Marrocos e Tunisia

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I Introduo II Desenvolvimento 2.1 Marrocos 2.

2 Tunsia III - Bibliografia

I Introduo
Tentar-se- mostrar neste trabalho uma pesquisa resumida sobre as caractersticas bsicas dos pases africanos, Marrocos e Tunsia, pases cuja a economia, assim como na maioria dos pases africanos est sustentada pela produo de petrleo, a exportao deste produto que hoje o principal combustvel do mundo, move e mantm em uma situao relativamente boa em relao aos pases que no tem este potencial. Marrocos um pas onde h um grande contraste entre o sul desrtico e o norte com clima martimo. O territrio quase que totalmente ocupado pelos montes atlas, que chegam a altitudes elevadas de 4000 metros, forma-se tambm o estreito de Gibraltar onde a frica e a Europa ficam a poucas distncia uma da outra. O turismo tambm importante fonte de recursos. Milhes de turistas estrangeiros so atrados anualmente pelas praias de Agadir, as cidades histricas de Fs e Marrakesch e as espetaculares paisagens marroquinas. A ocupao do Saara Ocidental, vizinho ao sul do Marrocos, no reconhecida pela Organizao das Naes Unidas (ONU). Localizada no norte da frica, a Tunsia um dos pases mais estveis do mundo rabe. tambm um dos mais liberais, onde as mulheres tm direitos civis e no precisam usar o tradicional vu, o shador. Em contrapartida, esse liberalismo originou um movimento fundamentalista cada vez mais atuante. Seu territrio montanhoso e frtil ao norte e desrtico ao sul, com lagos salgados no interior. A populao concentrase na costa norte e nordeste. Na rea agrcola, a Tunsia produz trigo, cevada, azeitona, frutas ctricas e tmaras. O principal produto de exportao o petrleo. O turismo est desenvolvendo-se e mais de 3 milhes de europeus visitam o pas anualmente.

II Desenvolvimento
2.1 Marrocos
Bandeira:

Idioma: rabe (oficial), francs e espanhol Moeda: dirr marroquino; cotao para 1 US$: 8,60 em out./1996 Forma de governo: Monarquia parlamentarista com chefe de Estado forte Pas dominador: Frana. Ano da independencia: 1956. Processo de descolonizao: Violenta. Lider: Sidi Mohamed. Linha do pas: capitalista. Fatos histricos: O Marrocos situa-se num territrio colonizado por navegadores de origem fencia por volta de 1.100 a.C. Romanos, vndalos, visigodos e bizantinos dominam sucessivamente a rea. Os rabes muulmanos a conquistam no sculo VII da Era Crist e, atravs dela, alcanam a Espanha. O fcil acesso e as riquezas naturais do Marrocos aguam a cobia dos portugueses, que procuram se estabelecer na costa atlntica do pas no sculo XV. Seguem-se os franceses, em 1530. Mulay Ismail, o mais clebre sulto marroquino, reconquista, no incio do sculo XVIII, quase todas as cidades tomadas pelos europeus. Mas a Frana afirma seu domnio sobre a regio no final do sculo XIX. Em 1912, pela Conferncia de Fs, o Marrocos torna-se oficialmente protetorado francs, enquanto a Espanha adquire o controle da regio sudoeste do territrio (Saara Espanhol). Agitaes nacionalistas e levantes tribais ameaam o poder franco-espanhol nas dcadas de 20 e 30. Abdel Krim, lder dos berberes, chega a proclamar uma Repblica das Tribos Confederadas e recebe ajuda da Terceira Internacional (comunista). Um contingente de 40 batalhes franceses, com a ajuda de tropas espanholas, fora Abdel Krim a capitular, em maio de 1926. No curso da 2 Guerra Mundial (1939-1945), com a Frana ocupada pelos alemes, surge, em dezembro de 1943, o Partido da Independncia (Istiqlal), de perfil moderado, que passa a liderar o movimento nacionalista marroquino, com apoio dos EUA.

