Modulo 5 Preparado
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OBJETIVOS
Através do estudo deste módulo o leitor deve tornar-se apto a:
1) Descrever os fundamentos do processo, os equipamentos de soldagem utilizados, os tipos
e funções dos consumíveis, o controle do processo, as aplicações do processo e suas
eventuais limitações, a preparação e limpeza requerida para as juntas, às
descontinuidades induzidas pelo processo e as condições físicas, ambientais e de
proteção individual adequadas a soldagem, para os seguintes processos:
• Soldagem com eletrodo revestido
• Soldagem a arco submerso
• Soldagem TIG
• Soldagem MIG/MAG
• Soldagem com arame tubular
• Soldagem por eletroescória
• Soldagem eletrogás
• Soldagem a gás.
2) Descrever os fundamentos e as principais características dos
seguintes processos de corte e goivagem:
• Oxicorte
• Corte com eletrodo de carvão
• Corte a plasma
3) Descrever as técnicas e equipamentos para o pré e pós-
aquecimento e para o tratamento térmico segundo as seguintes
técnicas:
• Aquecimento por indução;
• Aquecimento por resistência elétrica;
• Aquecimento por chama;
• Aquecimento por material exotérmico;
1 SOLDAGEM A ARCO COM ELETRODO
REVESTIDO (SAER)
1.2 FUNDAMENTOS DO PROCESSO
Soldagem com eletrodo revestido (SAER) é a união de
metais pelo aquecimento oriundo de um arco elétrico
estabelecido entre a ponta de um eletrodo revestido e a
superfície do metal de base, na junta que está sendo
soldada. O metal fundido do eletrodo é transferido
através do arco elétrico até a poça de fusão do metal de
base, formando assim o metal de solda.
Uma escória líquida de densidade menor do que a do metal
líquido, que é formada do revestimento do eletrodo e das
impurezas do metal de base, sobrenada a poça de fusão
protegendo-a da contaminação atmosférica. Uma vez
solidificada, esta escória controlará a taxa de
resfriamento do metal de solda já solidificado. O metal
de adição vem da alma metálica do eletrodo (arame) e
do revestimento que em alguns casos é construído de pó
de ferro e elementos de liga.
A soldagem com eletrodo revestido é o processo de
soldagem mais usado de todos que falaremos, devido à
simplicidade do equipamento, à qualidade das soldas, e
do baixo custo dos equipamentos e dos consumíveis.
1.3 EQUIPAMENTOS DE SOLDAGEM
O equipamento consiste de uma fonte de energia, cabos de ligação, um porta eletrodo, um
grampo (conector de terra), e o eletrodo.
• Fonte de Energia
O suprimento de energia pode ser tanto corrente alternada (transformadores) como
corrente contínua (geradores ou retificadores) com eletrodo negativo (polaridade
direta), ou corrente contínua com eletrodo positivo (polaridade inversa), dependendo
das exigências de serviço
a) Corrente contínua - Polaridade direta (CC-): eletrodo ligado ao pólo negativo e peça
positiva. Com essa configuração produz-se uma menor taxa de fusão do eletrodo,
associada a uma maior profundidade de penetração.
b) Corrente contínua Polaridade inversa (CC+): eletrodo positivo e a peça negativa. Com
essa configuração, menores penetrações e maiores taxas de fusão do eletrodo são
obtidas.
c) Corrente alternada (CA) - a polaridade alterna a cada inversão da corrente. Com este
tipo de configuração, a geometria do cordão será intermediária àquela obtida em CC+ e
CC-.
• Cabos de Soldagem
São usados para conectar o porta eletrodo e o grampo à fonte de energia. Os cabos
devem ser mantidos desenrolados, quando em operação, para evitar a queda de
tensão e aumento de resistência por efeito Joule.
• Porta Eletrodo É simplesmente um dispositivo que permite ao soldador segurar e
controlar o eletrodo.
• Grampo (Conector de Terra) É um dispositivo para conectar o cabo à Peça a ser
soldada.
1.4 CONSUMÍVEIS – ELETRODOS
O eletrodo, no processo de soldagem com eletrodo revestido, tem várias funções
importantes. Ele estabelece o arco e fornece o metal de adição para a solda. O
revestimento do eletrodo também tem funções importantes na soldagem.
Didaticamente podemos classificá-las em funções elétricas físicas e
metalúrgicas.
