Antropologia 2 Grupo
Antropologia 2 Grupo
Antropologia 2 Grupo
A universalização da antropologia
Licenciatura em Ensino de Matematica com Habilitacoes em Fisica
Universidade Rovuma
Extenaso de Cabo Delgado
2021
1
Afonso Zacarias Malaica
Jorge Molide Muiria
Martinho Avelino Afate
Mussa Chabane Tualibo
Pedro Jerónimo M. Katembe
Voice Júnior Volice
A universalização da antropologia
Universidade Rovuma
Extenaso de Cabo Delgado
2021
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Índice
Introdução......................................................................................................................5
1. A universalização da antropologia.........................................................................6
1.3. Evolucionismo..................................................................................................12
1.4. O Difusionismo.................................................................................................14
1.5. Culturalismo......................................................................................................14
1.6. Funcionalismo...................................................................................................15
1.7. O estruturalismo................................................................................................17
1.8.3. Criticas..........................................................................................................21
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1.9.1. Antropologia Pós-Moderna...........................................................................22
Conclusão.....................................................................................................................26
Referência bibliográfica...............................................................................................27
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Introdução
O presente trabalho fala acerca de Universalização da antropologia. Depois do seu
nascimento como ciência autónoma no século XIX, em intrínseca relação com o
colonialismo, a Antropologia em África conheceu quatro períodos distintos no seu
desenvolvimento:
1º - Período de 1920-40, marcado pela profissionalização da antropologia e pelas
críticas aos paradigmas evolucionistas e difusionistas de seus primeiros anos;
2º - Período de 1940-60, marcado pelos trabalhos funcionalistas e estrutural-
funcionalistas;
3º - Período de 1960-90, que se inicia com os processos de independência dos países
africanos e marca também o início da chamada descolonização da antropologia
(libertação do servilismo colonial) e todos os subsequentes ataques aos seus paradigmas
instituídos;
4º - Período: de 1990 até os dias atuais - que, ainda em conexão com o anterior, tem
marcado o ressurgimento de uma escola africana de africanistas os quais sustentam
críticas interessantes ao conhecimento antropológico tal como concebido no ocidente –
entendendo-se este como as escolas britânica, americana e francesa.
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1. A universalização da antropologia
1.1. A Antropologia na África colonial e pós-colonial
Depois do seu nascimento como ciência autónoma no século XIX, em intrínseca relação
com o colonialismo, a Antropologia em África conheceu quatro períodos distintos no
seu desenvolvimento:
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frigorificados no hedonismo, no sexo, na bebida, na dança, na magia. Segundo Hegel:
“Os negros tal como hoje os vemos, assim foram sempre. Na imensa energia do arbítrio
natural que os habita, o momento moral carece de poder preciso África carece, pois,
propriamente falando, de história porque não faz parte do mundo histórico, não mostra
movimento nem desenvolvimento.”
Nesta época, apenas se escreveu uma monografia sobre as colónias. JUNOD, Henri
(1898): The Life of A South African Tribe; Sobre os Thonga de Moçambique, Usos e
Costumes dos Bantu, um dos clássicos do africanismo. São dele as seguintes palavras,
na sua obra clássica que destinou especialmente a administradores e missionários: “A
vida de uma tribo do sul de África é um conjunto de fenómenos biológicos que devem
ser descritos objectivamente, pois representam uma fase do desenvolvimento humano. À
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primeira vista, esses fenómenos biológicos inspiram por vezes uma certa repulsa. A
vida sexual dos Bantos, principalmente, fere o nosso senso moral” (Apud CERRA,)
Junod acreditava que sua tarefa etnográfica era a de documentar uma civilização
estagnada. “Era possível que estes indígenas, por causa de quem tínhamos vindo para
a África, aproveitassem com um estudo desse género e viessem mais tarde a ser-nos
gratos por saberem o que haviam sido na sua vida primitiva” (JUNOD, 1996:21).
A partir de 1935, o regime ditatorial instituiu o estudo das colónias, com o objectivo de
elaborar mapas etnológicos. Isto foi bem definido no Primeiro Congresso Nacional de
Antropologia Colonial (Porto, 1934). Um dos seus autores foi Mendes Correia que
utilizou um método antropométrico de campo. Foram enviadas missões para todas as
colónias portuguesas, nomeadamente para África. Entre os impulsores destas missões
destaca-se Joaquim do Santos Júnior (Pereira, 1988). Esta antropologia representava as
tendências mais conservadoras das ideologias coloniais do regime.
