DM DSLB 2021
DM DSLB 2021
DM DSLB 2021
ORIENTAÇÃO:
PAULO MIGUEL NUNES SOEIRO DE CARVALHO
OUTUBRO - 2021
i
LISTA DE ABREVIATURAS
FA – Fundo Ambiental
GW – Gigawatt
H2 - Hidrogénio
ii
IPCEI – Important Projects of Common European Interest
Kg – Kilograma
kW – Kilowatt
UE – União Europeia
iii
RESUMO
Esta dissertação tem como principal objetivo entender como será o futuro do
hidrogénio verde em Portugal, desde a sua produção ao seu consumo, tentando
percecionar quais as principais incertezas deste. Para isso foram estudados planos
portugueses na área, de modo a perceber quais são as principais metas, medidas,
barreiras ao seu desenvolvimento e oportunidades para o país.
iv
Conteúdo
Lista de Abreviaturas.................................................................................................... ii
Resumo ....................................................................................................................... iv
1. Introdução .......................................................................................................... 1
5. Conclusões ............................................................................................................ 33
Referências ............................................................................................................... 34
Anexos....................................................................................................................... 38
v
TABELA DE FIGURAS
vi
AGRADECIMENTOS
Gostaria de agradecer aos meus pais pelo apoio incansável que sempre me
deram e que me permitiu chegar aqui, assim como o excelente exemplo de como com
trabalho e esforço tudo é possível. Agradeço também à minha família mais próxima por
serem um exemplo a seguir do quão excelentes seres humanos são.
Por fim agradecer aos meus amigos por todas as ajudas, apoio e tempos de
descontração.
vii
1. INTRODUÇÃO
Para que tal feito seja concretizado é necessário, mais uma vez, alterar a matriz
energética existente, substituindo fontes energéticas que emitem dióxido de carbono
1
para a atmosfera por outras produzidas e consumidas de modo limpo. Este trabalho tem
como foco principal estudar uma das soluções que tem ganho maior relevância tanto
por Portugal, como pela Europa, como a ideal para se chegar a uma sociedade neutra
em carbono, o hidrogénio verde. Mas porquê o hidrogénio?
O hidrogénio verde tem sido visto como uma das soluções para a próxima
transição energética, pois é produzido com energia renovável através de um processo
de dissociação da água chamado eletrólise. Este tipo de hidrogénio começou a
apresentar muita relevância pelo facto de Portugal ser o 5º país da UE com maior nível
de incorporação de renováveis (Presidência do Concelho de Ministros, 2020), usufruindo
das suas condições climatéricas. Neste momento cerca de 60% da energia elétrica
2
portuguesa é produzida através de tecnologias renováveis (DGEG, 2021) e pretende-se
que essa percentagem aumente, com intuito de diminuir o custo da mesma.
3
2. PRODUÇÃO DE HIDROGÉNIO
4
Apesar do seu preço, este tipo de hidrogénio é visto como uma das soluções para a
transição energética, pois não existes quaisquer emissões de carbono na sua produção
e no seu consumo. De seguida serão apresentados os fatores que o tornam tão pouco
competitivo em relação aos outros.
5
refere-se também ao contexto português, onde se espera que o preço do hidrogénio
verde chegue aos 1,20€/kg H2, um valor muito abaixo do praticado atualmente. Na
legenda da figura é também possível observar mais três parâmetros para além da
energia elétrica: O CAPEX, o fator de capacidade e a eficiência do sistema. O fator de
capacidade refere-se ao fator de carga indicado anteriormente; o CAPEX (Capital
Expenditure) está relacionado com o custo de investimento em infraestruturas de
produção, eletrolisadores e restante sistema; e por fim a eficiência do sistema refere-se
a quantos kWh de eletricidade são necessários para a produção de 1 kg de hidrogénio.
É também importante referir que para além de todos estes fatores o pH, a salinidade ou
a temperatura da água utilizada nos eletrolisadores afeta a quantidade de hidrogénio
produzido (Uysal, 2021). Com o avanço temporal observamos que o quilo de hidrogénio
tende a ficar mais barato, e os diferentes pesos dos fatores referidos para essa redução
de custo (DGEG, 2020).
6
3. HIDROGÉNIO VERDE EM PORTUGAL
Neste capítulo serão analisados os fatores que tornam Portugal num país que se
poderá vir a tornar líder na produção de hidrogénio verde a nível europeu e quais os
benefícios que poderá obter ao produzi-lo. O primeiro fator a ter em conta é a favorável
localização geográfica que Portugal tem, assim como o seu comprometimento há mais
de 10 anos no que toca à descarbonização do setor energético, com todas as fontes
renováveis instaladas, aproveitando recursos solares, do vento, da água e da biomassa.
