As Finalidades Da Educaçaaao 075850
As Finalidades Da Educaçaaao 075850
As Finalidades Da Educaçaaao 075850
Introdução
O presente trabalho referente a cadeira de Fundamentos de Pedagogia, que tem
como tema: o carácter histórico – social da educação – caso de Moçambique. Onde vai
se debruçar acerca dos primeiros momentos e depois da independência que foram
considerados como momentos de voluntarismo e de pouca planificação, que abrangiam
vários sectores do país, e devido às dificuldades ou falta de pessoas qualificadas e falta
de reorganização do aparelho do estado. O trabalho tem como objetivos:
Objectivo geral:
Compreender o carácter histórico – social da educação – caso de Moçambique.
Objetivos específicos:
Conceituar as formações sócio-políticas e carácter/função da educação;
Descrever as finalidades e objectivos da educação em diferentes momentos
históricos em Moçambique;
Explicar os desafios da educação contemporânea.
Metodologia
Os métodos ou as técnicas usadas para a realização obedecem as normas de
elaboração de trabalho científico desta Universidade Rovuma que está em vigor (Norma
APA) e obedece a seguinte ordem: capas, introdução, desenvolvimento, conclusão e a
respectiva bibliografia.
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1.1.1. Formação
Formação é um processo de devir humano. Mediante o qual o indivíduo natural
deve um ser cultural. Uma pessoa é bom lembrar que o sentido dessa categoria
envolve um complexo conjunto de dimensões que verbo formar tenta expressar:
constituir, compor, ordenar, fundar, criar, instruir-se, colocar-se ao lado de,
desenvolver-se, dar-se um ser. É relevante observar que o seu sentido mais rico é
aquele do verbo reflexivo, como que indicando que é uma acção cujo agente só
pode ser o próprio sujeito (Ngoenha, 2006).
1.2.1.1.Carácter formal
Educação entendida como um processo de desenvolvimento de capacidade
intelectual da criança e do ser humano, tem um significado tão amplo e abrangente que,
em geral prescinde de adjetivos. No entanto, para que esse processo e a discussão que
dele apresentamos estejam melhores compreendidos, algumas distinções ou
adjetivações devem ser feitas a educação com reconhecimento oficial, oferecidas nas
escolas, sem cursos com níveis, graus, programas, currículos e diplomas, costuma ser
chamado de educação formal. E uma instituição muito antiga, cuja a origem está ligada
ao desenvolvimento de nossa civilização e ao a servo de conhecimento por ela gerado.
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Isso mostra que a educação tradicional está relacionada, em cada um dos seus
aspectos, com a vida colectiva em suas múltiplas dimensões. Nessas comunidades, o
trabalho das crianças e adolescentes é concebido como “natural”, como uma atitude de
reciprocidade pelo que recebem da família, mas também como uma forma de
socialização que não se opõe à escola, mas a completa.
Lembre-se que o facto de que os professores transmitem à criança uma
representação negativa do seu trabalho, que entra em contradição com a visão
prevalecente em seu meio cultural, cria tensões e mina sua auto – estima, ao
desqualificar o que para ele é motivo de orgulho (Mazzotti, 2001, p. 71).
Dessa feita, se regista que a construção social do fracasso escolar opera na
relação entre a criança que tem uma “infância de curta duração” e uma escola que tem
como modelo a “infância de longa duração”, o que resulta, nas relações sociais que se
estabelecem, na “escola de curta duração”.
Na perspectiva didáctico – pedagógica, o conhecimento das representações
sociais de nossos alunos e de suas famílias, bem como as nossas representações, pode
ajudar-nos a alcançar uma maior descentração no que se refere à eficácia das práticas
educacionais.
3.1.1. A educação no período Colonial
O projeto de educação moçambicana foi formado e formulado durante a luta de
libertação nacional (1962-1974). Em junho de 1962 foi constituída a Frente de
Libertação de Moçambique (FRELIMO), que tinha como função não apenas
conduzir militarmente a luta pela independência nacional, mais também, iniciar
em simultâneo um processo de construção e consolidação da unidade nacional
numa dimensão político cultural mais abrangente para edificação de um estado-
nação. A educação visionada durante a luta de libertação nacional tratava-se de
uma educação ideológica, enquanto lugar privilegiado da inculcação dos ideiais
da Frelimo (Mondlane, 1993).
