PAPER MOTOR ELÉTRICO Uniasselvi Engenharia
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RESUMO
Este trabalho tem por objetivo a integração enquanto ao meio tecnológico entre a
funcionalidade dos motores elétricos, focado principalmente em motores de corrente contínua,
abordando conceitos básicos e princípio de funcionamento relacionando as vantagens e
desvantagens de seu uso industrialmente e até mesmo em nosso cotidiano. Dentro do contexto
histórico da humanidade, o impacto positivamente gerado para o crescimento da indústria, e
consequentemente para o homem. Além desses aspectos estão apresentados os pontos positivos e
negativos, quanto as características de seleção ao adquirir um motor de corrente contínua.
Palavras-chave: motor; contínua; elétrico; máquina; corrente.
1 INTRODUÇÃO
Com a invenção do primeiro gerador de corrente contínua, feito no ano de 1886 pelo cientista
alemão Werner von Siemens, marcou a data como o ano de nascimento da máquina elétrica.
Entretanto esta máquina que revolucionou o mundo em poucos anos, foi o último estágio de estudos
para muitos outros cientistas por aproximadamente 300 anos.
Antes disso, em uma data aproximada de 641 a.C., a eletricidade estática já havia sido observada
e estudada pelo filósofo Tales de Mileto, na qual verificou que ao atritar uma peça de âmbar com um
pano, a peça adquiria a propriedade de atrair corpos leves, como pelos e penas. Em 1600, na cidade
de Londres, o cientista inglês William Gilbert publicou a obra cujo tema principal era a força de
atração magnética, denominada De Magnete. Anos mais tarde, por volta de 1663 foi construída a
primeira máquina eletrostática pelo alemão Otto von Guericke e aperfeiçoada somente no ano de 1775
pelo suíço Martin Planta.
No ano de 1820, fazendo experiências com correntes elétricas, o físico dinamarquês Hans
Christian Oersted verificou que a agulha magnética da sua bússola era desviada de sua posição
norte-sul ao passar perto de um condutor de corrente elétrica. Com isso, Oersted reconheceu a íntima
ligação entre o magnetismo e a eletricidade, dando o primeiro passo em direção ao desenvolvimento
do motor elétrico.
Admirado com a descoberta de Oersted, no ano de 1825, o sapateiro inglês William Sturgeon –
que estudava eletricidade nas horas de folga – observou que um núcleo de ferro envolto por um fio
condutor se transformava em um ímã ao ser aplicado uma corrente elétrica, notando que a força do
ímã cessava quando a corrente fosse interrompida. E ali, naquele momento, surge o eletroímã, que
mais tarde seria a peça chave para a confecção de máquinas elétricas girantes.
2 DEFINIÇÃO
O motor elétrico é a máquina que objetiva transformar energia elétrica em mecânica. De acordo
com Santos (2011), corrente contínua (CC) é o fluxo ordenado de elétrons em uma direção, fornecido
por baterias, pilhas, dínamos, fonte de energia solar e de outras várias tecnologias, que retificam a
corrente alternada para produzir corrente contínua. Normalmente é utilizada para alimentar aparelhos
eletrônicos (entre 1,2V e 24V) e equipamentos de informática como computadores e modems.
Além disso, é comumente utilizado para transmissão de energia elétrica em grandes distâncias
devido as vantagens quando comparada a transmissão de corrente alternada (CA) convencional.
Inclusive, podem funcionar a uma velocidade ajustável em limites amplos, por isso, muitas vezes seu
uso é restrito.
“Uma máquina diz-se de corrente contínua quando as tensões e correntes aos seus terminais são
unidireccionais.” (MARQUES, 2011, p. 07).
De acordo com uma matéria publicada em 2017 pelo blog WebDrives, um motor de corrente
contínua (CC) é composto por um eixo acoplado ao rotor que é a parte girante do motor; é alimentado
por uma bateria ou qualquer outra de alimentação CC. A sua comutação (troca de energia entre rotor
e estator) pode ser feita por meio de escovas (chamado de escovado) ou sem escovas (brushless).
Inclusive, a velocidade do motor pode ser controlada com a variação da tensão, diferentemente de um
motor de corrente alternada (CA), em que a velocidade é variada pela frequência.
Os motores brushless usam um ímã permanente incorporado no conjunto do rotor. Eles podem
usar um ou mais dispositivos de Efeito Hall para detectar a posição do rotor e um acionamento
associado a ele para controlar a rotação do eixo (velocidade). São muito parecidos com os motores de
corrente alternada, mas são eletronicamente comutados de modo que possam ser alimentados em
corrente contínua. Sua comutação é muito mais eficiente, requer menos manutenção, praticamente
não gera ruído e tem uma maior densidade de potência e faixa de velocidade se comparado ao motor
de comutação escovada. Contudo, a eletrônica dos motores brushless contribuem para o seu custo de
aquisição, que também possuem maior complexidade e maiores limitações ambientais.
