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Trabalho de FAI Com o Tema: O Aborto: Nome: Nome: Nome: Nome: Nome

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Trabalho de FAI

com o tema:

O Aborto

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Introdução
O aborto é uma situação muito traumatizante na vida de uma mulher e
caracteriza-se por uma interrupção precoce da gravidez, antes das 22 semanas.

O aborto ou, mais corretamente, o abortamento é a interrupção precoce de


uma gestação antes que o feto seja capaz de sobreviver fora do corpo da mãe. O
aborto pode ocorrer de maneira intencional ou de maneira totalmente espontânea,
sendo, em ambos os casos, um processo doloroso para a mulher que vive esse
momento.
Desenvolvimento

Quando há, de fato, um aborto?

A Organização Mundial de Saúde (OMS) apresenta alguns critérios para que o


fim de uma gestação seja considerado um aborto. De acordo com a OMS,
considera-se aborto a interrupção, antes das 22 semanas de gestação, estando,
nesse caso, o feto, geralmente, com peso inferior a 500 g. Quando o feto é retirado
nessas condições é incapaz de sobreviver fora do útero da mãe.

Aborto espontâneo

O aborto espontâneo é aquele que ocorre naturalmente, sem que seja


provocado intencionalmente pela mulher. Essa situação é relativamente comum,
ocorrendo em cerca de 10 a 25% das gestações. Em alguns casos, o abortamento
ocorre antes mesmo da mulher saber de sua gravidez.

O aborto espontâneo apresenta diferentes causas e, geralmente, acontece por


conta da condição que não favorece a vida do feto ou que está prejudicando seu
desenvolvimento. Entre as principais causas de aborto espontâneo estão
as alterações cromossômicas, quedas no nível de progesterona no corpo da
mulher, mudanças no útero, problemas tireoideanos, diabetes não controlado,
algumas doenças e o consumo de drogas. Apesar dessas causas conhecidas, a
maioria das mulheres que sofrem aborto espontâneo nunca saberão qual foi a
causa de seu abortamento.

Geralmente, o abortamento espontâneo acontece logo no início da gestação.


Ele pode ser classificado de acordo com o período em que ocorrem em precoce ou
tardio. É denominado de precoce quando acontece em mulheres que apresentam
menos de 13 semanas de gestação e tardio quando acontece entre a 13 e 22
semanas.

Fatores de risco para o aborto espontâneo

O aborto espontâneo acontece com maior frequência em algumas situações,


sendo considerados fatores de risco:
Idade materna acima de 45 anos;

Mulheres obesas;

Mulheres com baixo peso;

Casos anteriores de abortamento;

Consumo de drogas;

Tabagismo;

Uso de alguns medicamentos.

→ Riscos do uso de substâncias abortivas

Muitas pessoas ao se depararem com uma gravidez indesejada optam por


utilizar algumas substâncias e medicamentos que visam a interromper a
gestação. No entanto, essas substâncias, muitas vezes vistas como alternativa
pela mulher, podem colocar a sua própria vida em risco.

Na internet, muitas mulheres encontram receitas e até venda de


medicamentos proibidos que garantem a realização do aborto. Entretanto, a
grande maioria não sabe os riscos que doses inadequadas podem causar.

São relativamente frequentes os casos de mulheres que procuram os hospitais


após uso dessas substâncias com queixas de vômitos, diarreias, dores no
estômago, sangramentos intensos, alterações na respiração e circulação. Em
alguns casos, a intoxicação é extremamente grave, levando a mulher à morte.

Desse modo, podemos concluir que a realização de abortamento com ingestão


de substâncias pode ser extremamente perigosa, além de ser considerada crime
em nosso país. Estima-se que mais de 20.000 mulheres morrem anualmente em
decorrência de abortamentos inseguros, segundo o Instituto Guttmacher.

Muitas mulheres pensam em interromper a gravidez de maneira “caseira”, sem


imaginar o risco que correm.
→ Classificação dos abortamentos

Os abortamentos são classificados de diferentes formas pelo Ministério da


Saúde. A seguir descreveremos a classificação adotada por esse Ministério:

Ameaça de abortamento: A mulher, nesse caso, observa sangramento de


pouca intensidade e cólicas também pouco intensas. O feto mantém-se vivo, e o
colo do útero permanece fechado. Os médicos recomendam, nessa situação, que
a mulher limite suas atividades ficando em repouso. Se a mulher sentir dores,
febres ou sangramento deve procurar novamente ajuda médica.

Abortamento completo: Nesse caso, a mulher sofre a eliminação total do


conteúdo uterino. É recomendado que a mulher fique em observação para que
seja observado se não ocorrem sangramentos e o desenvolvimento de infecções.

