Relatorio Da Pratica de G.A. - e - Exame

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 34

Curso de Licenciatura em Desenvolvimento Comunitário

Equipa 2019

Módulo: Especialização I, Gestão Ambiental II

Relatório e Exame:

AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO AMBIENTAL DOS PROFESSORES DA ESCOLA


SECUNDÁRIA GERAL DE GURÚÈ NA GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS 2019 A
2020

Estudante: Tutor:

Chamuchidine Assane Salimo António Fernando Silva

Outubro, 2021
Índice
DECLARAÇÃO ............................................................................................................................. iv

AGRADECIMENTOS .................................................................................................................... v

DEDICATÓRIA ............................................................................................................................. vi

1 CAPÍTULO: INTRODUÇÃO ................................................................................................. 7

1.1 Introdução ......................................................................................................................... 7

1.2 Formulação do Problema .................................................................................................. 8

1.3 Objectivos do Estudo ........................................................................................................ 9

1.3.1 Objectivo geral .......................................................................................................... 9

1.4 Objectivos específicos ...................................................................................................... 9

1.5 Justificativa do Estudo ...................................................................................................... 9

1.6 Perguntas de Pesquisa ..................................................................................................... 10

2 CAPÍTULO: REVISÃO DA LITERATURA ....................................................................... 11

2.1 Conceitos Básicos ........................................................................................................... 11

2.2 Percepção Ambiental ...................................................................................................... 11

2.2.1 Educação ambiental ................................................................................................. 12

2.3 Práticas de Gestão de Resíduos Sólidos ......................................................................... 13

2.3.1 Resíduos sólidos ...................................................................................................... 13

2.3.2 Classificação dos Resíduos Sólidos......................................................................... 14

2.3.3 Modos de Gestão de Resíduos Sólidos .................................................................... 15

2.3.4 Política dos 5 R’s ..................................................................................................... 16

2.3.5 Importância de uma Gestão Adequada de Resíduos Sólidos .................................. 19

2.4 Razões que levam a Disposição Inadequada de Resíduos Sólidos ................................. 19

3 CAPÍTULO: METODOLOGIA ............................................................................................ 20

3.1 Abordagem Metodológica .............................................................................................. 20

ii
3.2 Amostragem .................................................................................................................... 20

3.3 Técnicas de Recolha e Análise Dados ............................................................................ 21

3.3.1 Técnica de recolha de dados .................................................................................... 21

3.3.2 Técnicas de análise de dados ................................................................................... 21

3.4 Limitações do Estudo ...................................................................................................... 22

4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ................................................. 23

4.1 Percepção Ambiental dos Professores da ESGG Sobre GRS ......................................... 23

4.1.1 Conceito de resíduos sólidos ................................................................................... 23

4.1.2 Resíduos mais gerados na ESGG ............................................................................ 24

4.1.3 Destino Adequado dos Resíduos Sólidos ................................................................ 25

4.1.4 Comportamentos desenvolvidos pelos professores com relação a GRS ................. 26

4.1.5 Responsabilidade de garantir o ambiente escolar saudável ..................................... 27

4.1.6 Consciência ambiental dos professores da EP2F .................................................... 27

4.2 Contributo Dos Professores Da ESGG Em Relacção A GRS ........................................ 28

4.2.1 Contributo dos professores para gestão adequada de resíduos sólidos ................... 28

4.3 Razões Que Levam A Disposição Inadequada De RS na ESGG ................................... 29

5 Conclusões e Recomendações ............................................................................................... 31

5.1 Conclusões ...................................................................................................................... 31

5.2 Recomendações .............................................................................................................. 32

6 Referências Bibliográficas ..................................................................................................... 33

iii
DECLARAÇÃO

Declaro, por minha honra que este relatório nunca foi apresentado para a obtenção de qualquer
grau, e que ele constitui o resultado da minha inteira investigação, para o grau de Licenciatura em
Desenvolvimento Comunitário, pelo Instituto Superior de Educação e Tecnologia – One World
University – Extensão de ADPP Macuze, estando indicadas no texto e nas bibliografias as fontes
por mim utilizadas.

O autor

_________________________________

Chamuchidine Assane Salimo

iv
AGRADECIMENTOS

Neste momento sublime e completamente esperado, em primeiro lugar agradeço à Deus que
sempre iluminou a minha vida tremendamente no decorrer desses dias tão cansativos. Obrigado,
meu Senhor, pois em momento algum me deixa fraquejar diante de minhas dificuldades!

À minha família que não tem medido esforço para me ancorar nesta fase tão difícil e
importantíssima da minha vida.

Ao meu tutor, Dr. António Fernando Silva, pelo acompanhamento, paciência e dedicação durante
a elaboração do presente relatório, pelas incansáveis correcções e sugestões feitas sem as quais
não seria possível a realização do mesmo.

À direcção, aos professores e alunos da Escola Secundária Geral de Gurúè, por terem aceite a
realização do trabalho, que mesmo estando ocupados na realização das suas actividades aceitaram
responder às questões que lhes foram colocadas.

Aos meus amigos e colegas do curso que partilham comigo os bons e maus momentos da vida
académica.

À todos aqueles que directa ou indirectamente têm dado o seu contributo na minha vida
académica o meu muito obrigado.

v
DEDICATÓRIA

Dedico este relatório à minha esposa, Mariane Borge Vida, meu filho, Laquine Chamuchidine
Assane, ao meu pai Assane Salimo e à minha mãe, Assia Salimo (em memória), que descansa em
paz, aos meus irmãos, que acreditam no meu potencial, por me darem a energia e entusiasmo que
necessito, através do seu apoio moral, emocional e, em algumas vezes, material para o
desenvolvimento deste curso.

vi
1 CAPÍTULO: INTRODUÇÃO

1.1 Introdução

O presente trabalho com o tema “Avaliação da percepção ambiental dos professores da


Escola Secundária Geral de Gurúè na gestão dos resíduos sólidos 2019 a 2020” enquadra se
na formação curricular de Licenciatura em Desenvolvimento Comunitário, ministrada pela One
World University – pelo Instituto Superior de Educação e Tecnologia, no âmbito de relatório e
projecto de pesquisa referente à Especialização I, Gestão Ambiental II.

Os Resíduos Sólidos (RS) são produzidos desde o início da civilização, no entanto, nos primeiros
períodos eram facilmente eliminados em grandes espaços abertos de terra, isto porque a
densidade populacional era baixa e os resíduos gerados eram na sua maioria biodegradável
(Oliveira & Bassetti, 2015). Souza (2004) acredita que o que está por detrás da problemática da
Gestão de Resíduos Sólidos (GRS) actualmente é o capitalismo, modelo económico
predominante, visto que incentiva a produção e consumo de bens não só pouco duráveis, mas
também descartáveis o que acaba impactando de forma adversa o meio ambiente.

