Resumo e Exercícios Conflitos Continente African
Resumo e Exercícios Conflitos Continente African
Resumo e Exercícios Conflitos Continente African
AFRICANO
1. INTRODUÇÃO
A África foi dividida e ocupada pelas potências da Europa a partir do século XV.
A visão eurocêntrica do mundo motivou potências como a Portugal, Holanda, França
e Inglaterra seguir a expansão marítima extra ao continente europeu. Até meados do
século XIX, o interior da África permaneceu a margem de todo esse processo por
razoes relacionados ao pouco proveito econômico e inúmeros perigos como a
rusticidade guerreira de povos nativos e as doenças tropicais. Em 1870 com o
advento da era industrial e a necessidade de matérias primas, mão de obra e
mercado consumidor fez com que as potencias europeias voltassem atenção para o
continente africano. E, assim, a África começou a ser colonizada e dividida
conforme descrito por Lousada, 2015.
(i) os ingleses dirigiram-se para a África do Sul, Rodésia, Quénia, Uganda,
Nigéria e Egito;
(ii) os franceses canalizam esforços para o Chade, Senegal, Costa do Marfim
e Mali, unindo grandes partes do território da África Ocidental e da África Equatorial
ao Norte do Congo, mais o Djibuti, no mar Vermelho;
(iii) os portugueses, por sua vez, procuram sustentar o espaço territorial de
Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Guiné Bissau;
(iv) os alemães reclamam os Camarões, Tanganica e a Namíbia;
(v) os belgas orientam-se para o Congo, Ruanda e Burundi.
A demarcação de fronteiras políticas pelas potências europeias no Congresso de
Berlim (1884-1885) levou em consideração apenas os interesses econômicos e
políticos dos colonizadores, que encaravam o continente como uma fonte de
matérias-primas minerais e agrícolas, ignorando completamente as complexas
divisões étnicas e tribais históricas existentes ali. Como consequência, grupos
étnicos foram separados em diferentes colônias que, posteriormente, constituíram-se
em Estados-Nações independentes. Assim, tribos rivais ficaram em uma mesma
colônia, e, consequentemente, dentro de um único país.
Essa divisão artificial visava a atender aos interesses das potências coloniais,
que queriam se apropriar dos recursos naturais do continente desprezando a
diversidade de culturas e incitando conflitos entre tribos rivais. As novas fronteiras
deixaram os africanos com um sentimento de constante tensão – mesmo após os
processos de independência –, pontilhada por guerras civis, golpes de Estado e
conflitos étnicos e religiosos.
Em Ruanda, por exemplo, hutus e tutsis, que conviveram satisfatoriamente por
séculos na mesma região, tiveram suas diferenças acirradas pelos colonizadores
belgas. O auge do conflito resultou no massacre de mais de 1 milhão de tutsis em
1994. Até hoje, as duas etnias estão em conflito nos países próximos, como Burundi,
Uganda e República Democrática do Congo. Outras nações com graves conflitos
étnicos são a Nigéria, a Somália e a Costa do Marfim.
País Motivos
Tunísia Ditadura
Egito Ditadura
Líbia Ditadura
Ruanda Étnico
2. RUANDA
3. SUDÃO
O Sudão tem uma história de conflitos entre o sul e o norte do país que resultou
na primeira (1956-1972) e na segunda (1983-2002) guerras civis sudanesas.
A primeira guerra cívil sudanesa (1962-1972) ocorreu em função da tentativa do
ditador Ibrahim Abboud forçar a islamização do Sul. Como forma de por fim ao
conflito foi assinado um acordo de paz dando autonomia ao sul.
O segundo conflito sudanês (1983-2002), eclodiu quando o governo da Frente
Nacional Islâmica, do norte do país, enfrentou o Movimento de Libertação do Povo
do Sudão e outros grupos rebeldes do sul. Tal conflito foi um dos mais sangrentos
do país, pois levou à morte cerca de 2 milhões de pessoas. Aproximadamente 400
mil refugiados e 4 milhões de sudaneses perderam suas casas, formando a maior
população de refugiados internos do mundo. Em 2005, depois de vinte anos de
conflitos, o norte e o sul do país assinaram um acordo de paz que garantiu mais
autonomia à região sul e em 2011 foi criado o país Sudão do Sul. O Sudão do Sul é
bem diferente em relação a cultura, etnia e religião e representa 20% do território do
Sudão e 25 % da população.
