Trabalho de Conclusão de Curso-Pedagogia Delci
Trabalho de Conclusão de Curso-Pedagogia Delci
Trabalho de Conclusão de Curso-Pedagogia Delci
Santana– AP
2018
DELCI DO SOCORRO SILVA DA SILVA PEREIRA
Santana – AP
2018
DELCI DO SOCORRO SILVA DA SILVA PEREIRA
________________________________________
Profª. Aurilena Ferreira Haick- (Orientadora).
Pós-graduada em Orientação Educacional.
________________________________________
Santana - AP
2018
Dedico em especial ao meu marido José
Pereira e aos meus filhos que sempre
acreditaram que eu ia conseguir e por
isso sempre me apoiaram
incondicionalmente.
AGRADECIMENTOS
.
“Se a gente quiser modificar alguma coisa, é pelas
crianças que devemos começar. Devemos
respeitar e educar nossas crianças para que o
futuro das nações e do planeta seja digno. ”
AYRTON SENNA
RESUMO
The present theoretical and field research deals with the importance of the active
participation of the parents in the education of the children throughout their school
day, starting from an experience report by the undergraduate, realized in the
Municipal School Vera Lúcia Pinon Nery, fundamental level, where works in the
period from July to November 2017. It was found that it is of the utmost importance
that the family participate in the education process together with the instuition,
because through joint work, it will enable the formation of critical, reflective and gifted
citizens. Potentialities and abilities, so that, in this way, it allows the school to fulfill its
basic and social function. It is evident that the more parents and the school are
involved, acting as true partners, the greater the gains and willingness in the
convergent efforts for school education of the child, and consequently, there will be
greater competence for the development of various skills on the part from the
students.
1 INTRODUÇÃO
motivo ter transferido para a escola a maioria das tarefas educativas que por ordem
natural deveriam ser suas.
Como afirma ESTEVE (2004, p. 24), [...] “dentro de nossa própria cultura, não
precisamos sair de nossa própria cidade nem mesmo de nosso próprio bairro, um
certo dia observamos a nossa volta e nos damos conta de que quase tudo mudou,
que mal somos até mesmo incapazes de saber como as coisas funcionavam ou
funcionam”. Sentimo-nos, então, tão confusos como se tivéssemos mudado para
uma sociedade distante e estranha, mas sem esperança de retornar e reaver aquele
ambiente bem conhecido no qual sabíamos nos arranjar perfeitamente.
Dessa forma, percebeu-se que é uma incumbência difícil, fazer a avizinhação
entre família e escola, devido à falta de esclarecimentos a respeito do processo
educacional e seu objetivo final.
Para que essa parceria aconteça tanto a família como a escola tem que
estarem ciente de suas responsabilidades ou seja; os pais não podem
responsabilizar a escola ela educação total de seus filhos e a escola não pode
eximir-se de ser a segunda, mas não menos importante, responsável pelo processo
de formação do educando.
O capítulo 1 traz a introdução, a questão envolvida no trabalho que é o motivo
da existência do mesmo, que é saber a relevância da participação de fato dos pais
no processo educativo de seus filhos, os objetivos do trabalho que estão
relacionados ao problema supracitado, que é o de investigação da temática e
demonstrar a relevância de escola e família serem parceiras e a justificativa, que são
elencadas em três tipos, organizacional, acadêmica e social, demonstrando os
motivos para que este estudo se concretize.
O capítulo 2 apresenta o referencial teórico, composto do corpo do trabalho,
com os termos mais importantes para o entendimento dele: a escola, a família, os
desafios de educar, direitos e deveres dos responsáveis legais, a participação da
família na educação escolar, a parceria da escola com os pais, a necessidade de
escolarização para se transformar indivíduos
O capítulo 3 traz a metodologia dividida em duas partes, a primeira alicerçada
pelas referências bibliográficas inseridas no capítulo 2 e o estudo de caso, relatado
no capítulo 3.
