Livro 01
Livro 01
Livro 01
ENVELHECIMENTO E LONGEVIDADE
Brasília
2019
ISBN: 978-85-92918-31-6
Technopolitik - Conselho Editorial
Ana Lúcia Galinkin - Universidade de Brasília
Antonio Nery Filho - Faculdade de Medicina/Universidade Federal da Bahia
Claudiene Santos - Universidade Federal de Sergipe
Eroy Aparecida da Silva - Afip/Universidade Federal de São Paulo
Marco Antônio Sperb Leite - Universidade Federal de Goiás
Maria Alves Toledo Burns - Universidade de São Paulo - Ribeirão Preto
Maria Fátima Olivier Sudbrack – Universidade de Brasília
Maria Inês Gandolfo Conceição – Universidade de Brasília
Maria das Graças Torres da Paz - Universidade de Brasília
Raquel Barros - ONG Lua Nova
Telmo Ronzani – Universidade Federal de Juiz de Fora
___________________________________________________________
Revisão: Maurício Galinkin/Technopolitik
Projeto gráfico e diagramação: Maurício Galinkin/Technopolitik
Capa: Ars Ventura Imagem e Comunicação/Foto: depositphoto
ISBN: 978-85-92918-31-6
CDU 612.67
_____________________________________________________________
© das organizadoras. É permitida a reprodução para fins didáticos, desde que citada a fonte
PREFÁCIO
iv
Margarida Abreu
iii
PREFÁCIO
iv
Prefácio
v
Prefácio
Margarida Abreu
Doutora em enfermagem
Escola Superior de Enfermagem do Porto, Portugal
vi
SOBRE ORGANIZADORAS, AUTORAS E AUTORES
vii
Sobre organizadoras, autoras e autores
viii
Sobre organizadoras, autoras e autores
ix
Sobre organizadoras, autoras e autores
LUDMILA SCHETTINO
Graduada em Fisioterapia pela Universidade Iguaçu (Unig).
Mestra em Enfermagem e Saúde pela Universidade Estadual do
Sudoeste da Bahia (Uesb).
x
Sobre organizadoras, autoras e autores
xi
Sobre organizadoras, autoras e autores
xii
CAPÍTULO 1
Introdução
13
Anita de Oliveira Silva e Éder Ricardo de Moraes
14
Aspectos éticos nas pesquisas científicas envolvendo idosos
15
Anita de Oliveira Silva e Éder Ricardo de Moraes
16
Aspectos éticos nas pesquisas científicas envolvendo idosos
17
Anita de Oliveira Silva e Éder Ricardo de Moraes
Considerações finais
O aumento da expectativa de vida da população,
principalmente em países emergentes, como é o caso do Brasil, faz
com que o interesse por pesquisas abordando a faixa etária na
qual estão os idosos torne-se cada vez mais frequente. Essas
pesquisas têm por objetivo não somente retratar o processo natural
do envelhecimento, mas também estão interessadas em colaborar
preventivamente para que a população envelheça com saúde,
gozando dos mais elevados níveis de qualidade de vida.
Para que haja sucesso em pesquisas envolvendo participantes
com idade superior aos 60 anos, torna-se fundamental o
conhecimento aprofundado sobre essa população, seus hábitos,
tradições, estilo de vida, entre outros fatores. Nesse contexto, é
importante que essas pesquisas sejam desenvolvidas observando-se
criteriosamente os preceitos éticos para a pesquisa científica com
seres humanos. O grande volume de trabalhos científicos
relacionados à vida e à saúde dos idosos têm naturalmente gerado,
de maneira proporcional, pesquisas de grande qualidade e
relevância para a comunidade acadêmico-científica e
principalmente para os próprios idosos.
Considerando que os idosos podem estar em situações de
vulnerabilidade física e mental, deve-se esperar que os
pesquisadores sejam extremamente criteriosos e auspiciosos.
Estratégias de pesquisa específicas devem ser adotadas a fim de
preservar a integridade física, mental e intelectual dessa
população, além do respeito à sua dignidade. Pensar em ética no
estudo com idosos é pensar em atenção, cuidado e gentileza no
trato com essa parcela da população. É preciso ter em mente a
prevenção de acidentes físicos e questões simples e objetivas para o
18
Aspectos éticos nas pesquisas científicas envolvendo idosos
Referências
ALMEIDA, L. P.; BRITES, M. F.; TAKIZAWA, M. G. M. H.
Quedas em idosos: fatores de risco. RBCEH, v. 8, n. 3, p.
384-391, 2011.
ALMEIDA, S. T.; SOLDERA, C. L. C.; CARLI, G. A.; GOMES,
I.; RESENDE, T. L. Análise de fatores extrínsecos e intrínsecos
que predispõem a quedas em idosos. Revista da Associação
Médica Brasileira, v. 58, n. 4, p. 427-433, 2012.
ANTES, D. L.; SCHNEIDER, I. J. C.; BENEDETTI, T. R. B.;
D’ORSI, E. Medo de queda recorrente e fatores associados em
idosos de Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. Cadernos de
Saúde Pública, v. 29, n. 4, p. 758-768, 2013.
BRASIL. Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Diário
Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília,
DF: Poder Executivo, Seção 1, p. 59, 13 de junho de 2013.
CONEP/CNS/MS. Manual de orientação: pendências
frequentes em protocolos de pesquisa clínica. Manuais da
Plataforma Brasil. Conselho Nacional de Saúde. Comissão
Nacional de Ética em Pesquisa. Versão 1.0, 2015. Disponível
em:
19
Anita de Oliveira Silva e Éder Ricardo de Moraes
<http://aplicacao.saude.gov.br/plataformabrasil/login.jsf>.
Acesso em: 14 set. 2015.
