Estrutura de Redação ENEM
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A DISSERTAÇÃO
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COMO ESTRUTURAR O TEXTO?
1. INTRODUÇÃO
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"Conforme dados divulgados pela OMS, a depressão é uma das
principais causas de afastamento das atividades laborais no Brasil.
Nesse contexto, embora as doenças mentais sejam tão recorrentes no
país, ainda há estigmas e preconceitos que impedem a prevenção e o
tratamento desses transtornos. Assim, é necessário pensar não só nas
razões que levam à criação de estigmas relacionados às doenças
psíquicas, mas também nos efeitos que elas causam na sociedade."
2. PROJETO DE TEXTO
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Nesses projetos de texto, o projeto de texto já deve ser definido na TESE, desde a
INTRODUÇÃO:
1. DESENVOLVIMENTO DO TEXTO
Cada parágrafo terá entre 6 e 9, 10 linhas, divididas em uma média de 4 frases que devem
garantir uma estrutura completa aos parágrafos, ou seja, que apresentem um argumento
principal, justifiquem-no, expliquem-no e o comprovem. Assim, para chegar a um texto
coeso e com boa progressão, é necessário definir uma estratégia argumentativa.
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Veja alguns exemplos
D1
A princípio, é importante ressaltar que PROBLEMA TRAZIDO PELO TEMA é
resultado, dentre outros fatores, de/do/da CAUSA. Isso ocorre, principalmente, porque
JUSTIFICATIVA - CAUSA DA CAUSA, já que EXPLICAÇÃO DA
JUSTIFICATIVA, assim como pode ser visto/comprovado por COMPROVAÇÃO
(dado/pesquisa/notícia). Dessa forma, retomar o tópico frasal.
D2
Em decorrência disso, o corpo social passa a conviver com diversas consequências que
intensificam o problema. Dentre elas, destaca-se CONSEQUÊNCIA, que EFEITO
TRAZIDO PELA CONSEQUÊNCIA. Tal fato é decorrente, principalmente, de
JUSTIFICATIVA, já que EXPLICAÇÃO DA JUSTIFICATIVA, a exemplo do que
acontece com (Problema social decorrente da consequência citada). Diante disso, é
preciso pensar medidas para diminuir o problema e seus efeitos na sociedade.
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PARA O PROJETO DE TEXTO PROBLEMA 1 X PROBLEMA 2:
D1
Primeiramente, é preciso entender que o PROBLEMA do TEMA é decorrente, dentre
outros fatores, da ineficiência de políticas públicas voltadas para sua solução. Isso
ocorre, principalmente, devido à negligência governamental no que diz respeito a
JUSTIFICATIVA, já que EXPLICAÇÃO DA JUSTIFICATIVA. Por conseguinte,
tem-se CONSEQUÊNCIA DO PROBLEMA 1 PARA A SOCIEDADE, assim como
pode ser percebido na/no/por... COMPROVAÇÃO.
D2
D1
Primeiramente, é preciso entender que o PROBLEMA do TEMA é decorrente, dentre
outros fatores, da ineficiência de políticas públicas voltadas para sua solução. Isso
ocorre, principalmente, devido à negligência governamental no que diz respeito a
JUSTIFICATIVA, já que EXPLICAÇÃO DA JUSTIFICATIVA. Por conseguinte,
tem-se CONSEQUÊNCIA DO PROBLEMA 1 PARA A SOCIEDADE, assim como
pode ser percebido na/no/por... COMPROVAÇÃO.
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D2
• Argumento de autoridade:
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• Argumento de provas concretas:
O argumento de provas concretas apoia-se em fatos, contextos históricos, dados
estatísticos, exemplos e ilustrações para comprovar a veracidade do que se diz. Ao se
afirmar, por exemplo, que uma determinada instituição oferece serviços de qualidade,
obtém-se maior aprovação do que é dito quando fatos concretos comprovam essa
afirmação.
