Ebook 2022 ASG
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5. FUNDOS DE INVESTIMENTO.....................................................127
v 2022.2_ASG
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1. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
E PARTICIPANTES DO MERCADO
(PROPORÇÃO: DE 5 A 10%)
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1.1 ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO, AUTO
REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO
1.1.1 CMN
Autoridade Máxima do Sistema Financeiro Nacional, composto por três
membros: Ministro da Economia, Presidente do Banco Central e Secretário
Especial da Fazenda.
É um órgão normativo, cria regras, não executa, ou seja, não fiscaliza, não
impõem multas, não age diretamente.
Principais Atribuições:
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entre outras instituições, fiscaliza também os profissionais que atuam na área,
como, por exemplo, os agentes autônomos de investimentos, consultores de
investimento, gestores de fundos, analista de ações e auditores que atuam na
área.
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1.1.5 SUPERINTENDÊNCIA NACIONAL DE
PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR - PREVIC
1.1.6 ANBIMA
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Importante: Os Códigos da ANBIMA apenas complementam a legislação em
vigor
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1.2. BANCOS MÚLTIPLOS
1.2.1 Principais carteiras (comercial e investimento)
Banco com duas ou mais carteiras, sendo uma delas, obrigatoriamente
Comercial ou de Investimento.
Bancos Comerciais
Instituições Públicas ou Privadas que praticam a intermediação de recursos
financeiros para pessoas físicas ou jurídicas com foco no curto e médio prazo,
os bancos comerciais movimentam captam depósitos à vista (conta corrente) e
também captam depósitos a prazo (CDB).
Bancos de Investimento
Instituições Financeiras com foco em operações de médio e longo prazo. Captam
Recursos somente via Depósitos a Prazo (CDB). Suas principais operações são:
● Financiamento de Capital,
● Operações com Valores Mobiliários,
● Câmbio e Metais Preciosos,
● Gestão de Recursos de Terceiros (fundos de investimento),
● Repasse de recursos oriundos do exterior, etc (Resolução CMN
2.624/99).
●
Principais funções e atribuições:
- Underwriting;
- Negociação e distribuição de títulos e valores mobiliários;
- Administração de recursos de terceiros;
- Intermediação de câmbio;
- Intermediação de derivativos
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1.3 DISTRIBUIDORAS E CORRETORAS DE
TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E DE
FUTUROS
Realizam a intermediação de operações com títulos e valores mobiliários.
Principais Operações:
• Intermediação de títulos e valores mobiliários;
• Compra, venda e distribuição de títulos e valores mobiliários por conta e
ordem de terceiros
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VII – Agentes autônomos de investimento, administradores de carteira, analistas
e consultores de valores mobiliários autorizados pela CVM, em relação a seus
recursos próprios;
VIII – Investidores não residentes
Investidor Qualificado
São considerados investidores qualificados:
I – Investidores profissionais;
II – Pessoas naturais ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em
valor superior a R$ 1 milhão e que, adicionalmente, atestem por escrito sua
condição de investidor qualificado mediante termo próprio;
III – As pessoas naturais que tenham sido aprovadas em exames de qualificação
técnica ou possuam certificações aprovadas pela CVM como requisitos para o
registro de agentes autônomos de investimento, administradores de carteira,
analistas e consultores de valores mobiliários, em relação a seus recursos
próprios; e
IV – Clubes de investimento, desde que tenham a carteira gerida por um ou mais
cotistas, que sejam investidores qualificados.”
Investidor não-residente
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2. COMPLIANCE LEGAL, ÉTICA E
ANÁLISE DO PERFIL DO INVESTIDOR
(PROPORÇÃO: DE 15 A 25%)
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2.1 RISCO DE IMAGEM (REPUTAÇÃO) E RISCO
LEGAL
Risco de Imagem
Está relacionado à reputação da empresa (ou indivíduo). A imagem é a
percepção do mercado sobre determinada empresa. Uma publicidade negativa
pode prejudicar consideravelmente os negócios de uma empresa. Um exemplo
é não observância dos princípios éticos.
Risco Legal
É a possibilidade de perdas decorrentes de multas, penalidades ou indenizações
resultantes do não cumprimento da lei. Nas instituições, compliance é o conjunto
de disciplinas para fazer cumprir as normas legais e também evitar qualquer
desvio que possa ocorrer.
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2.2.1 Segregação de atividades de forma a evitar
possíveis conflitos de interesses (Barreira de
Informação) e definição de responsabilidades: Artigo 2º
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2.3 PREVENÇÃO E COMBATE À LAVAGEM DE
DINHEIRO E AO FINANCIAMENTO DO
TERRORISMO (PLD/FT)
2.3.1 LEGISLAÇÃO E REGULAMENTAÇÃO CORRELATA:
Conceito:
Lei 9613/98 – Alterada pela lei 12.683/12
Dos Crimes de “Lavagem” ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores: Art. 1.
Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação
ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou
indiretamente, de infração penal.
Caracterização
A caracterização de operações suspeitas possui diversas facetas, mas a
principal delas é movimentação de recursos incompatível com a renda ou
patrimônio do agente econômico.
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II. os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia,
guarda, tem em depósito, movimenta ou transfere;
III. importa ou exporta bens com valores não correspondentes aos
verdadeiros.
Incorre, ainda, na mesma pena quem:
I. Utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens, direitos ou valores
provenientes de infração penal;
II. Participa de grupo, associação ou escritório tendo conhecimento de que
sua atividade principal ou secundária é dirigida à prática de crimes
previstos nesta Lei
IMPORTANTE:
Pena reduzida de 1/3 em até 2/3 começará a ser cumprida em regime aberto,
podendo o juiz aplica-la ou substituí-la por pena restritiva de direitos, se o autor,
coautor ou partícipe colaborar espontaneamente com as autoridades,
prestando esclarecimentos que conduzam à apuração das infrações penais e de
sua autoria ou à localização dos bens, direitos ou valores objeto do crime.
Pena aumentada de um a dois terços se os crimes definidos na lei forem
cometidos de forma reiterada ou por intermédio de organização criminosa.
Pena aumentada de um a dois terços se os crimes definidos na lei forem
cometidos de forma reiterada ou por intermédio de organização criminosa.
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Estão sujeitas aos mecanismos de controle de lavagem de dinheiro as pessoas
físicas e jurídicas que tenham, em caráter permanente ou eventual, como
atividade principal ou acessória, cumulativamente ou não:
I - a captação, intermediação e aplicação de recursos financeiros de
terceiros, em moeda nacional ou estrangeira;
II – a compra e venda de moeda estrangeira ou ouro como ativo financeiro
ou instrumento cambial;
III - a custódia, emissão, distribuição, liquidação, negociação,
intermediação ou administração de títulos ou valores mobiliários.
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b) de gestão de fundos, valores mobiliários ou outros ativos;
c) de abertura ou gestão de contas bancárias, de poupança, investimento
ou de valores mobiliários;
d) e criação, exploração ou gestão de sociedades de qualquer natureza,
fundações, fundos fiduciários ou estruturas análogas;
e) financeiras, societárias ou imobiliárias; e
f) de alienação ou aquisição de direitos sobre contratos relacionados a
atividades desportivas ou artísticas profissionais;
As instituições financeiras:
I. Identificarão seus clientes e manterão cadastro atualizado;
II. Manterão registro de toda transação em moeda nacional ou estrangeira
que ultrapassar limite fixado pela autoridade competente;
III. Deverão adotar políticas, procedimentos e controles internos,
compatíveis com seu porte e volume de operações, que lhes permitam
atender ao disposto neste artigo;
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IV. Deverão cadastrar-se e manter seu cadastro atualizado no órgão
regulador ou fiscalizador e, na falta deste, no Coaf.
V. Deverão atender às requisições formuladas pelo Coaf na periodicidade,
forma e condições por ele estabelecidas.
O sistema de registro deve permitir a identificação:
Das operações que, realizadas com uma mesma pessoa, conglomerado
financeiro ou grupo, em um mesmo mês calendário, superem, por
instituição ou entidade, em seu conjunto, o valor de R$10.000,00 (dez mil
reais);
Das operações que, por sua habitualidade, valor ou forma, configurem
artifício que objetive burlar os mecanismos de identificação, controle e
registro.
Os cadastros e registros deverão ser conservados durante o período
mínimo de dez anos a partir do encerramento da conta ou da conclusão
da transação, prazo este que poderá ser ampliado pela autoridade
competente.
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CAPÍTULO VII
Da Comunicação de Operações Financeiras
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1. emissão ou recarga de valores em um ou mais cartões pré-pagos, em
montante acumulado igual ou superior a R$ 50 mil ou o equivalente em
moeda estrangeira;
2. depósito em espécie, saque em espécie, ou saque em espécie por meio
de cartão pré-pago, de valor igual ou superior a R$ 50 mil;
3. emissão de cheque administrativo, TED ou de qualquer instrumento de
transferência de fundos contra pagamentos em espécie, de valor igual ou
superior a R$ 50 mil.
4.
2.3.1.4 Do cumprimento de sanções de indisponibilidade de
ativos impostas por resoluções do Conselho de Segurança das
Nações Unidas – CSNU (Lei 13.260/16, Lei 13.810/19, Instrução CVM
617/20, cap. VII e Circular Bacen 3.942/19)
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A instrução da CVM e a Circular do Bacen visam o cumprimento das sanções
impostas por resoluções do CSNU (Conselho de Segurança das Nações Unidas)
nos termos das leis referidas no capitulo.
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2.3.2 Conceito de abordagem baseada em risco para
PLD/FT (Instrução CVM 617/20, cap. II e Circular Bacen 3.978/20, cap. IV):
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2.3.2.2 Política direcionada às características e riscos relevantes
da instituição
O risco identificado deve ser avaliado quanto à sua probabilidade de ocorrência
e à magnitude dos impactos financeiro, jurídico, reputacional e socioambiental
para a instituição.
Devem ser definidas categorias de risco que possibilitem a adoção de controles
de gerenciamento e de mitigação reforçados para as situações de maior risco e
a adoção de controles simplificados nas situações de menor risco.
Devem ser utilizadas como subsídio à avaliação interna de risco, quando
disponíveis, avaliações realizadas por entidades públicas do País relativas ao
risco de lavagem de dinheiro e de financiamento do terrorismo.
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2.3.2.2 O princípio “conheça seu cliente” como forma de
proteção da instituição financeira e do profissional
O dever do profissional e da instituição financeira é o de identificar e comunicar
as operações suspeitas, fazendo isso ambos estarão protegidos de qualquer
penalidade civil ou administrativa caso tal operação seja classificada como crime
de lavagem de dinheiro.
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Os processos do “Conheça seu cliente” (Know Your Client - KYC) já são bem
conhecidos das instituições financeira, porém os processos “Conheça seu
empregado” (Know Your Employee - KYE) e “Conheça seu parceiro” (Know Your
Partners - KYP) vêm ganhando adesão como maneira de evitar fraudes, uma
vez que a maioria dos registros em empresas têm participação ativa de
funcionários, parceiros e fornecedores ou pelo menos algum grau de facilitação
por essas partes.
2.4.2 CONFIDENCIALIDADE
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Conforme explicito anteriormente profissionais que possuem acesso a
informações não públicas de empresas emissoras de papéis mobiliários devem
manter sigilo absoluto sobre essas informações, devendo apenas fornecê-las por
decisão judicial ou para órgãos fiscalizadores por força legal. O princípio da
confidencialidade também se aplica às operações dos clientes das instituições
financeiras, que jamais devem ser comentadas por profissionais.
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VII. Código de Atividades Conveniadas: Código ANBIMA de Regulação e
Melhores Práticas para as Atividades Conveniadas, que dispõe sobre os
convênios celebrados entre a ANBIMA e as instituições públicas;
VIII. Código dos Processos: Código ANBIMA dos Processos de Regulação e
Melhores Práticas que dispõe sobre a condução de processos sancionadores
para apuração de descumprimento às regras estabelecidas nos Códigos
ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas;
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XX. Instituições Participantes: instituições Associadas à ANBIMA ou instituições
Aderentes a este Código;
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2.5.2 OBJETIVO E ABRANGÊNCIA (Cap.II)
Objetivo - Estabelecer princípios e regras para a Distribuição de Produtos de
Investimentos visando principalmente:
I. A manutenção dos mais elevados padrões éticos e a consagração da
institucionalização de práticas equitativas no mercado financeiro e de
capitais;
II. A concorrência leal;
III. A padronização de seus procedimentos;
IV. O estímulo ao adequado funcionamento da Distribuição de Produtos
de Investimento;
V. A transparência no relacionamento com os investidores, de acordo
com o canal utilizado e as características dos investimentos; e
VI. A qualificação das instituições e de seus profissionais envolvidos na
Distribuição de Produtos de Investimento.
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Participantes estabelecidas em contratos, regulamentos, neste Código
e na Regulação vigente;
VII. Envidar os melhores esforços para que todos os profissionais que
desempenhem funções ligadas à Distribuição de Produtos de
Investimento atuem com imparcialidade e conheçam o código de ética
da Instituição Participante e as normas aplicáveis à sua atividade;
VIII. Divulgar informações claras e inequívocas aos investidores acerca dos
riscos e consequências que poderão advir dos Produtos de
Investimento; e
IX. Identificar, administrar e mitigar eventuais conflitos de interesse que
possam afetar a imparcialidade das pessoas que desempenhem
funções ligadas à Distribuição de Produtos de Investimento.
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informações confidenciais, reservadas ou privilegiadas que lhes tenham sido
confiadas em virtude do exercício de suas atividades profissionais.
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divulga, inclusive no que se refere à conformidade de tal material com as normas
da ANBIMA.
Os materiais publicitários, materiais técnicos ou propagandas institucionais
divulgados pelos fundos podem ser analisados pela ANBIMA a partir de
denúncias formuladas por instituições participantes, devendo tais denúncias
atender ao disposto no Código ANBIMA dos Processos de Regulação e
Melhores Práticas.
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por um prestador de serviço, este deve obter, antes da divulgação, aprovação
expressa da instituição participante.
O código também versa sobre as advertências que precisam constar nas peças
publicitárias tais como:
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V. Tributação aplicável;
VI. Classificação do Produto de Investimento (art. 49 - riscos, perfil dos
emissores, garantias e prazos de carência);
VII. Descrição resumida dos principais fatores de risco, incluindo, no mínimo, os
riscos de liquidez, de mercado e de crédito, quando aplicável; e
VIII. Informações sobre os canais de atendimento.
36
A Instituição Participante é responsável pelo Suitability de seus investidores.
37
2.5.7. PRIVATE (Cap. XI)
38
Valores Mobiliários para o exercício da atividade de administração de carteira de
valores mobiliários;
III. Profissional responsável pela análise de risco de mercado e de crédito dos
Produtos de Investimento recomendados aos investidores; e
IV. Economista.
I. Política de investimento;
II. Classificação de risco do Fundo;
III. Condições de aplicação, amortização (se for o caso) e resgate (cotização);
IV. Limites mínimos e máximos de investimento e valores mínimos para
movimentação e permanência no Fundo;
V. Taxa de administração, de performance e demais taxas;
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VI. Rentabilidade, observado o disposto nas regras de Publicidade previstas nos
anexos do Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para
Administração de Recursos de Terceiros, quando aplicável;
VII. Avisos obrigatórios, observado o disposto nas regras de Publicidade
previstas nos anexos do Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para
Administração de Recursos de Terceiros, quando aplicável; e
VIII. Referência ao local de acesso aos documentos do Fundo com explicitação
do canal destinado ao atendimento a investidores.
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frutos e rendimentos, não se comuniquem com o patrimônio daquele que está
distribuindo as cotas.
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2.6 ANÁLISE DO PERFIL DO INVESTIDOR
2.6.1 RESOLUÇÃO CVM 30
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II – o perfil dos emissores e prestadores de serviços associados ao produto;
III – a existência de garantias; e
IV – os prazos de carência.
