Atividade Avaliativa Romantismo

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LUCÍOLA

“O amor purifica e dá sempre um novo encanto ao prazer. Há mulheres que amam toda a vida; e o
seu coração, em vez de gastar-se e envelhecer, remoça como a natureza quando volta a primavera.
— Se elas uma só vez tivessem a desgraça de se desprezar a si próprias no momento em que um
homem as possuía; se tivessem sentido estancarem-se as fontes da vida com o prazer que lhes
arrancavam à força da carne convulsa, nunca mais amariam assim. O amor é inexaurível e remoça,
como a primavera; mas não ressuscita o que já morreu”.
ALENCAR, José de. Lucíola. 5 ed. São Paulo: FTD, 1999,
p. 98.

O romance “Lucíola” (1862), de José de Alencar, constitui um exemplar da vertente urbana


da prosa romântica. Tendo sido o primeiro da trilogia (“Lucíola”, “Diva” e “Senhora”) criada pelo
autor, a narrativa representou grande ousadia na época de sua publicação ao abordar o polêmico
tema da prostituição. O texto a seguir é o segundo capítulo do livro e trata da chegada do
personagem Paulo à cidade do Rio de Janeiro e de seu primeiro encontro com a cortesã Lúcia em
uma festa religiosa. Paulo está acompanhado de seu amigo Sá, que lhe apresenta à jovem.

CAPÍTULO II
A primeira vez que vim ao Rio de Janeiro foi em 1855.
Poucos dias depois da minha chegada, um amigo e companheiro de infância, o Dr. Sá,
levou-me à festa da Glória; uma das poucas festas populares da corte. Conforme o costume, a
grande romaria desfilando pela Rua da Lapa e ao longo do cais, serpejava nas faldas do outeiro, e
apinhava-se em torno da poética ermida, cujo âmbito regurgitava com a multidão do povo.
Era ave-maria quando chegamos ao adro; perdida a esperança de romper a mole de gente
que murava cada uma das portas da igreja, nos resignamos a gozar da fresca viração que vinha do
mar, contemplando o delicioso panorama da baía e admirando ou criticando as devotas que também
tinham chegado tarde e pareciam satisfeitas com a exibição de seus adornos.
Enquanto Sá era disputado pelos numerosos amigos e conhecidos, gozava eu da minha
tranquila e independente obscuridade, sentado comodamente sobre a pequena muralha, e
resolvido a estabelecer ali o meu observatório. Para um provinciano recém-chegado à corte, que
melhor festa do que ver passar-lhe pelos olhos, à doce luz da tarde, uma parte da população desta
grande cidade, com os seus vários matizes e infinitas gradações?
Todas as raças, desde o caucasiano sem mescla até o africano puro; todas as posições,
desde as ilustrações da política, da fortuna ou do talento, até o proletário humilde e desconhecido;
todas as profissões, desde o banqueiro até o mendigo; finalmente, todos os tipos grotescos da
sociedade brasileira, desde a arrogante nulidade até a vil lisonja, desfilaram em face de mim,
roçando a seda e a casimira pela baeta ou pelo algodão, misturando os perfumes delicados às
impuras exalações, o fumo aromático do havana às acres baforadas do cigarro de palha.
— É uma festa filosófica essa festa da Glória! Aprendi mais naquela meia hora de
observação do que nos cinco anos que acabava de esperdiçar em Olinda com uma prodigalidade
verdadeiramente brasileira.
A lua vinha assomando pelo cimo das montanhas fronteiras; descobri nessa ocasião, a
alguns passos de mim, uma linda moça, que parara um instante para contemplar no horizonte as
nuvens brancas esgarçadas sobre o céu azul e estrelado. Admirei-lhe do primeiro olhar um talhe
esbelto e de suprema elegância. O vestido que o moldava era cinzento com orlas de veludo
castanho e dava esquisito realce a um desses rostos suaves, puros e diáfanos, que parecem vão
desfazer-se ao menor sopro, como os tênues vapores da alvorada. Ressumbrava na sua muda
contemplação doce melancolia e não sei que laivos de tão ingênua castidade, que o meu olhar
repousou calmo e sereno na mimosa aparição.
— Já vi esta moça! disse comigo. Mas onde?...
Ela pouco demorou-se na sua graciosa imobilidade e continuou lentamente o passeio
interrompido. Meu companheiro cumprimentou-a com um gesto familiar; eu, com respeitosa cortesia,
que me foi retribuída por uma imperceptível inclinação da fronte.
— Quem é esta senhora? perguntei a Sá.
A resposta foi o sorriso inexprimível, mistura de sarcasmo, de bonomia e fatuidade, que
desperta nos elegantes da corte a ignorância de um amigo, profano na difícil ciência das
banalidades sociais.
— Não é uma senhora, Paulo! É uma mulher bonita. Queres conhecê-la ?. . .
Compreendi e corei de minha simplicidade provinciana, que confundira a máscara hipócrita do
vício com o modesto recato da inocência. Só então notei que aquela moça estava só, e que a
ausência de um pai, de um marido, ou de um irmão, devia-me ter feito suspeitar a verdade.
Depois de algumas voltas descobrimos ao longe a ondulação do seu vestido, e fomos
encontrá-la, retirada a um canto, distribuindo algumas pequenas moedas de prata à multidão de
pobres que a cercava. Voltou-se confusa ouvindo Sá pronunciar o seu nome:
— Lúcia!
— Não há modos de livrar-se uma pessoa desta gente! São de uma impertinência! disse ela
mostrando os pobres e esquivando-se aos seus agradecimentos.
Feita a apresentação no tom desdenhoso e altivo com que um moço distinto se dirige a
essas sultanas do ouro, e trocadas algumas palavras triviais, meu amigo perguntou-lhe:
— Vieste só?
— Em corpo e alma.
— E não tens companhia
para a volta? Ela fez um
gesto negativo.
— Neste caso ofereço-te a minha, ou antes a nossa.
— Em qualquer outra ocasião aceitaria com muito prazer; hoje não posso.
— Já vejo que não foste franca!
— Não acredita?. .. Se eu viesse por passeio!
— E qual é o outro motivo que te pode trazer à festa da Glória?
— A senhora veio talvez por devoção? disse eu.
— A Lúcia devota!. . . Bem se vê que a não conheces.
— Um dia no ano não é muito! respondeu ela sorrindo.
— É sempre alguma
coisa, repliquei. Sá
insistiu:
— Deixa-te disso; vem conosco.
— O senhor sabe que não é preciso rogar-me quando se trata de me divertir. Amanhã,
qualquer dia, estou pronta. Esta noite, não!
— Decididamente há alguém que te espera.
— Ora! Faço mistério disto?
— Não é teu costume decerto.
— Portanto tenho o direito de ser acreditada. As aparências enganam tantas vezes! Não é
verdade? disse voltando-se para mim com um sorriso.
(...)
ALENCAR, José de. Lucíola. 5 ed. São Paulo: FTD, 1999,
p.14-18.

