Projeto de Intervenção Pedagógica Nos Anos Iniciais

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Projeto de Intervenção Pedagógica nos Anos

Iniciais
Tema: Alfabetização e Letramento – Leitura, Escrita e Interpretação de
Textos.
Justificativa
Diante de um diagnóstico feito na escola, observamos algumas
dificuldades nos alunos do 1º ao 5º ano, dentre elas: leitura, escrita e
interpretação de textos, e fez-se necessário a elaboração desse projeto que
visa desenvolver uma maior aprendizagem na alfabetização e no
letramento de maneira significativa e lúdica.

Serão trabalhadas atividades com a participação de todos os alunos no


processo de ensino e aprendizagem, com métodos lúdicos e recursos
audiovisuais para que o ensino se torne mais eficaz. O letramento que
compreende o domínio da leitura e da escrita como contato com o mundo,
é o foco central desse projeto.

Tendo em vista os resultados do diagnóstico das turmas, que foi a primeira


etapa do projeto, foi definido um plano de trabalho com as metas gerais a
serem desenvolvidas durante as próximas etapas. Foram definidas também
ações e atividades tendo por base as competências necessárias e que
deveriam ser garantidas no processo inicial de alfabetização e letramento.

Ao trabalhar a construção dessas competências, acreditar-se-á que cada


aluno será capaz, ao longo do desenvolvimento do trabalho, de identificar
os diferentes portadores de textos bem como seus usos sociais. Esse
projeto será mais um passo dado em prol do aluno, evitando
principalmente que ele perca o estímulo na sala de aula.

Dessa forma, acredita-se que haverá uma melhora substancial nas


produções de textos e, conseqüentemente, melhor resultados nos estudos,
de modo geral.

Situação problema
Viver num ambiente letrado, onde são cultivadas e exercidas práticas
sociais relativas à leitura e à escrita, permite à criança desenvolver
conceitos e competências funcionais relacionados à escrita, assim como
garantir que as crianças efetivamente aprendam a ler e escrever assim que
entram na escola é o objetivo de todo alfabetizador, no entanto isso se
tornou um grande desafio.

Dessa forma, quais questionamentos a trabalhar:

 Por que muitos de nossos alunos passam pelo Pré-escolar e vão do


1º ao 5º ano sem aprender a ler e escrever?
 De que forma a leitura, a escrita e a produção de textos terá
significado para o aluno?
 Como intervir no processo ensino-aprendizagem?
 Que estratégias fará o aluno ler, escrever e produzir um texto
satisfatoriamente?

Duração do Projeto
9 meses ou até que todas as etapas sejam concluídas com êxito.

Público Alvo
Alunos do 1º ao 5º ano.

Objetivo Geral
Contribuir no processo de alfabetização e letramento dos alunos através de
atividades lúdicas, que alimentem o imaginário infantil e contribuam para
o desenvolvimento da leitura e escrita;

Objetivos Específicos

 Adquirir competência na leitura e escrita;


 Conhecer alguns portadores de texto;
 Escrever ortograficamente correto;
 Saber interpretar vários tipos de texto;
 Reconhecer o jogo como ferramenta didática imprescindível no
processo ensino aprendizagem;
 Planejar atividades lúdicas voltadas para o domínio do sistema
alfabético, leitura e produções de textos.

Embasamento Teórico
Desde os primórdios da civilização o homem busca habilidades que lhe
tornem mais útil a vida em sociedade e que lhe possam tornar mais feliz. A
criação de mecanismos que possibilitassem a disseminação de seu
conhecimento tornava-se um imperativo de saber/poder, que ensejava
respeito e admiração pelos companheiros de tribo.
Daí o surgimento das inscrições rupestres, simbologia, posteriormente e
num estágio mais avançado das civilizações, os hieróglifos e as esculturas
que denotavam sua própria e mais nobre conquista: a conquista de ser.
Nesse contexto surge a escrita e a leitura como imanentes à própria
história da civilização.

A criação dessa disponibilidade, que chamamos escrita e leitura, cria


outras disponibilidades, pois ela é a básica, dela provém as demais. Através
da leitura e da escrita o homem conseguiu estreitar os laços de afetividade
com seus semelhantes, harmonizar os interesses, resolver os seus conflitos
e se organizar num estágio atual da civilização, com a abstração a que
nominamos “Estado”. O homem se organizou politicamente.