NOSELLA, P. Ética e pesquisa. Educ. Soc., v. 29, n.102, p.
255-273, 2008.
PIMENTEL, R. M.; SCHEICHER, M. E. Comparação do risco
de queda em idosos sedentários e ativos por meio da escala de
equilíbrio de Berg. Fisioterapia e Pesquisa, v. 16, n. 1, p.
6-10, 2009.
SILVA, E. R.; SOUSA, A. R. P.; FERREIRA, L. B.; PEIXOTO,
H. M. Prevalência e fatores associados à depressão entre idosos
institucionalizados: subsídio ao cuidado de enfermagem.
Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 46 n. 6,
p.1387-93, 2012.
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO) Active Ageing –
A Police Framework. A Contribution of the World Health
Organization to the second United Nations World
Assembly on Aging. Madrid, Spain, Apr. 2002.
20
CAPÍTULO 2
Introdução
O aumento da longevidade é um fenômeno mundial, e a faixa
etária mais crescente no mundo é a de indivíduos com 80 anos ou
mais. Essa parcela populacional pode ser denominada como
idosos muito idosos, idosos mais idosos, idosos mais velhos e idosos
longevos (idade igual ou superior a 80 anos), além de octogenários,
nonagenários e centenários, esses últimos quando faz referência à
década de vida em que o idoso se encontra.
Observa-se no Brasil, que a proporção da população “muito
idosa”, ou seja, a de 80 anos ou mais, no total da população
brasileira, está aumentando em ritmo bastante acelerado. Esse tem
sido o segmento populacional que mais cresce, embora ainda
apresente um contingente pequeno. De 170,7 mil pessoas em
1940, o contingente “mais idoso” passou para 2,9 milhões em
2010. Representava 14,3% da população idosa em 2010 e 1,5%
da população total. Dada a contínua redução da mortalidade,
especialmente nas idades avançadas, espera-se que esse
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Maykon S. Marinho, Pollyanna V. Lima, Luana A. dos Reis e Luciana A. dos Reis
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Capacidade funcional e longevidade: aspectos epidemiológicos e clínicos
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Maykon S. Marinho, Pollyanna V. Lima, Luana A. dos Reis e Luciana A. dos Reis
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Capacidade funcional e longevidade: aspectos epidemiológicos e clínicos
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Maykon S. Marinho, Pollyanna V. Lima, Luana A. dos Reis e Luciana A. dos Reis
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Capacidade funcional e longevidade: aspectos epidemiológicos e clínicos
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Maykon S. Marinho, Pollyanna V. Lima, Luana A. dos Reis e Luciana A. dos Reis
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Capacidade funcional e longevidade: aspectos epidemiológicos e clínicos
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Maykon S. Marinho, Pollyanna V. Lima, Luana A. dos Reis e Luciana A. dos Reis
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Capacidade funcional e longevidade: aspectos epidemiológicos e clínicos
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Maykon S. Marinho, Pollyanna V. Lima, Luana A. dos Reis e Luciana A. dos Reis
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Capacidade funcional e longevidade: aspectos epidemiológicos e clínicos
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Capacidade funcional e longevidade: aspectos epidemiológicos e clínicos
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Maykon S. Marinho, Pollyanna V. Lima, Luana A. dos Reis e Luciana A. dos Reis
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Capacidade funcional e longevidade: aspectos epidemiológicos e clínicos
Considerações finais
As mudanças demográfica e epidemiológica pela qual o Brasil
está passando tem como consequências o aumento da população
longeva, na atualidade, e, de forma significativa, nos próximos
anos. O envelhecimento populacional repercute em diversos
setores da sociedade e exige mudanças e adaptações à nova
conformação demográfica do país. E isso implica na compreensão
e no atendimento da demanda da população idosa sobre um novo
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Maykon S. Marinho, Pollyanna V. Lima, Luana A. dos Reis e Luciana A. dos Reis
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Capacidade funcional e longevidade: aspectos epidemiológicos e clínicos
Referências
BATISTA, A. S. Envelhecimento e dependência: desafios para a
organização da proteção social. In: CAMARANO, A. A. Os
novos idosos brasileiros: muito além dos 60? Rio de
Janeiro: IPEA, 2004.
BORGES, M. R. D.; MOREIRA, A. K. Influência da prática de
atividades físicas na terceira idade: estudo comparativo dos
níveis de autonomia para o desempenho nas AVDs e AIVDs
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Maykon S. Marinho, Pollyanna V. Lima, Luana A. dos Reis e Luciana A. dos Reis
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Capacidade funcional e longevidade: aspectos epidemiológicos e clínicos
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Capacidade funcional e longevidade: aspectos epidemiológicos e clínicos
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Maykon S. Marinho, Pollyanna V. Lima, Luana A. dos Reis e Luciana A. dos Reis
46
CAPÍTULO 3
Introdução
47
Jussiara B. de Oliveira, Luciana A. dos Reis e Luzia W. S. Oliveira
48
Modelo de atenção à saúde e envelhecimento: o desafio do viver mais
49
Jussiara B. de Oliveira, Luciana A. dos Reis e Luzia W. S. Oliveira
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Modelo de atenção à saúde e envelhecimento: o desafio do viver mais
51
Jussiara B. de Oliveira, Luciana A. dos Reis e Luzia W. S. Oliveira
C Nível hierárquico 1
Acolhimento, cadastramento, triagem rápida (identificação rápida do
perfil de risco - organizador de prioridade), informações dos serviços
A • Porta de entrada no sistema oferecidos, bonificações, explicações sobre a importância da
promoção e prevenção de saúde (adesão ao plano de cuidados).