Querino e Pereira (2016) acrescentam que os problemas de resíduos sólidos também estão
ligados à variedade de materiais descartados e à dificuldade em encontrar áreas para o seu
depósito visto que a geração e a deposição são actividades quotidianas da população. Ao
contrário do período do início da civilização, actualmente os RS causam problemas ao Meio
Ambiente (MA) bem como à saúde pública, pois a geração de RS já é em grandes quantidades, o
descarte é em locais inadequados e são resíduos que por sua natureza levam longos períodos para
sua degradação, e outros quando entram em processo de decomposição libertam substâncias
químicas que impacta de forma adversa ao MA (Silva, Ferreira, Roesler, Borella. Gelatti, Boelter
& Mendes, 2017)

As instituições de ensino podem ser comparadas com pequenos núcleos urbanos, pois, geram
variados tipos de resíduos oriundos de actividades relativas a limpeza, produção de alimentos,
actividades administrativas, salas de aula, entre outros resíduos (Klippel, 2015). Entretanto, a
escola pode ser considerada um dos lugares adequado para se trabalhar a relação homem-
ambiente-sociedade, de modo a formar cidadãos críticos e criativos, com uma nova visão do

7
mundo (Cabral, Ribeiro & Hrycyk, 2015). Segundo Ribeiro (2004), o que o indivíduo percebe
nem sempre é o que o ambiente é, mas o que seus sentidos apreendem a partir do seu filtro
cultural. Com base na Educação Ambiental (EA) pode-se consciencializar e sensibilizar sobre o
meio ambiente, desenvolver habilidades e informações necessárias para minimizar os problemas
ambientais (Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental [MICOA], 2009). Portanto, de
acordo com Campos et al. (2012) este panorama só pode ser avaliado com o uso de estudos de
percepção ambiental, pois estes permitem compreender melhor a interrelação homem /meio
ambiente, seus anseios, critérios de julgamentos e condutas, possibilitando conhecer o nível da
consciencialização ambiental e cidadania participativa, frente aos vários aspectos da
problemática ambiental.

Para uma melhor percepção e análise, o trabalho está estruturado em três capítulos. No primeiro
capítulo, referente a parte introdutória é apresentada a presente introdução, depois, é apresentada
a definição do problema de pesquisa, os objectivos do estudo: geral e específicos que se esperam
alcançar, justificativa e hipóteses. No segundo capítulo é apresentada a revisão da literatura,
onde diferentes autores apresentam os principais delineamentos acerca do papel da auditoria nas
Instituições públicas. No terceiro capítulo é apresentada a metodologia da pesquisa, onde foi
evidenciada a classificação da pesquisa, fontes de dados, dados da pesquisa, o plano de colecta
de dados e por fim instrumentos usados para a colecta de dados, cronograma de actividades e o
orçamento. E, por fim as referências bibliográficas utilizadas para a elaboração do trabalho e os
apêndices.

1.2 Formulação do Problema

Actualmente, os objectos em geral têm menor durabilidade, quebram-se facilmente e necessitam


de reposição a curto prazo (Rodrigues, 1997). De acordo com Ferreira (2012), as instituições
educacionais, no desenvolvimento das suas actividades pedagógicos - administrativas, costumam
gerar uma grande quantidade de resíduos que são descartados no pátio da escola, são resíduos
provenientes de embalagens de produtos alimentares, restos de alimentos, papéis utilizados nas
actividades pedagógicas e administrativas; causando danos ou riscos à saúde pública e impactos
ambientais adversos. Todos esses problemas resultam justamente porque, segundo Soares,
Pereira e Cândido (2017), a quantidade dos mais diversos tipos de RS são descartados em
lugares inadequados.

8
Observam-se resíduos sólidos dispostos inadequadamente no recinto e arredores da Escola
Secundária Geral de Gurué: RS dispersos pelo ambiente escolar na maior parte do tempo lectivo;
pequenas lixeiras a céu aberto distribuídas pelo recinto escolar.

Santo (2003), refere que:

O professor deve inserir a dimensão ambiental dentro do contexto local, sempre


construindo modelos através da realidade e pelas experiências dos próprios alunos, e
assim construir e reconstruir conhecimentos para valorizar o meio em que vive e
desenvolver a ética ambiental (p.29).
Nessa perspectiva, levanta-se a seguinte questão: Qual é a percepção ambiental dos
professores da Escola Secundária Geral de Gurué sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos?

1.3 Objectivos do Estudo

1.3.1 Objectivo geral


Avaliar a percepção ambiental dos professores da Escola Secundária Geral de Gurué na Gestão
dos Resíduos sólidos.

1.4 Objectivos específicos

 Identificar as razões que levam a disposição inadequada dos resíduos sólidos na Escola
Secundária Geral de Gurué;
 Descrever as práticas dos professores da Escola Secundária Geral de Gurué em relação a
Gestão dos Resíduos Sólidos;
 Analisar a percepção ambiental dos professores da Escola Secundária Geral de Gurué
acerca da Gestão de Resíduos Sólidos.

1.5 Justificativa do Estudo

A questão do lixo é uma das mais inquietantes, dentre os vários problemas ambientais mundiais,
e diz respeito a cada indivíduo (Oliveira & Bassetti, 2015). Tratar a questão da produção e
destinação dos resíduos sólidos na educação é um desafio, cuja solução passa pela compreensão
do indivíduo como parte actuante no meio em que vive (Miranda, 2012). E ainda, de acordo com
Costa et al. (2012), abordar o processo de GRS na escola, abre possibilidade de atingir os demais
segmentos da sociedade, pois, a comunidade escolar é composta por um grupo diversificado de
pessoas que desempenha importante papel dentro e fora da escola.

9
Ao educador ambiental, cabe investigar, inicialmente, como a comunidade se relaciona com o
seu meio ambiente e, consequentemente, identificar os obstáculos existentes para, a partir de
então, implementarem-se práticas sócioeducativas (Campos et al., 2005). Entretanto, actualmente
são poucas as pesquisas e intervenções que buscam promover uma educação ambiental nas
escolas públicas e pouco se tem feito pelos órgãos governamentais para sensibilizar a
comunidade escolar em prol da preservação do meio ambiente (Silva, 2013).

Esta pesquisa contribui no campo de ciência na medida em que possui dados primários sobre o
modo de pensar e agir da comunidade escolar da Escola Secundária Geral de Gurué em relação
aos resíduos sólidos e poderão ser utilizados para fazer um plano de GRS. A procura de soluções
para promover uma gestão adequada de resíduos sólidos na Escola Secundária Geral de Gurué
constitui a principal motivação para a realização desta pesquisa, visto que o local do estudo é
local de serviço do pesquisador. E também, a negligência de actos que comprometem a gestão
adequada de resíduos sólidos pelos professores, pode não só desenvolver a insensibilidade nos
alunos em ambientes descaracterizados, mas também consolidar condutas nocivas à
sustentabilidade ambiental e ainda comprometer a saúde pública.

O estudo da percepção ambiental serve de base para a melhor compreensão das interrelações do
homem e o ambiente, suas expectativas, satisfações e insatisfações, julgamentos e condutas.

1.6 Perguntas de Pesquisa

 Quais são as razões que levam a disposição inadequada de resíduos sólidos na Escola
Secundária Geral de Gurué?
 Como os professores da Escola Secundária Geral de Gurué contribuem para gestão
adequada dos resíduos sólidos?
 Qual é a percepção Ambiental dos professores da Escola Secundária Geral de Gurué em
relação a gestão dos resíduos sólidos?

10
2 CAPÍTULO: REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Conceitos Básicos

Lixeira - é um local onde há uma inadequação disposição final de resíduos, caracterizada pelo
simples descarte sobre o solo sem medidas de proteção ao meio ambiente ou saúde pública
(Botelho, 2002).

Deposição adequada de resíduos sólidos - é a colocação de resíduos sólidos em condições de


estanqueidade e higiene, se possível em sacos de plástico ou de papel, de modo a evitar a sua
dispersão (Decreto n.º 13/2006 de 15 de Junho).

