Estudo Sobre João

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Em João 1.

1 mostra a criação e revela a eternidade, destacando que, antes da criação


deste universo material, o Verbo já estava lá.

No capítulo 1, versículo 2 mostra que Cristo não veio a tornar-se uma Pessoa ou Filho
de Deus em algum momento da história. Ao contrário, o Pai e o Filho sempre existiram.
Todos os acontecimentos foram criados por Jesus; Ele é o Deus Criador.

Em João 1:4 mostra que o homem depende de Deus para viver. Nossa existência,
física e espiritual está atrelada ao poder provedor de Deus, porém, Jesus Cristo, também
é a luz dos homens.

1.5 — A luz resplandece nas trevas. Jesus veio a este mundo de trevas para trazer a
luz espiritual. Sendo assim, as trevas não sobrepujaram a luz; embora não a
entendessem, não conseguiram vencê-la. Quando os cristãos recebem a luz (Cristo), eles
passam a fazer parte de uma nova criação.

1.6,7,8 — Esses versículos denotam a diferença entre João e Jesus Cristo. Jesus é Deus,
João Batista foi um homem enviado por Deus. Jesus é a luz dos homens, João veio para
testificar da luz.

1.9 — Jesus se tornou homem para mostrar a verdade a todas as pessoas. Ele revela a
todo homem que vem ao mundo quem é o Criador.

1.10,11 — O verbo conhecer no versículo 10 significa não apenas ter o conhecimento,


mas também receber de bom grado. Mas, em vez de receber a Jesus de braços abertos, o
mundo virou as costas para Ele. A aceitação e a rejeição do Messias (v. 12) são os temas
que começam nesse prólogo (Jo 1.1-18) e aparecem em todo o Evangelho de João.

1.12 —Nenhum de nós era filho de Deus, na verdade. Por natureza, éramos filhos da ira
e estávamos condenados à morte e ao inferno. Imagine um miserável ser adotado como
filho por um rei e receber o direito às suas riquezas e o status de realeza. Por meio da fé,
crendo em Jesus, os pecadores, destituídos de todo e qualquer direito, tornam-se
membros da família de Deus.

1.13 — Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do
varão, mas de Deus. Esse novo nascimento que experimentam aqueles que creem em
Jesus é espiritual. Os nascidos do Espírito não nasceram do sangue, ou seja, não estão
ligados por laços consanguíneos. Não são fruto da fecundação natural. Não foram
gerados pela vontade do carne, isto é, pelas nossas próprias forças ou vontade. O novo
nascimento é uma obra feita somente por Deus. È um dom que recebemos gratuitamente
(Jo 4-10,14), e não uma recompensa pelo nosso esforço pessoal. O novo nascimento
está baseado no relacionamento individual com Cristo, e não em nossa condição
pessoal. Cristo é o único Mediador entre Deus e o homem. Cristo é a vida (Jo 1.4; 14-6).
Aqueles que creem nele nasceram de Deus, pois receberam vida espiritual.

1.14 — E o Verbo se fez carne e habitou entre nós. O Verbo, Aquele que sempre
existiu se fez carne e habitou entre nós.

1.15 — O que vem depois de mim é antes de mim, porque foi primeiro do que eu. Jesus
nasceu depois de João Batista e começou o Seu ministério depois do dele. Entretanto,
João Batista disse que Jesus era antes dele, pois já existia desde a eternidade (v. 30).
João Batista é um exemplo maravilhoso da humildade necessária para alguém cumprir
seu ministério diante de Deus. Ele conhecia muito bem a mensagem específica que
Deus havia designado para ele pregar, e não se desviou dela.

1.16 — A maioria das pessoas atribui as palavras do versículo 15 a João Batista. As


palavras dos versículos 16-18, porém, são de João, o escritor deste Evangelho, embora
também possam ter sido ditas por João Batista.

1.17 — Em todo o Novo Testamento, graça é o favor de Deus concedido ao homem


pecador, independente de suas obras e de seus méritos. A lei foi dada por Moisés; a
graça e a verdade vieram por Jesus Cristo. João não está desmerecendo a Lei ou Moisés
nesse versículo. A Lei e a graça não eram antagônicas no Antigo Testamento. Quem
estava sob a Lei no Antigo Testamento também era salvo pela graça (veja Êx 34-6,7)

Assim sendo , João não disse que a Lei começou com Moisés, e Jesus trouxe a graça.
Ele assinalou que, em Cristo graça e justiça (ou a verdade) se manifestam como uma
coisa só. Apesar de a graça e a verdade manifestadas por Deus por meio da Lei dada a
Moisés fossem abundantes, é na pessoa de Jesus Cristo que elas conseguiram plenitude
da revelação.