Mas voltando-nos ao campo do conhecimento humano, que é o que por


ora nos interessa, o mito poético que sempre embalou o homem, a fantasia
dos deuses, descortinaram as portas do saber, originando a busca da
informação, do saber humano, do seu prazer.

Com o desenvolvimento da linguagem, a força das mensagens humanas


aperfeiçoou-se a tal ponto ser imprescindível à sua própria existência. A
busca do conhecimento tornou-se imperativa para novas conquistas e para
o estabelecimento do homem como ser social, como centro de
convergência de todos os outros interesses.

Na busca desse conhecimento, que se perpetua ao longo da história da


civilização, percebe-se que quanto mais cedo o homem iniciar, mais cedo
germinará bons resultados. Ou seja, a infância como uma fase especial de
evolução e formação do ser, deve despertar-lhe para este mundo, o mundo
da simbologia, o mundo da leitura.

No dizer de Bárbara Vasconcelos de Carvalho:

“O conto infantil é uma chave mágica que abre as portas da inteligência e


da sensibilidade da criança, para sua formação integral. O que fez Andersen
o grande escritor universal e imortal foram as estórias ouvidas quando
criança.”
Por outras palavras, a imaginação humana é imperiosa para a construção
do conhecimento, e conhecimento também é arte, daí a importância da
Educação Infantil para enriquecer essa imaginação da criança, oferecendo-
lhe condições de liberação saudável, ensinando-lhe a libertar-se no plano
metafísico, pelo espírito, levando-a a usar o raciocínio e a cultivar a
liberdade e o hábito da leitura.

Nessa caminhada na construção do conhecimento humano, não é de se


olvidar a relatividade da importância dos livros didáticos, muitas vezes o
único acesso disponível para a maioria do público infantil, sobre o que
passaremos a discorrer nas próximas linhas.

No que se refere à Escola e aos objetivos da leitura ou ao “Para que ler na


escola?”, pode-se afirmar que ainda não existe nos currículos conhecidos e
analisados, uma concretização de um pressuposto geral básico, qual seja, o
da articulação entre a função social da leitura e o papel da escola na
formação do leitor. Se dimensionarmos essa função social como sendo a
necessidade do conhecimento e a apropriação de bens culturais, a leitura
funciona, em certa medida, um meio e não um fim em si mesma. Daí a
importância do papel da escola em relação à leitura, que é o de oferecer
aos alunos mecanismos e situações em que eles “aprendam a ler e, lendo,
aprendam algo”.

Oportuna a citação:

“ A escola precisa ser um espaço mais amplamente aberto a todos os


aspectos culturais do povo, e ir além do ensinar a ler e a fazer as quatro
operações. Precisa investir em bons livros, considerando que a cultura de
um povo se fortalece muito pelo prazer da leitura; e a escola representa a
única oportunidade de ler que muitas crianças têm. É necessário propiciar
nas salas de aula e na biblioteca a dinamização da cultura viva,
diversificada e criativa, que representa o conjunto de formas de pensar,
agir e sentir do povo brasileiro.” (BRAGA,1985,P.7)
O conceito básico de leitura, nesse contexto, passa ser então a “produção
de sentido”. Essa produção de sentido, por conseguinte, é determinada
pelas condições socioculturais do leitor, com os seus objetivos, seus
conhecimentos de mundo e de língua, que lhe possibilitarão a leitura.

Nesse sentido, a construção do conhecimento, segundo entendimento de


alguns autores como elemento principal, se efetivará pelo hábito da
leitura, uma vez inserida e enfatizada no contexto escolar. Afinal, é
principalmente através da leitura que os alunos poderão encontrar
respostas aos seus questionamentos, dúvidas e indagações, sobretudo no
que concerne aos caminhos por onde penetram na construção do seu
conhecimento, e não apenas vinculados e dependentes de uma
metodologia tradicional.