(DGEG, 2020; Presidência do Concelho de Ministros, 2020)
Quanto a recursos eólicos, em todo o país existem 261 parques eólicos instalados
até 2019, apresentando estes uma média de 2378 horas de produção por ano (APREN,
DGEG, 2020). Estes parques eólicos são todos terrestres (ou onshore), no entanto está
também a ser desenvolvido um projeto de energias renováveis oceânicas offshore,
numa zona piloto. Apesar da maioria dos locais preferíveis à instalação de fontes eólicas
onshore estarem já ocupados, é possível fazer um sobrequipamento de modo a produzir
mais energia elétrica renovável, tendo como consequência positiva a diminuição do seu
custo, assim como a substituição de equipamentos datados por outros mais eficientes.
A maioria da zona costeira, não estando aproveitada, apresenta também um grande
potencial no que toca à produção de energia eólica ou solar offshore.
7
produtores de energias renováveis, normalmente com base no custo de criação de cada
tecnologia (Kenton, 2021). Isto fez com que os proprietários desses parques fossem
beneficiados em relação à energia que produziam, prejudicando os consumidores,
tendo estes que pagar a diferença entre o custo a que a energia era vendida e o valor
fixo estipulado pelas FIT (no caso da energia fotovoltaica o valor estipulado foi de cerca
de 290€ por MWh, enquanto nas eólicas o valor se afixava nos 95€ por MWh) até ao ano
de 2028 (Res Legal, 2018).
Apesar do prejuízo causado aos consumidores pelas FIT estas conseguiram uma
grande alavancagem no que toca à instalação de parques eólicos e fotovoltaicos, o que,
em 2018, se traduziu num consumo final bruto de energia de fontes renováveis de
30,3%. Portugal tinha como meta para 2020 atingir 31% de fontes renováveis de energia
no consumo final bruto de energia, sendo esta a 5ª meta mais ambiciosa para esse ano
da UE. No setor da eletricidade as fontes renováveis ocuparam 52,2% da produção
energética, no setor de aquecimento e arrefecimento a energia renovável utilizada foi
de 41,2% e no dos transportes de 9% no ano de 2018.
8
A trajetória para a neutralidade carbónica obriga a que esta energia seja posta
de parte e que energias renováveis, não só prevaleçam, como se torna mandatório o
seu reforço, encontrando novas soluções. Em 2018 no que toca ao consumo de energia
final (CEF) por tipo de fonte, o petróleo assume o papel principal na matriz energética
portuguesa com um contributo de 46% do consumo final, estando em segundo lugar a
energia elétrica com um contributo de 25%, seguido do gás natural com 11%, o calor
com 7%, as renováveis com 11% e outras fontes energéticas que representaram menos
de 1% (Presidência do Concelho de Ministros, 2020). Quanto ao consumo final de
energia por setor, o setor dos transportes representa 36% do consumo de energia final,
o setor da indústria 30%, o setor doméstico 18%, o dos serviços 14% e o setor da
agricultura e pescas 3% (Presidência do Concelho de Ministros, 2020).
9
3.3 Enquadramento e planos para o hidrogénio verde
Após a conclusão deste protocolo foi feita uma prorrogação dos seus objetivos
até 2020 através da “Emenda de Doha”. Em 2020 entrou em vigor o Acordo de Paris,
cujo principal objetivo é controlar o aquecimento global, de modo que este não
ultrapasse os 2ºC de temperatura média global, mantendo-se preferencialmente nos
1,5ºC. Este acordo foi também criado na área da Convenção Quadro das Nações Unidas
para as Alterações Climáticas e aprovado em 2015 por 195 países (UN, 2016). Para além
do objetivo de controlo da temperatura média global, este visava aumentar a
flexibilidade da economia global quanto às alterações climáticas, assim como a
10
produção de alimentos com menos emissões de CO2, e a criação de fluxos financeiros
para a redução dessas emissões e promovendo um desenvolvimento tecnológico mais
sustentável. De momento crê-se que a atividade humana contribui já para um aumento
da temperatura de cerca de 1ºC (entre 0,8ºC a 1,2ºC) em relação a períodos pré-
industriais.
11
para as transições sustentáveis setoriais necessárias, de modo a promover uma
economia competitiva, circular, resiliente e neutra em carbono.
