Apontamentos Tributário II 2023.2 8 Período

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APONTAMENTOS DE DIREITO TRIBUTÁRIO II

TÍTULO II

Obrigação Tributária arts. 113 a 127 CTN

F.G – Obrigação tributária (art. 113 a 127 CTN)


– Lançamento ( art. 142 CTN ) - constituir, formalizar o crédito tributário
- Responsabilidade tributária Arts. 128 a 138 CTN

Constituição do Crédito tributário ( arts. 139 e segs CTN ) –

Hipóteses de suspensão do crédito tributário ( arts. 151 a 155 – CTN)

MO- MORATÓRIA
DE – DEPÓSITO E SEU MONTANTE INTEGRAL
RE – RECLAMAÇÕES E RECURSOS
CO – CONCESSÃO DE MEDIDA LIMINAR EM MS
CO – CONCESSÃO DE TUTELA ANTECIPADA
PA – PARCELAMENTO

Hipóteses de Extinção do Crédito tributário art. 156 ( 11 hipóteses) a 174 CTN

Hipótese de Exclusão do Crédito Tributário ( art. 175 a 182 CTN)

CAPÍTULO I

Disposições Gerais

Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.

§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o
pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela
decorrente.

§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações,


positivas ( obrigação de fazer) ou negativas ( obrigação de não-fazer), nela previstas no
interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.

§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em


obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.

CAPÍTULO II

Fato Gerador

Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei ( art. 97, III CTN)
como necessária e suficiente à sua ocorrência.

Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da
legislação aplicável (Legislação Tributária art. 96 CTN- Lei , tratados e convenções
internacionais, decretos e normas complementares ) , impõe a prática ( prestação positiva
obrigação de fazer ou a abstenção de ato ( prestação negativa obrigação de não-fazer) que não
configure obrigação principal ( pagamento).

“Salvo disposição de lei em contrário “ aparece nos seguintes artigos do CTN: arts. 116, 117,
120, 123, 125, 136, 143 , 154
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Art. 116. “Salvo disposição de lei em contrário”, considera-se ocorrido o fato gerador e
existentes os seus efeitos:

I - tratando-se de situação de fato, desde o momento em que o se verifiquem as


circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios;

II - tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente


constituída, nos termos de direito aplicável.

Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios


jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a
natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a
serem estabelecidos em lei ordinária. (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001)

Art. 117. Para os efeitos do inciso II do artigo anterior e salvo disposição de lei em contrário,
os atos ou negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados:

I - sendo suspensiva a condição, desde o momento de seu implemento;

II - sendo resolutória a condição, desde o momento da prática do ato ou da celebração do


negócio.

Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se:

I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis,


ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;

II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.

OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA

Obrigação é o vínculo jurídico através do qual uma pessoa pode exigir de outra uma
determinada prestação que descumprida poderá se converter em pecúnia.

ART. 113 E SEGUINTES CTN

Livro: Fato gerador da obrigação tributária – Amílcar de Araújo Falcão


Teoria Geral das Obrigações – Caio Mário da Silva Pereira
Do lançamento tributário – José Souto M. Borges. Ed. Malheiros
Do autolançamento – Estevão Horvath. Ed. Dialética (examinador da PGE / SP)
Do lançamento tributário – Alberto Xavier

# ACOMPANHAR JURISPRUDÊNCIA DO STJ E STF SOBRE O TEMA

OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA – é o vínculo através do qual o Estado pode exigir do sujeito


passivo uma prestação de natureza tributária, seja uma obrigação de dar (pagar tributo ou
penalidade), seja uma obrigação de fazer, não fazer ou tolerar (obrigações acessórias).

VER ART. 113 E PARÁGRAFOS.

Obrigação Tributária – art. 113 CTN

§ 1º : obrigação tributária principal – pagamento do tributo ou penalidade pecuniária

§ 2º : obrigação tributária acessória – Ricardo Lobo Torres : obrigação instrumental, que é aquela
que auxilia o Fisco a fiscalizar e cobrar o tributo.

NATUREZA DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA ACESSÓRIA : fazer, não fazer ou tolerar


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EXEMPLOS:

– obrigação tributária acessória positiva: fazer a declaração de rendimentos do IR; emitir nota
fiscal; escriturar os livros fiscais.

