ESPECIAL-DIREITO CIVIL - GERAL-Modulo 09
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1
Vedada a transmissão e reprodução deste material (art. 184 CP).
Aluno Carlos Jose Lopés
DIREITO
CIVIL
-‐
PARTE
GERAL
CPF - 93518064487
PROF.
FLÁVIO
MONTEIRO
DE
BARROS
de
aceitar
a
herança.
Ora,
para
ser
herdeiro,
a
lei
exige
a
aceitação
da
herança,
de
modo
que
isso
não
precisa
figurar
no
testamento.
ELEMENTOS
DA
CONDIÇÃO
A
condição
se
decompõe
em
dois
elementos:
a)
futuridade
do
evento;
b)
incerteza
do
evento.
Evento
futuro
é
o
que
ainda
não
aconteceu.
Se
já
aconteceu,
não
é
condição,
mas
um
ato
puro
e
simples,
ainda
que
a
parte
ignore
a
sua
ocorrência,
que,
porém,
só
surtirá
efeito
se
o
fato
realmente
se
verificou.
Alguns
autores
a
denominam
de
condição
imprópria.
Vejamos
o
exemplo
de
Spencer
Vampré:
prometo
certa
quantia
se
premiado
for
meu
bilhete
da
loteria
que
correu
ontem.
Se
o
bilhete
havia
sido
premiado,
a
promessa
de
doação
é
válida,
como
sendo
pura
e
simples;
se,
ao
revés,
não
havia
sido
premiado,
a
promessa
é
nula
e
ineficaz,
tendo
em
vista
a
absoluta
impropriedade
do
objeto.
Evento
incerto,
por
sua
vez,
é
o
que
pode
ou
não
ocorrer.
Urge
que
a
incerteza
seja
objetiva,
real,
e
não
meramente
subjetiva,
oriunda
da
ignorância
do
agente.
Tratando-‐se
de
fato
futuro
e
certo,
como
a
morte,
haverá
termo,
e
não
condição.
CLASSIFICAÇÃO
DAS
CONDIÇÕES
As
condições
podem
ser:
a) possíveis
e
impossíveis;
b) casuais,
potestativas,
mistas
e
promíscuas;
c) lícitas
e
ilícitas;
d) positivas
e
negativas;
e) suspensivas
e
resolutivas.
CONDIÇÕES
POSSÍVEIS
São
as
realizáveis
segundo
as
leis
da
natureza
e
conforme
o
ordenamento
jurídico.
Subdividem-‐se
em:
a)
fisicamente
possíveis:
são
as
que
não
contrariam
as
leis
da
natureza;
b)
juridicamente
possíveis:
são
as
que
não
contrariam
a
lei,
ordem
pública
ou
bons
costumes.
CONDIÇÕES
IMPOSSÍVEIS
São
as
irrealizáveis
segundo
as
leis
da
natureza
ou
o
ordenamento
jurídico.
Subdividem-‐se
em:
a)
fisicamente
impossíveis;
b)
juridicamente
impossíveis.
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FLÁVIO
MONTEIRO
DE
BARROS
CONDIÇÕES
FISICAMENTE
IMPOSSÍVEIS
São
as
que
contrariam
as
leis
da
natureza.
Por
exemplo:
dar-‐te-‐ei
cem
mil
reais,
se
conseguires
ressuscitar
um
morto.
Estas
condições,
quando
suspensivas,
isto
é,
impeditivas
da
aquisição
do
direito,
como
no
exemplo
ministrado,
invalidam
os
negócios
jurídicos
que
lhe
são
subordinados,
por
força
do
art.
123,
I,
do
CC.
Se,
porém,
constar
como
condição
resolutiva,
serão
tidas
como
inexistentes,
vale
dizer,
não
escritas.
Tal
ocorre,
por
exemplo,
quando
o
doador
prevê
a
extinção
da
liberalidade,
quando
um
morto
ressuscitar.
Nesse
caso,
a
doação
reputa-‐se
pura
e
simples,
considerando-‐se
não
escrita
esta
condição
resolutiva,
isto
é,
extintiva
da
obrigação.
De
fato,
dispõe
o
art.
124
do
CC:
“Tem-‐se
por
inexistentes
as
condições
impossíveis,
quando
resolutivas,
e
as
de
não
fazer
coisa
impossível”.
Como
exemplo
de
condição
de
não
fazer
coisa
impossível,
podemos
citar
a
doação
sob
a
condição
de
o
donatário
não
morrer
ou
de
não
piscar
mais
os
olhos.
Nesses
casos,
a
condição
reputa-‐se
não
escrita,
mas
o
negócio
permanece
válido.
Assim,
as
condições
fisicamente
impossíveis,
para
invalidarem
o
negócio,
devem
revestir-‐se
de
dois
requisitos:
a)
serem
suspensivas,
isto
é,
inseridas
para
impedir
a
aquisição
do
direito;
b)
positivas,
vale
dizer,
implicar
na
prática
de
uma
ação
positiva,
como
dar
a
volta
ao
mundo
a
pé
em
dois
dias.
Em
contrapartida,
o
negócio
jurídico
será
válido,
anulando-‐se
apenas
a
condição,
quando
esta
for:
a)
resolutiva,
ainda
que
positiva.
Exemplo:
te
doo
essa
casa,
desde
já,
mas
se
alguém
conseguir
dar
a
volta
ao
mundo
a
pé
em
dois
dias,
a
doação
será
extinta.
b)
negativa,
isto
é,
de
não
fazer
coisa
impossível.
Nesse
caso,
o
negócio
será
válido
ainda
que
a
condição
seja
suspensiva.
Exemplo:
dar-‐te-‐ei
tal
objeto,
se
abstiveres
de
viajar
numa
máquina
do
tempo.Tem-‐se
por
inexistente
essa
condição
de
não
fazer,
mas
o
negócio
é
válido
como
puro
e
simples.
CONDIÇÕES
JURIDICAMENTE
IMPOSSÍVEIS
São
as
que
contrariam
o
ordenamento
jurídico,
isto
é,
a
lei,
a
ordem
pública
e
os
bons
costumes,
e,
por
isso,
jamais
podem
realizar-‐se.
Exemplo:
dar-‐te-‐ei
cem
mil
reais
se
o
Congresso
Nacional
suprimir
da
Constituição
Federal
a
inviolabilidade
do
direito
à
vida.
A
condição
juridicamente
impossível,
quando
suspensiva,
como
no
exemplo
ministrado,
invalida
o
negócio
jurídico
que
lhe
é
subordinado
(art.123,
I).
Se,
porém,
for
resolutiva,
o
negócio
jurídico
é
válido,
como
se
não
houvesse
a
condição,
que
será
tida
como
inexistente
(art.
124).Tal
ocorre,
por
exemplo,
quando
o
doador
diz:
essa
doação
será
extinta
quando
o
Congresso
nacional
suprimir
da
Constituição
Federal
a
inviolabilidade
do
direito
à
vida.
No
sistema
do
Código
de
1916,
as
condições
juridicamente
impossíveis
sempre
anulavam
o
negócio
jurídico,
fossem
elas
suspensivas
ou
resolutivas.
No
Código
atual,
apenas
as
condições
suspensivas
têm
o
condão
de
anular
o
negócio
jurídico.
CONDIÇÕES
CASUAIS,
POTESTATIVAS,
MISTAS
E
PROMÍSCUAS
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GERAL
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FLÁVIO
MONTEIRO
DE
BARROS
Esta
classificação
leva
em
conta
a
participação
da
vontade
do
sujeito.
