Pedagogia

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FACULDADE DE SÃO VICENTE

PEDAGOGIA

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO

CAMILA GOMES DO NASCIMENTO PADIAL

São Vicente

2013
FACULDADE DE SÃO VICENTE

PEDAGOGIA

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO

CAMILA GOMES DO NASCIMENTO PADIAL

Relatório apresentado ao curso de


Pedagogia da Faculdade de São
Vicente, como exigência para aprovação
do estágio curricular supervisionado.

Orientadora: Professora Elaine Berlanga


Trindade

São Vicente

2013
CAMILA GOMES DO NASCIMENTO PADIAL

Quesitos Avaliados

Cumprimento do prazo
Coerência Textual
Metodologia
Utilização dos Conceitos
Adequação e fidelidade quanto as
atividades desenvolvidas durante o
estágio

( ) Aprovado ( ) Reprovado

Parecer:

____________________________________

Orientadora: Professora Elaine Berlanga Trindade

DATA: __/__/__
SUMÁRIO

1-DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DAS ESCOLAS............................... 06


2 CONCEPÇÃO TEÓRICA ADOTADA PELAS ESCOLAS............... 08
2.1.1ESTRUTURA FÍSICA E ORGANIZACIONAL DAS ESCOLAS.. 12
3-DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO.............................................. 13
3.1 VIVÊNCIA........................................................................................... 15
4- CONCLUSÃO.................................................................................. 19
5-BIBLIOGRAFIA................................................................................ 29
INTRODUÇÃO

Este relatório tem o objetivo de registrar as experiências que tive ao


longo do período de estágio, onde pude relacionar a teoria aprendida durante o
curso de formação acadêmica docente com a prática da rotina da educação
nas escolas.

Relatarei as experiências que tive na Educação Infantil e no Ensino


Fundamental em diferentes escolas. Pude conhecer o ensino das escolas da
rede estadual e particular, observando assim as diferenças de estrutura escolar
e ensino existente entre as escolas, através da observação , participação e
regência nas aulas.

O estágio foi um momento de descobertas e de adquirir conhecimento


na prática, pois pude aprender o que para mim era um universo desconhecido.
Na busca do aperfeiçoamento e interação da teoria com a prática, aspecto tão
importante para qualquer tipo de profissional, em especial o professor.

É através do estagio que passamos a conviver e conhecer melhor o


cotidiano dos alunos e professores na escola, podendo assim adquirir novas
experiências. Propondo um melhor envolvimento do educando e inserindo-os
no meio social, com sabedoria e dignidade. “A prática educativa é tudo isso:
afetividade, alegria, capacidade científica, domínio técnico e serviço da
mudança ou, lamentavelmente, da permanência de hoje” (Freire, 1996, p. 143).

Durante o estágio pude relacionar o conteúdo aplicado com as diversas


disciplinas da grade curricular do curso de Pedagogia e observar
procedimentos e elaboração dos conteúdos e recursos metodológicos e
didáticos para a aplicação das atividades pedagógicas no processo de ensino
aprendizagem dos alunos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental
1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DAS ESCOLAS

Escola da rede privada:Associação Cultural Evangélica da Primeira

Telefone: (13) 3324- 3432

E-mail:www.colegiobatistasv.com.br/ [email protected]

Endereço: Av. Presidente Wilson, nº 1437

Bairro: Centro

Cidade: São Vicente / SP

CEP: 11320-000

Modalidade de Ensino: Educação Infantil e Ensino Fundamental.

Horário de Funcionamento:9:00 às 18:30 hs.

Diretora:Djane.

Coordenadora: Sílvia.

Órgão auxiliares da escola: Direção, Equipe Pedagógica, Equipe


Administrativa,

Área de atuação do estagiário: Sala de Aula: Jardim III - Ensino


Infantil.
Escola da Rede Pública: “E.E Governador Mário Cóvas Júnior”

Telefones: (13)3576- 8089 /3566-1173 / 3566-0243

E-mail: [email protected]

Endereço: Rua Dr. Archimedes Bava, s/n.