2.2 Percepção Ambiental

Segundo Rodrigues, Malheiros, Fernandes e Derós (2012) a percepção é um processo de


organização e interpretação das sensações recebidas para que a consciência do ambiente se
desenvolva pelo que nos cerca. De acordo com Campos et al. (2012), a percepção ambiental é a
tomada de consciência do ambiente pelo homem, ou seja, o acto de perceber o ambiente em que
se está inserido, aprendendo a proteger e a cuidar do mesmo.

Dias (2000) acrescenta que a consciência ambiental surge, a partir do saber ambiental, a mesma
pode ser entendida como uma mudança de comportamento tanto de actividades quanto em
aspectos da vida, dos indivíduos e da sociedade em relação ao meio ambiente. Entretanto,
segundo Faggionato (2011), cada indivíduo percebe e responde diferentemente frente às acções
do meio. O ambiente é percebido de acordo com os valores e as experiências individuais dos
seres humanos pelos quais são atribuídos valores e significados em um determinado grau de
importância em suas vidas (Campos et al., 2012).

Segundo Laet e Bazerra (2003), a imagem negativa que as pessoas têm sobre o lixo, quase
sempre está relacionado ao interior das suas casas, entretanto, quando se trata do espaço público
não se têm o mesmo o conceito. Ainda conforme Laet e Bazerra (2003), se os indivíduos não se
incomodam com a presença do lixo a céu aberto, é uma forma autêntica concluir que para essas
pessoas descartar o lixo no chão é um acto normal.

Segundo Costa, Soares, Coral e Mota (2012), a visão naturalista separa o ser humano do meio
ambiente, colocando-o como mero observador, sem laços de pertença e responsabilidade. E

11
segundo os mesmos autores, precisa ser substituída por uma visão holística, sistêmica,
interdisciplinar e próxima.

2.2.1 Educação ambiental


Segundo Miranda (2012), a palavra educação sugere que se trata de uma troca de saberes de uma
relação do indivíduo com o mundo que o cerca e com os outros indivíduos. O termo ambiental
associa a essa relação, incluindo a dimensão natural e as formas como os humanos interagem
entre si e com ela. De acordo com Cabral et al. (2015) a educação ambiental pode ser
compreendida como sinónimo de reflexão e acção, que se desenvolve a partir de um processo
educativo, permanente e contínuo tendo como objectivo, superar a visão meramente ecológica,
transpondo o olhar para uma dimensão mais abrangente, com discussões de questões políticas,
sociais, económicas, culturais e ambientais.

Segundo o MICOA (2009), sobre a educação ambiental diz que:

é um processo permanente, no qual os indivíduos e a comunidade tomam consciência do


seu meio ambiente e adquirem conhecimentos, valores, habilidades, experiências e
determinação que os tornam aptos a agir - individual e colectivamente - e resolver
problemas ambientais presentes e futuros (p.2).
Segundo Oliveira e Bassetti (2015), a EA deve ser implementada primeiramente nas escolas.
Pois segundo Oliveira et al. (2012), a escola tem a tarefa de proporcionar aos seus alunos a
formação de cidadãos capazes de ter atitudes para melhorar o meio ambiente, onde o professor
tem um papel fundamental na inserção da EA, afinal, é por intermédio dele que ocorrerão todas
as mobilizações.

Além disso, a EA trabalhada nas crianças tem um efeito multiplicador dentro das famílias e da
comunidade em que elas vivem (Cabral et al., 2015).

Segundo Querino e Pereira (2016), a EA é uma componente essencial que deve estar presente em
todos os níveis e modalidades do processo educativo, em carácter formal e não formal e
informal. A EA formal é aquela que se desenvolve de forma estruturada e dentro do sistema
formal de ensino, através da inclusão de termos, conceitos e noções sobre ambiente nos planos
curriculares (MICOA, 2009). A EA não formal é desenvolvida de forma semi-estruturada dentro
e fora do sistema de ensino através de actividades como: palestras, seminários, acções de
capacitação e demonstrativas e programas comunitários (MICOA, 2009). Já a EA informal

12
constitui processo destinado a ampliar a consciência pública sobre as questões ambientais através
dos meios de comunicação de massas (MICOA, 2009).

Segundo o Decreto 94/2014 de 31 de Dezembro, é responsabilidade dos Conselhos Municipais e


Governos Distritais promover programas educativos de consciencialização pública sobre a
importância de uma gestão adequada dos resíduos sólidos urbanos, com ênfase na redução da
produção de resíduos, na prevenção e controle da poluição, nos benefícios do reaproveitamento e
reciclagem; Proceder a divulgação de boas práticas de gestão de resíduos sólidos urbanos,
envolvendo as comunidades, líderes locais, escolas, universidades, órgãos de comunicação
social, sector privado e organizações da sociedade civil; E divulgar o calendário das actividades
de limpeza urbana.

Uma educação ambiental para que seja eficiente deve promover, simultaneamente, o
desenvolvimento de conhecimento, de actividades e de habilidades necessárias à preservação e
melhoria da qualidade ambiental e assim, sensibilizar as populações com as implicações dos
reflexos negativos dos resíduos sólidos para o meio ambiente, e desenvolver nos indivíduos a
consciência de suas responsabilidades perante os problemas ambientais (Oliveira & Bassetti,
2015).

2.3 Práticas de Gestão de Resíduos Sólidos

2.3.1 Resíduos sólidos


As discussões em torno da problemática dos resíduos sólidos começaram a ganhar destaque em
1992 na Conferência de Desenvolvimento e Meio Ambiente das Nações Unidas, a ECO 92, em
que foram discutidos os possíveis caminhos em busca do desenvolvimento sustentável (Soares et
al., 2017). Agenda 21 foi um dos documentos importantes produzido na ECO 92, aborda sobre a
destinação responsável dos diversos tipos de resíduos (sólidos, orgânicos, serviços de saúde,
tóxicos e radioactivos), e aponta a necessidade de cuidados adequados com esses tipos de
materiais, bem como a necessidade de diminuição da geração destes por meio do consumo
consciente (Soares et al., 2017).

O termo resíduo sólido, comummente conhecido como lixo, define todo o material sólido ou
semi-sólido indesejável e que necessita ser removido por ter sido considerado inútil por quem o
descarta (Santos, 2005). Para o Decreto nº 13/2006 de 15 de Junho, resíduos sólidos são

13
substâncias ou objectos que se eliminam, que se tem a intenção de eliminar ou que se é obrigado
por lei a eliminarmos, também designados por lixos. Ambos autores concordam que resíduo
sólido pode ser designado por “lixo”. No entanto, de acordo com Querino e Pereira (2016), não
podemos mais encarar todo o “lixo” como “resto inútil” mas, sim como algo que pode ser
transformado em nova matéria-prima para retornar ao ciclo produtivo.