A
condição
casual
é
a
que
depende
de
um
acontecimento
fortuito,
isto
é,
do
acaso,
sobre
o
qual
a
vontade
não
exerce
qualquer
controle.
Exemplo:
dar-‐te-‐ei
mil
reais
se
chover
amanhã.
Orlando
Gomes
e
Sílvio
Rodrigues
também
consideram
casual
a
condição
cuja
ocorrência
depende
exclusivamente
da
vontade
de
um
terceiro.
Exemplo:
dar-‐te-‐ei
mil
reais
se
Pedro
viajar
para
o
Japão.
A
condição
potestativa,
por
outro
lado,
é
a
subordinada
à
vontade
de
uma
das
partes.
Pode
ser:
a)
condição
puramente
potestativa:
é
a
que
se
sujeita
ao
puro
arbítrio
de
uma
das
partes,
vale
dizer,
a
sua
ocorrência
depende
exclusivamente
da
vontade
da
pessoa,
independentemente
de
qualquer
fator
externo.
Exemplo:
dar-‐te-‐ei
cem
mil
reais
no
dia
em
que
eu
vestir
meu
terno
azul
ou
no
dia
em
que
eu
disser
que
te
odeio.
Dispõe
o
art.122,
2ª
parte,
do
CC,
que
são
defesas,
isto
é,
ilícitas,
essas
condições
puramente
potestativas,
invalidando
todo
o
negócio
jurídico,
por
força
do
inciso
II
do
art.
123
do
CC.
b)
condição
meramente
ou
simplesmente
potestativa:
é
a
que
se
sujeita
ao
arbítrio
de
uma
das
partes
e
de
fatores
externos,
que
escapam
ao
seu
controle.
Portanto,
não
se
submete
ao
arbítrio
exclusivo
da
parte.
Não
basta
que
esta
queira
praticar
o
fato,
pois
é
mister
ainda
a
existência
de
certas
circunstâncias
que
viabilizam
a
concretização
do
evento.
Exemplos:
dar-‐te-‐ei
cem
mil
reais
no
dia
em
que
eu
puder
viajar
para
o
Japão.
Anote-‐se
que
essa
viagem
para
o
Japão
depende
de
tempo
e
dinheiro,
não
estando,
pois,
ao
arbítrio
exclusivo
da
pessoa.
As
condições
meramente
potestativas
são
lícitas,
de
modo
que
o
negócio
jurídico
é
válido.
A
condição
mista
é
a
que
depende
da
vontade
de
uma
das
partes
e
de
um
fato
casual
ou
da
vontade
de
uma
das
partes
juntamente
com
a
vontade
de
uma
terceira
pessoa.
Exemplo:
dar-‐te-‐ei
mil
reais
se
caminhares
na
chuva
que
cairá
amanhã.
Outro
exemplo:
dar-‐te-‐ei
cem
mil
reais
se
casares
com
Maria.
As
condições
casuais
e
mistas
também
são
válidas.
Finalmente,
a
condição
promíscua
é
a
inicialmente
puramente
potestativa,
que
acaba
se
tornando
dificultosa,
em
virtude
de
circunstâncias
supervenientes
e
independentes
da
vontade
do
sujeito.
Exemplo:
dar-‐te-‐ei
mil
reais
se
ergueres
o
braço,
sendo
certo
que,
no
dia
seguinte,
tu
sofre
um
acidente,
paralisando-‐te
o
braço.
CONDIÇÕES
LÍCITAS,
ILÍCITAS
E
PERPLEXAS
Condições
lícitas
são
as
que
não
contrariam
a
lei,
a
ordem
pública
e
os
bons
costumes.
Condições
ilícitas
são
as
ilegais
e
imorais,
isto
é,
as
que
contrariam
a
lei,
a
ordem
pública
e
os
bons
costumes.
Também
são
consideradas
ilícitas
as
que
privarem
de
todo
efeito
o
negócio
jurídico,
ou
o
sujeitarem
ao
puro
arbítrio
de
uma
das
partes,
conforme
art.
122,
2ª
parte,
do
CC.
São
nulas
as
seguintes
condições:
a
de
não
casar
com
qualquer
pessoa,
pois
viola
a
liberdade
matrimonial;
a
de
mudar
ou
não
mudar
de
religião,
porque
atenta
contra
a
liberdade
de
crença;
a
de
não
atacar
uma
nulidade
absoluta;
a
de
se
prostituir;
etc.
São
válidas
as
seguintes
condições:
a
de
não
casar
com
certa
pessoa,
pois
a
liberdade
matrimonial
é
afetada
de
forma
relativa;
a
de
casar-‐se
com
certa
pessoa,
salvo
se
esta
for
de
péssima
reputação
moral,
etc.
Nestes
exemplos
a
liberdade
foi
afetada
de
forma
relativa.
A
condição
de
obrigar
alguém
a
se
manter
em
estado
de
viuvez,
para
uns
é
válida,
para
outros
autores
é
nula,
por
atentar
contra
a
liberdade
individual.
Se
o
propósito
for
altruístico,
como,
por
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DIREITO
CIVIL
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PARTE
GERAL
CPF - 93518064487
PROF.
FLÁVIO
MONTEIRO
DE
BARROS
exemplo,
dedicar
toda
a
atenção
aos
filhos
ou
ao
auxílio
aos
pobres,
a
meu
ver,
a
condição
deve
ser
considerada
válida.
Finalmente,
dentre
as
condições
defesas,
incluem-‐se
as
chamadas
condições
perplexas
que
são
aquelas
incompreensíveis
ou
contraditórias,
ou
ainda
as
que
retiram
toda
a
eficácia
do
negócio.
As
condições
perplexas
invalidam
os
negócios
jurídicos
que
lhe
são
subordinados.
Exemplo:
diz
o
testador
que
João
herdará
toda
a
herança,
se
Paulo
herdar
com
exclusividade
toda
a
herança.
Outro
exemplo:
Deixo
a
casa
para
A
desde
que
ele
não
exerça
sobre
ela
qualquer
direito
de
propriedade.
DISTINÇÃO
ENTRE
CONDIÇÕES
ILÍCITAS
E
CONDIÇÕES
JURIDICAMENTE
IMPOSSÍVEIS
As
condições
ilícitas
são
todas
que
contrariam
a
lei,
a
ordem
pública
e
os
bons
costumes,
mas
que,
no
entanto
são
passíveis
de
realização.
Tal
ocorre,
por
exemplo,
com
a
condição
de
se
prostituir
ou
de
matar
alguém.
As
condições
juridicamente
impossíveis,
além
de
contrariarem
a
lei,
a
ordem
pública
e
os
bons
costumes,
são
insuscetíveis
de
realização.
Tal
ocorre,
por
exemplo,
com
a
condição
imposta
ao
pai
de
emancipar
voluntariamente
o
filho
antes
dos
16
anos
de
idade.
Enquanto
a
condição
ilícita
sempre
invalida
o
negócio
jurídico,
seja
ela
suspensiva
ou
resolutiva,
por
força
do
inciso
II
do
art.
123
do
CC,
que
não
faz
distinção,
a
condição
juridicamente
impossível,
ao
inverso,
só
invalida
o
negócio
jurídico
subordinado
a
condição
suspensiva,
preservando-‐se,
destarte,
a
validade
dos
negócios
sob
condição
resolutiva,
como
sendo
puro
e
simples,
reputando-‐se
inexistente
a
condição,
por
força
do
art.