Bairro: Parque das Bandeiras (Gleba 2 ).

Cidade: São Vicente / SP.

CEP: 11346190.

Modalidade de Ensino: Ensino Fundamental e Ensino Médio.

Horário de Funcionamento: Das 7:00 às 23:00 hs.

Diretora: Sílvia Rodales.

Coordenadora responsável :Veruska Mangini Francki

Órgão auxiliares da escola: Direção, Equipe Pedagógica, Equipe


Administrativa, Diretoria de Ensino de São Vicente , Rede Estadual de Ensino.

Área de atuação do estagiário: Sala de Aula : 2°ano- Ciclo I, Reuniões de


HTPC, Reuniões de Orientação do Projeto Bolsa Alfabetização.
2-CONCEPÇÃO TEÓRICA ADOTADA PELAS ESCOLAS

A primeira escola que observei essas relações escolares foi a


“Primeira da Batista”, é um colégio da rede privada com princípios cristãos,
morais e éticos e oferece, além do Ensino Básico, Inglês, Educação Física,
Informática, Música, Balé e Educação Cristã. O Colégio apresenta uma ação
educativa por meio de uma aprendizagem significativa através de princípios
cristãos, proporcionando o desenvolvimento integral do aluno como individuo.

O colégio visa dedicar-se às ciências divinas, caracterizada pela


busca contínua da excelência no ensino e na pesquisa prima pela formação
integral do ser humano , em ambiente de fé cristã. Tem como missão educar o
ser humano, formando um cidadão consciente, crítico e digno, preparando-o
para a vida, contribuindo, assim, para o desenvolvimento do ser e da
sociedade, por meio do ensino e das atividades científicas, culturais,
esportivas, sociais e espirituais. Tem como objetivos, promover a excelência
acadêmica, desenvolvendo no educando o pensamento lógico, o interesse pela
pesquisa científica, o conhecimento de suas próprias aptidões; contribuir para a
formação de um aluno-cidadão, que compreenda o valor e a dignidade do ser
humano; encorajar o estudante a desenvolver espírito de cooperação,
solidariedade, autodisciplina e respeito próprio, respeito ao outro como criatura
de Deus e ao contexto social e ajudar o aluno a desenvolver uma visão de
mundo informada e transformada pelas verdades da Bíblia.

O ambiente da Educação Infantil foi especialmente desenvolvido para


os pequenos, estimulando a livre escolha e despertando o interesse para a
própria aprendizagem.Com exercícios psicomotores e brincadeiras
pedagógicas que induzem à autodisciplina e ao respeito pelo próximo. As
professoras e profissionais são bem preparados e estão sempre na companhia
das crianças, prontas para atendê-las em qualquer necessidade.Os alunos têm
um acompanhamento personalizado quanto ao seu desempenho em sala de
aula.
Na proposta político-pedagógica do colégio, está inserido alguns
projetos que visão contribuir para a formação integral do aluno com cidadão.
Projetos como, “Lixo Zero”, que transforma o lixo orgânico em ouro negro, que
é utilizado como insumo agrícola, para a conscientização ambiental do
educando; também tem o Projeto “Capelania”,com seus pastores e
missionários à disposição, com o objetivo de: aconselhar, orar e orientar alunos
e familiares; tem o Projeto “Futsal”, uma atividade esportiva que contribui para
a formação do aluno, rumo à cidadania, tem o Projeto “Dança Criativa”, com
aulas de dança, que desenvolve a percepção de tempo e espaço, promove o
autoconhecimento do corpo, trabalha a postura e a musculatura, estimula a
criatividade contribuindo para o seu relacionamento interpessoal, promovendo
uma atitude de sucesso perante a sociedade; e o Projeto “Inclusão”, que é
mais um diferencial, incluir alunos com necessidades educativas especiais e
proporcionar a todos a oportunidade de conviver na diversidade.