O capítulo 4 apresentará a conclusão, que faz a síntese dos temas elencados
no trabalho e os aspectos mais importantes e relevantes observados.
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1.1 QUESTÃO
1.2 OBJETIVOS
1.3 JUSTIFICATIVA
2 REFERENCIAL TEÓRICO
experiência, ele alcança seu objetivo que é contribuir para que os outros homens se
eduquem, tornando-se generoso.
Nota-se que a educação nos possibilita encontrar um norte para chegar onde
queremos, já nascemos com o desejo nato de aprender e com um grande potencial
e só precisamos de motivação seguida por um grande estímulo, que pode vir de
professores, pais e amigos.
A Educação inicia-se no instante em que nascemos e perdura por toda a vida
e continuará presente por bastante tempo. É construído na vivência, no aprender a
ser, na convivência com as pessoas, no relacionar os seus saberes com o cotidiano.
O homem pode ser educado livremente ou de forma obrigatória, ou seja, por um
sistema centralizado de poder, reforçando ainda mais a desigualdade de classes
sociais.
Conforme algumas obras relatam, a educação e política não devem caminhar
associadas, pois uma influi na outra. Entretanto, várias opiniões variam a esse
respeito. Quando se fala em educação, a tendência é ligá-la à escola, prevalecendo
a ideia de que ela é a única responsável pela educação do indivíduo. A educação
está em permanente evolução, embora seu objetivo principal seja permanente.
(Transmissão de saberes), encontrando-se em constante variação, para que possa
se adaptar às necessidades e circunstancias que vão surgindo no meio social.
Ocorre de modos e em lugares diferentes e, mesmo assim, todos participam
dela, conforme diz Moraes (1997): para tanto, a educação deverá ofertas
possibilidades e instrumentos que auxiliem o aluno a aprender a aprender, a
aprender a pensar, a conviver e a amar. Uma educação que incentiva na formulação
de hipóteses, tomada de decisão e construção de trajetórias.
A educação agrupa diversos processos de comunicação e interação, pelos
quais os sujeitos de um segmento absorvem valores, saberes, habilidades, atitudes,
técnicas existentes no meio culturalmente preparado e, com isso, chegam ao nível
necessário para produzir outros conhecimentos, técnicas e valores.
Além disto, tem o dever de aprender, a enfrentar uma permanente
readequação das emoções, das sensibilidades, da racionalidade e dos
conhecimentos. Nunca seremos o mesmo indivíduo após aprendemos algo
significativo, por menor que seja.
Segundo Gadotti (1997, p. 162): “a transferência de qualidade nas relações
que conserva a sociedade ativa é fruto de um demorado e por vezes violento
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2.2 A ESCOLA
A escola nem sempre foi assim da maneira que é conhecida hoje. Em outros
momentos vários tipos de culturas ou caminhos visando percorrer a extraordinária
aventura de lidar com o conhecimento e as aptidões que ele carrega consigo. A
escola da atualidade vem sendo escopo de estudo, julgamentos e esquemas que
diversas vezes esquecem de considerar os que realmente estão inseridos nela.
A LDB define que a escola deve estar vinculada ao mundo do trabalho e às
práticas sociais. Desta forma, é esperado que a educação escolar prepare o
educando para a vida inspirando o mesmo a desenvolver princípios de liberdade
junto com ideais de solidariedade, características do indivíduo. Por ser considerados
universais esses valores devem direcionar toda atividade educativa da escola, das
famílias, das organizações sociais, e de outros segmentos que estejam dispostos a
ajudar com a educação escolar.
A contínua presença dos pais na escola pode provocar um certo incômodo e
isso poderá ser percebido. Principalmente quando essa presença é apenas para
fazer cobranças ou pedir explicações sobre isso ou aquilo sem conhecimento de um
todo. Porém hoje, a presença dos pais e da comunidade está sendo muito
requisitada e considerada como uma das maiores responsáveis pela ampliação das
possibilidades de uma boa relação, tanto para a escola, como para as famílias.
