1 Nda - Direito Processual Civil I
1 Nda - Direito Processual Civil I
1 Nda - Direito Processual Civil I
Petição inicial
Apresentação
A petição inicial é a peça que dá início a todo processo. É ela que dá ciência ao juiz
de quem são as partes, dos fatos ocorridos, do direito e do que é pleiteado pelo autor da
ação. Entretanto, ela deve seguir alguns requisitos formais estabelecidos nos arts. 319 e
320 do Código de Processo Civil, para que seja aceita pelo juiz.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai definir petição inicial e entender por que ela
é importante para o processo judicial, analisando seus requisitos. Ainda, você vai elaborar
uma petição inicial.
Bons estudos.
Definir petição inicial e entender por que ela é importante para o processo judicial.
Analisar os requisitos da petição inicial.
Elaborar uma petição inicial.
Formação do processo e
indeferimento da petição inicial.
Apresentação
Seja bem-vindo!
Em um mundo ideal, todas as pessoas teriam seus direitos plenamente atendidos, sem a
necessidade de uma intervenção do Poder Judiciário. No entanto, quando há a
necessidade de intervenção, este só pode fazê-la mediante provocação do interessado. A
principal função do processo é, portanto, proporcionar às pessoas a possibilidade
provocação ao Poder Judiciário para ter seus conflitos resolvidos.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender sobre o início dessa cadeia de
procedimentos, que começa com a provocação do Judiciário pelo particular e termina com
uma decisão que soluciona o problema, garantindo a concretização do direito.
Bons estudos.
Imagine que você é candidato a uma vaga de trabalho em um escritório de ponta e está
entre os três finalistas.
Infográfico
Conteúdo do Livro
No mundo jurídico, o processo é o meio pelo qual a pessoa pode provocar o Poder
Judiciário para obter a resposta de um pleito. Com o objetivo de parametrizar como deve
correr um processo, o legislador, ao redigir a Lei n.º 13.105/2015, vulgo Código de
Processo Civil, decidiu impor regras sobre quem pode ingressar com uma ação, como
essa pessoa pode buscar a manifestação do Judiciário e deve ser a tramitação de um
processo, para que, desse modo, independente do local em que o processo seja iniciado,
ele deverá seguir os mesmos trâmites, não havendo distinção que possa causar prejuízos
a qualquer parte.
Dica do Professor
Nesta Dica do Professor, aproveitando o conhecimento que está sendo construído nesta
Unidade de Aprendizagem sobre a formação e a tramitação de um processo, você
verá como o processo é aplicado no campo dos juizados especiais, que, por ter uma lei
própria, possui algumas regras particulares diferentes daquelas previstas no Código Civil.
Não deixe de conferir!
Na prática
A formação de um processo é essencial no âmbito do Direito. Todo operador deve ter
conhecimento de cada momento processual, sabendo estruturar cada um deles, para que
possa saber como se portar, tendo condições de se preparar para o futuro e conseguindo
explicar ao cliente como o processo vai se desenvolver, principalmente para aqueles que
acham que o processo que não foi julgado em uma semana está parado.
Mariana consulta um advogado, pois quer ingressar com uma ação. Ela tem dúvidas sobre
como o processo vai se desenrolar e se, em um mês, já terá seu problema resolvido. Seu
advogado utiliza o seguinte esquema para explicação dos passos do processo:
Improcedência liminar do pedido:
conceito e regime jurídico
Apresentação
Seja bem-vindo!