124
do
CC.
As
condições
ilícitas
sempre
contaminam
o
negócio
jurídico,
invalidando-‐o,
sejam
elas
positivas
ou
negativas;
as
condições
juridicamente
impossíveis
só
viciam
o
negócio
quando
forem
positivas,
se
forem
negativas
reputam-‐se
inexistentes,
preservando-‐se
a
validade
do
negócio,
por
força
da
última
parte
do
art.
124
do
CC.
CONDIÇÕES
POSITIVAS
E
NEGATIVAS
As
condições
podem
ser
positivas
ou
negativas,
conforme
a
eficácia
do
negócio
esteja
subordinada
à
realização
ou
à
não
realização
de
um
certo
acontecimento.
Exemplo:
dar-‐te-‐ei
mil
reais
se
chover
amanhã;
dar-‐te-‐ei
mil
reais
se
não
chover
amanhã.
Conforme
vimos,
as
condições
fisicamente
impossíveis
negativas,
como,
por
exemplo,
dar-‐te-‐
ei
mil
reais
se
nunca
mais
chover,
tem-‐se
por
inexistente,
reputando-‐se
válido
o
negócio
como
sendo
puro
e
simples,
por
força
da
última
parte
do
art.
124
do
CC.
Em
contrapartida,
as
condições
física
ou
juridicamente
impossíveis
positivas,
quando
suspensivas,
invalidam
o
negócio
jurídico,
conforme
dispõe
o
art.
123,
I,
do
CC.
O
art.
124
do
CC
considera
inexistentes
as
condições
de
não
fazer
coisa
impossível;
consequentemente,
o
negócio
reputa-‐se
válido
como
sendo
puro
e
simples,
vale
dizer,
como
se
não
houvesse
a
condição.
O
dispositivo
em
apreço,
indiscutivelmente,
é
aplicável
às
condições
negativas
fisicamente
impossíveis,
como
no
exemplo
ministrado
acima,
mas,
a
meu
ver,
como
a
lei
não
faz
distinção,
deve
também
ser
aplicado
às
condições
negativas
juridicamente
impossíveis.
Exemplo:
dar-‐te-‐ei
mil
reais
se
não
exerceres
o
direito
à
personalidade.
Nesse
caso,
a
doação
é
válida,
reputando-‐se
não
escrita
a
condição.
De
fato,
a
expressão
“não
fazer
coisa
impossível”,
prevista
na
última
parte
do
art.
124
do
CC,
deve
ser
interpretada
amplamente,
compreendendo
as
condições
negativas
físicas
e
juridicamente
impossíveis.
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FLÁVIO
MONTEIRO
DE
BARROS
CONDIÇÕES
SUSPENSIVAS
Condição
suspensiva
é
a
que
impede
a
eficácia
do
negócio
jurídico
até
a
realização
do
evento
futuro
e
incerto.
O
negócio
só
adquire
eficácia
após
o
implemento
da
condição.
Exemplo:
dar-‐te-‐ei
minha
casa
se
o
Brasil
vencer
a
Copa
do
Mundo
de
futebol.
A
condição
suspensiva
deve
ser
analisada
sob
três
estados
diferentes:
a)
o
estado
de
pendência:
é
o
que
perdura
enquanto
não
se
verifica
o
evento
futuro
e
incerto.
Dispõe
o
art.
125
do
CC
que:
“Subordinando-‐se
a
eficácia
do
negócio
jurídico
à
condição
suspensiva,
enquanto
esta
se
não
verificar,
não
se
terá
adquirido
o
direito,
a
que
ele
visa”.
Portanto,
nesse
estado,
não
há
direito
adquirido,
de
modo
que
não
se
pode
mover
ação
judicial
para
exigir
a
prestação,
pois
esta
ainda
não
é
devida;
a
prescrição
não
está
fluindo;
e
se
o
devedor
pagar,
por
erro,
supondo
ter
ocorrido
a
condição,
terá
direito
a
reaver
o
que
pagou,
movendo
a
ação
de
repetição
de
indébito.
Todavia,
o
titular
do
direito
condicional
pode
praticar
atos
destinados
a
conservá-‐lo,
por
força
do
art.
130
do
CC,
como
pedir
a
abertura
de
inventário
e
mover
as
ações
necessárias
à
preservação
do
direito.
b)
estado
de
implemento
da
condição:
é
o
que
gera
a
aquisição
do
direito,
que,
de
condicional
passa
a
ser
adquirido.
c)
estado
de
frustração:
quando
não
se
verifica
a
condição.
Nesse
caso,
é
como
se
nunca
houvesse
existido
a
estipulação.
Sobre
o
assunto,
dispõe
o
art.
129
do
CC:
“Reputa-‐se
verificada,
quanto
aos
efeitos
jurídicos,
a
condição
cujo
implemento
for
maliciosamente
obstado
pela
parte
a
quem
desfavorecer,
considerando-‐se,
ao
contrário,
não
verificada
a
condição
maliciosamente
levada
a
efeito
por
aquele
a
quem
aproveita
o
seu
implemento”.
Referido
dispositivo
também
aplicável
à
condição
resolutiva.
Assim,
com
a
frustração
da
condição,
não
se
adquire
o
direito,
salvo
se
a
parte
a
quem
ela
desfavorecer
dolosamente
impedir
a
sua
ocorrência.
A
expressão
maliciosamente,
para
uns,
abrange
apenas
o
dolo,
para
outros
compreende
também
a
culpa
grave.
RETROATIVIDADE
DAS
CONDIÇÕES
SUSPENSIVAS
Com
o
implemento
da
condição,
como
vimos,
a
parte
passa
a
ter
o
direito
adquirido.
Discute-‐
se,
porém,
se
essa
aquisição
opera-‐se
“ex
nunc”,
isto
é,
a
partir
da
ocorrência
da
condição,
ou
então,
“ex
tunc”,
vale
dizer,
retroativamente,
desde
o
início
da
celebração
do
negócio
jurídico.
Sobre
o
assunto,
desenvolveram-‐se
duas
correntes.
A
primeira,
sustentada
por
Sílvio
Rodrigues,
preconiza
a
irretroatividade
da
condição,
de
modo
que
a
aquisição
do
direito
só
se
opera
a
partir
do
advento
do
fato
futuro
e
incerto.
Argumenta-‐se
que
a
lei
é
omissa
sobre
o
efeito
retrooperante,
de
sorte
que
o
efeito
retroativo
só
operará
se
expressamente
convencionado
pelas
partes.
A
segunda,
liderada
por
Washington
de
Barros
Monteiro,
admite
a
retroatividade
das
condições,
operando-‐se
a
aquisição
do
direito
desde
o
início
da
celebração
do
negócio
jurídico.
O
art.126
do
CC,
que
repete
o
art.122
do
Código
de
1916
reza
que:
“Se
alguém
dispuser
de
uma
coisa
sob
condição
suspensiva,
e,
pendente
esta,
fizer
quanto
aquela
novas
disposições,
estas
não
terão
valor,
realizada
a
condição,
se
com
ela
forem
incompatíveis”.
Vê-‐se,
portanto,
que
se
“A”
doa
a
“B”
um
bem
sob
condição
suspensiva;
mas,
enquanto
esta
pende,
vende
o
mesmo
bem
a
“C”,
esta
última
venda
é
nula,
caso
ocorra
a
condição.