Darfur
Darfur é a terra dos Fur, ou fourrás, tribos africanas sedentárias que vivem da
agricultura de subsistência. Além desses povos, existem também, na região, os
baggara, beduínos nômades, vivendo fundamentalmente da pecuária. Três etnias
são predominantes na região: os fur (que emprestam o nome à região), os masalit e
os zaghawa, em geral negros muçulmanos ou seguidores de outras religiões da
África Subsaariana. Darfur tem cerca de 5,5 milhões de habitantes, numa região com
baixo nível de desenvolvimento: apenas 15% das crianças do sexo masculino e 10%
do feminino frequentam a escola.
O problema em Darfur tem sua origem atrelada a motivos étnicos, a disputa por
terra, por recursos hídricos, por petróleo e por poder, envolve uma pequena parcela
de árabes nômades criadores de animais e uma maioria de agricultores de tribos
negras como os Fur, os Massaleet e os Zagawa, ou seja, a tensão não é resultado
apenas do choque étnico entre árabes e tribos africanas.
O conflito em Darfur teve inicío em fevereiro de 2003, quando grupos armados
surgidos nas tribos negras da região deram início a um movimento separatista.
Eles acusavam o governo central do Sudão de ser negligente, opressor e
discriminador da maioria negra em favor da minoria árabe. O conflito permaneceu
por meses longe dos olhos e dos interesses das organizações internacionais.
Diferentemente da Segunda Guerra Civil Sudanesa (1983-2002), que opôs o norte
muçulmano ao sul cristão e animista, em Darfur, não se trata de um conflito entre
muçulmanos e não muçulmanos, pois a maioria da população é muçulmana,
inclusive os Janjaweed. Trata-se, sobretudo, de um conflito étnico-cultural que se
iniciou por motivos políticos e ganhou contornos raciais ao longo dos últimos anos.
O governo sudanês reagiu com violência à ação dos separatistas, ligados à
maioria agrícola, e apoiou-se na milícia árabe tribal Janjaweed (milícia árabe), que
iniciou uma ação de limpeza étnica: mataram milhares de agricultores, realizaram
ataques indiscriminados, aplicaram torturas, forçaram-nos a migrar, cometeram
estupros, pilharam e destruíram aldeias inteiras. Na ocasião, centenas de vilas e
pequenos povoados, na região de Darfur, foram absolutamente destruídos e
queimados. Com isso, passou a haver uma forte pressão internacional sobre o
governo sudanês para desarmar a Janjaweed. Segundo a ONU (2009), o conflito já
provocou mais de 300 mil mortos e cerca de 2,6 milhões de refugiados.
Podem-se apontar cinco principais obstáculos para uma solução do conflito: a
origem do país, a fragmentação das milícias, os inúmeros refugiados, o impasse
com a comunidade internacional e a ação da China no país. Seja nos Bálcãs ou na
África, a origem de boa parte das disputas está na formação do país. No Sudão,
não é diferente.
O conflito no Sudão do Sul é complexo e, por conta disso, ficam dúvidas sobre
como será resolvido. Na realidade, trata-se mais de uma questão política do que
étnica. Problemas sociais e de governança e instituições ineficientes juntam-se à
falta de vontade das partes envolvidas de resolvê-lo. A vulnerabilidade econômica
e a extrema dependência da produção de petróleo contribuem para o conflito.
Desafios
O acordo de paz firmado em 2005 também estabelecia que os rendimentos
com a exportação de hidrocarbonetos seriam divididos de forma igualitária entre as
porções setentrional e meridional do território sudanês. Com a divisão em dois
novos países será necessária uma renegociação desse ponto do acordo, já que os
hidrocarbonetos e a logística de escoamento se encontram distribuídos de forma
desigual no território, a maior parte das reservas de gás e de petróleo se
encontram na porção sul e a infraestrutura de refino e de transporte na porção
setentrional (inclusive o Porto Sudão, tendo em vista que a exportação necessita
de acesso ao Mar Vermelho). Esse fato, sem dúvida, constitui um ponto de grande
fragilidade neste momento e obriga os dois novos países a estabelecerem uma
cooperação econômica, pois uma guerra para definir essa questão não seria
interessante para nenhuma das partes.