Tanto a instituição, como a família têm um papel importante: ajudar no progresso e
formação da criança. Quando se fala de escola, logo se pensa em conhecimentos e
saberes, e por esse motivo, diversas vezes é confundida com a própria educação.
Pois para muitos “ a escola é o berço da educação ou sela, onde ela começa”.
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Conforme Heidrich (2009), a escola foi criada para servir à sociedade. Por
esse motivo, ela tem a obrigação de dar uma satisfação no que diz respeito ao seu
trabalho, explanar de modo claro como realiza e como conduz a aprendizagem das
crianças criando assim, formas que os pais pudessem acompanhar a vida escolar
dos filhos, mas não é somente a instituição, a responsável pela educação. A
comunidade de modo geral também tem uma pequena parte de contribuição nesse
processo, como por exemplo as manifestações culturais que influenciam de alguma
forma na vida e na educação do indivíduo, pois, cada pessoa traz consigo, sua
própria identidade familiar, isto é, seus próprios pensamentos e valores, ou seja,
cada um têm suas características psicológicas únicas.
O caráter e a personalidade da pessoa são formados quando ainda são
novos e, tanto os familiares quanto a escola, certamente, são os principais
responsáveis por este desenvolvimento.
A escola, por apresentar uma extensão maior, proporcionaliza uma
socialização bem mais ampla que o convívio familiar. É na escola que o indivíduo
passa a conviver com outras crianças, experimenta e conhece um ambiente
completamente novo, com novas normas e novas concepções educativas.
A escola abre portas as novas experiências, muito diferente do universo
familiar, pois proporciona novos tipos de conhecimentos, capazes de causar grandes
transformações na vida dos indivíduos e em todo seu processo de formação. É na
escola que ele tem os primeiros contados com o conhecimento sistematizado e
passar de fato a interagir com pessoas de ambientes e mundos bem diferentes dos
que ele até agora ele conhecia. Conforme a idade da criança também é oferecida na
escola atividades diversificadas e especificas, que naturalmente não ocorre em
casa.
Reconhecer a relevância da educação pode, de fato, consolidar um canal de
interlocução com os familiares, visando aumentar a confiança entre os pais e escola.
Segundo Moraes (1997), a solidariedade, a harmonia e a paz, são realmente coisas
aprendidas na escola, pois ela é a grande responsável por isso, não pelos
conteúdos elaborados de preferência para as crianças, mas sim, pela importância do
convívio em sociedade, porém, é necessário também estar de mente aberta para
aceitar os novos paradigmas.
Gadotti (1997) ressalta que o ensino atual está se reformulando a partir de
outro olhar que os educadores estão tendo dela: longe de ser um lugar permanente,
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2.3 FAMÍLIA
Nos últimos vinte anos, tem ocorrido várias mudanças na sociedade no que
diz respeito ao processo internacional de integração, social, cultural, política e da
economia capitalista que vem afetando a evolução e a composição original da
família causando assim, transformações em sua estrutura tradicional.
Em um estudo feito por Pereira (1995), é explicado que a diminuição na
quantidade de casamentos, assim como o crescimento de famílias que vivem
somente juntos, ou vivem só com a mãe ou só com o pai, entre outros casos, tem
tornado as famílias da atualidade bem variadas.
Antigamente, as famílias eram constituídas de pai, mãe, filhos e parentes
próximos que viviam no mesmo ambiente, atualmente, essa realidade mudou,
existindo casos em que os pais moram separados.
Considera-se família, todo e qualquer grupo que possua algum parentesco e
que seja responsável pela manutenção das necessidades básicas e socialização
das crianças, sendo ligados ou não pelo sangue, aliança ou adoção que estão
morando num mesmo ambiente ou não, por um tempo indeterminado.