2.3.2 Classificação dos Resíduos Sólidos


Segundo o Decreto 13/2006 de 15 de Junho, os resíduos sólidos são classificados em perigosos e
não perigosos, estes últimos são também denominados resíduos sólidos urbanos, subdividem-se
nas seguintes categorias: papel ou cartão; plástico; vidro; metal; entulho; sucata; matéria
orgânica; e outro tipo de resíduos. Conforme o Decreto 13/2006 de 15 de Julho os resíduos não
perigosos classificam-se em:

a) Resíduos sólidos domésticos, ou outros semelhantes os provenientes, respectivamente,


das habitações ou outros locais que se assemelhem;
b) Resíduos sólidos comerciais - os provenientes de estabelecimentos comerciais,
escritórios, restaurantes e outros similares, cujo volume diário não exceda 1.100 litros,
que são depositados em recipientes em condições semelhantes aos resíduos referidos na
alínea anterior;
c) Resíduos domésticos volumosos - os provenientes das habitações, cuja remoção não se
torne possível pelos meios normais atendendo ao volume, forma ou dimensões que
apresentam ou cuja deposição nos contentores existentes seja considerada inconveniente
pelo Município;
d) Resíduos de jardins - os resultantes da conservação de jardins particulares, tais como
aparas, ramos, troncos ou folhas;
e) Resíduos sólidos, resultantes da limpeza pública de jardins, parques, vias, cemitérios e
outros espaços públicos;
f) Resíduos sólidos industriais, resultantes de actividades acessórias e equiparadas a
resíduos sólidos urbanos - os de características semelhantes aos resíduos referidos nas
alíneas a) e b), nomeadamente os provenientes de refeitórios, cantinas e escritórios e as
embalagens de cartão ou matéria não contaminados;

14
g) Resíduos sólidos hospitalares, os provenientes de unidades hospitalares não
contaminados, equiparáveis a domésticos;
h) Resíduos provenientes da defecção de animais nas ruas.

O Decreto 94/2014 de 31 de Dezembro apresenta mais duas outras categorias de classificação a


saber:

i) Resíduos especiais – resíduos com características perigosas produzidas nas habitações em


pequenas quantidades tais como equipamentos eléctricos e electrónicos, óleos usados,
plásticos contaminados e outros.
j) Bioresíduos – os resíduos biodegradáveis de espaços verdes, nomeadamente os jardins,
parques, campos desportivos, bem como os resíduos biodegradáveis alimentares, tais
como os provenientes de habitações, de unidades de fornecimento das refeições ou
resíduos, ou cuja deposição nos contentores existentes seja considerada inconveniente
pelo Município.

Segundo Ferreira (2012), em ambientes escolares gera-se resíduos provenientes de embalagens


de produtos alimentares, restos de alimentos, papéis utilizados nas actividades pedagógicas e
administrativas, jornais, revistas entre outros.

2.3.3 Modos de Gestão de Resíduos Sólidos


Segundo o Decreto nº 13/2006 de 15 de Junho, designa-se gestão de resíduos sólidos a todos os
procedimentos viáveis com vista a assegurar uma gestão ambiental segura, sustentável e racional
dos resíduos, tendo em conta a necessidade da sua redução, reciclagem ou reutilização incluindo
a separação, a recolha, manuseamento, transporte, armazenagem e/ou eliminação de resíduos
bem como a posterior deposição dos locais de eliminação, de forma a proteger a saúde humana e
o ambiente contra efeitos nocivos.

O Decreto 94/2014 de 31 de Dezembro acrescenta que qualquer operação de valorização ou


eliminação de resíduos, incluindo a preparação prévia a valorização ou eliminação,
compreendendo os processos mecânicos, físicos, químicos ou biológicos, que alteram as
características dos resíduos de forma a reduzir o seu volume ou periculosidade considera-se
mecanismo de gestão de resíduos sólidos.

15
Portanto, de acordo com Silva et al. (2012), a preocupação fundamental é reduzir a quantidade,
volume do resíduo bem como a significância do impacto nocivo a saúde pública e meio
ambiente. O tratamento dos resíduos sólidos é de extrema importância e pode ocorrer de
diferentes maneiras dependendo do tipo de resíduo (Klippel, 2015).

Entretanto, de acordo com Oliveira e Bassetti (2015), a GRS não se restringe à colecta,
transporte, destinação e deposição final, pois essas são etapas que ocorrem após a geração dos
resíduos, sendo que a gestão também inclui etapas anteriores a geração. Portanto, de acordo
Bruni e Barbosa (2016), formas alternativas para combater a geração excessiva de resíduos
devem ser buscadas, principalmente no ambiente escolar, como aproveitar cascas de frutas na
alimentação escolar; incentivar o uso de garrafinhas ou canecas ao invés de copos plásticos no
dia-a-dia; optar por alimentos com pouca embalagem; entre outros.

2.3.4 Política dos 5 R’s


Segundo Silva et al. (2017), para a gestão de resíduos actualmente adopta se apolítica dos 5 R’s -
reduzir, reutilizar ou reaproveitar, reciclar, repensar e recusar. É a evolução e ampliação da
política dos 3R’s, com a inclusão do “repensar” e do “recusar” (Silva et al., 2017). Segundo os
mesmos autores, Reduzir é diminuir a quantidade de resíduo gerado, consumindo apenas o
necessário; Reutilizar é dar nova utilidade a materiais que são considerados inúteis, Reciclar é
fabricar um produto a partir de material usado, Repensar é reflectir sobre os processos sócio
ambientais de produção, desde a matéria-prima, passando pelas condições de trabalho,
distribuição, até o descarte; É repensar a real necessidade de consumo aos nossos hábitos;
Significa exercer controle social sobre a cadeia e produção de consumo. E recusar é evitar
consumo exagerado e desnecessário, adquirindo apenas produtos essenciais; recusar produtos
que causem danos ao meio ambiente e/ou para nossa saúde.

A principal meta é levar o cidadão a repensar seus valores e práticas, devendo priorizar a redução
do consumo e o reaproveitamento dos materiais em relação à sua própria reciclagem, e recusar o
consumo de produtos que geram impactos sócio ambientais significativos (Silva et al., 2017).

 Reaproveitamento

16
A utilização de garrafas de vidro para luminárias, porta-velas ou de garrafas de plástico, como
porta-canetas, floreiras ou vasos são exemplos dos inúmeros casos de reaproveitamento (Bruni e
Barbosa, 2016).

 Reciclagem

De acordo com o Decreto 94/2014 de 31 de Dezembro, reciclagem é o processo de


transformação de resíduos sólidos que envolve a alteração das suas propriedades físicas, físico-
químicas ou biológicas, com vista a transformar em novos produtos. A Reciclagem é uma
alternativa para amenizar o problema da gestão inadequada de resíduos sólidos, porém, é
necessário o engajamento da população para realizar esta acção (Silva et al.,2017). Segundo
Bruni e Barbosa (2016) materiais como plásticos, vidro, metal, e variados tipos de papel, são
reconhecidos tradicionalmente como recicláveis e podem ser transformados em novos produtos,
a saber:

a) Vidros: recebem uma lavagem e passam por um processo de trituração; os cacos são
aquecidos e fundidos a uma temperatura acima de 1300°C. Após esse processo são
moldados novamente;
b) Papel: nesse item incluem-se revistas, jornais, folhetos e papelão; as aparas são trituradas
numa máquina e misturadas com água (espécie de liquidificador) – para separar as fibras;
depois passam por um processo de centrifugação - para separar as impurezas; em seguida
são acrescentados produtos químicos para eliminar as tintas e clarear o papel. Assim, esse
material pode receber uma massa celulósica virgem que será misturada, prensada e seca,
em diferentes máquinas ou equipamentos, para formar o papel novo;
c) Metal: estão incluídos as latas de aço, tampas, tubos de pasta, cobre, entre outros. No
caso das latas de alumínio, depois de amassadas e enfardadas, passam por um processo
industrial que envolve a separação de impurezas, picotagem, fundição a 700°C, que gera
o alumínio líquido, que geram os lingotes ou chapas e, dessa forma, retornam ao mercado
de embalagens de alumínio;
d) Plástico: incluem-se os potes de plásticos, garrafas PET (politereftalato de etileno), sacos
plásticos, embalagens e sacolas de supermercados. Para o caso do PET, o processo segue
as etapas de lavagem, prensagem para posteriormente serem triturados gerando flocos.
 Compostagem

17
Outra forma de tratar os resíduos sólidos em particular os orgânicos é a compostagem. Segundo
Decreto 94/2014 de 31 de Dezembro, compostagem refere-se ao método de decomposição do
material orgânico existente nos resíduos, sob condições adequadas, de forma a obter um
composto orgânico. Do processo resulta um composto denominado adubo que é muito útil para
fins agrícolas (Bruni & Barbosa, 2016). E segundo mesmos autores essa massa é importante para
a preservação, adubação e manutenção dos solos, bem como à recuperação de áreas degradadas.

