Direito Ambiental

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DIREITO E

LEGISLAÇÃO
AMBIENTAL

Cinthia Louzada Ferreira Giacomelli


Princípios do Direito
Ambiental
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Descrever a contextualização histórica dos princípios do Direito.


 Caracterizar a importância dos princípios do Direito Ambiental.
 Identificar os princípios específicos do Direito Ambiental.

Introdução
Os princípios gerais do Direito surgiram como norteadores das normas
jurídicas, sendo diretrizes para a interpretação e aplicação das regu-
lamentações legais nos mais diversos ramos em que incidem. Para o
Direito Ambiental, os princípios não são apenas regras de interpretação
ou valoração das normas, mas conceituam-se como preceitos de caráter
normativo diretamente responsáveis pela realização dos fins a que se
propõe a legislação ambiental. Os princípios podem ser expressos nas
normas legais ou decorrer do entendimento jurídico sobre a proteção
do meio ambiente, variando de autor para autor, por se tratar de constru-
ções doutrinárias, mas consistem principalmente em integrar o sistema
jurídico ambiental.
Neste capítulo, você vai ler sobre a contextualização histórica dos
princípios gerais do Direito, a importância dos princípios específicos do
Direito Ambiental e os princípios mais aceitos e aplicados pela doutrina.

Os princípios como fonte do Direito:


uma contextualização histórica
Para compreender a importância dos princípios para a aplicação do Direito,
considerando principalmente o Direito Ambiental, é necessário fazermos uma
retrospectiva histórica, a fim de compreendermos a função do Direito para a

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2 Princípios do Direito Ambiental

preservação e proteção do meio ambiente. É importante destacarmos que o


Direito foi, em primeiro lugar, um fato social confuso com outros elementos,
como religião e entendimento moral.
Nas primeiras civilizações, o Direito era um processo da ordem dos costu-
mes: as regras jurídicas se formavam no todo social, em confusão com outras
regras não jurídicas. Esse momento histórico do Direito costumeiro é o mais
longo da humanidade. Alguns calculam em dezenas e até mesmo em centenas
de milhares de anos a fase em que as formas de vida religiosa, jurídica ou
moral ainda não se distinguiam umas das outras. Mesmo quando a espécie
humana começou a ter noção dessas distinções, o Direito foi, durante muito
tempo, um complexo de usos e costumes.
Assim, não podemos concluir que o Direito surgiu com os romanos ou com
o Código de Hamurabi, que data de 2 mil anos a.C. Os históricos afirmam
que, em épocas muito remotas, havia cavernas em que trabalhavam muitos
indivíduos na fabricação de machados neolíticos para serem vendidos em
mercados distantes. A existência dessas cavernas permite perceber uma dis-
criminação de tarefas já naquela época e, por consequência, uma relação entre
senhores e escravos, primeira forma de relação de trabalho.
Historicamente, destacamos também a Lei das XII Tábuas, que é um do-
cumento fundamental do Direito do Ocidente e que também se caracteriza por
ser uma consolidação de usos e costumes. A lei não se distinguia do costume,
apenas era posta, para conhecimento de todos, aquilo que o poder anônimo
do costume havia revelado. E só com o decorrer do tempo, por meio de uma
longa experiência científica, a lei passava a ter valor independente, traduzindo
a vontade intencional de reger a conduta ou de estruturar a sociedade de modo
impessoal e objetivo.
Não sabemos quando nem onde surge o costume. O Direito Costumeiro
é um direito anônimo na sua essência, que se consolida em virtude das forças
do hábito. Já em estágio mais evoluído da civilização, aparecem os primeiros
órgãos, cuja finalidade específica é conhecer o Direito e declará-lo — são os
chamados órgãos de jurisdição.
Quando surgia uma demanda, os juízes julgavam segundo a ratio juris, não
mais de acordo com critérios morais. Em Roma, a consciência da jurisdição
surgiu de maneira clara e objetiva, por estar vinculada, cada vez mais, a um
sistema específico de regras de conduta.
Foi a partir de então que o Direito começou praticamente a existir, exigindo
a elaboração de categorias lógicas próprias por meio do trabalho criador dos