Apartheid
A política do apartheid (“separação”, em africander) foi instituída em 1948,
com a ascensão do Partido Nacional, de cunho racista, ao poder. O novo governo
decretou uma série de proibições aos negros como o acesso à propriedade da
terra, a participação política e o casamento entre raças diferentes. Além disso, os
sujeitaram à utilização de meios de transportes e zonas residenciais segregadas,
os bantustões, de forma a manter os negros fora dos bairros e terras brancas, mas
suficientemente perto delas para servirem de mão de obra barata. Os bantustões
(“homelands”) constituíam enclaves autogovernados pela população negra de
acordo com a política do apartheid.As restrições não eram apenas sociais, pois
eram obrigatórias pela força da lei vigente.
Apesar da proibição de toda forma de manifestação política, a oposição ao
apartheid cresceu nas décadas de 1950 e 1960, quando o Congresso Nacional
Africano (CNA), organização negra criada em 1912, lançou a política da
desobediência civil.
O maior líder da CNA, Nelson Mandela, iniciou sua luta contra o apartheid em
1947, como ativista, sabotador e guerrilheiro. Mandela foi considerado por muitas
pessoas um guerreiro em luta pela liberdade da população negra, mas foi
considerado um terrorista pelo governo sul-africano.
Por sua luta, Mandela foi preso em 1962 e condenado à prisão perpétua. Ao
longo das décadas seguintes, a repressão aos negros do país continuou
implacável, sendo a década de 1980 a mais violenta, marcada pela ação da polícia
e de soldados que patrulhavam diversas cidades sul-africanas em veículos
armados. Eles detinham milhares de negros, abusavam deles e os matavam.
Rígidas leis de censura tentaram esconder esses eventos, banindo a mídia e os
jornais do país. Entretanto, como em 1976 a ONU condenou a organização dos
bantustões, esses territórios deixaram de existir e, em 1994, foram reincorporados
à África do Sul.
Em 1989, Frederik de Klerk foi eleito presidente da África do Sul e, em 2 de
fevereiro de 1990, declarou que o apartheid havia fracassado, revogou as
proibições aos partidos políticos, incluindo o CNA, que recuperou a legalidade e
aceitou discutir a transição rumo a um regime democrático. Nesse mesmo ano,
Nelson Mandela foi libertado da prisão, após 28 anos, e todas as leis
remanescentes que apoiavam o apartheid foram abolidas.
As mudanças políticas foram aprovadas em 1992, no último referendo popular
exclusivo da população branca. Dois anos depois, em abril de 1994, foram
realizadas as históricas eleições multirraciais da África do Sul, vencidas por Nelson
Mandela.
5. OS CONFLITOS NA ETIÓPIA
3.
4.
5.
6.
O mapa acima se refere à Etiópia, ou Ethiopia, a Abissínia da Antigüidade,
país do norte-oriental da África, ou do chamado Chifre da África. O nome do país
vem do nome do soberano Etiópis, cujo reinado data de 1856 a.C. (IRIE, 2001 - p
21). As origens de sua unificação como Império, podem ser encontradas mais
tarde, cerca 900 anos antes de Cristo, quando teve início a dinastia do trono etíope,
com o Rei Menelik I que, segundo a "lenda" histórica, seria filho do Rei Salomão, o
Rei Hebreu da Bíblia judaico-cristã, com a Rainha Sheba, ou Rainha de Sabá,
governante de Shoa, terras abissínias. Menelik I foi o fundador e primeiro rei do
Império de Askum, semente da Etiópia atual.