Se,
porém,
o
negócio
realizado
no
período
de
pendência
da
condição
for
compatível
como
negócio
condicional,
não
há
falar-‐
se
em
nulidade.
Vejamos
o
exemplo
citado
por
Limongi
França:
”A”
transfere
a
“B”
o
usufruto
de
um
objeto,
sob
condição
suspensiva;
mas,
enquanto
esta
pende,
aliena
a
“C”
a
sua
propriedade
do
mesmo
6
Vedada a transmissão e reprodução deste material (art. 184 CP).
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DIREITO
CIVIL
-‐
PARTE
GERAL
CPF - 93518064487
PROF.
FLÁVIO
MONTEIRO
DE
BARROS
objeto.
Consequência:
a
alienação
é
válida,
porque
não
há
incompatibilidade
entre
essa
alienação
da
propriedade
e
o
usufruto.
A
rigor,
a
questão
da
retroatividade
da
condição
é
destituída
de
grande
interesse
prático
pelas
seguintes
razões:
a)
a
percepção
dos
frutos
é
regulada
pelo
art.
1.214
do
CC,
de
sorte
que,
com
o
advento
da
condição,
os
frutos
colhidos
até
então
pertencem
ao
possuidor
de
boa-‐fé.
A
boa-‐fé
persiste
até
que
o
possuidor
tome
ciência
do
implemento
da
condição.
Denota-‐se,
portanto,
que
o
efeito
do
advento
da
condição
não
será
retroativo
quanto
aos
frutos,
estes
não
terão
que
ser
devolvidos
em
razão
do
advento
da
condição.
b)
o
terceiro
que,
de
boa-‐fé,
tenha
adquirido
o
bem,
no
estado
de
pendência
da
condição,
não
pode
ter
seu
direito
atingido,
pois
encontra-‐se
protegido
pelo
princípio
da
relatividade
dos
contratos.
De
acordo
com
esse
princípio,
o
contrato
só
produz
efeitos
entre
as
partes.
Se,
porém,
a
condição
estiver
averbada
no
Registro
de
Imóveis,
não
há
falar-‐se
em
boa-‐fé,
aplicando-‐se,
destarte,
efeito
retroativo
estatuído
no
art.
126
do
CC.
c)
nas
obrigações
de
fazer,
sob
condição
suspensiva,
como,
por
exemplo,
a
obrigação
de
construir
uma
casa
se
o
Palmeiras
vencer
o
Campeonato
Paulista,
o
efeito
da
condição
é
necessariamente
“ex
nunc”,
só
se
produzindo
a
partir
da
ocorrência
do
fato
futuro
e
incerto,
sendo,
pois,
incompatível
com
a
noção
de
retroatividade.
d)
no
tocante
à
aquisição
da
propriedade,
o
efeito
da
condição
é
“ex
nunc”,
porquanto
a
transferência
do
domínio
só
se
concretiza
com
a
tradição,
consubstanciada
na
entrega
ou
no
registro,
conforme
se
trate
de
bem
móvel
ou
imóvel.
Força
convir,
portanto,
que
o
efeito
retroativo
da
condição
limita-‐se
aos
atos
de
disposição
do
bem,
que
serão
tidos
como
nulos
desde
a
sua
prática
com
a
ocorrência
da
condição.
Finalmente,
se
a
coisa
perecer
por
culpa
do
alienante,
antes
do
implemento
da
condição,
a
outra
parte
tem
direito
à
indenização,
caso
a
condição
venha
a
se
verificar.
Se,
no
entanto,
não
houver
culpa
há
falar-‐se
em
indenização.
CONDIÇÕES
RESOLUTIVAS
Condição
resolutiva
é
o
fato
futuro
e
incerto
que,
uma
vez
ocorrido,
provoca
a
extinção
do
direito.
Exemplo:
“A”
doa
uma
casa
para
“B”,
estatuindo
que
a
doação
será
extinta
na
hipótese
de
certo
candidato
vencer
uma
determinada
eleição.
Com
efeito,
dispõe
a
1ª
parte
do
art.
128
do
CC:
“Sobrevindo
a
condição
resolutiva,
extingue-‐se,
para
todos
os
efeitos,
o
direito
a
que
ela
se
opõe”.
Assim,
na
condição
resolutiva,
o
negócio
aperfeiçoa-‐se
desde
logo,
mas
sua
eficácia
fica
ameaçada
pelo
acontecimento
futuro
e
incerto.
A
condição
resolutiva
pode
também
ser
considerada
sob
três
aspectos:
a)
estado
de
pendência:
a
parte
desfruta
do
direito
adquirido,
mas
ameaçado
de
extinção.
b)
estado
de
implemento
da
condição:
o
negócio
é
desfeito
automaticamente,
extinguindo-‐se
o
direito
anteriormente
adquirido.
A
parte
que
aguarda
o
implemento
da
condição
para
adquirir
o
direito
é
titular
de
direito
condicional
e,
nos
termos
do
art.130
do
CC,
pode
mover
ações
destinadas
à
conservação
do
direito.
c)
estado
de
frustração:
o
direito
continua
sendo
adquirido,
sendo
certo
que,
diante
da
inocorrência
da
condição,
cessa
a
ameaça
de
sua
extinção.
Sobre
a
retroatividade
ou
não
da
extinção
do
negócio,
em
virtude
do
implemento
da
condição
resolutiva,
o
art.
128,
2ª
parte,
do
Código
Civil,
solucionou
o
problema
em
relação
aos
negócios
de
execução
continuada
ou
periódica,
consagrando
a
irretroatividade,
salientando
que,
salvo
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DIREITO
CIVIL
-‐
PARTE
GERAL
CPF - 93518064487
PROF.
FLÁVIO
MONTEIRO
DE
BARROS
disposição
em
contrário,
a
extinção
produz
efeitos
“ex
nunc”,
vale
dizer,
a
partir
do
advento
da
condição,
não
tendo,
pois,
eficácia
quanto
aos
atos
já
praticados,
desde
que
estes
sejam
compatíveis
com
a
natureza
da
condição
pendente,
observando-‐se
ainda
os
ditames
da
boa-‐fé.
Assim,
por
exemplo,
numa
locação
sob
condição
resolutiva,
com
o
implemento
desta,
cessa
a
locação,
mas
o
locatário
não
poderá
reaver
os
aluguéis
pagos,
salvo
disposição
em
contrário.
Em
relação
aos
direitos
reais
constituídos
durante
o
período
de
pendência
da
condição
resolutiva,
são
extintos,
de
forma
retroativa,
pelo
implemento
da
condição
ou
pelo
advento
do
termo,
conforme
art.1.359
do
CC,
podendo
a
coisa
ser
reivindicada
ainda
que
em
poder
de
terceiro.
Referido
dispositivo
aplica-‐se
também
por
analogia
aos
direitos
pessoais.
O
titular
de
um
direito
sob
condição
resolutiva
pode
transferi-‐lo,
por
ato
“inter
vivos”
ou
“causa
mortis”,
todavia,
a
condição
remanesce
intacta,
pois
essa
alienação
não
tem
o
condão
de
transformar
o
negócio
em
puro
e
simples.
Desde
que
a
condição
conste
no
Registro
de
Imóveis,
a
extinção
do
negócio,
em
razão
do
implemento
da
condição,
retroagirá
inclusive
para
apagar
os
direitos
reais
constituídos
em
favor
de
terceiros,
pois
o
registro
inibe
a
aquisição
de
boa-‐fé.