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jurisconsultos. Foi só mais tarde, depois do Direito Romano clássico, isto é,


quando começou a decadência do mundo romano, que a lei, como processo
legislativo, passou a prevalecer sobre o processo jurisdicional como fonte
reveladora do Direito.
Atualmente, o Direito se consolida por meio de diversas fontes, cada uma
representando a essência da aplicação nas normas jurídicas na busca do ideal
de justiça. E é nesse contexto que os princípios surgem como elementos
norteadores de todo o sistema jurídico.
O art. 4º da Lei de Introdução ao Código Civil indica as fontes do Direito
brasileiro, prevendo que “quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de
acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais do direito”.
Percebe-se, contudo, que as fontes são entendidas de maneira hierárquica,
sendo que o sistema jurídico deve ser integrado na medida em que uma
fonte do Direito não fornecer elementos para a solução de determinada
demanda — então, caberá ao juiz se socorrer primeiramente da lei e depois
das outras fontes, que são:

 analogia;
 costumes;
 princípios gerais do Direito;
 doutrina;
 jurisprudência (conjunto de decisões judiciais no mesmo sentido sobre
um determinado assunto).

Os princípios gerais do Direito podem ser entendidos como as normas das


normas jurídicas. Ronald Dworkin (BANDEIRA DE MELLO apud ROSADA,
2005, p. 250) afirma que:

[...] violar um princípio é muito mais grave do que violar uma norma. A
desatenção ao princípio implica ofensa não apenas a um específico manda-
mento obrigatório, mas a todo o sistema de comandos. É a mais grave forma
de ilegalidade ou inconstitucionalidade, conforme o escalão do princípio
atingido, porque representa insurgência contra todo o sistema, subversão de
seus valores fundamentais.

É importante destacar também que nem sempre estão escritos, mas devem
ser observados de maneira mais ampla, pois são diretrizes universais de
justiça social.

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Os princípios gerais incidem e influenciam todos os ramos e fontes do Direito. Alguns


desses princípios são:
 o que for alegado deve ser provado;
 não pode haver punição em virtude de pensamentos;
 ninguém pode ser beneficiado pela própria torpeza;
 não se pode transferir mais direitos do que se possui;
 não se pode lesar o outro.
Esses princípios podem ou não estar expressos em dispositivos legais, sem deixar
de representar diretriz para a interpretação do sistema jurídico.

Princípios do Direito Ambiental:


conceito e funções
A palavra princípio indica o início. No contexto jurídico, significa a regra
básica, o ponto de partida de determinada solução. Segundo Mello (apud
ROSADA, 2005, p. 744):

Princípios constituem o mandamento nuclear de um sistema, verdadeiro


alicerce dele, disposição fundamental que se irradia sobre diferentes normas
compondo-lhes o espírito e servindo de critério para sua exata compreensão
e inteligência, exatamente por definir a lógica e a racionalidade do sistema
normativo, no que lhe confere a tônica a lhe dar sentido.

Os princípios servem, assim, como diretriz do legislador e de todos os


operadores do Direito.

O Direito possui princípios para cada ramo da sua aplicação, e o mesmo ocorre com
o Direito Ambiental. Tratando-se de Direito Ambiental, os princípios não são apenas
regras de interpretação ou valoração — são preceitos de caráter normativo diretamente
responsáveis pela realização dos fins a que se propõe esse ramo do Direito.