A partir de finais de 1950 produz-se uma nova antropologia colonial, protagonizada por
Jorge Dias, que se distancia, cada vez mais, do grupo de Mendes Correia.
Jorge Dias estudou os chopes do Sul de Moçambique, os Bóeres e Bosquímanes do Sul
de Angola, mas o seu trabalho central foi dedicado aos macondes do Norte de
Moçambique, escolha influenciada pelo facto do seu professor, o alemão Richard
Thurnwald, ter estudado, nos anos 30, os macondes de Tanganica (Tanzânia tornou-se
independente em 1964). A tensão política era intensa e, em 1964, começa o movimento
pela independência de Moçambique.
Marvin Harris também trabalhou em Moçambique com os thongas (1959), mas foi
expulso, nesse ano. Em 1960, inicia-se, no planalto maconde, o levantamento de Mueda.
Nestas circunstâncias, o trabalho etnográfico tornou-se inviável.
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No primeiro período intitulado Missão Etnográfica e Antropológica de Moçambique o
governo colonial em Moçambique desenvolveu pesquisas com objectivo de conhecer
os grupos étnicos habitantes em Moçambique, seus hábitos e costumes, com
objectivo de dominação. Segundo esta Missão, devia-se obter o “conhecimento dos
grupos étnicos de cada um dos nossos domínios ultramarinos, ou seja, a elaboração
das respectivas cartas etnológicas” (Decreto-Lei n.º 26 842, de 28 de Julho de 1936).
As atenções ficam viradas aos estudos de culturas locais. Não se tratava mais de medir
índices cranianos ou avaliar provas de esforço físico (robustez para o trabalho); não se
tratava mais de conhecer apenas a disposição social e cultural dos povos de
Moçambique, tratava-se sobretudo de salvaguardar os interesses fundamentais do
colonialismo português com vista a facilitar a gestão social das populações dominadas”
(DIAS, 1998: xxvi).
Foi assim que se criou, em Fevereiro de 1957, a Missão de Estudos das Minorias
Étnicas do Ultramar Português, sob o impulso do Professor Adriano Moreira (1922-),
director do Centro dos Estudos Políticos e Sociais. Contudo, longe de constituir uma
realidade, o novo estatuto “impôs um sistema de exclusão e violência, baseado no sistema
do indigenato”.
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1.2.B. A Antropologia em Moçambique da pós-independência e principais
áreas de interesse contemporâneas
O conceito de relações sociais de género tem estado a ganhar, na prática das reflexões
da Sociologia e da Antropologia, estatuto de paradigma, ao informar sobre as relações
sociais entre homens e mulheres. Neste sentido, esta postura teórica anuncia uma
profunda mudança na delimitação do objecto. Se, até há pouco, o objecto de estudo era
a construção social e subordinada do feminino, hoje, remodelado, é a construção das
relações sociais entre homens e mulheres, isto é, as relações de género.
A cultura popular,
O folclore,
A globalização,
A vida urbana,
Estudos psicológico,
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Estudos linguísticos, etc.
1.3. Evolucionismo
Evolucionismo é uma teoria que defende o processo de evolução das espécies de seres
vivos, através de modificações lentas e progressivas consoantes ao ambiente em que
habitam.
Um dos maiores nomes do Evolucionismo foi o naturalista britânico Charles Darwin
(1809 – 1882), que desenvolveu no século XIX um conjunto de estudos que deram
origem ao Darwinismo, teoria tida como sinónimo do Evolucionismo, consagrando-se
como o "pai da Teoria da Evolução".
Martinez (2004, p. 60), o gérmen das teorias evolucionistas alcançou o seu auge neste
século em virtude de haver manifestação de confiança dos estudiosos na capacidade do
homem de fazer uma história cada vez mais grandiosa, A teoria evolucionista apoiar-se-
ia no transformismo de Lamarck, identificado como fundador da teoria da evolução e
nas ideias de Charles.