A segunda escola “E.E Governador Mario Covas Junior”, é


estruturada pela relação com a comunidade que colabora ativamente com
determinadas funções no projeto político pedagógico. A escola preocupa-se
demais com o desenvolvimento humano e com a educação formal dada pela
escola.

Pensando nas dificuldades de alfabetização no Brasil, a escola


adotou medidas que contribuíram para o ensino-aprendizagem nas series
iniciais. O F.D.E (Fundo de desenvolvimento da Educação) contribuiu para que
o programa Bolsa Alfabetização fizesse parte do corpo docente da escola.

O Bolsa Alfabetização. Criado pelo Decreto 51.627 de 1° de março


de 2007, o projeto tem o caráter de colaborar com os alunos das instituições de
Ensino Superior na prática pedagógica em sala de aula.

Os estudantes dos cursos de Letras e Pedagogia apóiam


professores titulares nas classes de primeira série do ciclo I em atividades de
alfabetização. Conhecidos como alunos pesquisadores desenvolve uma
pesquisa de orientação didática sob a orientação dos seus professores nas
instituições que estudam.
Ao participar do programa Bolsa Alfabetização no ano de 2013,
nota-se a contribuição na formação dos alunos- pesquisadores e no curso de
pedagogia e letras, melhorando a qualidade de ensino na 1° série, firma
parceria, compromissando as (IES) Instituição de Ensino Superior à causa do
ensino público.

O projeto é realizado pelo aluno pesquisador e, sob o


acompanhamento do professor orientador da instituição de ensino superior
(IES), o projeto de pesquisa é

uma modalidade de investigação didática, realizada nas classes de 1ªs séries,

convertida em registro escrito, com o objetivo de apresentar à escola e à IES,

um estudo temático mais aprofundado de alguns aspectos da alfabetização.

A leitura feita pelo professor tem objetivo de fazer com que os alunos
despertem a vontade de ler e aprendam a apreciar textos literários, que eles
consigam recontar histórias conhecidas, recuperando algumas características
da linguagem do texto lido pelo professor.

Ler com a ajuda do(a) professor(a) diferentes gêneros textuais, apoiando-se de


em conhecimentos sobre o tema do texto, que os alunos possam ler por si
próprio, textos conhecidos como parlendas, adivinhas, poemas, canções, trava-
línguas, além de placas de identificação, listas, manchetes de jornal, legendas,
quadrinhos e rótulos.

Compreender o alfabeto e como utilizá-lo na escrita, ainda que


escreva com erros ortográficos.

Escrever alfabeticamente textos que conhece de memória. Criar


uma rotina de leitura e escrita na vida das crianças, que eles acostumem com a
leitura e escrita diariamente, produzam textos de autoria (bilhetes, cartas)
ditando para você ou para os colegas e, quando possível, de próprio punho.

Que todos os textos sejam lidos e produzidos coletivamente com


a ajuda do professor, estagiário ou aluno-pesquisador.

Todos os apontamentos do aluno pesquisador, sob a intervenção/inferência do


professor orientador, são compilados em Relatório Pedagógico e,
periodicamente, encaminhado à FDE para análise.

Pretende-se que, ao término do projeto de pesquisa, a escola


receba uma cópia deste documento, o que será uma oportunidade para
reflexão e revisão das didáticas adotadas.

A educadora argentina Profª Drª Delia Lerner, eleita como


consultora da iniciativa por conhecer estreitamente a experiência em outros
países, acompanha e orienta a equipe de gestão do Ler Escrever/Bolsa
Alfabetização e os professores orientadores das instituições de ensino superior.

2.1-ESTRUTURA FÍSICA E ORGANIZACIONAL DAS ESCOLAS

O Colégio Batista no qual tive a oportunidade de estagiar na


educação infantil, na sala do Jardim III com a faixa etária das crianças de 5
anos de idade, tem sua estrutura composta por 8 (oito) salas de aula e atende
do maternal até o 5° ano do Ensino Fundamental. A escola fornece também:
biblioteca, brinquedoteca, quadra de futebol, brinquedos disponíveis num
amplo salão, sala de informática, salão de música e dança, piscina e cantina.
Todas as salas possuem ar condicionado, banheiros espalhados entre os
corredores das salas de aula.

