4-Desenvolvimento Das Capacidades Motoras

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Desenvolvimento das

capacidades motoras
específicas do basquetebol
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Capacidades motoras
• São classificadas em:
• Capacidades condicionais - determinadas pelos processos que
permitem transformar a energia química em energia mecânica. São
quantificáveis;

• Capacidades coordenativas - determinadas pelas componentes


nervosas, fundamentalmente ao nível dos processos de condução dos
estímulos no sistema nervoso central. Não são quantificáveis;
Capacidades condicionais
• Resistência;
• Força muscular;
• Velocidade;
• Flexibilidade;
Capacidades condicionais – exemplos práticos

• Realização de esforços intensos, durante um tempo razoável (3’),


conseguindo recuperar rapidamente (Resistência Específica do Jogo);
• Quando um jogador salta, vence o peso do corpo, de forma explosiva –
(Força Muscular - Força explosiva);
• Quando se desloca rapidamente no campo para o contra-ataque
(Velocidade);
• Quando realiza um gesto técnico com grande amplitude - lançamento,
entrada para o cesto, ação defensiva (Flexibilidade);
Capacidades coordenativas
• Orientação (no espaço de jogo);
• Equilíbrio (arrancar, parar, deslizar);
• Ritmo (encadeamento de um lançamento na passada após drible);
• Coordenação óculo-manual (manipulação do objeto do jogo – a bola);
• Ligação (sprint, deslizamento, parar e arrancar em drible);
• Reação (reagir ao passe saltando para a ajuda);
• Diferenciação;
• Mudança;
Capacidades coordenativas – exemplos práticos

• Orientar no espaço de jogo, “saber para onde correr, para onde criar linhas de
passe, para onde cortar” (Capacidade de orientação);
• Paragem do drible para lançamento (Capacidade de equilíbrio);
• Lançamento na passada após drible (Capacidade de ritmo);
• Drible ou passe sem olhar a bola (Coordenação óculo-manual);
• Encadeamento de dois ou mais gestos técnicos – drible, passe e corte, receção e
lançamento na passada (Capacidade de ligação);
Capacidades coordenativas – exemplos práticos

• Reação ao passe, saltando para a ajuda (Capacidade de reação);


• Lançamento ao cesto de diferentes distâncias (Capacidade de
diferenciação);
• Assistência para um colega, depois de ter aparecido um defensor na linha de
penetração inicialmente livre (Capacidade de mudança);
Princípios para a intervenção prática
• Resistência;
• Força;
• Velocidade;
• Flexibilidade;
• Coordenação;
Resistência

“capacidade de manter uma dada performance, durante um período longo de


tempo, através de um conjunto de adaptações funcionais e musculares,
suportando o aparecimento da fadiga central e local ”.

• O desenvolvimento da resistência, pode iniciar-se a partir dos 8 anos de


idade.
Resistência
• Para alcançar os efeitos pretendidos, deve superar-se uma duração de
atividade, que vai dos 5 aos 15 minutos e um limiar de treino com a
frequência cardíaca de 150 -170 pulsações por minuto.
• Propostas de duração de estímulos:
• 9 – 11 anos --------------------10 a 15 minutos
• 12 – 13 anos --------------------15 a 20 minutos
• 14 – 15 anos --------------------20 a 25 minutos
• 16 – 17 anos --------------------25 a 30 minutos
corrida contínua

jogos e exercícios que estimulem


esta capacidade , cumpram outros
objetivos de treino

Próprio Formas
JOGO Jogadas
Resistência

• Deve ser trabalhada, apenas no final da parte principal do treino;


• Após este tipo de trabalho, há instalação de fadiga, o que poderá
comprometer os objetivos da parte principal do treino;
Força
“capacidade de vencer uma resistência ”;
• Força Máxima (FM) – peso que o atleta consegue vencer, suportando apenas uma
repetição;
• Força Explosiva (FE)/ Força rápida - é a capacidade de realizar um movimento
rápido, vencendo uma resistência/peso ligeiro - força típica das crianças;
• Força de Resistência (FR):
• Força de Resistência (FR) - mais peso, menos repetições;
• Resistência da Força (RF)– menos peso, mais repetições.
Força
• Objetivos do treino da Força, com jovens:
• Evitar desvios posturais na coluna;
• Melhorar a coordenação intermuscular;
• Fortalecer a zona Abdominal e Lombar;
• Contrariar a tendência provocada pelo sedentarismo.