1. Alencar em sua trilogia “Perfis de Mulheres” aborda diferentes aspectos da sociedade de sua
época. Identifique com uma passagem do trecho acima como o narrador descreve a
desigualdade social da sociedade de 1855 e explique esse processo de desigualdade.
2. Lúcia mostra-se uma personagem de forte personalidade e temperamento, comente sobre as
reações de Paulo e do seu amigo Dr. Sá na apresentação de Lúcia e relacione à posição
feminina da época.
01. (UFPA) Na época da independência do Brasil, quando nosso país precisava auto-afirmar-se
como nação, entrou em vigência entre nós um estilo de época que, pelos ideais de liberdade que
professava através de sua ideologia, se prestava admiravelmente a expressar esses anseios
nacionalistas. Tal estilo foi:

a) Romantismo
b) Barroco
c) Realismo/Naturalismo
d) Modernismo
e) Neoclassicismo

02. (FUVEST) Entre as obras mais comentadas do Visconde de Taunay estão: O Encilhamento, A


Retirada da Laguna e, principalmente, o romance:

a) A Moreninha;
b) Inocência;
c) Clarissa;
d) Rosa;
e) A Escrava Isaura

03. (U.F.GOIÁS) Em relação à obra Memórias de um Sargento de Milícias pode-se afirmar que:

a) contraste entre o bem e o mal próprio dos romances românticos desaparece na figura do ator
herói;
b) personagem Leonardo nasce malandro feito, como em Macunaíma;
c) Leonardo adquire as características da malandragem por força das circunstâncias;
d) panorama traçado pelo autor é limitado espaço em que as ações se desenvolvem;
e) panorama traçado pelo autor é ampliado espaço em que as ações se desenvolvem.