Ex.: No entanto, conquanto o investimento em grandes produções, com efeitos especiais,
projeção 3D, tenha sido amplamente incentivado nas produções cinematográficas, sua
exibição tornou-se, principalmente devido à falta de uma estrutura inclusiva dos centros
urbanos, de certa forma, elitizada. Geralmente restritas a shoppings ou galerias de
compras, as películas são exibidas por um preço alto, cedendo mais ao universo do
mercado que à difusão da cultura em si. Por conseguinte, regiões periféricas
praticamente não têm acesso ao cinema, realidade retratada no filme Tapete Vermelho
e que coloca o Brasil na 60ª posição mundial na relação entre habitantes e salas,
conforme dados do Ministério da Cultura.
• Argumento de ilustração:
Consiste na apresentação de exemplos que ilustrem a tese do enunciador. Trata-se de
alusões históricas, manifestações artísticas - como livros, filmes, séries, músicas etc - ou
exemplos que deem esteio e sustentação ao ponto de vista defendido pelo candidato.
Ex: No romance gráfico Pílulas Azuis do escritor suíço Frederik Peeters, a personagem
Cati, ao se referir aos preconceitos que sofria por ser soropositiva, afirma que “a
ignorância leva ao medo”. De maneira análoga à realidade apresentada no livro, no
Brasil, a falta de informação é uma das principais causas da ineficácia das políticas de
combate ao HIV e tem como consequência a intolerância e o aumento dos novos casos
de infecção. Tal fato é decorrente da representação que se fez, principalmente nas
décadas de 70 e 80, do indivíduo doente de AIDS, a qual ajudou a formar, no imaginário
social, estereótipos como “peste gay” ou “doença de usuários de drogas injetáveis”.
Esses estigmas, além de serem uma manifestação de violência simbólica dirigida a
determinados grupos sociais, afastam as pessoas de um diagnóstico mais precoce, pois
muitos ainda acreditam que só os grupos de risco clássicos estão ameaçados, o que leva
a um alto índice de diagnóstico tardio em nosso país: cerca de 30%, conforme a OMS.
3. A CONCLUSÃO
A prova de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) diferencia-se das provas de
produção de texto dissertativo-argumentativo de outros exames porque exige a elaboração de
uma proposta de intervenção para o problema apresentado pelo tema, considerando os direitos
humanos. Na prova de redação, essa exigência é avaliada na Competência V, a qual, segundo a
Matriz de Referência para Redação do Enem, determina que o participante deve “Elaborar
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proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos”
(BRASIL, 2019, p. 8).
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A COESÃO
A coerência depende das conexões lógicas entre cada uma das sentenças e entre
os parágrafos. Quem escreve poderá verificar se seu texto é coerente fazendo a si mesmo
a pergunta: por que redigir esta frase logo depois daquela? A resposta deve evidenciar a
conexão entre elas, que pode ser uma relação de causa e efeito ou de contiguidade (no
tempo ou no espaço), uma explicação, um exemplo, uma generalização, um
desenvolvimento, uma atribuição, um contraste ou uma expectativa, entre outras. Por
mais que se busquem expressões prontas e que se queiram dar as expressões prontas para
se iniciar o parágrafo introdutório do texto, não aconselhamos o uso do lugar comum
porque acreditamos na liberdade para construir esse parágrafo. Já a coesão envolve a
capacidade de o participante demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos para
a construção da argumentação. Isso significa que, no critério coesão, analisa-se como o
participante se vale dos recursos coesivos para articular os enunciados do texto. Assim,
não basta que você conheça os conectivos e os empregue em seu texto, é preciso, também,
repensar as relações sintático-semânticas estabelecidas e as estratégias argumentativas
pretendidas em seu plano de texto.
AS RELAÇÕES ESTABELECIDAS
• Adição, continuação: além disso, ademais, além do mais, também, não só... mas
também, não só... como também, não apenas... como também, outro fator importante,
ainda convém lembrar...
