EFAPE Atividades DiaD v10
EFAPE Atividades DiaD v10
EFAPE Atividades DiaD v10
Este material foi elaborado com o objetivo de fornecer as orientações necessárias para a realização das
atividades do Dia D, uma ação proposta pela Seduc-SP para conscientizar, promover discussões e refletir
sobre a da valorização da vida e a prevenção ao suicídio na escola em que você atua.
Cabe destacar que este material é um apoio, subsídio para o planejamento do Dia D na escola, mas também
poderá apoiar no planejamento de ações para outros dias, uma vez que os temas “Valorização da Vida” e
“Prevenção ao Suicídio” deverão ser trabalhados de forma contínua e articulados com o Currículo.
A escola tem toda autonomia para planejar e desenvolver esse dia atentando-se para a comunidade escolar,
sua realidade e necessidade. É imprescindível que toda a equipe escolar – gestores, funcionários,
professores e alunos, converse sobre o assunto “Prevenção ao Suicídio” ao longo das atividades propostas
para esse dia.
Observação: Caso na data de 10 de setembro, a escola não tenha aula por feriado municipal ou outro
motivo, a escola deve se organizar para que o Dia D aconteça tão logo as aulas sejam retomadas.
OUTRAS CONSIDERAÇÕES:
Diferentes educadores podem ficar responsáveis por momentos específicos da programação elaborada, mas
é importante que todos estejam alinhados e com orientações claras sobre como conduzir e acompanhar as
atividades.
A condução de cada atividade pressupõe que o educador:
Essas atividades podem ser organizadas de diversas maneiras na programação do Dia D. É importante
destacar que este material é apenas uma referência.
Além das sugestões apresentadas aqui, você também pode consultar o Manual Prevenção Também se Ensina
(FDE) – Versão on-line1, capítulo – E se fosse com você? Nele, as Atividades 1, 2 e 3 apresentam oficinas e
textos que podem ser adaptados para o tema e assuntos relacionados.
• Jogos de mesa – concentração, raciocínio lógico, respeito às regras e aos colegas (saber vencer
e saber perder/lidar com a frustração). Exemplos:
• Tabuleiro – xadrez, dama, jogos de percurso e outros.
• Oficina de confecção de jogos com materiais recicláveis. O professor deverá levantar o
conhecimento prévio dos estudantes a respeito desse tipo de jogo.
1
Disponível em: <https://www.fde.sp.gov.br/PagePublic/Interna.aspx?codigoMenu=183>. Acesso em: 05 set. 2019.
MUDE ALGO NA ESCOLA OU NA SALA DE AULA!
• Organize as carteiras em círculos e sente-se com os estudantes, dizendo que este é um dia
especial, quando a escola debate a valorização da vida de cada um e de todos.
• Explique que o mês de setembro é o mês de Prevenção ao Suicídio e de Valorização da Vida.
• Cole na lousa o símbolo do “Setembro Amarelo”.
• Escreva frases como “Você é importante para mim”, “Sua vida me importa”, “Eu me importo com
você”, “Sua vida é valiosa” e “Me interesso por sua vida”.
Abertura
Apresente a programação do dia e um vídeo, texto ou imagem que sensibilize os estudantes para o tema.
Sugestões:
• Elena http://www.elenafilme.com/mobilizacao-social/saude/
• Motivação https://www.youtube.com/watch?v=hMA-SQ9uMEI
Fechamento
Para fechar as atividades do dia, o grupo poderá assistir aa um dos vídeos:
• Setembro Amarelo - Jotha Rox (Videoclipe oficial)
https://www.youtube.com/watch?v=oiEYHX2AUCE
• Setembro Amarelo? | Quebrando a Caixa https://youtu.be/sWrdxRFfJdY
Em seguida, em um círculo e de mãos dadas, os estudantes ouvem do professor: “Uma escuta, uma palavra
amiga e um apoio podem salvar uma vida. Juntos somos mais fortes.”
Poderão fazer um minuto de silêncio e, depois, uma salva de palmas, com um abraço para finalizar.