 Incineração

Segundo o Decreto 94/2014 de 31 de Dezembro, incineração consiste na queima controlada de


resíduos sólidos em fornos projectados para transformar totalmente os resíduos em material
inerte, proporcionando uma redução de volume e do peso. Conforme Botelho (2002), do ponto
de vista sanitário é excelente, entretanto, a desvantagem fica por conta dos altos custos de
instalação e operação, além dos riscos de poluição atmosférica. Portanto, é aconselhável que seja
recorrida na última instância, devendo priorizar redução e reutilização dos resíduos (Silva et al.,
2012).

Segundo Silva (2013) para reduzir a geração de resíduos sólidos é importante que primeiro a
comunidade escolar adquira consciência dos problemas que podem advir de deposição
inadequada de resíduos e aí a emergência de EA.

Segundo MICOA (2009) são boas práticas de gestão dos resíduos sólidos as seguintes:

 Redução ao máximo de produção de resíduos;


 Reutilização máxima e reciclagem ambientalmente saudável dos resíduos;
 Promoção de tratamento e de depósito ambientalmente saudável dos resíduos;

lixo;
 Reciclagem do lixo;
 Presença de captadores na lixeira;
 Construir sanitários/latrinas em locais públicos;
 Assegurar o funcionamento das fossas sépticas;
 Criar comité multidisciplinar de gestão ambiental onde não existe.

18
De acordo com Bruni e Barbosa (2016), o gerenciamento dos resíduos sólidos, deve ser
observada a seguinte ordem de prioridade: não geração; redução; reutilização; reciclagem;
tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada.

2.3.5 Importância de uma Gestão Adequada de Resíduos Sólidos


Segundo Silva et al. (2017) a utilização da política dos 5 R’s da sustentabilidade traz muitos
benefícios para sociedade visto que não se reduz apenas a quantidade de lixo, como também
recupera os produtos já fabricados, economiza matéria-prima e energia, cria nas pessoas uma
cultura conservacionista, abre novos postos de emprego, além de diminuir a degradação do meio
ambiente. Para Monteiro et al. (2001), a destinação ecológica adequada de resíduos sólidos é
importante na medida em que:

 Evita acidentes;
 Evita a proliferação de vectores transmissores de doenças;
 Minimiza a descaracterização visual e maus cheiros;
 Reduz a heterogeneidade dos resíduos (no caso de haver colecta selectiva); e
 Facilita a realização da etapa de colecta.

2.4 Razões que levam a Disposição Inadequada de Resíduos Sólidos

A falta de infra-estrutura para o gerenciamento e de legislações, faz com que, muitas vezes, o
descarte dos resíduos seja relegado a um segundo plano (Bernardo, 2008), e acrescenta que a
ausência de acções e a negligência por parte dos governos locais também contribuem
consideravelmente para o agravamento do tratamento inadequado dos resíduos sólidos.

Ribeiro e Buque (2014) corroboram Bernardo (2008) ao afirmar que a legislação ambiental
moçambicana apresenta as normas ambientais, contudo, há inadequação dos meios de
implementação, por carência de recursos materiais, técnicos, humanos e financeiros.
Acrescentam ainda que o instrumento normativo que apresenta o tratamento detalhado e
criterioso sobre resíduos sólidos actualmente é o Decreto n.º 94/2014 de 31 de Dezembro,
Regulamento sobre a Gestão de Resíduos Sólidos (Ribeiro & Buque, 2014).

Para Silva et al. (20017), o facto de os consumidores terem a sua disposição um grande número
de produtos que incidem na produção de resíduos aumenta o descarte inadequado de resíduos
sólidos. E para estes autores a falta de sensibilidade das pessoas sobre o impacto que o lixo pode

19
causar e no desinteresse em adquirir produtos reciclados constitui causa de descarte inadequado
de resíduos. Para Querino e Pereira (2016) os problemas de RS também estão ligados à
variedade de materiais descartados e à dificuldade em encontrar áreas para o seu depósito visto
que a geração e a deposição são actividades quotidianas da população.

3 CAPÍTULO: METODOLOGIA

3.1 Abordagem Metodológica

A presente pesquisa será de uma abordagem qualitativa. São sentimentos, opiniões e valores
sociais dos professores em relação a temática ambiental que serão recolhidos e não serão
traduzidos em valores numéricos. De acordo com Mutimucuio (2008), o método qualitativo tem
como base a interpretação de fenómenos e atribuição de significados que não pode ser traduzido
em números.

Como procedimentos para realização deste estudo, far-se-á uma pesquisa bibliográfica, para
conhecer e analisar contribuições científicas do passado existente sobre os temas: Percepção
ambiental, educação ambiental e gestão de resíduos sólidos. Segundo Mutimucuio (2008),
revisão bibliográfica consiste em conhecer e analisar contribuições culturais e cientificas dum
passado existente sobre determinada temática.

A natureza será teórica-empírica, visto que segundo Mutimucuio (2008) num estudo teórico-
empírico, além da utilização de dados secundários recolhe-se dados primário no campo, usando
seus órgãos sensoriais e quanto aos objectivos propostos a pesquisa será descritiva. Segundo
Mutimucuio (2008), uma pesquisa descritiva visa descrever as características de determinada
população ou fenómeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis.

3.2 Amostragem

Optar-se-á por uma amostragem probabilística aleatória simples concretizado por técnica da
lotaria. Conforme Mutimucuio (2008), este tipo de amostragem elimina a subjectividade e obtém

20
uma amostra imparcial e representativa da população alvo, pois, impede que o pesquisador
seleccione a amostra com base no seu juízo.

Assim, a principal preocupação ao definir uma amostra é assegurar que represente seu universo
para possibilitar a generalização dos resultados. Nesse caso, assegurou-se que a amostra não
fosse inferior a 10% do universo. Foram seleccionados 10 professores obedecendo aos seguintes
passos:

1. Enumerar consecutivamente todos os professores da Escola Secundária Geral de Gurué


de acordo com a ordem alfabética do nome, iniciando do número um até ao número 46;
2. Escolher 10 pedaços de papéis contendo números usando a técnica de lotaria;
3. Estabelecer a correspondências entre os números seleccionados e posteriormente a
identificação dos respectivos professores que entram na amostra através desses números.

3.3 Técnicas de Recolha e Análise Dados

3.3.1 Técnica de recolha de dados


No que diz respeito às técnicas de recolha de dados, serão usadas nesta pesquisa: Questionário e
Observação sistemática.

