Pratica Smaw
Pratica Smaw
Pratica Smaw
2. Revisão:
A soldagem com eletrodos revestidos obtém a união das peças pelo seu aquecimento
localizado com um arco elétrico estabelecido entre um eletrodo metálico consumível,
recoberto com um fluxo (eletrodo revestido), e as peças (figura 1). O revestimento é
consumido junto com o eletrodo pelo calor do arco desempenhando uma série de funções
fundamentais ao processo de soldagem como, por exemplo, a estabilização do arco, a
proteção do metal fundido pela formação de escória e de gases e a adição de elementos de
liga e de desoxidantes à poça de fusão.
Revestimento
Alma
Metal de
Adição Eletrodo
Escória Revestido
Arco
Solda
Metal de
Base
Poça de Fusão
Tensão em vazio
V
Faixa aproximada
de operação
Figura 3 - Curvas de saída tensão (V) x corrente (I) típica de uma fonte para soldagem com
eletrodos revestidos.
A correta seleção dos parâmetros de soldagem é essencial para a obtenção de uma junta
soldada de qualidade. O termo parâmetro de soldagem abrangerá neste documento todas as
características do processo de soldagem necessárias para a execução de uma junta soldada
de tamanho, forma e qualidade desejados que são selecionadas pelo responsável pela
especificação do procedimento de soldagem. Na soldagem manual com eletrodos
revestidos, estas características compreendem, entre outras, o tipo e diâmetro do eletrodo, o
tipo, a polaridade e o valor da corrente de soldagem, a tensão e o comprimento do arco, a
velocidade de soldagem e a técnica de manipulação do eletrodo.
Para um dado tipo de eletrodo, o seu diâmetro define a faixa de corrente em que este pode
ser usado. A seleção deste diâmetro para uma dada aplicação depende de fatores sensíveis
à corrente de soldagem, como a espessura do material (tabela 1) e a posição de soldagem, e
de fatores que controlam a facilidade de acesso do eletrodo ao fundo da junta, como o tipo
desta o e chanfro sendo usado.
A soldagem fora da posição plana exige, em geral, eletrodos de diâmetro menor do que os
usados na posição plana devido à maior dificuldade de se controlar a poça de fusão. Na
soldagem em chanfro, as variáveis deste são muito importantes para a escolha do diâmetro
do eletrodo. Por exemplo, na execução do passe de raiz, o diâmetro do eletrodo deve
permitir que este atinja a raiz da junta minimizando a chance de ocorrência de falta de
penetração e de outras descontinuidades nesta região. Em princípio, para garantir uma
maior produtividade ao processo, deve-se utilizar, em uma dada aplicação, eletrodos com o
maior diâmetro possível (e a maior corrente) desde que não ocorram problemas com a
geometria do cordão ou com as suas características metalúrgicas.
Para um dado diâmetro de eletrodo, a faixa de corrente em que este pode ser usado
depende do tipo e da espessura do seu revestimento. A tabela 2 ilustra faixas usuais de
corrente em função do diâmetro para eletrodos celulósicos, rutílicos e básicos. O valor
mínimo de corrente é, em geral, determinado pelo aumento da instabilidade do arco, o que
torna a soldagem impossível, e o valor máximo, pela degradação do revestimento durante a
soldagem devido ao seu aquecimento excessivo por efeito Joule. A forma ideal de se obter
a faixa de corrente para um eletrodo é através da consulta do certificado do eletrodo
emitido por seu fabricante.
Para a soldagem vertical e sobre-cabeça, a corrente de soldagem deve ser inferior à usada
na posição plana, situando-se na porção inferior da faixa de corrente recomendada pelo
fabricante. A corrente de soldagem deve ser escolhida de modo a se conseguir uma fusão e
penetração adequadas da junta sem, contudo, tornar difícil o controle da poça de fusão.
+ -
- + h2
CA
h1 h3
A tensão do arco varia entre cerca de 18 e 36V dependendo do tipo de eletrodo, das
características de seu revestimento, do valor da corrente e do comprimento do arco.
Maiores valores de diâmetro, corrente e do comprimento do arco implicam em um
aumento da tensão.
A velocidade de soldagem deve ser escolhida de forma que o arco fique ligeiramente à
frente da poça de fusão. Uma velocidade muito alta resulta em um cordão estreito com um
aspecto superficial inadequado, com mordeduras e escória de remoção mais difícil.
Velocidades muito baixas resultam em um cordão largo, convexidade excessiva e
eventualmente de baixa penetração.
Arco
Arco acesso
acesso
(a) (b)
Figura 5 – Técnicas para a abertura do arco.
Grande parte da qualidade de uma solda dependerá do perfeito domínio, pelo soldador, da
execução destes movimentos. Além disso, é importante um posicionamento correto do
eletrodo em relação à peça. Este posicionamento varia com o tipo e espessura do
revestimento, com as características da junta e a posição de soldagem e tem como
objetivos:
• Evitar que a escória flua à frente da poça de fusão, o que facilitaria o seu
aprisionamento na solda;
• Controlar a repartição de calor nas peças que compõem a junta (importante na
soldagem de juntas formadas por peças de espessuras diferentes).
• Facilitar a observação da poça de fusão; e
• Minimizar os efeitos do sopro magnético (quando presente).
5-10º
Direção de
Soldagem
90º
(a) (b)
Figura 8 – Posicionamento para a soldagem de juntas em T de (a) chapas da mesma
espessura e (b) chapas de espessuras diferentes.
13
3
1 2
13
80-100º
Direção de
Soldagem
15º
Figura 10 – Posicionamento recomendado para a execução de uma solda de filete.
15º
(a) (b)
Figura 11 – Posicionamento do eletrodo para a soldagem nas posição vertical
(a) ascendente e (b) descendente..
Após uma interrupção, a escória deve ser removida e limpa pelo menos na região em que a
soldagem será continuada. Ao final da soldagem, o restante da escória é removido e a solda
inspecionada visualmente para a detecção de eventuais descontinuidades.
3. Procedimento:
4. Resultados e Discussão:
Escreva em uma folha separada os aspectos mais importantes deste trabalho, suas
conclusões e sugestões. Responda também às questões do item 5.
5. Questões:
4. Em sua opinião, quais as características necessárias a uma pessoa que deseje se tornar
um soldador? Quais as dificuldades iniciais que esta pessoa encontrará e como superá-
las?
Bibliografia:
1. GETMANETS, S.M., Arc Welding Technology – for Carbon and Low Alloy Steels
Kiev (Ucrânia), Naukova Dumka, 1983.
3. SMITH, D., Welding – Skills and Technology, Nova Iorque, Mc Graw-Hill, 1984, pp.
364-419.