SUGESTÕES DE JOGOS E SEUS OBJETIVOS
1. COMUNICAÇÃO
Objetivos:
• Permitir que os estudantes compartilhem seu modo de comunicar os sentimentos em diferentes
momentos.
• Que possam conhecer como os demais se expressam.
• Favorecer a ampliação da escuta.
Material necessário:
• Folhas de papel sulfite
• Canetas
Pergunte ao grupo: o que podemos fazer para escutar melhor quando um amigo ou colega está
comunicando uma dor?
Simbolicamente, a turma se abraça e juntos gritam: “Fica bem porque estou com você!”.
2
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=lfDleBTvT5Y>.
3. EXPERIÊNCIAS AFETIVAS RELACIONADAS À ALEGRIA. SUA EXPRESSÃO ORAL E GESTUAL.3
Objetivos:
• Detectar a capacidade inicial que os estudantes têm para tomar consciência de seus próprios
estados de ânimos.
• Evocar e expressar diferentes situações nas quais se tenha experimentado alegria.
• Usar a linguagem oral e gestual como instrumentos que ajudam a tomar a consciência das
• manifestações próprias à alegria e a comunicá-las.
• Descentrar-se do próprio ponto de vista e tomar consciência de que pessoas diferentes
manifestam um mesmo sentimento de diferentes maneiras.
Orientações:
a. O professor reúne os estudantes em roda e faz as seguintes perguntas disparadoras:
• Como se pode saber que alguém está alegre?
• Nota-se alegria no rosto? Você faz alguma coisa com o resto do corpo: com os braços,
com as mãos, com as pernas, com o tronco?
• Quais gestos uma pessoa costuma fazer quando está alegre?
• Por que às vezes estão alegres?
• Recordam-se da última vez em que se sentiram alegres?
• O que os fez sentir-se alegres?
• Quais situações os deixam de bom humor e os fazem ficar mais alegres?
b. Depois da conversa, o docente pode convidar os estudantes a escreverem um texto sobre como
a alegria pode estar presente na rotina da escola.
Fechamento
• Analisar a variedade das manifestações por meio das quais se pode expressar a alegria.
• Tomar consciência da existência das múltiplas causas que podem provocar a alegria.
• Diferenciar as causas e as manifestações de um sentimento.
Fechamento
• Analisar a variedade das manifestações por meio das quais se pode expressar a alegria.
• Tomar consciência da existência das múltiplas causas que podem provocar a alegria.
• Diferenciar as causas e as manifestações de um sentimento.
Orientações:
a. O professor reúne a turma em roda para uma conversa acerca dos trabalhos que foram feitos.
Explicitar as semelhanças e as diferenças das causas do sentimento da alegria.
b. Após a conversa, perguntar para os estudantes como eles sugerem a construção de um “Mural
da Alegria”.
3
Adaptada de: SASTRE, G. MORENO, M. Resolução de conflitos e aprendizagem emocional: Gênero e transversalidade. São
Paulo: Moderna.
4. EXPRESSÃO GRÁFICA DA ALEGRIA E DAS CAUSAS QUE A ORIGINAM. DESENHO E ESCRITA.4
Observação: Esta atividade é indicada para estudantes dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Contudo,
pode ser aplicada com estudantes mais velhos, de acordo com os ajustes que o docente considerar
necessários.
Objetivos:
• Aprofundar a análise dos próprios sentimentos, aprendendo a diferenciar e a coordenar os
distintos elementos que os configuram.
• Usar o desenho e a escrita como instrumentos para aprender a diferenciar e a coordenar o
sentimento com suas manifestações e causas.
Orientações:
a. O professor solicita aos estudantes que desenhem ou escrevam, na parte direita da folha, um
menino ou uma menina alegre;
b. Pede também que representem, do lado esquerdo, o motivo da alegria da personagem.
Fechamento
• Analisar a variedade das manifestações por meio das quais se pode expressar a alegria.
• Tomar consciência da existência das múltiplas causas que podem provocar a alegria.