Esta operação foi a primeira da ONU que teve a incorporação de uma Brigada
de Intervenção, em 2013, com mandato para atacar grupos armados, devidamente
nomeados pelo Conselho de Segurança da ONU (CS). Até o momento, a medida
resultou em alguns avanços, como a rendição de alguns importantes grupos
armados, como o M23. Porém, o emprego da força, autorizado pelo CS, alterou
dinâmicas mas não resolveu o conflito, fazendo com que grupos se unissem e/ou
alterassem suas táticas e, assim, vários deles continuam vivos e impactando o
conflito.
7. Conflito na Libéria
Juliana de Moura Fraquetto (UNESP Ciências)
Como o conflito interno da RCA se conectava de alguma forma aos demais que
ocorriam no Sudão do Sul, em Darfur, no Chade e na RDC, o CSNU criou a United
Nations Mission in the Central African Republic and Chad (MINURCAT), em 2003.
Em 2010, o CSNU entendeu que havia uma melhora na situação do país e
encerrou a MINURCAT, deixando no seu lugar uma equipe no UN Integrated
Peacebuilding Office in the Central African Republic (BINUCA). Com o
recrudescimento do conflito entre rebeldes Séléka e anti-Balaka, foi criada a United
Nations Multidimensional Integrated Stabilization Mission in the Central African
Republic (MINUSCA) que permanece no país e que, atualmente, conta com o
efetivo de 12.870.
A maioria dos países que foram cenários dos levantes populares melhorou, nos
últimos anos, em alguns índices sociais, mas ainda padecem com elevados níveis
de desemprego. Além disso, com exceção das economias exportadoras de
petróleo, todos os países que passaram por revoltas possuem PIB (Produto Interno
Bruto) per capta inferior à média mundial.
Tunísia
A Tunísia é uma República Presidencialista com 99,5% de população islâmica.
Entre dezembro de 2010 e janeiro de 2011, protestos populares, motivados pela
divulgação pelo site WikiLeaks de diversos casos de corrupção no governo local e
pela morte de Bouazizi, levaram à queda do ditador Zine El Abidine Ben Ali, que
estava há 23 anos no poder. Esse movimento inspirou uma onda de protestos em
outros países do Oriente Médio. Após a queda do ditador, um governo interino
assumiu o poder e, desde então, a estabilidade vem retornando ao país aos
poucos, embora ainda ocorram incidentes ocasionais de violência e protestos.
Egito
O Egito é uma República presidencialista e conta com 94,6% de população
islâmica. O país foi o primeiro a seguir o exemplo da Tunísia, com milhares de
manifestantes promovendo sucessivos protestos contra o governo local. Após dias
de violentos protestos, que deixaram centenas de mortos, o ditador Hosni Mubarak,
tradicional aliado dos EUA na região, renunciou ao poder, após 30 anos no cargo.
O anúncio foi feito pelo vice-presidente, Omar Suleiman, na TV estatal. Os egípcios
comemoraram na praça Tahrir, no centro do Cairo, local da maioria dos protestos.
Líbia
A Líbia é uma República de partido único e possui 96,6% de sua população
islâmica. Seguindo o exemplo egípcio, a população líbia iniciou protestos contra
Muammar Kadhafi, governo personalista e que está no poder desde 1969. Porém,
em território líbio, a repressão e contenção aos opositores foi mais violenta que
aquela ocorrida no Egito. A situação tomou uma proporção tão grande, que a ONU
permitiu uma ação militar no país, que, liderada pela OTAN (Organização do
Tratado do Atlântico Norte), tem enfrentado as forças de Kadhafi. Embora tenha
ocorrido aprovação da ONU para que essa ofensiva ocorresse, a Rússia e a Liga
Árabe têm criticado as ações, em função da morte de civis. Os ataques ocidentais,
tendo à frente militares dos EUA, Reino Unido, França, Itália e Canadá,
enfraqueceram as tropas pró-Kadhafi, mas os rebeldes líbios não conseguiram
“virar o jogo” no terreno militar, criando uma situação de impasse que ameaça se
prolongar.
FONTES
APOSTILA BERNOULLI
Lousada, A.P. CONJUNTURA POLÍTICA E TIPOLOGIA DOS CONFLITOS
EM ÁFRICA. Revista Militar, 2015.
