Hermenêutica 22
Hermenêutica 22
Hermenêutica 22
Hermenêutica
A interpretação e compreensão dos textos bíblicos
Sumário
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Introdução......................................................................................................................................................... 04
O espírito santo e a interpretação bíblica.......................................................................................................... 05
Disposição necessária para o estudo das escrituras........................................................................................ 07
Fatores determinantes do siginificado.............................................................................................................. 08
Compreensão e interpretação........................................................................................................................... 11
Métodos da hermenêutica................................................................................................................................. 13
A exegese......................................................................................................................................................... 17
Figura retórica................................................................................................................................................... 19
Exemplos de textos com aplicação da hermenêutica....................................................................................... 24
Bibliografia........................................................................................................................................................ 29
Nas Escrituras é usado em quatro versículos: João 1.42; 9.7; Hebreus 7.2 e Lucas 24.27.
Assim vemos o termo sendo traduzido por explicar ou expor. O termo Hermenêutica,
portanto, descreve simplesmente a prática da interpretação. É necessário que o estudante
das Escrituras procure descobrir o significado do texto que está sendo estudado. Queremos
saber o que o texto significa. Para descobrirmos o significado do texto, teremos que verificar
os vários componentes envolvidos na Hermenêutica.
A NECESSIDADE DA HERMENÊUTICA
PROVÉRBIOS
São declarações sucintas que empregam geralmente linguagem metafórica para expressar
uma verdade geral. Contudo, os Provérbios não são leis, nem promessas. São observações
gerais extraídas de um olhar sábio e cuidadoso dos fatos do dia-a-dia.
PROFECIA
"Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para
corrigir, para instruir em; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído
para toda a boa obra." (II Tm. 3.16,17)
"Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de
entender, que os indoutos e inconstantes torcem e igualmente as outras Escrituras, para sua
própria perdição. Vós, portanto, amados, sabendo isto de antemão, guardai-vos de que, pelo
engano dos homens abomináveis, sejais juntamente arrebatados, e decaiais da vossa
firmeza." (2 Pd
Um filho que não respeita, que caso fará dos conselhos, avisos e palavras de seu pai? A
Bíblia é a revelação do Onipotente. "O homem para quem olharei é este: o aflito e abatido de
espírito, e que treme da minha palavra." (Is 66.2)
Isto significa ausência de obstinação e teimosia diante da revelação divina. É preciso receber
a Palavra de Deus com mansidão. (Tg 1.21)
Como o garimpeiro que cava e revolve a terra, buscando com diligência o metal precioso, da
mesma maneira o estudioso das Escrituras deve pacientemente, buscar as revelações que
Deus propôs e que em algumas partes é bastante profunda e de difícil interpretação.
Iniciando a leitura pelo mais simples e prosseguir para o mais difícil. "Se, porém, algum de
vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus... e ser-lhe-á concedida." (Tg 1.5)
Existem três fatores que determinam o significado do texto dentro de sua interpretação: O autor, o
texto e o leitor.
Esse é o método mais tradicional para o estudo da Bíblia. O significado é aquele que o
escritor, conscientemente, quis dizer ao produzir o texto. É importante verificar o que o
autor disse em outro escrito. O que Lucas registrou em seu Evangelho poderá ser mais
esclarecedor se comparado com Atos, ou registro de Lucas. Devemos levar em conta os
idiomas da época: aramaico, hebraico e grego. Eles possuem um significado que não pode
variar. Por outro lado, o texto está limitado ao que o autor disse exatamente? Por exemplo:
lemos em Efésios 5.18: Não vos embriagueis com vinho. Alguém poderia dizer: Paulo proíbe que
nos embriaguemos com vinho, mas acho que não seria errado embriagar-se com cerveja, rum, ou outra
droga. Os escritos do apóstolo vão além de sua consciência, embora essas implicações não
contradigam o significado original, antes fazem parte do texto e seu objetivo.
Compreendemos então o mandamento paulino como um princípio, pois mesmo que o autor
não esteja ciente das circunstâncias futuras, ele transmitiu exatamente a sua intenção.
SIGNIFICADO
Isso é razoável, uma vez que o leitor deverá compreender a linguagem utilizada.