Entretanto, é necessário ressaltar que essas mudanças não devem ser
entendidas como pontos negativos. A aparente desorganização familiar representa
uma parte dos aspectos da reestruturação que ela vem sofrendo, os papéis sociais
atribuídos entre o homem e a mulher tendem a se modificar não só em casa, mas
também no local trabalho, na rua, na recreação e em outras esferas da atividade
humana. Portanto, não se fala mais em família, mas de “famílias”, para que se possa
tentar entender a diversidade de relações que convivem em nossa sociedade.
O refúgio familiar é o lugar indispensável para a garantia da sobrevivência e
da proteção integral dos filhos e demais membros, independentemente do formato
familiar ou da forma como vêm se estruturando.
Várias dificuldades podem ser encontradas na educação familiar devido os
reflexos que a sociedade propaga, como fala Cury (2003): nos dias atuais, bons pais
estão dando origem a filhos cheios de ansiedade, alienados, autoritários, sem
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disciplina e angustiados. Neste sentido, além de não possuírem tempo para educar
os filhos a enfrentar os problemas sociais, a própria sociedade é responsável por
não os educar, graças a quantidade de estímulos que exercem na criança.
Dentre eles, encontram-se os chamados para o consumo sem limites, para a
violência, para o sexo sem limites que funcionam como estímulos sedutores que
entram na sua cabeça, mesmo que os pais ensinem os filhos a serem solidários e a
consumirem o necessário, o sistema os corrompe, ensinando o individualismo e a
consumir sem precisar.
Combinando as atitudes desenvolvidas por familiares na educação da
criança, é possível elencar três tipos categorias de pais: os autoritários, os
permissivos e os democráticos.
Os pais autoritários são os que relutam em se comunicar com os filhos, além
de não mostram tanto afeto e serem muito rígidos, restritivos e controladores, quanto
ao grau de exigência para com eles. As condutas são analisadas a partir de um
padrão de exigência já estabelecida e eles apreciam também a obediência às regras
por eles definidas, e não se preocupam em expor aos filhos os motivos destas
imposições.
Tem também os permissivos que são afetuosos e procuram conversar com
eles, no entanto, eles têm dificuldades de colocar limites, pois toleram demais,
chegando até mesmo a serem condescendes com os desejos e atos do filho. Os do
tipo democrático possuem uma conduta equilibrada no controle das ações,
sobretudo, no que se refere ao amadurecimento, independência, respeito,
capacidades e sentimentos de seus filhos. Expressam afetividade e procuram
aguçar a capacidade crítica da criança, são flexíveis, fazendo o filho ter disciplina,
ajustando regras e limites de maneira clara e objetiva.
Nota-se a diferenciação das dimensões e formas de educação familiar onde
os pais podem seguir diferentes comportamentos no que se refere ao incentivo, a
evolução do caráter do filho, criação de regras, condutas, relação afetiva e
autocontrole. Desta maneira, verifica-se que os pais democráticos são aqueles que
efetivamente conseguem executar ações educacionais que estabelecem limites e
regras de conduta de forma construtiva, afetuosa e responsável.
Apesar dos impedimentos, a educação, tanto na família como na escola, não
deve ser mecânica e autoritária. É preciso ajudar a criança a encontrar significado
naquilo que aprende, proporcionando a ela, uma abertura para a vida. Assim, a
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que também fazem parte do contexto escolar. São todos educadores, embora,
muitas vezes, não saberem disso.
A escola, certamente, não quer que a família seja responsável pelos
conteúdos ministrados, mas que incentive o seu filho em suas atividades. É uma
parceria entre diferentes instituições. A função da família seria a de fomentar no
educando, o comportamento de estudante e cidadão e o da escola seria orientar aos
pais nos propósitos que a escola deseja alcançar com o aluno e de criar momentos
para que essa integração possa acontecer. Isso não seria possível caso não
houvesse uma facilitação do diretor.
