Contratos Internacionais

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Vinníciu da Conceição Cruz

Atividade N1 | Gestão de Contratos Internacionais

No caso em questão é difícil de precisar qual legislação seria aplicada, se


nacional ou estrangeira, e essa é uma parte deveras importante num possível conflito
em uma relação construída através de um contrato internacional.

Ainda que no Brasil tenha se o costume de aplicar a legislação do local de


execução do contrato, quando ele é de execução de obrigações, também temos a
possibilidade de uso da legislação da residência dos envolvidos quando o contrato for
de adesão.

Por isso é necessário uma boa técnica de construção ao se desenvolver o


contrato, mesmo que a autonomia da vontade sofra limitações no nosso território, as
partes ainda podem convencionar diversos pontos do contrato.

O art. 9º da LICC nos traz a situação acima mencionada:

Art. 9º Para qualificar e reger as obrigações aplicar-se-á a lei do


país em que se constituírem.

 1º Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e


dependendo de forma essencial, será esta observada,
admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos
requisitos extrínsecos do ato.

 2º A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída


no lugar em que residir o proponente.

O que mais costumamos ver nesta seara é que intempéries conflituosas


passam por um processo dividido em quatro fases, que seriam: tratativas e
negociações, mediação, arbitragem e quando não for possível a construção de um
caminho pelas próprias partes ou pelo árbitro, teríamos a jurisdição investida pelo
Estado.

É comum a opção das partes pela Arbitragem. Ao escolher por esse método de
solução de conflitos lhes é permitido escolher quais árbitros trabalhariam no caso, o
regramento do procedimento e até mesmo a legislação que deve ser aplicada.

Ao se mensurar a possibilidade de continuidade contratual é necessário um


caminho de tratativas nas quais se pese o equilíbrio e reequilíbrio financeiro do
contrato. Uma vez que há um óbice pelo descumprimento de uma das cláusulas é
preciso trazer a luz dos holofotes o problema e convencionar uma solução, seja por
meio do cumprimento do que se havia combinado anteriormente, seja por meio de um
novo caminho a ser aditado ao contrato.

Quanto aos aspectos, o que mais diferencia o tipo internacional do padrão


nacional de contrato está relacionado ao domicílio das partes envolvidas, além do
trânsito de serviços, produtos e valores que percorrem diferentes países, fluindo por
meio de diferentes pessoas.
Podemos também destacar a preponderância com que pelo menos um dos
envolvidos no contrato tem em meio ao cenário internacional, principalmente ao
cenário internacional relacionado ao alvo ou objeto do contrato versado. A relação
econômica liga muito mais que os contratantes, há uma relação que também perpassa
pelos países envolvidos e se desenvolve de maneira indireta através do povo de cada
país. A própria área de mercado em que os países se encontram também é afetada.
Os blocos e acordos comerciais dos envolvidos também são fatores levados em
consonância ao que se operacionaliza nos contratos.

Além do atendimento de uma parte de legislação pátria também é importante


destacar que o desenvolvimento desses contratos também observa uma série de
princípios como o da boa fé, o de autodeterminação dos povos, solução pacífica dos
conflitos etc.

Somados a todos esses pontos ainda podemos citar as convenções que também
devem ser observadas:

 Convenção de Viena sobre compra e venda internacional


 Convenção de Roma sobre a lei aplicável às obrigações contratuais
 Convenção do Direito Internacional Privado (Código de Bustamante)
 Convenção Interamericana sobre o direito aplicável às obrigações contratuais

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