IMPLICAÇÕES
Para os gentios da Galácia, aceitar a circuncisão equivalia renegar a Cristo! Hoje essa
interpretação é ponto pacífico no seio da Igreja. Contudo, as implicações desse versículo
ainda são proveitosas. No século 16, Lutero tomou as indulgências e a penitência
proclamadas pela Igreja Católica como uma tentativa de estabelecer uma relação com Deus
dependente das próprias obras. Embora Paulo não estivesse ciente das circunstâncias
SIGNIFICAÇÃO
O ASSUNTO DO TEXTO
NORMAS DE LINGUAGEM
Quais formas literárias estão sendo usadas pelo autor? Diferentes gêneros literários
estão presentes na Bíblia. Obviamente, como os escritores da Bíblia tinham por finalidade
compartilhar o significado do que escreviam, submeteram-se às convenções literárias de seu
tempo. Se o leitor não ponderar esse fato, será impossível a compreensão do significado.
CONTEXTO
O livro Raciocínios a base das Escrituras (TJ) procura explicar 1 Co 15.29 associando-o a dois
textos remotos (Rm 6.3; e Cl 2.12). Desprezando o contexto (capítulo 15), que se refere à
ressurreição e sua veracidade, não está focalizando a condição espiritual do mundo em
relação a Deus, como ocorre nas outras referências. Encontramos em 1 Co 15 um credo da
Igreja referente à ressurreição que Paulo está citando.
1. Método Analítico
a) Observação – É o passo que nos leva a extrair do texto o que realmente descreve os fatos,
levando também em conta a importância das declarações e o contexto;
b) Interpretação – É o passo que nos leva a buscar a explicação e o significado (tanto para o
autor quanto para o leitor) para entender a mensagem central do texto lido. A interpretação
deverá ser conduzida dentro do contexto textual e histórico com oração e dependência total
do Espírito Santo, analisando o significado das palavras e frases chaves, avaliando os fatos,
investigando os pontos difíceis ou incertos, resumindo a mensagem do autor a seus leitores
originais e fazer a contextualização (trazer a mensagem a nossa época ou ao nosso contexto);
d) Aplicação – É o passo que nos leva a buscar mudanças de atitudes e de ações em função
da verdade descoberta. É a resposta através da ação prática daquilo que se aprendeu.
2. Método Sintético.
É o método utilizado nos estudos que abordam cada livro como uma unidade inteira
e procura o seu sentido como um todo, de forma global. Neste caso determina-se as ênfases
principais do livro ou seja, as palavras repetidas em todo o livro, mesmo em sinônimo e com
isto a palavra-chave desenvolve o tema do livro estudado. Outra maneira de determinar a
ênfase ou característica de um livro é observar o espaço dedicado a certo assunto. Como por
Superior:
a) Aos anjos – 1.4; f) Ao sacrifício – 9.23; l) Ao sacerdócio – 5 a 7;
3. Método Temático
Esta espécie de estudo bíblico é divertida, pois você tem a oportunidade de sondar o
caráter das pessoas que o Espírito Santo colocou na Bíblia, e de aprender de suas vidas.
Paulo, escrevendo aos Coríntios, disse: "Estas cousas lhes sobrevieram como exemplo, e
foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm
chegado." (I Cor. 10.11)
Sobre alguns personagens bíblicos muito foi escrito. Quando você estuda pessoas como
Jesus, Abraão e Moisés, pode precisar restringir o estudo a áreas como, "A vida de Jesus
como nos é revelada no Evangelho de João", "Moisés durante o Êxodo", ou "Que diz o Novo
Testamento sobre Abraão". Lute sempre para manter os seus estudos bíblicos em tamanho
manejável.
PASSO UM – Escolha a pessoa que você quer estudar e estabeleça os limites do estudo (por
exemplo, "Vida de Davi, antes de tornar-se rei"). Usando uma concordância ou um índice
enciclopédico, localize as referências que têm relação com a pessoa do estudo. Leia-as várias
vezes e faça resumo de cada uma delas.
1) – Observações – Anote todo e qualquer pormenor que notar sobre essa pessoa. Quem era?
O que fazia? Onde morava? Quando viveu? Por que fez o que fez? Como levou a efeito?
Anote minúcias sobre ela e seu caráter.