– obrigação tributária acessória negativa: não rasurar nota fiscal; não transportar mercadoria sem
a nota fiscal, não estocar mercadorias em empresas sem o CNPJ..

– obrigação de tolerar: tolerar a fiscalização dos fiscais da autoridade fazendária no


estabelecimento comercial ou industrial; franquear livros fiscais.

ART 113 § 3º CTN – ESTÁ RIVALIZANDO COM O ART. 3º CTN PORQUE


APARENTEMENTE TEM UMA OFENSA AO CONCEITO DE TRIBUTO.

Ver livro do Paulo de Barros Carvalho (Titular da PUC São Paulo e USP) – Curso de
Direito Tributário. Ed. Saraiva.

O art. 113 § 3º CTN gera um conflito aparente entre normas tributárias porque
OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA JAMAIS SE TRANSFORMARÁ EM OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
PRINCIPAL, NO TOCANTE A SUA PENALIDADE PORQUE TRIBUTO NÃO É PENA.

POR QUE A PENA TEM NATUREZA DE OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA PRINCIPAL ?


Antes da LEF (L 6830/80) a cobrança do crédito tributário funcionava assim: dívida ativa
tributária sofria um procedimento sumário. A dívida ativa decorrente de penalidades era cobrada
pelo rito ordinário. Então tinha um rito sumário, um especial e um ordinário. O CTN equiparou a
dívida não tributária e a dívida tributária para efeitos de cobrança judicial. Depois do advento da
LEF isso acabou (art. 2º L6830/80), o art. 113 § 3º perdeu a sua razão de existir. A LEF não
queria dizer que a pena era obrigação principal e sim que a pena deveria ser cobrada juntamente
com a obrigação principal. Daí, se desvenda o conflito aparente de normas.

ELEMENTOS DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA ( Rui Barbosa Moreira – Elementos do


Fato Gerador Integral; RLT – Elementos da obrigação tributária)

1- ELEMENTO OBJETIVO OU MATERIAL

É o fato gerador integral.

Alfredo Augusto Becker: “Fato gerador não gera nada, a não ser confusão na cabeça de
quem o interpreta”. Livro: Teoria Geral do Direito Tributário

Esse autor diz que a expressão correta para denominar o elemento objetivo da obrigação
tributária chama-se hipótese de incidência.

A denominação “fato gerador” é a técnica e superada.

Livro – Geraldo Ataliba – Hipótese da Incidência Tributária

O fato gerador é caracterizado nominalmente pela expressão “hipótese de incidência”.


Para a melhor técnica o fato gerador deve ser dividido em dois momentos: fato gerador abstrato
e fato gerador concreto.

A hipótese de incidência tributária é a previsão no mundo hipotético de uma situação que


uma vez realizada fará nascer a obrigação tributária. A hipótese de incidência caracteriza o fato
gerador abstratamente consignado na lei. Já a realização da hipótese de incidência acarreta o
fato imponível.

O CTN NÃO FAZ ESSA DISTINÇÃO !!!!!!


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FATO GERADOR À LUZ DO CTN: art. 114 CTN. O fato gerador faz nascer a obrigação
tributária. A obrigação principal surge com a realização do fato gerador.

Função do fato gerador: faz nascer a obrigação tributária e identifica a espécie tributária.
ART. 114 C/C ART. 4º CTN

CLASSIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES DE FATO GERADOR:

1-) QUANTO À OBRIGAÇÃO

– PRINCIPAL: faz nascer a obrigação de dar

– ACESSÓRIO: faz nascer a obrigação de fazer, não fazer ou tolerar.

ART. 114 C/C ART 115 CTN

RESUMO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA

1) Conceito: A relação tributária surge da ocorrência de um fato


previsto em uma norma como capaz de produzir esse efeito; a lei
descreve um fato e atribui a este o efeito de criar uma relação entre
alguém e o Estado; ocorrido o fato, nasce a relação tributária, que
compreende o dever de alguém (sujeito passivo) e o direito do Estado
(sujeito ativo); suas fontes são a lei e o fato gerador.

2) Obrigação tributária principal: tem por objeto, o pagamento de


tributo ou penalidade pecuniária, tem sempre conteúdo patrimonial.
(art. 113, § 1º CTN)

3) Acessória: decorre da legislação tributária e tem por objeto as


prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da
arrecadação ou da fiscalização dos tributos (art. 113, § 2º CTN).

