LivroFonta Cap5
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Potencial de Rendimento de
Cereais de Inverno de Duplo
Propósito
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tem conduzido a atividade de integração lavoura-pecuária, que
pode resultar em melhor aproveitamento do potencial da pro-
priedade. Essa visão mais abrangente de propriedade agrí-
cola cria espaços para que cereais de inverno (aveia branca,
centeio, cevada, trigo e triticale) com período vegetativo mais
longo, se semeados antecipadamente, possam fornecer for-
ragem verde no período de maior carência alimentar, inverno
e, ainda produzir grãos (DEL DUCA et al., 1997).
99
Sul através do projeto Integração lavoura-pecuária-floresta
(ILPF), liderados pela Embrapa Transferência de Tecnologia.
101
parâmetros. As cultivares de centeio apresentaram altura de
plantas maior do que os demais cereais estudados. Os
genótipos de trigo BRS Umbu e BRS 277 mostraram peso
do hectolitro mais elevado, em relação as cultivares e
genótipos de aveias branca e pretas, de centeios, de ceva-
das e de triticales. As cultivares de cevada apresentaram peso
de 1.000 grãos maior, em comparação aos demais materiais
estudados. A cultivar de centeio BRS Serrano foi superior no
rendimento de grãos, em relação a todas as culturas estuda-
das, exceto ao trigo BRS 277.
1ª época de semeadura
Cereais de inverno 1º corte 2º corte AC 1º corte 2º corte MS 1º corte 2º corte MS
AC AC Média MS MS Média MS MS Total
(cm) (cm) (cm) (%) (%) (%) (kg/ha) (kg/ha) (kg/ha)
1. A. branca UPF 18 31,5 abc 32,9 efg 32,2 def 14,6 c 15,6 g 15,1 g 859 cde 620 fg 1.479 gh
2. A. preta IPFA 99009 32,7 abc 33,3 defg 33,0 cdef 15,5 bc 17,9 de 16,7 ef 767 de 724 ef 1.492 fgh
3. A. preta Agro Zebu 30,8 bc 32,0 g 31,4 ef 15,9 bc 18,4 cd 17,2 de 673 e 793 de 1.466 gh
4. Centeio BR 1 34,9 a 40,7 a 37,8 a 15,5 bc 17,1 ef 16,3 ef 775 de 784 de 1.559 efg
5. Centeio BRS Serrano 33,6 abc 36,9 bcd 35,2 abc 19,9 a 17,9 de 18,9 bc 1.179 a 1.175 a 2.355 a
6. Cevada BRS 195 30,8 bc 29,9 g 30,4 f 17,2 b 19,2 bc 18,2 cd 1.030 abc 771 e 1.801 d
7. Cevada BRS 224 33,3 abc 35,7 cdef 34,5 bcd 15,6 bc 16,5 fg 16,1 efg 947 bcd 841 cde 1.788 de
8. Cevada BRS 225 30,4 c 36,0 bcde 33,2 bcdef 15,0 c 16,4 fg 15,7 fg 81 e 799 de 1.479 gh
9. Triticale BRS 148 31,6 abc 40,6 a 36,1 ab 15,2 c 17,0 ef 16,1 efg 734 e 737 ef 1.472 gh
10. Triticale BRS 203 32,8 abc 39,6 ab 36,2 ab 16,1 bc 17,5 def 16,8 ef 798 de 926 cd 1.724 def
11. Triticale E 53 32,6 abc 36,7 cde 34,7 bcde 15,3 bc 17,1 ef 16,2 efg 794 de 496 g 1.290 h
12. Trigo BRS Figueira 34,5 ab 37,6 abc 36,1 ab 19,8 a 19,9 b 19,8 ab 1.113 ab 981 bc 2.094 b
13. Trigo BRS Umbu 33,0 abc 38,7 abc 35,8 abc 19,7 a 19,1 bc 19,4 ab 940 bcd 1.118 ab 2.058 bc
14. Trigo BRS 277 29,9 c 32,1 fg 31,0 ef 19,6 a 21,0 a 20,3 a 857 cde 974 c 1.831 cd
Média 32,3 35,9 34,1 16,8 17,9 17,3 868 839 1.706
Doses de nitrogênio
N1-50% - metade da dose32,1 a 35,2 a 33,7 a 17,4 a 18,3 a 17,8 a 827 b 746 c 1.573 c
N2-100% - dose indicada 32,2 a 36,3 a 34,3 a 16,6 b 17,9 b 17,3 b 864 ab 860 b 1.724 b
N3-150% 32,6 a 36,2 a 34,2 a 16,3 b 17,6 b 17,0 b 913 a 910 a 1.822 a
A: aveia; e E: Embrapa. Médias seguidas da mesma letra, na coluna, não diferem significativamente pelo teste de Tukey (P>0,05).