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A variedade e a especificidade dos princípios do Direito Ambiental indicam,


além da autonomia desse ramo relativamente recente do Direito, principalmente
toda a peculiaridade da tutela ambiental e a indispensável transformação de
condutas que devem ser estabelecidas para que o ambiente seja preservado e
as gerações presentes e futuras possam se desenvolver dignamente. Podemos
afirmar que os princípios do Direito Ambiental não são somente utilizados
como meros preceitos norteadores, mas como mandamentos normativos de
efetivação das leis.
Assim, há consenso na doutrina de que os princípios do Direito Ambiental
desempenham quatro funções essenciais no ordenamento jurídico:

 permitem compreender a autonomia do Direito Ambiental;


 auxiliam no entendimento e na coerência de todos os instrumentos
legislativos que formam o sistema legal ambiental;
 emitem diretrizes para compreender a forma como a preservação am-
biental é entendida na sociedade;
 formam o critério básico para a correta interpretação das normativas
ambientais.

Outro aspecto fundamental para assimilar a importância dos princípios


do Direito Ambiental é a enorme legislação esparsa nessa área. Um exem-
plo é a proteção à flora: há pouco tempo, apenas o Código Florestal era
aplicável a demandas desse contexto, enquanto que, atualmente, existe a
Convenção de Diversidade Biológica, o Sistema Nacional de Unidades de
Conservação (SNUC) e outras normativas específicas para a proteção de
biomas e espécies de flora.
Destacamos também a existência de tratados internacionais e resoluções
editadas por conselhos de meio ambiente nas esferas federal, estadual e
municipal. Dessa forma, com frequência, verificamos conflitos normativos,
que devem ser resolvidos por meio da aplicação dos princípios do Direito
Ambiental.
Nesse sentido, outros aspectos a serem considerados são a evolução
social e a popularização das tecnologias, que resultam cada dia mais em
situações capazes de interferir na qualidade do meio ambiente e que não
podem estar à margem de regulamentação legal, mesmo na inexistência
dela; nesse contexto, os princípios do Direito Ambiental cumprem uma
função normativa.

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Não há consenso doutrinário sobre os princípios do Direito Ambiental. De


acordo com Sirvinskas (2016, p. 19):

[...] o recurso aos princípios jurídicos é uma tarefa que está longe de ser
simples e tranquila, pois não há, sequer, um consenso doutrinário sobre
quais os princípios aplicáveis ao Direito Ambiental e, certamente, alguns
deles são amplamente aceitos, ainda que se encontre forte divergência
quanto ao seu significado

Sob essa perspectiva, destacamos a importante função da Declaração


Universal sobre o Meio Ambiente e a Declaração sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento, cuja maior parte dos princípios apresentados foi inserida
explícita ou implicitamente na legislação ambiental vigente. A Conferência
das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Urbano, realizada em Estocolmo,
em 1972, originou a Declaração da Conferência da Organização das Nações
Unidas (ONU) no Ambiente Humano e também é um importante balizador
para o estabelecimento dos princípios do Direito Ambiental.
Entre os princípios trazidos nesse documento, destacamos os primeiros
quatro (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, 1972):

 Princípio 1 — o homem tem o direito fundamental à liberdade,


à igualdade e ao desfrute de condições de vida adequadas em um
meio ambiente de qualidade tal que lhe permita levar uma vida
digna e gozar de bem-estar, tendo a solene obrigação de proteger e
melhorar o meio ambiente para as gerações presentes e futuras. A
esse respeito, as políticas que promovam ou perpetuam o apartheid,
a segregação racial, a discriminação, a opressão colonial e outras
formas de opressão e de dominação estrangeira são condenadas e
devem ser eliminadas.
 Princípio 2 — os recursos naturais da Terra (incluídos o ar, a água,
a terra, a flora, a fauna e especialmente as amostras representativas
dos ecossistemas naturais) devem ser preservados em benefício das
gerações presentes e futuras, mediante uma cuidadosa planificação
ou ordenamento.
 Princípio 3 — devemos manter e, sempre que possível, restaurar ou
melhorar a capacidade da terra em produzir recursos vitais renováveis.