• Acolhimento e
Encaminhamento para o nível 2 do modelo
P cadastramento
Nível hierárquico 7
•Hospice ou cuidados
paliativos na fase
terminal
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Modelo de atenção à saúde e envelhecimento: o desafio do viver mais
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Jussiara B. de Oliveira, Luciana A. dos Reis e Luzia W. S. Oliveira
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Modelo de atenção à saúde e envelhecimento: o desafio do viver mais
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Jussiara B. de Oliveira, Luciana A. dos Reis e Luzia W. S. Oliveira
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Jussiara B. de Oliveira, Luciana A. dos Reis e Luzia W. S. Oliveira
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Jussiara B. de Oliveira, Luciana A. dos Reis e Luzia W. S. Oliveira
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Modelo de atenção à saúde e envelhecimento: o desafio do viver mais
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Jussiara B. de Oliveira, Luciana A. dos Reis e Luzia W. S. Oliveira
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Modelo de atenção à saúde e envelhecimento: o desafio do viver mais
Considerações finais
O envelhecimento é um fenômeno que nos impõe inúmeros
desafios. Na saúde, indubitavelmente, a organização de um
modelo de atenção que combine tecnologias para atender as
especificidades do processo viver-envelhecer humano é algo que
deve ocupar a pauta nas discussões entre gestores, pesquisadores e
trabalhadores de saúde.
Nesse cenário, as possibilidades são ilimitadas pois dependerão
das peculiaridades de cada território, da disputa de modelos e
interesses, principalmente na mudança da lógica de organização dos
serviços. O viver mais deve priorizar a qualidade de um sistema de
saúde que responda às necessidades desse quadro demográfico,
epidemiológico e social. Para tanto, vários estudos têm construído
algumas possibilidades, como o Projeto de Hierarquização da
Atenção ao Idoso com Base na complexidade dos Cuidados da
Unati-Uerj, apresentado nesse capítulo, que poderão ser adaptadas
para a realidade de cada município. O importante é o envolvimento
e compromisso de todos os atores envolvidos na implementação da
PNSPI, e o imperativo é mover-se.
Quando particularizamos a questão para a população mais
idosa, com todas as nuances da fragilidade e perda de autonomia,
percebemos as fragilidades estruturais no sistema e, ainda mais,
dos profissionais de saúde. A luta é permanecer empreendendo
esforços em investigações de práticas bem-sucedidas, que poderão
modificar realidades, para que possamos vivenciar uma atenção
integral e humanizada para todo brasileiro idoso e, ao mesmo
tempo, implementar ações de prevenção e promoção que resultem
em um envelhecimento saudável.
67
Jussiara B. de Oliveira, Luciana A. dos Reis e Luzia W. S. Oliveira
Referências
BRASIL. Constituição Federal. 1988.
______. Lei nº 8080. 1990
______. Lei nº 81142. 1990.
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da
pessoa idosa. Cadernos da Atenção Básica,
Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa. Brasília:
Ministério da Saúde, n.19, 92p. 2006.
______. ______. Portaria GM nº 154. de 24 de janeiro de 2008.
Cria os Núcleos de Apoio à Saúde da Família - NASF..
______. _______. Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011.
Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a
revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção
Básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa
de Agentes Comunitários de Saúde (PACS).
CAMARANO, A. A.; MELLO, J. L. Cuidados de longa duração
no Brasil: o arcabouço legal e as ações governamentais. In:
CAMARANO, A. A. (Org.). Cuidados de longa duração
para a população idosa: um novo risco social a ser
assumido? Rio de Janeiro: IPEA, 2010. v. 1. p. 67-92.
COSTA, M. F. B. N. A.; CIOSAK, S. I. Atenção integral na saúde
do idoso no programa saúde da família: visão dos profissionais
de saúde. Revista da Escola Enfermagem da USP, v.44,
n.2, p. 437-44, 2010.
68
Modelo de atenção à saúde e envelhecimento: o desafio do viver mais
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Jussiara B. de Oliveira, Luciana A. dos Reis e Luzia W. S. Oliveira
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Modelo de atenção à saúde e envelhecimento: o desafio do viver mais
71
CAPÍTULO 4
Introdução
Nesse capítulo apresentaremos os resultados de uma discussão
realizada sobre a família e, em especial, sobre o suporte familiar e
a longevidade. A construção de reflexões sobre essas temáticas faz
parte do dia a dia de diversos estudiosos que vêm repensando as
maneiras pelas quais as famílias passam pelo processo de
transformação na contemporaneidade.
Nessa perspectiva, faz necessário refletir sobre como as
famílias estão encarando os desafios relacionados ao suporte
familiar, com base no aumento da expectativa de vida dos seus
membros, já que o envelhecimento é um processo natural e
contínuo, que se inicia a partir do nascimento e vai se estendendo
durante o tempo máximo de vida que as pessoas conseguem
alcançar. A velhice é uma fase da vida que precede o processo da
longevidade, em que, a partir das dificuldades na execução das
atividades da rotina, novas necessidades surgem, justificando a
relevância do suporte familiar.
72
Suporte familiar e longevidade: uma reflexão acerca das relações familiares
Família
Considerando a conjuntura da família na sociedade,
ressaltamos a sua diversificação de conceito, já que tem passado
por profundas transformações, de maneira interna, e externa,
principalmente no que diz respeito a sua composição, as relações
estabelecidas entre os membros, e os princípios de sociabilidade
que sinalizam a concepção de um caráter dinâmico e
multifacetado.