O motor escovado é constituído de escovas de contato que se conectam com o comutador para
alimentar o rotor. A construção escovada é menos sobrecarregada do que o motor sem escovas além
de seu controle ser muito mais simples e barato. Outra observação importante é que o motor escovado
pode operar em ambientes extremos devido à ausência de componentes eletrônicos. Por outro lado,
motores escovados exigem uma maior manutenção, que deve ser periódica por conta das escovas
desgastadas.
4 MÁQUINAS ELÉTRICAS
Existem alguns parâmetros que devemos analisar, para a seleção adequada de um motor de
corrente contínua. Abaixo estão alguns exemplos:
Parâmetros: Enrolamento.
Parâmetros: Rotor.
Parâmetros: Ventilador.
Motores de baixo rendimento: Normal.
Parâmetros: Rendimento.
Parâmetros: Custo.
Parâmetros: Aquecimento.
6. MOVIMENTO DE ROTAÇÃO
“Quase todas as máquinas giram em torno de um eixo, que é denominado eixo da máquina.
Devido à natureza rotativa das máquinas, é importante ter um entendimento básico do movimento
rotacional.” (CHAPMAN, p. 03). Os motores sofrem esta ação de rotação, devido ao campo
magnético no qual está sendo aplicado. Ambas são as aplicações deste trabalho gerado de rotação,
como exemplo: batedeiras eletrônicas, parafusadeiras, entre outras tantas, presentes em nossa vida.
7 MATERIAIS E MÉTODOS
3. Suporte de alumínio: utilizado como suporte do rotor e mancal dos eixos, com as dimensões de
95 mm de comprimento por 25 de largura, por 3 mm de espessura da chapa.
2. Suportes dos ímãs: foi utilizado um cabo de madeira usinado, e retificado para criar um
acento para os ímãs se encaixarem. A máquina utilizada para sua fabricação, foi uma lixadeira de
cinta conforme a figura abaixo:
3. Suporte de alumínio: Foi utilizado uma chapa de alumínio de espessura de 3 mm. para a sua
fabricação utilizou-se esmeriladeira para a realização do corte da chapa, e marreta para a realização
da sua dobra, para servir de base do parafuso.
(Figura 10: Chapa de alumínio 3 mm) (Figura 11: Martelo.) (Figura 12: Esmeriladeira.)
4. Ímãs: Foram extraídos da carcaça de um motor de corrente contínua, utilizando ferramentas
como: Serra de metal para a realização do corte da carcaça, conforme demonstrado abaixo, onde o
corte representa o tracejado em vermelho.
(Figura 13: Corte da carcaça para a extração dos ímãs.) (Figura 14: Ferramenta de corte.)
5. Rotor: foi utilizado o rotor de um motor de corrente contínua de alimentação de 12 volts. Para
a sua extração foi cortado a carcaça e desmontado o comutador e tampa do mancal frontal.
“De forma genérica as máquinas são constituídas por duas estruturas: estator e rotor. O estator
é a parte estacionária da máquina, enquanto o rotor é a parte móvel, que normalmente carrega a bobina
de armadura enrolada em um núcleo de aço silício laminado” (OLIVEIRA, 2019, p. 24.). Utilizou-se
este conceito para a elaboração do projeto, tais elementos como: estator, rotor, comutador e os ímãs
para a criação do campo magnético. O estator foi retirado para a melhor visualização de
funcionamento das partes girantes, como o rotor.
8.1. Bateria
Os motores precisam de uma tensão inicial para sua partida, neste caso utilizamos 12 volts,
pois na realização de alguns testes, analisou-se que, tensões menores de 12 volts, não geram torque
suficiente, para a rotação do rotor no campo magnético. A bateria utilizada fornece uma corrente de
5 amperes.
A partir destes testes, conclui-se que 12 volts era o suficiente para gerar rotação no rotor,
aplicando então uma bateria de moto com tensão de 12 volts. Alguns motores monofásicos, precisam
de capacitores de partida, que tem a função de liberar uma tensão inicial para ajudar na partida do
motor, ele cria então um conjugado de partida, adiantando a corrente da tensão em mais ou menos 90
graus.
Sem este dispositivo de partida, a ação necessária para o torque inicial, parte manualmente.
9. CONCLUSÃO
Para a construção do motor de corrente contínua, vários pontos foram estudados, como o
princípio de magnetismo de Michael Faraday, Werner von Siemens, Willian Sturgeon, entre outros
grandes pesquisadores que incrementaram valores para a sociedade e tecnologia.
REFERÊNCIAS
CHAPMAN, S. Fundamentos de máquinas elétricas. 2013, p. 03, 671 f. Nova Iorque, EUA, editora
Mc Graw Hill, 2013.
HONDA, F. Seleção de motores de corrente contínua 1GG e 1GH. Publicação técnica. Siemens
LTDA, 2004.