Os educandos precisam ser protegidos e cobrados conforme suas
necessidades e capacidades, protegidas nas situações que não conseguem se
defender e cobradas naquilo que têm condições de fazer. Por esse motivo, escola e
família têm funções parecidas e que se aproximam, que poderiam se resumir,
resumidamente, em como proteger e educar, dar autonomia ao educando,
permanecendo no espaço da troca e de da complementação, sem cair na armadilha
da disputa, objetivando acertos e corrigindo falhas. E entender que o relacionamento
que o aluno mantém com a escola está relacionado não só com o formato de família,
como, também com o relacionamento que os constituintes possuem entre si. Porque
é no momento que o filho é colocado na escola que o sistema familiar fica exposto
(REIS, 2010).
Para que elas sejam realmente eficazes, temos de reconhecer as
particularidades de cada uma e descobrir as relações possíveis existentes para essa
parceria. Ambas estão em crise, sendo criticadas pelo que não realizam e deveriam
realizar em um contexto de grandes transformações, apesar de que, mediante a
tantas críticas, ambas ainda sejam instituições valorizadas.
Podem ser entendidas, a escola e a família ou consideradas como sistemas
humanos em interações permanentes que possuem como elemento de união, o
filho-aluno. O aluno chega à escola com os seus paradigmas, seus medos,
dificuldades e desejos, precisando aprender os valores da instituição e conviver com
o diferente. É um instante rico e delicado para ele, sua família e para a escola (REIS,
2010).
A procura de um bom relacionamento entre família e escola deve fazer parte
de qualquer trabalho educativo que tem como foco a criança. Além do mais, a escola
também realiza uma função educativa junto aos pais, discutindo, informando,
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Por mais ou menos 200 anos, família e escola estiveram muito bem. Escola e
os pais pensavam harmonicamente. Tanto que isso funciona, que tarefas, sanções
ou obrigações eram aprovados pelos familiares. Assim, os educandos percebiam
coerência na autoridade que era exercida por ambos. Isso fazia com que as duas
instituições ficassem mais fortes e essa força vinha dessa interação biunívoca. As
gerações posteriores recebiam os saberes e valores sem problemas.
Atualmente, o que se percebe? A harmonia e a sintonia não existem mais.
Muito pelo contrário, os pais parecem estar sempre desconfiados do que a escola
faz, do que os docentes ensinam ou fazem, não confiam na equipe de pedagogos e
diretoria, a relação dialógica e rítmica de antes não parece dar mais liga. (SOUSA,
2012).
Enquanto a família possui o seu grau de desconfiança, a escola está com
medo, com o moral em baixa e se sentindo insegura. Isso é fruto das reclamações e
ameaças dos pais às atitudes e recomendações que a escola passa, como, se
passa muito dever, eles reclamam que estão deixando o filho deles preocupado ou o
contrário, passam poucos exercícios e estão deixando o aluno de qualquer jeito.
Quando não é isso, é a falta de confiança no trabalho do professor, sendo ele,
questionado ou até mesmo, perdendo sua autonomia na elaboração das atividades.
Outra característica de alguns tipos de pais é que, depois de fazer a matrícula
das crianças, considera a sua missão terminada e, então, concerne à escola toda e
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qualquer problemática ligada à educação. De modo geral, esses são pais ausentes,
que não vão às reuniões quando chamados ou que, quando convocados para
reuniões, nunca tem disponibilidade (SOUSA, 2012).
As atitudes supracitadas não colaboram no amadurecimento intelectual e
sentimental dos educandos. Mesmo assim, são modos de agir que acontecem com
muita frequência, criando uma amargura progressiva por uma parcela dos docentes
que percebem que não são mais reconhecidos como confiáveis e como parceiros
dos familiares. Sendo assim, os pais estão se sentindo cada vez mais inseguros
com relação à instituição escolar dos filhos, contribuindo para o aumento da tensão
que existe entre esses dois pilares de sustentação da educação infantil.