Segundo este Roteiro, até 2050 todos os setores irão contribuir para o objetivo
de neutralidade carbónica, mas nem todos terão o mesmo impacto na balança de
emissões, sendo que com maior impacto estão posicionados, segundo os valores
registados em 2020, o setor da mobilidade e dos transportes, o setor electroprodutor,
o setor da indústria e o setor dos edifícios.
12
O setor electroprodutor é visto como o mais fulcral para o cumprimento dos
objetivos propostos no Roteiro, dado que existe um grande foco numa eletrificação
massiva intersectorial, prevendo-se que em 2050 a eletricidade representará cerca de
80% do consumo de energia primária, havendo uma oportunidade de redução das
emissões em 99%. Já o setor energético pretende reduzir a sua dependência energética
exterior de 78% (valores de 2019) para 20% em 2050, recorrendo para isso,
principalmente, aos recursos endógenos renováveis do país (principalmente o vento e o
sol), atingindo a meta de entre 66% a 68% do consumo de energia final ser satisfeito por
eletricidade. É também deste setor que a produção de hidrogénio advém, onde,
segundo o RNC2050, se pretende que entre 5% a 8% da eletricidade produzida seja
canalizada para a produção de hidrogénio verde, através da eletrólise alcalina da água.
As centrais termoelétricas a carvão serão encerradas até 2030 devido à sua contribuição
de emissões de GEE e haverá um maior foco em tornar as redes energéticas mais
inteligentes e flexíveis, de modo a aumentar a sua eficiência.
13
quando este se encontrar mais custo-eficaz, promovendo uma transição menos
disruptiva.
14
energética, isto é, uma redução no consumo de energia primária em 35%; um aumento
do contributo de fontes renováveis no consumo final de energia de 31% em 2020, para
47% em 2030; um aumento do contributo de energias renováveis nos transportes de
10% em 2020, para 20% em 2030; e um aumento da capacidade de interligações da rede
energética entre Portugal e Espanha de 10% em 2020 para 15% em 2030. Assim como o
RNC2050 os objetivos do PNEC2030 obedecem aos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável referidos no primeiro.
Investimento em I&D em
Figura 2: Percentagem de
percentagem do PIB
investimento em I&D em
SUÉCIA 3,32
ALEMANHA 3,13 relação ao PIB dos
DINAMARCA 3,03
diferentes países no ano
FINLÂNDIA 2,76
FRANÇA 2,19 de 2018. (Statista, 2018)
PORTUGAL 1,36
ESPANHA 1,24
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5
15
Estratégia Nacional do Hidrogénio
Este plano é uma das referências mais importantes para este trabalho, pois é
nele que se definem as principais metas relativas à produção e utilização do hidrogénio
em Portugal. As metas a cumprir até 2030 são:
16
- Criação de 50 a 100 postos de abastecimento de hidrogénio;
O hidrogénio é por isso visto como uma oportunidade muito importante para
Portugal dado a sua vantagem competitiva, apresentando 8 vantagens para a economia
portuguesa:
- Permite uma redução das importações de fontes energéticas fósseis e por sua
vez, uma diminuição da dependência energética exterior;
- Permite também solucionar uma alternativa para o setor da indústria para além
do gás natural, possibilitando assim a sua descarbonização;
- Cria toda uma nova indústria e novos serviços em redor das necessidades para
a produção e consumo de hidrogénio verde;
17
relacionados com o hidrogénio para os setores da energia, transportes e indústria, e
relacionados com investigação e desenvolvimento. É também prevista uma redução de
importações de gás natural de 380 a 740 milhões de euros em 2030, assim como uma
redução de importações de amoníaco de 180 milhões de euros. Espera-se a criação de
8.500 a 12.000 novos empregos em toda a nova cadeia de valor do hidrogénio verde e
o consumo de 1% de águas residuais tratadas nas eletrólises alcalinas.
18
concentra-se nos projetos e no posicionamento de Portugal no mercado Europeu, tanto
como na criação de competências nacionais qualificadas e na formação de profissionais.
A última fase, de 2030 a 2050, salienta o mercado desenvolvido de Portugal relativo ao
hidrogénio através da dimensão de exportações e de internacionalizações.
19
4. METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO
20
informação valiosa para a pesquisa. É também questionado qual o horizonte temporal
em que cada afirmação se verificará. O Método Delphi exige o anonimato entre os
inquiridos, ou seja, os mesmo não sabem quem faz parte da lista de inquiridos.