Independncia Em 1947, o sulto Sidi Mohamed pronuncia-se a favor da independncia, sendo deposto e exilado pelos franceses em 1953. O domnio francs, no entanto, enfraquecido no ano seguinte pela derrota do pas na Indochina e pela insurreio anticolonial na Arglia. Esses dois fatos estimulam a retomada da luta nacionalista no Marrocos. Por presso popular, Sidi Mohamed retorna ao pas em 1955, sendo triunfalmente recebido, e reassume o trono como rei, com o nome de Mohamed V. Em 2 de maro de 1956, proclamada a independncia do Marrocos. A aliana nacionalista que promoveu a independncia se mantm at 1958, quando o Istiqlal assume sozinho o governo. Esse partido logo se divide em duas faces. Excluda da administrao central, a ala esquerda vence as eleies legislativas de 1960 nas principais cidades do pas. Em 3 de maro de 1961, com a morte de Mohamed V, sobe ao trono seu filho, Moulay Hassan, que assume o nome de Hassan II e permanece at hoje na chefia do Estado. No ano seguinte, o rei faz aprovar, em plebiscito, uma nova Constituio, que concentra em suas mos a maior parte do poder. A oposio, que havia boicotado o plebiscito, duramente reprimida em 1963, sob a acusao de conspirar contra a Casa Real. Manifestaes estudantis e de desempregados, em 1965, do a Hassan II o pretexto para proclamar o Estado de emergncia e assumir poderes ditatoriais. Guerra no Saara Em 1976, o Marrocos anexa dois teros da antiga colnia Saara Espanhol, uma rea rica em fosfato. A Espanha retira-se logo depois e a Mauritnia incorpora o resto do territrio. A Frente Polisrio proclama a independncia da regio e, apoiada pela Arglia, inicia guerrilhas contra os ocupantes marroquinos e mauritnios. Os EUA do ajuda militar ao Marrocos, que acusa a Arglia de estar por trs das aes da Polisrio. Em 1980, a Mauritnia assina um tratado com a Polisrio e se retira da regio. O Marrocos, ento, ocupa pela fora a tera parte restante do territrio (agora conhecido como Saara Ocidental), antes em poder dos mauritnios. Em 1987, o Marrocos completa a construo de um muro na fronteira do Saara Ocidental com a Arglia, a fim de isolar os guerrilheiros. A Polisrio, mesmo assim, conquista a maior parte do interior, enquanto as tropas marroquinas controlam as cidades. Gestes de paz feitas por governos rabes e, mais tarde, pela ONU, fracassam diante da negativa de Hassan II de negociar com os rebeldes. Protestos Em 1984, o aumento dos preos dos alimentos provoca protestos no norte do Marrocos. O Exrcito abre fogo contra os manifestantes, matando pelo menos 110 pessoas. Tem incio uma onda de represso aos opositores polticos, que so presos aos milhares e mais tarde anistiados. A partir do final da dcada de 80, o governo passa a enfrentar tambm o desafio do fundamentalismo islmico e reage colocando na ilegalidade suas principais organizaes. Eleies legislativas Em 1990, a polcia reprime, com violncia, uma nova onda de protestos contra os aumentos de preos, matando pelo menos 20 manifestantes na cidade de Fs. Em junho de 1993, so realizadas eleies legislativas reconhecidas pela oposio como as mais legtimas desde a independncia. O Bloco Democrtico, de oposio, obtm 99 das 222 cadeiras em disputa. Mas a eleio indireta de mais 111 deputados (dos quais a oposio obtm apenas 21) desequilibra a composio do Parlamento em favor dos partidos que apiam o rei Hassan II. Em maio de 1994, o rei Hassan II muda o ministrio, visando dar novo impulso a seu projeto de modernizao da economia do pas. Em julho, num esforo para satisfazer a oposio e grupos humanitrios, o rei autoriza a libertao de 424

prisioneiros polticos. Em fevereiro de 1995, o rei tenta se aproximar da oposio, mas o dilogo fracassa. Em fevereiro de 1996, fortes enchentes causam srios prejuzos no pas. Em agosto, imigrantes marroquinos vivendo na clandestinidade na Frana so deportados pelo governo de Paris.