DISTINÇÃO
ENTRE
CONDIÇÃO
RESOLUTIVA
E
CLÁUSULA
RESOLUTIVA
Na
condição
resolutiva,
ocorrendo
o
evento
futuro
e
incerto,
extingue-‐se
“ipso
iure”,
isto
é,
automaticamente,
o
direito.
Na
cláusula
resolutiva,
ao
revés,
ocorrendo
o
evento
futuro
e
incerto,
a
parte
fica
apenas
autorizada
a
extinguir
o
negócio
jurídico.
Tal
ocorre,
por
exemplo,
com
o
inadimplemento
contratual.
A
parte
lesada
pelo
inadimplemento,
dispõe
o
art.
475
do
CC,
pode
pedir
a
resolução
do
contrato,
se
não
preferir
exigir-‐lhe
o
cumprimento,
cabendo,
em
qualquer
dos
casos,
indenização
por
perdas
e
danos”.
O
inadimplemento
encontra-‐se
implícito
nos
contratos
bilaterais
ou
sinalagmáticos
como
sendo
uma
cláusula
resolutiva
tácita.
TERMO
CONCEITO
Termo
é
o
acontecimento
futuro
e
certo
em
que
começa
ou
termina
a
eficácia
do
negócio
jurídico.
DISTINÇÃO
ENTRE
TERMO
E
PRAZO
O
termo
corresponde
a
uma
data
certa,
ao
passo
que
o
prazo
é
o
lapso
de
tempo
entre
o
termo
inicial
e
o
termo
final.
CLASSIFICAÇÃO
O
termo
pode
ser:
a)
termo
inicial
(“dies
a
quo”)
ou
suspensivo:
é
o
que
suspende
o
exercício
do
direito,
pois
fixa
o
dia
em
que
o
negócio
começará
a
produzir
efeitos.Exemplo:
a
doação
terá
início
a
partir
de
1º
de
janeiro
de
2030.
Dispõe
o
art.
131
do
CC
que:
“O
termo
inicial
suspende
o
exercício,
mas
não
a
aquisição
do
direito”.
Portanto,
o
direito
sob
termo
é
considerado
direito
adquirido.
Distingue-‐se
da
condição
suspensiva,
pois
esta
impede
a
aquisição
do
direito.
Ademais,
no
termo,
o
evento
é
futuro
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DIREITO
CIVIL
-‐
PARTE
GERAL
CPF - 93518064487
PROF.
FLÁVIO
MONTEIRO
DE
BARROS
e
certo;
na
condição,
é
futuro
e
incerto.
O
devedor
que
paga
uma
dívida
antes
do
termo,
não
pode
reaver
o
que
pagou;
se,
ao
revés,
efetuar
o
pagamento
antes
da
condição,
torna-‐se
viável
a
repetição
do
pagamento.
Se
a
coisa
perecer
por
caso
fortuito
ou
força
maior
antes
do
advento
do
termo,
não
há
direito
à
indenização,
pois
os
riscos
da
coisa
são
suportados
pelo
credor.
b)
termo
final
(“ad
quem”
ou
“ad
diem”)
ou
resolutivo:
é
o
que
extingue
o
direito.
Exemplo:
a
locação
se
extinguirá
em
02
de
fevereiro
de
2030.
Assemelha-‐se
à
condição
resolutiva,
pois
em
ambos
o
direito
é
extinto.
O
termo,
porém,
é
um
acontecimento
futuro
e
certo,
ao
inverso
da
condição,
que
é
futuro
e
incerto.
O
termo
ainda
pode
ser:
a)
termo
certo:
é
o
que
se
reporta
a
um
fato
certo
e
com
data
certa.
Exemplos:
07
de
abril
de
2030;
início
da
primavera;
quando
tal
pessoa
atingir
a
maioridade.
b)
termo
incerto:
é
o
que
se
refere
a
um
fato
certo,
mas
cuja
data
de
ocorrência
não
se
pode
precisar.
O
fato
é
certo,
mas
a
data
é
incerta.
Exemplo:
dar-‐te-‐ei
esta
casa
no
dia
em
que
Pedro
morrer.
A
morte
é
um
fato
inexorável,
uma
certeza
matemática,
razão
pela
qual,
no
exemplo
acima,
estamos
diante
de
um
termo,
e
não
de
uma
condição.
Se,
ao
revés,
o
doador
te
dissesse:
dar-‐te-‐ei
esta
casa
se
Paulo
morrer
antes
de
Pedro,
haverá
condição
e
não
termo,
porque
o
evento
é
incerto.
O
termo
ainda
se
classifica
em:
a)
legal
ou
de
direito:
é
o
estipulado
por
lei.
b)
convencional:
é
o
estipulado
pela
vontade
das
partes.
c)
judicial
ou
de
graça:
é
o
estipulado
pelo
juiz
em
favor
do
devedor
que
se
encontra
em
situação
difícil
de
solver
a
dívida
no
prazo.
Trata-‐se
de
caridade
jurídica,
sendo,
pois,
inadmissível
no
direito
brasileiro.
MEDIDAS
CONSERVATÓRIAS
Dispõe
o
art.
135
do
CC
que:
“Ao
termo
inicial
e
final
aplicam-‐se,
no
que
couber,
as
disposições
relativas
à
condição
suspensiva
e
resolutiva”.
Por
outras
palavras,
como
ensina
Washington
de
Barros
Monteiro,
o
titular
da
relação
jurídica
sujeita
a
termo
inicial
pode
exercer
atos
e
ações
destinados
a
conservá-‐la,
como,
por
exemplo,
interromper
a
prescrição.
Em
relação
a
outras
ações
judiciais
lhe
é
vedada
a
propositura,
conforme
arts.130
combinado
com
o
art.135,
ambos
do
CC,
mas
por
força
do
princípio
da
actio
nata,
o
prazo
prescricional
para
a
propositura
das
ações
judiciais
só
começa
a
fluir
para
ele
após
o
advento
do
termo.
Se,
na
pendência
do
termo,
houver
novas
disposições
efetuadas
pelo
estipulante,
elas
deixarão
de
subsistir
tão
logo
ocorra
o
implemento
do
termo.
Da
mesma
forma,
o
titular
de
direito,
submetido
a
termo
final
pode
exercê-‐lo,
como
se
fora
puro
e
simples.
Chegado
o
termo,
porém,
ele
extingue-‐se.
ATOS
E
NEGÓCIOS
JURÍDICOS
QUE
NÃO
ADMITEM
TERMO
E
CONDIÇÃO
Os
atos
ou
negócios
que
não
admitem
termo
nem
condição,
dentre
outros,
são
os
seguintes:
a)
os
relativos
ao
estado
das
pessoas,
como
a
emancipação;
b)
os
relativos
ao
direito
de
família,
como
o
casamento;
c)
aceitação
e
renúncia
da
herança.
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DIREITO
CIVIL
-‐
PARTE
GERAL
CPF - 93518064487
PROF.
FLÁVIO
MONTEIRO
DE
BARROS
No
tocante
à
instituição
de
legatário,
admite
termo
e
condição.
Tratando-‐se,
porém,
de
instituição
de
herdeiro
testamentário,
a
lei
só
admite
a
condição,
vedando
o
termo.
Saliente-‐se,
contudo
que,
reputa-‐se
não
escrito
o
termo,
nos
casos
em
que
não
for
admitido,
mantendo-‐se,
porém,
a
validade
do
negócio,
ao
passo
que
a
condição,
quando
não
admitida,
provoca
a
nulidade
do
negócio
a
que
se
subordina.