Optou-se por questionários de perguntas abertas, pois de acordo com Mutimucuio (2008) permite
que os respondentes fiquem livres para responder com suas próprias palavras, sem se limitarem à
escolha entre um rol de alternativas. Para se obter informações sobre a história, descrição,
localização ou mesmo extensão recorreu se a aplicação de um questionário a um dos gestores da
Escola Secundária Geral de Gurué e ao responsável da localidade como forma de obter um
mínimo de informação sobre local.

Usou-se a técnica de observação sistemática porque segundo Mutimucuio (2008) consiste na


adopção de uma série de decisões prévias, a respeito dos elementos e situações a serem
observados e da forma de registo dos mesmos. Portanto, foram realizadas visita in loco por
período de um mês com vista a notar frequência de recolha e eliminação de RS e fezse um
levantamento fotográfico, objectivando identificar a origem, disposição e destino dos resíduos.

3.3.2 Técnicas de análise de dados


Segundo Gil (2002), o processo de análise dos dados envolve diversos procedimentos tais como
a codificação das respostas, tabulação dos dados, cálculos estatísticos e a interpretação dos
21
dados. Conforme Bardin (2006), um estudo cujos dados recolhidos são sentimentos e opiniões
dispostos sob forma de um discurso, o processo de análise obedece aos seguintes passos:

1) Pré-análise - é a fase em que se organiza o material a ser analisado com o objectivo de


torná-lo operacional, sistematizando as ideias iniciais por meio de leitura flutuante. Nesse
caso, após a recolha dos resultados no campo organizar-se-á e codificar-se-á em os
questionários em Prof. (Professor) 1, 2… até 10.
2) Exploração do material - consiste na exploração do material com a definição de
categorias, a identificação das unidades de registo. Para responder essa etapa, ler-se-á as
diversas opiniões apresentadas dos professores, e sistematizar-se-á em categorias.
3) Tratamento dos resultados, inferência e interpretação – é etapa destinada ao
tratamento dos resultados, culminando nas interpretações inferenciais; é o momento da
intuição, da análise reflexiva e crítica. Portanto, apresentar-se-á os resultados e far-se-á
uma crítica baseada nas abordagens dos autores referenciados no estudo e com base na
opinião do pesquisador.

3.4 Limitações do Estudo

A presente pesquisa considera como limitação a dificuldade de acesso de uma escala apropriada
para classificação do nível de percepção ambiental. Portanto, não se fez uma classificação
qualitativa do nível de percepção, mas sim, o levantamento das percepções dos professores em
relação a gestão dos resíduos sólidos.

22
4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Os resultados aqui apresentados foram encontrados mediante a aplicação de um questionário e


pela observação no campo de estudo, estando dispostos de acordo com a ordem das perguntas do
questionário: inicia com dados relacionados com a percepção dos professores da ESGG em
relação à GRS; seguem com dados referentes às práticas levados a cabo pelos professores da
ESGG na GRS; e termina com a identificação das razões que levam a disposição inadequada de
resíduos sólidos na ESGG.

Foram questionados 10 funcionários da ESGG, todos professores onde seis são homens e quatro
mulheres. Dos 10 professores, cinco leccionam classes do primeiro ciclo, três são do segundo
ciclo e dois são do terceiro ciclo. São na sua maioria (sete) da faixa etária entre 20 a 29 anos e
dois estão numa faixa etária entre 30 a 39 anos e foi apenas um que está na faixa etária acima dos
40 a 49 anos. No que tange à carreira profissional, dos 10 questionados, seis são Docentes do
Nível (DN) quatro, quatro são DN três e só um é que é DN um. Dos 10 professores, oito não
possuem mais de cinco anos em serviço na instituição, apenas dois trabalham há um período
superior que cinco anos, porém não superior a 10 anos.

4.1 Percepção Ambiental dos Professores da ESGG Sobre GRS

4.1.1 Conceito de resíduos sólidos


Quando questionados sobre o entendimento que tem do conceito de resíduos sólidos, os prof 2,
4, 5, 6 e 10 definem como sendo “materiais descartados, mas que podem ser reciclados ou
reaproveitados” e os prof 3 e 8 entendem como “substâncias ou objectos descartados” e prof 1,
7 e 9 um entendem como “substâncias ou objectos velhos”.

Em todos os conceitos apresentados pelos professores está implícita a abordagem referida pelo
Decreto 94/2014 de 31 de Dezembro e pelo Soares (2005) de que RS é algo que foi considerado
inútil e que deve ser eliminado, portanto, alguns professores acrescentam que há necessidade de
aproveita-los e recicla-los. Todavia, a figura um demonstra resíduos sólidos em particular o
papel que estão sendo enterrados, sendo esse um sinal de fraqueza no aproveitamento de resíduos
sólidos.

23
Como dizem Querino e Pereira (2016), existe necessidade melhorar a capacidade de ver a
utilidade em diversos materiais que são classificados por muitos como inúteis como uma forma
de reduzir a geração e o descarte inadequado de resíduos.

Fig. 1: Resíduos descartados em lixeiras pelo recinto escolar.

Fonte: Autor (2021)

4.1.2 Resíduos mais gerados na ESGG


É unânime aos professores questionados que os RS mais gerados no recinto da escola são papéis,
seguida de pacotes ou embalagens de produtos alimentares como diz o prof 2 “ o papel, garrafas
plásticas, sacos plásticos, pacotes de bolachas e pipocas são os mais notáveis no recinto
escolar” e os prof 4, 8 e 10 afirmam que “a maior quantidade de resíduos gerados no local de
trabalho é o papel”.

Os resíduos observados na EP2F são os mesmos referidos por Ferreira (2012) como os
comummente gerados em ambientes escolares e são classificados como resíduos sólidos
comerciais segundo Decreto 13/2006 de 15 de Junho. No entanto, também são gerados resíduos
classificados como bioresíduos. Na figura dois, pode-se observar que os resíduos com maior
abundância são os papéis.

24
Fig.2: Tipos de resíduos sólidos mais gerados pelos utentes da ESGG.

Fonte: Autor (2021)

4.1.3 Destino Adequado dos Resíduos Sólidos


No que refere ao destino adequado dos resíduos sólidos, os prof 1, 4, 5, 6, 7, e 10 assumem que
“deve ser destinado primeiro aos recipientes de lixo para que sejam aproveitados” enquanto
que os prof 2, 3 e 9 dizem que “se deve destinar à lixeira para que sejam queimados ou
enterrados.”

De acordo com o Decreto 94/2014 de 31 de Dezembro, RS acumulados em lixeiras a céu aberto


constituem uma disposição inadequada, pois estão em condições em que facilmente podem se
espalhar ou criar vectores transmissores de doenças.

Todavia, de acordo com Silva et al. (2017), depositar os resíduos nos recipientes de lixos é uma
atitude compatível com as exigências das políticas de 5R’s, pois possibilita o seu
aproveitamento. E segundo os mesmos autores, a meta principal é levar os indivíduos a
repensarem seus valores e práticas, reduzindo o consumo exagerado e o desperdício devendo
priorizar a redução da geração e o reaproveitamento dos materiais em relação à sua própria
reciclagem. Tendo em conta o tipo dos resíduos mais gerados na escola, depositar na lixeira para
que sejam enterrados ou queimados é um desperdício de recursos e matéria-prima, é consolidar
hábitos nocivos a saúde pública e ao meio ambiente e é promover a formação de uma sociedade
consumista (Bruni e Barbosa, 2016).

