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16/08/2022 15:40 IN RFB  

Nº 2097  -  2022

NORMAS

Visão Multivigente 

INSTRUÇÃO NORMATIVA
RFB
Nº 2097, DE 18 DE JULHO DE 2022

(Publicado(a) no DOU de 22/07/2022, seção 1, página 52)  

Estabelece normas relativas à Contribuição para o Plano de


Seguridade Social do Servidor (CPSS), de que trata a Lei nº
10.887, de 18 de junho de 2004.

O SECRETÁRIO ESPECIAL DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL, no uso da atribuição


que lhe confere o inciso III do art. 350 do Regimento Interno da Secretaria Especial da Receita
Federal do Brasil, aprovado pela Portaria ME nº 284, de 27 de julho de 2020, e tendo em vista o
disposto na Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional (CTN), no art. 16 da
Lei Complementar nº 95, de 26 de fevereiro de 1998, na Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990,
nos arts. 44 e 61 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, no art. 14 da Lei nº 9.624, de 2 de
abril de 1998, na Lei nº 9.717, de 27 de novembro de 1998, na Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de
1999, na Lei nº 10.887, de 18 de junho de 2004, nos arts. 46 a 49 da Lei nº 12.350, de 20 de
dezembro de 2010, na Lei nº 12.618, de 30 de abril de 2012, no Decreto nº 4.050, de 12 de
dezembro de 2001, e no Decreto nº 10.139, de 28 de novembro de 2019, resolve:

CAPÍTULO I

DO OBJETO E DO ÂMBITO DE APLICAÇÃO


Art. 1º Esta Instrução Normativa estabelece as normas relativas à cobrança, à fiscalização
e à arrecadação da Contribuição para o Plano de Seguridade Social do Servidor (CPSS), de
qualquer dos Poderes da União, incluídas suas autarquias e fundações, no âmbito da Secretaria
Especial da Receita Federal do Brasil (RFB).

CAPÍTULO II

DOS CONTRIBUINTES
Art. 2º Sujeitam-se ao pagamento da contribuição de que trata esta Instrução Normativa:

I - a União, suas autarquias e fundações; e

II - os servidores públicos ativos ocupantes de cargo efetivo, o aposentado e o pensionista


de qualquer dos poderes da União, incluídas suas autarquias e fundações, os magistrados da União,
os ministros do Tribunal de Contas da União e os membros do Ministério Público da União.
CAPÍTULO III

DA BASE DE INCIDÊNCIA

Art. 3º A CPSS incide sobre o subsídio ou vencimento de cargo vitalício ou efetivo,


acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei e dos adicionais de caráter
individual e sobre os proventos de aposentadorias e pensões, inclusive sobre a gratificação natalina.

§ 1º Excluem-se da base de cálculo da contribuição os seguintes valores pagos ao


servidor público ativo:

I - diárias para viagens;

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II - ajuda de custo em razão de mudança de sede;

III - indenização de transporte;


IV - salário-família;

V - auxílio-alimentação;

VI - auxílio-creche;
VII - parcelas remuneratórias pagas em decorrência de local de trabalho;

VIII - parcela percebida em decorrência do exercício de cargo em comissão ou de função


comissionada ou gratificada;
IX - abono de permanência de que tratam o § 19 do art. 40 da Constituição, o § 5º do art.
2º e o § 1º do art. 3º da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003;

X - adicional de férias;
XI - adicional noturno;

XII - adicional por serviço extraordinário;

XIII - parcela paga a título de assistência à saúde suplementar;


XIV - parcela paga a título de assistência pré-escolar;

XV - parcela paga a servidor público indicado para integrar órgão deliberativo ou


conselho, na condição de representante do governo, de órgão ou de entidade da Administração
Pública do qual é servidor;

XVI - auxílio moradia;


XVII - Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso de que trata o art. 76-A da Lei nº
8.112, de 11 de dezembro de 1990;

XVIII - Gratificação Temporária das Unidades dos Sistemas Estruturadores da


Administração Pública Federal (GSISTE), instituída pela Lei nº 11.356, de 19 de outubro de 2006;

XIX - Gratificação de Raio X;

XX - a Gratificação Temporária do Sistema de Administração dos Recursos de Informação


e Informática (GSISP), instituída pela Lei nº 11.907, de 2 de fevereiro de 2009;