No
tocante
à
doação
sob
termo
inicial,
a
doutrina
a
admite
sem
impugnação.
Exemplo:
doação
com
início
a
partir
da
maioridade
civil
do
donatário.
Nada
obsta
também
a
doação
em
que
o
termo
inicial
é
a
morte
do
doador,
desde
que
a
transferência
da
propriedade
se
dê
em
vida,
pois,
como
é
sabido,
o
direito
brasileiro
proíbe
a
doação
“causa
mortis”.
Na
doação
“causa
mortis”,
a
propriedade
só
é
transferida
ao
donatário
após
a
morte
do
doador.
Na
doação
sob
termo,
a
propriedade
é
transferida
em
vida
pelo
doador
ao
donatário,
funcionando
o
óbito
como
fato
gerador
do
exercício
do
direito
e
não
de
sua
aquisição.
Por
outro
lado,
Agostinho
Alvim
lembra
que
alguns
juristas
repugnam
a
doação
sob
termo
final
ou
resolutivo.
Exemplo:
dou-‐te
esta
casa,
mas
ao
cabo
de
dez
anos
resolve-‐se
a
doação.
Creio
que
é
admissível,
porque
o
parágrafo
único
do
art.
547
do
CC
proíbe
apenas
a
cláusula
de
reversão
em
favor
de
terceiro,
isto
é,
o
fideicomisso
“inter
vivos”,
não
havendo
qualquer
obstáculo
legal
para
a
reversão,
em
benefício
do
próprio
doador.
PRAZO
Prazo
é
o
lapso
de
tempo
entre
o
termo
inicial
e
o
termo
final.
Dispõe
o
art.
132
do
CC
que:
“Salvo
disposição
legal
ou
convencional
em
contrário,
computam-‐se
os
prazos,
excluindo
o
dia
do
começo,
e
incluindo
o
dia
do
vencimento.”
Consagra-‐se
nesse
dispositivo
o
princípio
“dies
a
quo
non
computatut
intermino”;
“dies
ad
quem
computatur
intermino”.
O
§
1º
do
art.
132
do
CC
salienta
que:
“Se
o
dia
do
vencimento
cair
em
feriado,
considerar-‐se-‐
á
prorrogado
o
prazo
até
o
seguinte
dia
útil”.
O
domingo
é
equiparado
a
feriado.
Se
o
vencimento
cair
no
sábado
não
há
prorrogação,
porquanto
sábado
não
é
feriado,
salvo
se
foi
convencionado
o
pagamento
em
estabelecimento
bancário.
Meado
considera-‐se,
em
qualquer
mês,
o
seu
décimo
quinto
dia
(§
2º
do
art.
132).
Se,
por
exemplo,
as
partes
convencionaram
o
vencimento
em
meados
de
outubro,
significa
que
o
termo
“ad
quem”
será
o
dia
15
de
outubro.
Os
prazos
de
meses
e
anos
expiram
no
dia
de
igual
número
do
de
início,
ou
no
imediato,
se
faltar
exata
correspondência
(§3º
do
art.
132).
Se
o
contrato
for
celebrado
no
dia
26
de
setembro,
para
vencer-‐se
depois
de
um
mês,
significa,
que
o
termo
“ad
quem”
será
o
dia
26
de
outubro;
se
o
vencimento
for
de
um
ano,
o
termo
final
cairá
no
dia
26
de
outubro
do
ano
seguinte.
Se,
porém,
o
negócio
for
celebrado
no
dia
29
de
fevereiro,
para
vencer-‐se
em
um
ano,
significa
que
o
termo
final
será
o
dia
01
de
março
do
ano
seguinte,
se
neste
caso
o
mês
de
fevereiro
terminar
no
28º
dia.
Outro
exemplo:
o
prazo
de
um
mês
de
negócio
celebrado
aos
31
de
março
esgota-‐se
no
dia
1º
de
maio,
porque
o
mês
de
abril
termina
no
trigésimo
dia.
Denota-‐se,
portanto,
que,
no
âmbito
civil,
o
mês
não
corresponde
a
trinta
dias,
pois
aplica-‐se
o
calendário
comum,
que
é
o
calendário
gregoriano.
Quanto
ao
ano,
é
o
período
de
12
meses
contados
do
dia
do
início
do
prazo,
extinguindo-‐se
no
dia
e
mês
correspondente
do
ano
seguinte
(art.1º
da
lei
810/49).
Os
títulos
de
crédito,
porém,
na
falta
do
dia
correspondente,
vencem-‐se
no
último
dia
do
mês
de
pagamento,
ao
invés
de
prorrogarem-‐se
para
o
dia
imediato
(art.
17,
in
fine,
do
Decreto
nº
2.044/1908).
Assim,
o
prazo
de
um
mês
de
cheque
ou
nota
promissória,
emitidos
no
dia
31
de
10
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GERAL
CPF - 93518064487
PROF.
FLÁVIO
MONTEIRO
DE
BARROS
março,
cairá
no
dia
30
de
abril.
Se
emitidos
no
dia
29
de
fevereiro,
para
vencer-‐se
depois
de
um
ano,
o
termo
final
será
o
dia
28
de
fevereiro
do
ano
seguinte.
De
fato,
a
lei
geral
não
revoga
a
lei
especial,
conforme
preceitua
o
art.
903
do
CC.
Por
outro
lado,
os
prazos
fixados
por
hora
contar-‐se-‐ão
de
minuto
a
minuto.
Anote-‐se
que
a
hora
é
irrelevante
quando
o
prazo
for
mensal
ou
anual,
ou
fixado
em
dias.
Nos
testamentos,
presume-‐se
o
prazo
em
favor
do
herdeiro,
e,
nos
contratos,
em
proveito
do
devedor,
salvo,
quanto
a
esses,
se
o
teor
do
instrumento,
ou
das
circunstâncias,
resultar
que
se
estabeleceu
a
benefício
do
credor,
ou
de
ambos
os
contratantes.
Assim,
o
devedor
pode
efetuar
o
pagamento
antecipado
da
dívida.
Igualmente,
o
herdeiro
encarregado
da
entrega
de
algum
legado.
Dependendo
das
circunstâncias,
porém,
o
prazo
contratual
pode
ser
interpretado
como
sendo
um
benefício
para
o
credor,
ou
a
ambos
os
contratantes,
como,
por
exemplo,
a
obrigação
de
o
devedor
entregar
uma
boiada
em
determinada
data.
Em
tal
situação,
o
dia
do
vencimento
deverá
ser
observado,
vedando-‐se
o
pagamento
antecipado,
isto
é,
a
entrega
da
boiada,
antes
do
termo,
se
isso
implicar
em
prejuízo
para
o
credor,
pelo
fato
de
este
ainda
não
dispor,
por
exemplo,
do
pasto
apropriado
para
acomodação
dos
bois.
Preceitua
ainda
o
art.
134
do
CC
que:
“Os
negócios
jurídicos
entre
vivos,
sem
prazo,
são
exequíveis
desde
logo,
salvo
se
a
execução
tiver
de
ser
feita
em
lugar
diverso
ou
depender
de
tempo”.
Consagra-‐se
nesse
dispositivo
o
princípio
da
satisfação
imediata,
facultando-‐se
ao
credor,
nas
obrigações
sem
prazo,
exigir
a
prestação
a
qualquer
tempo,
mediante
notificação
do
devedor,
que
pode
ser
judicial
ou
extrajudicial,
conforme
prevê
o
parágrafo
único
do
art.