De acordo com Crisafulli (2011, p.51), “a família não era
vista como um núcleo baseado no afeto, mas como conjunto de
pessoas ligadas pelas finalidades de procriação e perpetuação de
seus entes através das gerações futuras, dirigidas pela religião,
elemento na formação das diversas instituições”. Nesse sentido, ao
homem era dada a direção do núcleo familiar, desde
administração das pequenas questões até o suprimento das
necessidades básicas, e a sua vontade era a única que era levada
em consideração. Já à mulher, cabia-lhe apenas o papel de
procriar, cuidar dos afazeres do lar, auxiliar na educação dos filhos
e suprir as necessidades do homem. Com o passar dos anos, o
Estado passou a intervir nas relações humanas, realizou a
distribuição de direitos e deveres entre as pessoas, instituiu o
casamento, a fim de organizar os vínculos pessoais. Com base
nessas intervenções, a mulher passa a ter direitos iguais e a sua
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Jamília B. Gomes, Renato N. Chaves, Alessandra S. de Oliveira e Luciana A. dos Reis
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Suporte familiar e longevidade: uma reflexão acerca das relações familiares
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Jamília B. Gomes, Renato N. Chaves, Alessandra S. de Oliveira e Luciana A. dos Reis
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Suporte familiar e longevidade: uma reflexão acerca das relações familiares
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Jamília B. Gomes, Renato N. Chaves, Alessandra S. de Oliveira e Luciana A. dos Reis
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Suporte familiar e longevidade: uma reflexão acerca das relações familiares
Suporte familiar
Nos últimos anos, tem-se observado que o conceito de
suporte social, mais especificamente suporte familiar, tem sido
bastante utilizado no meio acadêmico, já que muitos estudos vêm
assinalando sua semelhança e até sua relação com a ampliação e
conservação de alguns aspectos psicológicos, como autoestima,
desenvolvimento de estratégias cognitivas e/ou comportamentais
para enfrentar situações adversas (coping), entre outros.
As pessoas que não possuem apoio familiar ou social têm a
probabilidade de enfrentar mais dificuldades diante das
adversidades, nesse sentido esse suporte produz efeitos positivos na
qualidade de vida daqueles que o recebem (ARAÚJO et al., 2012).
Considerando o exposto, se faz necessário problematizar acerca do
suporte familiar para explicar a relevância deste constructo,
principalmente durante a fase de envelhecimento e, com base nos
esclarecimentos, possibilitar uma reflexão a fim de incentivar a
independência e a autonomia das pessoas no processo de
envelhecimento.
“O suporte familiar pode ser considerado um dos mais
relevantes amortecedores do efeito de diversos estressores na vida
das pessoas, tornando-o fundamental nos estudos de resiliência
psicológica” (BAPTISTA, 2005, p. 11). Nesse sentido, ao refletir
sobre esse assunto durante o envelhecimento, se faz necessário
compreender como ele está, de fato, associado às respostas e
influências positivas na vida das pessoas, principalmente durante o
envelhecimento. O suporte familiar, até aqui abordado, também
pode ser considerado como um constructo multidimensional e de
complexa operacionalização, já que os estudos e a própria
literatura não apresentam uma definição padrão desse conceito.
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Jamília B. Gomes, Renato N. Chaves, Alessandra S. de Oliveira e Luciana A. dos Reis
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Suporte familiar e longevidade: uma reflexão acerca das relações familiares
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Jamília B. Gomes, Renato N. Chaves, Alessandra S. de Oliveira e Luciana A. dos Reis
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Suporte familiar e longevidade: uma reflexão acerca das relações familiares
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Suporte familiar e longevidade: uma reflexão acerca das relações familiares
Longevidade
Recentemente o IBGE (2015) divulgou o quadro de Mudança
Demográfica no Brasil no Início do Século XXI, com subsídios
para as projeções da população em cada distrito demográfico, e
esses dados nos mostram que houve um ganho na expectativa de
vida do brasileiro num período de dez anos, entre 2000 e
2010Recentemente o IBGE (2015) divulgou o quadro de
Mudança Demográfica no Brasil no Início do Século XXI com
subsídios para as projeções da população cada distrito , e esses
dados nos mostram que houve um ganho na expectativa de vida
do brasileiro num período de anos, entre 2000 e 2010.
Para entender melhor, vamos escolher a cidade do país que
mais se destacou, em Santa Catarina, onde a expectativa de vida
saltou de 72,1 anos, em 2000, para 76,9 anos, considerando
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Suporte familiar e longevidade: uma reflexão acerca das relações familiares
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Suporte familiar e longevidade: uma reflexão acerca das relações familiares
Considerações finais
Buscou-se realizar uma discussão sobre família, suporte
familiar, longevidade, e a relação entre longevidade e o suporte
familiar, pois acreditamos que, com base na exposição realizada ao
longo do presente capítulo e de posteriores estudos, pode-se traçar
melhores intervenções para os idosos, bem como para suas
famílias. Nessa sequência, alguns aspectos merecem ser lembrados:
93
Jamília B. Gomes, Renato N. Chaves, Alessandra S. de Oliveira e Luciana A. dos Reis
94
Suporte familiar e longevidade: uma reflexão acerca das relações familiares
Referências
AGUIAR, J. E. A experiência da corresidência para
idosas em família intergeracional. 2007. p. 106.
Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Universidade
Estadual do Paraná (UEP), Curitiba, 2007.
ANGELO, M.; BOUSSO, R. S. Fundamentos da assistência à
família em saúde. In: BRASIL. Ministério da Saúde.
Instituto para o Desenvolvimento da Saúde. Universidade
de São Paulo. Manual de enfermagem. Brasília: MS,
2001.
AQUINO, R. R.; BAPTISTA, M. N.; SOUZA, M. S. Relação
entre Percepção de Suporte Familiar e Vulnerabilidade ao
Estresse no Trabalho. Revista Psicologia e Saúde, v.3,
n. 2, p. 30-38, 2011.
ARAUJO, C. K.; CARDOSO, C. M. C.; MOREIRA, P. E.;
WEGNER, E.; AREOSA, S. V. C. Vínculos Familiares e
Sociais nas Relações dos Idosos. Revista Jovens
Pesquisadores, v. 1, p. 97-107, 2012.