2.2 Tunsia
Bandeira:

Idioma: rabe (oficial), berbere, francs Moeda: dinar tunisiano; cotao para 1 US$: 0,97 em out./1996 Forma de governo: Repblica parlamentarista com chefe de Estado forte Pas dominador: Frana. Ano da independncia: 1956. Processo de descolonizao: Pacfico. Linha do pas: socialista. Agricultura: trigo (2 milhes t), cevada (858 mil t), azeitona (875 mil t), frutas ctricas (247,2 mil t), tmara (86 mil t) (1996) Pecuria: ovinos (7,6 milhes), caprinos (1,3 milho), bovinos (735 mil) (1996) Pesca: 85,0 mil t (1993) Minrios: petrleo (33,3 milhes barris), rocha fosftica (5,7 milhes t), ferro (240 mil t), zinco (26,5 mil t), chumbo (4,6 mil t), espatofluor (4 t), sal marinho (414 mil t) (1994) Indstria: processamento de produtos agrcolas e minrios, txtil, de construo, maquinrios, qumica, papel, madeireira Parceiros comerciais: Frana, Itlia, Alemanha, Blgica, Luxemburgo Fatos histricos: A Tunsia tem seu territrio colonizado por fencios por volta do ano 1.000 a.C. Eles fundam Cartago, que domina o comrcio no Mar Mediterrneo, at ser destruda pelos romanos em 146 a.C., quando a regio torna-se parte do Imprio Romano . Os rabes conquistam o territrio no sculo VII da Era Crist, fazendo da cidade de Tnis o centro da cultura islmica do norte da frica. Em 1574, a regio incorporada ao Imprio Turco-Otomano , sendo administrada por governadores turcos (beis) at 1881, tornando-se um protetorado francs. Durante a 2 Guerra Mundial (1939-1945), a rea palco de combates. Com o final da guerra, o movimento nacionalista tunisiano obriga a Frana a conceder

independncia ao pas em 1956. Habib Bourguiba, o principal lder nacionalista, eleito para a Presidncia em 1959, tornando-se posteriormente presidente vitalcio. O partido do governo passa a ser, em 1964, o nico legal no pas. Bourguiba institui fortes subsdios aos produtos bsicos e nacionaliza empresas estrangeiras. A invaso do sul do pas pela Lbia, em 1980, prontamente repelida pelos tunisianos. Abertura Greves operrias e manifestaes populares marcam os anos 80, refletindo a decadncia da era Bourguiba. Em 1987, o lder considerado incapaz de governar, sendo substitudo pelo primeiro-ministro Zine al-Abidine bin Ali. O novo presidente revoga a Presidncia vitalcia e concede liberdade partidria. H uma retomada do crescimento econmico, que chega a 4,8% em 1992. Nas eleies gerais de maro de 1994, bin Ali e seu partido obtm uma vitria esmagadora e o governo acusado de perseguir os oposicionistas. Apesar das presses, a oposio ganha 47 prefeituras nas eleies de maio de 1995. O surgimento de um movimento fundamentalista islmico, semelhante ao da Arglia, preocupa o governo. Em julho, um acordo de cooperao poltica e econmica assinado com a Unio Europia (UE) garante mais investimentos indstria do pas. Em fevereiro de 1996, Mohammed Moada, lder do Movimento dos Democratas Socialistas, principal partido oposicionista, condenado a 11 anos de priso. A Justia o julgou culpado de ter mantido contatos secretos com agentes estrangeiros, sobretudo lbios.

III Bibliografia
Almanaque Abril 1994, editora Abril.

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