É proibido recomendar produtos ou serviços ao cliente quando:
I – o perfil do cliente não seja adequado ao produto ou serviço;
II – não sejam obtidas as informações que permitam a identificação do perfil do
cliente; ou
III – as informações relativas ao perfil do cliente não estejam atualizadas.
Quando o cliente ordenar a realização de operações nas situações previstas
acima antes da primeira operação deve-se alertar o cliente acerca da ausência
ou desatualização de perfil ou da sua inadequação, com a indicação das causas
da divergência e obter declaração expressa do cliente de que está ciente da
ausência, desatualização ou inadequação de perfil.
O perfil dos clientes, assim como os produtos de investimento deverão ser
atualizados em intervalos não superiores a 24 meses. A obrigatoriedade de
verificar a adequação do produto, serviço ou operação não se aplica quando: o
cliente for investidor qualificado.
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2.6.3 FATORES DETERMINANTES PARA ADEQUAÇÃO
DOS PRODUTOS DE INVESTIMENTO AS
NECESSIDADES DOS INVESTIDORES.
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O risco sistemático também conhecido como risco de mercado é a parte do risco
comum a todos os ativos que não pode ser eliminada através da diversificação.
Variações do gráfico abaixo são sempre vistas na prova da ANBIMA e ilustra o
conceito de diversificação, a lógica do gráfico é de que quanto maior o número
de ativos diferentes em uma carteira menor será o risco não sistemático, porém
o risco sistemático (comum a todos) vai sempre existir.
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Pessoas de renda mais baixa, por exemplo, podem ter patrimônio superior ao de
pessoas de renda mais elevada.
Ativos e Passivos: Para um investidor pessoa física os ativos são os seus
bens: imóveis, automóveis, saldo de aplicações financeiras, valor disponível em
conta corrente entre outros, enquanto que os passivos são suas dívidas:
parcelas a pagar do carro financiado, dívida com o cunhado, saldo devedor da
casa, etc.
Patrimônio líquido é a diferença entre os ativos e passivos. Uma família
possuirá patrimônio líquido positivo quando seus ativos foram maiores que seus
passivos e negativo quando tiverem mais dívidas do que ativos.
Importante (do ponto de vista contábil):
ATIVO TOTAL = PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO.
Endividamento: O endividamento pode ser visto por duas óticas: o fluxo mensal
e a dívida total.
Quando trabalhamos com fluxo mensal comparamos o valor destinado a
pagamento das dívidas com a renda do indivíduo ou família, em geral as
instituições financeiras trabalham com um limite máximo de 30% para a relação
parcelas mensais de empréstimos e renda mensal.
Em relação à dívida total diversos aspectos são importantes tais como taxa de
juros e prazo das operações, uma das principais formas de dimensionar a dívida
total de um indivíduo é calcular quantos meses de sua renda seriam necessários
para quitar a dívida, normalmente comparamos com a renda total familiar.
Outra forma de analisar o endividamento geral é dividir os passivos pelos
ativos para calcular o endividamento geral.
46
2.7 DECISÕES DO INVESTIDOR NA PERSPECTIVA
DE FINANÇAS COMPORTAMENTAIS
Portanto, pode-se afirmar que o foco das finanças modernas é nos resultados de
mercados (preços, volume, etc.) e suas causas, enquanto as finanças
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comportamentais focam nos atores, que tomam decisões constantemente, com
consequências refletidas nos preços dos ativos.
Em seguida, serão apresentados importantes conceitos e teorias oriundos dos
estudos das finanças comportamentais, e que ajudam a fazer uma análise sobre
o processo de decisão por parte dos investidores.
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Alguns dos vieses provenientes da heurística da representatividade:
insensibilidade ao tamanho da amostra; interpretação errada da chance;
regressão à média.
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2.7.3 EFEITOS DE ESTRUTURAÇÃO: INFLUÊNCIA NA
DECISÃO DE INVESTIMENTO DA FORMA COMO AS
ALTERNATIVAS OU O PROBLEMA É APRESENTADO
(FRAMING)
Esta teoria afirma que o modo como o problema é estruturado ou apresentado,
pode mudar drasticamente o processo decisório. De forma racional, um mesmo
problema apresentado de maneiras distintas, não deveria apresentar resultados
diferentes. Outra característica identificada pela teoria da perspectiva é que a
resposta a perda é maior do que o prazer associado ao ganho da mesma
quantidade. Portanto, a percepção de risco e retorno é altamente influenciada
pela forma como os problemas são apresentados e estruturados.
Exemplo:
Um grupo de pessoas é convidado a imaginar uma situação em que devem
decidir sobre a implementação de um programa de saúde pública
envolvendo uma população de 600 pessoas, com o objetivo de combater
uma doença epidêmica. As opções se apresentam da seguinte forma:
a) Se o programa A for adotado, 200 pessoas serão salvas.
b) Se o programa B for adotado, há 1/3 de probabilidade de que 600 sejam
salvas e 2/3 de probabilidade de que ninguém se salve.
50
2.8 Conceitos de ASG (Ambiental, Social e Governança)
Questões ambientais, sociais e de governança (conhecidas como ASG ou ESG
- environmental, social and governance, em inglês) são critérios de análise de
investimento utilizados por investidores em todo o mundo.
2.8.1 Aspectos Ambientais
Refere-se às práticas das empresas voltadas para o meio ambiente. Exemplos:
- Uso de Recursos Naturais;
- Emissão de Carbono
- Eficiência Energética
- Poluição
- Tecnologias Limpas
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investimento em um determinado ativo estará involuntariamente de acordo com
mais de um tipo de estratégia.
52
3. PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA
E FINANÇAS
(PROPORÇÃO: DE 5 A 10%)
53
3.1 CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA
PIB = C + I + G + (X-M)
Dicas:
- Tudo que é produzido no Brasil entra no cálculo do PIB, bens produzidos em
outros países não entram.
- O PIB pode ser calculado somando quanto foi agregado a cada etapa produtiva
até o produto final.
ÍNDICES DE INFLAÇÃO
A inflação é medida por diversas instituições no Brasil: IBGE, FGV, FIPE-USP,
DIEESE, etc. Os índices de inflação são compostos através de uma média
aritmética ponderada pelo peso relativo dos bens e serviços no orçamento das
famílias. Exemplos de índices de inflação: IPCA (IBGE), IGPM (FGV), IPC (FIPE-
USP).
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IPCA
É a sigla para Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. É o índice oficial
de inflação no Brasil. O IPCA é medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) e utiliza famílias com rendimento entre 1 e 40 salários mínimo
como público-alvo para a pesquisa. A pesquisa do IPCA abrange as regiões
metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, São Paulo, Rio de
Janeiro, Belo Horizonte, Vitória, Curitiba, Porto Alegre, Brasília e os municípios
de Goiânia e Campo Grande.
IGP-M
É a sigla para Índice Geral de Preços de Mercado, calculado pela Fundação
Getúlio Vargas (FGV). O IGP-M é a média ponderada de três outros índices de
inflação calculados pela FGV:
Índice de Preços por Atacado (IPA): 60%
Índice de Preços ao Consumidor (IPC): 30%
Índice Nacional de Custo da Construção Civil (INCC): 10%
Taxa Selic
Pode ser dividida em duas: Selic Meta e Selic Over.
A Selic Meta é a taxa definida pelo Comitê de Política Monetária (COPOM) que
serve de referência para as operações com títulos públicos durante sua vigência
55
que é até a próxima reunião do COPOM, reunião essa que ocorre a cada 45 dias
aproximadamente.
A Selic Over é a taxa calculada pela média ponderada e ajustada das operações
de financiamento por um dia lastreadas em títulos públicos federais e registradas
no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC).
Podemos afirmar, assim, que a Taxa Selic é a taxa média de juros paga pelo
Tesouro Nacional aos detentores dos títulos públicos federais.
Para o mercado, a taxa Selic é considerada uma taxa livre de risco.
Taxa DI
Os bancos emprestam recursos entre si no mercado interbancário, ou
interfinanceiro como é conhecido atualmente. Esses empréstimos são realizados
através de operações lastreadas em Certificados de Depósitos Interfinanceiros
(CDI). No CDI a instituição financeira (IF) emissora do certificado se compromete
a pagar os juros do empréstimo para a IF emprestadora no prazo de 1 dia.
TR
É a sigla para Taxa Referencial, taxa de juros calculada e divulgada pelo Banco
Central com Base nas Letras do Tesouro Nacional (LTNs), título público
prefixado sem cupom, que veremos com mais detalhes no módulo 6. A média de
rendimento das LTNs forma uma taxa chamada Taxa Básica Financeira (TBF).
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3.1.2 POLÍTICA MONETÁRIA: METAS DE INFLAÇÃO;
INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MONETÁRIA: OPEN
MARKET, REDESCONTO E DEPÓSITOS
COMPULSÓRIOS. COPOM. RELAÇÃO ENTRE JUROS E
ATIVIDADE ECONÔMICA
Metas de Inflação
O Banco Central brasileiro executa sua política monetária de acordo com o
sistema de metas de inflação. Isso quer dizer que para o BC as metas de inflação
são mais importantes do que as demais metas (ex.: Crescimento Econômico,
alto nível de emprego etc.). Atualmente (2022) a meta de inflação brasileira é de
3,50% com margem de 1,5% (2,5%-5,0%).
Política Monetária
Atuação do governo sobre a oferta monetária e a taxa de juros.
+ Moeda = Política Monetária Expansionista
- Moeda = Política Monetária Reducionista
Instrumentos:
• Emissão de Moeda (não consta no programa);
• Open Market
• Depósito Compulsório
• Operação de Redesconto
Open Market
As operações de mercado aberto constituem o principal instrumento de política
monetária e consiste na compra e venda de títulos públicos federais no mercado
secundário pelo Banco Central. Quando o BACEN compra títulos públicos, ele
coloca dinheiro no mercado e expande a oferta monetária; e quando ele os
vende, retira dinheiro do mercado (“enxuga a liquidez”), reduzindo a oferta de
moeda e consequentemente a atividade econômica.
Depósito Compulsório
Depósito que os bancos comerciais são obrigados a fazer no Banco Central para
manter o sistema financeiro solvente. Ex.: Para os depósitos à vista (conta
corrente) os bancos são obrigados a depositar 30% no banco central, restando
apenas os outros 70% para que possam fazer operações de empréstimo.
Existem limites internacionais definidos nos acordos de Basiléia (acordo entre os
bancos de todo o mundo).
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Operação de Redesconto
Taxa de redesconto é a taxa de juros cobrada pelo Bacen nos empréstimos de
liquidez.
COPOM
O Comitê de Política Monetária (COPOM) é formado pelos diretores (área fim) e
Presidente do Banco Central.
Objetivos:
● Implementar a Política Monetária
● Analisar o Relatório de Inflação
● Definir a Taxa Selic
O COPOM realiza 8 reuniões por ano (uma a cada 45 dias), ao final da reunião
é divulgada ata com Taxa Selic Meta que deve valer até a próxima reunião.
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3.1.3 POLÍTICA FISCAL
Política Fiscal
Atuação do governo sobre a economia através do controle dos Gastos
(Investimento, folha de pagamento, transferências, etc.) e Receitas (impostos,
taxas, contribuições, lucro de empresas públicas e economia mista, etc.).
Dívida Pública
A dívida líquida é medida em relação ao PIB anual do país.
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3.1.4 POLÍTICA CAMBIAL
Política Cambial
Atuação do governo sobre a economia através do câmbio.
Reservas Cambiais
Total de Moeda Estrangeira (principalmente dólares) em posse do Banco
Central.
As Reservas Cambiais são consequência do superávit no Balanço de
Pagamentos. Atualmente as reservas brasileiras superam os US$ 350 bi.
Regimes de Câmbio
Fixo: Taxa determinada pelo governo.
Flutuante: Taxa determinada pelo Mercado.
• Flutuação Limpa – Sem intervenção do Banco Central.
• Flutuação Suja (Dirty Floating) – Intervenção do Banco Central (compra e venda
para estabilizar o mercado). Ex.: Brasil.
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Conta - Capital
Junção de duas contas: Capital (mudança de patrimônio) e financeira. Esta conta
engloba Empréstimos, Amortizações, Investimentos (diretos e indiretos) e
derivativos. Tem sido positiva por causa do grande volume de Investimento
Estrangeiro.
Balanço de Pagamentos
● Balança de Serviços
● Transferências Unilaterais
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3.2 CONCEITOS BÁSICOS DE FINANÇAS
3.2.1 TAXA DE JUROS REAL E TAXA DE JUROS
NOMINAL
A taxa nominal é a taxa que normalmente é divulgada pelas instituições
financeiras, enquanto a taxa real é dada pela diferença entre taxa nominal e a
inflação do período.
Assim, por exemplo, se uma aplicação bancária teve uma rentabilidade de 10%
no ano passado (taxa nominal) e a inflação no mesmo período foi de 6%, temos
que a taxa real foi de quase 4%.
“Quase”, pois o cálculo da taxa real envolve um conceito de juros compostos
chamado desconto e não apenas uma simples subtração.
Ao invés de termos que:
Taxa Nominal = Taxa Real + Inflação
A fórmula é a seguinte:
(1 + Taxa Nominal) = (1+Taxa Real) x (1 + Inflação)
EXEMPLOS
Determinado título público com vencimento para 1 ano tem taxa nominal de 12%
enquanto o mercado espera uma inflação de 6% para o período. Qual é a taxa
real esperada?
Se a Poupança rendeu 7,20% no ano de 2010 e a inflação no mesmo período
foi de 5,60% qual foi a taxa real de rentabilidade da poupança?
Uma aplicação teve uma taxa real de 8% em um período em que a inflação foi
de 5,6%. Qual foi a rentabilidade nominal dessa aplicação?
O tesouro americano paga uma taxa nominal de 2% para uma inflação esperada
de 3%. Qual a taxa real esperada?
62
3.2.2 CAPITALIZAÇÃO SIMPLES VERSUS
CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA
TAXA PROPORCIONAL
Duas taxas são proporcionais quando, considerado o mesmo prazo e aplicação
inicial (capital), produzem o mesmo valor futuro (montante) em um regime de
JUROS SIMPLES.
i₂ = K x i₁
Onde:
i₁ = taxa de juros dada;
i₂ = taxa de juros proporcional, calculada.
K = razão entre os períodos da taxa proporcional e da taxa dada.
Taxa Proporcional:
• 1% ao mês (a.m.) é proporcional a 12% ao ano (a.a.).
• 2% ao semestre é proporcional a 4% a.a.
• 6% a.a. é proporcional a 0,5% a.m.
• 6% ao trimestre (a.t) é proporcional a 8% ao quadrimestre (a.q).
63
Determine o K para transformar uma taxa trimestral em:
● Taxa anual
● Taxa mensal
● Taxa semestral
● Taxa bimestral
● Taxa quadrimestral
Dica: Utilizaremos o mesmo K nos juros compostos, uma dica para não errar o
K é a seguinte: sempre que a periodicidade da taxa que iremos calcular tiver um
período mais longo do que a taxa que temos o K será maior que 1, caso contrário
será inferior a 1, por exemplo de mês para ano, o K será 12, e de ano para mês
será 1/12.
TAXA EQUIVALENTE
A taxa equivalente está relacionada aos JUROS COMPOSTOS. É aplicada para
calcular a taxa correspondente em uma série com periodicidade diferente.
𝐼₂ = (1 + 𝐼₁)𝐾 − 1
Onde:
I₁ = taxa de juros dada;
I₂ = taxa de juros equivalente, calculada.
K = razão entre os períodos da taxa 𝐼₂ / 𝐼₁.
EXEMPLOS:
● 1% a.m. é equivalente a 12,68% ao ano.