BATISTA, M. N. Desenvolvimento do Inventário de
Percepção de Suporte Familiar (IPSF): estudos
psicométricos preliminares. Revista Psico-USF, v.10, n.1,
p.11-19, 2005.
BAPTISTA, M. N.; OLIVEIRA, A. A. Sintomatologia de
depressão e suporte familiar em adolescentes: um estudo de
correlação. Revista Brasileira de Crescimento e
Desenvolvimento Humano, v.14, n.3, p.58-67, 2004.
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Suporte familiar e longevidade: uma reflexão acerca das relações familiares
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Jamília B. Gomes, Renato N. Chaves, Alessandra S. de Oliveira e Luciana A. dos Reis
100
CAPÍTULO 5
Introdução
101
Luana A. dos Reis, Elaine S. Santana, Alessandra S. de Oliveira e Luciana A. dos Reis
102
Suporte social e longevidade: reflexões acerca das definições, tipos, redes de apoio e implicações
103
Luana A. dos Reis, Elaine S. Santana, Alessandra S. de Oliveira e Luciana A. dos Reis
104
Suporte social e longevidade: reflexões acerca das definições, tipos, redes de apoio e implicações
105
Luana A. dos Reis, Elaine S. Santana, Alessandra S. de Oliveira e Luciana A. dos Reis
106
Suporte social e longevidade: reflexões acerca das definições, tipos, redes de apoio e implicações
107
Luana A. dos Reis, Elaine S. Santana, Alessandra S. de Oliveira e Luciana A. dos Reis
108
Suporte social e longevidade: reflexões acerca das definições, tipos, redes de apoio e implicações
109
Luana A. dos Reis, Elaine S. Santana, Alessandra S. de Oliveira e Luciana A. dos Reis
110
Suporte social e longevidade: reflexões acerca das definições, tipos, redes de apoio e implicações
111
Luana A. dos Reis, Elaine S. Santana, Alessandra S. de Oliveira e Luciana A. dos Reis
112
Suporte social e longevidade: reflexões acerca das definições, tipos, redes de apoio e implicações
113
Luana A. dos Reis, Elaine S. Santana, Alessandra S. de Oliveira e Luciana A. dos Reis
114
Suporte social e longevidade: reflexões acerca das definições, tipos, redes de apoio e implicações
115
Luana A. dos Reis, Elaine S. Santana, Alessandra S. de Oliveira e Luciana A. dos Reis
116
Suporte social e longevidade: reflexões acerca das definições, tipos, redes de apoio e implicações
117
Luana A. dos Reis, Elaine S. Santana, Alessandra S. de Oliveira e Luciana A. dos Reis
118
Suporte social e longevidade: reflexões acerca das definições, tipos, redes de apoio e implicações
1- O s u p o r t e s o c i a l p r o t e g e c o n t r a a s
perturbações induzidas pelo stress – Agrupa uma
versão forte e uma versão fraca. A primeira afirma que esta
variável impede que o stress afete negativamente o indivíduo,
ao passo que a fraca afirma que o stress afeta toda a gente,
mas que na existência de suporte social esse efeito é
reduzido. O suporte social é visto como mediador ou
moderador do stress;
2- A não existência de suporte social é fonte de stress
– Considera que a falta de suporte social é, por si só,
geradora de stress;
3- A perda de suporte social é um estressor –
Considera que, se tem suporte social e o perde, o stress surge;
4- O suporte social é benéfico – É uma perspectiva, de
certo modo, oposta às anteriores, pois considera que o
suporte social torna as pessoas mais fortes e com melhores
condições para enfrentar as vicissitudes da vida, ou seja, que
o suporte social é um recurso, quer perante, quer na
ausência, de fontes de stress.
119
Luana A. dos Reis, Elaine S. Santana, Alessandra S. de Oliveira e Luciana A. dos Reis
120
Suporte social e longevidade: reflexões acerca das definições, tipos, redes de apoio e implicações
Considerações finais
Pode-se supor que o idoso que conta com uma rede de apoio
social tende a ser mais socialmente competente, além de possuir
níveis mais elevados de qualidade de vida do que aquele que
interage apenas com o seu grupo familiar e com alguns amigos.
Por outro lado, idosos saudáveis que não possuem uma boa rede
de suporte social podem apresentar deficiências em habilidades
sociais, além de baixa qualidade de vida e, consequentemente,
níveis mais elevados de comprometimento das condições de saúde.
O envelhecimento satisfatório é dependente do equilíbrio entre
as limitações e as potencialidades do indivíduo, e essa etapa da vida
pode ser auxiliada pelas redes sociais de apoio. A rede de apoio
social, associada a outras, podem auxiliar na resiliência do idoso. A
tríade da força psicológica da resiliência é composta por: fatores
individuais, fatores familiares e fatores de suporte. Esses três polos de
proteção favorecem a resiliência porque melhoram a autoestima e a
autoeficácia, e abrem novas possibilidades para o sujeito.
Um suporte social adequado, tanto macro (políticas públicas),
quanto no núcleo familiar, devem ser estruturados e viabilizados
para suprir as necessidades dos idosos e para melhorar a sua
qualidade de vida. A presença de redes de apoio, suporte
financeiro digno e transporte de qualidade são alguns elementos
necessários à construção de uma melhor condição de vida.
