IMADEC - Direito Tributário - Fev 2022

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Prescrição e

decadência
Crédito tributário e lançamento
Carlos Schenato
[email protected]
Definição de tributo
⇒ Existe um conceito constitucional?
- “Há um conceito implícito de tributo na Carta da República [...] Não podemos apontar esse
conceito a partir de um artigo específico, mas o entendimento constitucional para o que seja
tributo existe….” (BECHO, Renato Lopes. Lições de direito tributário…)
- No mesmo sentido Geraldo Ataliba e Leandro Paulsen: O CTN poderia dispor de modo
diferente?

⇒ Definição de tributo no Código Tributário Nacional

- Art. 3º - “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se
possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada.”
Atividade Financeira do Estado

⇒ Receita originária (patrimônio estatal) x derivada (particular);

⇒ Dever fundamental de pagar tributos (Holmes e Sustein);

⇒ Supremacia do interesse público sobre o privado (?).


Definição de tributo: natureza pecuniária
● Prestação pecuniária em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir.

• Redundância?
• Possibilidade de pagamento em bem móvel:
• ADI 1917-MC, Rel. Min. Marco Aurélio, 19.09.2003 - ME, EPP e médio pag. de
materiais destinados a programa do governo do DF - inconstitucionalidade -
reserva de lei complementar para tratar de extinção do crédito tributário;
• ADI 2405-MC - Rel. Min. Carlos Britto, 17.02.2006 - possibilidade de criação de novas
hipóteses de extinção por meio da lei ordinária local - pacto federativo e “quem pode mais
pode menos”.
• ADI 1917, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 24.08.2007 - dação em pagamento de bens
móveis - inconstitucionalidade - reserva de lei federal para regras gerais de licitação.

Pagamento em bem imóvel - previsão no CTN (art. 156, inciso XI, LC 104/2001 e art. 4º Lei
nº 13.259/2016; Portaria PGFN nº 32/2018);

Fixação de indexadores (Unidades Fiscais - UFIR, UPFPA, etc.);

Pagamento com títulos de dívida pública;
• Art. 170 (CTN). A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja
estipulação em cada caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação de
créditos tributários com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo
contra a Fazenda pública
Compulsoriedade
● 3.2. Prestação compulsória

Legalidade - fonte direta e imediata;

Exemplo: diferença entre preço público e taxas;

Exemplo: perda da natureza tributária da contribuição sindical (Lei nº
13.467/2017)

Regimes de tributação (simples nacional e tratamento favorecido)

Confissão de dívida x discussão judicial
Confissão x discussão
• “CONTROLE JUDICIAL. SUA INAFASTABILIDADE. Lei estadual que atribui ao
pedido de parcelamento de crédito fiscal o efeito de confissão irretratável e de
renúncia a qualquer defesa ou recurso administrativo ou judicial, bem como
desistência dos já interpostos. Inconstitucionalidade desse dispositivo
relativamente à expressão ‘ou judicial’, por ofensa ao art. 153, §4º da CF.
Recurso extraordinário conhecido e provido” (STF, Plenário, RE 94.141-0, Min.
Soarez Muñoz, nov. 1982)

“Reconhecida a imunidade tributária, não prevalece o princípio da confissão
irretratável da dívida, art. 63, §2º do Decreto Lei nº. 147/67” (STF, 2ª T., REx
92983/SP, Min. Cordeiro Guerra, nov. 1980)

“A apresentação de declaração pelo contribuinte não impede que, em caso de
erro quanto ao fato informado, como no caso em que o contribuinte incluiu na
declaração lotes dos quais não era proprietário, prevaleça o fato verdadeiro sobre
o confessado” (PAULSEN, Leandro. Constituição e CTN comentados…)
(i)licitude
● Prestação que não constitui sanção de ato ilícito

Tributo: não possui finalidade sancionatória e visa arrecadar e intervir em
situações sociais e econômicas.

Multa: sanção por ato ilícito e o objetivo não é a arrecadação, mas coibir a prática
ilegal.

Correlação entre proibição do caráter sancionatório e proibição do confisco (art.
5º, XLVI, “b”, CF - pena de perdimento de bens).

A multa se submete ao princípio do não confisco?
Confisco
• A multa não pode ser superior ao valor do Tributo - RE 833.106 AgR / GO -
Relator Min. Marco Aurélio - Julgamento: 25/11/2014.