● 2% ao semestre é equivalente a 4,04 % ao ano.
● 6% ao ano é equivalente a 0,49% a.m.
● 6% ao trimestre é equivalente a 8,08% ao quadrimestre
64
3.2.3 FLUXO DE PAGAMENTOS. RELAÇÕES E
CONCEITOS
Fluxo de Caixa
0 1 2 3 4 5 ... n
Tempo
Valor Presente
É obtido pelo somatório de cada um dos fluxos de caixa atualizados para o valor
presente (ou atual), a data 0. Também conhecido como CAPITAL INICIAL.
VF
0 1 2 3 4 5
Tempo
VP
65
Valor Futuro
É obtido pelo somatório de cada um dos fluxos de caixa capitalizados para uma
data focal futura. Também conhecido como Montante.
VF
0 1 2 3 4 5
Tempo
VP
Taxa de Desconto
Taxa utilizada para calcular o valor presente de um fluxo de caixa a partir de
valores futuros.
CUPOM
Antigamente os títulos eram físicos (impressos), e como não havia controle
computacional, para receber o pagamento de juros intermediário de um certo
período era necessário destacar um pedaço do título, o cupom, e com esse
pedaço de papel o investidor trocava pelo pagamento dos juros. Assim, o
pagamento periódico de juros ficou conhecido como cupom.
66
AMORTIZAÇÕES
Amortização é a parte do pagamento que reduz o saldo devedor. Quando
efetuamos o pagamento de uma parcela do financiamento de um carro, por
exemplo, uma parte do pagamento se deve aos juros e o que sobra é
amortização, justamente a parte que vai reduzir o saldo devedor do
financiamento.
67
Carteira A: R$ 1 Milhão com vencimento em 1 ano e R$ 2 Milhões com
Vencimento em 5 anos.
Valor Nominal dos títulos da Carteira A = 3 milhões
Carteira B: R$ 2 Milhões com vencimento em 1 ano e R$ 1 Milhão com
Vencimento em 5 anos.
Valor Nominal dos títulos da Carteira B = 3 milhões
(1 𝑥1) + (2𝑥 5)
Carteira A: = 3,67 anos
3
(2 𝑥1) + (1 𝑥 5)
Carteira B: = 2,33 anos
3
Resposta: A carteira B tem prazo médio menor, pois o título de maior valor (R$
2 milhões) vence em 1 ano, enquanto na Carteira A o título de maior valor só
vence em 5 anos, alongando assim o prazo médio.
É a taxa que faz com que determinado fluxo de caixa tenha Valor Presente
Líquido igual a zero.
A taxa interna de retorno é utilizada para calcular a taxa de juros para fluxos de
caixa não uniformes, ou seja, com valores diferentes a cada período.
P4
P3 P6
P1
P7
P2 P5
0 1 2 3 4 5 6 7
Tempo
PV
68
Neste caso o valor presente (PV) seria a soma do valor presente de cada um
dos fluxos (P1, P2, ...).
𝐹𝑉
𝑃𝑉 =
(1 + 𝑖)𝑛
𝑃1 𝑃2 𝑃3 𝑃4 𝑃5 𝑃6 𝑃7
𝑃𝑉 = (1+𝑖)1 + + + (1+𝑖)4 + (1+𝑖)5 + (1+𝑖)6 + (1+𝑖)7
(1+𝑖)2 (1+𝑖)3
Para achar a taxa de juros teríamos que resolver equações de primeiro grau
(OK!), segundo grau (tudo bem...𝐵2 − 4𝐴𝐶 ….), terceiro grau (hã!?!), quarto grau
(impossível...) até sétimo grau...ou seja, só é possível achar o resultado através
de métodos computacionais.
Exemplo:
Em (R$ mil)
50 20 80 15 15 15 100
−200 = 1
+ 2
+ 3
+ 4
+ 5
+ 6
+
(1 + 𝑖) (1 + 𝑖) (1 + 𝑖) (1 + 𝑖) (1 + 𝑖) (1 + 𝑖) (1 + 𝑖)7
69
Um exemplo seria um empreendedor que ao invés de aplicar o dinheiro no banco
com taxa garantida de 12% ao ano e baixíssimo risco prefere investir o dinheiro
em um restaurante. Pela ótica do custo de oportunidade esse restaurante para
ser viável financeiramente deve ter um retorno sobre o investimento superior a
12%, que é o seu custo de oportunidade.
70
4. INSTRUMENTOS DE RENDA
VARIÁVEL, RENDA FIXA E
DERIVATIVOS
(PROPORÇÃO: DE 17 A 25%)
71
4.1 INSTRUMENTOS DE RENDA VARIÁVEL
4.1.1 DEFINIÇÃO
Ordinárias
Ações que possuem direito a voto nas assembleias deliberativas da empresa, na
proporção de um voto por ação.
Preferenciais
Ações que não possuem direito a voto, porém possuem preferências sobre os
rendimentos (dividendos) e também sobre a massa falida. Participação máxima
de 50% do patrimônio total da empresa. As ações preferenciais precisam ter pelo
menos uma preferência dentre as seguintes:
• Participação nos dividendos pelo menos 10% maior que as ordinárias;
• “Tag Along” (ver adiante) de no mínimo 80% ao valor pago pelas ações
do bloco controlador;
• Dividendos mínimos de 25% do lucro líquido do exercício.
Se a companhia ultrapassar 3 exercícios consecutivos sem pagar os dividendos
mínimos, as ações preferenciais passam a ter direito a voto até o pagamento do
dividendo.
72
Brazilian Depositary Receipt (BDR)
Assim como os ADRs são recibos que representam ações não americanas
negociadas nos Estados Unidos, os BDRs representam ações não brasileiras
negociadas no Brasil.
Bônus de Subscrição
Bônus de subscrição são títulos negociáveis emitidos por sociedades por ações,
que conferem aos seus titulares, nas condições constantes do certificado, o
direito de subscrever ações do capital social da companhia, dentro do limite de
capital autorizado no estatuto.
Em regra, a decisão pela emissão dos bônus de subscrição compete à
assembleia-geral, mas o estatuto da companhia pode atribuí-la ao conselho de
administração. Os acionistas da companhia têm preferência para subscrever a
emissão de bônus.
Os bônus de subscrição não se confundem com os direitos de subscrição. Estes
são os direitos que a Lei confere aos acionistas para subscrever ações ou títulos
conversíveis em ações em novas emissões. Portanto, em uma nova emissão de
ações, debêntures conversíveis em ações ou mesmo bônus de subscrição, os
acionistas têm a preferência de subscrever a emissão por um determinado
período. Durante esse período, esse direito pode ser negociado, mas, ao fim do
prazo estipulado, o direito ou é exercido ou é extinto. Importante registrar que a
Lei 6404/76 determina algumas hipóteses de exclusão desse direito de
preferência, conforme artigo 172.
73
4.1.4 DIREITOS DOS ACIONISTAS
4.1.4.1 VOTO, PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS, PARTICIPAÇÃO
NO ACERVO EM CASO DE LIQUIDAÇÃO, FISCALIZAÇÃO,
PREFERÊNCIA DE SUBSCRIÇÃO. CONCEITOS
Votar – Cada Ação Ordinária dá direito a um voto;
Participação nos Lucros – Dividendos e Juros sobre o Capital Próprio;
Participação no acervo da companhia em caso de Liquidação – Segundo a
lei das S.A., esse direito é exercido após pagar todos os credores.
Fiscalizar – Os acionistas possuem direito de fiscalizar as demonstrações
contábeis, assembleias, administradores eleitos e conselho fiscal.
Preferência de Subscrição – Conforme explicado no item 4.1.2 – Direito de
Subscrição.
Juros pagos pela empresa aos acionistas por utilizar recursos do próprio caixa.
É uma forma alternativa aos dividendos de distribuir os lucros entre os acionistas.
O JCP garante um benefício fiscal para a empresa, uma vez que os valores
pagos na forma de JCP são contabilizados como despesa, reduzindo o lucro e o
imposto de renda (IR) para a empresa pagadora.
74
4.1.4.2.3 BONIFICAÇÃO. DEFINIÇÃO
Os acionistas que têm a maior parte dos votos nas assembleias gerais, possuem
o controle sobre a empresa. Acordo de acionistas é a união de acionistas com
objetivos comuns em um grupo controlador. Normalmente, durante o acordo as
ações ficam impedidas de serem negociadas. Existe um documento que
oficializa esse acordo.
75
4.1.5 OFERTA PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA
Oferta primária
Ocorre a captação de novos recursos para a empresa. Os acionistas que não
subscreverem as novas emissões terão a sua participação no capital social
diluída (diminuída).
Oferta secundária:
Conhecida como “block trade”, é a venda de um grande lote de ações por um
acionista, não resultando na captação de novos recursos para a companhia, mas
sim para o acionista que está vendendo estas ações.
FLUXO DE CAIXA
Através de estudos é possível estimar o valor dos investimentos e retornos ao
longo de determinado período. Normalmente, utiliza-se um período de até 20
anos para essas projeções. Após projetar o fluxo de caixa, calcula-se o valor
presente da empresa e em seguida divide-se esse valor pelo número de ações.
Esta técnica serve para precificar desde um carrinho de pipoca até uma empresa
gigante como a Petrobrás. A principal limitação é conseguir prever o quantitativo
de vendas, preços e custos: “O futuro a Deus pertence”. O fluxo de caixa pode
ser visto pela ótica da empresa/projeto (operacional), do investimento ou do
financiamento.
76
Múltiplos de Mercado
P/L – É a relação entre o Preço e o Lucro de uma ação. Por exemplo se uma
ação é vendida por R$ 20,00 distribui lucros de R$ 2,00 por ano, o P/L desta
ação será igual a 10. O P/L indica quantos anos são necessários para recuperar
o investimento na ação tomando como base o patamar atual de lucros. Desta
forma, quanto menor o P/L, melhor, pois o investimento será recuperado mais
rápido.
Análise Técnica ou Grafista – Metodologia que utiliza o gráfico das ações como
única fonte de informação, deixando de lado informações estratégicas e
referentes ao balanço da empresa. É considerada uma técnica mais heterodoxa.
77
4.1.7 IMPACTOS SOBRE OS PREÇOS E QUANTIDADES
DAS AÇÕES DO INVESTIDOR: PAGAMENTO DE
DIVIDENDOS, DESDOBRAMENTO (SPLITS),
GRUPAMENTOS E BONIFICAÇÃO
78
4.1.8 CONCEITOS GERAIS DE PRÁTICAS DE BOA
GOVERNANÇA CORPORATIVA: OS SEGMENTOS DE
LISTAGEM NÍVEL I, NÍVEL II E NOVO MERCADO
(REFLEXO SOBRE O DIREITO DOS ACIONISTAS)
79
Manifestação sobre
Manifestação sobre qualquer
Obrigação do conselho qualquer oferta pública de
oferta pública de aquisição Não há regra
de administração aquisição de ações da
de ações da companhia
companhia
Demonstrações
Traduzidas para o inglês Traduzidas para o inglês Conforme legislação
financeiras
Reunião pública anual Obrigatória Obrigatória Obrigatória
Calendário de eventos
Obrigatório Obrigatório Obrigatório
corporativos
Política de negociação de Política de negociação de Política de negociação de
Divulgação adicional de
valores mobiliários e código valores mobiliários e valores mobiliários e código
informações
de conduta código de conduta de conduta
80% para ações ON
Concessão de Tag Along 100% para ações ON 100% para ações ON e PN
(conforme legislação)
Oferta pública de Obrigatoriedade em caso
Obrigatoriedade em caso de
aquisição de ações no de cancelamento de
cancelamento de registro ou Conforme legislação
mínimo pelo valor registro ou saída do
saída do segmento
econômico segmento
Adesão à Câmara de
Obrigatório Obrigatório Facultativo
Arbitragem do Mercado
80
IR retido na fonte - operação normal: Em operações de venda superiores a R$
20.000,00m a corretora retém o valor de 0,005% do valor da venda (alienação)
como antecipação do IR.
Esse valor de IR antecipado pode ser descontado no valor do DARF. A
antecipação do IR é conhecida no mercado como “dedo duro”, pois permite que
a Receita Federal realize o cruzamento de informações.
81
4.2.2.1 DATA DE EMISSÃO, VALOR NOMINAL ATUALIZADO E
JUROS “ACRUADOS”
DATA DE EMISSÃO - Data em que o título foi emitido, haverá pagamento de
juros até a data de vencimento do título.
VALOR NOMINAL - Valor que está escrito no título (valor de face), o título pode
ser negociado com ágio ou deságio em relação ao valor nominal.
82
4.2.2.4 RESGATE ANTECIPADO, VENCIMENTO ANTECIPADO
(QUEBRA DE COVENANT, OCORRÊNCIA DE CROSS DEFAULT)
E AQUISIÇÃO FACULTATIVA E OPÇÃO DE COMPRA (OPÇÃO
CALL)
A) QUEBRA DE COVENANT -
Covenant é a Garantia Acessória. Garantias indiretas que reduzem o risco de
inadimplência dos títulos. Exemplos de Covenant: - Manter o índice de
endividamento dentro de certo valor; - Manter um mínimo de capital de giro para
empresa. Em alguns contratos ao quebrar essa cláusula o emissor impõe um
risco elevado ao credor, e para compensar isso fica obrigado a liquidar sua
dívida;
B) CROSS DEFAULT
Quando o emissor deixa de honrar seus pagamentos com alguém seus débitos
perante o restante dos credores são dados como vencidos, ele é obrigado a pagar sua
dívida, ou seja, liquidar as debêntures;
Títulos emitidos pelo Tesouro Nacional para financiar a dívida pública federal. É
considerado o mais seguro de todos os instrumentos de renda fixa (considerado
risco zero). Grande parte dos títulos que compõem os fundos de investimento
mais conservadores (Curto Prazo, DI e Renda Fixa) são títulos públicos.
Podem ser classificados como Letras ou Notas. Como regra geral as Letras não
pagam cupom (juros periódicos) e as Notas pagam cupom semestral. A NTN-B
Principal é uma exceção à regra. A tributação dos títulos públicos segue a regra
dos demais instrumentos de renda fixa.
83
Tesouro Direto – É a plataforma eletrônica que permite que Pessoas Físicas
comprem e vendam diretamente títulos públicos através da internet.
https://www.tesourodireto.com.br/
• Taxa de Custódia da B3: 0,25% a.a. sobre o valor dos títulos. A taxa é
provisionada diariamente a partir da liquidação da operação de compra, e
portanto, é cobrada proporcionalmente ao período em que o investidor
permanecer com o título. A partir do dia 01/08/2020, o título Tesouro Selic
passou a ser isento da taxa de custódia até o estoque de R$10.000,00.
LETRAS
LTN: Letra do Tesouro Nacional (Tesouro Prefixado)
Título Prefixado, sua remuneração é dada pela diferença entre o preço de
compra e o valor de resgate (deságio sobre o valor de face).
LFT: Letra Financeira do Tesouro (Tesouro Selic)
Título Pós Fixado, reajustado pela Taxa Selic Over, considerado o menos volátil
(menor risco) dos títulos públicos.
84
NOTAS
NTN-B – Notas do Tesouro Nacional – Série B (Tesouro IPCA com juros
semestrais)
Título Pós-Fixado reajustado pelo IPCA com pagamento de cupom (juros
periódicos) semestral.
NTN-B Principal (Tesouro IPCA)
Não pagam cupom, os juros e correção do IPCA são pagos somente no
vencimento.
NTN-F – Notas do Tesouro Nacional – Série F (Tesouro prefixado com juros
semestrais)
Título Prefixado com pagamentos de juros periódicos (cupom) semestrais.