Fonte: Santos e Fontaneli (2006).
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Tabela 14. Efeito de doses de nitrogênio em cereais de inverno na
altura de plantas (AP), no peso do hectolitro (PH), no peso de 1000
grãos (PMG) e no rendimento de grãos (RG), da primeira época de
semeadura, média de 2003 a 2005.
1ª época de semeadura
AP PH PMG RG
Cereais de inverno Média Médio Média Média
(cm) (kg/hL) (g) (kg/ha)
1. A. branca UPF 18 107,9 b 43,4 g 32,0 b 2.318 bcde
2. A. preta IPFA 99009 115,2 b 46,9 f 18,7 e 1.582 h
3. A. preta Agro Zebu 113,2 b 45,0 fg 18,4 e 1.631 gh
4. Centeio BR 1 134,6 a 67,5 c 21,4 e 2.572 bc
5. Centeio BRS Serrano 137,3 a 68,4 bc 18,7 e 3.083 a
6. Cevada BRS 195 51,2 h 54,3 e 32,8 b 1.636 gh
7. Cevada BRS 224 64,1 f 58,9 d 38,6 a 2.032 defg
8. Cevada BRS 225 56,2 gh 57,3 de 36,6 a 2.095 def
9. Triticale BRS 148 85,8 c 65,5 c 37,9 a 2.176 cdef
10. Triticale BRS 203 78,8 cd 67,7 bc 29,9 bc 2.427 bcd
11. Triticale Embrapa 53 80,5 c 65,8 c 32,9 b 1.920 efgh
12. Trigo BRS Figueira 62,4 fg 70,8 ab 26,3 d 1.854 fgh
13. Trigo BRS Umbu 72,5 de 71,6 a 30,3 bc 2.109 def
14. Trigo BRS 277 68,9 ef 73,8 a 27,3 cd 2.692 ab
Média 87,8 61,2 28,7 2.152
Doses de nitrogênio
N1 87,7 a 61,1 a 28,5 a 2.094 a
N2 87,8 a 61,2 a 29,0 a 2.154 a
N3 87,8 a 61,4 a 28,6 a 2.208 a
A: aveia. Médias seguidas da mesma letra, na coluna, não diferem significativa-
mente pelo teste de Tukey (P>0,05).
Fonte: Santos e Fontaneli (2006).
2ª época de semeadura
Cereais de inverno AC MS MS EP PH PMG RG
(cm) (%) (kg/ha) (cm) (kg/hL) (g) (kg/ha)
1. A. branca UPF 18 33,0 cd 16,3 e 708 de 107,5 d 43,9 g 31,5 d 3.112 bc
2. A. preta IPFA 99009 33,9 cd 18,5 bc 795 cde 116,3 c 45,1 g 18,6 g 1.643 f
3. A. preta Agro Zebu 34,2 bc 18,9 ab 711 de 116,9 c 44,0 g 17,7 g 1.764 f
4. Centeio BR 1 39,1 a 16,7 de 1.041 ab 128,7 b 68,2 d 21,4 f 2.672 e
5. Centeio BRS Serrano 34,5 bc 17,7 bcd 881 bcd 141,3 a 68,6 d 19,4 fg 3.136 bc
6. Cevada BRS 195 30,7 d 18,8 ab 928 bc 50,4 i 57,2 f 34,8 bc 2.687 de
7. Cevada BRS 224 34,2 bc 17,0 de 1.143 a 63,1 h 60,2 e 40,7 a 3.482 b
8. Cevada BRS 225 32,0 cd 17,3 cde 755 cde 55,1 i 60,1 e 35,6 b 2.981 cde
9. Triticale BRS 148 37,4 ab 16,3 e 1.049 ab 94,3 e 68,6 d 38,7 a 3.254 bc
10. Triticale BRS 203 34,1 bc 17,9 bcd 868 bcd 86,9 f 71,1 c 34,1 bcd 4.137 a
11. Triticale Embrapa 53 34,5 bc 16,7 de 686 e 83,3 fg 67,6 d 35,7 b 3.110 bcd
12. Trigo BRS Figueira 32,4 cd 19,8 a 887 bcd 68,6 h 74,0 b 28,7 e 3.209 bc
13. Trigo BRS Umbu 33,3 cd 19,8 a 729 de 76,5 g 77,4 a 32,2 cd 3.313 bc
14. Trigo BRS 277 34,7 bc 19,0 ab 1.045 ab 68,5 h 77,4 a 28,5 e 3.095 bcd
Média 34,1 17,9 873 89,8 63,1 29,8 2.971
Doses de nitrogênio
N1 33,5 a 18,3 a 807 b 89,6 a 63,0 a 29,9 a 2.882 b
N2 34,5 a 17,9 ab 901 a 89,4 a 63,5 a 29,7 a 2.943 b
N3 34,3 a 17,5 b 912 a 90,4 a 62,9 a 29,8 a 3.089 a
A: aveia. Médias seguidas da mesma letra, na coluna, não diferem significativamente pelo teste de Tukey (P>0,05).