A multa moratória deverá ter como teto 20% do valor da obrigação principal. AI
727.872 AgR / RS - Relator Min. Roberto Barroso - Julgamento: 28/4/2015

(Im)Possibilidade e (ir)razoabilidade da multa por descumprimento de obrigação
acessória em 50% sobre o valor de operação que não gerou o crédito - RE
640.452 RG / RO –Relator Min. Roberto Barroso (ainda não julgado)

Multa fiscal qualificada. Sonegação, fraude e conluio. 150% sobre a totalidade ou
diferença do imposto ou contribuição não paga, não recolhista, não declarada ou
declarada de forma inexata (atual § 1º c/c o inciso I do caput do artigo 44 da Lei
FEderal 9.430/1996). Repercussão Geral reconhecida. RE. 736.090 RG / SC -
Relator Min. Luiz Fux
Ilicitude subjacente
• Ilicitude subjacente - Pecunia non olet - HC nº 77.530-4/RS.

● “Sonegação fiscal de lucro advindo de atividade criminosa: "non olet". Drogas: tráfico de
drogas, envolvendo sociedades comerciais organizadas, com lucros vultosos subtraídos à
contabilização regular das empresas e subtraídos à declaração de rendimentos:
caracterização, em tese, de crime de sonegação fiscal, a acarretar a competência da Justiça
Federal e atrair pela conexão, o tráfico de entorpecentes: irrelevância da origem ilícita,
mesmo quando criminal, da renda subtraída à tributação. A exoneração tributária dos
resultados econômicos de fato criminoso - antes de ser corolário do princípio da
moralidade - constitui violação do princípio de isonomia fiscal, de manifesta
inspiração ética.”

(STF - HC: 77530 RS, Relator: SEPÚLVEDA PERTENCE, Data de Julgamento: 25/08/1998,
Primeira Turma, Data de Publicação: DJ 18-09-1998 PP-00007 EMENT VOL-01923-03 PP-
00522)
• IPTU enquanto sanção por inexistência de matrícula (RE 112.910/SP) x IPTU
extrafiscal (progressivo - art. 182, §4º, inciso II da CF)

“Recurso extraordinário. IPTU. Acréscimo no valor do IPTU, a título de sanção
por falta de inscrição imobiliaria. Sanção por ilicito administrativo. Multa
administrativa e multa tributária. Não pode ser exigida multa administrativa, por
falta de inscrição imobiliaria, a título de tributo. CTN, art. 3.. Inaplicavel, na
espécie, o art. 113, par-3., do CTN. Recurso conhecido e provido.”
● (STF - RE: 112910 SP, Relator: Min. NÉRI DA SILVEIRA, Data de Julgamento:
11/10/1988, PRIMEIRA TURMA, Data de Publicação: DJ 28-02-1992 PP-02173
EMENT VOL-01651-03 PP-00545)

IPVA - desconto para não infratores (ADI-MC 2.301/RS, Rel. Min. Marco Aurélio,
set. 2000)
Prestação instituída em lei
⇒ Regra sem exceção, tributo só pode ser criado e extinto por lei (seja
complementar ou ordinária, sendo que para esta serve a Medida Provisória);

⇒ “Nenhuma tributação sem representação”;

⇒ Princípio da estrita legalidade;

=> Majorar e reduzir tributos (ato do Executivo - II, IE, IPI, IOF e CIDE-
combustíveis) (convênio - ICMS-monofásico-combustíveis);
Vinculação da atividade administrativa
● Prestação cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada

Ausência de discricionariedade na cobrança;

Vinculação quanto à cobrança; quanto a hipótese de incidência e quanto a
arrecadação (destinação);

Destinação do tributo é irrelevante para definir sua natureza específica (art. 4º do
CTN): o caso FGTS (REsp 981.934/SP; Súmula STJ nº 353 e art. 9º da Lei nº
4.320/1964);

Remissão, transação, negociação jurídica processual, (in)disponibilidade do
crédito público (Portaria PGFN nº 396/2016 - RDCC)
Natureza jurídica específica do tributo
● Determinação da natureza jurídica específica do tributo (art. 4º, CTN)
• Fato gerador (ex. não referibilidade dos impostos e referibilidade de taxas e
contribuições de melhoria);
• Cotejo com a base de cálculo
• Desvio do produto da arrecadação e inconstitucionalidade superveniente ou perda da
eficácia da norma tributária impositiva (multa 10% do FGTS – RE 878.313)
• Desvinculação de Receitas da União (DRU). Art. 76 do ADCT. Ausência de correlação entre
a alegada inconstitucionalidade da DRU e o direito à desoneração tributária proporcional à
desvinculação. (...) Não é possível concluir que eventual inconstitucionalidade da
desvinculação parcial da receita das contribuições sociais teria como consequência a
devolução ao contribuinte do montante correspondente ao percentual desvinculado, pois a
tributação não seria inconstitucional ou ilegal, única hipótese autorizadora da repetição do
indébito tributário ou do reconhecimento de inexistência de relação jurídico-tributária. [RE
566.007, rel. min. Cármen Lúcia, j. 13-11-2014, P, DJE de 11-2-2015, Tema 277.]
Crédito tributário
⇒ Doutrina: Direito do sujeito ativo de exigir tributo ou penalidade do sujeito
passivo após realização do FJT (Hugo de Brito, Paulsen, PBC);
⇒ Art. 139 do CTN: “Decorre da obrigação principal e tem a mesma
natureza desta.”