O processo judicial é composto por um trâmite que cumpre etapas e procedimentos que
ocorrem em cada uma das fases do processo. Independente do tipo de demanda, isto é,
da matéria que está sendo levada ao Poder Judiciário (família, cível, consumidor, entre
tantas outras), o processo terá início com uma petição inicial. A petição inicial seguirá um
modelo previsto na legislação, Art. 319 do Novo Código de Processo Civil, que estabelece
as informações mínimas que deverão compor a peça, ou seja, quais informações devem
estar presentes. A partir do recebimento da petição inicial por parte do Juiz, este tomará
algumas providências a respeito do prosseguimento – qual andamento dará ao processo.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar a etapa inicial do processo, bem
como as formas que o juiz poderá encaminhar a demanda de acordo com cada
caso. Verá, também, que o juiz poderá receber a petição inicial e determinar a emenda,
isso quer dizer que o autor pode fazer ajustes e complementar com informações,
podendo, também, indeferir o prosseguimento e até mesmo julgar improcedente de forma
liminar, caso este previsto no Art. 332 do Novo Código de Processo Civil. Nesse sentindo,
você conhecerá os recursos cabíveis em casos dessa natureza, compreendendo em que
momento poderá recorrer e quais casos caberá interpor manifestação para tentar reverter
decisões judiciais. Atente-se à importância do tema, pois é por meio do recurso que será
possível chegar a uma situação favorável para o seu cliente.
Bons estudos.
Infográfico
Conhecer os caminhos que o processo percorre no seu início e
entender como isso acontece, possibilita uma melhor compreensão
sobre como iniciar uma demanda judicial de forma correta. A
petição inicial é o ponto de partida para qualquer demanda
judicial. Respeitar e cumprir com os elementos básicos e trazer as
informações completas auxiliam no início, sem perda de tempo com
idas e vindas para ajustes e retificações.
O Infográfico a seguir representa uma visão geral
sobre os caminhos iniciais de um processo. Veja que
todas essas possibilidades acontecem apenas do
período da petição inicial até a citação do réu e
observe tudo que pode acontecer nesse curto
espaço de tempo, bem como todas as possibilidades
que tidas pelo juiz ao receber a petição inicial, desde
o encaminhamento até a notificação para ajustes, ou
mesmo o julgamento de improcedência liminar. Veja,
também, o ponto em que se situa a petição
no caminho percorrido por um processo judicial.
Conteúdo do Livro
O processo judicial, seja ele civil, de família ou mesmo para discutir um contrato, tem início
com a entrega da petição inicial ao fórum competente. A partir disso, começa uma série de
possibilidades que poderão percorrer essa petição inicial até a efetiva citação do réu do
processo. Isso porque o juiz, ao recebê-la, fará as análises pertinentes e indicará o
caminho a seguir naquela ocasião.
Não é novidade que o Poder Judiciário passa por uma crise de super lotação de
processos. Atualmente, tramitam, no Brasil, aproximadamente 110 milhões de processos
divididos entre a Justiça Estadual e Federal. Tendo em vista esse número alarmante, o
Judiciário vem fomentando formas de solução extrajudicial para a solução de conflitos.
Considerando esse movimento, o Código de Processo Civil procura trazer ferramentas
para auxiliar na busca extrajudicial da solução dos conflitos.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar essas formas de solução extrajudicial
que vêm sendo implementadas pelo Código de Processo Civil para tentar desafogar o
Poder Judiciário, aprendendo a diferenciar as audiências de conciliação, de mediação e de
arbitragem.
Bons estudos.
Conteúdo do Livro
Não é novidade que o Poder Judiciário está lento, e essa lentidão, no geral, se deve à
grande quantidade de processos a serem julgados, fazendo com que as varas judiciais
fiquem superlotadas. Tendo em vista esse problema, o Código de Processo Civil de
2015 traz o pensamento sobre a importância dos meios extrajudiciais para a solução dos
conflitos. Com o novo código, o legislador resolveu fomentar os meios para possibilitar que
as partes resolvam suas questões.
Percebe-se que grande parte das lides poderiam ser resolvidas se as partes tivessem uma
oportunidade de conversar, sem que fosse necessária a direta intervenção do Judiciário
para proferir uma sentença. Com isso, foram promovidas as ideias das audiências de
conciliação e mediação para o processo.
Exercícios
1. A audiência de conciliação não será realizada quando:
A. uma das partes não quiser.
B. se tratar de direito indivisível.
C. não for de interesse do juiz.
D. não houver centro de atendimento para realizar o ato.
E. ambas as partes não quiserem.
3. O réu deve ser citado com no mínimo quantos dias antes da audiência de
conciliação?