397
do
CC.
Este
princípio
da
satisfação
imediata
comporta
quatro
exceções.
A
primeira
ocorre
quando
o
cumprimento
da
obrigação
deve
ser
feito
em
lugar
diverso
daquele
onde
foi
celebrado
o
negócio
jurídico.
Nesse
caso,
há
um
prazo
tácito.
Exemplo:
transporte
de
mercadoria
de
uma
cidade
para
outra.
A
segunda,
quando
o
cumprimento
da
obrigação
depender
de
um
certo
tempo,
como,
por
exemplo,
a
devolução
de
uma
coisa
que
está
em
lugar
distante.
Nesses
dois
casos,
compete
às
partes,
de
comum
acordo,
fixar
o
prazo,
sob
pena
de
o
juiz
fixá-‐lo.
Esse
prazo,
quando
fixado
pelo
juiz,
nada
tem
a
ver
com
o
prazo
de
graça,
pois
esse
último
é
fixado
por
humanidade,
em
atenção
à
situação
pessoal
do
devedor,
ao
passo
que
o
primeiro
é
arbitrado
conforme
as
circunstâncias
do
negócio.
A
terceira
exceção
ocorre
no
comodato.
Com
efeito,
se
neste
não
houver
prazo,
presumir-‐se-‐
lhe-‐á
o
necessário
para
o
uso
concedido.
Finalmente,
a
última
exceção
verifica-‐se
no
contrato
de
mútuo
de
dinheiro,
se
não
houver
prazo,
o
vencimento
não
pode
ser
exigido
imediatamente,
mas
só
depois
de
trinta
dias
(art.
592,
II,
do
CC).
ENCARGO
OU
MODO
CONCEITO
Encargo
(auflagen)
ou
modo
é
a
cláusula
imposta
nos
negócios
gratuitos,
restringindo
a
vantagem
do
beneficiado.
Por
exemplo:
doo
o
terreno
a
certa
pessoa
para
nele
ser
construído
um
asilo.
Outro
exemplo:
testamento
beneficiando
uma
pessoa,
mas
impondo-‐lhe
a
obrigação
de
prestar
alimentos
a
um
terceiro.
Conforme
salienta
Washington
de
Barros
Monteiro,
trata-‐se
de
estipulação
peculiar
a
título
gratuito,
inter
vivos
ou
causa
mortis,
que
encerra
a
concessão
de
algum
benefício
(doação,
herança,
legado),
sendo,
porém,
igualmente
admissível
em
declarações
unilaterais
de
vontade,
como
a
promessa
de
recompensa.
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CIVIL
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PARTE
GERAL
CPF - 93518064487
PROF.
FLÁVIO
MONTEIRO
DE
BARROS
Nos
negócios
onerosos,
salienta
Agostinho
Alvim,
“não
há
propriamente
encargo,
ou
modo,
porque
a
obrigação
assumida,
digamos,
pelo
comprador,
estará
compensada
com
a
diminuição
do
preço.
O
encargo,
nesse
caso,
é
correspectivo”.
De
fato,
nos
negócios
onerosos,
não
haverá
encargo
no
sentido
técnico
desse
termo,
pois
o
modo
não
pode
ser
contraprestação
da
prestação
recebida.
Conquanto
válido
o
negócio,
deverá
ser
tratado
como
contrato
oneroso
e
não
como
encargo.
Alguns
autores
denominam
essa
situação
de
encargo
impróprio.
Acrescente-‐se
ainda
que
é
possível
constituir
o
encargo
sem
restringir
o
uso
da
coisa,
como
no
exemplo
da
doação
de
um
terreno,
mediante
a
imposição
da
obrigação
de
pagar
alimentos
a
uma
terceira
pessoa.
DISTINÇÃO
ENTRE
ENCARGO
E
CONDIÇÃO
SUSPENSIVA
A
condição
suspensiva
impede
a
aquisição
e
exercício
do
direito,
ao
passo
que
o
encargo
não
suspende
a
aquisição
nem
o
exercício
do
direito,
salvo
quando
expressamente
constar
no
ato
como
condição
suspensiva.
O
encargo
é
coercitivo,
pois
a
pessoa
pode
ser
constrangida
a
cumprir
a
obrigação,
salvo
se
o
encargo
for
personalíssimo,
a
condição,
ao
inverso,
não
coage,
porque
ninguém
pode
ser
obrigado
a
submeter-‐se
a
uma
condição.
Com
efeito,
se
não
for
cumprido
o
encargo,
o
interessado
pode
mover
ação
judicial
visando
o
adimplemento
da
obrigação;
na
condição
não
lhe
assiste
essa
faculdade.
No
encargo,
antes
mesmo
que
a
obrigação
seja
cumprida,
a
pessoa
já
adquire
o
direito,
porque
não
suspende
a
aquisição
nem
o
exercício
do
direito.
Denota-‐se,
portanto,
que
o
encargo
é
menos
restritivo
que
a
condição.
Na
dúvida,
o
negócio
deve
ser
tratado
como
encargo
e
não
como
condição.
Nada
obsta,
porém,
que
o
estipulante
discipline
expressamente
o
encargo
como
condição,
conforme
preceitua
o
art.
136
do
CC.
Washington
de
Barros
Monteiro
afirma
que
a
conjunção
“se”
serve
para
indicar
que
se
trata
de
uma
condição,
enquanto
o
emprego
das
locuções
“para
que”,
“a
fim
de
que”,
”com
a
obrigação
de,
denota
a
presença
de
encargo.
Haverá
condição
no
seguinte
exemplo:
dou-‐te
tal
terreno
se
nele
construíres
um
asilo.
Em
contrapartida,
haverá
encargo
quando
disseres:
dou-‐te
tal
terreno
para
o
fim
de
construíres
um
asilo.
Na
condição,
a
aquisição
e
o
exercício
do
direito
só
ocorrerão
após
a
construção
do
asilo;
no
encargo,
adquire-‐se
desde
logo
o
terreno.
Se
descumprida
a
condição,
não
será
possível
exigir
o
adimplemento
da
obrigação,
isto
é,
a
construção
do
asilo;
no
encargo,
admite-‐se
a
ação
judicial
visando
o
seu
cumprimento.
Se
o
descumprimento
do
encargo
emanar
de
caso
fortuito
ou
força
maior,
o
donatário
estará
liberado,
mantendo-‐se,
porém,
a
doação,
como
sendo
pura
e
simples,
pois
a
doação,
ainda
que
sujeita
a
encargo,
não
perde
o
caráter
predominante
de
liberalidade.
No
encargo
imposto
como
condição
suspensiva,
não
executado
aquele,
ainda
que
por
caso
fortuito
ou
força
maior,
o
donatário
deixará
de
adquirir
o
direito.
REVOGAÇÃO
DO
ATO
POR
INEXECUÇÃO
DO
ENCARGO
Se
houver
descumprimento
culposo
do
encargo,
o
doador
terá
duas
opções:
a) mover
ação
revocatória
da
doação.
Esta
ação
é
exclusiva
do
doador.
b) mover
ação
para
exigir
o
cumprimento
do
encargo.
Além
do
doador,
podem
mover
essa
ação
o
terceiro
beneficiário
pelo
encargo.
O
Ministério
Público,
quando
o
encargo
for
de
interesse
geral,
também
pode
propor
essa
ação,
desde
que
o
doador
já
esteja
morto.
