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PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARANÁ

COMARCA DE APUCARANA
VARA DE ACIDENTES DE TRABALHO DE APUCARANA - PROJUDI
Tv. João Gurgel de Macedo, 100 - Vila Formosa - Apucarana/PR - CEP: 86.800-710 - Fone: (43) 2102-1327 - E-mail:
[email protected]
Autos nº. 0014142-21.2021.8.16.0044
Processo:0014142-21.2021.8.16.0044
Classe Processual:Procedimento Comum Cível
Assunto Principal:Incapacidade Laborativa Permanente
Valor da Causa: R$66.000,00
Autor(s): LUIZ RAFAEL FERREIRA (RG: 110408951 SSP/PR e CPF/CNPJ:
011.244.749-00)
Rua Kazuhiko Yamamoto, 248 - APUCARANA/PR - Telefone(s): (43) 9664-4863
Réu(s): INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS (CPF/CNPJ:
29.979.036/0001-40)
rua presidente farias, 248 - centro - CURITIBA/PR - CEP: 80.020-290

1. Inicialmente, não há necessidade do deferimento do pleito de


assistência judiciária gratuita, já legalmente prevista, nos termos do
artigo 129, parágrafo único, da Lei nº 8213/91.

2. A parte autora ajuizou a presente ação, com o fito de concessão


de auxílio-acidente, alegando ter sido vítima de acidente de trabalho
em 15/12/2020, que ensejou a amputação traumática do terceiro e quarto
dedo da mão direita.

Relatou ter percebido benefício por incapacidade temporária e,


após a cessação, não foi submetido a perícia administrativa, a fim de
que fossem avaliadas as sequelas decorrentes do acidente sofrido, o que
ensejou a propositura da presente ação.

3. A fim de se imprimir prosseguimento ao feito, CITE-SE a parte


ré, on-line, para apresentar resposta no prazo de 30 (trinta) dias, sob
pena de revelia (arts. 183, 344, 345, II e 346, todos do CPC/15).

4. Advindo resposta, INTIME-SE a parte autora, para manifestação


no prazo de 15 (quinze) dias (art. 350 c/c 351, ambos do CPC/15),
oportunidade em que já deverá, se ainda não o fez, especificar as
provas que, efetivamente, pretenda produzir.

5. Posteriormente, INTIME-SE o Ministério Público, para manifestar


interesse no feito, vez que se trata de ação de acidente de trabalho em
que figura como réu pessoa jurídica de Direito Público.

6. Sem prejuízo, desde já, por ser imprescindível para casos de


benefícios por incapacidade e auxílio-acidente, DETERMINO a realização
de perícia, DESIGNANDO como perito o Dr. Vinicius Matheus da Costa,
inscrito no CPF/MF sob o n° 088.420.629-79, Fones (44) 3041-6377 ou
(44) 99107-9898, médico-perito atuante nesta Seção Judiciária,
devidamente cadastrado perante o Tribunal de Justiça deste Estado,
junto ao CAJU – Cadastro de Auxiliares da Justiça.

Ressalte-se que está havendo alternância de nomeações, com a


atuação do Dr. Fabiano Cortese Paula.

Fixo o valor de R$500,00 (quinhentos reais) para realização da


perícia, com o que tem concordado o INSS, que deverá proceder ao
depósito antecipadamente (tal determinação já deverá constar do mandado
de citação).

Caso o sr. perito não concorde com o valor acima, poderá


apresentar sua proposta nos autos, para que seja analisada pelo Juízo.

Assim, após aceitação do perito, INTIME-SE o INSS para que


deposite tal valor e, na sequência, efetivado o depósito, ENTRE a
Secretaria em contato com o Sr. Perito para tomar ciência da presente
designação, bem como para designar data de perícia, a ser realizada no
Fórum Estadual desae Comarca, em sala própria disponibilizada para o
ato.

Ainda, à Secretaria, para que anote no sistema CAJU a presente


nomeação, certificando tal diligência nos autos.