⇒ Efeitos da modificação ou exclusão do crédito tributário (art. 140 do CTN);

⇒ Extinção da OT = extinção do CT (art. 113, §1°, CTN).


Crédito tributário e lançamento

Fonte: ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário, 2018


Natureza jurídica do lançamento
⇒ Art. 142, CTN:
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito
tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo
tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente,
determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar
o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
⇒ Declaratória ou constitutiva?
⇒ Obrigação x Crédito
⇒ REsp 250.306/DF, rel. Min. Garcia Vieira, j. 06.06.2000
⇒ Natureza jurídica mista
⇒ Ato x Procedimento
Modalidades de lançamento
⇒ Singularidades procedimentais e não de lançamento (PBC)

⇒ Misto ou Por Declaração (art. 147, CTN): - ITBI, II, IE.

⇒ De Ofício ou Direto (Art. 149 do CTN): - IPTU, IPVA, Taxas, Contribuições de


Melhoria, COSIP;

⇒ Por Homologação ou Autolançamento (Art. 150 do CTN): ICMS, IR, IPI, PIS e
COFINS;
Por declaração ou misto
⇒ Efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro,
indispensável à efetivação do lançamento;

⇒ Retificação da declaração apenas quando comprovado erro e antes da


notificação do lançamento (§1º do art. 147, CTN);

⇒ E após a notificação? Desde que comprove o erro de fato! (REsp


1015623/GO, Rel. Min. Mauro Campbell Marques)
Por Homologação
⇒ Modalidade mais usada e tendência mundial;

⇒ Homologação do pagamento (Paulsen) ou Homologação da apuração?

(Hugo Machado)?

⇒ Pagamento antecipado é o termo a quo para repetição do indébito;


De ofício
Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos
seguintes casos:
I - quando a lei assim o determine;
II - quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da
legislação tributária;
III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaração nos termos do
inciso anterior, deixe de atender, no prazo e na forma da legislação tributária, a pedido de
esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o
preste satisfatoriamente, a juízo daquela autoridade;
IV - quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido
na legislação tributária como sendo de declaração obrigatória;
De ofício
V - quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada, no exercício da
atividade a que se refere o artigo seguinte;

VI - quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado, que dê
lugar à aplicação de penalidade pecuniária;

VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude
ou simulação;

VIII - quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por ocasião do lançamento anterior;

IX - quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade
que o efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial.

Parágrafo único. A revisão do lançamento só pode ser iniciada enquanto não extinto o direito da Fazenda
Pública.
Lançamento por arbitramento
⇒ Não se trata de modalidade autônoma, mas de aferição indireta;

⇒ Utiliza sinais exteriores de riqueza, tendo como base preços de mercado e


índices oficiais;

⇒ Sempre levada a efeito a “modalidade” mais favorável ao contribuinte;

⇒ Documentação idônea e elementos contábeis confiáveis (REsp 549.921/CE e


REsp 858.047/SE)
Competência para lançar
⇒ Privativa ou Exclusiva?

⇒ Art. 114, inciso VIII CF e 832,§4º da CLT: Compete à Justiça do Trabalho


processar e julgar:

VIII - a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no


art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das
sentenças que proferir;

⇒ Declaração do contribuinte - Súmula 436, STJ


Impugnação pelo sujeito passivo
⇒ Fase oficiosa e contenciosa do lançamento;
⇒ Art. 5º, LV, CF - Direito ao contraditório e ampla defesa, tanto judicial quanto
administrativa;
⇒ Impugnação - forma de se insurgir legalmente contra a pretensão do fisco;
⇒ Ausência de abertura de prazo para impugnar na notificação (REsp
1.227.676/PR);
⇒ Reformatio in pejus? art. 18, §3º do Decreto 70.235/72;
⇒ Impugnação intempestiva e autotutela (art. 145, III, CTN).
Pedido de revisão
⇒ Mesmo após a inscrição pode-se discutir o crédito tributário (art. 15 da Portaria
PGFN nº 33/2018);
⇒ Suspensão dos atos de cobrança (art. 7º, Portaria PGFN nº 33/2018);
⇒ A Fazenda Pública pode substituir a CDA até a prolação de sentença de
embargos, vedada a modificação do sujeito passivo (Súmula STJ 392);
⇒ Art. 146, CTN:
A modificação introduzida, de ofício ou em conseqüência de decisão
administrativa ou judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade
administrativa no exercício do lançamento somente pode ser efetivada, em
relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocorrido
posteriormente à sua introdução.
Causas de extinção do crédito tributário
⇒Constituição Federal:
Art. 146. Cabe à lei complementar:

III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:

b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;

⇒ Código Tributário Nacional:

Art. 156. Extinguem o crédito tributário:

V - a prescrição e a decadência;

[...]