Sua estrutura pedagógica é composta pela Diretora, Coordenadora,


professora de música, professora de balé, professora de inglês , professor de
educação física, oito professores titulares, uma psicopedagoga, cinco
estagiários que trabalham nas salas que possuem alunos ditos especiais.

A administração da escola é dividida em Direção, Coordenação,


Secretaria e Tesouraria.

A Escola Estadual Governador Mario Covas Júnior na qual tive


também a oportunidade de participar no ensino fundamental, na sala de 2° ano
com a faixa etária de 7 anos de idade, tem sua estrutura composta por salas
de aula e atende do 1° ano do Fundamental ao 3° ano do Ensino Médio. A
escola fornece também: biblioteca, quadra de futebol, sala de informática,
pátio, cozinha e cantina. Todas as salas possuem 2 ventiladores e banheiros
espalhados entre os corredores das salas de aula.

Sua estrutura pedagógica é composta pela Diretora,


Coordenadora, professores que atuam nas salas de Ensino Fundamental,
professores que atuam nas salas de Ensino Médio, 3 alunos pesquisadores do
Projeto Bolsa Alfabetização auxiliam nas salas de 2° ano do fundamental.

A administração da escola é dividida em Direção, Coordenação e


Secretaria. Percebi que a gestão democrática é vinculada ao projeto da escola,
no qual todos participam, procurando soluções para os
problemas/questionamentos que aparecem durante o ano letivo.
3-DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO

Em meu período de estágio supervisionado observei inúmeras


situações teóricas e práticas que o professor se expõe como mediador de
conflitos no ambiente escolar.

O Educador é mediador dos conhecimentos escolares, mas


também é sua função mediar os conflitos sociais em sala de aula. Utilizando-se
de saberes adequados, ele deve utilizar de um discurso democrático,
respeitando a cultura e a faixa etária de seus educandos. Através de sua
organização, deve utilizar recursos obtidos através de estudos, para conciliar o
assunto a ser discutido, com o conhecimento psicossocial para tentar erradicar
os problemas sociais que conjuminam na escola. Segundo artigo da Revista
Conteúdo, o papel do docente da educação deve ser de mediador na
construção de uma sociedade mais unânime, desenvolvendo a criticidade de
seus alunos aos problemas sociais nos quais eles estão inseridos. O professor
deve ser uma ponte entre o conhecimento científico e a rotina diária de seus
alunos. Diminuindo o abismo social e cultural dos mesmos. Ensinando-os a
pensar e questionar. Mostrando ao aluno que ele não é apenas um sujeito
passivo de sua história e sim o protagonista contestador de sua verdade.
Transmitindo saberes aos seus alunos, pois o conhecimento diminui os
conflitos gerados pelos problemas sociais, os quais os alunos vivenciam, tanto
fora da escola como dentro da mesma. O acesso ao conhecimento gerado pelo
professor mediador cria bases sólidas sobre o pensamento. Só a educação é
capaz de diminuir as tensões geradas por esses conflitos. Através do
aprendizado são gerados conhecimentos mais amplos e históricos para que os
alunos possam interpretar suas experiências e seus aprendizados na vida
social.

Segundo a revista Escola (2011), a influência que o educador tem


sobre o educando acontece devido a muitos fatores, tendo em vista que vários
deles são resvalos da cultura familiar do mesmo. Um deles é o estímulo que os
pais dão ao materialismo, por exemplo: Proporcionar ao seu filho os melhores
brinquedos, os melhores materiais escolares e uma refeição farta para uns, traz
aos outros alunos uma série de conflitos em sala de aula, onde uns se sentem
menosprezados por não terem brinquedos tão bons ou porque uma refeição é
deliciosa e instigadora enquanto a outra é simples. Isso são conflitos que o
professor como mediador também tenta resolver na sua prática docente,
ensinando o educando a dividir, ser humilde, mostrando essa importância e da
confraternização, assim estimula o desenvolvimento pessoal e profissional dos
mesmos.