4) Natureza jurídica: a obrigação tributária principal corresponde a


uma obrigação de dar, seu objeto é o pagamento do tributo, ou da
penalidade pecuniária; as obrigações acessórias correspondem a
obrigações de fazer (emitir uma nota fiscal), de não fazer (não
receber mercadoria sem a documentação legalmente exigida), de
tolerar (admitir a fiscalização de livros e documentos).

5) Fato Gerador: é o fato ou situação que gera ou cria a obrigação


tributária.

6) Sujeito Ativo (credor): são a União, os Estados e os Municípios, os


quais detêm a competência tributária, podendo legislar sobre tributos
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e exigi-los, e, também, as pessoas públicas que, embora não possam


legislar sobre tributos, têm, contudo, capacidade tributária, que lhes
permite fiscalizar e arrecadar tributos, por delegação.

7) Sujeito Passivo: é a pessoa natural ou jurídica, obrigada ao


cumprimento da obrigação tributária; tem o dever de prestar seu
objeto, pode ser:
a) Direto ou Contribuinte: é o que tem relação pessoal e direta com o
fato gerador (CTN, art. 121,I); b) Indireto ou Responsável: é aquele
que, sem ter relação direta de fato com o fato tributável, está, por
força de lei, obrigado ao pagamento do tributo (CTN, art. 121, II),
pode ocorrer por substituição ou por transferência.

Na substituição a obrigação constitui-se desde logo em relação a um


substituto, ou responsável, ficando de fora aquele que seria o
contribuinte; exemplo é o ICMS do agricultor a ser pago pelo
comprador da safra.

Na transferência a obrigação constitui-se inicialmente em relação ao


contribuinte, comunicando-se depois, para o responsável; pode dar-
se por sucessão, por solidariedade ou por subsidiariedade.

Na sucessão, o sucessor responde pelo sucedido como ocorre na


transferência da propriedade de um imóvel, na herança ou na
incorporação de uma empresa por outra.

Na solidariedade, o devedor solidário responde juntamente com o


devedor principal, em pé de igualdade, podendo a dívida ser cobrada
indiferentemente de um ou outro, no todo ou em parte, à escolha do
credor.

Na subsidiariedade, o devedor subsidiário também responde


juntamente com o devedor principal, mas com benefício de ordem,
ou seja, em segundo plano, só depois de executados todos os bens
do devedor principal, na solução da dívida.

CAPÍTULO III

Sujeito Ativo

Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da
competência para exigir o seu cumprimento.
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Art. 120. Salvo disposição de lei em contrário, a pessoa jurídica de direito público, que se
constituir pelo desmembramento territorial de outra, subroga-se nos direitos desta, cuja
legislação tributária aplicará até que entre em vigor a sua própria.

Salienta-se que essa é uma daquelas situações em que


a norma geral expedida pelo CTN só se aplica no caso de
omissão o silencio de lei sobre a matéria
Ex: Município “A” se desmembra em “A” e “B”. Daí, salvo disposição em
contrário, o município “B” se subroga(adquire) os direitos do município “A”, que
lhe deu origem, e até que tenha a sua própria legislação, utiliza a legislação
tributária do mesmo município “”

CAPÍTULO IV

Sujeito Passivo

Solidariedade passiva: segundo o CTN, são solidariamente


obrigadas as pessoas que tenham interesse comum na situação que
constitua o fato gerador da obrigação principal e também as pessoas
expressamente designadas por lei. (art. 124)

SEÇÃO I

Disposições Gerais

Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de


tributo ou penalidade pecuniária.

Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:

I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o
respectivo fato gerador;

II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de


disposição expressa de lei.
.{Ex: a fábrica responsável pelo recolhimento antecipado do ICMS 2, da qual o sujeito passivo
direto ou contribuinte será o mercado}

1-Todo Contribuinte é sujeito passivo da relação obrigacional tributária ? sim

2- Todo sujeito passivo é somente contribuinte da relação obrigacional tributária ? Não pq existe
a figura do responsável art. 121, II CTN e art. 134, I a VII CTN

Art. 122. Sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada às prestações que
constituam o seu objeto.

Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à


responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para
modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes.

Convenções particulares: a não ser que a lei específica do tributo


estabeleça de modo diferente, as convenções, relativas à
responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser
opostas à Fazenda Pública para modificar a definição legal do sujeito
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passivo das obrigações tributárias respectivas; podendo ser


estipulados entre elas, a quem cabe a condição de sujeito passivo.

