Antropologia Cultural

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FACULDADE DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO

CURSO DE LICENCIATURA DE ENSINO DE BIOLOGIA

Módulo: Antropologia Cultural

Tema:

As correntes teóricas da Antropologia

Estudante

Salomão Shitungulo Jorge - 91231125

Centro de Recursos de Pemba


Pemba

2024
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FACULDADE DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO

CURSO DE LICENCIATURA DE ENSINO DE BIOLOGIA

Módulo: Antropologia Cultural

Tema:

As correntes teóricas da Antropologia

Trabalho do campo da cadeira de


Antropologia Cultural, a ser apresentado na
faculdade de ciências de Educação com
Estudante requisito de avaliação parcial.

Salomão Shitungulo Jorge - 91231125

Centro de Recursos de Pemba


Pemba

2024
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Índice

Introdução..........................................................................................................................3

Objectivos..........................................................................................................................3

Objectivo Geral:................................................................................................................3

Objectivos Específicos:.....................................................................................................3

Metodologia.......................................................................................................................3

1.A definição da antropologia e da cultura........................................................................4

2.As correntes teóricas da Antropologia...........................................................................4

3.A Descrição as principais correntes teóricas da Antropologia.......................................5

3.1.Evolucionismo.............................................................................................................5

3.2.Difusionismo...............................................................................................................5

3.3.O Funcionalismo.........................................................................................................6

3.4.Estruturalismo..............................................................................................................7

Conclusão..........................................................................................................................8

Referências Bibliográficas.................................................................................................9
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Introdução

O trabalho que esta diante de si, faz menção sobre as correntes teóricas da
Antropologia. De salientar que correntes teóricas da antropologia depois da emergência
da Antropologia como Ciência, surgiram várias posições quanto à sua natureza. Essas
diferentes posições encerram o que hoje se designa por correntes ou escolas
antropológicas. Neste trabalho nos conheceremos as diferentes escolas que se formaram
e os conceitos que estiveram associados a cada uma delas. Entretanto mencionamos
correntes teóricas da antropologia: EVOLUCIONISMO CULTURAL; O
DIFUSIONISMO; O FUNCIONALISMO e ESTRUTURALISMO.

Assim sendo o trabalho esta alinhado com os seguintes objectivos:

Objectivos

Objectivo Geral:

 Compreender as correntes teóricas da Antropologia.

Objectivos Específicos:

 Definir o conceito antropologia cultural;

 Identificar as principais correntes teóricas da Antropologia;

 Descrever as principais correntes teóricas da Antropologia.

Metodologia

Para a fundamentação deste trabalho usou-se a revisão de literatura, que consiste em


consultar várias bibliografias disponíveis no plano analítico e outros não inclusos mas
que aborda o tema.
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1. A definição da antropologia e da cultura

Inicialmente é importante enfatizar que antes da execução de qualquer tema, o


proponente deve conhecer os termos que incute o tema.

Segundo Valpassos & Cunha (2011. p.11), antropologia é uma abordagem integrativa.
Busca conhecer as múltiplas dimensões do ser humano em sociedade, como suas formas
de organização social, sua economia, suas formas de organização política e jurídica,
seus sistemas de parentesco, suas formas de conhecimento e suas crenças religiosas, ou
seja, procura conhecer o homem em sua totalidade.

Entretanto, ao mesmo tempo que busca conhecer o homem em sua totalidade, a partir
dos múltiplos planos que constituem a vida social em cada sociedade, a ela também se
coloca o desafio do estudo de todas as sociedades humanas.

Ainda Valpassos & Cunha (2011. p.11), cultura é um termo com sentido amplo que
pode indicar tanto a produção artística quanto o modo de vida, o conjunto de saberes, a
religião e outras expressões de um povo.

A Antropologia, como o estudo do homem por inteiro, nasce de uma indagação


diante da diferença cultural. É a experiência da alteridade e sua elaboração, com
todos os seus desdobramentos que possibilitam, a partir dessa indagação inicial,
o surgimento da Antropologia como disciplina científica, tal qual nós a
conhecemos hoje. Essa experiência está directamente ligada a um deslocamento
de perspectiva eurocentrista provocado pela descoberta de novos continentes e
de novos modos de vida, alargando as possibilidades de compreensão do
homem, objetivo primeiro da Antropologia , (Valpassos & Cunha 2011.
p.30).