21
17 - “Tendo como referência o nível das emissões de GEE de 2005, é
atingida uma redução de 55%” (Meta criada pelo PNEC2030 para
2030)
Descarbonização da 18 - “Tendo como referência o nível das emissões de GEE de 2005, é
economia atingida uma redução de 90%” (Meta criada pelo RNC2050 para
2050)
19 - “As importações de petróleo bruto não ultrapassam os 5 000 000
de toneladas” (cerca de metade do importado atualmente)
Tabela 2: Afirmações apresentadas aos inquiridos do Método Delphi
“As energias renováveis representam 47% do consumo final bruto de energia” (Meta
para 2030 estipulada pelo PNEC2030)
22
concluir que esta tecnologia se tornará fulcral como complemento das energias
renováveis. Outra barreira que apresenta algum consenso é a falta de apoios ao
investimento em projetos de reforço de fontes energéticas renováveis, o que poderá
significar que estes apoios poderiam ser direcionados não só ao consumo final de
energia, como também ao consumo primário, assim como à substituição de fontes
renováveis obsoletas por novas, mais eficientes. Esta última barreira vai de encontro às
principais ações a tomar, onde houve um foco quanto à promoção e incentivo de criação
de mais parques renováveis, assim como a aplicação de impostos mais altos sobre a
energia importada não proveniente de fontes renováveis. Outras duas medidas de ação
algo consagradas foram a promoção da criação de parcerias entre atores públicos e
privados e incentivos no que toca à compra e venda de hidrogénio verde, permitindo
uma transição mais rápida por parte dos produtores e consumidores de hidrogénio.
“Tendo como referência o nível das emissões de GEE de 2005, é atingida uma redução
de 55%/90%” (Meta criada pelo PNEC2030/RNC2050 para 2030/2050)
23
da economia. As medidas de ação são também semelhantes às da afirmação anterior,
mas desta vez com a promoção de projetos em I&D relacionados com o hidrogénio
verde a ganhar uma maior expressão.
As principais barreiras neste caso são as mais previsíveis, sendo a principal a falta
de infraestrutura de produção, armazenamento, transporte e distribuição de
hidrogénio, seguida da falta de um mercado de hidrogénio desenvolvido e o facto dos
eletrolisadores ainda apresentarem um nível de maturidade tecnológica (TRL) baixo,
tornando-os caros e pouco eficientes. Quanto às principais ações a tomar houve um
consenso quanto à promoção e incentivo de projetos de investigação e
desenvolvimento na área de hidrogénio, seguido de incentivos à compra e venda de
hidrogénio verde.
24
“Portugal posiciona-se como um dos países mais atrativos da Europa no que toca a
I&D no ecossistema do Hidrogénio, atraindo investigadores estrangeiros para projetos
de hidrogénio verde portugueses”
25
Após esta primeira análise foi feita outra, mas desta vez com intuito de analisar
relações entre as oportunidades e barreiras nas sete áreas de estudo evidenciadas neste
trabalho. Foi possível observar as seguintes reflexões:
26
- A barreira da falta de apoios ao investimento no reforço das fontes energéticas
renováveis só se apresenta expressiva quanto às metas de descarbonização e à meta de
energias renováveis, podendo indicar que as ajudas existentes não são suficientes ou
não se encontram bem aplicadas;
- Uma última barreira importante referida por alguns dos inquiridos, mas que
não se encontrava nas opções de escolha é o custo do acesso à rede de energia elétrica.
É algo sempre necessário quando se criam projetos piloto na área da produção de
hidrogénio verde, onde as energias renováveis utilizadas para alimentar os
eletrolisadores não são dedicadas a 100% a esses projetos, tendo por isso de estar
conectadas à rede energética. É também uma barreira ao reforço das energias
renováveis, apresentando-se este acesso dispendioso para os produtores, no entanto
este reforço torna a rede mais difícil de gerir;
27
aos eletrolisadores. Só após o desenvolvimento de eletrolisadores mais baratos e
eficientes é que se pode então começar a produzir hidrogénio verde com um custo mais
competitivo. É também de relevar que a criação de um mercado de hidrogénio se
apresentou como uma das principais barreiras para estas questões, isto revela, mais
uma vez, a urgência de se começar a trocar hidrogénio, para que possíveis consumidores
comecem já a adaptar os seus sistemas ou processos atuais a este gás;
28
justificar, indicando as suas motivações e fatores de interesse. Foram questionados 12
especialistas dos 17 iniciais e responderam 10. Alguns dos inquiridos, quando
questionados sobre muitos statements, apresentaram apenas uma resposta tentando
resumir as suas opiniões, por isso algumas das conclusões não foram retiradas de
afirmações específicas, mas sim do panorama geral apresentado por estes.