SEÇÃO II

Solidariedade

Art. 124. São solidariamente obrigadas:

I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da
obrigação principal;

II - as pessoas expressamente designadas por lei.

Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem.

Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:

I - o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais;

II - a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada


pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo
saldo;

Ex: 3 pessoas devem 900,00 reais de IPTU, conjuntamente, no caso


de isenção pessoal de um(ex: concedida aos ex-combatentes), os
outros continuam solidários pelo saldo de 600
O art 74 pu CTN determina que a citação pessoal feita ao devedor
interrompe a prescrição. No caso de solidariedade, basta que um deles
o seja
III - a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica
aos demais.

SEÇÃO III

Capacidade Tributária

Capacidade tributária: sendo o sujeito passivo da obrigação uma


pessoa natural, ou física, sua capacidade tributária independe da
civil; mesmo sendo juridicamente incapaz, nos termos do Direito Civil,
face ao Direito Tributário tem ele plena capacidade tributária. (CTN,
art. 126, I)

Art. 126. A capacidade tributária passiva “independe”: De tudo


I - da capacidade civil das pessoas naturais;

II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do


exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus
bens ou negócios;
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III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma
unidade econômica ou profissional.

SEÇÃO IV

Domicílio Tributário

Domicílio tributário ( art. 127 do CTN): existem tributos cuja legislação


específica exclui ou restringe a faculdade de escolha, pelo sujeito
passivo, de seu domicílio tributário; nos demais tributos, vigora a
liberdade de escolha; a liberdade de escolha não pode ser usada
para impedir ou dificultar a arrecadação ou fiscalização do tributo,
pois neste caso poderá ser recusado o domicílio escolhido;
ocorrendo a recusa, o domicílio tributário será o do lugar da situação
dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à
obrigação.

Art. 127. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na


forma da legislação aplicável, considera-se como tal:

I - quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou
desconhecida, o centro habitual de sua atividade;

II - quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, o lugar da sua


sede, ou, em relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada
estabelecimento;

III - quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer de suas repartições no território
da entidade tributante.

§ 1º Quando não couber a aplicação das regras fixadas em qualquer dos incisos deste
artigo, considerar-se-á como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da
situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação.

§ 2º A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando impossibilite ou


dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando-se então a regra do parágrafo
anterior.

. OAB/MG de Dezembro de 2004 - 80 - Em 2005, Ismália não


apresentou à Receita Federal a “declaração de isento”, exigida de
todos aqueles inscritos no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), cuja
renda anual não ultrapassa a faixa de isenção do Imposto de Renda.
Supondo que o descumprimento de tal obrigação fosse apenada,
pela lei federal, com multa no valor de R$ 150,00, é CORRETO
afirmar que a União Federal:

a) ao exigir de Ismália o pagamento daquele valor estaria exigindo o


cumprimento de obrigação tributária acessória.
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b) ao exigir de Ismália o pagamento daquele valor estaria exigindo o


cumprimento de obrigação tributária principal.
c) não poderia exigir o pagamento daquele valor de Ismália, mas
apenas da fonte pagadora.
d) estaria aplicando a chamada norma geral antielisão, cujo objetivo
é desconsiderar atos praticados com a finalidade de dissimular a
ocorrência do fato gerador.
OAB AGOSTO 2003 - Questão 02

A empresa escriturou regularmente todas as suas dívidas de IRPJ, mas, por dificuldades de
caixa, não procedeu ao respectivo pagamento. Em conseqüência disso, um ano depois os seus
sócios-diretores são autuados pelo Fisco federal, na qualidade de coobrigados pela dívida.
Pergunta-se: a imputação contra os diretores da empresa inadimplente procede? Justifique a
resposta.

OAB AGOSTO DE 2005 44. Segundo o Código Tributário Nacional, é INCORRETO afirmar a
respeito do fato gerador:
a) Fato gerador da obrigação principal é a situação definida na legislação tributária como
necessária e suficiente à sua concorrência.
b) Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação
aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.
c) Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus
efeitos tratando-se de situação de fato, desde o momento em que se verifiquem as circunstâncias
materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios;
d) Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus
efeitos, tratando-se da situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente
constituída, nos termos do direito aplicável.