Em condições normais, nenhum pai em condições normais, irá executar
alguma ação que leve a um resultado ruim na escola. Pode acontecer, às vezes,
sem intenção, achar que está ajudando, mas estar atrapalhando o filho. Isso pode
acontecer das seguintes formas: proteger demasiadamente os pais; nele sem ouvir a
versão da instituição; interceder no cotidiano do aluno com a escola sem permitir
que ele lute por seus direitos e assume os seus deveres.
Os pais desejam o melhor para os filhos e isso parte, inclusive, do exemplo
que é dados para eles. Isso deve acontecer no campo prático, com o exercício da
cidadania, respeitando as regras, responsabilizar pelas falhas. Os filhos não podem
achar que podem tudo, errar e causar mal às pessoas e nada acontecer. Essa forma
de entendimento pode conduzi-los à marginalização (SOUSA, 2012).
escola que, até então, era apenas para os ricos, teve que se abrir para outros
públicos, pois o acesso à escola passou a ser o principal indicador de uma
sociedade democrática (SOUSA, 2012).
Existe uma tendência atual em colocar a gestão democrática como resposta
para todos as dificuldades do atual modelo de ensino. Concebe-se a escola como
um caminho, entretanto, não o final dele, pois não adianta apenas saber o que fazer,
mas sim, como. A participação da comunidade deverá ser ativa, ajudando a construir
a escola que se quer, não apenas, com conjecturas, mas com esforço prático.
Está evidenciado o impacto das transformações políticas, econômicas,
culturais e sociais no ensino e essas mudanças provocam uma reformulação do
papel da escola e dos docentes. No entanto, por mais que ela seja influenciada em
seu todo, ela ainda se conserva como instituição imprescindível para a sociedade
democrática.
A escola, através de seu corpo diretivo, possui muito interesse na formação
dos indivíduos, nas esferas cultura e científica, visando a formação de cidadãos
autônomos, críticos e também, desenvolver a cultura em suas diversas
manifestações, fortalecendo organizações, entidades e movimentos sociais
(SOUSA, 2012).
A escola tem um papel preponderante no que se refere ao preparo das novas
gerações para os desafios propostos pela sociedade atual. Assim, o fortalecimento
das lutas sociais, a conquista da cidadania, resultam da ampliação do número de
pessoas que possam participar das decisões principais que vão de acordo com os
seus interesses. A escola possui a missão de minimizar a distância entre a ciência,
de mais subsídios, e a cultura de base produzida no cotidiano, que consistem nos
conhecimentos prévios que os alunos trazem. Além disso, tem a obrigação de
contribuir com os discentes, no sentido de torna-los indivíduos ativos e pensantes,
construtores de sua realidade e apropriadores críticos da realidade que os cercam.
Diante de tais possibilidades, a escola deverá estar preparada para fazer a
diferença buscando uma educação que dê valor ao conhecimento do aluno,
fortalecendo um melhor relacionamento entre o processo de ensino e aprendizagem
em que diretores, professores, pedagogos e funcionários.
No que se refere ao aspecto educacional, a escola possui sempre uma função
importante, e atualmente, além de ensinar, visa criar condições para o trabalho e
para a cidadania, além de passar os valores principais para a vida do estudante,
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sendo que esse direcionamento poderia se dado pela família. Mais do que isso,
funções têm sido adicionadas visando que os educandos possam se apropriar da
experiência organizada de forma cultural e a se converter em agentes de criação
cultural.
A evolução da escola sofre muita influência social, mas nem sempre a
sociedade é participativa e fornece suporte à educação, o que acaba por
comprometer o ideal de educação de qualidade. É importante que a sociedade
contribua com a escola e que ela possa contar com todo suporte e presença da
família do aluno.
As mudanças que estão acontecendo, relacionadas com os valores familiares
e da sociedade, podem fazer com que a escola não possua mais o controle sobre a
forma correta que se deve educar, sendo que muitas causas influenciam na
educação, fazendo com que o trabalho da escola acabe se tornando mais
complicado e a sociedade acaba por passar deveres que, anteriormente, pertenciam
à esfera familiar. Considerando o rol de modificações, fica complicado chegar em um
acordo sobre a função da escola. Ensinar educando ou educar ensinando? Diante
disso, a escola vem sofrendo cada vez mais influências e cobranças da sociedade,
que nem sempre ajuda no bom desenvolvimento escolar da criança (SOUSA, 2012).