XXI - a Gratificação Temporária de Atividade em Escola de Governo (GAEG), instituída


pela Lei nº 11.907, de 2 de fevereiro de 2009;
XXII - a Gratificação Específica de Produção de Radioisótopos e Radiofármacos (GEPR),
instituída pela Lei nº 11.907, de 2 de fevereiro de 2009;

XXIII - a parcela relativa ao Bônus de Eficiência e Produtividade na Atividade Tributária e


Aduaneira, recebida pelos servidores da carreira Tributária e Aduaneira da Receita Federal do
Brasil; e

XXIV - a parcela relativa ao Bônus de Eficiência e Produtividade na Atividade de


Auditoria-Fiscal do Trabalho, recebida pelos servidores da carreira de Auditoria-Fiscal do Trabalho.

§ 2º O servidor ocupante de cargo efetivo ou vitalício poderá optar pela inclusão dos
seguintes valores na base de cálculo da contribuição, para efeito de cálculo do benefício a ser
concedido com fundamento no art. 40 da Constituição Federal e no art. 2º da Emenda Constitucional
nº 41, de 2003, respeitado, em qualquer caso, o limite constitucionalmente estabelecido para o valor
do benefício:

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I - de parcelas remuneratórias percebidas em decorrência de local de trabalho e do


exercício de cargo em comissão ou de função comissionada ou gratificada;
II - da Gratificação Temporária das Unidades dos Sistemas Estruturadores da
Administração Pública Federal (GSISTE);

III - da Gratificação Temporária do Sistema de Administração dos Recursos de Informação


e Informática (GSISP);

IV - da Gratificação Temporária de Atividade em Escola de Governo (GAEG);

V - da Gratificação Específica de Produção de Radioisótopos e Radiofármacos (GEPR);


VI - da Gratificação pelo exercício habitual de atividade que implique o contato com
geradores de radiação ionizante ou com substâncias radioativas (Gratificação de Raio X); e

VII - de parcelas recebidas a título de adicional noturno e adicional por serviço


extraordinário.

§ 3º A CPSS não incide sobre os valores referidos no art. 14 da Lei nº 9.624, de 2 de abril
de 1998, pagos a título de auxílio financeiro em decorrência da participação de postulantes a cargo
público em programa de formação.

CAPÍTULO IV

DA ALÍQUOTA
Seção I

Da Alíquota de Contribuição do Servidor Ativo e do Aposentado ou Pensionista


Art. 4º A contribuição do servidor ativo é calculada sobre:

I - a totalidade da base de cálculo a que se refere o art. 3º, em se tratando de servidor que
tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de instituição do regime de
previdência complementar para os servidores públicos federais titulares de cargo vitalício ou efetivo,
e não optado por aderir a esse regime; ou

II - a parcela da base de cálculo a que se refere o art. 3º que não exceder ao limite
máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), em se
tratando de servidor:

a) que tiver ingressado no serviço público até a data a que se refere o inciso I, e optado
por aderir ao regime de previdência complementar referido no citado inciso; ou

b) que tiver ingressado no serviço público a partir da data a que se refere o inciso I,
independentemente de adesão ao regime de previdência complementar referido no citado inciso.
Parágrafo único. Aplicam-se, sobre as bases de cálculo previstas no caput, as alíquotas
de:

I - 11% (onze por cento), até 29 de fevereiro de 2020; e


II - 14% (quatorze por cento), a partir de 1º de março de 2020, que será reduzida ou
majorada, e aplicada de forma progressiva, conforme o valor da base de cálculo da contribuição, de
acordo com os parâmetros constantes de ato publicado periodicamente pelo Ministério do Trabalho
e Previdência.

Art. 5º A contribuição do servidor aposentado ou pensionista é calculada sobre o valor dos


proventos de aposentadorias e pensões que ultrapassar o limite máximo estabelecido para os
benefícios do RGPS, mediante aplicação das alíquotas de:

I - 11% (onze por cento), até 29 de fevereiro de 2020; e

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II - 14% (quatorze por cento), a partir de 1º de março de 2020, que será reduzida ou
majorada conforme o valor total do benefício recebido, de acordo com os parâmetros constantes de
ato publicado periodicamente pelo Ministério do Trabalho e Previdência.

Parágrafo único. Para fins de definição das alíquotas incidentes sobre os proventos de
pensão, deverá ser considerada a totalidade do valor pago a esse título, independentemente do
valor da quota devida a cada pensionista.