CDB
Títulos de Renda Fixa, que representam depósito a prazo, emitidos por bancos
comerciais e/ou de investimento (ou múltiplo). Comprando um CDB, o investidor
empresta recursos para o banco, que utiliza esses recursos para fazer
empréstimos com taxas de juros mais elevadas. O maior risco de um CDB é o
risco de crédito, ou seja, o risco do banco “quebrar” e não pagar a sua dívida.
Para compensar o risco, CDBs de bancos menores e mais arriscados costumam
pagar taxas mais elevadas do que os bancos maiores e mais sólidos. Em caso
de insolvência do banco, o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) garante o
ressarcimento ao investidor de até R$ 250 mil.
Não existe valor mínimo nem máximo para aplicação em CDB, o valor mínimo
depende da política do banco.
Os CDBs possuem uma data para resgate e sua renovação não é automática.
Alguns CDBs podem ser resgatados antes do vencimento outros só permitem o
resgate no seu vencimento.
Em relação aos prazos são variados, respeitando-se os seguintes prazos
mínimos:
• 1 dia para CDBs Prefixados, Taxa DI ou Selic.
• 1 mês para TR
• 1 ano ou mais para índices de inflação (IPCA e IGPM)
85
Em relação às regras de tributação, vale a tabela clássica de tributação para
Renda Fixa e possui IOF para aplicações resgatadas entre o 1º e o 29º dia.
Letras Financeiras
Emitido por banco;
• Prazo Mínimo: 24 meses
• Valor Mínimo: 50 mil (ou 300 mil para Letras Subordinadas)
• Cupom: Mínimo 180 dias
Títulos de médio e longo prazo emitidos por sociedades anônimas (S.A.) não
financeiras (bancos não podem emitir debêntures). As empresas (de capital
aberto) precisam de autorização da CVM para realizar oferta pública de
debêntures. O documento legal que consta todas as características da debênture
(prazo, forma de remuneração, etc.) chama-se escritura.
86
• Real: os direitos do investidor são garantidos por um ativo da empresa,
que não pode ser negociado até que todas as obrigações com os
debenturistas estejam quitadas (limite de 80% do valor do ativo em
garantia);
• Flutuante: o debenturista tem privilégios sobre os ativos da empresa,
entretanto não há o impedimento à negociação dos mesmos (limite de
70% do ativo em garantia);
• Quirografária: não há garantias ou preferências, concorrendo com os
demais credores da empresa para receber seus direitos (limitado ao
capital social da empresa);
• Subordinada: possui preferência apenas em relação aos acionistas da
empresa (não há limite).
Debêntures Incentivadas
A edição da Lei n 12.431, em 2011, consolidou o estabelecimento de um regime
tributário privilegiado para ativos e instrumentos financeiros destinados ao
financiamento do investimento de longo prazo. Um destes instrumentos
financeiros são as chamadas debêntures incentivadas, também conhecidas com
debêntures de infraestrutura.
Tais debêntures são emitidas por grupo econômico ou SPE (Sociedade de
Propósito Específico) para financiar projetos de investimento na área de
infraestrutura, ou de produção econômica intensiva em pesquisa,
desenvolvimento e inovação (PD&I), considerados prioritários na forma
regulamentada em Decreto do Poder Executivo Federal. Os rendimentos
auferidos por pessoa física que investe nestes títulos estarão isentos de
IR, enquanto que para pessoa jurídica, a alíquota será de 15%.
Para fazer jus ao incentivo fiscal, tais debêntures devem apresentar as seguintes
características (Artigo 1º da Lei nº 12.431, tal como alterado pela Lei nº
12.844/13 e Resolução CMN nº 3.947/11):
• Remuneração por taxa de juros prefixada, vinculada a índice de
preço ou à taxa referencial – TR, vedada a pactuação total ou parcial de
taxa de juros pós-fixada e, cumulativamente:
87
• Prazo médio ponderado superior a 4 anos, levando em consideração
o prazo de cada fluxo integrante do título, conforme fórmula constante da
art. 1º da Res. CMN nº 3.947/11;
• Vedação à recompra do papel pelo emissor nos 2 primeiros anos
após a emissão e à liquidação antecipada por meio de resgate ou pré-
pagamento, salvo regulamentação do CMN;
• Inexistência de compromisso de revenda assumido pelo comprador;
• Prazo de pagamento periódico de rendimentos, se existentes, com
intervalos de no mínimo 180 dias (equivalente no CRI);
• Comprovação de negociação em mercados regulamentados de valores
mobiliários;
• Procedimento simplificado que demonstre o objetivo de alocar os recursos
captados em projetos de investimento, inclusive os voltados à PD&I.
88
LETRA DE CRÉDITO DO AGRONEGÓCIO – LCA
As Letras de crédito do agronegócio (LCAs) representam promessas de
pagamentos oriundas de financiamento para produtores rurais. Títulos emitidos
apenas por bancos ou cooperativas de crédito, logo é garantido pelo FGC.
Possui isenção de IR para pessoa física. As características de prazo e
remuneração e risco são similares as das LCIs.
CRI
Valor Mobiliário com Lastro em Crédito Imobiliários de Emissão Exclusiva de
Companhias Securitizadoras.
• Registro na CVM (distribuição pública);
• Sem Garantia do FGC;
• Pode ter o imóvel como garantia (Alienação Fiduciária ou Hipoteca)
• Isenção do imposto de renda para pessoa física;
• Para PJ vale a “tabelinha” de IR renda fixa (22,5% até 15%).
• Prazos Mínimos: 1 mês para CRIs corrigidos pela TJLP; 36 meses para CRIs
corrigidos pela TR ou índices de preço.
LCI
As LCIs são papéis de renda fixa lastreados em créditos imobiliários garantidos
por hipotecas ou por alienação fiduciária de um bem imóvel e que dão aos seus
tomadores, direto de crédito pelo valor nominal, juros e atualização monetária,
se for o caso.
Títulos de renda fixa de baixo risco;
• Emissão exclusiva de instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central,
com carteira de crédito imobiliário;
Título registrado na B3 (EX-CETIP)
• Possui Lastros nos créditos imobiliários, mas não garantia;
• Garantia do emissor e FGC – Fundo Garantidor de Crédito;
89
• Isenção do imposto de renda para pessoas física;
• Para PJ vale a “tabelinha” de IR renda fixa (22,5% até 15%).
• Prazos mínimos: 90 dias; 12 meses ou 36 meses (quando remuneradas anual
ou mensalmente por índices de preços, respectivamente).
Operações de venda de títulos (públicos e privados como CDBs, LCIs, etc.) com
compromisso de recompra, com preços e prazos combinados previamente entre
as partes. Uma das partes precisa ser uma instituição financeira habilitada para
realizar esse tipo de operação.
Esta operação reduz o risco do comprador, uma vez que caso o vendedor não
honre com seu compromisso ele terá a posse dos títulos (condição contratual),
por essa razão ele pode praticar uma taxa de juros mais baixa trazendo
vantagem ao vendedor que pode captar recursos a uma taxa mais baixa usando
seus títulos como garantia da operação.
O prazo máximo da operação deve ser compatível com o prazo dos títulos que
lastreiam a transação. As operações devem ser registradas em câmaras de
compensação.
90
4.2.4 TRIBUTAÇÃO: IOF E IMPOSTO DE RENDA SOBRE AS
APLICAÇÕES FINANCEIRAS DE RENDA FIXA PARA PESSOA
FÍSICA E JURÍDICA, EXCETO EM FUNDOS DE INVESTIMENTO:
FATO GERADOR; ALÍQUOTAS; PRAZOS; BASE DE CÁLCULO E
AGENTE RESPONSÁVEL PELO RECOLHIMENTO.
FATO GERADOR
Auferir rendimentos em aplicação financeira de Renda Fixa.
PRAZOS E ALÍQUOTAS
BASE DE CÁLCULO
Rendimento nominal, líquido de IOF, se houver.
ISENÇÃO
Os rendimentos recebidos por pessoas físicas nestas aplicações ficarão isentos
do imposto de renda na fonte e na declaração de ajuste anual. São elas:
• LH, CRI, LCI, CDA, WA, CDCA, LCA, CRA, CPR; caderneta de poupança e
debêntures de infraestrutura.
91
Portanto, o objetivo do FGC, é prestar garantia de créditos contra instituições
dele associadas, nas situações de:
• Decretação da intervenção ou da liquidação extrajudicial de instituição
associada;
• Reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
de instituição associada que, nos termos da legislação em vigor, não
estiver sujeita aos regimes referidos no item anterior.
92
Além disso o total dos créditos de cada credor contra o conjunto de todas as
instituições associadas ao FGC será garantido até o valor de R$1.000.000,00
(um milhão de reais) a cada período de 4 anos consecutivos (o termo inicial
deste período é contado a partir do dia da decretação da intervenção ou da
liquidação extrajudicial da instituição associada, inclusive). Essa alteração
passou a valer para os investimentos feitos após 21 de dezembro de 2017.
Exemplo 1
• Conta conjunta de 4 (quatro) titulares – A, B, C e D:
Exemplo 2
• Um cliente (A) com 4 (quatro) contas conjuntas (com B, C, D e E) cada uma
com saldo de R$ 280.000,00:
I. Conta AB = R$ 280.000,00
II. Conta AC = R$ 280.000,00
III. Conta AD = R$ 280.000,00
IV. Conta AE = R$ 280.000,00
93
4.3 DERIVATIVOS
Derivativo é um contrato no qual se estabelecem pagamentos futuros, cujo
montante é calculado com base no valor assumido por uma variável, tal como o
preço de outro ativo (ex.: uma ação ou commodity), a inflação acumulada no
período, a taxa de câmbio, a taxa básica de juros ou qualquer outra variável
dotada de significado econômico. Derivativos recebem esta denominação
porque seu preço de compra e venda deriva do preço de outro ativo, denominado
ativo-objeto.
Termo
Tipo de derivativo em que comprador e vendedor se comprometem com compra
e venda em uma determinada data futura.
Contrato Futuro
Derivativo negociado em bolsa com contrato padronizado para compra e venda
em uma data futura.
Principais características dos contratos futuros:
• Contrato padronizado quanto a: quantidade do ativo, tipo, qualidade,
vencimento, etc.;
• Liquidação: física ou financeira;
• Encerramento antecipado: por meio de operação inversa;
94
• Preço: Livremente acordado entre as partes, entre um intervalo de preço
permitido pela bolsa;
• Margem de garantia: depósito que deverá ser efetuado por ambas as partes
(comprador e vendedor) e pode ser em: dinheiro, carta de fiança, títulos públicos
ou privados;
• Preço de liquidação: igual ao mercado à vista;
• Ajuste diário: ajuste de ganhos e perdas entre o preço de fechamento do dia e
o fechamento do dia anterior, isso ocorre em função das oscilações dos preços
futuros, o resultado do ajuste é repassado diariamente para o cliente (débito ou
crédito);
• Possui alta liquidez.
SWAP
Podemos definir swap como um contrato de derivativo por meio do qual as partes
pactuam uma troca de fluxos de caixa relativos a uma operação em um
determinado período futuro sem que haja troca do principal. Os swaps podem
ser realizados sobre taxas de juros, indexadores, moedas, commodities, ou
outros ativos e derivativos.
Risco de Crédito: risco de a diferença não ser honrada. O principal motivo para
a realização de um Swap está associado à gestão de risco. Por meio do swap é
95
possível minimizar o grau de exposição a riscos de mercado, compatibilizando
os prazos, as moedas e os indexadores dos ativos e passivos.
96
Call e Put
Opção de Compra (CALL): compreende o direito de comprar o ativo por um
determinado preço, se assim desejar o investidor. Opção de Venda (PUT): é o
direito de vender o ativo por um determinado preço, se assim desejar o
investidor.
Ativo-Objeto
É o produto que referencia a opção, é a mercadoria ou ativo financeiro objeto do
contrato. Ex.: Ação da Petrobrás.
Prêmio
Corresponde ao preço de negociação da opção definido pelo mercado, ou seja,
é o preço que o titular paga pela opção ao lançador. O prêmio é pago no ato da
negociação sem direito a devolução, caso não haja exercício;
Data de Vencimento
Corresponde ao dia em que a posição pode ser exercida ou que cessam os
direitos do titular de exercer sua opção;
Valor Intrínseco
É a diferença entre o valor atual do ativo-objeto que está sendo negociado no
mercado à vista e o preço exercício da opção, sendo uma medida intuitiva do
seu valor;
Séries de uma opção
Quando há lançamento de opções, as Bolsas o fazem por séries que
compreendem a fixação do preço de exercício para uma mesma data, sendo
cada série identificada por um código que identifica se a opção é de venda ou de
compra e o mês de vencimento;
Opção Coberta
Quando o Lançador vincula o ativo-objeto como garantia da operação;
Opção Descoberta
Quando o Lançador não efetua o depósito da totalidade do ativo-objeto, ou seja,
ele vende uma opção sem depositar o ativo-objeto que terá que entregar, caso
seja exercida a opção pelo comprador. No caso do ativo objeto ser ações,
97
o lançador deverá aportar margem por meio de depósito de ativos aceitos em
garantia pela Bolsa.
Opção Americana
Quando permite o exercício do direito em qualquer dia, até o dia do vencimento.
Opção Europeia
O direito somente pode ser exercido no dia do vencimento.
Exemplos:
98
Representação Gráfica
99
• Breakeven da Put = Preço de Exercício (PE) – Prêmio (PR)
• Preço à Vista Abaixo do Breakeven: Titular com Lucro, Lançador com
Prejuízo
100
4.3.5 CONTRATOS FUTUROS DE BALCÃO SEM
ENTREGA FÍSICA (NDF – NON DELIVERABLE
FORWARD). CONCEITO
Opções
• Fato Gerador: é a obtenção de ganho de capital.
• Base de Cálculo: diferença positiva apurada na negociação desses
ativos ou no exercício da opção.
• Alíquota: 15% sobre o ganho líquido. (20% em day trade).
• IRRF: 0,005% sobre o valor positivo da soma dos prêmios pagos e
recebidos no mesmo dia. (1% no day trade)
• Recolhimento: é o próprio contribuinte, via DARF, até o último dia útil
do mês subsequente. (IRRF recolhido pela corretora)
• Compensação de Perdas: regra geral do mercado de renda variável.
101
Cálculo do imposto devido
Contratos a Termo
Contratos de Swap
Os contratos de Swaps são tratados, para fins tributários, como renda fixa,
seguindo a tabela regressiva. Entretanto sua alíquota de IOF é zero.
102
4.3.6.1 Compensação de perdas no pagamento de IR
Autor: Eduardo Carvalho
103
Os certificados podem ser referenciados em índices de preço, de títulos de
dívida, de valores mobiliários, taxas de juro ou de câmbio e em outros ativos
subjacentes, incluindo índices de ativos negociados no exterior. Sua
rentabilidade segue o retorno dos ativos e índices citados desde que haja série
regularmente calculada e objeto de divulgação pública.
É importante ressaltar que ao investir neste tipo de operação, o investidor está
correndo risco de crédito do emissor, sem a cobertura do Fundo Garantidor
de Crédito (FGC).
Para fins tributários, o COE segue as mesmas regras das aplicações em renda
fixa, incidindo IOF e IR, conforme as respectivas tabelas regressivas, sobre o
rendimento auferido na operação.
104
• com Valor Nominal em Risco (VNR): investimento cujo valor total dos
pagamentos mínimos previstos ao investidor é igual ou superior a uma
parcela previamente definida do investimento inicial (possibilidade de
perda, limitada ao capital investido).
Nos dois casos deve ser observada a regra de suitability, ou seja, o investimento
deve ser adequado ao perfil do investidor.
Assim, investidores mais conservadores, que antes receavam acessar algum
mercado específico, têm a possibilidade de alcançar uma remuneração
diferenciada, estabelecendo um limite de perda no investimento. Investidores
mais arrojados têm a oportunidade de investir em operações com algum grau de
risco, porém com estratégias e cenários mais nítidos, que teriam dificuldade de
construir sozinhos.