E não… o aumento da massa muscular!


Força
• O treino da Força muscular, desempenha um papel fundamental na
prevenção de lesões;

• O treino da Força muscular, é um valioso contributo ao treino da velocidade.


Força
• Sugestões práticas de intervenção:
• Jogos de Força;
• Exercícios com o peso do corpo;
• Exercícios com componentes do jogo (ressalto, passe);
• Bolas Medicinais;
• Trabalho em Circuito;
Força
• Deve ser trabalhada consoante os objetivos definidos:
• Força de resistência - no final do treino;
• Força explosiva/rápida no início da parte principal do treino.

Nota: Dúvidas no trabalho de força? Não façam… Procurem apoio para


preparar esse trabalho corretamente.
Velocidade
“capacidade de reagir, rapidamente, a um sinal ou estímulo e/ou efetuar
movimentos com oposição reduzida, no mais breve espaço de tempo”

No treino com crianças e jovens, o desenvolvimento da velocidade deverá


cobrir o conjunto de expressões que esta assume;
Evitar-se o erro de apenas se considerar o treino da velocidade cíclica através
do recurso aos sprints;
Velocidade
• Sugestões práticas:
• Velocidade de reação - Jogos de alteração de posição, jogos de apanhada,
jogos de perseguição, estafetas (sem e com bola)
• Velocidade de execução – escola da corrida, trabalho de pés (arcos, escada
no solo), saltos à corda, pedalar na bicicleta, sprints em forma jogada (10 a 15
m, partindo de várias posições).
• Velocidade de deslocamento - sprints (15m a 20m, partindo de várias
posições)
Velocidade

• Deve ser trabalhada no início da parte principal do treino;


• Quando a fadiga ainda não está instalada e não limita o esforço;
• Este trabalho implica recuperação completa entre as repetições;
Flexibilidade
“Capacidade que uma articulação possui para executar movimentos de grande
amplitude, solicitando sobretudo uma significativa elasticidade muscular”

• É de extrema importância a inclusão do treino de flexibilidade no programa de


treino dos mais jovens:
• Se não for trabalhada de modo sistemático, vai-se perdendo com o processo de crescimento;
• O aumento da força muscular está geralmente associado a uma redução dos níveis de
flexibilidade.
Flexibilidade
• Influencia as outras capacidades;
• Condiciona a prestação no aspeto cinemático (gesto) e fisiológico (irrigação,
tónus muscular e postura);
• Desempenha um papel importante na prevenção de lesões;
• Serve de aquecimento;
• Controla e relaxa as tensões musculares;
Flexibilidade
• Recomendações metodológicas:
• Os jovens deverão ser educados no sentido de terem uma perfeita consciencialização dos
limites articulares e sentirem o contraste, contração-descontração dos diferentes grupos
musculares;
• Deve ser dada prioridade aos métodos ativos (exercitação sem ajuda externa);
• Toda a realização do exercício deverá ser feita lentamente com suavidade e sem insistências;
• Durante os exercícios a respiração não deve ser bloqueada;
• O programa de desenvolvimento da flexibilidade deve conter duas linhas que se
complementam: ser metódico e complementar;
Flexibilidade
• Recomendações metodológicas:
• Para rentabilizar o tempo de treino, e nas situações em que for possível, esta rotina pode ser
realizada fora do campo. Por exemplo, se o treino for das 18:30 às 20:00, deverá ser feita antes
do treino, a partir das 18:00 e no final do treino, depois das 20:00.
• Antes da competição deve ser realizado um programa curto (sem objetivo de desenvolvimento)
integrado no aquecimento.

Na sessão de treino, esta capacidade deve ser trabalhada no final do aquecimento,


após o aumento da temperatura do corpo.
Coordenação
“assegura a eficiência do trabalho conjunto de diferentes órgãos sistemas ou partes
do corpo, orientado para a resolução de uma tarefa motora ”

• O treino das capacidades coordenativas deve assumir um papel prioritário;


• Deve ser realizado precocemente, uma vez que o processo de maturação do
sistema nervoso se finaliza em idades bastante baixas, o que as vocaciona como
fases sensíveis para o desenvolvimento das capacidades coordenativas.

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