Fonte: Santos e Fontaneli (2006).
105
106
Tabela 16. Avaliação de cereais de inverno quanto à precocidade no rendimento de forragem para o vazio outonal na
altura de corte (EC) e na concentração de massa seca (MS), do primeiro, segundo e terceiro cortes, média conjunta de
2003 a 2005.
3. A. preta Agro Zebu 29,2 abc 32,0 ef 40,6 abcd 33,9 de 18,4 ab 23,1 b 20,3 de 20,6 abcd
4. Centeio BR 1 31,2 ab 46,1 a 43,8 abcd 40,4 ab 14,9 ab 16,9 efg 22,1 cde 18,0 ef
5. Centeio BRS Serrano 32,1 ab 35,8 cde 37,8 bcd 35,2 cde 18,1 ab 17,2 ef 22,7 bcd 19,3 bcdef
6. Cevada BRS 195 26,4 c 27,9 f 37,2 bcd 30,5 e 17,6 ab 22,1 bc 23,7 abc 21,1 ab
7. Cevada BRS 224 33,4 a 36,6 cde 32,9 cd 34,3 de 15,7 ab 16,1 fg 23,5 abc 18,5 def
8. Cevada BRS 225 29,6 abc 37,3 cde 39,4 bcd 35,4 bcde 15,1 ab 17,0 efg 25,6 a 19,2 bcdef
9. Triticale BRS 148 29,3 abc 44,1ab 44,9 ab 39,4 abc 15,7 ab 16,6 fg 24,3 abc 18,9 cdef
10. Triticale BRS 203 31,7 ab 38,2 cd 40,0 abcd 36,6 bcd 18,4 ab 18,1 ef 22,7 bcd 19,7 bcdef
11. Triticale Embrapa 53 28,8 bc 45,3 ab 51,7 a 41,9 a 14,4 b 17,2 ef 23,2 abc 18,3 ef
12. Trigo BRS Figueira 32,2 ab 37,1 cde 42,7 abcd 37,3 abcd 18,8 ab 20,3 cd 25,0 ab 21,4 ab
13. Trigo BRS Umbu 33,3 a 40,1 bc 46,0 ab 39,8 abc 19,8 a 18,6 de 23,7 abc 20,7 abc
14. Trigo BRS 277 29,8 abc 32,8 ef 44,0 abc 35,5 bcde 19,7 a 25,1 a 22,9 bc 22,6 a
Média 30,8 37,1 40,5 36,1 17,2 19,0 23,0 19,7
A: aveia. Médias seguidas da mesma letra, na coluna, não diferem significativamente pelo teste de Tukey (P>0,05).
Fonte: Santos e Fontaneli (2006).
Tabela 17. Avaliação de cereais de inverno quanto à precocidade no
rendimento de forragem para o vazio outonal no rendimento de massa
seca (MS), do primeiro, segundo e terceiro cortes, média conjunta de
2003 a 2005.
107
perfilhamento, no mês junho de ambos os anos e após cada
corte foi aplicado 12 kg N/ha em cobertura. Em todos os cor-
tes foi realizada avaliação do rendimento de massa seca dos
cereais de inverno. O critério de corte das plantas por parce-
las foi quando as mesmas atingiram, aproximadamente,
30 cm de altura. A massa verde foi colhida e pesada; desta
foi retirada uma sub-amostra, a qual foi seca em estufa com
ar forçado a 60 ºC até peso constante, para determinação da
massa seca. Os parâmetros em estudo foram submetidos à
análise de variância ao nível de 5% de significância, utilizan-
do-se o pacote estatístico SAS versão 8.2 (SAS, 2003).