• Recapitulação, conclusão: em suma, em síntese, enfim, em resumo, portanto, assim,
dessa forma, dessa maneira, desse modo, dessarte, destarte, assim sendo, nesse sentido,
sob essa ótica, nesse viés, sob esse enfoque, ante esse quadro, sob esse ângulo, à luz dessa
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constatação, nesse contexto, nesse cenário, sob essa égide, sob esse amparo, sob esse
arnês, sob esse arrimo, outrossim...
• Conclusão (último parágrafo) além dos operadores anteriores, ainda podem ser
usados: dado o exposto, por tudo isso, tendo em vista os aspectos observados, em virtude
dos fatos mencionados, em face aos dados apresentados, em face a essa realidade, por
todos esses aspectos...
• Propósito, intenção, finalidade (inicia o EFEITO da proposta de intervenção): a fim
de, com o propósito de, com o objetivo de, com o intuito de, para que, com o fito de...
• Semelhança, comparação, conformidade: igualmente, similarmente, do mesmo
modo, por analogia, de forma análoga, analogamente, segundo, conforme, sob esse
mesmo ponto de vista...
• Contraste ou concessão: mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto, em vez
de, por outro lado, ao passo que, embora, apesar de, malgrado, mesmo que, ainda que, em
contrapartida, posto que, conquanto, se bem que, por mais que, não obstante, a despeito
de...
• Causa, consequência, explicação: por consequência, por conseguinte, como resultado,
por isso,por causa de, em virtude de, de fato, com efeito, porquanto, já que, uma vez que,
visto que, de tal sorte que, de tal forma que, haja vista..
• Tempo (frequência, duração, ordem, sucessão, anterioridade, posterioridade): então,
enfim, logo depois, imediatamente, logo após, a princípio, anteriormente, posteriormente,
em seguida, afinal, por fim, constantemente, às vezes, eventualmente, simultaneamente,
nesse ínterim, nesse hiato, enquanto, antes que, depois que, sempre que, nem bem, assim
que...
Obs.: Da mesma forma, podemos utilizar vários conectores para anteceder o processo
de citação textual: na opinião de, de acordo com, na visão de, do ponto de vista de,
segundo, como caracteriza, conforme esclarece, no dizer de, como alega, conforme
pontua...
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AGORA, VEJA ALGUNS ‘ESQUELETOS’ DE TEXTOS-PADRÃO DE ACORDO COM
O EIXO TEMÁTICO
EIXO DA SAÚDE
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EIXO DA SOCIEDADE
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EIXO DA MEIO AMBIENTE
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AGORA, VEJA ALGUNS EXEMPLOS DE PARÁGRAFOS DE INTRODUÇÃO E DE
DESENVOLVIMENTO
No conto “O homem de cabeça de papelão”, João do Rio faz uma crítica às sociedades
que, sem capacidade de discernimento, tornam-se vítimas e algozes de si mesmas, alheias
aos problemas sociais e, consequentemente, individualistas e corruptas. O contexto do
“país do Sol” narrado pelo autor não está muito distante da realidade do Brasil, uma
vez que, embora a leitura e a escrita possibilitem ao indivíduo a construção das relações
com as informações presentes no espaço global de uma forma dinâmica, crítica e
autônoma, o brasileiro lê, em média, apenas dois livros por ano, o que o afasta do
exercício da cidadania. Assim, é necessário repensar o papel da prática de leitura e
escrita para a capacitação dos cidadãos. (INTRODUÇÃO)
No conto de Guimarães Rosa “Sorôco, sua mãe, sua filha”, a temática da solidariedade
é metaforizada pelo canto irracional entoado pelos personagens, o qual funciona como
símbolo da ligação entre as dores de todos os homens. Essa ligação – que nos permite
caminhar ombro a ombro – é fruto da alteridade e tem importante papel na manutenção
do bem-estar coletivo. Nesse viés, em contextos como o vivenciado pelo mundo em 2020,
devido à pandemia do coronavírus, o desenvolvimento da responsabilidade social ganha
