HFE B. Mazula
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SEMESTRE I
▪ Fátima Mawane
▪ Fernando Macamo
▪ Helena Jambo
▪ Sarmento Novela
▪ Válter Matimbe Docentes:
▪ Augusto Jaime;
▪ Ângelo Nhancale;
▪ Domingos Beula;
▪ Baltazar Transval.
Resumo
Constitui base para a elaboração do presente trabalho o livro de Brazão Mazula, com o título: “A
complexidade de ser professor em Moçambique e seus desafios”, Lançado em Maputo no ano de
2013, em Maputo pela Plural Editores. Constitui a tese principal deste livro como já sugere o
título, A complexidade de ser professor, especialmente em Moçambique. Esta mesma tese defende
que:
O autor defende que nas primeiras décadas do século corrente, o professor enfrenta novos
desafios, trazidos pelas mudanças nos últimos anos, daí que é necessária a devida formação do
professor, centrada nestes mesmos desafios, fazendo assim a educação passar do modelo
tradicional para uma educação performativa, aberta ao desenvolvimento da Sociedade; ao
desenvolvimento humano equilibrado e inclusivo. Não existe desenvolvimento sem um professor
de qualidade. O livro aponta os desafios para a educação e para o professor de todos os sistemas
de Ensino vigentes no país, tendo como fico principal o desenvolvimento humano. Salienta ainda
que o professor só pode obter êxitos se este o souber ser e se houver articulação com o estado; a
sociedade em geral e a própria escola Constituído por 6 partes o livro apresenta-se como
contribuinte para os projetos de formação de Professores fornecendo aos mesmos subsídios.
Tornando-se assim um projecto de investigação a curto, médio e longo prazos. Cita no inicio de
sua extensão alguns pensadores tais como Platão (427 – 347 a.c) que defende que “Ser Mestre
exige duma só vez desejo prazer e amor” e Coménio (1592 – 1670) que chama atenção para alta
responsabilidade de ser professor e que “do trabalho do mesmo, depende a salvação de todo
gênero Humano”. Com estes pensadores é possível ver e notar a complexidade de ser professor.
- Na sua primeira parte o livro versa sobre a questão da complexidade de ser professor no século
XXI, demonstrando também os desafios apresentados pelo mesmo para educação, tais são: i) a
globalização; ii) o combate à pobreza; iii) a paz e estabilidade social; iv) a democracia; v)
consciência ecológica; e vi) a própria escola, tais desafios, que influenciam o ser professor. Nesta
parte o autor frisa o pensamento de Morin (1995:20) ao afirmar que “O professor é um paradoxo
do uno e do múltiplo”, ou seja, é uma inter-relação de tarefa, vocação, profissão e missão. É nesta
inter-relação que reside a complexidade de ser professor, apresenta ainda a metodologia usada por
si para elaboração do mesmo tema. Mais mais adiante falando da globalização e do seu impacto
nas sociedades e na educação, apresenta as tecnologias de informação e comunicação (TICS)
como sendo a arma da globalização e que estas se tornaram líderes mentais, o que acaba
confundindo o ser humano na medida em que este está acostumado à um lideranças mais humanas.
CONCEITOS DE QUALIDADE E COMPETÊNCIA
O autor começa por afirmar que definir a qualidade é difícil, e que a primeira pessoa a fazê – lo foi
Aristóteles “aquilo pelo qual as coisas se dizem tal ou tal”. No entanto surgiram com o tempo, várias
outros autores que definiam a qualidade de formas diferentes. O autor deslumbra também no que
seria a qualidade do ensino, em Moçambique em particular, destacando diversos autores, e diz que
o principal desafio do ensino é “elevar o ensino em geral, e a formação de professores em particular,
aos padrões internacionais de qualidade”. Após um inquérito em algumas escolas secundárias de
Cuamba, o autor conclui que os alunos da 12.ª classes ainda cometem erros primários de ortografia,
e pior, que os docentes repetem os mesmos erros.
O autor cita vários nomes que definiram a competência, passo o destaque a definição de Feldman
que define “competências como sendo o pôr em prática as capacidades e habilidades cognitivas
numa situação”.
—No geral, os alunos afirmam dizem que o professor deve saber o que ensina, e saber ensinar bem.
—O professor competente é aquele que sabe mobilizar recursos cognitivos para o seu processo de
ensino e aprendizagem.
Os problemas da educação
Sincronia: aquela que se refere à postura do próprio professor e a critica ser interna.
As duas dimensões agem em conjunto e complementam-se, no sentido de que não há docente nem
aluno sem sistema de educação, nem este sem aqueles.