105
Documento de Informações Essenciais – DIE (Cap. III)
Art. 5º O emissor deve elaborar um Documento de Informações Essenciais
– DIE, de forma a permitir ao investidor a ampla compreensão sobre o
funcionamento do COE, seus fluxos de pagamentos e os riscos incorridos.
Art. 6º O DIE deve:
I – conter informações verdadeiras, completas, consistentes e que não
induzam o investidor a erro;
II – ser escrito em linguagem simples, clara, objetiva, concisa e adequada a
sua natureza e complexidade; e
III – ser útil à avaliação de investir no COE.
Art. 7º O DIE deve apresentar os seguintes itens:
I – nome do emissor e seu número do Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas
– CNPJ;
II – aviso de que o recebimento dos montantes devidos ao investidor está sujeito
ao risco de crédito do emissor do certificado;
III – descrição da natureza e das características essenciais destacando se o
COE é da modalidade “Investimento com Valor Nominal Protegido” ou
“Investimento com Valor Nominal em Risco”, bem como o detalhamento das
particularidades inerentes à respectiva modalidade, sobretudo no tocante à
possibilidade da perda do capital investido;
IV – investimento inicial mínimo, ou valor nominal, se houver;
VI – a data de vencimento ou o prazo da operação;
VII – a parcela do valor do investimento protegida, com aviso sobre a
necessidade da imobilização do capital por determinado período para a
existência desta proteção, quando for o caso;
VIII – os ativos subjacentes utilizados como referenciais e informações sobre
os meios de obtenção dos valores dos índices, taxas ou cotações destes por
parte dos investidores;
X – dados completos sobre todos os cenários possíveis de desempenho
do COE em resposta às alternativas de comportamento dos ativos subjacentes,
incluindo aviso de que tais resultados são válidos no vencimento;
XV – aviso sobre as condições de liquidez do investimento, incluindo
informações sobre a admissão à negociação do COE em mercado secundário e
sobre o formador de mercado, se houver;
XVI – indicação e uma breve descrição dos principais fatores de risco;
XVII – aviso de que o COE não é garantido pelo Fundo Garantidor de Crédito
- FGC;
XIX – advertência em destaque com a seguinte redação: “A presente oferta foi
dispensada de registro pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM. A
distribuição de Certificado de Operações Estruturadas - COE não implica, por
106
parte dos órgãos reguladores, garantia de veracidade das informações
prestadas ou de adequação do certificado à legislação vigente ou julgamento
sobre a qualidade do emissor ou da instituição intermediária”.
107
4.4.4 TRIBUTAÇÃO: IOF E IMPOSTO DE RENDA SOBRE AS
APLICAÇÕES EM COE PARA PESSOA FÍSICA E JURÍDICA:
FATO GERADOR; ALÍQUOTAS; PRAZOS; BASE DE CÁLCULO E
AGENTE RESPONSÁVEL PELO RECOLHIMENTO
108
BOVESPA, uma bolsa de ações e outros ativos, enquanto que a CETIP se
destacava como a clearing dos títulos privados (CDB, RDB, LF, CDI, LCA, LCI,
Debêntures, etc).
O resultado foi uma bolsa de valores com uma grande câmara de compensação
e custódia que engloba quase a totalidade dos derivativos nacionais, ações,
títulos bancários, debêntures e câmbio. Atualmente as câmaras de
compensação não estão unificadas, por exemplo: o registro das ações da antiga
BM&FBovespa é escriturado em uma câmara enquanto que a o registro dos
CDBs é realizado na CETIP.
O principal objetivo dessas mudanças foi reduzir o risco sistêmico, causado pela
quebra em cadeia das instituições financeiras por falta de liquidez no momento
dos pagamentos.
109
4.6 OFERTAS PÚBLICAS DE VALORES
MOBILIÁRIOS
4.6.1 PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES: FUNÇÕES E
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
Banco contratado para realizar a oferta pública (ações, debêntures, etc.). Pode
ser um banco de investimento (ou múltiplo com carteira de investimento, uma
CTVM ou uma DTVM. Responsável por elaborar toda a documentação de uma
oferta pública.
110
inadimplemento da empresa emitente, executar garantias reais, verificar a
veracidade das informações contidas na escritura, enfim, tomar qualquer medida
necessária para que os debenturistas realizem os seus créditos.
Escriturador
O escriturador que tem por objetivo manter atualizada a escrituração das
debêntures em nome dos respectivos titulares, os debenturistas. A atividade de
escriturador é exercida, normalmente, pela companhia emissora ou por uma
instituição financeira por ela contratada para prestar esses serviços.
Mandatário
A função de Banco Mandatário pode ser desempenhada por banco comercial ou
múltiplo que tenha carteira comercial com conta “Reservas Bancárias” junto no
Banco Central do Brasil. Indicado pela companhia emissora, é responsável pela
confirmação financeira de todos os pagamentos e movimentações realizados
pelo emissor
4.6.1.6 DEPOSITÁRIO
A Instituição depositária é a instituição ou entidade que presta os serviços de:
• Registro de debêntures escriturais;
• Custódia de valores mobiliários;
• Agente emissor de certificados.
Essas atividades são obrigatórias em um processo de emissão de debêntures e
dependem de autorização da CVM. Podem-se habilitar para exercer essas
atividades os bancos comerciais e de investimento, as sociedades corretoras e
111
distribuidoras e as Bolsas de Valores, desde que comprovem possuir condições
técnicas, operacionais e econômico-financeiras adequadas.
A instituição autorizada a prestar esses serviços deve empenhar-se para que
todas as etapas da emissão e substituição de certificados, de transferências e
averbações nos livros sejam praticadas no menor prazo possível.
4.6.1.7 CUSTODIANTE
112
4.6.2 ASPECTOS LEGAIS E NORMATIVOS:
113
ou através de terceiros que atuem por conta do ofertante ou da emissora, a
subscrição ou alienação de valores mobiliários.
§ 2º A distribuição pública de valores mobiliários somente pode ser
efetuada com intermediação das instituições integrantes do sistema de
distribuição de valores mobiliários (“Instituições Intermediárias”), ressalvadas as
hipóteses de dispensa específica deste requisito, concedidas nos termos do art.
4º.
4.6.2.1.4 EFEITOS DA SUSPENSÃO OU DO CANCELAMENTO DA OFERTA
(ART. 20º)
4.6.2.1.5 CONTEÚDO DA OFERTA (ART. 21º; ART. 22º; ART. 23º, CAPUT,
§1º, §2º)
114
§1º O ofertante poderá estabelecer que o preço e, tratando-se de valores
mobiliários representativos de dívida, também a taxa de juros, sejam
determinados no dia da apuração do resultado da coleta de intenções de
investimento, desde que sejam indicados os critérios objetivos que presidem à
sua fixação no Prospecto Preliminar e no aviso a que se refere o art. 53.
§2º Caso se utilize da faculdade prevista no § 1º, o preço e a taxa de juros
definitivos deverão ser divulgados ao público nos mesmos termos do Anúncio de
Início de Distribuição e do Prospecto, e comunicados à CVM e à bolsa de valores
ou mercado de balcão onde são negociados os valores mobiliários da emissora
no próprio dia em que forem fixados.
115
modificação efetuada, para que confirmem, no prazo de 5 (cinco) dias úteis do
recebimento da comunicação, o interesse em manter a declaração de aceitação,
presumida a manutenção em caso de silêncio
Art. 30. O ato societário que deliberar sobre a oferta pública deverá dispor
sobre o tratamento a ser dado no caso de não haver a distribuição total dos
valores mobiliários previstos para a oferta pública ou a captação do montante
total previsto para a oferta pública, tendo como referência a deliberação que fixar
a quantidade final de valores mobiliários a serem ofertados ou o montante final
a ser captado com a oferta pública, especificando, se for o caso, a quantidade
mínima de valores mobiliários ou o montante mínimo de recursos para os quais
será mantida a oferta pública.
116
II - Solicitar, juntamente com o ofertante, o registro de distribuição
devidamente instruído, assessorando-o em todas as etapas da distribuição (art.
7º);
III - formar o consórcio de distribuição, se for o caso;
IV - Informar à CVM, até a obtenção do registro, os participantes do
consórcio, discriminando por tipo, espécie e classe a quantidade de valores
mobiliários inicialmente atribuída a cada um;
V - Comunicar imediatamente à CVM qualquer eventual alteração no
contrato de distribuição, ou a sua rescisão;
VI - Remeter mensalmente à CVM, no prazo de 15 (quinze) dias após o
encerramento do mês, a partir da divulgação do Anúncio de Início de
Distribuição, relatório indicativo do movimento consolidado de distribuição de
valores mobiliários, conforme modelo do Anexo VII;
VII - participar ativamente, em conjunto com o ofertante, na elaboração do
Prospecto (art. 38) e na verificação da consistência, qualidade e suficiência das
informações dele constantes, ficando responsável pelas informações prestadas
nos termos do art. 56, § 1º;
VIII – divulgar, quando exigido por esta Instrução, os avisos nela previstos;
IX - Acompanhar e controlar o plano de distribuição da oferta;
X - Controlar os boletins de subscrição ou os recibos de aquisição, devendo
devolver ao ofertante os boletins ou os recibos não utilizados, se houver, no
prazo máximo de 30 (trinta) dias após o encerramento da distribuição;
XI - suspender a distribuição na ocorrência de qualquer fato ou
irregularidade, inclusive após a obtenção do registro, que venha a justificar a
suspensão ou o cancelamento do registro;
XII - sem prejuízo do disposto no inciso XI, comunicar imediatamente a
ocorrência do ato ou irregularidade ali mencionados à CVM, que verificará se a
ocorrência do fato ou da irregularidade são sanáveis, nos termos do art. 19; e
XIII - guardar, por 5 (cinco) anos, à disposição da CVM, toda a
documentação relativa ao processo de registro de distribuição pública e de
elaboração do Prospecto.
117
Art. 39. O Prospecto deverá, de maneira que não omita fatos de relevo,
nem contenha informações que possam induzir em erro os investidores, conter
os dados e informações sobre:
I - A oferta;
II - Os valores mobiliários objeto da oferta e os direitos que lhes são
inerentes;
III - o ofertante;
IV - A companhia emissora e sua situação patrimonial, econômica e
financeira;
V - Terceiros garantidores de obrigações relacionadas com os valores
mobiliários objeto da oferta; e
VI - Terceiros que venham a ser destinatários dos recursos captados com
a oferta.
118
Art. 51. Poderá ser especificamente admitida a utilização de material
publicitário antes da apresentação do Prospecto Preliminar, desde que destinado
a campanha educativa do público alvo, em distribuições destinadas a
investidores não familiarizados com o mercado de valores mobiliários, observado
o procedimento previsto no art. 50.
Parágrafo único. A utilização de material publicitário na forma do caput
dependerá de aprovação prévia da CVM, presumindo-se deferida caso não haja
manifestação contrária no prazo de 10 (dez) dias úteis, contado do protocolo na
CVM do respectivo pedido.
119
II – abster-se de negociar, até a divulgação do Anúncio de Encerramento
de Distribuição, com valores mobiliários do mesmo emissor e espécie daquele
objeto da oferta pública, nele referenciados, conversíveis ou permutáveis, ou
com valores mobiliários nos quais o valor mobiliário objeto da oferta seja
conversível ou permutável, salvo em hipóteses específicas (ver instrução).
120
estipulado na ordem. Somente após o processo de IPO as ações serão
negociadas na bolsa de valores (mercado secundário).
Pode acontecer que a oferta de ações seja insuficiente para atender a demanda,
nesse caso pode acontecer de os compradores não terem o valor total de suas
reservas atendido, recebendo apenas uma parte, o que é chamado de
ocorrência de rateio. Os critérios para essa situação estão definidos na
documentação do IPO, um exemplo é atender apenas uma porcentagem da
reserva inicial de cada investidor de modo que todos que fizeram a reserva
possam fazer a aquisição.
4.6.3.3 INSTRUÇÃO CVM 476 (ART. 1º, ART. 2º, ART. 3º E ART.
13º)
Art. 1º Serão regidas pela presente Instrução, as ofertas públicas de valores
mobiliários distribuídas com esforços restritos.
§1º Esta Instrução se aplica exclusivamente às ofertas públicas de:
I – Notas comerciais;
II – Cédulas de crédito bancário que não sejam de responsabilidade de
instituição financeira;
III – debêntures não-conversíveis ou não-permutáveis por ações;
IV - Cotas de fundos de investimento fechados;
V - Certificados de recebíveis imobiliários ou do agronegócio;
VI - Letras financeiras, desde que não relacionadas a operações ativas
vinculadas;
VII - certificados de direitos creditórios do agronegócio;
VIII – cédulas de produto rural - financeiras que não sejam de
responsabilidade de instituição financeira;
IX – Warrants agropecuários;
X – Certificados de operações estruturadas;
XI – os seguintes valores mobiliários, desde que emitidos por emissor
registrado na categoria:
a) ações;
b) debêntures conversíveis por ações; e
c) bônus de subscrição, mesmo que atribuídos como vantagem adicional
aos subscritores de debêntures;
121
XII – debêntures permutáveis por ações, desde que tais ações sejam
emitidas por emissor registrado na categoria A;
XIII – certificados de depósito de valores mobiliários mencionados neste
parágrafo; e
XIV – certificados de depósito de valores mobiliários no âmbito de
Programa BDR Patrocinado Nível III.
§2º Esta Instrução não se aplica às ofertas privadas de valores mobiliários.
Art. 2º As ofertas públicas distribuídas com esforços restritos deverão ser
destinadas exclusivamente a investidores profissionais, conforme definido em
regulamentação específica, e intermediadas por integrantes do sistema de
distribuição de valores mobiliários.
Parágrafo único. Não será permitida a busca de investidores através de
lojas, escritórios ou estabelecimentos abertos ao público, ou com a utilização de
serviços públicos de comunicação, como a imprensa, o rádio, a televisão e
páginas abertas ao público na rede mundial de computadores.
Art. 3º Nas ofertas públicas distribuídas com esforços restritos:
I – Será permitida a procura de, no máximo, 75 (setenta e cinco)
investidores profissionais, conforme definido em regulamentação específica; e
II – Os valores mobiliários ofertados deverão ser subscritos ou adquiridos
por, no máximo, 50 (cinquenta) investidores profissionais.
§ 1º Fundos de investimento e carteiras administradas de valores
mobiliários cujas decisões de investimento sejam tomadas pelo mesmo gestor
serão considerados como um único investidor para os fins dos limites previstos
neste artigo.
§ 2º Os investidores que exercerem direito de prioridade ou preferência não
serão considerados para os fins dos limites previstos neste artigo.
122
Modalidades e Definições
Art. 2º - A Oferta Pública de Aquisição de ações de companhia aberta (OPA)
pode ser de uma das seguintes modalidades: OPA para cancelamento de
registro: é a OPA obrigatória, realizada como condição do cancelamento do
registro de companhia aberta, por força do § 4º do art. 4º da Lei 6.404/76 e do §
6º do art. 21 da Lei 6.385/76; OPA por aumento de participação: é a OPA
obrigatória, realizada em consequência de aumento da participação do acionista
controlador no capital social de companhia aberta, por força do § 6º do art. 4º da
Lei 6.404/76; OPA por alienação de controle: é a OPA obrigatória, realizada
como condição de eficácia de negócio jurídico de alienação de controle de
companhia aberta.