A.
10 dias.
B.
15 dias.
C.
20 dias.
D.
25 dias.
E.
30 dias.
4.
A.
B.
intimação pessoal.
C.
citação pessoal.
D.
E.
despacho.
5.
Onde autor e réu, respectivamente, devem informar caso não tenham interesse na
audiência de conciliação?
A.
B.
C.
D.
E.
Da contestação e da reconvenção
Apresentação
É muito importante para todos os profissionais da área jurídica conhecer todos
os termos abordados em um processo, especialmente no que se refere à petição inicial e
às suas regras.
Para que o processo seja perfeito, no entanto, ele não pode se preocupar apenas com a
inicial, pois, para garantir o cumprimento dos princípios da ampla defesa e do contraditório,
é necessário que se de ao réu a oportunidade de se manifestar sobre o que está sendo
dito.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender como o réu vai poder apresentar sua
versão dos fatos em um processo, garantindo, assim, que o julgamento seja feito como
base em informações trazidas pelos dois lados do processo.
Bons estudos.
Exercícios
1.
Qual dos seguintes itens não deve ser discutido antes do mérito em uma
contestação?
A.
Nulidade da citação.
B.
Incompetência absoluta.
C.
Perempção.
D.
E.
Conexão.
2.
A.
10 dias corridos.
B.
10 dias úteis.
C.
15 dias corridos.
D.
15 dias úteis.
E.
20 dias corridos.
3.
A.
Na reconvenção, o polo ativo deverá ser o réu, não sendo permitido incluir terceiro como
reconvinte.
B.
C.
D.
E.
Apenas poderá ocorrer à reconvenção se for apresentado terceiro que não está na relação
jurídica inicialmente apresentada.
4.
Qual dos seguintes entes NÃO tem prazo especial para contestar?
A.
Ministério Público.
B.
Fazenda.
C.
Defensória Pública.
D.
E.
5.
A.
B.
C.
D.
O novo juiz deverá obedecer à data previamente marcada para a audiência de conciliação.
E.
Após a citação válida do réu, o juiz voltará os olhos novamente ao processo para,
então, analisar o encaminhamento seguinte do trâmite processual. Com a citação, o
réu terá prazo de 15 dias para apresentar sua defesa (contestação). Caso o réu não
apresente sua defesa, poderá o juiz:
A.
decretar a revelia, mas, caso o réu apresente contestação, mesmo que fora do prazo,
poderá retificar e dar seguimento ao processo.
B.
decretar a revelia e intimar a parte autora a apresentar provas sobre sua narrativa, caso
ainda não as tenha apresentado.
C.
D.
dar seguimento normal ao processo, pois a não apresentação de contestação não implica
em revelia, pois a revelia poderá ser deferida ou não pelo juiz em sentença.
E.
dar seguimento normal ao processo, pois a não apresentação de contestação não implica
em revelia e, sim, obriga o julgamento imediato do processo.
2.
A.
B.
não apresentar defesa dentro do prazo de 15 dias, mas, juntando defesa mesmo que fora
do prazo, o juiz poderá reconsiderar.
C.
apresentar defesa, mas não conseguir convencer o juiz de fato impeditivo, modificativo ou
extintivo do direito do autor.
D.
E.
3.
A.
B.
quando o réu apresentar sua defesa (contestação), o juiz intimará a parte autora a
apresentá-la.
C.
o juiz verificará se a defesa (contestação) apresentada pelo réu deixou dúvidas e precisa
de esclarecimentos do autor.
D.
4. O juiz identifica, em determinado caso para julgamento, que uma parte dos
pedidos é incontroversa e a outra tem pontos controvertidos, isto é, autor e réu
divergem. Diante disso, poderá o juiz, quanto à sentença:
A.
B.
C.
D.
E.
5.
A.
B.
quando verificada a legitimidade processual.
C.
quando o processo ficar parado durante mais de 1 (um) mês por negligência das partes.
D.
quando o autor abandonar a causa por mais de 1 (um) dia, já seria suficiente.
E.