121
Luana A. dos Reis, Elaine S. Santana, Alessandra S. de Oliveira e Luciana A. dos Reis
Referências
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122
Suporte social e longevidade: reflexões acerca das definições, tipos, redes de apoio e implicações
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Luana A. dos Reis, Elaine S. Santana, Alessandra S. de Oliveira e Luciana A. dos Reis
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CAPÍTULO 6
Introdução
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Relações de cuidado entre familiares cuidadores e idosos com dependência funcional
O envelhecimento populacional
Os avanços científicos e tecnológicos, como o incremento de
exames diagnósticos e a descoberta de medicamentos mais
eficazes, tiveram forte influência nesse prolongamento da vida.
Entretanto, o estilo de vida, o ambiente e a herança genética
também têm participação decisiva no envelhecimento humano.
Vive-se hoje um fenômeno em escala mundial, o qual, por um
lado, representa um triunfo da ciência, e, por outro, uma
preocupação e um desafio social, pois o aumento da expectativa
de vida resultou na longevidade do ser humano, que veio
acompanhada das implicações quando essa se amplia.
O envelhecimento é um estado próprio do ser humano idoso
que apresenta especificidades socioeconômicas, culturais,
ambientais, individuais ou coletivas, segundo épocas e lugares, e
apresenta-se em cada ser humano de modo singular e único
(BRASIL, 2006a; MARTINS et al., 2007; MACHADO, 2007;
ALENCAR; CARVALHO, 2009; ALVES; VIANNA, 2010).
No Brasil, para fins de levantamentos demográficos,
considera-se como idoso aquele indivíduo com idade a partir de
60 anos, corte definido pela Organização Mundial da Saúde
(OMS) e posteriormente pelo Estatuto do Idoso (BRASIL, 2003;
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Considerações finais
Compreendemos que a memória tem papel fundamental na
constituição da função do cuidador familiar, pois permite a
rememoração de aprendizados, vivências e experiências em
relação às práticas do cuidado com o outro no contexto familiar.
A memória de cada indivíduo da família irá contribuir para a
implementação de ações cuidativas para com o idoso dependente.
Logo, as formas de cuidar dependerão das práticas, costumes,
conhecimentos adquiridos no contexto familiar. A valorização do
indivíduo, o cuidar com carinho, afeto, dedicação, dependerá das
lembranças de vivências e experiências familiares guardadas na
memória.
153
Valeria Alves da Silva Nery e Luciana Araújo dos Reis
154
Relações de cuidado entre familiares cuidadores e idosos com dependência funcional
Referências
ALENCAR, M. S. S.; CARVALHO, C. M. R. G. O
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CAPÍTULO 7
RELIGIOSIDADE E ESPIRITUALIDADE NA
LONGEVIDADE
Luana Araújo dos Reis
Gabriela Requião Vaz de Almeida
Luciana Araújo dos Reis
Introdução
Nas últimas décadas, o Brasil tem vivenciado intenso processo
de transição demográfica, com população de características jovens
passando para mais envelhecidas (VERAS, 2012). O último censo
demográfico aponta que o país possui um total de 205.655.993
milhões de pessoas, sendo que 23,5 milhões dos brasileiros têm mais
de 60 anos, o que corresponde a 12,5% da população (IBGE, 2015).
Para 2050, a projeção gira em torno de 64 milhões de pessoas
acima de 60 anos, correspondendo a 30% da população (IBGE,
2015). Além disso, registra-se que enquanto a taxa média
geométrica de crescimento anual da população idosa (60 e mais
anos) gira em torno de 3,3%, no estrato de idosos mais idosos (80
e mais anos), essa taxa chega aos 5,4%, uma das mais altas do
mundo (CAMARANO, 2010).
O rápido crescimento desse segmento da população exige
revisão de políticas de saúde, que devem se basear na promoção do
envelhecimento ativo e saudável, na prevenção de agravos ao longo
de todo o ciclo da vida e na atenção às necessidades específicas
dessa população, visto que o processo de envelhecimento envolve
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Considerações finais
A religiosidade e a espiritualidade apontadas por diversos
estudos enquanto estratégias de enfrentamento de problemas de
saúde, sociais e familiares, requer dos profissionais da área de
saúde aprofundamento técnico-científico a fim de assegurar à
pessoa idosa longeva um cuidado diferenciado, que além de
atender às demandas de saúde possibilitem a manutenção da
autonomia durante os anos adicionais de vida, garantindo-lhes
uma velhice com qualidade.
Assim, recomenda-se a inserção das temáticas
religiosidade e espiritualidade nos currículos de formação
profissional em saúde, tendo em vista a influência, positiva ou
negativa, dos aspectos religiosos e espirituais no processo
saúde-doença, bem como na forma de viver e significar o
envelhecimento quer seja através do bem-estar cotidiano ou do
alcance da longevidade.
Ademais, sugere-se a realização de novas pesquisas científicas
nos campos da saúde e das ciências sociais e humanas, que abordem
a influencia da religiosidade e espiritualidade na longevidade,
colaborando para que haja uma significativa ampliação da
compreensão deste fenômeno a nível nacional e internacional, e,
com isso, o atendimento das especificidades deste grupo etário possa
ser realizado através do cuidado integral e humanizado.
Referências
ALVES, D. A.; SILVA, L. G.; DELMONDES, G. A.; LEMOS, I.
C. S.; KERNTOPF, M. R.; ALBUQUERQUE, G. A.
Cuidador de criança com câncer: religiosidade e
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Luana Araújo dos Reis, Gabriela Requião Vaz de Almeida e Luciana Araújo dos Reis
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Luana Araújo dos Reis, Gabriela Requião Vaz de Almeida e Luciana Araújo dos Reis
174
Religiosidade e espiritualidade na longevidade
http://www.scielo.br/rbgg/v17n4/1809-9823-rbgg-17-04-007
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demandas, desafios e inovações. Rev Saude Pública. v.43,
n.3, p.548-54, 2009.
VERAS, R. Prevenção de doenças em idosos: os equívocos dos atuais
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Enferm USP. v.47, n.2, p.433-9, 2013.