• Diferenciar as causas e as manifestações de um sentimento.
Orientações:
c. O professor reúne a turma em roda para uma conversa acerca dos trabalhos que foram feitos.
Explicitar as semelhanças e as diferenças das causas do sentimento da alegria.
d. Após a conversa, perguntar para os estudantes como eles sugerem a construção de um “Mural
da Alegria”.
Metade dos alunos escreverá angústias e o outro 1) Aprender a pedir e oferecer ajuda
5 A MENSAGEM grupo palavras de conforto que ao final serão 2) Perceber que palavras de apoio e conforto
trocadas, envolvendo todo o grupo. fazem bem a quem diz e a quem recebe
4
Adaptada de: SASTRE, G. MORENO, M. Resolução de conflitos e aprendizagem emocional:
Gênero e transversalidade. São Paulo: Moderna.
suicídio. Propor fazer uma tela com tinta amarela passa por um sofrimento emocional ou
como sinal de compromisso de apoio mútuo. psicológico.
5. A MENSAGEM
* baseada na atividade elaborada pelo professor Rilton Vianna.
Objetivo: dar oportunidade aos estudantes de dar e de receber ajuda, fortalecendo os vínculos, a empatia e
o sentimento de pertencimento.
Material necessário:
• Tiras de papel
• Canetas
• Duas sacolas (plásticas ou de outro material) para colocar o que os estudantes escreveram
nas tiras
Duração: 1 aula (45 minutos)
Orientações:
1. Divida os estudantes em Grupo 1 e Grupo 2.
2. Para os estudantes do Grupo 1, peça que escolham e escrevam em uma tira de papel uma
angústia (real ou fictícia). Eles não precisam se identificar.
3. Peça aos estudantes do Grupo 2 que escrevam frases de conforto, de apoio e de encorajamento.
Para se inspirarem, podem pensar que escreverão para alguém que enfrenta problemas em casa,
ou de autoestima, de solidão ou de exclusão.
4. Junte, em sacolas diferentes, os papéis do Grupo 1 e do Grupo 2. Peça que cada estudante do
Grupo 1 pegue um dos papéis escritos pelo Grupo 2, e que cada estudante do Grupo 2 pegue
um papel escrito pelo Grupo 1.
5. Forme um grande círculo com todos os estudantes. Peça que alguém que esteja com o papel de
uma “angústia” o leia em voz alta. Em seguida, diga que aqueles que se sentirem identificados
com a angústia (ou com algo parecido) se levantem (ou levantem a mão).
6. Pergunte se alguém, entre os que estão com uma frase de conforto, sente que sua frase poderia
ajudar naquela situação. Peça que leia para o colega que se identificou com o sentimento de
angústia. Se houver mais de um estudante que se identificou com o sentimento de angústia, peça
que outro que tenha uma frase de conforto leia sua frase (ou diga uma frase que considere que
pode ajudar na situação).
7. Quem leu a frase de conforto dará um abraço em quem a ouviu. No final da leitura de todos os
papéis, proponha que todos se abracem e abracem alguém que sintam que precisa.
8. Diga que este é um momento de confiança, amizade e compartilhamento. No final, proponha que
cada um diga uma palavra ou frase que represente este momento.
Observação: caso os estudantes não manifestem sua identificação com o sentimento de angústia lido, o
professor poderá combinar que cada estudante representará alguém com aquele sentimento, começando
pelo primeiro à sua direita na roda. Esta pessoa então ouvirá a frase de conforto e dará um abraço ou fará
um gesto de afeto dirigido a quem leu.
6. BARALHO DO GRUPO5
Objetivo: Integrar todos os participantes da forma como chegaram ao grupo.
Material necessário: Fichas de papel e canetas
Orientações:
1. Cada integrante recebe um pedaço de papel e escreve um conselho para si mesmo ou para
alguém que esteja passando por um de problema. Todas as mensagens são entregues ao
focalizador (ou quem estiver conduzindo a atividade), que vai misturá-las e devolver aos
integrantes do grupo.