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estágio; o Feiticismo, a Idolatria, o Politeísmo e o Monoteísmo, como a última fase e a
mais evoluída da manifestação religiosa. TYLOR define a cultura e segundo Bernardi
(1978, p. 177), com ela estão impregnados aspectos que constituiriam centrais nos
estudos antropológicos, como a integração etnémica, estrutura e função, relativismo
cultural, o indivíduo e a comunidade. Várias foram as contribuições para o
evolucionismo, de entre as quais as de Lewis MORGAN que, em 1878, publicou o livro
Ancient Society. Este estudioso ocupou-se do estudo da organização social.
Defendia que todas as sociedades passavam por três estádios: mágico, religioso e
científico. Ele usou largamente o método comparativo nos seus estudos, que se
declinavam sobre a magia, o totemismo e a exogamia.
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1.4. O Difusionismo
O Difusionismo centra-se na difusão e nos contactos entre os povos como factores da
dinâmica cultural, que é reconhecida como um fenómeno universal e humano. “O
difusionismo fundamenta-se no pressuposto histórico para explicar as semelhanças
existentes entre as diferentes culturas particulares. É por causa disso que também se
chama historicismo” (Mello, 2005:222-223).
O Difusionismo congrega várias escolas ou tendências da Antropologia Cultural:
Difusionismo Inglês, Difusionismo Alemão, ou Escola de Viena e Escola ou
Difusionismo Americano. O Difusionismo, difundido entre 1900 e 1930 está dentro do
período da crítica.
Diferentemente do Evolucionismo, preocupa-se pelo rigor na pesquisa, tendo, por isso,
desenvolvido um trabalho de campo, com a recolha de dados e posterior elaboração
teórica. A observação participante foi privilegiada como uma das técnicas de pesquisa,
e, ao mesmo tempo, foi incrementada a Linguística. Por isso, a Etnografia conheceu
uma afirmação com o Difusionismo. Foram também privilegiados estudos das culturas
particulares, dando maior segurança nas informações e um maior conhecimento de
fenómenos antes relegados a um segundo plano (Ibid., p. 224).
Essas teorias ganharam corpo no final do século XIX entre antropólogos de língua
alemã, mas teve seu auge entre 1910 e 1925. Apesar da cronologia, seus temas, métodos
e pressupostos pertencem mais ao século XIX que ao século XX. Logo, abordagens
sincrónicas a substituiriam como paradigmas na antropologia.
1.5. Culturalismo
Na perspectiva do Martins (1995), ̋A escola Americana de antropologia ou
simplesmente Culturalismo, enquanto o evolucionismo florescia na antropologia
inglesa em meados do século XIX, não obstante tenha também tido expoentes
americanos como Morgan, na América surgia a formação da escola de antropologia
americana, sobejamente conhecida por culturalismo”.
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Dois antropólogos escolhidos para atender essa perspectiva foram: Clifford James
Geertz (1926-2006), apresenta uma abordagem simbiótica da cultura e defende que a
antropologia é uma análise etnográfica densa e interpretativa, o trabalho da análise
etnográfica é similar ao de um decifrador de códigos ou ainda, semelhante a um crítico
literário, que determina a base social e importância da obra.
A outra figura proeminentes desse período foi o geógrafo e físico alemão Franz Boas
(1859-1942), ele radicou-se nos Estados Unidos América em 1886, após fazer pesquisa
com o povo esquimó da baia de baffin, no Canadá. Sua preocupação era com questões
relacionadas ou determinismo geográfico, mas foi nessa viagem do campo quer se
transformara na conversão em antropólogo, que reconhece a importância da cultura no
processo adaptação dos grupos sociais ao meu ambiente.
A antropologia que Boas defendia era antagónica aos grandes esquemas evolucionistas,
seu interesse não se dirigia para encontrar um grande esquema explicativo que
abrangesse todas culturas, porém se questionava pela diversidade e pela mudança
cultural. Isto é, é porque alguns povos aceitam um traço cultural e outros não.
1.6. Funcionalismo
É um paradigma científico que busca entender uma sociedade a partir das suas regras de
funcionamento e das diferentes funções nelas desempenhadas.
De acordo com os teóricos funcionalistas, cada indivíduo em uma sociedade exerce uma
função, e o conjunto de todas as funções permite o funcionamento harmónico da
sociedade. Os estudos funcionalistas dos grupos sociais buscam analisar suas
instituições e suas regras, como por exemplo, família, religião, crenças, modos de
produção e educação.
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O funcionalismo teve sua origem na antropologia e na sociologia, mas também é
aplicado em outras áreas das ciências humanas, como na psicologia e na filosofia.
