 1980 para 270 Mtce em 2007. A África e
Oriente Médio aumentaram sua produção e a produção da Ásia registrou o maior aumento,
568 Mtce em 1980 para 2.484 em 2009, um crescimento anual de 24% ao ano.
2,5
2,4
2,2 2,3
2,0
1,9 1,9
1,8
2.500 1999
2009 2.152
2.000
1.500
1.046
1.000
581 531 504 456
500
20 22 7 9 90 107
0
América do América Europa & Oriente África Ásia e
Norte Central e Eurasia Médio Oceania
do Sul
O consumo de carvão no Brasil, apresentado no Figura 16, cresceu bastante até 2007,
principalmente relacionado ao avanço da siderurgia no país. O aquecimento do setor
siderúrgico, para suprir o crescimento da produção nacional de aço. A Empresa de Pesquisa
Energética (EPE) destacou que, apesar do maior uso de carvão, a produção de CO2 brasileira
ainda é relativamente baixa. Como reflexo da crise financeira internacional houve uma menor
atividade industrial em 2009 – que resultou no menor consumo de carvão mineral pelas
siderúrgicas, e isso explica o decréscimo de 13% do consumo nacional de carvão. A maior
parte do carvão consumido internamente é importada da China.
13,5
13,4
12,8
12,7
12,5
11,8 11,7
Depois de o gás natural sair do chão, ele vai para uma usina de processamento onde
ele é limpo de impurezas e separados em seus diversos componentes. Aproximadamente 90%
do gás natural é composta de metano, mas também contém outros gases como o gás propano e
butano.
Desde 1985, os preços do gás natural foram definidos pelo mercado. O governo
federal define o preço do transporte do gás que atravessa as fronteiras estaduais. As comissões
de utilidade pública do Estado regulam as empresas de gás natural simplesmente porque elas
influenciam no consumo regular de eletricidade. Quanto custa a aquecer a sua casa com o gás
natural? Comparado com outras fontes de energia, o gás natural é uma escolha econômica,
embora o preço está aumentando com a forte demanda. É cerca de três vezes mais barato que
a eletricidade quando você usa o calor da resistência e mais baratas do que as bombas de calor
elétrico.
O crescente uso do gás natural no Brasil desencadeou uma discussão do seu papel
como uma fonte de mercúrio (Hg) e gases tóxicos. No Brasil, as emissões de Hg para a
atmosfera, provenientes da combustão de combustíveis fósseis para geração de energia,
contribuiram com 6,2% do total de emissões antropogénicas. Os resultados preliminares sobre
a concentração de Hg no gás natural sugerem que uma grande fração é presa durante o refino
e transporte, o que pode criar fontes de Hg entre a extração e o consumo.
No que diz respeito aos impactos ambientais, podemos afirmar uma vantagem do gás
natural em relação aos outros combustíveis fósseis, já que ele emite menos gases poluentes
que são culpados pelo efeito estufa. Outros impactos estão relacionados à incorreta atividade
de produção do gás natural, como usinas sem estrutura mínima necessária e condições falhas
de dispersão dos poluentes, como chaminés baixas, por exemplo.
Outros aspectos positivos também podem ser apontados na produção do gás natural,
tais como geração de empregos, royalties para os municípios que acolhem as usina. Todos os
combustíveis fósseis - carvão, petróleo e gás natural - liberam gases poluentes na atmosfera
quando são queimados. A boa notícia é que o gás natural é o combustível fóssil mais “amigo”
do ambiente. Quando queima, o gás natural produz menos enxofre, carbono e nitrogênio que a
queima dos outros combustíveis fósseis.
49
A distribuição das reservas da América Latina está indicada na Figura 17. Tal
volume de reservas ainda é pouco se compararmos ao volume mundial (187 trilhões de m³),
apresentando apenas com pouco menos de 4% do total, mas o percentual tem capacidade de
aumentar com a colaboração do processo exploratório atual.
Na abertura de 2007, as plantas que havia de gás natural no continente sul-americano
e central já estavam em mais de sete trilhões de m³, com 63% delas localizadas na Venezuela.