Outra dificuldade que o docente se depara, é a super lotação das


salas de aula, não conseguem suprir a necessidade de todos, de tal maneira
que muitos educandos não conseguem acompanhar. Os alunos exclusos
concluem as séries sem o conhecimento essencial, e passam para as próximas
séries perdidos e desmotivados, por verem outros colegas com o processo de
desenvolvimento mais avançado. Nesses casos, muitas vezes, o docente,
como mediador, fica com as mãos atadas, pois precisa seguir o cronograma
estipulado pela lei que não condiz com a necessidade epistemológica e o
prejudicado é o educando.

A necessidade da estrutura do conhecimento é afetado, tanto pelo


avanço da estrutura quanto pelo atraso da mesma.

Na psicologia, as fases do desenvolvimento, segundo alguns


estudiosos, é a chave para uma estrutura contundente ao crescimento de um
ser sociável, crítico, com grandes expectativas para o futuro e o papel do
professor mediador é notar se existem diferenças.

As medidas tomadas para os alunos de inclusão, muitas vezes,


são inversas às leis sancionadas por falta de estrutura. Coloca-se apenas uma
estagiária para acompanhar o rendimento das crianças, mas o desafio do
professor mediador no ambiente escolar é maior, é trazer soluções para os
conflitos diários, dos quais envolvem problemas sociais, culturais, psicológicos
e muitos outros.

Entende-se que o estudo epistemológico em prol da evolução de


novos paradigmas condiz com a realidade dos últimos anos. A expectativa
criada pelos educadores a alguns alunos faz com que os outros não tenham
estímulos para um bom aproveitamento em sala. Nesta situação ocorre o
desânimo e a criança de sente excluída pela falta de atenção. Antes, o
educando era considerado uma máquina de absorver informações de diversos
segmentos. Hoje fala-se do construtivismo no segmento estudantil como uma
opção didática em que os alunos aprendem o que realmente é necessário para
se desenvolver, porém as práticas pedagógicas estão mudando de estrutura. A
evolução tecnológica junto ao desenvolvimento do país está abrindo novas
opções na luta em defesa dos direitos dos professores e dos alunos. Fala-se
de uma carga horária rígida, porém com atividades que condizem com o
desenvolvimento de um mundo plano.

3.1 VIVÊNCIA

Nos últimos três anos tive a oportunidade de vivenciar no Estágio, os


aspectos teóricos e práticos que são desenvolvidos durante a formação
acadêmica com o objetivo de relacionar o que foi aprendido por meio das
disciplinas aplicando esses conceitos em escolas. Em minha I.E.S (Instituição
de Ensino Superior), o estágio é dividido em modalidades que segundo Lima
(2004), as modalidades de estágio de subdividem entre os aspectos dentre
eles: a observação, participação e regência. Por sua vez, os esquemas
tradicionais de realização de estágios apresentados sob a forma acima
descrita, tendo por pressuposto que a aprendizagem de ser professor se dá
pela reprodução das práticas observadas e experimentadas, revelam seu
esgotamento em decorrência da verificação de que essa modalidade não
resulta em melhoria dos resultados do ensino, pois a concepção que a sustenta
é a de que o ensino é uma atividade técnica que, uma vez aprendida, pode ser
aplicada em qualquer situação.

Lima (2004), ressalta que a compreensão do ensino como atividade


complexa, e do professor como produtor de conhecimentos sobre o ensinar a partir da
reflexão e da pesquisa sobre a prática, possibilita nova compreensão do estágio e,
conseqüentemente novas propostas ou modalidades de estágio começam a surgir. No
entanto, os esquemas tradicionais ainda são encontrados.
A pesquisa contempla dois momentos: a observação sob a forma de
pesquisa e a interação e intervenção na realidade escolar na forma de projetos de
formação inicial e contínua.