Outro especialista com opiniões mais divergentes referiu que outra tecnologia
poderá revolucionar o sistema energético, a fusão nuclear, indicando também que se
prevê que em 2050 se criem os primeiros projetos piloto, de modo a testar esta
tecnologia, livre de emissões. O problema principal desta é o seu futuro mais distante
de concretização, sendo necessário começar a atuar já. Outros dois pontos importantes
referidos por este foram: o facto das taxas de carbono apenas se aplicarem na União
Europeia, resultando numa desvantagem competitiva desta em relação a outras
potências que não têm qualquer regulação de emissões, nem tarifas sobre estas; E a
possível introdução do CBAM por parte da União Europeia - Carbon Border Adjustment
Mechanism - que pretende aplicar uma taxa alfandegária a todas as mercadoria a
importar cujos países provenientes não apliquem uma taxa de carbono. Em relação às
taxas de carbono é também importante referir que já se fazem estudos para a criação
de um novo crédito, o crédito de hidrogénio. Este pode-se converter em créditos de
carbono e é mais uma medida política para tentar incentivar a descarbonização. A sua
lógica principal é a análise de quanto carbono não se emitiu devido à utilização de
29
hidrogénio verde como combustível, incentivando a substituição de combustíveis
fósseis (Dong, 2021).
Na área dos transportes houve uma maior dispersão nos horizontes temporais:
O consumo de 5% de hidrogénio verde por parte dos transportes rodoviários parece
estar entre 2024 e 2035, não menosprezando a opinião de 2 especialistas em 6, nesta
questão, que indicaram o intervalo de 2040-2045, onde um deles argumenta que existirá
uma supremacia de veículos elétricos, com baterias mais eficientes do que as pilhas de
combustível utilizadas nestes transportes. O último especialista acredita que este
statement nunca se irá verificar. As 50 estações de hidrogénio também se encontrarão
em funcionamento entre 2026 e 2040, segundo a opinião da maioria dos inquiridos,
havendo uma maioria de especialistas a indicar o intervalo de tempo de 2035 a 2040. O
horizonte temporal para a incorporação de 45% de hidrogénio verde e azul nestes
postos de abastecimento aparenta ser o mesmo que o da questão anterior
apresentando umas pequenas nuances. Estas nuances terão a ver com as diferentes
opiniões de quando será adotada a produção de hidrogénio verde em maior escala, pois
estes postos podem também fornecer hidrogénio cinzento, daí a opinião de 2
especialistas ser mais longínqua da maioria.
30
inquiridos e dos especialistas, existindo 8 inquiridos que acreditam conseguir-se atingir
esta meta antes de 2040. Algumas das justificações para este otimismo foram o facto de
Portugal consumir pouco hidrogénio cinzento quando comparado a outros países
europeus e o facto dos planos nacionais não contemplarem projetos para uma maior
produção de hidrogénio cinzento.
31
maioria a indicar um horizonte temporal até 2035. Nesta afirmação foi também maior o
número de inquiridos que escolheu uma opção um pouco mais afastada do tempo
previsto de concretização da meta, que neste caso é 2030, escolhendo o horizonte
temporal de 2035 a 2040, estando estas opiniões associadas a: incertezas quanto à
capacidade de eletrolisadores instalados até à data, que consequentemente impactará
o preço de H2 praticado; será necessário fazer uma adequação das centrais
termoelétricas à utilização de H2 ou uma redução de potência das mesmas, dada a maior
significância das energias renováveis.
Quanto ao consumo final bruto de energia ser representado por 47% de energias
renováveis observa-se que a maioria dos inquiridos acredita ser possível até 2030, o que
coincide com a meta indicada no PNEC2030 e realça o facto dos inquiridos acreditarem
que Portugal é um país líder na área das renováveis. Esta foi a questão com maior
consenso.
32
5. CONCLUSÕES
O hidrogénio verde revelou também ser uma solução bem aceite pelos
especialistas, indicando intervalos temporais próximos dos esperados (com maiores
exceções na área dos transportes), o que é um sinal positivo para uma tecnologia
emergente, apesar do seu caráter mais disruptivo em determinadas áreas e o nível de
maturidade tecnológica apresentada pelos eletrolisadores. Este trabalho permitiu por
isso perceber que existem poucas alternativas ou nenhumas que podem funcionar tão
bem como o hidrogénio e para trabalhos futuros seria interessante criar um roadmap
tecnológico mais detalhado dos resultados obtidos neste.