Deve ser ressaltado que nesse volume não estão incluídas as recentes descobertas brasileiras
dos campos de Tupi (petróleo a gás natural) e Júpiter (gás natural) e, nem mesmo, as
descobertas que duplicaram as reservas dos campos de Camisea, no Peru (283 bilhões de
metros cúbicos adicionais). No final de 2009, as reservas mundiais de gás natural chegaram a
187 trilhões de m³, o suficiente para abastecer a demanda mundial original pelos próximos 60
anos, de acordo com um estudo feito pela BP, os países do Oriente Médio contem mais de
50
Países Trilhões m³ %
Russia 44,38 23,67
Iran 29,61 15,79
Qatar 25,37 13,53
Turquemenistão 8,10 4,32
Arábia Saudita 7,92 4,22
Estados Unidos 6,93 3,70
Emirados Árabes Unidos 6,43 3,43
Venezuela 5,67 3,02
Nigéria 5,25 2,80
Brasil 0,36 0,19
Outros 47,48 25,32
Total 187,49 100,00
Fonte: BP Statistical Review of World Energy, 2009
Países Trilhões m³ %
Estados Unidos 593,38 20,10
Rússia 527,51 17,61
Canadá 161,39 5,39
Iran 131,20 4,38
Noruega 103,47 3,45
Qatar 89,30 2,98
China 85,17 2,84
Algeria 81,43 2,72
Arábia Saudita 77,45 2,59
Brasil 0,36 2,40
Outros 1.136,30 38,04
Total 2.986,96 102,50
Fonte: BP Statistical Review of World Energy, 2009
O gás natural, depois da década de 80, foi o combustível fóssil que registrou o maior
crescimento de produção na América latina, devendo manter-se nesse arranjo pelos próximos
anos. A produção de gás natural tem aumentado no Oriente Médio e na Ásia desde a década
de 1980. Globalmente, a partir de 2002 até 2009, a produção deste bem mostrou uma taxa de
crescimento anual de 1%. Como se pode verificar na Tabela 9, em 2009, 14% do gás natural
foi produzido no Oriente Médio, enquanto a Europa e Eurásia produziram 32% e a América
do Norte 27%. O gás natural representa atualmente 24% do consumo global de energia
moderna contribuindo com cerca de 5,5 Gt de CO2 anualmente para a atmosfera.
52
No mercado nacional, tal aumento tem ainda maior relevância. A produção de gás
natural obteve um crescimento de 5% ao ano nos últimos dez anos (1999-2009), ou seja, 6,7
bilhões de m³ para 10,7 bilhões de m³). Mas assim sendo o gás natural atalha
exclusivamente o quarto arranjo na matriz energética nacional, como mostra a Figura 18.
Petróleo e derivados
3%
Gás Natural
14%
Carvão Mineral
Urânio 3% 39%
Hidraulica e Eletrecidade
15%
Lenha e Carvão Mineral
A demanda de gás natural cresceu rapidamente a partir dos anos 80, pelo fato de ser
relativamente superior a outras tecnologias de combustíveis fósseis em termos de custos de
investimento, eficiência energética, flexibilidade operacional, rapidez implantação e
benefícios ambientais, especialmente quando os custos do combustível estavam relativamente
53
baixos.
A aplicação do gás natural pode acontecer em todos os setores da economia:
indústria, comércio e serviços. Sua versatilidade possibilita que ele seja utilizado tanto na
geração de eletricidade, quanto nos motores dos veículos de transporte, na obtenção de calor e
na produção de chamas. Além disse este recurso também pode sofrer modificações para
funcionar como um substituto aos derivados do petróleo, degradando menos o meio ambiente
e com a mesma eficiência energética.
A indústria é o maior consumidor de gás natural, utilizando-o principalmente como
fonte de calor para a fabricação de mercadorias. A indústria também utiliza gás natural como
um ingrediente na fabricação de adubos, filmes fotográficos, colas, tintas, plásticos,
detergentes para a roupa, e repelentes de insetos. Borracha sintética e fibras sintéticas como o
nylon, também não poderiam ser feita sem os produtos químicos derivados do gás natural.
O gás natural é usado, principalmente, para produzir eletricidade - é o segundo maior
produtor de eletricidade depois do carvão. Acredita-se que a indústria de energia de gás
natural irá desempenhar um papel mais importante na produção de eletricidade com o
aumento da procura de eletricidade no futuro. As plantas de gás natural produzem menos CO2
por unidade de produção de energia do que o carvão ou o petróleo, porque as tecnologias da
relação carbono-hidrogênio mais elevados de metano e a eficiência térmica relativamente
alta.
O gráfico abaixo mostra o consumo deste recurso nos últimos 10 anos, um
crescimento de 33% no total. A África registra o maior crescimento percentual, quase
duplicando seu consumo e a Ásia o maior crescimento absoluto, 230 bilhões de m³.
3.500
3.000
Ásia Pacífico
2.500
África
2.000
Oriente Médio
1.500
Europa & Eurasia
1.000
América Central e do
500 Sul
América do Norte
0
1998 2004 2005 2006 2007 2008
Com relação ao consumo, percebe-se, através da Tabela 10, que os Estados Unidos
apenas não absorvem toda a produção interna, como também precisam importar gás natural
dos outros países produtores. Já a Rússia possui um comportamento inverso, com a
quantidade produzida maior do que a consumida pode exportar parte da produção.
