Valvopatias

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VOCÊ SABE QUAIS SÃO

OS PRINCIPAIS SOPROS
DAS VALVOPATIAS
MAIS FAMOSAS?
VALVOPATIAS
VINHETA DE ABERTURA
VINHETA DE ABERTURA
OBJETIVOS!

CONHECER AS CARACTERÍSTICAS
PRINCIPAIS
Estenose mitral
Estenose aórtica
Insuficiência aórtica
Insuficiência mitral
O FLUXOGRAMA MÃE

BASE DO RACIOCÍNIO!
Passo 1 Características da Valvopatia Anatomicamente Importante

Sim

Passo 2 Definição da etilogia

Passo 3 Avaliação de sintomas


Não
Passo 4 Sim Avaliação de Não Seguimento
complicadores individualizado
Sim
Passo 5 Intervenção
A PROVA GOSTA!
A BOCA DO BAGRE!
ETIOLOGIA

FEBRE REUMÁTICA!
Na grande maioria dos casos (>90%)
Sintomas entre a 3ª e 4ª década de vida

Degenerativa
Calcificação do aparato valvar
Idosos
Outras doideiras
LES – AR – Congênita
Doença de Fabry
Síndrome carcinoide
EXAME FÍSICO

A PROVA ADORA!
B1 Hiperfonética
B2 Hiperfonética (HP)
Estalido de abertura
Sopro diastólico em ruflar, com reforço pré-sistólico
(ritmo sinusal)
Congestão pulmonar e IC direita
ELETROCARDIOGRAMA

CLÁSSICO!
Sobrecarga do AE
Sobrecarga de câmaras direitas
Fibrilação atrial!

Fonte: LITFL
RX DE TÓRAX

ÍNDICE CARDIOTORÁCICO NORMAL!


Elevação do brônquio fonte esquerdo (“sinal da bailarina”)
Duplo contorno atrial à direita
Quarto arco na silhueta cardíaca à esquerda
Sinais de congestão pulmonar
NA REAL

RX DE TÓRAX!

Fonte: Uptodate
NA REAL

RX DE TÓRAX!

Fonte: Uptodate
ECOCARDIOGRAMA

DECORA SÓ O PRIMEIRO...
Área valvar mitral < 1,5 cm2
Gradiente diastólico médio átrio
esquerdo/ventrículo esquerdo ≥ 10 mmHg
Pressão sistólica da artéria pulmonar ≥ 50 mmHg
em repouso
Pressão sistólica da artéria pulmonar ≥ 60 mmHg
com esforço
SINTOMAS

DISPNEIA!
NYHA II – IV
Esforço físico – gestação

Pode ser acompanhada de

Palpitações
Hemoptise
Disfonia – Disfagia

Fenômenos tromboembólicos

Fonte: Uptodate
FATORES COMPLICADORES

Hipertensão pulmonar
Pressão sistólica da artéria pulmonar ≥ 50 mmHg
em repouso

Fibrilação atrial de início recente

Relação com remodelamento do AE


Manter INR entre 2,0 a 3,0
TRATAMENTO CLÍNICO

OLHA A PEGADINHA!
Se houver fibrilação atrial, NÃO use o
CHA2DS2VASc!!!
Evento embólico prévio Varfarina!
Trombo no AE

Medicações para melhorar sintomas

Diuréticos (alça)
Betabloqueadores

Profilaxia para febre reumática!


INTERVENÇÃO

Valvuloplastia mitral por cateter-balão


Tratamento de escolha na etiologia reumática

Tratamento cirúrgico
Troca valvar
Degenerativa – refratária ao TTO clínico
Contraindicação/não elegível a valvuloplastia

Implante valvar mitral transcateter


Em estudo...
#IMPORTANTE
#IMPORTANTE

PACIENTE CLÁSSICO DE PROVA!


Adulto jovem
Palpitações – Dispneia
B1 hiperfonética
Sopro diastólico em ruflar em FM
Estalido de abertura
Sobrecarga de AE
Fibrilação atrial
INSUFICIÊNCIA MITRAL

Ilustração de Claudio Van Erven Ripinskas. Coleção Medcel, 2020.


PERGUNTA IMPORTANTE!