33
REFERÊNCIAS
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uma Economia de Baixo Carbono Competitiva em 2050. Agência Portuguesa do Ambiente.
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https://apambiente.pt/sites/default/files/_Clima/Mitiga%C3%A7%C3%A3o/RNBC/RNBC_C
OMPLETO_2050_V04.pdf [Acesso em: 2021/10/3]
APA (2019). Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050 (RNC2050). Disponível em:
https://unfccc.int/sites/default/files/resource/RNC2050_PT-22-09-2019.pdf [Acesso em:
2021/10/2]
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cores? Disponível em: https://eco.sapo.pt/2020/07/30/do-cinzento-ao-verde-passando-
pelo-azul-porque-tem-o-hidrogenio-tantas-cores/ [Acesso em: 2021/10/10]
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mais limpos e inteligentes. Direção-Geral de Energia e Geologia, Lisboa. Disponível em:
34
https://www.dgeg.gov.pt/media/1snnvdag/p2-integra%C3%A7%C3%A3o-do-
hidrog%C3%A9nio-nas-cadeias-de-valor-sistemas-energ%C3%A9ticos-integrados-mais-
limpos-e-inteligentes.pdf [Acesso em: 2021/10/10]
DGEG (2020). Roteiro e Plano de Ação para o Hidrogénio em Portugal. Direção-Geral de Energia
e Geologia, Lisboa. Disponível em: https://www.dgeg.gov.pt/media/d14dduhz/p3-roteiro-
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2021/10/10]
DGEG (2021). Estatísticas rápidas das renováveis. Direção-Geral de Energia e Geologia, Lisboa.
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international green hydrogen trading towards a carbon neutral future. Disponível em:
https://doi.org/10.1016/j.ijhydene.2021.10.084 [Acesso em: 2021/10/13]
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temperature electrolysis and methanation: part II—Economic analysis. Journal of Energy
Storage, 2, 64-79.
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35
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Change (UNFCCC) Disponível em:
https://unfccc.int/files/paris_agreement/application/pdf/parisagreement_publication.pdf
[Acesso em: 2021/10/2]
36
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em: https://library.wmo.int/index.php?lvl=notice_display&id=21880#.YH2kGuhKjIV
[Acesso em: 2021/10/1]
37
ANEXOS
1 - “O hidrogénio verde é considerado a fonte de energia mais limpa para o armazenamento de energia renovável
em Portugal, quando comparado a outras tecnologias, como por exemplo a baterias estacionárias de larga escala ou
a biocombustíveis.”
Nível de Expertise Importância da Posição de Portugal
dos Inquiridos questão
17,6% 17,6%
5,9%
11,8%
35,3%
23,5% 58,8%
64,7% 64,8%
É um país líder
HORIZONTE TEMPORAL
Nº de respostas totais
0
2022- 2024- 2026- 2030- 2035- 2040- 2045- DEPOIS NUNCA
2024 2026 2030 2035 2040 2045 2050 DE 2050
38
Redução das emissões de CO2 no setor do aquecimento e arrefecimento 5,9%
Taxar importações de energia cuja fonte de produção não seja sustentável 17,6%
Incentivos à criação de mais propriedade industrial (diminuição dos custos de
17,6%
manutenção, por exemplo) e facilitamento de processos de licenciamento
Promoção e incentivo na criação de mais parques renováveis (fotovoltaicos ou
11,8%
eólicos)
39
2 - “Portugal posiciona-se como um dos países mais atrativos da Europa no que toca a I&D no ecossistema do
Hidrogénio, atraindo investigadores estrangeiros para projetos de hidrogénio verde portugueses”
35,3%
29,4%
64,4%
58,8% 76,5%
É um país líder
HORIZONTE TEMPORAL
Nº de respostas totais
0
2022- 2024- 2026- 2030- 2035- 2040- 2045- DEPOIS NUNCA
2024 2026 2030 2035 2040 2045 2050 DE 2050
40
Reaproveitamento de águas residuais tratadas na produção de hidrogénio 5,9%
41
3 - “Os transportes rodoviários consomem 5 % de hidrogénio verde” (Meta para 2030 do EN-H2)
12%
35,3%
35,3%
41,20%
64,7%
64,7%
47,10%
É um país líder
HORIZONTE TEMPORAL
Nº de respostas totais
0
2022- 2024- 2026- 2030- 2035- 2040- 2045- DEPOIS NUNCA
2024 2026 2030 2035 2040 2045 2050 DE 2050
42