MATTOS, C.V. O CONFLITO DE RUANDA: Uma breve análise da atuação
da ONU. Monografia, Brasília – DF, 2007.
https://focosdetensoesinternacionais.blogspot.com/search?q=mali
http://unespciencia.com.br/2018/03/01/dossie-94/
controle das ricas jazidas de prata ali
existentes.
EXERCÍCIOS
E) A Etiópia, que sempre teve
1. (FUVEST-SP–2009) Tomando fronteiras relativamente bem-definidas,
por base o mapa anterior, aponte foi, por essa mesma razão, o único país
a alternativa que descreve africano capaz de manter a paz interna
CORRETAMENTE a situação até nossos dias.
atual da área questionada.
2. (UFSCar-SP–2009) Os
gráficos mostram a evolução da
epidemia da AIDS no mundo e na
África Subsaariana.
A) os movimentos de independência na
África foram patrocinados pelos países
imperialistas, com o objetivo de garantir
a exploração econômica do continente.
B) os distintos povos da África preferem
negar suas origens étnicas e culturais,
pois não há espaço, no mundo de hoje,
para a defesa da identidade cultural
africana.
C) a colonização britânica do litoral
atlântico da África provocou a definitiva
associação do continente à
escravidão e sua submissão aos
projetos de hegemonia europeia no
Ocidente.
D) os atuais conflitos dentro do
continente são comandados por
potências estrangeiras,
interessadas em dividir a África
para explorar mais facilmente suas
riquezas. A partir da análise da charge
e do texto e com base nos
E) a maioria das divisões políticas
conhecimentos sobre o
da África definidas pelos
continente africano, pode-se
colonizadores se manteve, em
afirmar:
linhas gerais, mesmo após os
movimentos de independência.
01. O tráfico negreiro, atividade
altamente lucrativa, contou com a
participação de chefes tribais
10. (UFRB-BA–2009) africanos, que aprisionavam
[...] Nos dias atuais, a presença elementos das etnias rivais,
chinesa no continente africano vendendo-os como escravos.
faz parte da busca pelos 02. O abandono do continente
recursos naturais africano pelas antigas metrópoles,
indispensáveis para a expansão após a Segunda Guerra Mundial,
de sua economia. No plano foi motivado pelos conflitos étnicos
político, isso implica não se e pelas guerras que passaram a
intrometer em assuntos ocorrer nesse continente, fato que
internos, como o não respeito afastou os investimentos produtivos
aos direitos humanos em oriundos da Europa.
determinados países africanos. 04. Os investimentos chineses em
[...] a nova política africana da obras de infraestrutura visam à
China é bem recebida, por sua recuperação dos países africanos,
contribuição para o sufocados pelo desequilíbrio de
desenvolvimento da agricultura sua balança de pagamentos.
por meio da construção de 08. A atual política de imigração
infraestrutura — ferrovias, adotada pela União Europeia
estradas e modernização de estimulou a inclusão de africanos,
portos —, além do fornecimento que buscam melhorar sua
de máquinas e equipamentos qualidade de vida nos países
agrícolas de fácil manuseio e industrializados.
manutenção. D’ADESKY, 2008. 16. A violação aos direitos
p. A3 humanos, na África, é contestada
pela China, visto que o país
asiático pauta sua política interna DESCREVA dois tipos atuais de
no respeito aos princípios relações entre a África e a Europa,
democráticos. um de natureza conflituosa, outro de
32. A abundância de mão de obra e natureza não conflituosa.
a proximidade geográfica com a
Ásia constituem fatores favoráveis
para que o imperialismo chinês 12. (UNIFESP–2008) No continente
substitua o papel anteriormente africano, encontramos focos de
representado pelos europeus no guerras civis e entre países. No
continente. chamado Chifre da África, nos
últimos anos, foram registrados
64. A expansão das atividades
violentos conflitos entre
varejistas entre a China e a África
modificou o padrão de consumo de A) países pela definição de
massa do continente, tornando fronteiras, envolvendo Burundi e
acessível a posse de Ruanda.
eletrodomésticos às camadas mais B) países pelo acesso à água, por
pobres e provocando uma parte do Egito e do Sudão.
desestabilização do comércio local. C) brancos e negros na África do
Soma ( ) Sul.