2) – Dificuldades – Escreva o que você não entende acerca dessa pessoa e de acontecimentos
de sua vida.
PASSO DOIS – Com divisão em parágrafos, escreva um breve esboço da vida da pessoa.
Inclua os acontecimentos e características importantes, declarando os fatos, sem
interpretação. Quando possível, mantenha o material em ordem cronológica.
Os seguintes passos podem ser acrescentados quando você achar que o ajudarão em seus
estudos biográficos. São facultativos e só devem ser incluídos progressivamente, à medida
que você ganhe confiança e prática.
Trace o fundo histórico da pessoa. Use um dicionário bíblico para ampliar este passo
somente quando necessário. As seguintes perguntas haverão de estimular o seu pensamento.
2) – Onde a pessoa nasceu? Quem foram seus pais? Houve alguma coisa de incomum em
torno do seu nascimento e da sua infância?
3) – Qual a sua vocação? Era mestre, agricultor, ou tinha alguma outra ocupação? Isto
influenciou o seu ministério posterior? Como?
5) – Faça um gráfico das viagens da pessoa. Aonde ela foi? Por que? Que fez?
b) É óbvio que obras literárias tem "partes" que se formam no "todo". Existe uma ordem
crescente de partes, de unidades simples e complexas, até se formarem na obra completa.
c) A unidade literária menor, que o Estudo Bíblico Indutivo (EBI) emprega, é a palavra.
Organizam-se palavras em frases, frases em períodos, períodos em parágrafos, parágrafos
em seções, seções em divisões, e por fim, a obra completa.
Por isso, o termo exegese significa, como interpretação, revelar o sentido de algo ligado ao
mundo do humano, mas a prática se orientou no sentido de reservar a palavra para a
interpretação dos textos bíblicos. Exegese, portanto, é a denominação que se confere à
interpretação das Sagradas Escrituras desde o século II da Era Cristã. Orígenes, cristão
egípcio que escreveu nada menos que 600 obras, defendia a interpretação alegórica dos
textos sagrados, afirmando que estes traziam, nas entrelinhas de uma clareza aparente, um
sentido mais profundo. O termo exegese restou ligado à interpretação alegórica, ensejando
abusos de interpretação, a ponto de alguns autores afirmarem, ironicamente, que a Bíblia
seria um livro onde cada qual procura o que deseja e sempre encontra o que procura.
a) Tenha uma vida afinada com o Espírito Santo, pois Ele é o melhor interprete da Bíblia –
(Jo 16.13; 14.26; I Cor 2.9 e 10; I Jo 2.20 e 27);
b) Vá você mesmo diretamente ao texto não permitindo que alguém pense por você,
evitando assim a dependência de outra pessoa para que você desenvolva ao máximo o seu
potencial próprio.
c) Procure o significado de cada palavra dentro do seu contexto. Deve ser tomado conforme
o sentido da frase nas Escrituras, porque as palavras variam muito em suas significações.
2. Aplicação da exegese.
b) Contexto – A parte que antecede o texto e a parte que é precedida pelo texto. Ex.: Texto
João 14.6, Contexto Gênesis 1.1 a João 14.5 e João 14.7 a Apocalipse 22.21.
Não devemos nos esquecer que a primeira pessoa a interpretar as Escrituras, de forma
distorcida, foi o diabo. Ele deu à palavra divina um sentido que ela não tinha, falseando
astutamente a verdade. (Gn 3.1)
1. Metáfora.
Esta figura tem por base alguma semelhança entre dois objetos ou fatos,
caracterizando-se um com o que é próprio do outro.
Exemplo: Ao dizer Jesus: "Eu Sou a Videira Verdadeira", Jesus se caracterizou com o
que é próprio e essencial da videira (pé de uva); e ao dizer aos discípulos: "Vós sois as
varas", caracterizou-os com o que é próprio das varas.
Outros exemplos: "Eu Sou o Caminho", "Eu Sou o Pão Vivo", "Judá é Leãozinho", "Tu
és minha Rocha", etc.
2. Sinédoque.
Faz-se uso desta figura quando se toma a parte pelo todo ou o todo pela parte, o
plural pelo singular, o gênero pela espécie, ou vice-versa.