04. (UM-SP) O gosto pela expressão dos sentimentos, dos sonhos e das emoções que agitam
seu mundo interior, numa atitude individualista e profundamente pessoal, marcou os autores do:

a) movimento realista
b) movimento árcade
c) movimento romântico
d) movimento barroco
e) movimento naturalista.  

05. (PUC-MG) Os fragmentos abaixo, retirados de obras da Literatura Brasileira, caracterizam a


ideologia criada pelo Indianismo, exceto:

a) "(...) No Guarani o selvagem é um ideal, que o escritor intenta poetizar, despindo-o da crosta
grosseira de que o envolveram os cronistas..."
b) "(...) Os tupis desceram para serem absorvidos. Para se diluírem no sangue da gente nova.
Para viver subjetivamente e transformar numa prodigiosa força a bondade do brasileiro e o seu
grande sentimento de humanidade."
c) "(...) Criaturas de Deus, de bons corpos e bom espírito, ainda sem religião e educáveis no bem
ou no mal. Seria fácil trazê-las de sua virtude natural à virtude consciente do Cristianismo, para
sua eterna salvação."
d) "(...) Era Peri. Altivo, nobre, radiante da coragem invencível e do sublime heroísmo de que já
dera tantos exemplos, o índio se apresentava só em face de duzentos inimigos fortes e sequiosos
de vingança."
e) "(...) contra o índio de tocheiro. O índio filho de Maria, afilhado de Catarina de Médicis e genro
de Antônio de Mariz."
06. (FUVEST-SP) "A identificação da natureza com o sofrimento humano, a tragédia perene do
amante rejeitado, o jovem andarilho condenado à vida errante em sua curta eternidade, a solidão
do artista. E, enfim, a resignação e a reconciliação – ressentidas um pouco, por certo."

O texto acima enumera preferências temáticas e concepções existenciais dos poetas:

a) barrocos.
b) arcádicos.
c) românticos.
d) simbolistas.
e) parnasianos.

07. (FUVEST-SP) Sobre o romance indianista de José de Alencar, pode-se afirmar que:

a) analisa as reações psicológicas da personagem como um efeito das influências sociais.


b) é um composto resultante de formas originais do conto.
c) dá forma ao herói amalgamando-o à vida da natureza.
d) representa contestação política ao domínio português.
e) mantém-se preso aos modelos legados pelos clássicos.

08. (UFPA) A liberdade de inspiração, pregada pelos românticos, correspondia, também, à


liberdade formal – esta peculiaridade possibilitou a mistura dos gêneros literários e o conseqüente
abandono da hierarquia clássica que os presidia. Como conseqüência, no Brasil:

a) Observa-se um detrimento da poesia em favor da prosa.


b) Registra-se o abandono total do soneto.
c) Verifica-se a interpenetração dos gêneros, o que muito enriqueceu os já existentes,
possibilitando o aparecimento de novos.
d) Ampliou-se o alcance da poesia, o que já não se pode dizer quanto ao romance e ao teatro.
e) Usou-se, quase abusivamente, o verso livre, o que muito contribuiu para o desenvolvimento de
nossa poesia.

09. (UFES) Em relação ao romance Lucíola, de José de Alencar, só não é correto dizer que:

a) analisa o drama íntimo de uma mulher, dividida entre o amor conjugal e a riqueza material.
b) é escrito em forma de cartas, que serão reunidas e publicadas pela senhora que aparece no
texto.
c) narrador em 1ª pessoa retrata um perfil de mulher aparentemente mundana e frívola.
d) protagonista relata, através de sua visão romântica, a sina da prostituição de Lúcia.
e) autor revela aspectos negativos dos costumes burgueses do Rio de Janeiro de cem anos atrás.

10.  (UCP-PR) O desejo de morrer e a sentimentalidade doentia são características da poesia do


autor de Lira dos vinte anos. Trata-se de:

a) Gonçalves Dias.
b) Castro Alves.
c) Gonçalves de Magalhães.
d) Casimiro de Abreu.
e) Álvares de Azevedo.

11. (UFRN) Sobre Gonçalves Dias, é correto afirmar:

a) natural do Ceará, escreveu obras indianistas como A Confederação dos Tamoios e Ubirajara.
b) poeta gaúcho, destacou-se, dentro do Romantismo, pela poesia lírica e sentimental como, por
exemplo, Lira dos Vinte Anos e A Noite na Taverna.
c) poeta maranhense, um dos principais representantes do Romantismo, escreveu poesias
sentimentais e poemas de enaltecimento do índio como, por exemplo, Timbiras.
d) natural de Minas Gerais, foi um dos representantes do Pré-Modernismo ao escrever
Inspirações do Claustro.
e) poeta paulista, pertencente ao Parnasianismo, ficou famoso com a obra Conferências
Literárias.