Na dimensão diacrónica, a educação reflexiva é sustentada por cinco (05) pilares: o da filosofia, o
da democracia, cognitiva, o da cultura local, o do mundo da vida e o da política.
i. Pilar filosófico: no sentido mais simples, de pensar racional. Assim, tanto a formação de
professores como o processo de ensino e aprendizagem não visam a transmissão de
conhecimentos para “acumular o saber, empilhar os saberes, encher a cabeça, ” mas sim,
visam formar uma “cabeça bem-feita.”
ii. Pilar da política: é o da intervenção necessária do estudo, através dos seus poderes, como
Assembleia da Republica, o Governo e suas instituições. Alguém deve, definir a visão
maior, a missão, os objectivos e metas da educacao, mecanismo de garantia da qualidade
de avaliação e inspecção, com o envolvimento da sociedade.
iii. A democracia cognitiva: é um modelo de estar na sociedade e no mundo, de uma forma
racional, consciente, tolerante e solidário. O aluno aprende pelas ciências a fazer crescer
a sua cidadania e o patriotismo, como amor a pátria, de tal maneira que ele, como
cidadão, nunca seja desapropriado, alienado ou cooptado da sua identidade cidadã e
muito menos, mantido numa espécie de ignorância selvagem relativamente dos
problemas fundamentais, decididos pelo alto escalão.
iv. Quando falamos da cultura local como pilar da educação: refere-se às tradições locais,
ao património cultural, a historia das comunidades locais, às artes, à musica, à culinária,
ao saber das populações que, muitas vezes nos ensinam a sermos homens e mulheres
equilibrados e ponderados, maduros. Todos estes aspectos da cultura local influenciam
a educação do aluno, tornam a educação mais antropológica, ou seja, mais centrada no
homem e na sua dignidade. Nessa dimensão antropológica a educação deve saber
influenciar as culturas das comunidades locais num diálogo antropológico permanente.
A cultura é a lâmpada da educação.
v. O mundo da vida: é o mundo da sociedade, o mundo da formação de amizades “boas ou
más.” Na escola e fora dela, a criança, o aluno ou estudante vão construindo o mundo de
amigos, por vezes despercebido dos pais e professores. Se não houver uma ligação
estreita entre a escola, comunidade e os pais, tanto a escola como os pais, cedo ou tarde
podem ser surpreendidos com o mundo de fumos, cigarros, bebedeiras. O pilar do mundo
da vida confirma a educação o seu carácter sociológico.
Os cinco (05) pilares qualificam a educação a todos os níveis, do ensino primário do superior
determinam, condicionam e influenciam a escolha do tipo de ensino.
Tipos de ensino
O termo performativo vem de per + formare. O prefixo latino per tem sentido temporal de realização
completa da acção, o sentido superlativo de acção bem acabada, de perfeição e formar vem do latino
formare, que significa ensinar, construir, produzir, criar para que o ensino tenha tarefa de criar uma
personagem nova. Assim o ensino performativo não esta preocupado com a acumulação de saberes,
mas sim com a criação de competências, habilidades, atitudes, valores e princípios que organizam
e explicam os conhecimentos. A exigência e o rigor da sua formação nesse sentido são o desafio
para as instituições de formação de professores e faculdades de educação. É então urgente passar da
escola monológica para a escola performativa e, consequentemente do ensino monológico para o
ensino performativo.
É uma escola fechada a si mesmo, não vai ao povo, mas pede ao povo que venha a si, dado
que se considera o único espaço de conhecimentos científicos validos, a sua pretensão de validade
reside nos conhecimentos acumulados ao longo dos tempos e dos livros que lê.
É reflexiva, permanentemente solidária com o homem, com a sociedade, com a pátria e com
o mundo.
É uma escola dialogista, ensina o aluno a saber dialogar com o outro que pensa de forma
diferente, com a sociedade e com as comunidades.
Promove e dinamiza uma interacção entre a escola e a sociedade, dialoga com o pensamento
e as experiencias de vida e da história.
Sob o ponto de vista sincrónico, diz que, ser professor é ao mesmo tempo tarefa, vocação, profissão
e missão. Nesta perspectiva, o professor sente-se mais responsabilizado pela eficiência do ensino e
do sistema de educação no seu todo.
OS DESAFIOS DO PROFESSOR POR NÍVEIS DE ENSINO SÉC XXI
Desde a independência de Moç houve vários modelos de formação de professores com destaque
para ensino primário e secundário vistos como fundamentais e determinantes para qualidade de todo
ensino.
-Considerado nível de socialização pela comunicação.Na escola assim como na comunidade o saber
comunicar com os outros é importante para a paz e democracia e neste processo o professor
desempenha um papel fundamental.
-O Autor vê a língua materna como a primeira condição do saber comunicar para uma criança pois
é onde ela desenvolve a sua identidade e personalidade cultural.
-A sociedade e a Escola preocupam se com o educar o cidadão a ser homem culto e disciplinado,que
ama sua pátria e que sabe servir a sociedade que o educa.
Desafios: -o professor deve ter conhecimentos básicos de antropologia cultural e de psicologia de
desenvolvimento para saber inserir se na comunidade da vida e trabalho e orientar melhor o aluno
sob ponto e vista pedagógico.
- Nas zonas ruarais o professor depara se com escassez de meios de comunicação social e novas
tecnologias.
A Aula
A aula é um momento prazeroso, isto é, momento em que o professor concretiza( realiza) o seu
amor ao saber, ama, transmitindo-o aos seus alunos, ou seja, ensinando-lhes a amar a ciência e a
paixão pela ciência. É um dos momentos mais alto da realização da sua vocação docente. Na aula e
pela aula o professor realiza a sua nobre missão de educador.
A aula é uma actividade que exige sempre qualidade e competência. Uma boa aula é um desafio
permanente de qualquer professor, seja ele do ensino primário, secundário,do ensino técnico
profissional, de alfabetização e educação de adultos, seja ele do ensino superior e de unidades de
professores.
Reflexão do grupo