Exemplos: Toma a parte pelo todo: "Minha carne repousará segura", em vez de dizer:
meu corpo. (Sl 16.9)
Toma o todo pela parte: "...beberdes o cálice", em lugar de dizer: do cálice, ou seja,
parte do que há no cálice.
3. Metonímia.
Emprega-se esta figura quando se emprega a causa pelo efeito, ou o sinal ou símbolo
pela realidade que indica o símbolo.
Exemplos: Jesus emprega a causa pelo efeito: "Eles têm Moisés e os profetas; ouçam-
nos", em lugar de dizer que têm os escritos de Moisés e dos profetas. (Lc 16.29)
Jesus emprega o símbolo pela realidade que o mesmo indica: "Se eu não te lavar, não tem
parte comigo." Lavar é o símbolo da regeneração.
4. Prosopopéia.
Exemplos: "Onde está, ó morte, o teu aguilhão?" (I Cor 15.55) Paulo trata a morte
como se fosse uma pessoa.
5. Ironia.
Faz-se uso desta figura quando se expressa o contrário do que se quer dizer, porém
sempre de tal modo que se faz ressaltar o sentido verdadeiro.
Exemplo: "Clamai em altas vozes... e despertará." Elias dá a entender que chamar por
Baal é completamente inútil. (1 Rs 18.27)
6. Hipérbole.
É a figura pela qual se representa uma cousa como muito maior ou menor do que em
realidade é, para apresentá-la viva à imaginação. É um exagero.
Exemplos: "Vimos ali gigantes... e éramos aos nossos próprios olhos como
gafanhotos... as cidades são grandes e fortificadas até aos céus." (Num. 13.33)
"Nem no mundo inteiro caberiam os livros que seria, escritos". (Jo. 21.25)
"Rios de águas correm dos meus olhos, porque não guardam a tua lei". (Sl 119.136)
7. Alegoria.
Exemplo: "Eu Sou o Pão Vivo que desceu do céu, se alguém dele comer, viverá
eternamente; e o pão que eu darei pela vida do mundo, é a minha carne... Quem comer a
minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna", etc. Esta alegoria tem sua
interpretação nesta mesma passagem das Escrituras. (Jo 6.51-65)
Exemplo: "O cardo que está no Líbano, mandou dizer ao cedro que lá está: Dá tua
filha por mulher a meu filho; mas os animais do campo, que estavam no Líbano, passaram e
pisaram o cardo." (2 Rs 14.9) Com esta fábula Jeoás, rei de Israel, responde a proposta de
guerra feita por Amazias, rei de Judá.
9. Enigma.
Exemplo: "Do comedor saiu comida e do forte saiu doçura." (Jz 14.14)
Exemplos: A serpente de metal levantada no deserto foi mencionada por Jesus como
um tipo para representar sua morte na cruz. (Jo 3.14)
Jonas no ventre do grande peixe, foi usado como tipo por Jesus para representar a sua
morte e ressurreição. (Mt 12.40)
11. Símbolo.
Representa alguma cousa ou algum fato por meio de outra cousa ou fato familiar que
se considera a propósito para servir de semelhança ou representação.
Exemplos: Representa-se: A majestade pelo leão, a força pelo cavalo, a astúcia pela
serpente, o corpo de Cristo pelo pão, o sangue de Cristo pelo cálice, etc.
12. Parábola.
Exemplos: O Semeador (Mt 13.3-8); Ovelha perdida, dracma perdida e filho pródigo
(Lc. 15), etc.
13. Símile.
Exemplos: "Pois quanto o céu se alteia acima da terra, assim (do mesmo modo) é
grande a sua misericórdia para com os que o temem". (Sl 103.11);
"Como o pai se compadece de seus filhos, assim (do mesmo modo) o Senhor se
compadece dos que o temem". (Sl 103.13)
14. Interrogação.
Somente quando a pergunta encerra uma conclusão evidente é que é uma figura
literária.
"Não são todos eles espíritos ministradores enviados para serviço, a favor dos que hão
de herdar a salvação?" (Hb 1.14)
15. Apóstrofe.
O vocábulo indica que o orador se volve de seus ouvintes imediatos para dirigir-se a
uma pessoa ou cousa ausente ou imaginária.