Art. 6º O cálculo da CPSS deverá ser realizado após a aplicação do limite remuneratório
de que trata o inciso XI do art. 37 da Constituição Federal, quando aplicável.
Parágrafo único. As verbas efetivamente recebidas não sujeitas ao limite remuneratório a
que se refere o caput também deverão compor a base de cálculo da CPSS, caso atendidos os
pressupostos de incidência.
Seção II

Da Contribuição da União de suas Autarquias e Fundações

Art. 7º A contribuição da União, e de suas autarquias e fundações, corresponde ao dobro


da contribuição do servidor ativo.

CAPÍTULO V

DA RESPONSABILIDADE, DOS PRAZOS DE RECOLHIMENTO E DAS SANÇÕES PELO NÃO


RECOLHIMENTO

Art. 8º A responsabilidade pela retenção e pelo recolhimento das contribuições de que


trata esta Instrução Normativa é do dirigente e do ordenador de despesas do órgão ou da entidade
que efetuar o pagamento da remuneração ao servidor ativo, ou do benefício ao aposentado ou
pensionista.
§ 1º Para fins do disposto no caput, considera-se dirigente do órgão ou ordenador de
despesas:

I - no Poder Executivo, o responsável pelo órgão setorial ou seccional dos Sistemas de


Pessoal Civil da Administração Federal (Sipec);

II - no Poder Judiciário, o responsável pelo setor de pagamento do Tribunal ou da seção


judiciária; e
III - no Poder Legislativo, o Diretor-Geral do Senado Federal ou da Câmara dos
Deputados.

§ 2º O recolhimento das contribuições a que se refere o caput deve ser efetuado nos
seguintes prazos:

I - até o dia 15, no caso de pagamentos de remunerações ou benefícios realizados no 1º


(primeiro) decêndio do mês;
II - até o dia 25, no caso de pagamentos de remunerações ou benefícios realizados no 2º
(segundo) decêndio do mês; ou

III - até o dia 5 do mês posterior, no caso de pagamentos de remunerações ou benefícios


realizados no último decêndio do mês.

§ 3º A falta de retenção ou de recolhimento das contribuições nos prazos estabelecidos


no § 2º sujeita o responsável às sanções penais e administrativas previstas na legislação específica
e ao pagamento dos seguintes acréscimos:

I - juros de mora equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de


Custódia (Selic), acumulada mensalmente, incidentes sobre a totalidade do montante devido,
incluídas a parcela relativa ao servidor ativo ou aposentado ou ao pensionista e a parcela devida

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pela União, por suas autarquias ou fundações, calculados a partir do mês subsequente àquele em
que o recolhimento deveria ter sido feito até o mês anterior ao do recolhimento, e de 1% (um por
cento) no mês de pagamento; e

II - multa de mora, calculada à taxa de 0,33% (trinta e três centésimos por cento) por dia
de atraso, a partir do 1º (primeiro) dia útil seguinte àquele em que o recolhimento deveria ter sido
efetuado, limitada a 20% (vinte por cento).

§ 4º Aplica-se o disposto nos incisos I e II do § 3º aos recolhimentos efetuados fora do


prazo.
Art. 9º Constatado o descumprimento de obrigação prevista no art. 8º, o Auditor-Fiscal da
Receita Federal do Brasil notificará o dirigente do órgão ou da entidade em que foi constatada a
irregularidade para que este, no prazo de 30 (trinta) dias, contado da ciência da notificação:
I - providencie a retenção ou o recolhimento da contribuição; ou

II - apresente justificação administrativa ao Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil


responsável pela notificação.
§ 1º Na hipótese prevista no inciso II do caput:

I - acolhidas as razões apresentadas na justificação, o Auditor-Fiscal da Receita Federal


do Brasil deverá informar o fato ao dirigente notificado e arquivar a notificação; ou
II - caso não sejam acolhidas as razões apresentadas na justificação, ou sejam acolhidas
parcialmente, o Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil intimará o dirigente do órgão ou da
entidade, por meio de despacho fundamentado, para que este providencie a retenção ou o
recolhimento da contribuição no prazo de 30 (trinta) dias, contado da data da ciência da intimação.