12. (FAU-SP) O indianismo de nossos poetas românticos é:

a) uma forma de apresentar o índio em toda a sua realidade objetiva; o índio como elemento
étnico da futura raça brasileira.
b) um meio de reconstruir o grave perigo que o índio representava durante a instalação da
capitania de São Vicente.
c) um modelo francês seguido no Brasil; uma necessidade de exotismo que em nada difere do
modelo europeu.
d) um meio de eternizar liricamente a aceitação, pelo índio, da nova civilização que se instalava.
e) uma forma de apresentar o índio como motivo estético; idealização com simpatia e piedade;
exaltação da bravura, do heroísmo e de todas as qualidades morais superiores.

13. (U.F. Juiz de Fora-MG) Em relação ao Romantismo brasileiro, todas as afirmações são
verdadeiras. Exceto:

a) expressão do nacionalismo através da descrição de costumes e regiões do Brasil.


b) análise crítica e científica dos fenômenos da sociedade brasileira.
c) desenvolvimento do teatro nacional.
d) expressão poética de temas confessionais, indianistas e humanistas.
e) caracterização do romance como forma de entretenimento e moralização.

14. (OSEC-SP) A época romântica caracteriza-se por ser:

a) lusófoba e nacionalista.
b) de influência inglesa.
c) atéia e influenciada pelo positivismo.
d) carente de bons poetas.

15. (FMABC-SP) Assinale a alternativa em que se encontram três características do movimento


literário ao qual se dá o nome de Romantismo:

a) predomínio da razão, perfeição da forma, imitação dos antigos gregos e romanos


b) reação anticlássica, busca de temas nacionais, sentimentalismo e imaginação
c) anseio de liberdade criadora, busca de verdades absolutas e universais, arte pela arte
d) desejo de expressar a realidade objetiva, visão materialista do universo
e) preferência por temas medievais, rebuscamento de conteúdo e de forma, tentativa de
expressar a realidade inconsciente.

16. (UFRS) A produção de Álvares de Azevedo é, no Brasil, a maior expressão:

a) do culto à natureza
b) do cientificismo
c) da arte pela arte
d) do culto ao "bom selvagem"
e) do mal-do-século.
17. (FMU/FIAM-SP) O homem de todas as épocas se preocupa com a natureza. Cada período a
vê de modo particular. No Romantismo, a natureza aparece como:

a) um cenário cientificamente estudado pelo homem; a natureza é mais importante que o


elemento humano.
b) um cenário estático, indiferente; só o homem se projeta em busca de sua realização.
c) um cenário sem importância nenhuma; é apenas pano de fundo para as emoções humanas.
d) confidente do poeta, que compartilha seus sentimentos com a paisagem; a natureza se
modifica de acordo com o estado emocional do poeta.
e) um cenário idealizado, onde todos são felizes e os poetas são pastores.

18. (UNIP-SP) Assinale a característica não-aplicável à poesia romântica:

a) artista goza de liberdade na metrificação e na distribuição rítmica;


b) importante é o culto da forma, a arte pela arte;
c) a poesia é primordialmente pessoal, intimista e amorosa;
d) enfatiza-se a auto-expressão, o subjetivismo, o individualismo;
e) a linguagem do poeta é a mesma do povo: simples, espontânea.

19.  (UFV-MG) Assinale a alternativa falsa:

a) Romantismo, como estilo, não é modelado pela individualidade do autor; a forma predomina
sempre sobre o conteúdo.
b) Romantismo é um movimento de expressão universal, inspirado nos modelos medievais e
unificado pela prevalência de características comuns a todos os escritores da época.
c) Romantismo, como estilo de época, consistiu basicamente num fenômeno estético-literário
desenvolvido em oposição ao intelectualismo e à tradição racionalista e clássica do século XVIII.
d) Romantismo, ou melhor, o espírito romântico, pode ser sintetizado numa única qualidade: a
imaginação. Pode-se creditar à imaginação a capacidade extraordinária dos românticos de
criarem mundos imaginários.
e) Romantismo caracterizou-se por um complexo de características, como o subjetivismo, o
ilogismo, o senso de mistério, o exagero, o culto da natureza e o escapismo.