Para muitos adultos alfabetizados, a aquisição da escrita parece ser uma


tarefa simples. Uma vez dominada a sequência de letras, seu traçado e
nomeação, bastaria apenas o conhecimento do som que corresponde a
cada uma destas letras para que, depois, combinando-as, pudessem ser
formadas palavras e frases. A própria origem da palavra analfabeto, aquele
que não domina o alfa ou o beta, ou seja, aquele que não domina sequer as
duas primeiras letras do alfabeto, traz consigo esta ideia. Esta concepção,
que reduz a escrita a um mero código de transcrição gráfica, não resiste, no
entanto, a um exame mais detalhado, do ponto de vista psicológico. Sendo
a linguagem escrita um sistema simbólico, sua aprendizagem vai requerer
um aprendiz que reconstrua as relações entre as representações
fonológicas e as representações ortográficas da língua. Esta é uma tarefa
complexa. Dada a sua natureza social, as convenções da escrita não são
evidentes por si mesmas.

O processo inicial de aquisição da escrita está intimamente relacionado à


escolaridade, embora com ela não possa ser confundido. As práticas
sociais relativas à leitura e escrita transcendem não só os limites da escola
como, também, precedem a matrícula da criança no sistema formal de
ensino. Há mais de duas décadas, somam-se evidências acerca da natureza
gradual e dinâmica segundo a qual o processo de aquisição da língua
escrita ocorre. (Ehri, 1999; Ferreiro e Teberosky, 1985;   Read, 1986).

Segundo as reflexões expostas por CAGLIARI (1993) a escrita é algo que o


ser humano se envolve desde cedo em sua vida, e de acordo com o
contexto sócio – cultural que homem vive o aprendizado da escrita se
efetiva segundo determinados padrões, assim, a sociedade letrada que
vivemos exige o domínio da escrita e alguma atividades no cotidiano ela é
necessária, sendo que a escola é o local onde é mais expresso sua
presença.

Percurso Metodológico
Será utilizada a abordagem sócio-interacionista, permitindo que a criança
tenha oportunidade de construir sua aprendizagem com as intervenções
pertinentes. Portanto, será aplicada uma metodologia que favoreça o
desenvolvimento da criança nas diversas fases da alfabetização,
respeitando suas características individuais e necessidades pessoais.
Também serão valorizadas as diversas contribuições que os diferentes
métodos de alfabetização oferecem.
Através do resultado do diagnóstico das turmas foi definido um plano de
trabalho com metas a serem desenvolvidas no dia-a-dia na sala de aula.

Nos 1º anos os professores trabalharão reforço com aqueles alunos que


tem dificuldades com as letras do alfabeto.

Nos 2º anos haverá um reagrupamento, os alunos já alfabetizados ficarão


com uma professora, enquanto os não alfabetizados ficarão em outra sala
com outra professora, para que as mesmas possam fazer um trabalho mais
intensificado com os alunos, suprindo as reais necessidades dos mesmos.

Nos 3º, 4º e 5º anos, de certa forma, também haverá um reagrupamento, só


que apenas num período da aula (antes ou depois do recreio), assim os
alunos que estão com as mesmas dificuldades são alfabetizados por
monitores ou estagiários.

Estarão sendo desenvolvidas atividades diariamente na sala de aula com


materiais concretos como: alfabeto móvel, fantoches, jogos de rimas, jogos
de memória com escrita/desenho entre outros.
Empréstimos de livros, onde o aluno leva para casa e determina o dia de
entrega.

Piquenique da leitura, onde os alunos vão à Praça, à quadra de esportes ou


em outro lugar e levam lanches e livros de história infantis.
Estaremos trabalhando atividades diversificadas visando a participação de
todos os alunos no processo de ensino aprendizagem, priorizando a leitura
e a escrita.

Recursos
Livros literários e informativos, fantoches, malas de histórias, álbuns de
figurinhas, cartazes, desenhos, filmes, folders, gráficos, revistas de histórias
em quadrinhos, ilustrações, jornais, quadro de giz, revistas, televisão,
vários gêneros textuais, varal didático, etc.

Avaliação
A avaliação será diagnóstica e processual, para que o professor possa
rearticular sua prática de acordo com as necessidades da turma. Serão
observados os seguintes aspectos: participação, interesse, desempenho,
engajamento e colaboração.

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