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 Princípio 4 — o homem tem a responsabilidade especial de preservar e


administrar judiciosamente o patrimônio da flora e da fauna silvestres
e o seu habitat, que se encontram atualmente, em grave perigo, devido
a uma combinação de fatores adversos. Consequentemente, ao plani-
ficar o desenvolvimento econômico, devemos atribuir importância à
conservação da natureza, incluídas a flora e a fauna silvestres.

Considerando cada princípio citado, podemos perceber que são nortea-


dores do que se estabeleceu doutrinariamente como princípios do Direito
Ambiental.

Conheça todos os princípios apresentados na Declaração


da Conferência da ONU no Ambiente Humano por meio
do link abaixo ou do código ao lado:

https://goo.gl/DhioXS

Princípios específicos do Direito Ambiental


Os princípios específicos do Direito Ambiental são abrangentes, universais,
estão em consonância com os preceitos constitucionais e, entre outras, desem-
penham a função de interpretar as normas, bem como de integrar o sistema
jurídico, em busca da melhor solução para o caso concreto. Para Sirvinskas
(2016, p. 144), “os princípios do direito ambiental têm por escopo proteger toda
espécie de vida no planeta, propiciando uma qualidade de vida satisfatória ao
ser humano das presentes e futuras gerações”.
Os princípios podem ser expressos nas normas legais ou decorrentes do
entendimento jurídico sobre a proteção ao meio ambiente. Variam de autor
para autor, por se tratar de construções doutrinárias, mas, entre os mais co-
mentados, destacam-se os apresentados na Figura 1.

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Figura 1. Fluxograma com os princípios do Direito Ambiental inter-relacionados.

Princípio do desenvolvimento sustentável


O termo desenvolvimento sustentável surgiu no final da década de 1970,
tendo sido consagrado na Eco-92, quando foi transformado em princípio.
Tal princípio busca equilibrar a proteção ambiental com o desenvolvimento
econômico, para uma melhor qualidade de vida, considerando a utilização de
recursos naturais não renováveis de maneira consciente.
De acordo com Sirvinskas (2016, p. 146):

Sustentabilidade, em outras palavras, tem por finalidade buscar compatibilizar


o atendimento das necessidades sociais e econômicas do ser humano com
a necessidade de preservação do ambiente. Visa-se, com essa conciliação,
assegurar a manutenção de todas as formas de vida na Terra, inclusive a
humana. Busca-se, por meio desse princípio, melhorar a qualidade de vida,
respeitando a capacidade de suporte dos ecossistemas. Objetiva-se, com isso,
a diminuição da miséria, da exclusão social e econômica, do consumismo, do
desperdício e da degradação ambiental.

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É um equilíbrio entre os três aspectos principais da vida atual:

 bem-estar social;
 prosperidade econômica;
 preservação do meio ambiente.

São considerados do princípio do desenvolvimento sustentável, dispostos de


maneira implícita nos arts. 170, VI, e 225 da Constituição Federal, os seguintes:

 o crescimento econômico;
 a paz;
 a cooperação dos Estados;
 a proteção do meio ambiente;
 a qualidade de vida das pessoas.

Princípio democrático (ou da informação)


O princípio democrático garante à população a possibilidade de participar das
políticas públicas de preservação ambiental, por meio de alguns instrumentos
previstos na legislação. O princípio 10 da Declaração sobre Meio Ambiente
e Desenvolvimento, decorrente da Conferência das Nações Unidas sobre
Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992, prevê que:

A melhor maneira de tratar questões ambientais é assegurar a participação, no


nível apropriado, de todos os cidadãos interessados. No nível nacional, cada
indivíduo deve ter acesso adequado a informações relativas ao meio de que
disponham as autoridades públicas, inclusive informações sobre materiais
e atividades perigosas em suas comunidades, bem como a oportunidade
de participar em processos de tomada de decisões (ORGANIZAÇÃO DAS
NAÇÕES UNIDAS, 1992).

