Direito Penitenciário
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Direito Penitenciário
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“As fontes do Direito Penitenciário são: a Constituição Federal, a Lei de Execução Penal, as leis estaduais
de execução penal e os atos administrativos emanados dos órgãos superiores de Política Penitenciária”,
segundo Couto (2020, p. 91).
A entrada de uma pessoa no cárcere pode ocorrer por motivo
processual ou em razão de uma pena a cumprir2. Ordinariamente, nas
unidades prisionais da Secretaria de Administração Penitenciária, são
incluídos todos os dias, por motivo processual, presos por decretação
de prisão em flagrante ou preventiva, ou por motivo de cumprimento
de uma pena quando a situação processual já estiver definida, após
uma sentença transitada em julgado3.
II – acaba de cometê-la;
III – é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa,
em situação que faça presumir ser o autor da infração;
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Art. 5º, LXI, da CF: “Ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada
de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente
militar, definidos em lei”.
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Art. 283, CPP: “Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e
fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de sentença condenatória transitada
em julgado ou, no curso da investigação ou processo, em virtude de prisão temporária ou prisão
preventiva.
Art. 311. “Em qualquer fase da investigação ou do processo penal, caberá a prisão
preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a
requerimento do Ministério Público, do querelante ou assistente, ou por
representação da autoridade policial”.
Art. 674 do CPP. “Transitando em julgado a sentença que impuser pena privativa de
liberdade, se o réu já estiver preso, ou vier a ser preso, o juiz ordenará a expedição
de carta de guia para o cumprimento da pena”.
2.2. Da inclusão.
A inclusão é o procedimento adotado quando do ingresso do
preso em unidades prisionais da SAP quando oriundo de carceragens
não pertencentes ao órgão (Polícia Civil, Polícia Federal, órgãos de
segurança de outros estados, etc.) ou de outra unidade pertence à rede
SAP, seja em caráter definitivo ou transitório (art. 9°, RIP).
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Artigo 5º - RIP. “O sistema penitenciário do Estado de São Paulo, que integra a estrutura básica da
Secretaria da Administração Penitenciária, sob coordenação das Coordenadorias Regionais e da
aos Centros de Detenção Provisórias, os condenados em regime
fechado às Penitenciárias e, os em regime semiaberto, aos Centros de
Progressão Penitenciária ou Alas de Progressão. Pode ocorrer que
devido o tipo do crime cometido (contra a dignidade sexual, de grande
repercussão de mídia, com alto poder de destruição, etc.) ou em razão
do criminoso (alta periculosidade, devido cargo ou função que ocupa,
etc.) a administração penitenciária, por preservação da ordem e
disciplina ou segurança do envolvido, opte por autorizar a inclusão do
preso em unidades específicas para determinados perfis, conforme
preconiza o princípio da individualização da pena5.
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Resolução SAP - 258, de 27-10-2010.
...”Artigo 1º - Será considerada inclusão automática, para fins desta Resolução, o
recebimento de presos recapturados oriundos de Cadeias Públicas e de Distritos Policiais,
diretamente nas unidades prisionais subordinadas a esta Pasta.
Artigo 2º - Os presos recapturados, ainda que autuados por novos delitos, serão incluídos
automaticamente nas unidades penais”.
Artigo 2º - As relações especificando as Cadeias Públicas e os Distritos Policiais
autorizados a proceder à inclusão automática de presos nas respectivas unidades
prisionais, serão previamente estabelecidas pelas Coordenadorias Regionais de
Unidades Prisionais.
7 Art. 9º. “Decretar medida de privação da liberdade em manifesta desconformidade com as hipóteses
legais: Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa”.
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Resolução SAP 60, de 30.05.2018 – Altera o artigo 10 e inciso II da SAP 144/2010.
“Artigo 10º – Quando da inclusão em unidade prisional, o preso oriundo de carceragens da Secretaria da
Segurança Pública e da Polícia Federal, bem como de carceragens de outros Estados deve-se submeter,
obrigatoriamente, aos seguintes procedimentos:
(...)
II – higienização pessoal, incluindo:
a) Corte de cabelo, utilizando-se, como padrão, o número “2” da máquina de corte nas laterais e,
na parte superior do cabelo, o pente número “4”;
b) Raspar barba e bigode.”
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Resolução SAP 11, de 30.1.2014
“Artigo 1º - As pessoas privativas de liberdade ou que integram o rol de visitas das pessoas presas devem
ter preservado o direito à sua orientação sexual e a identidade de gênero;
(...)
§2º. Às travestis e transexuais femininas é facultado a manutenção do cabelo na altura dos ombros;”
por unidades da rede, porém, em ambas as hipóteses, deverá o
responsável pela inclusão cientificar-se das condições físicas do preso
e, havendo qualquer anormalidade, comunicar-se com o Diretor da
respectiva unidade para que tope as medidas administrativas e
judiciais necessárias, sob pena de responsabilidade. (art. 14 RIP).
A comunicação da prisão à autoridade judiciária é de
competência do responsável pela prisão, porém caberá a unidade de
custódia, mesmo que em período de trânsito, efetuar a comunicação
aos familiares do preso ou outras pessoas por ele indicadas, nos termos
dos artigos 306 do CPP e 11 do RIP.
Já no caso de inclusão de presos indígenas a FUNAI deverá ser
comunicada. Já em se tratando de estrangeiros, os respectivos
consulados10.
A unidade prisional deverá cientificar o preso por escrito a
respeito das normas que orientam a sua permanência no ambiente
prisional, seus direitos e deveres, mantendo uma cópia cientificada no
processual para ser utilizada quando da ocorrência de infração
disciplinar, se necessário, para que não alegue desconhecimento.
A indicação pelo preso das pessoas que poderão fazer parte do
seu rol de visitas deverá ser feita quando dos procedimentos de
inclusão, embora possa também ocorrer em outro momento. (inc. I,
art. 95 do RIP).
Embora o período de 10 (dez) dias de inclusão seja voltado para
procedimentos imprescindíveis de identificação, análise e
comunicação, os direitos consagrados pelo artigo 41 da LEP devem ser
respeitados, com as ressalvas consagradas pela individualização da
pena, preservação da saúde individual e coletiva e segurança e
disciplina da unidade prisional.
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Art. 12 do RIP. “Quando da inclusão de preso estrangeiro, deve o diretor da unidade prisional, no
primeiro dia útil subsequente, oficiar ao respectivo consultado, comunicando sobre o local e data de
recolhimento; condições físicas e de saúde em que se encontra; existência de advogado para sua defesa
e outras informações que se fizerem necessárias”.
2.2.2.2. Do regime de observação.
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Art. 5º LEP. “Os condenados serão classificados, segundo os seus antecedentes e personalidade, para
orientar a individualização da execução penal”. E Parágrafo único do art. 2º. “Esta Lei aplicar-se-á
igualmente ao preso provisório e ao condenado pela Justiça Eleitoral ou Militar, quando recolhido em
estabelecimento sujeito à jurisdição ordinária”.
Referências Bibliográficas
Brito, Alexis Couto de. Execução Penal. 6. ed. – São Paulo: Saraiva
Educação, 2020.