Art. 3º - Para os efeitos desta Instrução, entende-se por: companhia
objeto: a companhia aberta emissora das ações visadas na OPA; ações objeto
da OPA: as ações visadas pelo ofertante na OPA; ações em circulação: todas
as ações emitidas pela companhia objeto, excetuadas as ações detidas pelo
acionista controlador, por pessoas a ele vinculadas, por administradores da
companhia objeto, e aquelas em tesouraria; acionista controlador: a pessoa,
natural ou jurídica, fundo ou universalidade de direitos ou o grupo de pessoas
vinculadas por acordo de voto, ou sob controle comum, direto ou indireto, que:
seja titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, a
maioria dos votos nas deliberações da assembleia geral e o poder de eleger a
maioria dos administradores da companhia; e use efetivamente seu poder para
dirigir as atividades sociais e orientar o funcionamento dos órgãos da companhia.
Ofertante: o proponente da aquisição de ações em uma OPA, seja ele pessoa
natural ou jurídica, fundo ou universalidade de direitos; pessoa vinculada: a
pessoa natural ou jurídica, fundo ou universalidade de direitos, que atue
representando o mesmo interesse do acionista controlador, do ofertante ou do
intermediário, conforme o caso.
123
4.7 CÓDIGO ANBIMA DE REGULAÇÃO E
MELHORES PRÁTICAS PARA OFERTAS
PÚBLICAS DE DISTRIBUIÇÃO E AQUISIÇÃO DE
VALORES MOBILIÁRIOS
124
ou grupo econômico que estejam autorizados no Brasil a desempenhar qualquer
das atividades previstas neste Código. Tal obrigação não implica no
reconhecimento, por parte das instituições participantes, da existência de
qualquer modalidade de assunção, solidariedade ou transferência de
responsabilidade entre esses integrantes. Entretanto, todas as referidas
entidades estarão sujeitas às regras e princípios estabelecidos pelo presente
Código.
125
Art. 11 - Nas Ofertas públicas de ações com esforços restritos em que
atuem na qualidade de coordenadores, as instituições participantes deverão, na
forma deste Código, zelar pela elaboração do memorando, a fim de que
apresentem informações suficientes, claras e precisas, para que o investidor
tome a decisão de investimento com as informações necessárias disponíveis,
observadas, ainda, as disposições constantes no artigo 2º do Capítulo I do Anexo
II.
126
5. FUNDOS DE INVESTIMENTO
(PROPORÇÃO: DE 18 A 25%)
127
5.1. ASPECTOS GERAIS
128
Os limites de concentração por emissor não se aplicam às cotas de fundos de
investimento quando adquiridas por fundos de investimento em cotas de fundos
de investimento.
A cota de fundo aberto não pode ser objeto de cessão ou transferência, exceto
nos casos de:
I – Decisão judicial ou arbitral;
II – Operações de cessão fiduciária;
III – Execução de garantia;
IV – Sucessão universal;
V – Dissolução de sociedade conjugal ou união estável por via judicial ou
escritura pública que disponha sobre a partilha de bens; e
VI – Transferência de administração ou portabilidade de planos de previdência.
As cotas de fundo fechado e seus direitos de subscrição podem ser
transferidos, mediante termo de cessão e transferência, assinado pelo cedente
e pelo cessionário, ou por meio de negociação em mercado organizado em que
as cotas do fundo sejam admitidas à negociação.
129
5.1.5. COTA. VALOR DA COTA E TRANSFERÊNCIA DE
TITULARIDADE
As cotas do fundo correspondem a frações ideais de seu patrimônio, são
escriturais, nominativas, e conferem iguais direitos e obrigações aos cotistas.
130
5.1.5.1 COMPOSIÇÃO DA CARTEIRA E RISCOS INERENTES
131
• Manter seus dados cadastrais atualizados.
5.1.7. ADMINISTRAÇÃO
132
I – Exercer suas atividades buscando sempre as melhores condições para o
fundo, empregando o cuidado e a diligência que todo homem ativo e probo
costuma dispensar à administração de seus próprios negócios, atuando com
lealdade em relação aos interesses dos cotistas e do fundo, evitando práticas
que possam ferir a relação fiduciária com eles mantida, e respondendo por
quaisquer infrações ou irregularidades que venham a ser cometidas sob sua
administração ou gestão;
133
• Custodiante (porteiro): guarda os ativos do fundo. Responde pelos
dados e envio de informações dos fundos para os gestores e
administradores.
• Auditor independente (conselho fiscal): Audita as contas o fundo (no
mínimo uma vez por ano). Todo fundo precisa contratar um auditor
independente e este precisa ser credenciado junto a CVM.
• Cotista (condômino): dono do fundo.
134
5.1.8. OBJETIVO DO FUNDO E POLÍTICA DE
INVESTIMENTO. DEFINIÇÃO E FINALIDADE
OBJETIVO
Quanto aos objetivos, os fundos podem tentar superar ou acompanhar
determinado Indicador de Referência (benchmark). Fundos com gestão ativa
- São fundos que tentam SUPERAR seu Indicador de Referência (benchmark).
Fundos com gestão passiva - São fundos que tentam ACOMPANHAR seu
Indicador de Referência (benchmark).
POLÍTICA DE INVESTIMENTO
Apresenta como o gestor do fundo pretende alcançar o objetivo do fundo. Na
política estão as definições das regras e a forma de atuação do gestor. Por
exemplo: se o fundo adquire títulos públicos ou privados e os limites de
aplicação em determinado tipo de ativo.
5.1.9.2 DIVERSIFICAÇÃO
135
5.1.9.3 LIQUIDEZ
REGULAMENTO
O regulamento é o principal documento do fundo, é o documento que fica
registrado em cartório, instrumento legal utilizado em casos de litígios judiciais.
O problema do regulamento é seu formato complexo, e a linguagem difícil, com
excesso de termos jurídicos que dificulta o entendimento por parte do investidor
comum.
136
VI – Descrição da tributação aplicável ao fundo e a seus cotistas,
contemplando a política a ser adotada pelo administrador quanto ao tratamento
tributário perseguido;
VII – Descrição da política de administração de risco, em especial dos métodos
utilizados pelo administrador para gerenciar os riscos a que o fundo se
encontra sujeito, inclusive risco de liquidez;
VIII – Quando houver, identificação da agência de classificação de risco de
crédito contratada pelo fundo, bem como a classificação obtida e advertência
de que a manutenção desse serviço não é obrigatória, podendo ser
descontinuado a critério do administrador do fundo ou da assembleia geral de
cotistas;
IX – Apresentação detalhada do administrador e do gestor, inclusive
informações sobre o departamento técnico e demais recursos e serviços
utilizados pelo gestor para gerir a carteira do fundo;
X – Relação dos demais prestadores de serviços do fundo;
XI – Política de distribuição de cotas; e
XII – Quaisquer outras informações que o administrador entenda relevantes.
137
DEMONSTRAÇÃO DE DESEMPENHO
O administrador do fundo é responsável por disponibilizar aos cotistas dos
fundos não destinados exclusivamente a investidores qualificados a
demonstração de desempenho do fundo até o último dia útil de fevereiro de
cada ano, contendo:
1. Rentabilidade mês a mês (nos últimos 12 meses) e anual (últimos 5
anos);
2. Despesas;
3. Esclarecimentos;
TERMO DE ADESÃO
O termo de adesão deve ter no máximo 5.000 (cinco mil) caracteres, e conter
as seguintes informações:
I – Identificação dos 5 (cinco) principais fatores de risco inerentes à
composição da carteira do fundo; e II – aviso de que informações mais
detalhadas podem ser obtidas no formulário de informações complementares.
138
regulamento; II – disponibilizar aos cotistas, mensalmente ou no período
previsto no regulamento para cálculo e divulgação da cota: saldo e valor das
cotas no início e no final do período e a movimentação ocorrida ao longo do
mês, assim como a rentabilidade do fundo auferida entre o último dia útil do
mês anterior e o último dia útil do mês de referência do extrato;
139
e a percentagem sobre o total da carteira.
140
5.1.12 DINÂMICA DE APLICAÇÃO E RESGATE
5.1.12.1 APLICAÇÃO DE RECURSOS E COMPRA DE ATIVOS
POR PARTE DOS GESTORES
Diariamente cotistas colocam e retiram dinheiro do fundo. Quando um fundo
recebe mais aplicações do que resgates, ele terá dinheiro em caixa,
caracterizando uma situação de aplicação líquida, para não deixar o dinheiro
parado no caixa o gestor terá que comprar ativos financeiros.
141
fundo. Exemplo: Fundo com prazo de carência de 90 dias – Caso o cotista
resgate antes desse prazo, ele não receberá os rendimentos.
142
5.1.13.1 RESPONSABILIDADES DA INSTITUIÇÃO INTERMEDIÁRIA
(DISTRIBUIDOR). DIREITOS DOS COTISTAS
Segundo a Instrução CVM 555 (Art. 33) é responsável pela manutenção dos
registros dos clientes (inclusive no que se refere a lavagem de dinheiro), a
prestação de contas à CVM e a comunicação com os cotistas.
143
5.1.14 TAXAS, TIPOS E FORMAS DE COBRANÇA
5.1.14.1 TAXA DE ADMINISTRAÇÃO
A taxa de saída por sua vez é cobrada na hora do resgate. A cobrança da taxa
de ingresso e da taxa de saída raramente é vista em fundos de investimento,
sendo mais comum sua cobrança em fundos de previdência.
144
5.1.14.5 REGRAS DE ALTERAÇÃO
145
5.2 PRINCIPAIS ESTRATÉGIAS DE GESTÃO
5.2.1 FUNDOS DE INVESTIMENTO COM GESTÃO PASSIVA.
DEFINIÇÕES.
IMA - GERAL
A carteira teórica do IMA-Geral é composta por todos os títulos elegíveis,
representando a evolução do mercado como um todo (ver imagem adiante).
Em virtude da intenção explícita da STN de não mais emitir títulos indexados
ao IGP-M (NTN-C) e, ainda, devido à baixa liquidez observada neste
segmento, foi determinada a construção de um índice agregado aos mesmos
moldes do IMA-Geral, mas sem a participação do IMA-C, denominado IMA-
Geral ex-C.
IMA - B
A carteira teórica do IMA-B é composta por NTNs-B, títulos indexados ao IPCA.
IRF-M
146
A carteira teórica do IRF-M é composta por títulos prefixados: LTN e NTN-F
147
• Ter sido negociada em pelo menos 80% dos Pregões
148
5.2.2.3 ESTRATÉGIAS DE GESTÃO: POSICIONAMENTO, HEDGE
E ALAVANCAGEM
Os fundos classificados como “Renda Fixa”, devem ter como principal fator de
risco de sua carteira a variação da taxa de juros, de índice de preços, ou
ambos.
O fundo classificado como “Renda Fixa” deve possuir, no mínimo, 80% (oitenta
por cento) da carteira em ativos de renda fixa, ou seja, taxa de juros ou índice
de preço, ou ambos.
Os Fundos de Renda Fixa se subdividem em quatro categorias: Curto prazo,
Referenciado, Simples e Dívida Externa.
149
I. Fundo Renda Fixa Curto Prazo
São fundos de renda fixa que aplicam pelo menos 95% do seu patrimônio
líquido em ativos que acompanham, direta ou indiretamente, determinado
índice de referência.
Devem incluir na sua denominação o sufixo “Referenciado” seguindo do índice
que acompanha. Ex: Referenciado DI.
Devem ainda investir pelo menos 80% do seu patrimônio líquido em títulos
públicos federais ou privados considerados de baixo risco pelo gestor ou
ainda, investir em cotas de fundos de índice que invistam preponderantemente
nesses ativos.
Só é permitido o uso de derivativos para proteção da carteira (hedge).
O fundo classificado como “Renda Fixa” que atenda às condições abaixo deve
incluir, à sua denominação, o sufixo “Simples”:
a) tenha 95% (noventa e cinco por cento), no mínimo, de seu patrimônio
líquido representado, isolada ou cumulativamente, por: a) títulos da dívida
pública federal; b) títulos de renda fixa de emissão ou coobrigação de
instituições financeiras que possuam classificação de risco atribuída pelo
gestor, no mínimo, equivalente àqueles atribuídos aos títulos da dívida
pública federal;
b) realize operações com derivativos exclusivamente para fins de proteção da
carteira (hedge);
150
c) se constitua sob a forma de condomínio aberto; e
d) preveja, em seu regulamento, que todos os documentos e informações a
eles relacionados sejam disponibilizados aos cotistas preferencialmente por
meios eletrônicos.
O gestor do Fundo de Renda Fixa Simples deve adotar estratégia de
investimento que proteja o fundo de riscos de perdas e volatilidade.
Vedações: Não pode cobrança de taxa de performance, nem realizar
investimentos no exterior, nem concentrar suas aplicações em créditos
privados (mais de 50%), não pode ainda, se transformar em fundo fechado
nem qualquer outra transformação ou mudança de classificação do fundo.
O fundo classificado como “Renda Fixa” que tenha 80% (oitenta por cento), no
mínimo, de seu patrimônio líquido representado por títulos representativos da
dívida externa de responsabilidade da União, deve incluir, à sua denominação,
o sufixo “Dívida Externa”. Este fundo não está sujeito à incidência dos limites
de concentração por emissor previstos para os demais fundos.
151
(dois terços) do seu patrimônio líquido seja investido em ações de companhias
listadas em segmento de negociação de valores mobiliários, voltado ao
mercado de acesso, instituído por bolsa de valores ou por entidade do mercado
de balcão organizado, que assegure, por meio de vínculo contratual, práticas
diferenciadas de governança corporativa.
152
ativo específico. Pode ser ativo, pode usar derivativos para fins de
alavancagem, pode cobrar taxa de performance. Também conhecidos como
“Fundos de Hedge” devido a sua liberdade de poder investir em diversos
ativos, pode carregar no nome a sua principal linha de atuação, ex:
“Multimercado Moedas”, “Multimercado Juros”, etc.
A maior parte dos ativos que compõem os fundos os fundos de Renda fixa,
Cambial e Multimercado é composta por Títulos Públicos, considerados como
os ativos financeiros mais seguros. É comum, inclusive que o patrimônio
desses fundos seja composto em mais de 90% por títulos públicos. Fundos que
possuem em sua composição uma parcela maior de títulos privados (CDBs,
Debêntures, Notas Promissórias, etc.), portanto, são considerados mais
arriscados.
Para os fundos de investimento cujo patrimônio seja composto em mais de
50% por títulos privados é obrigatório o uso da expressão “Crédito Privado” em
seu nome. Os documentos e material de venda e termo de adesão desse fundo
deverão destacar essa informação para alertar aos investidores sobre elevados
riscos de perda inerentes a esse produto.
153
Limites máximos para aplicação no exterior:
154
Até 100% em títulos públicos federais e operações compromissadas lastreadas
nestes títulos; ouro, desde que adquirido ou alienado em negociações
realizadas em mercado organizado; títulos de emissão ou coobrigação de
instituição financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil;
valores mobiliários diversos daqueles previstos nos parágrafos acima, desde
que objeto de oferta pública registrada na CVM, notas promissórias,
debêntures e ações, desde que tenham sido emitidas por companhias abertas
e objeto de oferta pública; e contratos derivativos, exceto se referenciados nos
ativos listados nos parágrafos acima.
São fundos que investem em Ativos Imobiliários – Imóveis, CRIs, LCIs, Cotas
de Outros FIIs, etc. É um Fundo Fechado, sem Personalidade Jurídica (CNPJ)
própria.
155
Os cotistas podem ganhar de duas formas: rendimentos (aluguéis) ou ganho
de capital (quando vendem suas cotas por um valor superior ao de compra).
156
O Fundo de Investimento em Participações (FIP), constituído sob a forma de
condomínio fechado, é uma comunhão de recursos destinados à aquisição de
ações, debêntures, bônus de subscrição, ou outros títulos e valores mobiliários
conversíveis ou permutáveis em ações de emissão de companhias, abertas ou
fechadas, participando do processo decisório da companhia investida, com
efetiva influência na definição de sua política estratégica e na sua gestão,
notadamente através da indicação de membros do Conselho de
Administração.