OAB DEZEMBRO 2005 - 40 . A Lei nº 9.393, de 19 de dezembro de 1996, em seu art. 6º, assim
dispõe: “O contribuinte ou o seu sucessor comunicará ao órgão local da Secretaria da Receita
Federal (SRF), por meio do Documento de Informação e Atualização Cadastral do ITR – DIAC,
as informações cadastrais correspondentes a cada imóvel, bem como qualquer alteração
ocorrida, na forma estabelecida pela Secretaria da Receita Federal”. Esta norma é exemplo de:

a) obrigação tributária principal.


b) norma complementar.
c) obrigação tributária acessória.
d) lançamento por homologação.

OAB AGOSTO 2004 - 64. A sociedade agrícola MJM Ltda. adquiriu o estabelecimento comercial
da sociedade JZP Empreendimentos Ltda. e passou a explorar sua atividade empresarial. Diante
disso, marque a opção CORRETA. A sociedade agrícola MJM Ltda será

(A) integralmente responsável se o alienante cessar a exploração do comércio.

(B) subsidiariamente responsável se o alienante cessar a exploração do comércio.

(C) integralmente responsável se o alienante prosseguir na exploração da atividade.

(D) subsidiariamente responsável com o alienante na hipótese de este iniciar, dentro de 1 (hum)
ano a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio.

OAB AGOSTO 2004 - 61. A empresa JC Ltda. praticou, em 1.º de fevereiro de 1998, fato gerador
de imposto sujeito a lançamento de ofício. Marque, a seguir, a alternativa que contém o último
dia do prazo para que a fazenda pública efetue o lançamento, segundo o Código Tributário
Nacional:
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(A) 1.º de fevereiro de 2003.

(B) 31 de dezembro de 2004.

(C) 31 de dezembro de 2003.

(D) 1.º de fevereiro de 2004.

OAB AGOSTO 2002 - Questão 47


Considerando-se as normas gerais de Direito Tributário, é CORRETO afirmar que

A) a capacidade tributária passiva depende da capacidade civil das pessoas naturais.

B) a interrupção da prescrição em favor de um dos obrigados, na solidariedade passiva, não


aproveita aos demais.

C) a sentença judicial transitada em julgado é norma complementar tributária.

D) o emprego da analogia não pode resultar na exigência de tributo não previsto em lei.

OAB DEZEMBRO 2005 - 42 . Assinale a alternativa CORRETA:

a) Segundo a Constituição Federal e o Código Tributário Nacional, imposto é tributo cuja


obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal
específica, relativa ao contribuinte, sendo vedada, em qualquer hipótese, a vinculação de sua
receita a fundo, órgão ou despesa.
b) O fato gerador da obrigação tributária determina, conforme preceitua o Código Tributário
Nacional, a natureza específica do tributo, devendo ser observadas, ainda, a denominação e as
demais características formais adotadas pela lei.
c) Responsável é o contribuinte que tem relação indireta com o fato gerador da obrigação
tributária, devendo estar expressamente prevista em lei sua responsabilidade.
d) A pessoa natural ou jurídica de direito privado que, em alienação judicial em processo de
falência, adquire fundo de comércio, não responde pelos tributos relativos ao fundo de comércio
adquirido, tributos estes devidos até a data do ato de aquisição, ainda que continue a explorar
referido fundo, sob a mesma ou outra razão social.

OAB AGOSTO 1999 - 52. Segundo Direito Tributário no Brasil:

a) se um menor, absolutamente incapaz, é proprietário de um imóvel, surgirá para ele


o dever de pagar o Imposto Sobre a Propriedade Territorial Urbana;
b) o adquirente de um imóvel não pode ser responsabilizado pelo pagamento dos
tributos nascidos anteriormente à data de aquisição;
c) se um menor não pode realizar atos jurídicos, sem representação ou assistência de
seu responsável legal, não pode ter o “dever” de pagar tributos;
d) Para livrar-se da obrigação de pagar o Imposto Predial e Territorial Urbano, basta a
um pai adquirir imóveis em nome de seu filho menor.