Entretanto, a figura 3 monstra os dois únicos recipientes de lixo disponíveis para uso público,
onde estão alocados -no gabinete do director adjunta escolar e outro está dentro da secretaria da
escola. Há uma necessidade de aumentar o número e o tamanho dos recipientes de lixo e serem
alocados em lugares acessíveis a toda comunidade escolar.

25
Fig. 3: Recipientes de lixo existentes nas escolas.

Fonte: Autor (2021)

Com base na observação no recinto da escola notou-se que o lixo é depositado nas lixeiras
distribuídas ao longo do recinto escolar e depois queimado ou enterrado (vide a figura 4). Essa
realidade dificulta o aproveitamento de resíduos e ainda contribui para dispersão dos resíduos
pelo recinto escolar conforme referido pelo Decreto 94/2014 de 31 de Dezembro.

Fig.4: Locais de deposição de resíduos para serem queimados ou enterrados.

Fig.4: Locais de deposição de resíduos para serem queimados ou enterrados.

4.1.4 Comportamentos desenvolvidos pelos professores com relação a GRS


Os professores assumem que os colegas não apresentam atitudes e comportamentos adequados
com relação a GRS, pois são eles que geram e descartam inadequadamente os resíduos. Apontam

26
como principal causa dessa problemática a falta da sensibilização aos professores em relação as
boas práticas ambientais conforme dito pelo prof 8 “há pouca sensibilização aos professores
para que estejam em altura de salvaguardar o meio ambiente”. O prof 2 aponta como causa da
problemática dos RS a “falta de um plano de acção por da comunidade escolar para lhe dar
com os resíduos sólidos.” A figura 5 monstra uma sala de aulas da EP2F com resíduos sólidos
em particular o papel dispostos inadequadamente.

Fonte: Autor (2021)

Como afirmaram o Bruni e Barbosa (2016), é necessário que os professores, portanto, encontrem
maneiras para envolver os alunos em todo processo de GRS, como, por exemplo, incluí-los na
fabricação de recipientes de lixo e cartazes ou participando em concursos e feiras, que, na
verdade, consistem em situações de aprendizagem lúdicas e significativas.

4.1.5 Responsabilidade de garantir o ambiente escolar saudável


Quando perguntados de quem a responsabilidade de garantir o ambiente escolar saudável as
opiniões se dividem. Os prof 1, 2, 3, 5, 6, 7, 9 e 10 dizem que todos os intervenientes da escola
têm sua parte para evitar impactos ambientais adversos, desde a direcção da escola, concelho da
escola, pessoal administrativo, professores, agentes do serviço, incluindo alunos, pais e
encarregados de educação. Entretanto, outros (prof 4 e 8) dizem que a responsabilidade é
exclusiva a direcção da escola e professores e um diz que cabe aos gestores ambientais lidar com
assunto.

4.1.6 Consciência ambiental dos professores da EP2F


Os professores demonstraram certo conhecimento em relação a GRS, ainda sugeriram algumas
soluções que os mesmos podem desenvolver e entretanto, quando perguntados o que fazem para

27
evitar o problema, limitam se em referir que orientam as jornadas de limpeza. Facto também que
contradiz com a realidade observada no local do estudo, visto que, fora do ambiente escolar com
RS dispostos inadequadamente, tem-se desenvolvido aulas enquanto nas salas e no recinto
escolar estão dispersas de resíduos, o que demonstra a falta de sensibilidade em ambientes com
resíduos sólidos mal acondicionados.

4.2 Contributo Dos Professores Da ESGG Em Relacção A GRS

4.2.1 Contributo dos professores para gestão adequada de resíduos sólidos


Os professores dizem estar a contribuir para evitar que os resíduos sólidos causem problemas ao
homem e ao seu meio ambiente escolar. Entretanto, a diferença está no modo de ajuda, o prof 3
diz que “ sim porque faço acompanhamento dos alunos de modo a recolherem os resíduos
sólidos e colocarem nos lugares apropriados” e o prof 5 diz que “ sempre que chego no local de
trabalho oriento os alunos a apanharem os papeis, latas, garrafas e mais, para no fim juntar
num sitio, também faço a minha parte não descartando o lixo em lugares impróprios.” . O prof 9
diz que contribui “explicando a importância e dos resíduos sólidos e seus impactos ao meio
ambiente.” Portanto, se tem com uma prática comum de gestão de resíduos sólidos a orientação
de jornadas de limpezas no recinto escolar.

Durante a pesquisa no campo, essa foi a jornada de limpeza que mais houve envolvimento dos
alunos. Não se notou nenhuma regularidade em termo de periodicidade de recolha de resíduos
pelo recinto escolar.

A figura 6 monstra um livro de sumário encapado por embalagem de papel A4, que é um
exemplo de reutilização dos resíduos gerados pelos utentes da escola no exercício das funções.

Fig. 6: Embalagem de papel A4 reutilizado para encapar um livro de sumário.

Fonte: Autor (2021)


28
De acordo com Oliveira et al. (2012), Querino e Pereira (2016) e Santo (2003), o professor em
representação da escola tem um papel fundamental na construção e reconstrução de
conhecimentos para valorizar o meio em que vive e desenvolver a ética ambiental. De acordo
com Silva et al. (2017), desenvolver mobilizações que promovam uma GRS que se baseia
política dos 5 R’s privilegiando etapa antes da geração dos resíduos, através de promoção de
fóruns de discussões para repensar seus valores e práticas, reduzindo o consumo exagerado e o
desperdício devendo priorizar a redução do consumo. Portanto, tem uma responsabilidade de
desenvolver práticas de gestão adequada de RS e mobilizar uma EA a todos outros que fazem a
comunidade ESGG.

4.3 Razões Que Levam A Disposição Inadequada De RS na ESGG

Com base nas percepções dos professores da ESGG sobre a GRS e pelo que foi observado na
escola, pode se concluir que os professores demonstraram o mínimo do conhecimento de práticas
adequadas de GRS, no entanto, as suas acções não refletem o conhecimento que eles possuem.
Portanto, a disposição inadequada de resíduos sólidos e seus problemas associados não
estimulam aos professores da EP2F a desenvolver acções práticos com vista mitigar o problema.

Então, conclui-se que a causa da disposição inadequada de resíduos sólidos que se verifica na
EP2F é a fraca sensibilidade dos professores por ambientes com resíduos sólidos mal
acondicionados bem como dos seus problemas associados e consequente negligência de
elementos que influenciam para uma gestão adequada de resíduos sólidos, facto que resulta em:

 Insuficiência de recipientes de lixo no recinto escolar

Os dois recipientes de lixo existentes nos gabinetes da escola não são suficientes para responder
a demanda dos resíduos gerados e mesmo esses poucos recipientes existentes não estão sendo
usados para colectar lixo. Conforme o referido pelo MICOA (2009) a falta ou insuficiência de
infra-estruturas para a GRS constitui causa a gestão inadequada de resíduos sólidos.

 Períodos irregulares de recolha e eliminação de lixos

Na EP2F, os utentes é que são responsáveis pela gestão dos resíduos sólidos, portanto optam por
queimar ou enterrar. No entanto, o lixo tem ficado dias até uma semana sem o devido tratamento.
Em um mês de observação foi apenas uma vez que houve uma recolha geral e maior
envolvimento dos utentes da escola.

29
No entanto, o lixo tem ficado por semas até um mês sem nenhum tratamento. De acordo com
MICOA (2009) a colecta irregular de lixo constitui causa da Gestão inadequada de resíduos
sólidos.