Os maiores expoentes dessa vertente são o sociólogo Émile Durkheim (1858 - 1917) e o
antropólogo Bronislaw Malinowski (1884 - 1942).
Para o autor, a interpretação das sociedades está relacionada aos fatos sociais, que são
valores e normas culturais, como por exemplo a língua, a arquitectura, o dinheiro, os
costumes e os papéis sociais. Para cada fato social, existem regras em uma sociedade e é
a partir dos fatos sociais que Durkheim acredita que a consciência colectiva é
construída.
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O objectivo de Malinowiski era entender a visão de mundo e o modo de pensar dos
indivíduos daquele grupo, com base na forma como se organizavam em sociedade, seu
quotidiano e suas crenças.
1.7. O estruturalismo
O estruturalismo é uma construção teórica iniciada pelo etnólogo Claude Lévi-
Strauss. A partir das suas postulações, o entendimento estruturalista ganhou corpo
e se desdobrou em dois planos.
O primeiro fundamentou uma das correntes filosóficas que animaram a segunda metade
do século XX. O segundo irradiou sua epistemologia para os mais diversos campos das
ciências humanas e sociais. Dentre esses campos figura o das ciências da gestão,
entendida como compreendendo os estudos organizacionais e os estudos
administrativos. Como movimento filosófico, o estruturalismo tem um papel decisivo
na trajectória que envolve o embate entre o positivismo lógico, a fenomenologia, a
fenomenologia existencial e o historicismo. Embora o corpo teórico do primeiro
estruturalismo tenha perdido homogeneidade, os seus preceitos iniciais continuam a ser
uma das fontes da problematização sobre as quais se verte a ontologia e a gnosiologia
contemporâneas.
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etapas de um desenvolvimento que chega até hoje (a “lógica hegeliana do progresso”),
que o historicismo não considera as diversidades no espaço, as descontinuidades no
tempo e que utiliza uma única categoria de compreensão. Contra o pensamento
dialéctico e o historicismo em geral, o estruturalismo descrê que seja possível
reconstruir a história dos fenómenos sociais desde seu interior.
O estruturalismo aceita que existam causas, relações causais e mudanças, até mesmo de
carácter histórico (relações diacrónicas), mas não crê que tais relações sejam
determinantes na compreensão do mundo que nos cerca.
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A realidade física das pessoas,
A organização das relações sociais,
o valor do contexto histórico de desenvolvimento e a natureza humana da práxis
contínua.
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1.8.B. Principais figuras
Marx, Karl (1818-1883): Marx é freqüentemente chamado de o cientista social mais
bem-sucedido de todos os tempos . Marx foi um defensor da compreensão das
mudanças econômicas e políticas como uma dialética historicamente contingente. Seu
idealismo hegeliano diminuiria ao longo de seus escritos e ele começaria a abordar seu
trabalho com uma abordagem mais sistemática e científica.
Wolf, Eric (1923-1999): Wolf foi um marxista que propôs três modos de produção em
sua proeminente obra Europe and the People Without History (1982): capitalista,
tributário e ordem por parentesco. Wolf foi uma figura significativa no campo da
antropologia americana.Wolf criticou a história ocidental por enfatizar demais o papel
das figuras aristocráticas e subestimar a história e a natureza dinâmica das culturas não-
ocidentais e subordinadas. As divisões acadêmicas dentro das ciências sociais foram
avaliadas como sendo uma divisão falsa, também, que negava a complexidade da
humanidade. Nesse sentido, Wolf viu em Marx um verdadeiro antropólogo ao avaliar o
capitalismo em um sentido histórico.
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Gramsci, António (1891-1937): Uma das principais figuras do marxismo antes da
Segunda Guerra Mundial e um comunista italiano que formulou a ideia de hegemonia.
Ele é considerado um dos maiores filósofos de Marixst do século XX. Gramsci via a
história humana como a chave para a agenda marxista de mudança social e que a
natureza só importava até o ponto em que interagia com a humanidade. Aqui, Gramsci
separou suas próprias teorias socialistas das preocupações materialistas do marxismo
ortodoxo. O conceito de hegemonia cultural foi articulado por Gramsci para explicar
por que a revolução não ocorreu. Gramsci foi preso por suas idéias durante o reinado de
Mussolini e morreu em um hospital da prisão.