§ 2º Caso a irregularidade não seja sanada nos prazos estabelecidos neste artigo, o
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil deverá:

I - representar o fato:

a) ao Tribunal de Contas da União (TCU);


b) ao Ministério Público Federal (MPF);

c) à Controladoria-Geral da União (CGU); e

d) ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), quando for o caso; e


II - constituir o crédito tributário, observado o disposto no art. 44 da Lei nº 9.430, de 27 de
dezembro de 1996, relativo:

a) à parcela devida pelo servidor ativo ou aposentado ou pelo pensionista, em seus


respectivos nomes; e

b) às contribuições devidas pelas autarquias e fundações.

§ 3º A notificação e a representação de que trata este artigo serão efetuadas por meio
dos formulários constantes dos Anexos I e II, respectivamente.

§ 4º Na hipótese prevista na alínea "a" do inciso II do § 2º, o servidor ativo ou aposentado


ou o pensionista poderá:
I - efetuar o pagamento;

II - solicitar o parcelamento na forma da Portaria Conjunta RFB/PGFN nº 895, de 15 de


maio de 2019; ou
III - impugnar o lançamento, na forma prevista no Decreto nº 70.235, de 6 de março de
1972.

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§ 5º Depois do pagamento ou da quitação do parcelamento, a unidade da RFB com


jurisdição sobre o domicílio tributário do servidor ativo ou aposentado ou do pensionista deverá
enviar ao órgão pagador os comprovantes de pagamento, bem como as informações relativas às
competências às quais se referem, a fim de que os recolhimentos sejam computados.

§ 6º As contribuições em atraso que não forem objeto de lançamento de ofício, devidas


pelo servidor ativo ou aposentado ou pelo pensionista, poderão ser parceladas, observados os
seguintes requisitos:

I - a solicitação deverá ser apresentada ao órgão de pessoal responsável pelo pagamento


da remuneração, provento ou pensão;

II - o parcelamento poderá ser concedido em até 60 (sessenta) parcelas mensais e


sucessivas;
III - o valor de cada parcela será, no mínimo, o valor devido em uma competência; e

IV - as parcelas, acrescidas dos juros de que trata o inciso I do § 3º do art. 8º, serão
descontadas em folha de pagamento.
§ 7º As contribuições parceladas de acordo com este artigo serão computadas, para fins
de concessão de benefício, somente depois da quitação total do parcelamento.

CAPÍTULO VI

DAS DISPOSIÇÕES ESPECIAIS

Seção I

Das Decisões Judiciais

Subseção I

Das Contribuições Decorrentes de Decisões Judiciais


Art. 10. Na hipótese de valores pagos a servidor ativo ou aposentado ou a pensionista em
cumprimento de decisão judicial, ainda que derivada de homologação de acordo, serão observados
os seguintes procedimentos:
I - nos pagamentos feitos por intermédio de precatório ou requisição de pequeno valor, a
instituição financeira reterá o valor correspondente à contribuição devida, com base no valor
informado pelo juízo da execução, e efetuará o recolhimento do valor retido nos mesmos prazos
estabelecidos no § 2º do art. 8º;

II - no caso de implantação de rubrica específica em folha com incidência de CPSS, a


fonte pagadora reterá o valor correspondente à contribuição do servidor ativo ou aposentado ou do
pensionista no momento do crédito e efetuará o recolhimento nos prazos previstos no § 2º do art. 8º.

§ 1º As contribuições de que tratam os incisos I e II do caput incidem sobre o valor pago


em cumprimento de decisão judicial ou decorrente do acordo homologado, observado o disposto no
§ 1º do art. 3º e no art. 5º.

§ 2º A contribuição de que trata o inciso I do caput deverá ser calculada mês a mês,
consideradas as regras vigentes nas datas em que as parcelas deveriam ter sido pagas.
§ 3º A contribuição de que trata o inciso II do caput deverá ser calculada de acordo com
as regras vigentes na data do pagamento.

§ 4º Caso não seja efetuada a retenção na forma prevista no inciso I do caput, o crédito
tributário relativo à parcela devida será constituído em nome da instituição financeira.

§ 5º Para fins do disposto no § 4º, considera-se ocorrido o fato gerador na data do efetivo
pagamento dos valores referidos no caput.

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§ 6º Não incide CPSS sobre valores relativos a parcela de aposentadoria ou pensão


recebidos em cumprimento de decisão judicial, decorrentes de créditos originados em data anterior a
20 de maio de 2004.

§ 7º As instituições financeiras responsáveis pela retenção ou a RFB, na hipótese prevista


no § 4º, deverão informar aos tribunais, até o 2º (segundo) dia útil de cada mês, os valores
recolhidos ou os créditos constituídos no mês anterior a título de CPSS, para fins de recolhimento da
contribuição devida pela União ou por suas autarquias e fundações.