175
CAPÍTULO 8
Introdução
Os estudos em relação à velhice e ao processo de
envelhecimento têm despertado cada vez mais interesse de
maneira pluridisciplinar, principalmente por causa do acelerado
processo de envelhecimento populacional que vem ocorrendo em
vários países, entre eles o Brasil.
No contexto brasileiro ocorreu a ampliação da participação
da população com 60 anos ou mais e dentro desse grupo houve o
aumento da população “mais idosa”, ou seja, pessoas com 80
anos ou mais, produzindo uma heterogeneidade no segmento
populacional chamado “idoso”. Assim, pode-se dizer que a
população considerada idosa também está envelhecendo
(CAMARANO, 2010) e novos paradigmas para a senescência e
para o processo de envelhecimento estão se desenvolvendo.
Atrelado ao processo de envelhecimento da população, o
debate sobre a deficiência também tem ocupado espaço na área
da saúde e nas políticas públicas, entre outras áreas, uma vez que
a incidência das doenças crônico-degenerativas aumenta com a
idade e estas podem trazer como consequência algum tipo de
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Contexto e memórias do envelhecer com deficiência física
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Tatiane Dias Casimiro Valença e Luciana Araújo dos Reis
(2002): “Viver, para Contar” (a vida), que serve para todos nós.
Viver algo notável gera a necessidade de contar e tudo o que nos
acontece é notável porque nos concerne. Talvez se possa dizer,
parafraseando Márquez, que se nos lembramos é para poder
contar (BOSI, 2003). O falar aproxima as pessoas e as coloca
num campo de significados comuns.
Corroborando, Arendt (2000) declara que os legados de
uma geração podem ser transmitidos às gerações seguintes por
meio da palavra. Por meio de suas “histórias”, pouco expostas, as
pessoas idosas com deficiência podem se inscrever socialmente e
assim evidenciarem personalidade política, atuação social,
cultural e econômica (MEIHY; HOLANDA, 2013). Com base
nos relatos e situações de pessoas idosas com deficiência física
pode vir à tona uma problemática pouco visível, convocando a
discussão e a produção do saber e fazer na política pública
(MEIHY; HOLANDA, 2013). Para Bosi (2003, p. 69): “Uma
história de vida não é feita para ser arquivada ou guardada
numa gaveta como coisa, mas existe para transformar a cidade
onde ela floresceu.” A história de vida narrada pela pessoa idosa
com deficiência física não é apenas o recolhimento do
testemunho pessoal, ela pode ser uma maneira de resgatar as
camadas da população discriminadas e excluídas da sociedade.
Assim, pensando tanto na necessidade da apropriação da
própria história, quanto na função social da transmissão da
história da qual o sujeito é portador, torna-se necessário criar
situações nas quais essas experiências vividas sejam relembradas,
ressignificadas e contadas, ainda que os espaços para essas
atividades estejam restritos. Ao idoso poucas vezes lhe é
oferecida a oportunidade de compartilhar suas experiências de
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Contexto e memórias do envelhecer com deficiência física
Considerações finais
A população idosa está aumentando a cada dia e traz
consigo o aumento de pessoas com deficiência física, seja por
causa do processo natural do envelhecimento ou pelas
consequências dos agravos de saúde que acometem, em maior
proporção, essa faixa etária. Diante disso, a visão do envelhecer
com deficiência necessita tomar outros rumos, passando a ser
compreendida na totalidade da vida do seu portador,
considerando não somente o aspecto cronológico e físico, mas
outros aspectos, como a dimensão subjetiva e os variados
contextos socioculturais.
Assim, ir ao encontro das memórias e narrativas de vida dos
idosos com deficiência física é uma maneira de dar voz a essa
parcela da população que, geralmente, é estigmatizada e
excluída por parte da sociedade. As experiências e os sentidos
atribuídos ao envelhecer com deficiência física podem ser
disponibilizados ou socializados, servindo como fonte de
informações para os profissionais, como os da área de saúde,
para uma maior compreensão e desenvolvimento de ações de
prevenção e cuidado à saúde dessa parcela da população; para a
família no apoio e ajuda nos embates da vida cotidiana; para
outras pessoas que estão passando pelo mesmo problema,
servindo como um exemplo e incentivo para lutar e vencer os
obstáculos; e para a sociedade em geral, que deve se
conscientizar que esses indivíduos são pessoas capazes, apesar de
suas limitações.
201
Tatiane Dias Casimiro Valença e Luciana Araújo dos Reis
Referências
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imaginário coletivo, pela voz da literatura infanto-juvenil.
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202
Contexto e memórias do envelhecer com deficiência física
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CAPÍTULO 9
Introdução
A tualmente, grandes transformações no cenário mundial têm
sido observadas. Uma das características mais marcantes da
sociedade no século XXI é o aumento progressivo da população
idosa e o avanço cada vez mais intenso das tecnologias. O uso
dessas novas tecnologias vem adquirindo importância cada vez
maior em diferentes segmentos da sociedade, especialmente
aquelas implementadas para atender aos idosos fragilizados e
dependentes, que têm a necessidade de manter sua capacidade
funcional, autonomia e qualidade de vida.
Assim como o crescente avanço da tecnologia e da utilização
da internet, diversas pesquisas realizadas atualmente apontam
para um crescimento inquestionável da população idosa, não só
no Brasil, mas também no mundo. Segundo a Organização das
Nações Unidas (ONU, 2009), o período de 1975 a 2025 foi
considerado como a “Era do envelhecimento” da população
humana, por causa do aumento do número de idosos no mundo.