1.8.C. Criticas
Uma das principais críticas ao marxismo é que ele não é particularmente antropológico
por natureza, não se interessando pela cultura e etnografia per se. Marx, no entanto,
completou muitos estudos de caso sobre os sucessos e fracassos de culturas e grupos
sociais específicos na criação de sua filosofia. Quando os antropólogos a aplicaram em
uma estrutura mais antropológica, parecia cada vez menos com o marxismo.
Uma crítica importante é que o marxismo não tem objetivo ou método unificado
particular; muitos marxistas discutem mais entre si do que com outros teóricos. O
marxismo também foi criticado por sua definição de ideologia, que o apresenta como
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um complô criado pela classe dominante para mistificar a classe inferior. Além disso,
como a ideologia se espalha também não está claro.
Quando vista de forma independente, essa crítica faz sentido. Nenhum aspecto da
cultura opera isoladamente, entretanto. Todos os elementos dos sistemas sociais, como
parentesco, religião e etnia, podem refletir a classe social. Outros termos do marxismo
também têm sido criticados, como a teoria do valor-trabalho, que afirma que o valor do
trabalho é o custo dos materiais e da mão-de-obra envolvidos, definição que pressupõe a
cooperação voluntária dos trabalhadores e não inclui custos e responsabilidades de
gestão. Hoje, o marxismo é criticado por enfatizar demais o alcance do capitalismo.
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De igual modo, outros elementos também se destacam: a valorização exacerbada do
momento presente, a liquidez nos relacionamentos pessoais e no trabalho, o
redimensionamento do desejo, da sexualidade, do hedonismo e a busca pelo prazer
imediato, a qualquer custo.
Segundo Dewey, “é preciso que os alunos aprendam além dos livros, através da
experiência. O conhecimento deve ser algo útil, capaz de transformar a vida dos
sujeitos” (TEIXEIRA & WESTBROOK, 2010).
Dewey argumenta que “toda aprendizagem deve ser integrada à vida, isto é, adquirida
em uma experiência real de vida. O conhecimento só tem sentido se ele é capaz de dar
sentido à vida do sujeito. Por isso, a aprendizagem não pode ser desvinculada da vida e
das relações humanas. Neste sentido esclarecem” Dewey apud Teixeira & Westbrook
(2010, p. 57).
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1.9.B. Conexões entre a pós-modernidade e o paradigma emergente
“A pós-modernidade baseia-se no individualismo, niilismo, ausência de valores e
sentidos de vida, prazeres imediatos, bem como na descrença da razão, indagações
constantes acerca de tudo o que está posto, pluralismo ético e teórico, e proliferação de
novos projetos e paradigmas” (SANTOS, 1986; AZEVEDO, 1993).
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Ora vejamos, Além de tais pilares (intersubjetividade, complexidade e
imprevisibilidade), Santos (2008) defende que “todo o conhecimento científico visa
constituir-se em senso comum” (p. 88). Tal pensamento opõe-se à ideia predominante
na sociedade moderna, na qual o conhecimento estava concentrado nas mãos da elite,
sendo marcado por restrições.
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Conclusão
O presente trabalho concluímos que, O estruturalismo substitui a ênfase atomista dos
fenómenos como entidades unívocas e mutuamente independentes pela elaboração de
modelos de ordem geral que enfatizam as relações entre os fenómenos. Com isto tira o
foco da investigação de qualquer elemento particular. Até mesmo, e principalmente, tira
o foco do sujeito e das questões a ele relacionadas, como a subjectividade, o pathos, a
liberdade individual, para enfatizar a condição humana, seus limites e restrições
inconscientes e os padrões que a conformam. O estruturalismo é uma filosofia sem
sujeito.
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Referência bibliográfica
DURKHEIM, E. Pragmatismo e sociologia. Florianópolis, SC: UFSC, 2004.
GONÇALVES, J. E. A pós-modernidade e os desafios da educação na atualidade
John Dewey no pensamento pedagógico brasileiro. Revista HISTEDBR On-line,
Campinas, n. 35, p. 160-162, set. 2009.
MARTINEZ, Francisco Lerma, Antropologia Cultural: guia para o estudo, 7ª ed.,
Maputo, Filhas de São Paulo, 2014.
SANTOS, J. F. O que é pós-moderno. Ed. Brasiliense: São Paulo, 1986
SOUZA, R. A; MARTINELI, T. A. P. Considerações históricas sobre a influência de
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