1.18 — Deus nunca foi visto por alguém. Deus é Espírito (Jo 4-24), é invisível (Cl
1.15; 1 Tm 1.17) e só pode ser visto quando se revela a alguém. O verbo conhecer
também pode ser traduzido por revelar. Portanto, Jesus Cristo, tendo a mesma natureza
divina do Pai (Jo 1.1), tornou-se homem (Jo 1.14) para revelar Deus a nós (Jo 1.18) e
também decidiu trazer-nos misericórdia e juízo (graça e verdade). Uma das muitas
bênçãos da graça (Jo 1.17) é o conhecimento de Deus (Jo 1.18). E, quanto mais
conhecemos a Sua glória, como nos é revelado nas Escrituras, mais somos
transformados na mesma imagem (2 Co 3.18).

1.19—2.11 — Esta passagem descreve o que aconteceu por uma semana no início do
ministério do Senhor. No primeiro dia, João Batista deu testemunhou de Jesus aos
líderes judeus (Jo 1.19- 28). No dia seguinte (Jo 1.29), João testemunhou novamente (Jo
1.29-34). No dia seguinte, João testemunhou a dois dos seus discípulos que passam a
seguir a Cristo (Jo 1.35-42). No dia seguinte (Jo 1.43), Jesus chamou mais dois
discípulos (Jo 1.43-51). Ao terceiro dia (Jo 2.1), ou seja, o terceiro dia após o último dia
mencionado, Jesus foi para Canaã com Seus novos discípulos. A viagem de Betânia a
Jericó, na Judeia (Jo 1.28), levava cerca de três dias de caminhada. Desse modo, em
João 1.19—2.11, são relatados em detalhes os testemunhos da primeira semana.

1.19,20 — Os judeus aqui são os líderes judeus que compunham o Sinédrio e opuseram-
se ao Senhor Jesus. O Sinédrio era responsável por avaliar todo aquele que fosse
acusado de ser falso profeta ou blasfemo, bem como outros crimes de natureza religiosa.
O Sinédrio era composto sobretudo por membros de dois grupos religiosos influentes na
época: os saduceus e os fariseus. A delegação que foi investigar João Batista era de
fariseus (Jo 1.24). A pergunta que eles fizeram a João Batista foi: Quem és tu? João
afirmou que não era o Messias.

1.21,22 — Es tu Elias? Era uma promessa do Antigo Testamento que Elias viria antes
do dia grande e terrível do Senhor (Ml 4-5). Es tu o profeta? Moisés profetizou que o
Senhor enviaria um profeta como ele (Dt 18.15). João Batista negou ser tanto um como
o outro; ele não tinha nenhuma intenção de se passar pelo Messias. E, assim como João,
não devemos ter de nós mesmos um conceito mais elevado do que realmente somos,
mas ao contrário, devemos ter um conceito equilibrado, de acordo com a medida da fé
que Deus nos concedeu (Rm 12.3 — nvi).

1.23 — A voz- Cristo é o Verbo; João Batista, a voz. Quando foi pressionado a dizer
quem era, João Batista afirmou ser o cumprimento de Isaías 40.3: Voz do que clama no
deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda a nosso Deus. João
identifica a si mesmo: Eu sou a voz do que clama no deserto: endireitai o caminho do
Senhor.

1.24 — Os fariseus constituíam uma seita muito influente com quase seis mil membros.
Além de serem exímios intérpretes da Lei em Israel, eles também eram extremamente
zelosos quanto aos costumes e às tradições. Nem todos os fariseus eram como os que
foram descritos por João (Jo 5.20), porém, de maneira geral, esses líderes religiosos não
aceitaram o Messias.

1.25 — Realizar o ritual do batismo era o mesmo que assumir uma posição de
autoridade. Os fariseus questionaram João Batista quanto à autoridade que ele possuía
para realizar tal ato religioso: Por que batizas [...] se tu não és o Cristo, nem Elias,
nem o profeta? As autoridades judaicas achavam que eram os únicos detentores do
direito de legitimar pregadores religiosos. A autoridade de João, contudo, havia sido
dada por Deus. Ele conhecia muito bem Sua missão (Jo 1.26) e a realizou no espírito.

1.26,27— Este é aquele [...] do qual eu não sou digno de desatar as correias das
sandálias. Desatar as correias das sandálias era trabalho de escravos. Com aquela
declaração no versículo 26, João Batista estava dizendo: “Jesus Cristo é o Deus vivo, e
eu sou a voz que clama no deserto, Seu servo e escravo”.

1.29 — Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! No Antigo


Testamento, os israelitas sacrificavam cordeiros na Festa da Páscoa (Ex 12.21) como
ofertas a Deus (Lv 14-10-25). Jesus Cristo é o Cordeiro de Deus que foi oferecido como
sacrifício pelos pecados não apenas de Israel, mas de toda a humanidade (Is 52.13—
53.12). Com essa magnífica frase, na introdução do seu Evangelho, João revela
resumidamente todo o plano da redenção do Antigo Testamento.