Exemplos: "Ah, Espada do Senhor, até quando deixarás de repousar?" (Jr 47.6)
16. Antítese.
Exemplos: "Vê que proponho hoje a vida e o bem, a morte e o mal." (Dt 30.15)
17. Provérbio.
18. Paradoxo.
Exemplos: "Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos". (Mt 8.22)
“Porque quando sou fraco, então é que sou forte". (2 Cor 12.10)
O que temos estudado aqui é apenas subsídios para uma interpretação mais segura. De
maneira nenhuma queremos com isto substituir o método mais antigo e eficaz que existe: A
leitura humilde regada de oração, jejum, e na total dependência do maior interprete das
Escrituras Sagradas – O Espírito Santo.
Baseados nas passagens que seguem, algumas seitas se opõem à fórmula batismal
trinitariana: At 2.38: "...seja batizado em nome de Jesus Criso..."; At 8.16: "... sido batizados em
nome do Senhor Jesus..."; At 10.48: "...batizados em nome do Senhor..."; At 19.5: "...batizados em
nome do Senhor Jesus". Observamos que não se trata de uma fórmula batismal porque as
expressões não são uniformes. Muito razoável é afirmar que a narrativa de At 2.38, indicada
com batismo em nome de Jesus Cristo, esteja se referindo à autoridade de Jesus, como se lê
em At 3.16 e 16.18, na qual a autoridade de Jesus é invocada. Não se trata de fórmulas que
acompanham tais acontecimentos, visto que em At 19.13 a invocação do nome de Jesus por
exorcistas nada significasse porque os que o fizeram não tinham verdadeiramente a
autoridade de Jesus. Em outras palavras, o batismo foi ordenado e levado a efeito sob a
divina autoridade do Filho, empregando o ensino de Mateus 28.19, que diz: "Ide, portanto,
fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo".
Os kardecistas afirmam que Jeremias 1.5 é uma referência à preexistência da alma. Como
explicar esse versículo?
Além dos kardecistas, outros movimentos ensinam a doutrina da reencarnação. Os
mórmons e os membros do movimento Nova Era, por exemplo, crêem que o versículo em
pauta indica que Jeremias preexistiu como uma alma sem o corpo antes de ser encarnado.
Enquanto os reencarnacionistas crêem que a alma está em uma espécie de
peregrinação e após a morte volta em outro nascimento, aqueles que acreditam na
preexistência da alma afirmam que existe uma espécie de pré-mundo ou mundo espiritual
ou até mesmo um tipo de sala em que todas as almas foram primeiramente criadas por Deus
e ali estão confinadas até o tempo apropriado para que possam encarnar. Essa é a diferença
entre essas duas crenças.
O texto em estudo, no entanto, não fala de reencarnação e muito menos de
preexistência da alma antes do nascimento. O foco aqui não está na alma de Jeremias, mas
no fato de que Deus conhece, chama e separa Jeremias para o ministério profético. Ele foi
escolhido por Deus da mesma forma que o oleiro escolhe o material para construir um vaso.
Deus tem conhecimento cabal do futuro e da constituição do homem. Conhece até mesmo o
feto que está sendo gerado (Sl 139.11-16). É dessa forma que, em sua sabedoria, Deus unge e
designa alguém, antes mesmo que essa pessoa tenha nascido, para determinada obra, o que
não significa que a alma dessa pessoa conheça, antes do nascimento, a tarefa para a qual fora
escolhida pelo Senhor. Absolutamente. As Escrituras não indicam que a alma tenha qualquer
existência antes de sua concepção, e muito menos que tenha qualquer qualidade própria.
Mas Deus conhece todas as coisas.
Existem algumas exceções nas Escrituras que devem ser entendidas com uma significação real
...De acordo com (Gn 37.35,36; Sl 16; Lc 16.19-31), antes da vinda de Cristo o mundo invisível dos
mortos estava num mesmo lugar embaixo da terra. Como conciliar esta explicação com os textos de
2Reis 2.11, Gênesis 5.24 e Provérbios 15.24, que dizem que subiram e não que desceram? E se
subiram, como interpretar João 3.13?
A Bíblia é a Palavra de Deus revelada ao homem. Foi escrita com o objetivo de
comunicar a vontade de Deus à humanidade, mas principalmente ensinar a Igreja.