§ 8º Os tribunais procederão ao recolhimento da contribuição devida pela União ou por


suas autarquias e fundações, que corresponderá ao dobro do valor do crédito constituído ou da
contribuição recolhida em decorrência da aplicação do disposto nos §§ 1º a 7º, até o 10º (décimo)
dia útil do mês em que receber a informação de que trata o § 7º.
§ 9º Na hipótese de retenção indevida ou a maior da CPSS incidente sobre valores pagos
por intermédio de precatório ou requisição de pequeno valor, o pedido de restituição deverá ser
apresentado à unidade da RFB com jurisdição sobre o domicílio tributário do sujeito passivo.
§ 10. O valor restituído nos termos do § 9º deverá ser incluído como rendimento tributável
na Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física correspondente ao ano-
calendário em que se efetivou a restituição.
§ 11. Não incide CPSS sobre a parcela referente aos juros de mora decorrente de valores
pagos em cumprimento de decisão judicial ou de acordo homologado.
Subseção II

Das Decisões Judiciais Relacionadas à Incidência da CPSS

Art. 11. Na hipótese de ação judicial em que se questiona a incidência da CPSS:


I - caso haja decisão favorável à União ou a suas autarquias ou fundações e esteja
suspenso o pagamento da contribuição do servidor ativo ou aposentado ou do pensionista, a fonte
pagadora deverá apurar os valores não retidos e proceder ao desconto na respectiva folha de
pagamento, em rubrica e classificação contábil específicas, podendo ser concedido o parcelamento,
na forma do § 6º do art. 9º, a pedido do interessado; e

II - caso haja de decisão favorável a servidor ativo ou aposentado ou a pensionista que


esteja sofrendo o desconto da contribuição em folha de pagamento, os valores por ele pagos em
desacordo com a decisão judicial, relativos a períodos passados, deverão ser devolvidos pela fonte
pagadora em sua folha de pagamento.
§ 1º Os valores referidos no caput serão acrescidos:

I - no caso do inciso I, de juros de mora equivalentes à taxa Selic, acumulada


mensalmente, calculados a partir do mês subsequente àquele em que o recolhimento deveria ter
sido feito até o mês anterior ao do recolhimento, e de 1% (um por cento) relativamente ao mês em
que o recolhimento estiver sendo efetuado; e

II - no caso do inciso II, de juros de mora equivalentes à taxa Selic, acumulados


mensalmente, calculados a partir do mês subsequente àquele em que o recolhimento indevido foi
feito, e de juros de 1% (um por cento) no mês em que a restituição for creditada em folha de
pagamento; e
§ 2º Na hipótese prevista no inciso II do caput, os valores devolvidos a título de CPSS:

I - sujeitam-se à incidência do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte, mediante


aplicação das alíquotas progressivas em vigor na data da devolução; e
II - deverão ser incluídos como rendimento tributável no comprovante de rendimentos, na
Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (Dirf) e, ainda, na Declaração de Ajuste

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Anual do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física correspondente ao ano-calendário em que tenha
ocorrido o recebimento.
Seção II

Das Licenças e dos Afastamentos

Subseção I
Da Cessão

Art. 12. Na hipótese de cessão de servidor para outro órgão ou entidade dos Poderes da
União com remuneração a cargo:
I - do órgão ou da entidade de origem, caberá ao cedente reter e recolher a contribuição
do servidor cedido, juntamente com a contribuição patronal; ou

II - do órgão ou da entidade de destino, caberá ao cessionário reter e recolher a


contribuição do servidor cedido, juntamente com o valor da contribuição devida pela União, por suas
autarquias e fundações, tendo como base de cálculo a remuneração do cargo de origem.