Países Trilhões m³ %
Estados Unidos 646,59 21,99
Rússia 389,68 13,25
Iran 131,70 4,48
Canadá 94,72 3,22
China 88,70 3,02
Japão 87,44 2,97
Reino Unido 86,55 2,94
Alemãnha 78,00 2,65
Arábia Saudita 77,45 2,63
Brasil 20,32 0,69
Outros 1.239,22 42,15
Total 2.940,36 100,00
Fonte: BP Statistical Review of World Energy, 2009
Geotermica
Biomassa
Solar
Eólica
45,10%
3000
2500
2000
1500
1000
6,90% 6,50%
5,20% 1,80%
500
0
Biomassa Geotérmica Hidroeletrecidade Energia Solar Energia Eolica
200
0
2007 2015 2020 2025 2030 2035
Figura 22 – Geração mundial de eletricidade por fonte de energia renovável (bilhões de quilowatts-hora)
Fonte: AIE, 2009
59
Com uma barragem num rio, se pode fornecer uma fonte barata e constante de
energia hidrelétrica para grandes comunidades. Os esquemas de energia hidrelétrica existem
em muitos países. Muitas vezes em regiões montanhosos onde os rios descem ladeiras
íngremes. Em terras planas rios fluem mais devagar, então grandes barragens artificiais têm
que ser construídas para criar reservatórios. O reservatório fornece uma cabeça "de água que
pode ser canalizada através de uma turbina. A maioria das pessoas vive em terras planas,
então estes sistemas que exigem grandes barragens e inundar uma grande quantidade de terra
acaba inundando uma boa parte de terra.
60
800
700
600 Ásia
500 África
Oriente Médio
400
Europa e Eurasia
300
América Central e do Sul
200
América do Norte
100
0
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Mtep no Brasil. Produção para outros lugares aumentou quase 10% para 5 Mtep em 2009,
liderada por aumentos na Europa.
A Figura 25 mostra a produção global de etanol em Mtep. Brasil, EUA e outros
países são descritos. O EUA mostrou o maior aumento na produção do etanol a partir de 3,32
Mtep em 2001 para 20,33 em 2009. A produção de etanol no Brasil aumentou de 5,7 Mtep em
2001 para 13,35 Mtep em 2009. Outros países cresceram de 0,3 à 5 Mtep ao longo do
período.
25.000 21.048
20.000 16.944
13.509 14.871
15.000 11.007
9.417
10.000
5.000
-
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Com relação aos riscos ambientais, a utilização de biomassa para fins energéticos
não causa aumento líquido das emissões de dióxido de carbono para a atmosfera. Como as
árvores e as plantas crescem, a cultura da “matéria-prima” remove o carbono da atmosfera
através da fotossíntese. Se a quantidade de crescimento de biomassa gera novas biomassas
utilizadas para produzir energia, a bioenergia é o dióxido de carbono "neutro". Ou seja, a
utilização da biomassa para a energia não aumenta as emissões de dióxido de carbono, não
contribuem para o risco das mudanças climáticas globais. Além disso, utilizando a biomassa
para produzir energia é muitas vezes uma forma de se desfazer dos resíduos que poderiam
criar riscos ambientais.
65
A energia solar aproveita a energia do sol para produzir eletricidade limpa. Ele tem
um potencial imenso se produzido e entregue a custos competitivos. Hoje o seu valor para o
consumidor depende de fatores como a geografia e as políticas locais, incluindo as condições
sob as quais os países podem vender a energia excedente para a rede pública. Custos de
energia solar estão caindo rapidamente e muitas empresas e famílias estão percebendo como
uma maneira de cortar custos de energia, reduzir a exposição às variações nos preços de
utilidade e ajudar a proteger o meio ambiente.
A energia solar é o protótipo de uma fonte de energia ecológica. Ele consome
nenhum de nossos preciosos recursos energéticos, não faz qualquer contribuição para o ar,
água ou poluição sonora, não representa um perigo para a saúde, e não gera resíduos nocivos
ao meio ambiente. Além disso, a energia solar não pode ser embargada ou controlada por
qualquer nação. E isso não vai acabar até que o sol se apaga.
Com a tecnologia da energia solar tornando-se cada vez mais acessível e disponível,
seu potencial como uma importante fonte de energia de baixo carbono cresce. Em 2004 um
relatório da BP estimou que, até 2020, os sistemas fotovoltaicos poderiam fornecer 276 mil
Gigawatt (GW) de energia equivalente a 1% da demanda global projetada pela AIE. O estudo
aponta que o mercado dos sistemas fotovoltaicos cresça a uma taxa de crescimento anual
composta de 30% até 2020, bem abaixo do crescimento médio da indústria entre 2002-2007,
de 45%. Tal oferta de energia solar evitaria a emissão de 664 milhões de toneladas de CO2
anualmente. Além disso, o relatório apontou uma taxa de crescimento de 15% a partir de 2020
até 2040, ou seja, a produção de energia solar pode ser mais de 9.000 MW/h, 26% da
demanda energética global projetada.