109
grãos (ajustados para umidade padrão de 13%). As variáveis
“resposta” foram submetidas à análise de variância ao nível
de 5% de significância, utilizando-se o pacote estatístico SAS
versão 8.2 (SAS, 2003).
AP PH PMG RG
Cereais de inverno (cm) (kg/hL) (g) (kg/ha)
1. Aveia branca UPF 18 105,4 cde 44,0 e 31,8 cd 2.370 ab
2. Aveia preta IPFA 99009 118,0 bc 45,2 e 19,0 e 1.093 f
3. Aveia preta Agro Zebu 110,9 cd 42,9 e 16,0 e 1.515 ef
4. Centeio BR 1 132,9 ab 68,3 bc 19,8 e 2.251 abcd
5. Centeio BRS Serrano 144,8 a 69,9 bc 21,4 e 2.747 a
6. Cevada BRS 195 48,4 j 58,6 d 33,3 cd 1.745 de
7. Cevada BRS 224 77,0 fghi 59,2 d 42,9 a 1.788 cde
8. Cevada BRS 225 60,7 ij 60,1 d 37,9 abc 1.515 ef
9. Triticale BRS 148 98,4 def 71,4 b 40,4 ab 2.403 a
10. Triticale BRS 203 92,1 efg 71,0 b 31,6 cd 2.308 abc
11. Triticale Embrapa 53 91,9 efg 67,1 c 34,2 bcd 1.798 cde
12. Trigo BRS Figueira 68,7 hi 75,6 a 29,8 d 1.664 e
13. Trigo BRS Umbu 75,6 ghi 76,7 a 31,0 d 1.865 bcde
14. Trigo BRS 277 80,6 fgh 78,1 a 29,1 d 2.424 a
113
constante, para ser determinada a massa seca. A forragem
seca foi triturada em moinho tipo Wilei com peneira de 1,0
mm e armazenda para análise do valor nutritivo. A determina-
ção laboratorial do valor nutritivo foi pela tecnologia NIRS
(SCHEFFER-BASSO et al., 2003). O rendimento de grãos
foi determinado de toda área útil da parcela e ajustado para
umidade de 13%. A colheita do material foi realizada do mês
de outubro ao mês de dezembro. Os parâmetros em estudo
foram submetidos à análise de variância ao nível de 5% de
significância, utilizando-se o pacote estatístico SAS versão
8.2 (SAS, 2003).
115
116
Tabela 20. Altura de corte (AC), concentração de massa seca (MS) e rendimento de massa seca (MS), de dois
cortes de trigo BRS Figueira e de aveia preta Agro Zebu, de 2003 a 2005. Embrapa Trigo. Passo Fundo, RS.
trigo 78 33 6.692 - - - -
126: aveia preta 91 22 5.199 - - - -
trigo 80 39 7.502 - - - -
140: aveia preta 104 27 8.151 - - - -
trigo 76 46 8.243 - - - -
154: aveia preta 109 31 8.465 - - - -
trigo 75 52 8.482 - - - -
168: aveia preta 106 40 7.976 - - - -
trigo 75 59 7.462 - - - -
Fonte: Santos e Fontaneli (2006).
Tabela 21. Peso de 1.000 grãos (PMG), peso do hectolitro (PH) e
rendimento de grãos (RG) de trigo BRS Figueira e de aveia preta
Agro Zebu, de dois cortes, de 2003 a 2005. Embrapa Trigo. Passo
Fundo, RS.
119
Tabela 21. Continuação.
Cortes em dias após
a emergência das PMG PH RG
plantas e rebrote (r) (g) (kg/hL) (kg/ha)
70r56: aveia preta 17,3 jkl 39,8 i 1.205 efghijkl
Trigo 26,8 bcde 67,3 e 610 m
84: aveia preta 16,4 jkl 44,5 fg 1.613 bcdefgh
Trigo 24,8 def 70,3 bcd 1.205 efghijkl
98: aveia preta 16,8 jkl 42,7 fghi 1.080 ghijklm
Trigo 27,2 bcd 72,2 abc 1.100 fghijklm
112: aveia preta 20,5 ghij 42,6 fghi 1.111 fghijklm
Trigo 27,6 abcd 70,9 abcd 1.192 efghijkl
126: aveia preta - - -
Trigo - - -
140: aveia preta - - -
Trigo - - -
154: aveia preta - - -
trigo - - -
168: aveia preta - - -
trigo - - -
Média 21,4 56,5 1.418
Médias seguidas da mesma letra, na coluna, não diferem significativamente pelo
teste de Tukey (P>0,05).
Fonte: Santos e Fontaneli (2006).