2. Cada um lê o conselho que pegou e fala um pouco sobre a possível identificação que teve com o
conselho. Independentemente de ter a ver com a realidade de quem pegou o conselho, peça que
diga de que forma acredita que ele pode ser útil.
3. Para terminar, abra a possibilidade de o grupo compartilhar sensações e ideias. Peça para que os
estudantes criem hashtags ou um desenho, uma frase que remetam ao conselho. Eles podem
sugerir outras formas de registro. É interessante que todos da escola tenham acesso aos
registros: sugere-se criar um varal de conselhos.
Regras básicas:
o Não se identifique;
o Não identifique a pessoa do conselho;
o Escreva de modo legível;
O foco da mensagem deve ser positivo.
7. AMARELOU?
Material necessário:
• Tinta guache amarela.
• Telas grandes de pintura ou cartolinas.
• Papel toalha e lenços umedecidos (opcional, se a turma estiver próxima a uma torneira onde
possam lavar as mãos).
Orientações:
1. Em roda, o professor deve lembrar a turma que setembro é o mês em que nosso país faz um
movimento especial de prevenção ao suicídio.
2. Explanar breves dados sobre o suicídio como, por exemplo:
➢ A Organização Mundial da Saúde aponta que o suicídio é a segunda causa de morte que
mais atinge os jovens de 15 a 29 anos no mundo.
➢ No Brasil, uma pessoa comete suicídio a cada 45 minutos – triste realidade que não deve
ser negada, mas tratada como um problema de saúde pública.
3. Conversar com os estudantes sobre o que eles pensam que pode levar uma pessoa a “desistir de
viver” (evitar o termo “se matar”, porque o foco de nossa campanha é a VIDA).
5
Fonte: <https://redearacati.files.wordpress.com/2013/11/jogos_cooperativos_02.pdf>.
4. Perguntar se há pessoas na turma que estariam dispostas a estender a mão para apoiar algum(a)
colega da escola que estivesse se sentindo triste ou se mantendo isolado(a). Explicar que
nenhum deles é um psicólogo e nem precisam fazer muita coisa, pois muitas vezes as pessoas
só querem ser ouvidas e sentir que alguém se importa com elas.
Todos os estudantes que se comprometerem a “estender a mão” vão carimbar suas mãos com tinta
amarela na tela que ficará exposta na porta de cada sala de aula (ou outro espaço apropriado para inspirar
novas ações.
8. DENTRO DE UM ABRAÇO
Material necessário:
• Música “Dentro de um abraço”, do grupo Jota Quest, em áudio ou vídeo
• Aparelho de som ou vídeo projetor conectado a um computador
Orientações:
1. Ouça com os estudantes a música “Dentro de um abraço”, do grupo Jota Quest. Se for possível,
podem também assistir ao videoclipe disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=IUO-
o_Bg8AY>.
2. Convide a turma a preparar um mural com o tema: “Tudo que a gente sofre num abraço se
dissolve” utilizando fotos impressas dos estudantes se abraçando (as imagens também podem
ser divulgadas na página do Facebook ou perfil do Instagram, se a escola tiver autorização de uso
de imagem dos estudantes.
3. A turma organiza um “Dia do abraço”, em que as pessoas que passarem pela rua da escola
ganharão um abraço (ficará melhor se os estudantes prepararem placas com mensagens do tipo:
“abraço grátis”). Outra opção é realizar a atividade em alguma praça ou local público próximo à
escola (com a devida autorização das famílias dos estudantes).
4. A escola também pode promover um grande abraço coletivo no pátio e cada estudante pode ser
desafiado a abraçar pelo menos dois colegas da escola, com quem nunca tenham conversado,
em cada dia da semana.
5. Como “tarefa de casa”, os estudantes serão convidados a dar um abraço bem forte em um
membro da família, com duração mínima de 20 segundos. O professor ou professora pode
explicar para a turma que há muitos estudos6 que indicam que o abraço tem um efeito
terapêutico, como se fosse um remédio, especialmente se for mais demorado.