bastante relevância, sendo crucial não só para a eficácia das políticas adotadas, a
exemplo do isolamento social, mas também para o enfrentamento das dores causadas
pelo luto coletivo. (INTRODUÇÃO)
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Tema: A perda dos valores humanos no contexto capitalista atual
O ser humano é, em sua essência, um ser social, cujos comportamentos e valores são
moldados, de forma consciente ou não, a partir de processos de socialização. Com o
desenvolvimento de tais dinâmicas, em um sistema capitalista como o prevalente hoje em
grande parte do mundo, ocorre a perda do valor da pessoa humana, conforme retrata o
curta “Ilha das Flores”, em que os sujeitos são considerados, em uma cadeia
comunitária, inferiores aos porcos. Essa triste realidade, escancarada pelo filme, é
resultado de um esvaziamento no âmbito coletivo, e precisa, pois, ser revista, a fim de se
conservar a dignidade dos indivíduos. (INTRODUÇÃO)
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promoção da igualdade étnico-racial deve ser vista não apenas como a garantia de
alguns direitos a tais grupos, mas também como a mudança da visão social em relação
a eles a partir da quebra de certos estereótipos. Com isso, representações artísticas de
grupos excluídos em papéis heroicos, como o personagem Pantera Negra nos
quadrinhos, que mostra o negro em uma função de liderança em vez de escravizado, têm
colaborado para transformar a ideia de que o único papel a que estão relegados é o da
marginalização. Além disso, no Brasil, a atual discussão do Ministério da Mulher, da
Família e dos Direitos Humanos quanto à inclusão dessa pauta nas escolas pode ser um
primeiro caminho para uma mudança mais profunda. Diante disso, é preciso buscar
meios complementares para estimular, ainda mais, uma mudança definitiva no panorama
atual. (DESENVOLVIMENTO COMPLETO)
Conforme Paulo Freire, a educação deve ser vista, acima de tudo, como uma tentativa
constante de mudança de atitude e de criação de disposições democráticas. No entanto,
conquanto seus benefícios instiguem participação e ingerência dos indivíduos na
sociedade, os investimentos nesse setor ainda não são suficientes para combater a evasão
escolar no Brasil. Isso ocorre, dentre outros fatores, devido ao modelo educacional
vigente no país, o qual, ainda moldado pela pedagogia tecnicista da década de 70, muitas
vezes, privilegia excessivamente a tecnologia educacional, transformando professores e
alunos em meros executores e receptores de projetos elaborados de forma autoritária e
sem qualquer vínculo com o contexto social dos alunos. Diante disso, cria-se um
distanciamento entre os educandos e a formação do conhecimento, porquanto a falta de
estímulo e de prazer pelo estudo cria jovens desinteressados e propícios à evasão escolar.
Em decorrência disso, surge a necessidade de se repensar os atuais modelos de escola
vigentes em nosso país, a fim de aproximar os alunos do conhecimento, por intermédio
de pedagogias interativas que valorizem instrumentos didáticos mais apropriados ao
contexto social dos jovens. Dentre esses instrumentos estão as HQs, que, desde 2006,
foram incorporadas ao programa governamental Biblioteca na Escola, proporcionando,
por meio da quadrinização dos Clássicos da Literatura Brasileira, um maior incentivo à
leitura e, consequentemente, um maior interesse pelos cânones literários. No entanto,
embora o estudo das HQs de cunho educativo já esteja previsto nos Parâmetros
Curriculares Nacionais, ainda há resistência por parte dos educadores e dos pais quanto
ao uso dessas e de outras estratégias pedagógicas inovadoras – a exemplo do uso das
redes sociais para a promoção de debates escolares – nas salas de aula, o que corrobora
os altos índices de evasão escolar divulgados pelo MEC. (DESENVOLVIMENTO
COMPLETO)
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