20. (Cesgranrio-RJ) O próprio Romantismo produziu uma literatura em desacordo com certas
tônicas do movimento. Através da ironia, autores românticos revelam irreverência muitas vezes
feroz.

 Assinale a opção em que o autor se mantém dentro dos preceitos mais conhecidos da escola
romântica, tais como a glorificação do ideal e do sublime e o desapego ao mundo material:

a) "Dos prazeres do amor as primícias,/ De meu pai entre os braços gozei;/ E de amor as
extremas delícias/ Deu-me um filho, que dele gerei." (Bernardo Guimarães)
b) "Como dormia! Que profundo sono!.../ tinha na mão o ferro do engomado.../ Como roncava
maviosa e pura!.../ Quase caí na rua desmaiado!" (Álvares de Azevedo)
c) "(Damas da nobreza) – Não precisa aprendê/ Quem tem pretos p'herdá/ e escravidão
p'escrevê;/ Basta tê/ Burra d'ouro e casá." (Sousândrade)
d) "Porque Deus pôs em meu peito/ Um tesouro de harmonia:/ Deu-me a sina de seus anjos,/
Deu-me o dom da poesia.' (Junqueira Freire)
e) "Nem há de negá-lo – não há doce lira/ Nem sangue de poeta ou alma virgem/ Que valha o
talismã que no oiro vibra!" (Álvares de Azevedo)

21. (UFSCar-SP) Assinale a opção que melhor preencha a lacuna existente no seguinte texto:
"Segundo a interpretação de Karl Mannehim, o ..... expressa os sentimentos dos descontentes
com as novas estruturas: a nobreza, que já caiu, e a pequena burguesia que ainda não subiu: de
onde, as atitudes saudosistas ou reivindicatórias que pontuam todo o movimento."

a) Realismo
b) Romantismo
c) Modernismo
d) Impressionismo
e) Arcadismo

22. (FUVEST-SP) Tomadas em conjunto, as obras de Gonçalves Dias, Álvares de Azevedo e


Castro Alves demonstram que, no Brasil, a poesia romântica:

a) pouco deveu às literaturas estrangeiras, consolidando de forma homogênea a inclinação


sentimental e o anseio nacionalista dos escritores da época.
b) repercutiu, com efeitos locais, diferentes valores e tonalidades da literatura européia: a
dignidade do homem natural, a exacerbação das paixões e a crença em lutas libertárias.
c) constituiu um painel de estilos diversificados, cada um dos poetas criando livremente sua
linguagem, mas preocupados todos com a afirmação dos ideais abolicionistas e republicanos.
d) refletiu as tendências ao intimismo e à morbidez de alguns poetas europeus, evitando ocupar-
se com temas sociais e históricos, tidos como prosaicos.
e) cultuou sobretudo o satanismo, inspirado no poeta inglês Byron, e a memória nostálgica das
civilizações da Antigüidade clássica, representadas por suas ruínas.

23. (FEI-SP) Assinale o item que contém somente características românticas:

a) Subjetivismo, bucolismo, sentimentalismo.


b) subjetivismo, nacionalismo, pastoralismo.
c) Culto à natureza, nacionalismo, culto ao contraste.
d) Conceitismo, liberdade de formas, cultismo.
e) Nacionalismo, culto à natureza, liberdade de formas.

24. (UCP-PR) "O público gostava de obras que lhe permitissem auto-identificar-se com as
personagens, que lhe fornecessem meios de esquecer, com a leitura, a monotonia da vida
regulada pelos estreitos horizontes burgueses."

O texto acima faz referência à estética:

a) barroca
b) simbolista
c) modernista
d) romântica
e) parnasiana

25. (UFV-MG) A ficção romântica é repleta de sentimentalismos, inquietações, amor como única
possibilidade de realização, personagens burgueses idealizados, culminando sempre com o
habitual "... e foram felizes para sempre".

Assinale a alternativa que não corresponde à afirmação acima:

a) amor constitui o objetivo fundamental da existência e o casamento, o fim último da vida.


b) Não há defesa intransigente do casamento e da continência sexual anterior a ele.
c) A frustração amorosa leva, incondicionalmente, à morte.
d) Os protagonistas são retratados como personagens belos, puros, corajosos.
e) A economia burguesa determina os gostos e a maneira de ver o mundo ficcional romântico.

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