D) lideranças locais na Somália.
11. (UERJ–2009) E) grupos étnicos em Ruanda.
As três faces marítimas da África
O continente africano se abre a leste
13. (FUVEST-SP) O processo de
para o Oceano Índico, a oeste para o
descolonização na África foi
Oceano Atlântico e ao norte para o
acompanhado por
Mar Mediterrâneo, o que possibilitou
no passado – e continua a permitir
no presente – a formação das mais A) elevação nas taxas de
diversas redes de relações culturais, crescimento da população do
econômicas e migratórias com campo, que foi modernizado para
diferentes partes do mundo. No produzir alimentos para o mercado
passado, pelo Oceano Índico, interno.
indianos exploravam rotas
B) abertura da economia dos países
comerciais anos antes dos
africanos, devido à dimensão do seu
europeus; pelo Atlântico, o oeste
mercado consumidor, aumentando
africano foi fonte importante para o
significativamente sua participação
tráfico negreiro. Mas foi por meio do
no comércio mundial.
Mar Mediterrâneo que as redes de
C) democratização do continente,
relações sempre foram mais
que se livrou das ditaduras nele
intensas e conflituosas. Fonte:
instaladas nos anos noventa do
Enciclopédia Britânica
século XX, com apoio das antigas
metrópoles.
D) imposição política externa de 15. (Enem–2002) O continente
limites fronteiriços, que gerou uma africano em seu conjunto apresenta
série de lutas políticas internas em 44% de suas fronteiras apoiadas em
vários países. meridianos e paralelos; 30% por
E) migração controlada da linhas retas e arqueadas, e apenas
população africana, decorrente dos 26% se referem a limites naturais
conflitos tribais, para países que que geralmente coincidem com os
anteriormente dominaram o de locais de habitação dos grupos
continente. étnicos.
MARTIN, A. R. Fronteiras e Nações.
14. (FGV-SP–2008) De 1948 a 1991, Contexto: São Paulo, 1998.
vigorou na África do Sul o regime
Diferentemente do continente
denominado apartheid. A esse
americano, onde quase que a
respeito é CORRETO afirmar:
totalidade das fronteiras obedecem a
limites naturais, a África apresenta
as características citadas em virtude,
A) Trata-se de uma política de
principalmente,
segregação racial que excluía os
negros da participação política, mas A) da sua recente demarcação, que
lhes reservava o livre direito à contou com técnicas cartográficas
propriedade da terra. antes desconhecidas.
B) Trata-se de uma política de B) dos interesses de países
segregação racial que previa uma europeus, preocupados com a
lenta incorporação da população partilha dos seus recursos naturais.
negra às atividades políticas do país. C) das extensas áreas desérticas,
C) Trata-se de uma política de que dificultam a demarcação dos
segregação racial que excluía “limites naturais”.
negros e asiáticos da participação D) da natureza nômade das
política e restringia até a sua populações africanas, especialmente
circulação pelo país. aquelas oriundas da África
D) Trata-se de uma política de Subsaariana.
integração racial baseada na E) da grande extensão longitudinal,
perspectiva ideológica da o que demandaria enormes gastos
mestiçagem cultural entre as para demarcação.
diversas etnias negras.
E) Trata-se de uma política de
segregação racial que propunha a
eliminação gradual da minoria negra,
como forma de garantir a dominação
branca.
a) à Revolução Ruandesa e ao
processo de independência do país.
b) às eleições da década de 1970
Com base na aula e na observação
dos mapas, os alunos fizeram três que elegeram Juvénal Habyarimana
afirmativas: como
I. A brutal diferença entre as presidente.
fronteiras políticas e as fronteiras
c) À reforma agrária realizada no
étnicas no continente africano
aponta para a artificialidade em uma país durante a década de 1980.
divisão com objetivo de atender d) Ao golpe de estado realizado por
apenas aos interesses da maior
Juvénal Habyarimana na década de
potência capitalista na época da
descolonização. 1970.
estrangeira no continente.
c) reestruturou economicamente as
sentido de torná-la mais atraente aos que estas passaram a ter autonomia
12. D
13. D
14. C
15. B
16. E