Segundo Lima e Pimenta (2004), nota-se um predomínio da modalidade,


complementada com a regência, estudo de entrevista, estudo de documentação,
prática reflexiva, intervenção. Pode-se identificar a interferência das técnicas de
pesquisa no estágio, na qual a descrição dos fatos e fenômenos se sobrepõe a
interpretação.

Vale indagar quais são as contradições efetivas para as escolas, campos


de estágio, qual o retorno que propiciam a estas.

Entretanto, dialogando com os professores falaram, ainda, sobre a


participação em projetos, oficinas, e atividades interdisciplinares. As pesquisas relatam
que os locais para realização de estágios ocorrem na maioria em escolas públicas e
assim, os alunos que participam de estágios tendem uma visão da realidade do
ensino.

Considerando que a inserção profissional dos alunos egressos dos


cursos de graduação em especial de Pedagogia ocorrerá em grande parte deste
universo;

O trabalho realizado dentro da sala de aula tem sido importante com o


propósito de vivenciar e entender a fusão da teoria com a prática, não havendo
possibilidade de um agir sem o outro.

Nesses momentos percebIr que no ambiente escolar como se dá os


comportamentos dos alunos, com é feito o acolhimento, o trabalho de perto das
professoras e de todos os envolvidos nesse processo dialógico de constante interação
que há entre a escola, a comunidade, os discentes, os funcionários, etc.

As atividades em decorrer da rotina do ensino fundamental são


organizadas de maneira que possam possibilitar a qualidade de ensino da
aprendizagem e da harmonia do ambiente escolar.

Minha experiência de estar em escolas de rede pública e municipal do


ensino fundamental e infantil, acompanhei de perto a rotina da hora da entrada, das
refeições, da roda de conversa, da leitura, das atividades aplicadas pelos docentes,
assim também como da construção do desenvolvimento do saber pedagógico de
como ensinar, as metodologias utilizadas, de como preparar o planejamento de aula ,
das reuniões do AHTPC (Atividades de Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo),
aprendi a ter uma noção mais coerente sobre as fases da Alfabetização das crianças
e de como elas se comportam diante das dificuldades que lhe são propostas ou que
surgem durante este processo do ler e escrever.

É importante ressaltar que ensinar a ler e a escrever não é um ato


mecânico, mas um ato que deve levar em consideração os sujeitos envolvidos e a
realidade que estes indivíduos estão inseridos, essa construção requer um saber
específico de profissionais da área da educação.

Aprendi com Paulo Freire (1997/), que educação e pedagogia dizem


respeito à formação cultural – o trabalho pedagógico precisa favorecer a experiência
com o conhecimento científico e com a cultura, entendida tanto na sua dimensão de
produção nas relações sociais cotidianas e como produção historicamente acumulada,
presente na literatura, na música, na dança, no teatro, no cinema, na produção
artística, histórica e cultural que se encontra na sociedade. Essa visão do pedagógico
ajuda a pensar sobre a creche e a escola em suas dimensões políticas, éticas,
estéticas, como vimos na disciplina do Projeto Político Pedagógico com a Professora
Saray e também DPP (Desenvolvimento da Pessoal e Profissional) com a Professora
Solange Padilha a importância da busca de reflexões pertinentes a que tipo de
profissional estou construindo enquanto ser social e professor.

No centro dessa questão nos perguntamos que contribuição pode-se


deixar para a construção da identidade da profissão do professor?

Partindo dessa reflexão, torna-se fundamental vivenciar o estágio, pois


ele é visto como a mola propulsora para contribuir de forma efetiva a formação da
docência, como futuros profissionais da educação.

Tanto na educação infantil e no ensino fundamental a utilização das


metodologias , da roda de conversa em diversas situações, fato este que a mantém
como um ritual de comunhão e pertencimento ao grupo de diferentes pessoas descrito
por (Nicolau,1986). Além de ser uma estratégia didática, às crianças sentem-se
pertencentes ao grupo valorizando assim, o aspecto afetivo da interação com o
professor (a) nas relações sociais.