PRIMÁRIA OU SECUNDÁRIA?

Orgânica

Valva doente
Intervenção

Funcional

Cúspides são normais


Tratamento da doença de base
ETIOLOGIA

PRINCIPAL CAUSA É A REUMÁTICA!


Espessamento com retração das cúspides
Frequente em adultos jovens

Prolapso de valva mitral


2ª causa mais frequente no Brasil
Mais frequente na população de meia idade e idosa
Outras causas
Endocardite infecciosa
Síndrome de Marfan
LES
EXAME FÍSICO

CLÁSSICO!
Ictus cordis desviado para a esquerda e para baixo
B1 Hipofonética
B2 Hiperfonética
B3
Sopro sistólico regurgitativo holossistólico
Sinais clínicos de insuficiência cardíaca direita
EXAMES COMPLEMENTARES

Eletrocardiograma
Sobrecarga de câmaras esquerdas
Arritmias atriais ou ventriculares (extrassístoles e
taquicardia) e fibrilação atrial

RX de tórax
Aumento da silhueta cardíaca com dilatação do
ventrículo esquerdo e do átrio esquerdo
Sinais de congestão pulmonar

Ecocardiograma
Regurgitação...
SINTOMAS

DISPNEIA
CF II – IV e fadiga/fraqueza
Congestão pulmonar
Esforço físico, fibrilação atrial e gestação

Pode ser acompanhada de

Palpitações, tosse e edema pulmonar


Eventos embólicos
#CAI NA PROVA

CASO CLÁSSICO DE PROVA!


Infarto extenso
Sopro novo (sistólico)
Edema agudo de pulmão
Choque

Insuficiência mitral aguda!

Ruptura de músculo papilar!


FATORES COMPLICADORES

Ecocardiograma
Fração de ejeção ≤ 60%
Volume do átrio esquerdo ≥ 60 mL/m2

Eletrocardiograma

FA de início recente (< 1 ano)


TRATAMENTO CLÍNICO

NÃO ALTERA MORTALIDADE!!!


IMi primária crônica e HAS = terapia anti-
hipertensiva padrão
Sintomáticos com IMi primária crônica (estágio D) e
FE < 60% que estão aguardando cirurgia valvar ou
que não são candidatos a cirurgia valvar são
tratados com terapia padrão para ICFER
INTERVENÇÃO

PLÁSTICA DA VALVA MITRAL


Procedimento de escolha
Pacientes reumáticos: resultados menos favoráveis
Prolapso valvar mitral de cúspide posterior (P2
isolado): melhores resultados
Troca da valva mitral
Impossibilidade de plástica valvar
MitraClip
Alto risco
Contraindicação cirúrgica + sintomas refratários
MITRACLIP

Fonte: Abbott Vascular

Lutembacher
ESTENOSE AÓRTICA

Ilustração de Claudio Van Erven Ripinskas. Coleção Medcel, 2020.


ETIOLOGIA

Aterosclerótica/degenerativa
Senilidade – calcificação valvar
FR relacionados à aterosclerose
Associação com DAC (50% dos casos)

Reumática
Acometimento mitroaórtico
Faixa etária mais jovem
Associada a variados graus de insuficiência aórtica

Valva aórtica bicúspide


EXAME FÍSICO

CLÁSSICO!
Pulso Parvus et Tardus
Sopro sistólico ejetivo
Irradiação para carótidas e fúrcula
Em crescendo e decrescendo
Hipofonese de B2
Fenômeno de Gallavardin
EXAMES COMPLEMENTARES

Eletrocardiograma
Sobrecarga de ventrículo esquerdo
Alteração de repolarização ventricular (padrão
Strain)

RX de tórax
Índice cardiotorácico pode ser normal
Sinais de congestão pulmonar

Ecocardiograma
AVAo ≤ 1,0 cm2
TRATAMENTO CLÍNICO

NÃO ALTERA MORTALIDADE!!!