6. No dia seguinte o(a) docente promove um momento para que os estudantes comentem como foi
a experiência.
Atenção! Esta atividade requer a autorização de uso de imagem e voz dos estudantes.
6
Um exemplo desses estudos está disponível no artigo: REZENDE, Diogo; ALICE, Tânia. Performers sem Fronteiras, uma
plataforma clínico-performativa de ações em arte relacional. Fractal, Rev. Psicol., Rio de Janeiro, v. 29, n. 2, p. 196-202, ago.
2017. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-02922017000200196&lng=pt&nrm=iso>.
Acesso em: 02 set. 2019.
Tipo Número Jogo/Atividade Objetivos
1) Perceber que uma característica só
Serão coladas etiquetas com diversas
não define toda a pessoa
qualidades/defeitos na testa de todos os alunos,
9 O RÓTULO 2) Refletir sobre como preconceitos nos
que passarão a tratar-se de acordo com a
afastam de pessoas que nem
etiqueta que está na testa do outro.
conhecemos.
9. O RÓTULO
Objetivo: Favorecer a reflexão sobre como tendemos a “rotular” as pessoas e tratá-las a partir de
julgamentos, limitando nossa possibilidade de conhecê-las melhor.
Material necessário:
• Etiquetas adesivas (em quantidade correspondente ao número de estudantes)
• Canetas (para escrever nas etiquetas)
Duração: 1 aula (45 minutos)
Orientações:
1. Escreva, em etiquetas adesivas, adjetivos diversos (na atividade, haverá uma etiqueta para cada
estudante da turma). Alguns exemplos:
2. Proponha que todos fiquem em pé e formem um círculo. Diga que você colará uma etiqueta na
testa de cada um e que ninguém poderá dizer diretamente o que está na testa do outro.
3. Em seguida, peça que formem duplas e conversem, procurando tratar o outro de acordo com a
etiqueta que ele tem na testa. Cada um tentará adivinhar qual é seu “rótulo”.
4. A cada um minuto, os membros das duplas são trocados, repetindo a instrução de tratar o outro
segundo o que está escrito em sua testa.
5. O jogo termina quando todos adivinharem qual é seu próprio “rótulo”.
REFLEXÃO: Sentem-se em círculo e pergunte como se sentiram sendo tratados de determinada forma.
Como é receber um rótulo “ruim”? Uma única característica é capaz de definir uma pessoa?
Peça que, um a um, cada estudante olhe para o colega que está duas cadeiras à sua direita e diga uma
qualidade que vê nele, levantando-se e dando um abraço OU fazendo outro gesto de afeto. Fazer este
processo até que todos os estudantes tenham falado, incluindo o professor na atividade.
Tipo Número Jogo/Atividade Objetivos
Os alunos se agruparão a partir de perguntas que o 1) Conhecer outras informações sobre os
professor fará, conhecendo outros aspectos da vida colegas.
10 JOGO DOS IGUAIS
dos colegas e podendo se identificar em diferentes 2) Perceber que há coisas que os igualam e
momentos. outras que os diferenciam dos demais colegas.
Os alunos responderão a várias perguntas sobre suas 1) Conhecer outras informações sobre os
preferências e opiniões, que depois serão colegas. 2) Perceber que
11 IDENTIDADE DO GRUPO
comparadas com os colegas para ver semelhanças e há coisas que os igualam e outras que os
diferenças. diferenciam dos demais colegas.
Sugestões de perguntas:
• Quem tem cachorro?
• Quem tem irmãos?
• Quem tem filhos
• Quem tem namorado(a)?
• Quem tem avós vivos?
• Quem tem experiência na área de esporte?
• Quem sabe andar a cavalo?
• ... outros assuntos, que podem ou não ter relação direta com o trabalho proposto.
3. Por fim, é possível abrir espaço para que o grupo compartilhe sensações, ideias etc.
Observação: esse jogo é muito importante para a busca da identidade do grupo. Os integrantes se sentem
iguais, encontram seus iguais e se descobrem. Isso é importante para o inter-relacionamento de todos.