OAB AGOSTO 2000 - QUESTÃO N° 49


Assinale a opção CORRETA:
As convenções particulares, que modificam a responsabilidade tributária pelo pagamento de
tributos, dela excluindo sujeito passivo legalmente estabelecido, podem ser opostas à Fazenda
pública.
a) Desde que haja disposição expressa de lei nesse sentido;
b) Sempre que formalizadas por escrito, na presença de duas testemunhas e lavadas a registro
no Cartório de Títulos e Documentos;
c) Desde que autorizadas por ato administrativo devidamente fundamentado;
d) Quando se tratar de taxas ou contribuições, excluindo-se dessa possibilidade os impostos.
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MAGIS/MG 2006 - Questão nº 86


Considerando-se as disposições do CTN a respeito do fato gerador da obrigação tributária, é
CORRETO afirmar que:
A) na definição legal do fato gerador da obrigação tributária principal deve ser considerada a
validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis ou
terceiros, não importando, contudo, a natureza do objeto do fato gerador ou dos seus efeitos
efetivamente produzidos;
B) tratando-se de situação jurídica, o fato gerador considera-se ocorrido e existentes os seus
efeitos desde o momento em que esteja definitivamente constituída tal situação jurídica, sendo
que, se se tratar de atos jurídicos condicionais, estes se reputam perfeitos e acabados desde o
momento do implemento da condição suspensiva;
C) a autoridade fiscal poderá desconsiderar os negócios jurídicos praticados pelos sujeitos
passivos, se constatada a finalidade de dissimular a efetiva ocorrência do fato gerador do
tributo, desde que observados, porém, os procedimentos previamente estabelecidos em lei
complementar nacional;
D) a obrigação tributária acessória não possui fato gerador autônomo, eis que se vincula essa
obrigação acessória ao fato gerador da obrigação tributária principal, entendido este como a
situação, econômica ou jurídica, definida em lei, como necessária e suficiente à sua
ocorrência.

44º MPMG/2004 - 11. Assinale a opção INCORRETA.


a) Confecções Primavera Ltda. foi incorporada por Confecções Inverno S.A. em abril de 1999.
Após a incorporação, o Fisco Federal detectou a existência de crédito tributário de
responsabilidade de Confecções Primavera Ltda., anterior à data da incorporação, sendo
procedente a cobrança de referido crédito perante Confecções Inverno S.A.
b) O fato gerador da obrigação tributária principal é a situação definida em lei complementar
como necessária e suficiente para o seu surgimento (obrigação tributária), conforme estabelece
a Constituição Federal. Já o fato gerador da obrigação tributária acessória é qualquer situação
que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure
obrigação principal.
c) A saída de um produto de uma loja, seja a que título for – venda, troca, doação ou
transferência –, é fato gerador do ICMS, pois trata-se de circulação de produto, que é a
circunstância material necessária e suficiente para o surgimento da obrigação.
d) A renda obtida por meio de um ato ilícito praticado pelo contribuinte, como a exploração do
jogo do bicho, será tributada pela Receita Federal, independentemente da ilicitude do ato e das
conseqüências advindas da sua prática, tais como penalidades pecuniárias, detenção ou
reclusão.
e) Se o Bairro Venda Nova ganhar autonomia, tornando-se, portanto, um novo Município, este
se sub-rogará, utilizando os meios legais, nos direitos do Município de Belo Horizonte, cuja
legislação aplicará até que entre em vigor a sua própria, salvo disposição de lei em contrário.

MAGIS/MG 2006 - Questão nº 86


Considerando-se as disposições do CTN a respeito do fato gerador da obrigação tributária, é
CORRETO afirmar que:
A) na definição legal do fato gerador da obrigação tributária principal deve ser considerada a
validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis ou
terceiros, não importando, contudo, a natureza do objeto do fato gerador ou dos seus efeitos
efetivamente produzidos;
B) tratando-se de situação jurídica, o fato gerador considera-se ocorrido e existentes os seus
efeitos desde o momento em que esteja definitivamente constituída tal situação jurídica, sendo
que, se se tratar de atos jurídicos condicionais, estes se reputam perfeitos e acabados desde o
momento do implemento da condição suspensiva;
C) a autoridade fiscal poderá desconsiderar os negócios jurídicos praticados pelos sujeitos
passivos, se constatada a finalidade de dissimular a efetiva ocorrência do fato gerador do
tributo, desde que observados, porém, os procedimentos previamente estabelecidos em lei
complementar nacional;
D) a obrigação tributária acessória não possui fato gerador autônomo, eis que se vincula essa
obrigação acessória ao fato gerador da obrigação tributária principal, entendido este como a
situação, econômica ou jurídica, definida em lei, como necessária e suficiente à sua
12

ocorrência.

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