Os FIPs são destinados a investidores qualificados, em geral com valor de
investimento inicial. A ideia desses fundos, muitas vezes, é de comprar
empresas fechadas, dar um choque de gestão de forma a fazê-las crescer para
vender com lucro.
157
relacionadas à carteira do fundo, sendo necessária a concordância de cotistas
representando, no mínimo, dois terços das cotas emitidas pelo fundo.
158
Nos fundos o administrador é o responsável por recolher o Imposto de Renda.
Nos Fundos de Longo Prazo (LP) existem quatro alíquotas conforme tabela
abaixo:
159
5.3.6.1 IMPOSTO DE RENDA (IR) – “COME-COTAS”: FATO
GERADOR, ALÍQUOTAS (CONFORME TIPO DE FUNDO - CURTO
PRAZO E LONGO PRAZO
160
5.4 CÓDIGO ANBIMA DE REGULAÇÃO E
MELHORES PRÁTICAS PARA ADMINISTRAÇÃO
DE RECURSOS DE TERCEIROS
5.4.1 DEFINIÇÕES (CAP. I)
Além das definições estabelecidas no item 2.1.1 (pag. 18), temos:
161
em Direitos Creditórios, mantendo-se inalterados os restantes elementos da
relação obrigacional;
162
Relação Fiduciária: relação de confiança e lealdade que se estabelece entre
os investidores e a Instituição Participante no momento em que lhe é confiada
a prestação de serviço para a qual foi contratada;
163
VI. Evitar práticas que possam vir a prejudicar a Administração de Recursos de
Terceiros e seus participantes, especialmente no que tange aos deveres e
direitos relacionados às atribuições específicas de cada uma das
Instituições Participantes estabelecidas em contratos, regulamentos, neste
Código e na Regulação vigente;
VII. Envidar os melhores esforços para que todos os profissionais que
desempenhem funções ligadas à Administração de Recursos de
Terceiros atuem com imparcialidade e conheçam o código de ética da
Instituição Participante e as normas aplicáveis à sua atividade;
VIII. Identificar, administrar e mitigar eventuais conflitos de interesse, nas
respectivas esferas de atuação, que possam afetar a imparcialidade das
pessoas que desempenhem funções ligadas à Administração de
Recursos de Terceiros;
IX. Evitar práticas que possam ferir a Relação Fiduciária mantida com os
investidores;
X. Desempenhar suas atribuições buscando atender aos objetivos
descritos nos Documentos dos Veículos de Investimento e na Regulação
em vigor, bem como promover a divulgação de informações a eles
relacionadas, inclusive no que diz respeito à remuneração por seus
serviços, visando sempre ao fácil e correto entendimento por parte dos
investidores; e
XI. Transferir ao Veículo de Investimento qualquer benefício ou vantagem
que possa alcançar em decorrência de sua condição como
Administrador Fiduciário e/ou Gestor de Recursos, observada a exceção
prevista na norma específica de Fundos e/ou as disposições contratuais
estabelecidas no contrato de carteira administrada.
164
I. Mitigar a ocorrência de ilícitos legais ou contrários à Regulação;
II. Promover a segregação funcional das áreas responsáveis pela
Administração de Recursos de Terceiros das demais áreas que possam
gerar potenciais conflitos de interesse, de forma a minimizar
adequadamente tais conflitos;
III. Garantir a segregação física de instalações entre a área responsável pela
Administração de Recursos de Terceiros e as áreas responsáveis pela
intermediação e distribuição de ativos financeiros;
IV. Propiciar o bom uso de instalações, equipamentos e informações comuns a
mais de um setor da empresa;
V. Preservar informações confidenciais e permitir a identificação das pessoas
que tenham acesso a elas; e
VI. Administrar e monitorar adequadamente as áreas identificadas como de
potencial conflito de interesses.
165
II. Elaboração de todos os documentos relacionados aos Fundos, devendo
observar, durante a elaboração, a Regulação aplicável a cada tipo de Fundo de
Investimento;
III. Supervisão das regras, procedimentos e controles da gestão de risco
implementada pelo Gestor de Recursos, conforme seção IV do capítulo VIII
deste Código;
IV. Supervisão dos limites de investimento das carteiras dos Fundos, nos
termos da seção II deste capítulo;
V. Supervisão dos terceiros contratados, conforme capítulo VI deste Código; e
VI. Gestão do risco de liquidez, que deve ser feita em conjunto com o Gestor
de Recursos, nos termos da Regulação vigente e conforme o previsto no
contrato de prestação de serviço.
166
III. Pelo envio das informações relativas aos negócios realizados pelos
Veículos de Investimento ao Administrador Fiduciário ou ao terceiro contratado
para essa atividade, quando aplicável;
IV. Pela negociação, alocação e rateio de ordens dos Veículos de Investimento,
quando aplicável;
V. Pelo enquadramento aos limites de investimento da carteira dos Veículos de
Investimento, observado o disposto nos Documentos dos Veículos de
Investimento e na Regulação vigente;
VI. Pelo processo de prevenção à lavagem de dinheiro e financiamento ao
terrorismo dos ativos financeiros adquiridos pelos Veículos de Investimento;
VII. Pelo controle de risco dos Veículos de Investimento, incluindo, mas não se
limitando à gestão do risco de liquidez, risco de mercado e risco de crédito,
bem como ao enquadramento dos Veículos de Investimento aos limites de
risco estabelecidos nos Documentos dos Veículos de Investimento e/ou em
suas regras de risco; e
VIII. Por garantir que as operações realizadas pelos Veículos de Investimento
tenham sempre propósitos econômicos compatíveis com os Documentos dos
Veículos de Investimento, e estejam em consonância com os princípios gerais
de conduta previstos neste Código.
167
5.4.8.2 Documentos e informações dos Fundos 555 (Cap. III)
168
Cabe ao Conselho de Regulação e Melhores Práticas expedir diretrizes que
devem ser observadas pelas Instituições Participantes no que se refere à
elaboração da lâmina de informações essenciais.
169
5.4.8.3.2 Material Publicitário (Seção II)
170
VI. Tratar de forma segregada dos demais, os Fundos:
a. Destinados exclusivamente à aplicação de outros Fundos (Fundos máster);
b. Exclusivos ou Reservados; e
c. Administrados por Instituição que não seja associada à ANBIMA.
Caso haja cobrança de taxa de entrada, taxa de saída e/ou outras taxas que
afetem a rentabilidade do Fundo
Caso o Fundo altere sua classificação ou, ainda, altere significativamente sua
política de investimento deve ser incluído no Material Técnico aviso com o
seguinte teor:
“Este Fundo alterou [classificação CVM/Gestor de Recursos e/ou
significativamente sua política de investimento] em [incluir data].”
171
No Formulário de Informações Complementares: a. Devem constar, da capa,
da contracapa ou da primeira página do Formulário, avisos com o seguinte
teor:
i. “Este formulário está em consonância com as disposições do Código
ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para a Administração de Recursos
de Terceiros, assim como com as normas emanadas pela Comissão de
Valores Mobiliários. A Comissão de Valores Mobiliários e a ANBIMA não
garantem a veracidade das informações contidas neste formulário.”; e
ii. “As informações contidas nesse formulário estão em consonância com o
regulamento do fundo, mas não o substituem. É recomendada a leitura
cuidadosa tanto deste formulário, quanto do regulamento, com especial
atenção para as cláusulas relativas ao objetivo e à política de investimento do
fundo, bem como às disposições do formulário e do regulamento que tratam
dos fatores de risco a que o fundo está exposto.”
172
de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios regulados pela Instrução
CVM nº 356, de 17 de dezembro de 2001, e suas alterações posteriores.
173
I. Características gerais: Denominação do FIDC; CNPJ; Classificação do
FIDC, conforme Diretriz ANBIMA de Classificação de FIDC; Objetivo/política de
investimento; Público-alvo e Prestadores de Serviço entre outros elementos.
II. Características da classe sênior: Início; Número da série; Prazo de
duração; Duration; Aplicação mínima; Amortizações; Remuneração-alvo;
Remuneração mensal obtida; Rating na emissão; Agência de rating contratada;
Nota da última classificação de rating obtida e data da classificação de rating
obtida.
174
O prospecto do FII deve conter, no mínimo: Denominação do FII; Base legal;
Prazo de duração; Identificação dos prestadores de serviços; Política de
divulgação de informações; Público-alvo; Objetivo e política de investimento;
Política de concentração de investimento; Política de amortização e de
distribuição de resultados; Descrição das cotas; Negociação das cotas; Regras
de subscrição e integralização de cotas; Principais características da oferta;
Relacionamento (fundo e prestadores de serviço); Indicação de potenciais
conflitos de interesse; Estudo de viabilidade; Laudo de avaliação; Rentabilidade
do FII; Receita mínima garantida; Fatores de risco (diversos riscos
detalhados);
Taxa de administração, taxas de ingresso e taxa de
desempenho; Breve histórico dos terceiros contratados em nome do FII;
Descrição das atividades dos contratados.
175
requisitos mínimos para emissão e resgate; h. Risco de ágio e deságio na
negociação das cotas em relação ao valor patrimonial e/ou seu valor indicativo;
i. Risco de o provedor do índice parar de administrar ou manter o índice; j.
Risco de suspensão da negociação das cotas por parte da Comissão de
Valores Mobiliários, bolsa de valores ou entidade do mercado de balcão
organizado; e k. Risco relativo ao fornecimento ou disponibilização do índice;
VI. Selo ANBIMA com texto obrigatório contendo aviso com o seguinte teor: “A
presente instituição aderiu ao Código ANBIMA de Regulação e Melhores
Práticas para Administração de Recursos de Terceiros.”
176
5.5 CLASSIFICAÇÃO DE FUNDOS DE
INVESTIMENTO ANBIMA - NÍVEIS 1, 2 E 3
A classificação ANBIMA agrupa fundos de investimento com as mesmas
características, identificando-os pelas suas estratégias e fatores de risco. Esse
agrupamento facilita a comparação de performance entre os diferentes fundos
e auxilia o processo de decisão de investimento, além de contribuir para
aumentar a transparência do mercado.
177
cambiais, ou seja, no nível 1 a classificação da ANBIMA é a mesma da CVM
(Instrução 554).
178
179
6. PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR
ABERTA: PGBL E VGBL
(PROPORÇÃO: DE 5 A 10%)
180
6.1 PREVIDÊNCIA SOCIAL X PREVIDÊNCIA
PRIVADA: AVALIAÇÃO DA NECESSIDADE DO
CLIENTE
Previdência Social
Os trabalhadores legalmente registrados (empregados e empresários)
possuem obrigação de recolher parte de sua renda para a previdência social, o
Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) cuja função é segurar o contribuinte
contra doenças, incapacitação e outros benefícios previstos em lei, mas sua
função principal é garantir a aposentadoria dos cidadãos.
181
Em resumo, trata-se de um seguro público que tem como função garantir que
as fontes de renda do trabalhador e de sua família sejam mantidas quando ele
perde a capacidade de trabalhar por algum tempo (doença, acidente,
maternidade) ou permanentemente (morte, invalidez e velhice).
Previdência Privada
Em virtude da perspectiva negativa em relação ao futuro e da baixa renda
proporcionada pela aposentadoria do INSS é facultado ao trabalhador contratar
um plano de previdência privado, para acrescentar uma renda adicional à
previdência social. Existem planos de previdência abertos e fechados, os
fechados são limitados (fechados) a uma determinada categoria e contam com
o patrocínio do empregador, assim o empregado recolhe uma parte e a
empresa empregadora outra parte, como, por exemplo, a PREVI, previdência
dos funcionários do Banco do Brasil, a PETROS, previdência dos funcionários
da Petrobrás e diversas outras de empresas privadas, públicas e de economia
mista.
182
Previdência Privada Aberta
Os planos de previdência aberta (são os que caem na prova da ANBIMA!), por
sua vez, podem ser contratados por qualquer pessoa através de corretores
especializados e também através dos bancos, consiste em valores recolhidos
pelo cliente e administrado por instituições financeiras com o objetivo principal
de gerar renda na aposentadoria para o contratante. A ideia é formar um fundo
que futuramente gere renda de forma a complementar a previdência social e
manter o fluxo mensal durante a aposentadoria próximo ao que o cidadão
possuía quando era um trabalhador ativo.
Qual é sua renda atual? Qual a renda desejada na aposentadoria? Por quanto
tempo contribuirá para a previdência? Qual sua disponibilidade financeira para
contribuir? Que outras fontes de renda terá na aposentadoria (aluguéis,
aposentadorias, rendas diversas) ? Quanto risco pretende correr? Qual o perfil
de risco? Qual o perfil tributário? Costuma pagar impostos no ajuste do IRPF?
Qual é o patrimônio? Despesas mensais? Qual o benefício (renda mensal)
desejado para aposentadoria?
183
6.2.2 TAXAS DE CARREGAMENTO
6.2.3 PORTABILIDADE
No seu glossário de definições a SUSEP define portabilidade como “instituto
que, durante o período de diferimento, e na forma regulamentada, permite a
movimentação de recursos da provisão matemática de benefícios a conceder”,
em outras palavras a portabilidade é a transferência do plano de uma
instituição financeira para outra, na portabilidade não incide Imposto de Renda,
as condições de prazo e alíquota permanecem na nova Entidade Aberta de
Previdência Complementar (EAPC) tal qual eram na instituição anterior. A ideia
é que os detentores de planos de previdência possam escolher outras
instituições ao longo tempo, que, por exemplo, possuam menor taxa de
administração, maior controle de risco, ou mesmo maior rentabilidade. PGBLs
deverão ser portados para PGBLs, e VGBLs para VGBLs, não sendo permitida
a transição do tipo de plano, nem de uma pessoa para outra.
Na maioria dos contratos se estabelece uma carência mínima de 60 dias após
cada movimentação.
184
Essa vantagem traz mais liberdade para o investidor, que pode mudar (por
exemplo) de um fundo renda fixa tradicional, para outro mais arrojado ou com
exposição à renda variável (ou vice-versa).
Na maioria dos contratos se estabelece uma carência mínima de 60 dias após
cada movimentação.
6.2.5. RESGATES
Resgate é a restituição ao participante do montante acumulado na provisão
matemática de benefícios a conceder relativa ao seu benefício.
O resgate é obrigatório nos planos de benefício por sobrevivência
(aposentadoria), sendo concedido ao participante que desistir do plano, no
valor correspondente ao montante acumulado em sua provisão matemática de
benefícios a conceder. Nos demais planos, deverá ser observado o contrato
(regulamento).
Para planos de benefício por sobrevivência (aposentadoria) no caso de morte
do participante, será devido o resgate aos beneficiários indicados.
185
Tabela Progressiva IRPF exercício 2020, ano-calendário de 2019:
Até 22.847,76 - -
Tabela Regressiva:
186
Exemplo: Um indivíduo que tem renda bruta anual de R$ 100 mil poderá
deduzir da base de cálculo do imposto de renda até R$ 12 mil em
contribuições, como nesta faixa de renda a alíquota do IRPF é de 27,5% (ver
tabela progressiva), o contribuinte acaba deixando de pagar 27,5% de R$ 12
mil (R$ 3.300).
A tabela progressiva compensável é indicada para indivíduos com rendas
anuais mais baixas, que se enquadram na parte inferior da tabela, por exemplo,
se ele tiver uma renda mensal de R$ 2.500, o que totaliza R$ 30 mil por ano,
estará sujeito a uma alíquota de IR incidente sobre os resgates de apenas
7,5%. Já a tabela regressiva definitiva é indicada para indivíduos de rendas
mais elevadas e que permanecerão com os recursos aplicados por um longo
período, uma vez que aplicações por períodos inferiores a 6-8 anos (ver tabela
regressiva) possuem alíquotas elevadíssimas.