1.30 — Um homem que foi antes de mim. Jesus é superior em posição e honra.
Porque já era primeiro do que eu. Jesus já existia antes de João Batista.

1.31 — Eu não o conhecia. A princípio, João Batista não tinha certeza de que Jesus era
o Messias. Tudo que João sabia é que devia batizar com água e que o Messias seria
manifesto a Israel ao ser batizado. Deus deu um sinal a João para que este reconhecesse
o Messias: o Espírito Santo desceu do céu como uma pomba e pousou sobre o Filho de
Deus. Quando Jesus foi batizado, o Espírito Santo desceu sobre Ele (v. 32), revelando a
João quem Ele era (v. 33). Mateus ainda fala de uma voz que veio do céu, dizendo: Este
é o meu Filho amado, em quem me comprazo (Mt 3.17).

1.32-34 — Esse é o que batiza com o Espírito Santo. O batismo com o Espírito Santo
aconteceu pela primeira vez durante o Pentecostes que se seguiu à morte e à
ressurreição de Jesus, tomando-se uma realidade na vida de todos os cristãos por
ocasião do novo nascimento.

1.36,37 — Os dois discípulos [...] seguiram a Jesus. João Batista estava disposto a
perder seus discípulos, caso eles fossem seguir a Jesus. Depois de apresentar Jesus, João
sai de cena e só aparece novamente no final do capítulo 3 (v. 22-36). Os discípulos a
partir desse momento não somente passaram a seguir a Jesus, mas também tiveram a
bênção de João Batista para que se unissem a ele.

1.38 — E Jesus [...] disse-lhes: Que buscais? Essa foi uma das perguntas mais
importantes que os seguidores de Jesus tiveram de responder. No entanto, a pergunta de
Jesus a esses discípulos foi mais profunda do que a resposta obtida — onde estás
hospedado? (nvi). Em Sua pergunta Jesus intencionava deixar claro Seu propósito para
os novos discípulos. Será que eles estavam procurando um revolucionário? Ou talvez
um modo de vida mais fácil? Se assim fosse, Jesus não seria a melhor escolha
certamente. Então, Jesus começou a ensinar-lhes que tipo de compromisso Seu
discipulado exigiria.

1.40-42 — Um dos primeiros exemplos de evangelismo pessoal: André levou as boas-


novas ao seu irmão, Pedro, dizendo que Jesus era o Messias. Nesses versículos
percebemos como Jesus vai ao encontro da necessidade pessoal de cada um deles. A
André, Jesus revelou Sua humildade. A Pedro, Jesus revelou Sua habilidade de mudar o
caráter humano. A Filipe, Ele revelou Sua autoridade. A Natanael, Ele revelou Sua
onisciência. Tais demonstrações levaram cada um desses discípulos a testemunhar que
Jesus é o Filho de Deus.

1.43,44—Jesus [...] achou a Filipe, e disse-lhe: Segue-me. Segundo esse versículo,


parece que Filipe passou a seguir Jesus sem ter sido evangelizado por outro discípulo,
mas há alguns fatores que indicam que André e Pedro estiveram com ele antes de ele se
encontrar com Jesus. O versículo 44 diz que André e Pedro eram da mesma cidade de
Filipe, o que sugere que eles tenham conversado. Além disso, quando Filipe disse a
Natanael o que havia acontecido, ele disse: Havemos achado [...] Jesus de Nazaré.

1.47 — Eis aqui um verdadeiro israelita. Por um bom tempo, Jacó, um patriarca
israelita, foi um homem astuto e cheio de dolo. Natanael era um israelita, um
descendente de Jacó, porém, verdadeiro e sincero. Jesus viu o caráter de Natanael como
um livro aberto

1.48,49 — Te vi eu estando tu debaixo da figueira. No Antigo Testamento, esse


termo sugere ideia de descanso e segurança.

Te vi eu. Jesus aqui demonstra Seu conhecimento sobrenatural. Ao que parece, foi o
que convenceu Natanael; sabedor de tal detalhe de sua vida, Jesus tinha de ser o Filho
de Deus, o Rei de Israel.

1.50 — Coisas maiores do que estas verás. Jesus garantiu a Natanael que ele veria
manifestações sobrenaturais ainda maiores no futuro.
1.51 — Vereis o céu aberto e os anjos de Deus subirem e descerem. O sentido aqui é
esse mesmo: uma ligação entre o céu e a terra. Filho do Homem, era a maneira que
Jesus mais gostava de referir-se a si próprio.

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