Com suporte no inciso II do artigo 470, do CPC/2015, formulo os


seguintes quesitos do Juízo:

a) O autor sofre de alguma enfermidade ou deformidade no corpo? Se


sim, qual?

b) Se afirmativa a reposta supra, é possível constatar a


existência de nexo causal ou concausa entre a enfermidade ou
deformidade do autor com o trabalho por ele desenvolvido?

c) Levando em consideração os aspectos circunstanciais, tais como


idade, qualificação pessoal e profissional do autor, entre outros, dos
pontos de vista prático e teórico, o mesmo encontra-se incapaz (em
decorrência de acidente de trabalho)? Se incapaz, para a atividade
específica ou genérica, ou seja, a incapacidade é parcial ou total? Se
a incapacidade foi temporária, é possível apontar seu início e seu fim
ou, neste último caso, ao menos, estimar o tempo que durou a
incapacidade?
d) Caso o autor não seja incapaz para o trabalho, o mesmo possui
redução de sua capacidade laborativa (em decorrência de acidente de
trabalho)? Se positivo, é possível atestar o Dr. Perito em qual
proporção e por quê?

e) Existe consolidação de sequelas derivadas de acidente de


trabalho? Se sim, a reabilitação profissional é indicada?

f) Demais observações que o sr. perito, porventura, entender


necessárias e relevantes sobre o estado do paciente e aplicáveis ao
caso em comento.

As partes deverão formular quesitos e indicar assistente técnico,


se for o caso, no prazo de 15 (quinze) dias (art. 465, do CPC/15).
Observe-se que, se a parte autora já tiver apresentado quesitos, não
será necessário reapresentá-los.

INTIMEM-SE as partes para tal apresentação, de imediato, sendo que


a parte ré, no mesmo momento da citação, mas em dois atos.

Assim que as partes apresentarem os quesitos, a Secretaria já deve


repassá-los ao Sr. Perito.

7. Advindo resposta da perícia, INTIMEM-SE ambas as partes para


manifestação, sendo que o autor no prazo de 15 (quinze) dias e o réu no
prazo de 30 (trinta) dias, nos termos do artigo 477, §1º c/c 183, ambos
do CPC/15).

Em caso de pedido de esclarecimentos, por qualquer das partes, sem


necessidade de nova conclusão, INTIME-SE o Sr. Perito para responder no
prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do artigo 477, §2º, do CPC/15.

Feitos os esclarecimentos, INTIMEM-SE as partes, no mesmo prazo


acima e com as mesmas observações, para que se manifestem.

Caso as partes não precisem de esclarecimentos do Sr. Perito, no


mesmo prazo acima, já devem apresentar as alegações finais. Caso
precisem, e depois de respondidos, então, intime-se as partes para
apresentação de alegações finais, então, no prazo sucessivo, de 15
(quinze) dias, observando-se o dobro para o INSS.

8. Após decorrido o prazo de apresentação de alegações finais, com


ou sem estas, voltem conclusos para sentença.
9. Sem prejuízo, da análise da exordial, depreende-se que à causa
foi atribuído o valor de 60 (sessenta) salários mínimos, para efeitos
fiscais.

Contudo, a fim de se aferir o valor da causa, em casos como que


tais, em que se pedem prestações vencidas e a vencer, deve ser feita a
soma de ambos os pleitos sendo que, no caso de as vincendas
ultrapassarem um ano, será esta considerada de uma prestação anual, nos
termos do artigo 292, VIII, §1º e 2º, do CPC/15.

Assim, no caso em tela, como o valor do pedido é o


auxílio-acidente indeferido, tem-se que se considerar o valor dos 9
(nove) meses de prestações vencidas - desde 04/2020, até o ajuizamento
da ação, em 12/21 - e mais 1 ano das prestações a vencer, vez que
indeterminadas, totalizando 35 parcelas do benefício.

Logo, como o valor percebido a título de benefício por


incapacidade temporária foi de R$1.100,00 (um mil e cem reais), como se
observa do documento acostado ao ref. 1.13, p. 58, considerando que o
valor relativo ao auxílio-acidente corresponde à metade de tal
montante, frisando-se que está sendo apontado sem correção e aplicação
de juros, CORRIJO, de ofício, conforme previsão do §3º, do art. 292, do
CPC/15, o valor da causa, para o montante de R$11.550,00 (550,00 x 21)
(onze mil, quinhentos e cinquenta reais).

À Secretaria para que retifique a autuação, com tal valor.

Apucarana,

ORNELA CASTANHO
Juíza de Direito

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