O mercado solar térmico global teve uma taxa de crescimento de cerca de 15% em
2007, graças a um crescimento sustentado de 22% no maior mercado do mundo, a Alemanha.
A China apresenta um crescimento forte, impulsionado por sua grande população e um
crescimento dinâmico de seu setor de aquecimento solar. Austrália e Nova Zelândia formam
um grande mercado regional. A capacidade mundial de geração de energia do poder solar
cresceu 47% em 2009, mais lento do que o crescimento recorde de 70% alcançado em 2008,
mas ainda rápido o suficiente para deixar a capacidade solar global, no final de 2009, o dobro
do que era no final de 2007 (Figura 26)
66
25.000
Outros Continentes
Europa
20.000
América do Norte
15.000
10.000
5.000
0
96
97
98
99
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
19
19
19
19
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
Figura 26 – Capaciade Instalada de Energia Solar (Megawatts)
Fonte: BP Statistical Review of World Energy, 2009
eólica, ultrapassando a Alemanha para tomar o segundo lugar, atrás do EUA em termos de
capacidade instalada acumulada. A China ultrapassou o EUA em termos de nova capacidade
adicionada (13,7 MW versus 9,9 MW). O EUA e a China representam mais de 60% do total
de adições de capacidade eólica no mundo.
Liderada pela Alemanha e Espanha, a Europa continua a ser o maior mercado
regional de produção de energia eólica em termos de capacidade total instalada (77 GW, ou
48% do total mundial). A região de maior crescimento nos últimos cinco anos tem sido a
Ásia-Pacífico, liderada por China e Índia. A região da Ásia-Pacífico de capacidade eólica
instalada duplicou desde 2005, atingindo 26% até o final de 2009.
935
687
392
231
19 22 22 24 24 31 31 31
98
99
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
19
19
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
Figura 28 – Capacidade Instalada Acumulada de Turbinas Eólicas no Brasil (MW)
Fonte: AIE, 2009
A energia eólica é uma forma limpa e renovável de energia, que durante a operação
não produz dióxido de carbono. Enquanto algumas emissões desses gases vão ter lugar
durante a concepção, fabricação, transporte e montagem de turbinas eólicas, a energia gerada
a partir de um parque eólico dentro de alguns meses para compensar totalmente por essas
emissões. Quando os parques eólicos são desmontados (normalmente após 20-25 anos de
funcionamento) não deixa legado de poluição para a geração futura.
Dada a dimensão dos cortes de CO2 necessárias, a energia eólica - como a tecnologia
de energia renovável mais barata, mais desenvolvida e mais rápida para construir - é a
tecnologia das energias renováveis mais bem vista para proporcionar reduções das emissões
de carbono em larga escala e de forma rápida.
71
3.500
3.000
EUA
2.500
Filipinas
2.000 Indonesia
Mexico
1.500 Italia
Nova Zelândia
1.000 Islândia
Japão
500
0
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porque a energia geotérmica é muito limpa, você pode receber cortes de impostos, projetos
ambientais, ou quotas para cumprir com os projetos de emissão de carbono países (se tiver).
Nenhum combustível é usado para gerar a energia, o que, em contrapartida, entende-se
a despesas de funcionamento para as plantas são muito baixos, não há custos para a aquisição,
transporte, ou limpeza de combustíveis para gerar a energia.
O aspecto financeiro global dessas plantas é excelente, você só precisa fornecer
energia para as bombas de água, que pode ser gerada pela usina em si.
Portanto, se as centrais geotérmicas são capazes de proporcionar uma excelente fonte
de energia limpa, barata, renovável e simples, porque não é toda usina do mundo usando a
energia geotérmica? Bem, a ir com as vantagens são algumas desvantagens muito decisivas da
energia geotérmica. Aqui estão algumas desvantagens de usar o poder da energia geotérmica
para fornecer calor para a sua casa ou na água através da utilização de uma bomba de fonte de
calor do solo.
a) O custo inicial do projeto e instalação pode ser caro, mas esse investimento é
susceptível de pagar ao longo dos anos de operação.
b) A área necessária para estabelecer o sistema de tubulação pode ser muito grande
e isso pode não ser adequado para pequenos desenvolvimentos.
Porém, estas são apenas algumas das desvantagens do uso da energia geotérmica,
pode-se perceber que as vantagens superam largamente os pontos negativos.
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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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