SC Cosit N 87-2016
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Fls. 1
Coordenação-Geral de Tributação
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Solução de Consulta n.º 87 Cosit
Fls. 2
Relatório
5. Conclui questionando se, em relação aos serviços que presta à pessoa jurídica
coabilitada ao Reidi, “tendo por objeto a vigilância patrimonial da unidade” em que ocorrem
as obras de construção civil que ensejaram a coabilitação de sua contratante ao Reidi, deverá,
“por ocasião da emissão da respectiva Nota Fiscal, suspender a exigência da Contribuição
para o PIS/PASEP e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS,
conforme arts. 1.° a 5 da Lei 11.488/07 e alterações; Decreto 6.144/07 e alterações
(especialmente art. 2.°, I, "c") e Instrução Normativa 458/07 e alterações (especialmente art.
2.°, I, "c" e 13, II)”.
Fundamentos
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Art. 5º A habilitação de que trata o art. 4º somente poderá ser requerida por
pessoa jurídica de direito privado titular de projeto para implantação de obras
de infra-estrutura nos setores de:
(...)
§ 1º Considera-se titular a pessoa jurídica que executar o projeto, incorporando
a obra de infra-estrutura ao seu ativo imobilizado.
§ 2º A pessoa jurídica que aufira receitas decorrentes da execução por
empreitada de obras de construção civil, contratada pela pessoa jurídica
habilitada ao Reidi, poderá requerer cohabilitação ao regime. ( Redação dada
pelo Decreto nº 7.367, de 25 de novembro de 2010 )
§ 3º Observado o disposto no § 4º, a pessoa jurídica a ser coabilitada deverá:
I - comprovar o atendimento de todos requisitos necessários para a habilitação
ao Reidi; e
II - cumprir as demais exigências estabelecidas para a fruição do regime.
§ 4º Para a obtenção da coabilitação, fica dispensada a comprovação da
titularidade do projeto de que trata o caput. (grifos nossos)
Art. 7o (...)
(...)
§ 1o Além da documentação relacionada no caput, a pessoa jurídica a ser
coabilitada deverá apresentar contrato com a pessoa jurídica habilitada ao
Reidi, cujo objeto seja exclusivamente a execução de obras de construção civil
referentes ao projeto aprovado pela portaria mencionada no inciso IV do caput.
(Redação dada pelo Decreto nº 7.367, de 2010)”(grifou-se)
13. Preliminarmente, salienta-se a obrigatoriedade de interpretação da legislação
tributária correlata nos termos estabelecidos pelo inciso I do art. 111 do Código Tributário
Nacional, veiculado pela Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966: “Art. 111. Interpreta-se
literalmente a legislação tributária que disponha sobre: I - suspensão ou exclusão do crédito
tributário”.
14. Fixadas essas premissas, pode-se avançar para a análise dos benefícios
tributários proporcionados pelo Reidi a seus beneficiários, pessoas jurídicas a ele habilitadas ou
coabilitadas.
15. Conforme consta do art. 2º do Decreto nº 6.144, de 2007, os benefícios dos
Reidi alcançam aquisições no mercado interno e importações promovidas por seus
beneficiários (pessoas jurídicas habilitadas ou coabilitadas):
a) dos seguintes bens destinados, ao final, ao ativo imobilizado da pessoa
jurídica habilitada:
i) máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, adquiridos
para incorporação em obras de infra-estrutura;
i) materiais de construção adquiridos para utilização ou incorporação em
obras de infra-estrutura;
b) dos seguintes serviços e intangíveis:
iii) serviços aplicados em obras de infraestrutura;
iv) locação de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos para
utilização em obras de infraestrutura.
16. Neste ponto, cabe enfatizar que, ao contrário do que demonstra crer a
consulente, o legislador não estabeleceu como condição para o gozo da suspensão da exigência
da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins que os serviços contratados pela pessoa jurídica
habilitada ou coabilitada sejam necessários, em maior ou menor grau, à execução das obras de
construção civil, mas sim que nessas obras sejam aplicados, termo este que possui uma
conotação distinta, e claramente mais restritiva, que aquele aventado pela consulente.
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21. Ademais, ante a argumentação supra, deve-se ressaltar que a mesma conclusão é
válida ainda que os serviços de vigilância patrimonial fossem prestados a pessoa jurídica
habilitada ao Reidi.
Conclusão
(assinado digitalmente)
RONI PETERSON BERNARDINO DE BRITO
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil
(Delegação de Competência - Portaria RFB nº 657, de 26/04/2016 – DOU 27/04/2016)
(assinado digitalmente)
OTHONIEL LUCAS DE SOUSA JUNIOR
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil
Coordenador da Cotex
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Ordem de Intimação
(assinado digitalmente)
FERNANDO MOMBELLI
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil
Coordenador-Geral da Cosit