Diuréticos – com cuidado, pode reduzir muito o DC
Vasodilatadores – cautela!
Betabloqueadores – evitar!
#CAI NA PROVA

SINTOMAS!
Dispneia 2 anos
Disfunção sistólica e diastólica

Síncope 3 anos
Débito cardíaco não consegue aumentar
Vasodilatadores
Angina 5 anos
Desbalanço da oferta/consumo de oxigênio no
miocárdio hipertrófico
INTERVENÇÃO

Troca valvar
Primeira escolha para pacientes de baixo risco e
risco intermediário (STS) < 8%

Valvoplastia por cateter-balão

“Ponte terapêutica” para procedimentos definitivos


Paliação nos casos com contraindicações definitivas
IMPLANTE PERCUTÂNEO TRANSCATETER
DE VÁLVULA AÓRTICA

TAVI – Indicações
Alto risco cirúrgico
Ampliada indicação para pacientes de risco
intermediário
1ª escolha em risco cirúrgico proibitivo ou
contraindicações à cirurgia convencional
ME DÊ IMAGENS!
INSUFICIÊNCIA AÓRTICA
ETIOLOGIA

REUMÁTICA!
Alta prevalência
Geralmente associada à lesão mitral
Frequente em adultos jovens

Aterosclerótica
Estenose aórtica

Bicúspide
Doenças da aorta
EXAME FÍSICO

CLÁSSICO!
Sopro diastólico aspirativo decrescente
A PROVA GOSTA!

SOPRO DE AUSTIN-FLINT
Jato da insuficiência aórtica não permite a abertura
valvar mitral, gerando sopro diastólico em ruflar
#IMPORTANTE
#IMPORTANTE

EPÔNIMOS!

Pulso de Corrigan
Pulso em martelo d’água – ascenso rápido e alta amplitude
Sinal de Quincke
Pulsação no leito ungueal
Sinal de Musset
“Pulsação” da cabeça
Sinal de Duroziez
Sopro S e D quando a artéria femoral é parcialmente
comprimida
EXAMES

Eletrocardiograma
Sinais de sobrecarga de câmaras esquerdas

RX de tórax
Aumento da silhueta cardíaca às custas de dilatação
do ventrículo esquerdo
Sinais de dilatação ou ectasia da aorta
SINTOMAS

Dispneia
Aumento da PDF (sobrecarga de volume)
Congestão venocapilar pulmonar

Angina
Redução da reserva miocárdica
Angina noturna pelo aumento da regurgitação
valvar decorrente da bradicardia durante o sono

Síncope
Baixo débito cardíaco efetivo
TRATAMENTO CLÍNICO

NÃO ALTERA MORTALIDADE!!!


Restrição hidrossalina
Diuréticos

Terapia vasodilatadora
Pacientes com IAo grave com sintomas ou
disfunção VE quando a cirurgia não é recomendada
É razoável no curto prazo para melhorar o perfil
hemodinâmico de pacientes com sintomas graves
de IC antes da intervenção

Qual?
IECA – nifedipina – hidralazina
INTERVENÇÃO

Cirurgia de troca valvar


Tratamento de escolha
Troca valvar combinada com correção da aorta
ascendente, quando indicada

TAVI
Ainda precisa de estudos...
#CAI NA PROVA

TEMAS CLÁSSICOS!
Estenose mitral
Sopro diastólico em ruflar – estalido de abertura
Sobrecarga do AE
Fibrilação atrial

Insuficiência mitral
Ictus desviado para a esquerda
Sopro sistólico regurgitativo
Aumento de câmaras esquerdas
#CAI NA PROVA

TEMAS CLÁSSICOS!
Estenose aórtica
Pulso Parvus et Tardus
Sopro sistólico ejetivo em diamante
Dispneia (2) – síncope (3) – angina (5)

Insuficiência aórtica
Sopro diastólico aspirativo decrescente
Sopro de Austin-Flint
Epônimos!
MANOBRAS E SOPROS

VALSALVA
Reduz o retorno venoso – coração mais “vazio”
Reduz a grande maioria dos sopros
Exceções: PVM (mais longo) e CMH (mais intenso)
HANDGRIP
Aumenta a RVP
Reduz o sopro da EAo e CMH
Aumenta o sopro da Emi – Imi – IAo

Rivero-Carvallo
VOCÊ SABE QUAIS SÃO
OS PRINCIPAIS SOPROS
DAS VALVOPATIAS
MAIS FAMOSAS?

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