Inicialmente, devemos ter em mente três coisas para que possamos entender a Bíblia.
Primeiro, Deus revela ao homem coisas terrenas e celestiais, sendo esta última de
difícil entendimento. É necessário compreendermos o objetivo maior das Escrituras.
Segundo, foi necessário que Deus nos falasse usando uma linguagem que
pudéssemos entender, pois, ainda que sua Palavra seja perfeita, nosso entendimento não é.
Existem algumas exceções nas Escrituras que devem ser entendidas com uma significação
real, ou seja, devemos buscar o entendimento espiritual — e somente o Espírito Santo
poderá indicar uma compreensão mais profunda (veja Hb 9.8). A Bíblia Apologética tem
como objetivo defender as doutrinas cristãs de maneira clara para o alcance do povo cristão.
E terceiro, quanto à posição do inferno, as Escrituras ora afirmam sua localização nas
“partes inferiores da terra”, ora “embaixo”. Enquanto os céus e qualquer outra afirmação
positiva no relacionamento com Deus são referidos como algo acima, aquilo que está numa
posição negativa para com Deus é mencionado como inferior. Então, segundo o
conhecimento dos servos de Deus, antes do Calvário, ainda que a morte significasse descer,
como no caso de Jacó, Davi e Lázaro, a exceção poderia existir, como no caso dos
arrebatamentos de Enoque e Elias. E sabemos que as exceções sempre têm algo a enfatizar.
Esse foi o objetivo de Deus, enfatizar, indicando algo novo, que no Novo Testamento
representa o arrebatamento da Igreja.
Mas Enoque e Elias realmente subiram? Sim! Subiram, ainda que, neste caso, fossem
uma exceção! Como, então, conciliar esse fato com o que está escrito em João 3.13?, que diz:
“Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem que está no céu”.
Jesus teria se equivocado? Não! Pois Ele é a própria Palavra de Deus! O apóstolo Paulo,
escrevendo aos romanos (10.6,7), esclarece a questão mencionando o texto de Deuteronômio
30.11-14, no qual Deus afirma que a Lei não estava além do alcance dos israelitas. Segundo o
texto, os israelitas não precisam da ajuda de alguém para que pudessem entender o
significado de “subindo ao céu ou descendo ao abismo”.
Agora, Jesus usa de autoridade para falar de coisas celestiais. Que autoridade é essa?
Ora, ninguém subiu aos céus com o objetivo de ensinar as coisas celestes (realmente Enoque
4. Em que sentido o Espírito Santo de Deus habita em nós, visto ser ele uma Pessoa?
“Virá o senhor daquele servo no dia em que o não espera, e numa hora que ele não sabe, e
separá-lo-á, e lhe dará a sua parte com os infiéis. E o servo que soube a vontade do seu senhor, e não se
aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites; Mas o que a não soube,
e fez coisas dignas de açoites, com poucos açoites será castigado. E, a qualquer que muito for dado,
muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá”.
O Catolicismo tenta usar esse texto pra arvorarem que a idéia de purgatório é Bíblica.
De acordo com a teologia romanista, o purgatório além de ser um lugar de purificação de
pecado é também um lugar onde a alma cumpre pena; pelo que o fogo do purgatório deve
ser temido grandemente.
jesus disse que as pessoas assim condenadas irão para o castigo eterno (Mt 25.46). Ele
não disse nada sobre um lugar de purificação após a morte ou de que o pecador que partiu
desta vida teria outra oportunidade (Hb 9.27).
“E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna” (Mt. 25.46)
Vejamos o que diz o texto: “Sansão clamou ao SENHOR e disse: SENHOR Deus,
peço-te que te lembres de mim, e dá-me força só esta vez, ó Deus, para que de uma vez me
vingue dos filisteus, pelos meus dois olhos. Abraçou-se, pois, Sansão com as duas colunas do
meio, em que se sustinha a casa, e arrimou-se sobre elas, com a mão direita numa e com a
esquerda na outra. E disse: Morra eu com os filisteus. E inclinou-se com força, e a casa caiu
sobre os príncipes e sobre todo o povo que nela estava; e foram mais os que matou na sua
morte do que os que matara na sua vida” (Jz 16.28-30).