Súmula Vinculante nº 8: “São inconstitucionais o parágrafo único do artigo 5º do Decreto-Lei nº 1.569/1977 e os artigos
45 e 46 da Lei nº 8.212/1991, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário.”

⇒ Efeitos em relação à confissão e ao parcelamento posteriores à extinção (REsp 646.328/RS).


Decadência
⇒ Hipótese de extinção ou de exclusão?
⇒ art. 173, I, do CTN:
Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5
(cinco) anos, contados:
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido
efetuado;
II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal,
o lançamento anteriormente efetuado.
Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o
decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a
constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer
medida preparatória indispensável ao lançamento.
Decadência
● 150, §4º do Código Tributário Nacional:
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação
atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade
administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da
atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa.

§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do
fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-
se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a
ocorrência de dolo, fraude ou simulação.

● Pode o legislador ordinário reduzir o prazo?


Decadência
● Qual aplicar?
- Sem declaração e sem pagamento ⇒ art. 173, I (Súmula STJ n. 555)
- Com declaração e sem pagamento ⇒ Súmula STJ n. 436
- Com declaração e pagamento + lançamento de ofício de diferença
apurada (s/ dolo) ⇒ 150, §4º - REsp n. 1674329 MG e REsp 973.733-SC
(rep.)
⇒ Lançamento para evitar a decadência;
⇒ Antecipação da contagem (173, p.u., CTN);
⇒ Tese dos cinco mais cinco (173 + 154).
Prescrição
● Prescrição originária e intercorrente;
● Prescrição originária (art. 174, CTN)
Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados
da data da sua constituição definitiva.
Parágrafo único. A prescrição se interrompe:
I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; (Redação dada pela
Lcp nº 118, de 2005)
II - pelo protesto judicial;
III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em
reconhecimento do débito pelo devedor.
Prescrição originária
● Termo a quo ⇒ constituição definitiva do crédito tributário;

● Impugnação intempestiva? REsp 1401122/PE;

● Parcela incontroversa;

● Cobrança amigável e inscrição em dívida ativa (art. 2º, §3º da LEF);

● Data da declaração x vencimento? AREsp 302.363/SE


Prescrição originária
● Prescrição em face do responsável (202, I, CTN);

● Prescrição em face do sócio - citação da pessoa jurídica ou actio nata? (STJ,

AgRg no Ag 1335110 / SP, DJ 26/06/2020)

● Reconhecimento de ofício;

● Súmula 106, STJ - demora na citação pelo Judiciário;

● Parcelamento (AREsp 15.504/PR) e sua exclusão material/formal.


Prescrição intercorrente
● Prescrição intercorrente (Lei n. 6.830/80):
Art. 40 - O Juiz suspenderá o curso da execução, enquanto não for localizado o devedor ou
encontrados bens sobre os quais possa recair a penhora, e, nesses casos, não correrá o prazo
de prescrição.
§ 1º - Suspenso o curso da execução, será aberta vista dos autos ao representante judicial da
Fazenda Pública.
§ 2º - Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano, sem que seja localizado o devedor ou
encontrados bens penhoráveis, o Juiz ordenará o arquivamento dos autos.
§ 3º - Encontrados que sejam, a qualquer tempo, o devedor ou os bens, serão desarquivados
os autos para prosseguimento da execução.
§ 4o Se da decisão que ordenar o arquivamento tiver decorrido o prazo prescricional, o juiz,
depois de ouvida a Fazenda Pública, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente e
decretá-la de imediato.
Prescrição intercorrente
● REsp Repetitivo 1.340.553/RS

⇒ Início automático do procedimento do art. 40 da LEF (Súmula STJ n. 314);

⇒ Necessidade de ouvir a Fazenda Pública ao final do prazo;

⇒ Caso não intimada, deverá comprovar o prejuízo, salvo quanto a primeira


intimação (início da contagem de prazo);

⇒ Interrupção apenas com penhora e efeitos retroativos à data da petição


(Portaria PGFN nº 33/2018 - art. 49, §§ 1 e 2)
Prescrição
Sistema Regularize e TRF1:

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