Pode ser utilizado inclusive com grupos fortalecidos e que se conhecem há bastante tempo.
7
Fonte: <https://redearacati.files.wordpress.com/2013/11/jogos_cooperativos_02.pdf>.
11. IDENTIDADE DO GRUPO8
Objetivo: Reconhecimento dos iguais para formação de grupo. Sintonia do grupo.
Material necessário: Papel e caneta
Orientações:
1. Cada integrante responde as seguintes perguntas individualmente em uma folha de papel:
8
Fonte: <https://redearacati.files.wordpress.com/2013/11/jogos_cooperativos_02.pdf>.
9
Adaptado de: TOGNETTA, L. R. P. A construção da solidariedade e a educação do sentimento na escola. Campinas, SP: Mercado
das Letras, São Paulo: Fapesp, 2003, p. 165-167.
O professor faz um fechamento refletindo com a turma sobre a importância de respeitarmos a diversidade
de opiniões e os gostos das pessoas.
É importante que, na rotina da sala de aula, o professor sensibilize e auxilie os estudantes a expressarem
seus sentimentos, inclusive os que estão relacionados às tristezas e aos incômodos. É preciso que todos
aprendam a utilizar uma comunicação verbal clara, honesta e empática, que reconheça e valorize os
sentimentos presentes e possa constituir-se numa via saudável para lidar com conflitos interpessoais ou do
sujeito com ele mesmo.
Material necessário:
• Papel, caneta e suporte
• Folhas grandes de papel pardo (opcional)
Orientações:
1. O professor convida o grupo a refletir brevemente: “O que é mais valioso em sua vida?”.
2. Conforme os estudantes vão expressando suas ideias e sentimentos coletivamente, o docente
anota em local visível as contribuições de todos (na lousa ou cartaz de papel pardo).
3. O professor pede, então, que cada um lembre de algo que foi dito ou feito por outra pessoa que
lhe provocou sentimentos desagradáveis (Atenção! É preciso pedir cuidado para que seja
selecionada uma situação nem muito banal e nem muito grave).
4. Informar que cada participante pode, a qualquer momento, interromper o exercício se perceber
que está precisando se cuidar.
5. A seguir, algumas perguntas sugestivas para serem respondidas coletivamente, com base na
lembrança dessa situação. É importante que o professor dê algum exemplo hipotético para
auxiliar na compreensão e na condução do processo.
• Qual ou quais foram os sentimentos que essa situação provocou em você?
• O que você disse a você mesmo, em pensamento, que gerou esses sentimentos?
• O que a pessoa fez concretamente (na prática), que lhe provocou esses sentimentos?
• O que é muito valioso/importante para você que não foi considerado nessa situação?
• Que pedido você poderia fazer a essa pessoa para que esse valor fosse
atendido/respeitado?
6. O professor precisa oportunizar espaço para percepções e reflexões dos participantes sobre o
exercício.
7. Destacar a importância de os estudantes ficarem atentos e respeitarem os seus próprios
sentimentos e os dos outros.
Sugerir que cada estudante pense em uma maneira respeitosa e clara de comunicar como está se sentindo
em situações que geram sentimentos que os incomodam.
No caso desta atividade ser utilizada com estudantes dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental,
recomendamos que seja utilizado o livro Caixa de Segredo10. O texto está disponível no anexo 2.
Material necessário:
• Caixa de tamanho médio – se possível, com cadeado.
• Uma folha de papel A4 para cada estudante.
• Canetas coloridas ou lápis de cor.
Orientações:
1. O professor orienta os estudantes a escreverem ou desenharem no alto do papel, em tamanho
bem grande (mas que não ocupe toda a folha), qual é o seu principal medo.
2. No caso de adolescentes, pode-se solicitar que escrevam ou desenhem o que traz medo quando
pensam no futuro (sair de casa, primeiro emprego, não ter dinheiro etc.).
3. Na sequência, eles devem ser orientados a “diminuírem o medo”, escrevendo ou desenhando
repetidamente, cada vez em tamanho menor, até ficar tão pequeno que ninguém consiga
ler/entender.