Abortamento inevitável/incompleto: Como o nome sugere, parte do conteúdo


do útero é mantido. A mulher apresenta sangramento e dores, e o colo do útero
fica aberto. Como parte do conteúdo é mantido, faz-se necessária a retirada, a
qual pode ser feita por meio da curetagem, AMIU, ou ainda uso de medicamentos
que garantirão a expulsão do material. A curetagem caracteriza-se por ser um
procedimento onde se realiza a raspagem da parte interna uterina, enquanto a
AMIU é a aspiração manual intrauterina.

Abortamento retido: Nesse caso, o embrião permanece sem vida no interior do


corpo da mulher. Ela não apresenta sangramentos e o colo do útero permanece
fechado, sendo observado também uma regressão dos sintomas clássicos da
gravidez. Nessa situação, medicamentos podem ser utilizados para garantir a
eliminação do conteúdo uterino ou será realizada a técnica AMIU.

Abortamento infectado: Nesse tipo de abortamento, observa-se a presença de


infecções. Ele ocorre geralmente em decorrência da realização de abortos ilegais
com manipulação incorreta do útero, sendo observado frequentemente
abortamento incompleto e infecções, principalmente, bacterianas. A mulher
apresenta sangramentos, dores, febre e até mesmo eliminação de pus na região
do colo uterino.
Abortamento habitual: Nesse caso, observamos três ou mais abortos
espontâneos consecutivos. É fundamental que a mulher procure um médico para a
avaliação das causas desses abortos repetitivos.

Abortamento eletivo previsto em lei: Esse abortamento é provocado, entretanto,


a mulher está amparada por lei. Somente algumas situações permitem esse tipo de
abortamento, sendo elas: caso de estupro, riscos de vida para a mulher ou
confirmação de feto que não apresenta parte da calota craniana, ou ela inteira, e o
cérebro (anencefalia). Nesses casos, a mulher poderá realizar o abortamento
realizando diferentes técnicas, como o uso de medicamentos, curetagem e AMIU.

Causas do aborto

Existem diversos fatores responsáveis por causarem aborto, entretanto, na


maioria das vezes, a causa de um aborto é indeterminada. Para se tentar descobrir
a causa de um aborto, é necessário exame laboratorial com o material do aborto.

Entre os fatores que causam aborto, têm-se principalmente as anomalias


cromossômicas decorrentes de problemas nos gametas, na fertilização ou no
processo de divisão celular embrionária. Esses problemas podem estar
relacionados a fatores hereditários, mas na maioria dos casos, ocorre ao acaso.

Outros fatores importantes também causadores de aborto são infecções,


como toxoplasmose e sífilis; alterações uterinas, como o útero septado
(malformação onde ocorre a presença de um septo que pode dividir toda a
cavidade uterina e até mesmo o canal cervical); fatores imunológicos, como a
síndrome do anticorpo antifosfolipídico (caracterizada por trombose arterial e
venosa, além de complicações e morte fetal); e endócrinos, como alterações na
produção de hormônios da tireoide.
Consequências físicas e psicológicas do aborto

Após um aborto, algumas mulheres podem desenvolver a síndrome pós aborto,


que é caracterizada por alterações psicológicas que podem interferir diretamente
na sua qualidade de vida, como sentimento de culpa, angústia, ansiedade,
depressão, comportamentos auto-punitivos, transtornos alimentares e alcoolismo.

Além disso, é possível também que existam algumas complicações físicas


como:

Perfuração do útero;

Retenção de restos da placenta que pode levar à infecção uterina;

Tétano, no caso de ser feito em ambiente com poucos cuidados de higiene e


esterilização do material utilizado;

Esterilidade, já que podem haver danos irreversíveis ao aparelho reprodutor da


mulher;

Inflamações nas trompas e no útero que podem se espalhar por todo corpo,
colocando em risco a vida da mulher.

Essa lista de complicações tende a aumentar com o tempo de gravidez porque


quanto mais desenvolvido estiver o bebê, piores serão as consequências para a
mulher.
Conclusão

A abordagem deste tema neste estudo contribuiu relevantemente para o nosso


crescimento educacional como os indivíduos da nova geração.
A decisão de abortar fica nas mãos da mulher, que decide se vai ou não levar
a gestação até o fim. Porém, a decisão está ligada ao que ela planeja para o seu
futuro e ao ambiente familiar em que está inserida.

A negação da gestação, também mencionada, pode desencadear na mulher a


intenção de provocar o aborto. Esta situação, talvez seja interpretada como uma
atitude desumana da mulher, ao negar um filho gerado em seu ventre. Se este
instinto materno e o amor pelo feto não se desenvolver, a chance dela abortar é
grande, tanto por meios naturais como por indução.

O aborto é considerado um problema de saúde pública, pois está ligado


diretamente às gravidezes indesejadas. O planejamento familiar também ganha
destaque como um dos contribuintes para o aborto, devido às inúmeras
gestações não planejadas. Estas situações dificultam a realização das Políticas
de Atenção à Saúde da Mulher, que não chegam a tempo para desenvolver os
seus objetivos.

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