Aumento das exportações energéticas renováveis de Portugal 0%
Taxar importações de energia cuja fonte de produção não seja sustentável 41,2%
43
4 - “Os postos de abastecimento de hidrogénio para consumo de energia final no setor dos transportes atingem 45%
do seu hidrogénio de cor verde e azul”
11,80%
29,40% 23,50%
41,20% 41,2%
58,8%
58,80% 29,40%
HORIZONTE TEMPORAL
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2022- 2024- 2026- 2030- 2035- 2040- 2045- DEPOIS NUNCA
2024 2026 2030 2035 2040 2045 2050 DE 2050
44
Aumento das exportações energéticas renováveis de Portugal 0%
45
5 - “Portugal tem 50 estações de abastecimento de hidrogénio” (Meta para 2030 do EN-H2)
35,30%
47,10%
76,5%
58,80% 35,30%
É um país líder
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2022- 2024- 2026- 2030- 2035- 2040- 2045- DEPOIS NUNCA
2024 2026 2030 2035 2040 2045 2050 DE 2050
46
Aumento das exportações energéticas renováveis de Portugal 0%
Taxar importações de energia cuja fonte de produção não seja sustentável 35,3%
Promover a utilização de hidrogénio verde em todo o tipo de transportes
35,3%
(transporte de mercadorias, transportes coletivos e pessoais)
47
6 - “Portugal terá injetado 5% de hidrogénio verde nas redes de gás natural” (meta mínima estipulada pelo EN-H2
para 2025)
23,50 5,90%
% 11,80%
47,10%
35,30% 82,40%
76,50
% É um país líder
HORIZONTE TEMPORAL
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2024 2026 2030 2035 2040 2045 2050 DE 2050
48
Aumento das exportações energéticas renováveis de Portugal 5,9%
Polémicas relativas aos projetos a ser financiados por fundos europeus 11,8%
Taxar importações de energia cuja fonte de produção não seja sustentável 41,2%
49
7 – “Portugal terá injetado 15% de hidrogénio verde nas redes de gás natural” (meta mínima estipulada pelo EN-H2
para 2030)
41,20%
82,40
76,50% 41,20% %
É um país líder
HORIZONTE TEMPORAL
Nº de respostas totais
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2024 2026 2030 2035 2040 2045 2050 DE 2050
50
Aumento das exportações energéticas renováveis de Portugal 5,9%
Polémicas relativas aos projetos a ser financiados por fundos europeus 11,8%
Taxar importações de energia cuja fonte de produção não seja sustentável 41,2%
51
8 - “A produção de hidrogénio verde ultrapassa a produção de hidrogénio azul, em Portugal.” (Previsto para 2024,
segundo o Roteiro e plano de ação para o Hidrogénio)
17,60%
41,20
%
52,90%
52,90
% 23,50% 76,50%
É um país líder
HORIZONTE TEMPORAL
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2024 2026 2030 2035 2040 2045 2050 DE 2050
52
Reaproveitamento de águas residuais tratadas na produção de hidrogénio 11,8%
Polémicas relativas aos projetos a ser financiados por fundos europeus 23,5%
Falta de apoios ao investimento em projetos de hidrogénio (falta de intervenção
23,5%
política no que toca a falhas de mercado)
Possível concorrência entre energias renováveis e hidrogénio 11,8%
Taxar importações de energia cuja fonte de produção não seja sustentável 29,4%
53
9 - “A produção de hidrogénio verde ultrapassa a produção de hidrogénio cinzento, em Portugal.” (Previsto para
2044, segundo o Roteiro e plano de ação para o Hidrogénio)
23,50% 58,80%
58,80 76,50%
%
É um país líder
HORIZONTE TEMPORAL
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2024 2026 2030 2035 2040 2045 2050 DE 2050
54
Aumento das exportações energéticas renováveis de Portugal 11,8%
Taxar importações de energia cuja fonte de produção não seja sustentável 29,4%
55
10 - “O hidrogénio verde atinge um valor de mercado que o torna suficientemente competitivo em Portugal (valor
entre 1 e 2€/kg H2) (Previsto para 2035-2040 segundo o Roteiro e plano de ação para o Hidrogénio)”
58,80 70,60%
% 76,50%
É um país líder
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2024 2026 2030 2035 2040 2045 2050 DE 2050
56
Reaproveitamento de águas residuais tratadas na produção de hidrogénio 0%
Taxar importações de energia cuja fonte de produção não seja sustentável 35,3%