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Além disso, o estudo de caso favorece uma visão sistêmica sobre os o que
acontece na vida real, destacando-se seu aspecto investigativo e de vivência na
realidade atual (CARVALHO, 2015). O estudo de caso é recomendável na fase
inicial de uma investigação sobre temas complexos que requerem a construção de
hipóteses ou reformulação de problemas.
O trabalho também se caracteriza como exploratório, pois, tem como fim, o
desenvolvimento e esclarecimento de ideias e conceituações, possibilitando estudos
posteriores, iniciando a possível familiarização com o problema. Também pode ser
vista como descritiva, porque trabalha com uma população de características
específicas, os trabalhadores na área pública, fazendo a observação sistêmica dos
dados coletados. Pode ser concebida como qualitativa, pois, o interesse em questão
é descrever e compreender informações e ocorrências, que os números não
poderiam expressar.
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Diante disso muitos pais se afastaram, achando que a direção era muito
rígida, eles não entenderam que as mudanças eram para a proteção de seus filhos,
dos funcionários e para o bom funcionamento da escola.
Diante dessas observações, foi acordado com a direção da escola para que
durante uma reunião com os pais, pudesse ser feito uma pequena entrevista, afim
de investigar o que eles pensam sobre as reuniões, se participavam no aprendizado
de seus filhos, se os ajudavam com os deveres de casa, entrevista esta que seria
estendida a alguns professores e aos alunos em outro momento.
A entrevista aos pais foi realizada em uma reunião especial de pais e
mestres.
A entrevista com os professore foi feita em várias tardes, no horário de
intervalo dos alunos.
A entrevista com os alunos foi feita em sala de aula, em diferentes momentos
e com a autorização da direção e do professor da classe.
Todas as entrevistas foram gravadas com o auxílio de celular.
Para não perder nem um detalhe da entrevista e não esquecer pontos
considerados importantes, todas as entrevistas gravadas com o auxílio do celular.
Porem percebi que muitos pais não ficaram a vontade diante da ideia de gravar duas
respostas, elas conseguiram se expressar melhor depois que o gravador do celular
foi desligado. Algumas pessoas podem ficar limitadas durante a entrevista devido ao
uso de tecnologias.
O objetivo dessa entrevista foi o confirmar várias das questões encontradas
na fase de observação da escola por e de se aproximar o máximo possível da
resposta, pois, é necessário examinar os fatos ou fenômenos que se deseja estudar,
não basta apenas ver ou ouvir.
42
50
39
40
30 30
30
21
20
10
0
Categoria 1
Por que você frequenta ativamente nas reuniões na escola do seu filho?
17
13
ACHO IMPORTANTE VAI AJUDAR MEU FILHO QUERO COLABORAR COM A ESCOLA
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Foi confirmado que os pais que frequentam sempre as reuniões são os pais
das crianças que vão bem na escola, pois são ajudados por seus pais em casa.
Esses pais afirmaram que frequentam as reuniões porque acham importante,
querem ajudas seus filhos e por fim colaborar com a escola.
CATEGORIA 1
64
27
23
6
CATEGORIA 1
Dos 120 pais questionados, apenas 27 disse sim, que ajuda seu filho
com os deveres de casa, porém um número alto (64), disseram que não, 23
disseram que aas vezes, e os demais não responderam.
45
18
17
NÃO TENHO TEMPO
14
NÃO TENHO INSTRUÇÃO
SUFICIENTE
NÃO SEI COMO FAZER
CATEGORIA 1
2 - PERGUNTA FEITA APENAS AOS ALUNOS QUE SEUS PAIS NÃO AJUDAM.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS.
REFERÊNCIAS