Observei que cada um possuiu um ritmo de aprendizagem diferente um


do outro, e cabe ao professor ter uma visão mais abrangente, mas é preciso saber
planejar quais as ações de intervenções necessárias a ser tomada em determinadas
situações dentro da Instituição de Ensino.
Quando estive frente a regência da sala, oportunizei alguns momentos
de troca de experiência por meio das atividades,como exemplo, a hora de contar de
histórias , auxiliar na dificuldade dos alunos é claro sempre orientados pela professora
da sala de aula.Este momento foi bastante significativo, pois cada um vivenciou
situações distintas em Instituições de Ensino, porém sentimos a mesma sensação de
observar por meio dos olhares das crianças, a curiosidade, o medo, o pensamento
imaginário infantil e a necessidade da descoberta.

A linguagem ocupa papel de destaque nas relações sociais, constatei


este fato na disciplina ministrada pelo Professor Hélio em Leitura e Produção
Textual.Na sociedade, a participação social é intensamente mediada pelo texto escrito
e os que dela participam se apropriam não apenas de suas convenções linguísticas,
mas, sobretudo, das práticas sociais em que os diversos gêneros textuais circulam.
Desse modo, Bakhtin (2000, p.279) chama a atenção de que “cada esfera de
utilização da língua elabora seus tipos relativamente estáveis de enunciados”, ou seja,
em cada tipo de situação de interação, deparamo-nos com gêneros textuais diferentes
e distintos modos de usá-los.
4-CONCLUSÃO

O meu período de estágio me possibilitou muitas experiências que me ajudarão


a garantir meu êxito profissional. Descobri o real sentido de ser professor e
acredito que esse sucesso é graças as experiências que tive até o momento
que colaboraram com o desenvolvimento da minha identidade como
professora.

Agora, vivendo, participando e observando concluo que ser professor é um


grande desafio, pois estarei lidando com o futuro do PAIS e por isso tenho
plena consciência que darei o meu melhor.

O estágio me possibilitou a ter uma visão ampla da organização escolar, e


também sobre as leis e diretrizes que compõem e norteiam a educação no
Brasil.

Grande é o conflito teórico e prático, seja na rede publica com a falta de


estrutura relatada acima, ou na rede privada onde a cobrança é maior, porém
percebi que muitas disciplinas do currículo do curso de Pedagogia,
favoreceram a interação teórica-prática vista aqui desenvolvida neste relatório.

“A tarefa do ensinante, que é também aprendiz, sendo


prazerosa é igualmente exigente. Exigente de seriedade, de preparo científico,
de preparo físico, emocional, afetivo. É uma tarefa que reque de quem com ela
se compromete um gosto especial de querer bem não só aos outros, mas ao
próprio processo que ela implica. É impossível ensinar sem essa coragem de
querer bem, sem a valentia dos que insistem mil vezes antes de uma
desistência.É impossível ensinar sem a capacidade forjada, inventada, bem
vuidada de amar. O processo de ensinar, que implica o de educar e vice-versa,
envolve a paixão de conhecer, que nos insere numa busca prazerosa ainda
que Ada fácil.(”FREIRE, 1996)
BLIOGRAFIA

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares


nacionais: arte/ Secretaria de Educação Fundamental.Brasília:MEC/SEF,1997

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática


educativa. São Paulo:PAZ e Terra, 1996 (Coleção Leitura).

KENSK; Vani Moreira, Prática de Ensino e o Estágio Supervisionado.


Campinas, Editora Papirus, 1991.

Lima, M.Socorro. O Estágio na Formação de Profesores: Unidade Teoria


e Prática?. São Pauo –Cortez, 2002

NÓVOA, Antonio . A Formação Continuada de Professores:Novas Tendências


e Novos Caminhos; Cortez,2000, São Paulo.

Revista Escola, Concepção dialética da Educação. São Paulo-ABRIL,


(2011),

PIMENTA, Selma. Estágio e Docênca.; Cortez,2002

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