Vivo
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DIREITO
CIVIL
-‐
PARTE
GERAL
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PROF.
FLÁVIO
MONTEIRO
DE
BARROS
este,
ainda
que
interditado,
não
pode
o
Ministério
Público
atuar.
Se
o
encargo
for
imposto
em
testamento,
o
Ministério
Público
pode
mover
a
ação
se
o
encargo
for
de
interesse
geral.
O
donatário
não
tem
a
opção
de
devolver
a
coisa,
ao
invés
de
cumprir
o
encargo,
pois
o
encargo
resulta
de
um
contrato,
sendo,
pois,
vedado
o
distrato
unilateral
do
negócio.
O
encargo
não
é
cláusula
penal,
de
modo
que
o
donatário
deverá
cumpri-‐lo
ainda
que
exceda
o
valor
da
doação.
Por
outro
lado,
tratando-‐se
de
encargo
personalíssimo,
como
a
obrigação
de
se
casar,
se
o
devedor
morre
antes
de
cumpri-‐lo,
o
bem
volta
ao
doador
ou
seus
herdeiros.
Se,
ao
inverso,
o
encargo
encerrar
uma
obrigação
não
personalíssima,
com
a
morte
do
devedor,
o
bem
é
transmitido
aos
herdeiros
deste
juntamente
com
o
encargo.
Nos
legados
com
encargo,
aplica-‐se
ao
legatário
o
disposto
neste
Código
quanto
às
doações
de
igual
natureza
(art.
1.938
do
CC).
Se,
porém,
o
testador
ordenar
que
o
herdeiro
ou
legatário
entregue
coisa
de
sua
propriedade
a
outrem,
não
o
cumprindo
ele,
entender-‐se-‐á
que
renunciou
à
herança
ou
legado
(art.
1.913
do
CC).
Assim,
é
possível
mover
ação
judicial
para
obrigar
o
legatário,
que
aceitou
o
legado,
a
cumprir
o
encargo,
salvo
quando
este
consistir
na
entrega
de
coisa
de
sua
propriedade,
pois,
nesse
caso,
o
descumprimento
da
obrigação
implicará
em
renúncia
ao
legado.
ENCARGO
ILÍCITO
OU
IMPOSSÍVEL
Dispõe
o
art.
137
do
CC:
“Considera-‐se
não
escrito
o
encargo
ilícito
ou
impossível,
salvo
se
constituir
o
motivo
determinante
da
liberalidade,
caso
em
que
se
invalida
o
negócio
jurídico”.
Enquanto
a
condição
suspensiva,
física
e
juridicamente
impossível,
invalida
o
negócio
jurídico
que
lhe
é
subordinado,
o
encargo
considera-‐se
não
escrito,
reputando-‐se
válido
o
negócio.
Se,
contudo,
o
encargo
ilícito
ou
impossível
for
a
razão
determinante
da
liberalidade,
invalida-‐
se
todo
o
negócio
jurídico.
É
nula
a
doação
de
uma
casa
para
nela
se
montar
um
prostíbulo.
É,
no
entanto,
válida
a
doação
de
uma
casa
acompanhada
de
encargo
de
auxiliar
determinada
mulher
a
prostituir-‐se.
Assim,
o
encargo
pode
ser:
a) principal:
é
o
imposto
como
a
razão
determinante
do
negócio
jurídico.
b) secundário:
é
o
imposto
como
sendo
uma
obrigação
de
somenos
importância
do
negócio,
de
modo
que
a
liberalidade
se
realizaria
ainda
que
o
estipulante
soubesse
de
antemão
da
nulidade
dessa
cláusula.
Saber
se
o
encargo
é
principal
ou
secundário
é
uma
questão
de
interpretação
do
negócio,
atento
às
peculiaridades
de
cada
caso
concreto,
pois
nenhum
critério
abstrato
nos
fornece
a
chave
da
resolução
do
problema.
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DIREITO
CIVIL
-‐
PARTE
GERAL
CPF - 93518064487
PROF.
FLÁVIO
MONTEIRO
DE
BARROS
PERGUNTAS:
1) O
que
são
elementos
essenciais,
naturais
e
acidentais
dos
negócios
jurídicos?
2) Quais
são
os
elementos
acidentais?
3) Os
elementos
acidentais
são
cabíveis
em
todos
os
negócios
jurídicos?
4) Qual
a
distinção
entre
condição
voluntária
e
condição
necessária?
5) Quais
os
elementos
da
condição?
6) O
que
são
condições
impossíveis?
7) O
que
são
condições
fisicamente
impossíveis?
8) O
que
são
condições
juridicamente
impossíveis?
9) As
condições
fisicamente
impossíveis
e
as
juridicamente
impossíveis
sempre
anulam
o
negócio
jurídico?
10) O
que
são
condições
casuais?
11) Qual
a
distinção
entre
condições
puramente
potestativas
e
meramente
potestativas?
12) O
que
é
condição
mista?
13) O
que
é
condição
promíscua?
14) O
que
são
condições
perplexas?
15) Qual
a
distinção
entre
condições
ilícitas
e
condições
juridicamente
impossíveis?
16) Qual
a
distinção
entre
condições
positivas
e
negativas?
17) O
que
é
condição
suspensiva
e
quais
os
seus
três
estados?
18) Disserte
sobre
a
retroatividade
das
condições
suspensivas.
19) O
que
é
condição
resolutiva
e
quais
os
seus
três
estados?
20) O
titular
de
um
direito
sob
condição
resolutiva
pode
transferi-‐lo
a
terceiros?
21) Qual
a
distinção
entre
condição
resolutiva
e
cláusula
resolutiva?
22) O
que
é
termo?
23) Qual
a
distinção
entre
termo
e
prazo?
24) O
que
é
termo
inicial
ou
suspensivo?
25) O
que
é
termo
final
ou
resolutivo?
26) Qual
a
distinção
entre
termo
certo
e
termo
incerto?
27) Qual
a
distinção
entre
termo
legal,
convencional
e
judicial
ou
de
graça?
28) Quais
as
medidas
conservatórias
que
podem
ser
tomadas
pelo
titular
do
direito
sob
termo?
29) Quais
os
atos
e
negócios
jurídicos
que
não
admitem
termo?
30) Qual
a
consequência
da
inserção
de
termo
nos
atos
em
que
a
lei
proíbe
termo?
31) É
cabível
a
doação
sob
termo?
32) O
que
é
prazo?
33) Como
se
contam
os
prazos?
34) Quando
se
prorroga
o
prazo?
35) O
que
é
meado?
36) Como
se
contam
os
prazos
em
meses?
37) Como
se
contam
os
prazos
fixados
por
hora?
38) Disserte
sobre
prazo.
39) O
que
é
encargo
ou
modo?
40) O
que
é
encargo
correspectivo?
41) É
possível
a
instituição
de
encargo
sem
restringir
o
uso
da
coisa?
42) Qual
a
distinção
entre
encargo
e
condição
suspensiva?
43) O
encargo
pode
ser
disciplinado
como
condição
suspensiva?
44) Na
hipótese
de
descumprimento
culposo
do
encargo,
quais
as
opções
do
doador?
45) Quem
pode
mover
ação
revocatória
de
doação
com
encargo?
46) Qual
o
efeito
do
encargo
ilícito
ou
impossível?
14
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DIREITO
CIVIL
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GERAL
CPF - 93518064487
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