 Resíduos dispersos pelo recinto da escola

Os resíduos sólidos ficam dispersos pelo recinto da escola inclusive dentro das salas de aulas,
visto que se gera muito papel e pouco é aproveitado. Geralmente os resíduos gerados na escola
são acumulados em lixeiras a céu aberto distribuídas pelo recinto escolar. Devido a demora no
inteiro ou queima do lixo acaba se dispersando pelo recinto da escola.

30
5 Conclusões e Recomendações

5.1 Conclusões

 Com base nas análises feitas dos dados recolhidos conclui-se que a gestão inadequada de
resíduos sólidos que se verifica na Escola Secundária Geral de Gurué deve se por fraca
sensibilidade dos professores por ambientes com resíduos sólidos mal acondicionados
bem como dos seus problemas associados e consequente negligência de elementos que
influenciam para uma gestão adequada de resíduos sólidos, facto que culmina em:
insuficiência de infra-estrutura para o processo de gestão de resíduos sólidos, em
particular os recipientes de lixo; deposição e acumulação de resíduos sólidos em
pequenas lixeiras a céu aberto pelo recinto escolar e períodos irregulares de recolha e
eliminação de lixo.

 Concluiu-se também, que embora em pequena escala, existem alguns professores que
desenvolvem algumas práticas que contribuem para uma gestão adequada de resíduos
sólidos na escola, a destacar: a orientação das jornadas de limpezas aos alunos, no
entanto de forma irregular; A reutilização do papel como material para encapar os livros;

 A maior parte dos professores possui um nível médio de consciência ambiental, pois
apresenta mínimos conhecimentos sobre o processo de gestão adequada de resíduos
sólidos, porém aplica-os sob orientação da Direcção da escola.

 Em geral os professores da ESGG possuem o mínimo do conhecimento para que façam


uma gestão adequado resíduos sólidos no recinto escolar. No entanto, as acções práticas
dos professores não refletem o conhecimento que os mesmos possuem, pois desenvolvem
acções que comprometem o processo de gestão adequado de resíduos sólidos com
consciência dos seus respectivos impactos na saúde da comunidade escolar e no seu meio
ambiente.

31
5.2 Recomendações

Para o melhoramento da percepção ambiental em rrelaçãoa gestão dos resíduos sólidos, o estudo
recomenda:

A Direcção da escola:

 Promover uma Educação Ambiental através de jornadas de limpezas regulares, feiras


ambientais, peças teatrais, ou através de debates nas reuniões internas, dando ênfase na
redução da produção de resíduos, na prevenção e controle da poluição, nos benefícios do
seu aproveitamento;

 Alocar os recipientes de lixo nos corredores de salas, e em alguns pontos pelo recinto
escolar;

 Criar condições básicas para a separação e conservação do papel para que seja
aproveitado;

 Divulgar cronogramas de actividades de limpezas a nível da escola.

Aos professores da escola:

 Desenvolver e promover uma gestão de resíduos sólidos baseada na política dos 5 R’s;

 Orientar a preparação de peças teatrais que abordam sobre as problemáticas ambientais


para serem apresentados a nível da escola;

 Actuar como fiscalizador das atitudes e comportamentos dos alunos em relação ao


tratamento de resíduos sólidos.

32
6 Referências Bibliográficas

Bardin, L. (2006). Análise de conteúdo. Lisboa, Portugal: Edições 70.

Bernardo, J. (2008). Uma proposta metodologia para a Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos na
África. Recife, Brasil: Editora Rima.

Botelho, A. L. S. (2002). Base de dados especializados em aterros sanitários. Lisboa, Portugal:


Prodepinforaterro.

Bruni, V. C. & Barbosa, M. (2016). Plano de gerenciamento de resíduos sólidos nas escolas
paranaenses. Curtiba, Brasil: SEEPR.

Cabral, F.F., Ribeiro, I. D. L., & Hrycyk, H. F. (2015). Percepção Ambiental dos alunos do 6º
ano de Escolas Públicas. Revista Monografias Ambientais, 14 (2), 151-161.

Campos, M. C. C., Neto, N. M. S. M., Veras, E. D. S., & Souza, Z. G. E. F. (2012). Percepção
Ambiental: experiências em escolas de ensino fundamental em Humaitá. Ambiência
Guarapuava (PR), 8, 35-46.

Costa, J. R., Soares, J. E. C., Coral, S. T. & Mota, A. M. (2012). A Percepção Ambiental do
corpo Docente de uma escola pública rural em Manaus. Revbea 7, 63 – 67.

Decreto n.º 13/2006 (2006). Aprova o Regulamento sobre a Gestão de Resíduos. BR I Serie n.º
24 (15-06-2006), 208 – (29).

Decreto nº 94/2014 (2014). Aprova o Regulamento sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos
Urbanos. BR I Serie n.º 105 (31-12-2014), 1940 – (214).

Dias, G. F. (2000). Educação Ambiental, princípios e práticas. (6ª ed.) São Paulo. Guia.

Ferreira, A. R., & Rosso, A. J. (2009). Educação Ambiental na Escola: A visão dos professores e
professoras de ciência e biologia acerca da formação necessária. Ponta Grossa, Brasil:
Lidel.

Gil, A. C. C. (2002). Como elaborar projecto de pesquisa. (4ª ed.) São Paulo, Brasil: atlas.

Laet, F. & Bezerra, D. O. S. (2003). Estudo da percepção ambiental de professores e alunos de


duas escolas públicas em relação aos resíduos sólidos. São Paulo, Brazil: Carceres edições.

33
MICOA. (2009). Manual do Educador Ambiental. Maputo, Moçambique: MICOA.

Monteiro, J. H. P., Zeveibil, V. Z., & IBAM (2001). Manual de gerenciamento integrado de
resíduos sólidos. Rio de Janeiro, Brasil: IBAM Editora.

Mutimucuio, I. V. (2008). Modulo: Métodos de investigação, apontamentos. Centro de


Desenvolvimento Académico, Maputo, MocambiqueUniversidade Eduardo Mondlane.

Oliveira. M. S., Oliveira, B. S., Vilela, M. C. S., & Castro, T. A. A. (2012). A importância da
Educação Ambiental na escola e a reciclagem do lixo orgânico. Revista cientifica
eletrónica de ciências sociais aplicadas de Eduvale 7. 1806 – 6283.

Ribeiro, H., & Buque, L. (2012). Legislação e quadro legal da Gestão de Resíduos Sólidos em
Moçambique- Maputo. Revista de Direito Sanitário, 14, 132 – 147.

Santos, R. N. (2005). Colocando o Lixo no Lugar Certo: Aplicação de Oficina De Reciclagem de


Lixo como Actividade Prática em Educação Ambiental nas Escolas de Aracajú/SE.
(Graduação em Licenciatura em Ciências Biológicas). Universidade Federal de Sergipe.
São Cristóvão.

Silva, S., Ferreira, E., Roesler, E., Borella., D., Gelatti, E., Boelter, F., & Mendes, P (2017). Os 5
R’s da Sustentabilidade. Santa Maria, Brasil. Universidade Federal de Santa Maria.

Soares, J. A. S., Pereira, S. S., & Cândido, G. A. (2017). Gestão de Resíduos Sólidos e
Percepção Ambiental: Um estudo com colaboradores do campus e da Universidade Estadual
Da Paraíba. Revista saúde e meio ambiente.

34

Você também pode gostar