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Maykon S. Marinho, Luana A. dos Reis, Pollyanna V. Lima e Luciana A. dos Reis
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Avanços tecnológicos e seu alcance em idosos vulneráveis
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Envelhecimento e vulnerabilidade
O processo de envelhecimento envolve um conjunto de processos
biológicos, psicológicos e sociais que podem tornar os idosos mais
vulneráveis. Os idosos passam pelo processo de senescência, tido
como modificações características do envelhecimento, e também à
senilidade, que ocorre por causa dos processos mórbidos que podem
acometer os idosos, ou seja, os idosos podem ser considerados um
grupo vulnerável por sua própria condição, resultante de seu ciclo
vital. Desse modo, a utilização do conceito de vulnerabilidade
possibilita a proposição de uma reconstrução ampliada e reflexiva das
práticas em saúde relacionadas à promoção e proteção da saúde do
idoso (MAIA, 2011).
O termo vulnerabilidade vem do latim vulnerare (ferir) e
vulnerabilis (que causa lesão). Assim, pode ser definido como
susceptibilidade de ser ferido, atacado, prejudicado ou sofrer
danos em resposta a um estímulo. Com isso, todo ser humano
estaria vulnerável (NEVES, 2007). De acordo com Rodrigues e
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Avanços tecnológicos e seu alcance em idosos vulneráveis
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Avanços tecnológicos e seu alcance em idosos vulneráveis
Considerações finais
Sabendo que a população idosa tende a aumentar
significativamente, segundo projeções do IBGE, e que essas pessoas
têm a probabilidade de desenvolver alguma doença crônica ao
longo da vida, é preciso desenvolver e oportunizar formas
alternativas de acesso às novas tecnologias para esse público. A TA
surge com esta característica, de respeitar as limitações que
porventura o idoso venha desenvolver, e oferecer uma possível
solução para os problemas encontrados pela terceira idade. Assim a
TA deve ser, então, entendida como um auxílio que promoverá a
ampliação de uma habilidade funcional deficitária ou possibilitará a
realização da função desejada àqueles que se encontram impedidos
por circunstâncias vulneráveis do envelhecimento.
Em suma, os profissionais da área, ao desenvolverem novas
tecnologias apropriadas para os idosos estão, de certa forma,
criando algo que poderão usufruir no futuro, pois os jovens de hoje
são os idosos de amanhã. Os avanços tecnológicos podem trazer
229
Maykon S. Marinho, Luana A. dos Reis, Pollyanna V. Lima e Luciana A. dos Reis
Referências
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230
Avanços tecnológicos e seu alcance em idosos vulneráveis
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Maykon S. Marinho, Luana A. dos Reis, Pollyanna V. Lima e Luciana A. dos Reis
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236
C A P Í T U L O 10
Introdução
Nos últimos anos, tem-se observado o aumento do
envelhecimento populacional concomitante com o avanço do
número de doenças crônicas associadas, o que resulta em grandes
perdas funcionais e restrições na execução de atividades diárias e
um alto nível de dependência por parte dos idosos, o que constitui
importante problema de saúde pública (HANSEN et al., 2011).
Este processo de transição demográfica e epidemiológica,
associado ao aumento da expectativa de vida, tem impulsionado o
surgimento de temáticas na área da gerontologia e a necessidade
de discuti-las por meio do desenvolvimento de habilidades e
competências para atender às novas demandas. Esses assuntos
estão relacionados não só à área da saúde, mas também a diversas
outras áreas, como a educação e a previdência social, exigindo,
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Metodologias de ensino
Atualmente, existe um reconhecimento referente à
necessidade de alterações na educação de profissionais de saúde,
com o qual as IES têm sido estimuladas a se modificarem em
direção a um ensino que, entre outros atributos, estimule a
equidade e a qualidade da assistência e eficiência do trabalho em
saúde. Essa mudança educacional se traduz em inúmeros desafios,
entre os quais destaca-se o rompimento com estruturas
cristalizadas e modelos de ensino tradicional, bem como a
formação de profissionais de saúde com competências que lhes
permitam recuperar a dimensão essencial do cuidado: a relação
entre humanos (CYRINO; TORALLES-PEREIRA, 2004).
Discutir o processo educacional no mundo contemporâneo
resgata a necessidade de romper com a postura de transmissão de
informações, em que os alunos assumem a postura de indivíduos
passivos (VENTURELLI, 1997). Paulo Freire (1975) ressalta a
necessidade de conceber a educação como prática de liberdade,
em oposição a uma educação como prática de dominação. Ainda
completa que a educação não pode ser contextualizada como uma
prática de depósito de conteúdos alicerçada numa concepção de
homens como seres vazios, mas de problematização dos homens
em suas relações com o mundo ao seu redor. Assim, a educação
com enfoque problematizador fundamenta-se na relação dialógica
entre educador e educando, despertando a capacidade deste,
como participante e agente de transformação social, de detectar os
problemas e buscar soluções. Assim, permite a ambos o
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Considerações finais
Diante do que foi discutido, propõe-se um maior diálogo entre
professores, profissionais de saúde e estudantes que tenham a
inquietação de discutir e contribuir com proposições e alternativas
de enfrentamento dos desafios advindos do processo de
envelhecimento populacional.
A interdisciplinaridade, intrínseca ao processo de produção e
aplicação do conhecimento em Gerontologia, é um tema bastante
discutido e "teorizado", porém, na prática o que ocorre são
estudantes que não se sentem preparados para a vida profissional
às vésperas da finalização do curso por causa da fragmentação do
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Referências
AGUILAR-DA-SILVA, R. H. et al. Abordagens pedagógicas e
tendências de mudanças nas escolas médicas. Rev. Bras Educ
Med, v. 33, n. 1, p. 53-62, 2009.
______; SCAPIN, L. T.; BATISTA, N. A. Avaliação da formação
interprofissional no ensino superior em saúde: aspectos da
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