Art. 13. Nas hipóteses de cessão de servidor para outro órgão ou entidade dos estados,
do Distrito Federal ou dos municípios:

I - com percepção de remuneração do órgão ou entidade de origem:

a) caberá ao cedente:
1. reter e recolher a contribuição do servidor, juntamente com a contribuição patronal; e

2. apresentar mensalmente ao cessionário o valor a ser reembolsado, discriminando, por


servidor cedido, as parcelas remuneratórias e os encargos sociais respectivos, incluída a parcela
relativa à contribuição patronal; e

b) caberá ao cessionário o reembolso dos valores relativos à remuneração do servidor,


acrescidos dos encargos sociais respectivos, incluída a parcela relativa à contribuição patronal, nos
prazos previstos no § 2º do art. 8º; ou

II - com percepção de remuneração no órgão ou entidade de destino, caberá ao


cessionário reter e recolher a contribuição do servidor, juntamente com o valor da contribuição
devida pela União, por suas autarquias ou fundações, tendo como base de cálculo a remuneração
do cargo de origem, nos prazos previstos no § 2º do art. 8º.
Parágrafo único. O descumprimento do disposto na alínea "b" do inciso I e no inciso II do
caput implicará o encerramento da cessão a que se refere o caput, nos termos do rito previsto no art.
8º do Decreto nº 10.835, de 14 de outubro de 2021.
Subseção II

Do Afastamento para o Exercício de Mandato Eletivo

Art. 14. No caso de afastamento de servidor para exercício de mandato eletivo:


I - caso haja opção pela remuneração do cargo efetivo, o órgão de origem fará a retenção
da contribuição devida pelo servidor e a recolherá juntamente com a contribuição devida pela União
ou por suas autarquias e fundações; e
II - caso haja opção pela remuneração do cargo eletivo, competirá:

a) ao servidor recolher a contribuição a seu cargo, com base na remuneração do cargo


efetivo; e
b) ao órgão ou entidade de origem recolher a contribuição devida pela União ou por suas
autarquias e fundações.

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Subseção III
Da Licença para Exercício de Mandato Classista
Art. 15. No caso de licença para exercício de mandato classista em confederação,
federação, associação de classe de âmbito nacional, sindicato representativo da categoria ou
entidade fiscalizadora da profissão, ou para participar de gerência ou administração em sociedade
cooperativa constituída por servidores para prestar serviços a seus membros, competirá:

I - ao servidor recolher a contribuição a seu cargo, com base na remuneração do cargo


efetivo; e
II - ao órgão ou entidade de origem recolher a contribuição devida pela União ou por suas
autarquias e fundações.

Subseção IV
Do Afastamento para Estudo ou Missão no Exterior
e para Participação em Programa de
Formação

Art. 16. Aplica-se o disposto no art. 15 para os casos de afastamento:


I - para estudo ou missão no exterior, sem remuneração, inclusive para participação em
programa de pós-graduação stricto sensu;

II - para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual


coopere; e

III - para participar de programa de formação, com opção pelo auxílio financeiro de que
trata o art. 14 da Lei nº 9.624, de 1998.

Parágrafo único. Na hipótese prevista no inciso III do caput, caso haja opção pela
remuneração do cargo efetivo, caberá à fonte pagadora efetuar o recolhimento das contribuições
devidas.

Subseção V
Das Licenças para Acompanhar Cônjuge, para Tratar de Interesses Particulares, Incentivada,
por Motivo de Doença de Pessoa da Família e em Razão de Prisão

Art. 17. Será assegurada ao servidor licenciado ou afastado sem remuneração a


manutenção da vinculação ao Plano de Seguridade Social do Servidor (PSS), mediante o
recolhimento mensal da respectiva contribuição, no mesmo percentual devido pelos servidores em
atividade, nas seguintes hipóteses:

I - para acompanhar cônjuge, também servidor público civil ou militar, de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, que foi deslocado no
interesse da Administração;

II - para tratar de interesses particulares;


III - em razão de licença incentivada;

IV - por motivo de doença em pessoa da família sem percepção de remuneração; e

V - em razão de prisão.
§ 1º A opção pela manutenção do vínculo ao PSS ocorrerá mensalmente, por meio do
recolhimento da CPSS, que deverá ser feito até o 2º (segundo) dia útil depois da data do pagamento
das remunerações dos servidores ocupantes do cargo correspondente ao do servidor afastado.
§ 2º A contribuição da União ou de suas autarquias e fundações deverá ser recolhida até
o 10º (décimo) dia útil do mês posterior ao que o órgão receber as informações relativas ao
recolhimento das contribuições do servidor.

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§ 3º O servidor deverá comprovar à unidade de recursos humanos do órgão de lotação os


recolhimentos efetuados na forma deste artigo, até o dia 15 do mês subsequente ao do pagamento.
Seção III

Das Disposições Comuns

Art. 18. Aplica-se o disposto nos arts. 8º e 9º às hipóteses previstas nos arts. 12 a 17, no
que couber.