57
11 - “São atingidos os 2 GW de capacidade instalada em eletrolisadores em Portugal” (valores incluídos no cenário
EN-H2 BAIXO para 2030)
17,60%
35,30%
52,90%
64,70%
58,80% 23,50%
É um país líder
HORIZONTE TEMPORAL
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2024 2026 2030 2035 2040 2045 2050 DE 2050
Taxar importações de energia cuja fonte de produção não seja sustentável 29,4%
Promoção e incentivo na criação de mais parques renováveis (fotovoltaicos ou
17,6%
eólicos)
Promover a utilização de hidrogénio verde em todo o tipo de transportes
17,6%
(transporte de mercadorias, transportes coletivos e pessoais)
59
12 - “30% do hidrogénio produzido em Portugal é através da eletrólise da água” (Plano Nacional do Hidrogénio, a
atingir até 2025)
35,30%
17,60%
52,90%
58,80% 76,50%
17,60%
É um país líder
HORIZONTE TEMPORAL
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2024 2026 2030 2035 2040 2045 2050 DE 2050
60
Aumento das exportações energéticas renováveis de Portugal 23,5%
Taxar importações de energia cuja fonte de produção não seja sustentável 29,4%
61
13 - “50% do hidrogénio produzido em Portugal é através da eletrólise da água” (Plano Nacional do Hidrogénio, a
atingir até 2030)
17,60%
64,70% 76,50%
58,80
%
É um país líder
HORIZONTE TEMPORAL
Nº de respostas totais
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2024 2026 2030 2035 2040 2045 2050 DE 2050
62
Aumento das exportações energéticas renováveis de Portugal 23,5%
Taxar importações de energia cuja fonte de produção não seja sustentável 29,4%
63
14 - “Integração de 5% de hidrogénio nas centrais termoelétricas em Portugal” (Meta máxima imposta pelo EN-H2
para 2025)
23,50%
70,60%
HORIZONTE TEMPORAL
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2024 2026 2030 2035 2040 2045 2050 DE 2050
64
Aumento das exportações energéticas renováveis de Portugal 0%
Taxar importações de energia cuja fonte de produção não seja sustentável 41,2%
65
15 - “Integração de 15% de hidrogénio nas centrais termoelétricas em Portugal” (Meta máxima imposta pelo EN-H2
para 2030)
17,60%
70,60%
HORIZONTE TEMPORAL
Nº de respostas totais
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2022- 2024- 2026- 2030- 2035- 2040- 2045- DEPOIS NUNCA
2024 2026 2030 2035 2040 2045 2050 DE 2050
66
Aumento das exportações energéticas renováveis de Portugal 0%
Taxar importações de energia cuja fonte de produção não seja sustentável 41,2%
67
16 - “As energias renováveis representam 47% do consumo final bruto de energia” (Meta para 2030 estipulada pelo
PNEC2030)
41,20%
64,70
%
HORIZONTE TEMPORAL
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2024 2026 2030 2035 2040 2045 2050 DE 2050
68
Redução das emissões de CO2 no setor do aquecimento e arrefecimento 5,9%
69
17 - “Tendo como referência o nível das emissões de GEE de 2005, é atingida uma redução de 55%” (Meta criada
pelo PNEC2030 para 2030)
41,20%
76,50
82,40% É um país líder
%
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2024 2026 2030 2035 2040 2045 2050 DE 2050
Taxar importações de energia cuja fonte de produção não seja sustentável 35,3%
71
18 - “Tendo como referência o nível das emissões de GEE de 2005, é atingida uma redução de 90%” (Meta criada
pelo RNC2050 para 2050)
Nível de Expertise Importância da Posição de Portugal
dos Inquiridos questão
11,80%
23,50 5,90% 29,40%
5,90%
%
5,90%
58,80%
76,50
82,40% É um país líder
%
HORIZONTE TEMPORAL
Nº de respostas totais
0
2022- 2024- 2026- 2030- 2035- 2040- 2045- DEPOIS NUNCA
2024 2026 2030 2035 2040 2045 2050 DE 2050
Taxar importações de energia cuja fonte de produção não seja sustentável 35,3%
73
19 - “As importações de petróleo bruto não ultrapassam os 5 000 000 de toneladas” (cerca de metade do importado
atualmente)
23,50%
70,60% 70,60%
HORIZONTE TEMPORAL
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4,5
4
3,5
3
2,5
2
1,5
1
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