São exemplos desses instrumentos:

 o plebiscito;
 o referendo;
 a iniciativa popular (art. 14 da Constituição Federal);
 a ação civil pública;
 a ação popular;

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 os mandados de segurança e de injunção;


 as ações de improbidade administrativa e direita de inconstitucionali-
dade (arts. 5º, LXX, e seguintes, 37, 103 e 129 da Constituição Federal).

Ainda, por via administrativa, o cidadão poderá participar das políticas


ambientais por meio do direito de petição e do estudo prévio de impacto
ambiental (arts. 5º e 225 da Constituição Federal) (BRASIL, 1988).

Princípio da prevenção e da precaução


Embora alguns doutrinadores tratem da prevenção e precaução como sinônimos,
cumpre ressaltar que se tratam de institutos diferentes. Para Milaré (2007, p. 766):

Prevenção é substantivo do verbo prevenir (do latim prae = antes e venire =


vir, chegar), e significa ato ou efeito de antecipar-se, chegar antes; induz uma
conotação de generalidade, simples antecipação no tempo, é verdade, mas
com intuito conhecido. Precaução é substantivo do verbo precaver-se (do latim
prae = antes e cavere = tomar cuidado), e sugere cuidados antecipados com o
desconhecido, cautela para que uma atitude ou ação não venha concretizar-se
ou a resultar em efeitos indesejáveis.

Assim, podemos afirmar que o princípio da prevenção objetiva evitar


intervenções danosas ao planeta que previamente possam ser conhecidas. Já o
princípio da precaução visa impedir aquelas ações possivelmente prejudiciais
ao meio sobre as quais a ciência não tem conhecimento e cujas consequências,
portanto, não podem ser precisadas.

Princípio do poluidor-pagador e do usuário-pagador


O princípio do poluidor-pagador busca fazer a iniciativa privada suportar os
custos ambientais decorrentes do alto consumo dos recursos naturais, como
forma de suprir os danos ambientais causados.
Já o princípio do usuário-pagador foi reconhecido pelo art. 4º, segunda
parte do inciso VII, da Lei de Política Nacional do Meio Ambiente — PNMA
(BRASIL, 1981):

Art. 4º A Política Nacional do Meio Ambiente visará: [...]


VII — à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/
ou indenizar os danos causados e, ao usuário, da contribuição pela utilização
de recursos ambientais com fins econômicos.

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Fundado na ideia de que os bens ambientais são propriedades de todos,


o Estado imputa àqueles que gozam desses bens com a finalidade de lucro
um valor pecuniário para tanto. Contudo, isso não significa que aqueles que
pagarem por esse uso serão donos dos recursos naturais e o utilizarão da forma
que bem entenderem: a preservação do meio ambiente é a diretriz.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF:


Senado Federal, 1988.
BRASIL. Lei nº. 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio
Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providên-
cias. 1981. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm>.
Acesso em: 11 dez. 2017.
MILARÉ, É. Direito do ambiente: doutrina, jurisprudência, glossário. 5. ed. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 2007.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração sobre meio ambiente e desenvol-
vimento. 1992. Disponível em: <http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/
Meio-Ambiente/declaracao-sobre-meio-ambiente-e-desenvolvimento.html>. Acesso
em: 11 dez. 2017.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração de Estocolmo sobre o ambiente
humano. 1972. Disponível em: <http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/
Meio-Ambiente/declaracao-de-estocolmo-sobre-o-ambiente-humano.html>. Acesso
em: 11 dez. 2017.
ROSADA, M. (Coord.). Estudos e pareceres do petróleo e do gás. Rio de Janeiro: Renovar, 2005.
SIRVINSKAS, L. P. Manual de Direito Ambiental. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.

Leituras recomendadas
ANTUNES, P. de B. Direito Ambiental. 19. ed. rev. e atual. São Paulo: Atlas, 2017.
FARIAS, T. Q. Princípios gerais do direito ambiental. Âmbito Jurídico, Rio Grande, v.
9, n. 35, dez. 2006. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.
php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=1543>. Acesso em: 11 dez. 2017.

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