Parágrafo único. Sobre as contribuições recolhidas em atraso incidem acréscimos


moratórios na forma do § 3º do art. 8º.
Art. 19. Nas hipóteses previstas nos arts. 14 a 16, caso não haja recolhimento da
contribuição pelo servidor, este deverá indenizar o regime para fins de averbação do tempo de
contribuição correspondente, com vistas à fruição dos benefícios de aposentadoria e pensão.
CAPÍTULO VII

DO RECOLHIMENTO INDEVIDO OU A MAIOR

Art. 20. Na hipótese de retenção ou recolhimento indevido ou em valor maior do que o


devido da CPSS, o servidor ativo ou aposentado ou o pensionista terá direito à restituição do valor
correspondente.

§ 1º O requerimento de restituição deverá ser apresentado ao órgão pagador, que


processará a restituição do valor a que se refere o caput na respectiva folha de pagamento e
efetuará a retenção na fonte do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física.
§ 2º O valor restituído será acrescido às demais vantagens pagas no mês pela fonte
pagadora e deverá ser incluído como rendimento tributável na Declaração de Ajuste Anual do
Imposto sobre a Renda da Pessoa Física correspondente ao ano-calendário em que se efetivou a
restituição.

Art. 21. O órgão ou entidade que promoveu a retenção indevida ou a maior de que trata
este artigo poderá pleitear sua restituição na forma do art. 17 da Instrução Normativa RFB nº 2.055,
de 6 de dezembro de 2021.

CAPÍTULO VIII

DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 22. Aplicam-se à contribuição de que trata esta Instrução Normativa as normas
relativas ao processo administrativo fiscal previstas no Decreto nº 70.235, de 1972.

Art. 23. Ficam revogados:

I - a Instrução Normativa RFB nº 1.332, de 14 de fevereiro de 2013;

II - a Instrução Normativa RFB nº 1.643, de 23 de maio de 2016;

III - a Instrução Normativa RFB nº 1.868, de 25 de janeiro de 2019; e

IV - os arts. 4º e 5º da Instrução Normativa RFB nº 1.997, de 7 de dezembro de 2020.

Art. 24. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação no Diário
Oficial da União.
JULIO CESAR VIEIRA GOMES

ANEXO I

NOTIFICAÇÃO ADMINISTRATIVA (ART. 9º, § 3º)

normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/imprimir.action?visao=anotado&idAto=125102&tamHA=0 10/12
16/08/2022 15:40 IN RFB  Nº 2097  -  2022

MINISTÉRIO DA ECONOMIA
Secretaria Especial da Receita Federal do
Brasil
NOTIFICAÇÃO ADMINISTRATIVA

(art. 8º-A da Lei nº 10.887/2004;


Parecer PGFN/CDA nº 426/2001)
I - Identificação do autor
Nome:
Cargo efetivo: Matrícula SIAPE
Órgão de lotação: Telefones
II - Identificação do órgão
ou entidade
a) Nome:
b) Pessoa jurídica de direito público
a que pertence:
b.1) CNPJ:
b.2) Endereço:

III - Descrição do fato


Dispositivo legal violado:


IV - Intimação:

V - Documentos que acompanham a representação


VI - Recibo do destinatário
Identificação:

Local e data: Carimbo e Assinatura


ANEXO II
REPRESENTAÇÃO ADMINISTRATIVA (ART. 9º, § 3º)

normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/imprimir.action?visao=anotado&idAto=125102&tamHA=0 11/12
16/08/2022 15:40 IN RFB  Nº 2097  -  2022

MINISTÉRIO DA ECONOMIA
Secretaria Especial da Receita Federal do
Brasil
REPRESENTAÇÃO ADMINISTRATIVA

(art. 8º-A da Lei nº 10.887/2004;


Parecer PGFN/CDA nº 426/2001)
I - Identificação do autor
Nome:
Cargo efetivo: Matrícula SIAPE
Órgão de lotação: Telefones
II - Identificação do órgão
ou entidade
a) Nome:
b) Pessoa jurídica de direito público
a que pertence:
b.1) CNPJ:
b.2) Endereço:

III - Descrição do fato


Dispositivo legal violado:


V - Documentos que acompanham a representação


VI - Recibo do destinatário
Identificação:

Local e data: Carimbo e Assinatura


*Este texto não substitui o publicado oficialmente.

normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/imprimir.action?visao=anotado&idAto=125102&tamHA=0 12/12

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