4. Depois, deverão dobrar o papel o máximo que conseguirem e depositar na caixa, simbolizando a
prisão dos medos retratados na folha.
O professor, especialmente dos adolescentes, precisa explicar que não há o que fazermos com o medo do
futuro, mas podemos diariamente fazer esse exercício metal de diminuir e prender o medo, para que ele
não tome conta da nossa vida e nos impeça de ser feliz.
10
TOGNETTA, L. R. P. Caixa de segredo. Americana, SP: Adonis, 2018.
15. O REPOLHO E A ROSA
O texto de referência encontra-se no Anexo 3 deste manual.
Material necessário:
• Duas folhas de papel A4 para cada estudante;
• Vídeo projetor conectado a um computador para exibir o texto “O Repolho e a Rosa”.
• Caixinha fechada, com pétalas de rosa (em número suficiente para que cada estudante pegue uma
pétala no final da atividade).
Orientações:
1. Na primeira folha, os estudantes são incentivados a desenhar ou escrever como nasce um
repolho.
2. O professor dirige a discussão no sentido de os estudantes entenderem que um repolho nasce
com as folhas todas abertas e, com o tempo, elas vão se fechando uma sobre a outra.
3. Depois, o docente pede que os estudantes virem a folha e escrevam sobre situações que
aconteceram em sua vida que fizeram com que eles fossem se fechando (situações em que foram
excluídos, perderam alguém, sofreram uma decepção etc.).
4. Na outra folha de sulfite, os estudantes desenharão como nasce uma rosa. O docente provoca a
reflexão de que o botão de rosa vai se abrindo até que forma uma flor harmoniosa.
5. Depois de desenharem, viram a folha e escrevem sobre situações da vida em que se sentiram
felizes e motivados a se abrirem.
6. Quando os estudantes terminarem os desenhos, o professor apresenta, com o auxílio do
projetor, o texto: “O Repolho e a Rosa” (disponível no anexo 3). Ao final do texto, o docente
perguntará quem da turma quer ser repolho e quem quer ser rosa.
Diante de uma maioria que afirmar que quer ser rosa, o docente passará a “Caixa surpresa” com pétalas de
rosa, para que cada estudante pegue uma.
Observação: Este jogo-dança é uma brincadeira divertida que exige uma certa concentração do grupo para
perceber qual é o ritmo a ser adotado. É prudente começar mais devagar e, se o grupo for respondendo
bem ao desafio, sugerir o aumento da velocidade.
11
Adaptado da Edição de Agosto/Setembro de 2002 da Revista Jogos Cooperativos, p. 19. Disponível em:
https://jogoscooperativos.wordpress.com/
18. TRILHANDO O SEU CAMINHO
Objetivo: Encontrar o desafio comum do grupo
Material necessário: Papel e caneta
Orientações:
1. Cada integrante desenha o contorno de um de seus pés, ou pede ajuda para alguém.
2. Dentro dele, coloca a resposta para a pergunta “Qual o seu caminho daqui para a frente?” (definir
um objetivo pessoal).
3. O participante coloca sua resposta nos próprios pés e, em seguida, partilha sua resposta com o
colega ao lado.
4. Em seguida, todos os desenhos e respostas são colados na parede. O professor pode abrir
espaço para compartilhamento de sensações, ideias etc.
5. A atividade termina com um desafio: esforçar-se durante uma semana (ou mês) para trabalhar
para atingir seu objetivo pessoal.
Observação: O desafio pode ser renovado no final do período, se o estudante achar necessário.
✓ Com o auxílio dos estudantes, identificar formas de criar um canal de diálogo na escola para
discussão dos seus sentimentos e vulnerabilidades: Qual o melhor formato? Como garantir o
anonimato de quem pergunta?
✓ Discutir a produção de material, pelos estudantes, para divulgação das ações do Dia D (vídeo,
mural etc.).
✓ Mapear as demandas da escola para os próximos passos e continuidade de ações para discussão
da valorização da vida e da prevenção ao suicídio no cotidiano escolar.