No entanto, com as definições dos dois componentes nos apresenta, pode-se concluir
que a antropologia é um termo que foi usada no mundo físico desde o aparecimento do
homem. Isso porque falar de antropologia é falar do homem e cultura é falar de hábito e
costume.

2. As correntes teóricas da Antropologia

Resumidamente as escolas antropológicas reúnem pensadores que compartilham uma


visão acerca do fazer antropológico. Ao longo do desenvolvimento dessa ciência,
muitos pesquisadores se propuseram a compreender o homem em suas dimensões
biológicas, sociais e culturais. E, nesse processo, foram criados novos paradigmas e
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formas de entender o processo investigativos. Cada vez que esses elementos eram
alterados, criava-se uma nova escola antropológica. Portanto brevemente
identificaremos as principais correntes teóricas da Antropologia.

Neste sentido, para esta aventura epistemológica apresentaremos Evolucionismo


cultural; o Difusionismo; o Funcionalismo e Estruturalismo.

3. A Descrição as principais correntes teóricas da Antropologia.


3.1. Evolucionismo

O século XIX foi um período de muitas transformações. Temos, nos campos político,
económico e social, a consolidação do expansionismo europeu para além do Velho
Mundo. Ainda que muitas colónias estivessem em franco processo de independência, a
influência europeia era marcante nos rumos dos novos países.

E foi exactamente na segunda metade do séc. XIX, que nasce a antropologia


como campo profissional. Esta foi uma época de hegemonia mundial europeia,
em que predominava um clima intelectual evolucionista e uma influência das
ciências naturais nas ciências sociais. Uma das teorias dominantes foi o
evolucionismo uni-linhar que defendia uma evolução paralela. De acordo com
esta teoria, as culturas foram criadas, independentemente, seguindo um percurso
por estádios fixos: barbárie, primitivismo, selvagismo e civilização. Para o
evolucionismo, as culturas encontravam-se em movimento, através de
diferentes etapas de desenvolvimento, até alcançarem a etapa de
desenvolvimento da cultura ocidental.

No entanto, vale ressaltar que os teóricos evolucionistas se baseavam no método


dedutivo, ou seja, do geral para o particular. Através do método dedutivo, há, a priori,
a\ premissas que são entendidas como verdades gerais e, assim, buscam-se novos
conhecimentos.

Como afirma Lelatine (2003) Apud Mirasse (2019.p.71), afirma que na antropologia, as
teorias evolucionistas estão associadas a nomes pioneiros, como o britânico Edward
BurnettTylor (1832-1917) e o americano Lewis Henry Morgan (1818-1889).

Segundo Cunha (2011.p.4), na perspectiva da corrente teórica anteriormente


mencionada, alguns traços importantes merecem destaque como;

 O progresso indefinido;
 A selecção natural;
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 A linha de evolução parte do simples e chega ao complexo, do igual ao


diferente.
3.2. Difusionismo

Segundo Valpassos & Cunha (2011. p.134), ainda no final do século XIX, uma outra
tendência de estudos sobre a sociedade humana começa a se configurar. Em uma
postura teórica que em muitos pontos assemelhava-se ao Evolucionismo, embora
elaborando modelos próprios para a reflexão sobre a vida social, temos, portanto, o
Difusionismo.

De uma maneira geral, podemos dizer que o elemento que une as diferentes
escolas difusionistas é o interesse por mapear a distribuição da cultura onde
quer que os homens estejam localizados. Além disso, esta corrente formula a
teoria de que, identificando os empréstimos culturais (ou seja, as
transformações culturais ocorridas por meio dos contactos entre diferentes
povos, quando costumes, objectos, crenças e outras componentes sociais são
assimilados do estrangeiro por um determinado povo) ao longo da história de
contacto entre os povos, é possível descobrir as leis gerais que regem o
movimento das sociedades primitivas. É justamente a reconstituição do passado
que faz o Difusionismo assemelhar-se ao Evolucionismo, tal como era
desenvolvido no período. (Ibidem. 2011. p.30).

Portanto, ao contrário do evolucionismo que postula um desenvolvimento paralelo entre


civilizações, o Difusionismo enfatiza o contacto cultural e o intercâmbio, de tal maneira
que o progresso cultural mesmo é compreendido como uma consequência do
intercâmbio. Desta forma, ao se produzir um contacto entre duas culturas, se estabelece
um intercâmbio de traços associados que foram tomados na qualidade de “empréstimo”,
mas que passam a formar parte da cultura.