Fase de contribuição
Trata-se da fase de acumulação da provisão matemática.
Fase de benefícios
Esta é a fase em que você recebe o valor financeiro.
187
Renda mensal vitalícia
Modalidade em que o participante recebe uma renda mensal enquanto viver.
Caso ocorra o falecimento do participante o benefício cessa imediatamente,
independente de eventuais “saldos remanescentes”.
Pagamento único
Modalidade em que o participante estabelece que o recebimento da provisão
matemática seja recebido em pagamento único e não em renda mensal
conforme visto nos tópicos anteriores, ou seja, ele resgata a provisão
matemática e cessa o plano.
188
7. MENSURAÇÃO E GESTÃO DE
PERFORMANCE E RISCOS
(PROPORÇÃO: DE 10 A 20%)
189
7.1. RISCO, RETORNO E DIVERSIFICAÇÃO
7.1.1. ESTATÍSTICA APLICADA
Média
A média aritmética é a mais conhecida das medidas de tendência central. A
média é a soma dos valores de um conjunto de dados dividida pela quantidade
de elementos deste conjunto.
𝛴𝑥
𝜇=
𝑛
Exemplo:
Nos últimos 3 anos um fundo rendeu 6%, 9% e 15% respectivamente. Qual foi o
retorno médio desse fundo no período?
6%+9%+15%
= 10%
3
Moda
É o termo mais frequente do conjunto, ou seja, é o valor que mais se repete.
Qual é a moda deste conjunto de dados? 3, 2, 5, 8 ,5, 6
Resposta: A moda é 5 (único valor que aparece duas vezes).
Mediana
É o termo médio de uma série de dados quando dispomos os valores em ordem
(crescente ou decrescente).
Qual é a mediana deste conjunto de dados? 2,5,3,8,6
1ª Passo - Ordenar: 2,3,5,6,8
2ª Passo- Achar o número que está no meio, o termo médio (Tm).
𝑛+1 5+1
𝑇𝑚 = , neste exemplo, n =5, logo, 𝑇𝑚 = , logo, Tm = 3º
2 2
Logo a mediana = 5
• Caso o número de termos do conjunto seja par, deve-se fazer uma interpolação,
através do cálculo da média dos termos centrais. Exemplo:
Qual é a mediana de 4,3,5,1?
Termo médio = 2,5ª (entre o 2ª e 3ª), interpolando 3 e 4, chegamos ao valor da
mediana: 3,5
190
7.1.1.2 MEDIDAS DE DISPERSÃO: VARIÂNCIA E DESVIO
PADRÃO (VOLATILIDADE)
2
𝐷𝑃 = √𝑉𝑎𝑟𝑖𝑎𝑛𝑐𝑖𝑎 logo, 𝑉𝑎𝑟𝑖â𝑛𝑐𝑖𝑎 = 𝐷𝑃2
Covariância
É uma medida do grau de interdependência (ou inter-relação) numérica entre
duas variáveis. Assim, variáveis independentes têm covariância zero.
A Covariância é uma medida não padronizada, seu valor, portanto não agrega
muitas informações, o sinal da covariância indica o tipo de associação:
COV > 0: Associação Direta entre as variáveis;
COV = 0: Não existe relação entre as variáveis e;
COV< 0: Associação oposta entre os valores das variáveis.
191
Correlação (R)
𝐶𝑜𝑣𝑎𝑟𝑖â𝑛𝑐𝑖𝑎 (𝑥,𝑦)
Correlação (x,y) = 𝐷𝑃 𝑥 ∗ 𝐷𝑃 𝑦
192
7.1.1.4 DISTRIBUIÇÃO NORMAL
193
7.1.2. RISCO DE ATIVOS
7.1.2.1 ATIVOS LIVRES DE RISCO E ATIVOS COM RISCO DE
CRÉDITO
Todos os ativos possuem riscos. O risco de crédito, por sua vez, está presente
em todos os ativos de renda fixa. Então o que são os ativos livres de risco? São
os ativos de risco mais baixo existente no mercado. Aqui no Brasil utilizamos os
títulos públicos federais como referência. Resumindo: O ativo livre de risco tem
também risco de crédito, mas é o menor do mercado.
Os demais ativos possuem risco de crédito superior ao ativo livre de risco, e por
isso possuem taxa de juros mais elevada para compensar o risco.
A diferença entre a taxa de juros de um ativo qualquer para o ativo livre de risco
é chamada de spread de crédito, e essa diferença representa o risco de
inadimplência deste ativo.
Conforme já foi mencionado neste material, quanto maior o risco, maior será o
retorno esperado. Em um mercado racional não haverá investidores dispostos a
correr riscos elevados em busca de baixa rentabilidade, assim como não existirá
produtos de investimento de alta rentabilidade e com riscos baixíssimos em
relação aos demais.
Poderá, no entanto, acontecer de haver situações de produtos de riscos
similares, porém com retornos distintos, ou ainda de retornos similares, porém
com riscos diferentes. Na prova, esse conteúdo é abordado através da
interpretação gráfica da relação entre o risco e o retorno dos ativos.
194
7.1.3. RISCO DE UMA CARTEIRA:
7.1.3.1 DESVIO PADRÃO DA CARTEIRA E O BENEFÍCIO DA
DIVERSIFICAÇÃO
Carteiras bem diversificadas, isto é, composta por ativos com baixas correlações
entre si possuem desvio padrão baixo, ou seja, são menos arriscadas. Essa
relação é explicada pela da teoria carteira, ou teoria de Markowitz. Para entender
melhor, segue um exemplo simples: se juntarmos dois ativos que possuem
correlação negativa, quando um cair de valor, o outro irá subir, de maneira que
essa carteira vai ter uma variação menor (risco) do que cada ativo individual.
Quanto maior o β, portanto, maior será o risco e o retorno esperado do ativo (ou
carteira).
O β pode ser utilizado para sintetizar carteiras de mercado: ao invés de comprar
todas as ações que compõem o IBOVESPA, um investidor pode comprar uma
carteira de ações com número bem menor, mas com β próximo de 1, assim terá
risco e retorno similar ao do IBOVESPA. Esse tema é abordado pela ANBIMA
em suas provas.
195
7.1.3.4 RISCO ABSOLUTO E RISCO RELATIVO
196
O risco não sistemático é a parcela do risco referente ao próprio ativo, por isso
também é conhecido como risco intrínseco. Este risco é causado por fatos que
atingem diretamente determinado ativo ou o setor que ele atua. Em resumo, seria
o risco referente à determinada empresa e não ao mercado como um todo. O
risco não sistemático é conhecido também como risco diversificável, uma vez
que a colocação de diversos ativos em uma carteira anularia o risco individual
dos ativos.
O gráfico abaixo costuma ser apresentado na prova e apresenta a relação entre
risco total e número de ativos. A curva mostra que a relação é inversa, ou seja,
quanto mais ativos numa carteira, menor será o risco total, no entanto o risco
total nunca chegará a zero, pois sempre existirá o risco sistemático, que não
pode ser eliminado.
197
todo esse risco pelo incremento de 2% no rendimento? Para responder temos
que calcular o Índice de Sharpe dos ativos A e B.
18% − 10% 8%
𝐼𝑆 𝑑𝑜 𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐵 = = = 0,40
20% 20%
Quanto maior o Índice de Sharpe, maior a eficiência do Investimento.
No nosso exemplo, apesar do retorno de B ser menor do que o de A, ele possui
um risco bem menor, gerando uma melhor relação risco-retorno. O ativo B possui
um Sharpe de 0,40, enquanto A possui um Sharpe de 0,25.
Assim como o Índice de Sharpe (IS), o Índice de Treynor (IT) também mede a
eficiência de um investimento através de sua relação risco-retorno, a diferença
é que o IT utiliza o beta (β) do investimento como medida de risco, enquanto o
IS, como vimos, utiliza o Desvio padrão como medida de risco.
A fórmula do Índice de Treynor é a seguinte:
𝑅𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 𝑑𝑎 𝐶𝑎𝑟𝑡𝑒𝑖𝑟𝑎 − 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝐿𝑖𝑣𝑟𝑒 𝑑𝑒 𝑅𝑖𝑠𝑐𝑜
𝐼𝑇 =
𝐵𝑒𝑡𝑎 (𝛽 )𝑑𝑎 𝐶𝑎𝑟𝑡𝑒𝑖𝑟𝑎
Assim como no Índice de Sharpe, quanto maior o Índice de Treynor, maior será
a eficiência do investimento, ou em outras palavras: melhor será o desempenho.
O pressuposto básico do IT é que qualquer carteira ou portfólio bem diversificado
está sujeito apenas ao risco sistemático, que é representado pelo β.
198
7.2. ADMINISTRAÇÃO E GERENCIAMENTO DE
RISCO
199
A Duration Modificada representa a variação do valor da carteira para cada 1%
de variação na taxa de juros. Lembramos que por se tratar de taxa prefixada a
relação é inversa, ou seja, quando a taxa de juros sobe 1%, o título perde valor.
Exemplo: Vamos supor que determinada carteira tem sua duration calculada em
4,6 anos, a taxa de juros de mercado é de 15% ao ano.
Sua Duration Modificada será de:
4,6 4,6
𝐷𝑢𝑟𝑎𝑡𝑖𝑜𝑛 𝑀𝑜𝑑𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑑𝑎 = = =4
(1 + 0,15) (1,15)
Assim, para o exemplo acima, onde a duration modificada calculada foi 4, para
cada variação de 1% na taxa de juros, o valor do título vai variar em 4% (4x) no
sentido contrário ao da variação da taxa de juros. Se a taxa de juros do exemplo
sobe de 15% para 16% o título terá seu valor presente reduzido em 4%.
7.2.1.2 CONVEXIDADE
A convexidade é sintetizada por uma curva que relaciona o valor da carteira para
diferentes valores de taxa de juros. As carteiras que possuem curvas mais
convexas em relação à origem são menos sensíveis às mudanças na taxa de
juros do que as carteiras menos convexas. Quanto menos sensível, obviamente,
menos arriscada será esta carteira de títulos.
Assim, uma carteira com curva mais convexa é preferível a uma carteira menos
convexa. A convexidade de uma curva tende a ser maior quando a distribuição
dos pagamentos é mais uniforme ao longo do tempo. Pagamentos dos títulos
concentrados em poucas datas tornam a carteira mais arriscada.
200
Valor da Carteira (Em R$ milhões)
A
X
B
Y Curva Azul
Z C
Curva vermelha
Taxa de Juros
i1 i2
7.2.1.3 IMUNIZAÇÃO
Imunizar uma carteira significa torna-la insensível às mudanças na taxa de juros.
Uma forma de imunizar carteiras é “casar” passivos e ativos, de forma que os
créditos anulem os débitos.
Na prática imunizar significa tornar a carteira menos sensível, buscando
compatibilizar prazos de forma que a curva que relaciona o valor da carteira à
taxa de juros se torne mais convexa em relação à origem.
Gestores experientes costumam utilizar o mercado futuro para obter uma
imunização maior para a sua carteira, conceito conhecido como hedge.
201
Existem situações de crise no mercado em que ativos tradicionalmente líquidos
perdem sua liquidez em pouco tempo, pois nas grandes crises todos querem
vender e poucos estão dispostos a comprar.
7.2.2.2 ATIVO
Ativos de diferentes categorias possuem graus de liquidez diferentes. Mesmo
dentro de uma mesma categoria - como por exemplo, nas ações - existe uma
grande diversidade de liquidez entre elas, sendo algumas bastante líquidas, com
milhares de negócios por dia e outras que passam semanas e muitas vezes até
meses sem um único negócio.
202
7.2.3 RISCO DE CRÉDITO
7.2.3.1 DEFINIÇÃO DE SOLVÊNCIA E INADIMPLÊNCIA
Solvência – É quando o devedor tem condições de pagar sua dívida. Possui ativo
maior que o passivo, o que garante sua “sobrevivência”.
Inadimplência – É quando o devedor não paga sua dívida, sejam os juros
(cupons) ou o principal, dentro do prazo de vencimento.
203
A geração de caixa é outro ponto analisado na análise das empresas,
principalmente no que se refere a honrar as dívidas de curto prazo, que tendem
a possuir taxa de juros mais elevada (efeito tesoura).
204
7.2.7 RISCO DE MERCADO EXTERNO. CONCEITO
O mundo é complexo e eventos externos têm impacto direto nos nossos ativos
financeiros. O risco de mercado externo está relacionado aos riscos associados
às oscilações na taxa de câmbio, mudanças no cenário macroeconômico
mundial, riscos geopolíticos específicos de cada país investido, questões legais,
regulatórias e tributárias específicas de um país, entre outros.
Diversos estudos mostram quem empresas que adotam a pauta ASG possuem
melhor performance no longo prazo.
205
Fonte da imagem: Folha de São Paulo 16/12/15
206
7.2.9.2. CONSEQUÊNCIAS SOBRE A PRECIFICAÇÃO
Uma piora na nota de crédito (rating) de um agente econômico significa um preço
menor para seus títulos, enquanto que uma melhora do rating se reflete em um
aumento do valor dos títulos.
207
Limitações do VaR – O VaR estima o futuro baseado em dados históricos, e esta
é sua grande limitação: novos eventos não captados pelo modelo podem elevar
o risco para patamares bastante acima do calculado.
Para entender melhor as limitações desse pressuposto vamos trabalhar com um
exemplo do mundo real.:vamos supor que você queira estimar o tempo máximo
que você gastaria para chegar ao trabalho saindo de casa pela manhã, como
você faria?
Usando uma metodologia similar ao VaR você coletaria dados diários do tempo
casa-trabalho durante dois anos, por exemplo, em uma amostragem de
aproximadamente quinhentas idas ao trabalho, você acharia uma média de 20
minutos com desvio-padrão de 5 minutos. Usando esses números em uma
distribuição normal você tem uma chance em um milhão de demorar mais de 45
minutos para chegar no trabalho (4,75 DP), ou seja, pelo modelo, se você sair
de casa 45 minutos antes do trabalho só chegará atrasado uma vez a cada 10
mil anos! Então um determinado dia você sai de casa e a prefeitura está fazendo
uma grande obra de saneamento, o que deixa o trânsito caótico e você passa
uma hora para chegar ao trabalho... O que aconteceu? A amostra dos últimos
dois anos não captou esse evento e subdimensionou a probabilidade de você
chegar atrasado. Este é o grande risco de utilizar modelos baseados em dados
históricos como o VaR.
208
ordens de venda, causando queda de valor dos ativos, que por sua vez atingem
o ponto de stop loss de outros investidores, enviando novas ordens de venda,
gerando assim um efeito cascata que derruba o preço dos ativos drasticamente
em poucos minutos.
Existe também o risco das ordens de venda stop loss não serem liquidadas por
falta de liquidez, ou mesmo do valor de mercado dos ativos “pular” a ordem de
venda. Por exemplo, o stop loss de uma ação é de R$ 20,00 e o preço da ação
passa de R$ 23,00 para R$ 14,40, saltando assim o valor determinado para a
venda no stop.
209
7.2.10.5. TRACKING ERROR VERSUS ERRO QUADRÁTICO
MÉDIO
Tracking Error (TE) e Erro Quadrático Médio (EQM) são medidas estatísticas de
ajustamento e são utilizadas para verificar se as carteiras estão ajustadas aos
seus benchmarks.
Tracking Error (TE) – É calculado através do desvio padrão das diferenças entre
o retorno do fundo e o seu benchmark. Quanto maior o TE, pior o trabalho do
gestor em de um fundo passivo.
Como calcular o TE? 1. Registrar os retornos do fundo e de seu benchmark
diariamente; 2. Calcular a diferença entre eles (cada dia); 3 Calcular o Desvio
Padrão (DP) dessa diferença.
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