Não encontramos nenhuma evidência de suicídio, ou de eutanásia. Se Sansão tivesse
um desses objetivos, isto é, se desejasse a morte devido à frustração de ter sido capturado
pelos filisteus, certamente teve diversas oportunidades para se matar. Se Sansão desejasse
acabar com seu sofrimento devido à cegueira e às dores da mutilação, também poderia ter
feito alguma coisa antes dessa ocasião. Além disso, a força de Sansão para tamanha
destruição não veio dele, mas foi proveniente de Deus. Dessa forma, aceitar o ato de Sansão
como suicídio significaria dizer que o próprio Deus o concedeu forças sobrenaturais para
fazê-lo, o que não pode ser concebido diante da natureza divina.
Devemos entender que os filisteus eram um povo que se opunha a Israel e não
buscava a paz, como fizeram os gibeonitas (Js 9). Sansão estava lidando com inimigos
irreconciliáveis, sabia que um confronto poderia causar-lhe a morte, quer essa morte fosse
devido à queda do edifício, quer ocorresse após a queda do edifício por meio da retaliação
de algum filisteu.
Encontramos Sansão no rol de Hebreus (11), um homem que pela fé livrou Israel de
seus inimigos.
Como Jesus pode ser a raiz de Davi se nas genealogias apresentadas nos evangelhos é José, seu
padrasto, quem aparece como descendente de Davi?
A genealogia documentada em Mateus 1.1-17 é diferente da apresentada por Lucas
3.23-38. Mateus escreveu seu evangelho para os judeus e, assim, a genealogia oficial traz em
questão as credenciais messiânicas judaicas de Jesus, pois os judeus esperavam que o
Messias fosse descendente de Abraão e raiz de Davi. Lucas escreveu seu evangelho para os
gregos e, por isso, apresenta Jesus como perfeito, segundo a concepção da cultura helênica.
O propósito de Mateus é mostrar Jesus como verdadeiro rei, e o de Lucas é mostrá-lo como
verdadeiro humano. Mateus apresenta a linhagem legal de Davi e Lucas a linhagem natural.
Tanto José quanto Maria eram descendentes de Jessé. Podemos apontar a genealogia de
Lucas como sendo de descendentes familiares de Maria e a de Mateus, de José. Esta pode ser
uma explicação, pois na cultura judaica o homem, através de seu comprometimento com
uma mulher, era tido como filho de seu sogro. Assim, embora Maria não seja citada, ela é, no
entanto, representada por seu marido.
Nem sempre quando encontramos a expressão o anjo do Senhor, está claro que se
refere à Pessoa do Senhor Jesus, pois há ocasiões que um mero anjo é identificado com Deus.
Nesses contextos, o propósito é mostrar que o anjo está agindo e falando como representante
de Deus. Mas, algumas vezes, o anjo indica a presença imediata de Deus (Êx 23.20-23; 32.34;
33.14,15; Is 63.9). Nesses textos Deus está prometendo andar e orientar o povo de Israel. O
anjo mencionado em Êx 32.24 é chamado em Êx 33.14-15 de a minha presença, essa
expressão poderia ser traduzida literalmente por a minha face. Em Is 63.9, o anjo da sua
presença, no hebraico, significa não somente o anjo que se conserva na presença de Deus,
mas também naquele em quem Deus é visto.
Theophania, é uma palavra composta pelos vocábulos gregos Theós (Deus), e phainein,
(aparecer), significando uma manifestação visível de Deus. Tais teofanias são atribuídas a
Segunda Pessoa da Trindade, Jesus Cristo. Elas não têm o objetivo de demonstrar a forma do
Senhor, mas visa apenas dar uma mensagem, ao passo que a forma visível atrai meramente e
fixa a atenção. O livro de Apocalipse dá uma notável visão de Jesus Cristo ressurrecto e
glorificado (1.12-20).
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a) Não deixe para estudar muito tarde, pois o sono pode atrapalhá-lo em
sua concentração;
b) Não deixe a luz do ambiente em que estiver, apagada, pois a claridade
da tela do computador torna-se ainda maior, provocando dor de
cabeça e irritabilidade.
3- Pense na possibilidade de imprimir sua apostila, pois pode ser que isso dê a
opção, por exemplo, de carregá-la para onde quiser e de grifar com caneta,
partes que ache importante.