São considerados aportes do Difusionismo a importância outorgada à inter-relação entre


os fenómenos culturais, a notável acumulação de informação etnográfica e a insistência
nos trabalhos de campo (grifos do autor).

3.3. O Funcionalismo

De acordo com Cunha (2011.p.45), o modelo teórico formulado pela visão funcionalista
de pensamento cultural se ocupa de explicações de fatos antropológicos, como a análise
funcional, ou seja, busca explicações que abarcam todos os níveis de desenvolvimento.

Ainda sobre Cunha (2011), a cultura, para essa corrente teórica, é tomada como
totalidade. Sua maior contribuição e reação ao evolucionismo foram destacar a
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importância da cultura para a organização da vida humana e, sem dúvida, um dos traços
que a caracterizam é a pesquisa de campo - esta uma referência central dos antropólogos
funcionalistas.

O funcionalismo enfatizava a interconexão orgânica de todas as partes de uma cultura


pondo em primeiro plano a ideia de totalidade. Desta maneira, postulava uma
universidade funcional que se opõe ao Difusionismo.

3.4. Estruturalismo

De acordo com Valpassos & Cunha (2011. p.140), afirmam que o finnal do século XIX,
surge uma nova proposta com fôlego sufi ciente para criticar os modelos teóricos
formulados pelo Evolucionismo nos Estados Unidos. O Culturalismo, tal como veio a
ser nominado na Academia americana, foi a primeira corrente de pensamento da
Antropologia a romper com a ideia de que todos os grupos humanos evoluem
conjuntamente de um estágio atrasado e rudimentar até alcançar uma existência
colectiva complexa e sofisticada, comparável aos padrões da sociedade industrial do
século XIX. Esse esforço tem um personagem fundamental:

Franz Boas. Físico de formação, Boas foi responsável por redefinir os estudos
antropológicos nos Estados Unidos. Entusiasta do trabalho de campo e da
observação empírica, este autor publicou em 1896 um texto que dividiu águas
no debate académico. Em As limitações do método comparativo, Boas traça a
arquitectura para uma nova abordagem metodológica que mais tarde iria
influenciar gerações inteiras de cientistas sociais, ( Valpassos & Cunha 2011.
p.140).

O estruturalismo busca superar algumas deficiências observadas em outras teorias e tem


a pretensão de alcançar uma explicação da lógica das organizações sociais em sua
dimensão sincrónica, sem deixar de lado a dimensão diacrónica. A metodologia do
estruturalismo se deve particularmente à linguística, e desenvolve a noção de estrutura.
O aporte teórico de Levi-Strauss enfatiza a estrutura mental que subjaz as instituições.

Nesta linha de pensamento, os fatos sociais poderiam se compreendidos como processos


de comunicação definidos por regras, algumas delas conscientes (ainda que apenas
superficialmente já que podem estar ocultando aspectos da realidade) e outras em nível
profundo do inconsciente.
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Conclusão

Depois de tantas aventuras epistemológicas, decidiu-se encerrar este epilogo ressaltando


que tanto o funcionalismo quanto o estruturalismo é teorias que representam visões
estáticas da sociedade e consideram que se algo é necessário para que funcione ou é
básico em sua estrutura institucional ou mental, esse algo deve ser bastante estável, ou a
sociedade em questão não existiria. Entre as críticas mais frequentes a estas concepções,
considera-se que a mudança é uma evidência, sendo que marginalizar sua influência
supõe uma análise limitada da realidade. A partir dos anos de 1950 surgiram estudos
que tentaram analisar as mudanças e suas consequências. O dinamismo é, pois, um
fenómeno interno de toda sociedade, além de ser um elemento fundamental em sua
coesão.
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Referências Bibliográficas

Cunha, J, L (2011). Antropologia cultural. As diversidades culturais brasileiras.

Laplantine, F. (2003). Aprender Antropologia. São Paulo.

Mirasse, J.J. (2019). Antropologia geral. Universidade Aberta ISCED. Beira –


Moçambique.

Valpassos, C A, M; & Cunha, N.V (2011). História e Antropologia. Rio de Janeiro.

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