Parte das atividades propostas neste arquivo foram organizadas por pesquisadores da
Universidade Estadual Paulista (UNESP), que também são membros do Grupo de Estudos e
Pesquisas em Educação Moral (GEPEM), e outras foram colaborações da pedagoga e
psicopedagoga Alcione Marques.
Pedro tinha uma caixa. Uma caixa de papelão. Mas não era uma caixa qualquer. Era uma caixa de
estimação. E quer saber o que havia nela? Eu não conto fácil, não.
Para saber o que havia lá dentro, você vai ter de abrir e adivinhar. Posso começar?
Se abrir devagarinho, sai correndo um motorzinho que vai te sentar e os dentes escovar!
Se abrir de repente, cuidado, isso não é gente! Sai de lá um bicho grandão, é ele, o bicho papão!
Se abrir com muita força, é perigoso se assustar. A bruxa que mora aí dentro à noite vem te avisar.
Se abrir com um furinho, lá de dentro você vai ouvir: __Corre que eu vou te pegar! É o ladrão que
vai te assaltar!
Se abrir com determinação, vai ter uma confusão. Aranha, abelha e lagartixa, barata, lesma e
escorpião.
Se abrir com muita calma, vai ouvir a mãe a gritar e a criança, desesperada a chorar: __ E se ela me
deixar?
Se abrir dando três pulinhos, um palhaço assustador entre em cena, sim, senhor!
Se abrir com atenção, sai de dentro do avião que vai logo decolar e com ele te levar!
Se abrir lado por lado, e lá dentro nada enxergar, pode prestar atenção pois é escuridão!
Pois é. Já descobri o segredo da caixa do amigo Pedro?
É isso mesmo, é o medo. São todos pequeninos e, se você não guardar direitinho eles não vão fugir.
Agora, o maior medo de todos não vai dar para não sentir: é pior que medo do escuro, é o medo do
futuro.
Este, só tem um jeito, já que não dá para aguardar. O jeito, Pedro, é enfrentar.
ANEXO 3
DINÂMICA DO REPOLHO E DA ROSA
Quantas vezes “estou” como um “repolho”. Minha condição perfeitamente humana me faz nascer
aberto para a vida, para me descobrir e descobrir os outros. Mas essa mesma condição humana muitas
vezes me faz não permitir errar, dizer o que sinto, o que penso, o que me angustia, o que me deixa
ansioso, o que me enraivece... e desse mesmo jeito, não conseguir ajudar quem se angustia, quem sente
raiva... E isso tudo faz me fechar como um repolho, que embrulha as folhas cada vez mais em busca de
defesa.
Quando me sinto repolho, me fecho, não permitindo que as pessoas se aproximem de mim. Sinto-
me repolho quando eu não estou aberta às mudanças, quando tenho medo do novo, medo do outro,
medo de mim mesmo e por isso, não estou aberto a ajudar os outros... Então, engulo minhas raivas,
minhas frustrações, meus medos, e fecho-me no meu EU-repolho.
Porém, a vida nos ensina que podemos ser como uma rosa. Meu desabrochar é vagaroso e terno
quanto o desabrochar de suas pétalas porque vou me conhecendo a cada dia. Sinto que posso me abrir
e dizer às pessoas o que me deixa triste e alegre, o que me angustia, o que me dá raiva, o que me deixa
feliz!
Sinto-me rosa quando sou capaz de, com delicado perfume, colocar a minha raiva para fora de mim,
sem ferir os outros com espinhos, mas também não permitindo que os seus espinhos me machuquem.
Assim, como rosa, posso me “co-mover” com o outro que ainda não conseguiu ser rosa, quando sou
capaz de entendê-lo, e ajudá-lo a resolver seus problemas, acolhendo, estando do seu lado.
Sinto-me rosa porque me abro para novas descobertas e mantenho o meu estado de disposição para
buscar o que é melhor para mim e para o outro e, assim, encontrar diferentes formas de ser rosa... E
você o que deseja ser? Repolho ou rosa?