Com o golpe militar em Portugal (25 de abril de 1974), o movimento de
libertação (FRELIMO), ficou surpreendido com a abertura do novo regime português
sobre a necessidade de negociações, o que obrigaria a Frelimo a tomar o poder. Quando
o governo de transição toma posse em 1974, colocou como uma das suas prioridades a
instrução, a educação e a cultura de modo que estivessem ao serviço das massas
populares oprimidas pelo regime colonial e negados a estes serviços básicos de qualquer
sociedade. No entanto, o governo foi obrigado a estabelecer prioridades de formação
dos seus quadros.
Com a fundação da FRELIMO, em 25 de Junho de 1962, os nacionalistas
demarcam-se não só do colonialismo, mas também das instituições tradicionais
africanas, em Moçambique. Pois se o facto colonial pressupunha a criação das
instituições que punham em causa o poder e autoridade tradicionais, verificou-se
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que está recomendado, previsto e/ou determinado, no que se refere a sua estrutura física,
curricular e humana, para atender, de modo qualificado, os estudantes que estão em
processo de inclusão. A limitação de oportunidades dificulta o processo de
aprendizagem, evidenciando a desigualdade e a discriminação. Nas escolas de
Moçambique, a estrutura física é inadequada e os recursos humanos com formação são
escassos. Essas deficiências podem ser consideradas como elementos limitadores para
efetivação das políticas de inclusão escolar recomendadas pelo estado na tentativa de
responder às recomendações internacionais.
Evidências mostram que o movimento nacionalista em Moçambique se
desenvolveu, sobretudo, numa minoria, predominantemente urbana, composta de
intelectuais e assalariados, indivíduos que se afirmavam destribalizados, de entre eles
assimilados e mulatos, um sector marginal da população. Dessa feita, a exclusão das
estruturas sociopolíticas e culturais tradicionais autóctones (incluindo o seu sistema
educativo) passou a fazer parte do processo da criação do Estado moderno, iniciado com
a colonização portuguesa.
As estruturas tradicionais eram apresentadas como anti-revolucionárias, para
além de serem retrógradas. Esse procedimento veio a emperrar os esforços que eram
desenvolvidos no campo da educação. As expectativas populares conheceram um
esfriamento, uma vez que o projecto político adoptado a partir de 1975 era outro e não
era intrínseco à sua vida e à sua expectativa.
Neste tipo de projeto, o processo educativo não atende às multiplas demandas de
uma sociedade marcada pela diferença cultural, tampouco acolhe os sujeitos
hibridos que a compõem. Como se pode verificar, há um distanciamento entre as
politicas educativas viradas para a erradicação do analfabetismo e as práticas
educativas (Esteban, 2010).
Conclusão
Conclui-se que a formação sócio – política consiste em um projecto do desabafo
social que busca trabalhar conteúdos que vão além dos muros da sala de aulas. É
fundamentada no processo de formação de estudante para desempenhar atividades
políticas que intensificam a relação entre o aprender, o pensar e o fazer. Entretanto, as
normas pedagógicas estabelecidas tinham como objetivo o desenvolvimento dos alunos
através da educação, incluindo a modificação do país, estas normas eram para orientar a
futura organização do Sistema Nacional da Educação em nível do país, que foi aprovado
pela Assembleia Nacional Popular (ANP) através da lei em 1983. No entanto, o governo
foi obrigado a estabelecer prioridades de formação dos seus quadros. A política nacional
da educação é de assegurar o acesso à educação a um número cada vez maior de utentes
e de melhorar a qualidade dos serviços prestados em todos os níveis e tipos de ensino.
Portanto pretende-se massificar o acesso da população à educação e fornecer uma
educação de qualidade comum conteúdo apropriado e um processo de ensino –
aprendizagem que promova a evolução contínua dos conhecimentos, habilidades,
atitudes e valores de modo a satisfazer os anseios da sociedade.
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Reboul, O. (2000). A filosofia da educação. Lisboa. Edições 70.
Tavares, A. (2011). A educação colonial.
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Índice
Introdução........................................................................................................................3
1.1.1. Formação................................................................................................................4
1.2.1.1.Carácter formal...................................................................................................4
Conclusão.......................................................................................................................13
Bibliografia.....................................................................................................................14