• Funções Elétricas de Isolamento e Ionização
a) Isolamento: o revestimento é um mau condutor de eletricidade, assim isola a
alma do eletrodo evitando aberturas de arco laterais, orientando o arco para
locais de interesse.
b) Ionização: o revestimento contém silicatos de Na e K que ionizam a atmosfera
do arco. A atmosfera ionizada facilita passagem da corrente elétrica, dando
origem a um arco estável.
• Funções Físicas e Mecânicas
a) Fornece gases para a formação da atmosfera protetora das
gotículas do metal contra a ação do hidrogênio da atmosfera.
b) O revestimento funde e depois se solidifica sobre o cordão de
solda, formando uma escória de material não metálico que
protege o cordão de solda da oxidação pela atmosfera normal,
enquanto a solda está resfriando.
c) Proporciona o controle da taxa de resfriamento e contribui no
acabamento do cordão.
• Funções Metalúrgicas
a) Pode contribuir com elementos de liga, de maneira a alterar as
propriedades da solda.
1.5 CARACTERÍSTICAS E APLICAÇÕES
• TRANSFERENCIA GLOBULAR
• TRANSFERENCIA POR SPRAY.
• TRANSFERENCIA POR CUITO CIRCUITO
• TRANSFERENCIA POR ARCO PULSANTE
TIPOS E FUNÇÕES DOS CONSUMÍVEIS
Na soldagem com arame tubular os consumíveis utilizados são:
• Eletrodos – são arames ocos com alma formada por um fluxo fusível de baixo
teor de hidrogênio. Quando o gás protetor for de natureza ativa, devem estar
presentes na composição química do eletrodo elementos desoxidantes, tais
como o Mn, e o Si.
• Gases de proteção – são utilizados conforme requerido pela especificação do
eletrodo
CARACTERÍSTICAS E APLICAÇÕES
A soldagem com arame tubular tem como principal característica a elevada taxa
de deposição, o que, aliado a uma solda de boa qualidade, tem tido uma vasta
aplicação nas diversas áreas da indústria. Um cuidado especial deve ser
tomado pelo soldador durante a remoção da escória formada sobre cada passe
depositado, a fim de evitar inclusões na junta soldada.
SOLDAGEM POR ELETROESCÓRIA (ELECTROSLAG WELDING -
ESW)
FUNDAMENTOS DO PROCESSO
A soldagem por eletroescória não é um processo de soldagem a arco, pois nele
o arco é usado apenas para dar inicio ao processo de soldagem.
Na soldagem eletroescória, uma escória fundida, funde o metal de adição e o
metal de base. A escória protetora da poça de fusão acompanha a
soldagem. O processo começa pela abertura de um arco elétrico entre o
eletrodo e a base da junta. Fluxo granulado é acrescido e fundido pelo
calor do arco. Quando uma camada espessa de escória se forma, toda a
ação do arco cessa, e a corrente de soldagem passa do eletrodo para o
metal de base através da escória por condução elétrica. O calor é gerado
pela resistência da escória fundida à passagem da corrente de soldagem e é
suficiente para fundir o eletrodo e as faces do chanfro. O eletrodo fundido
(e tubo guia, se é usado) e o metal de base fundido formam a solda abaixo
do banho de escória fundida.
A figura mostra esquematicamente este processo.
EQUIPAMENTOS DE SOLDAGEM
O processo eletroescória é um processo automático.
Há necessidade de se colocar uma chapa apêndice para o
início da soldagem, pois o processo, na sua fase inicial, é
instável, com conseqüentes prejuízos à qualidade da
solda. Este apêndice é descartado posteriormente. Para o
avanço vertical da soldagem, usa-se usualmente sapatas
de retenção, que podem ser refrigeradas a água. .
TIPOS E FUNÇÕES DOS CONSUMÍVEIS - ELETRODOS E FLUXOS
Há dois tipos de eletrodos usados no processo de soldagem eletroescória: eletrodos
sólidos e tubulares. Eletrodos sólidos são mais largamente usados. Eletrodos
tubulares são usados quando há necessidade da adição de elementos de liga.
As funções normais dos fluxos são:
• Condução da corrente de soldagem.
• Fornecimento de calor para fundir o eletrodo e o metal de base.
• Possibilita uma operação estável.
• Proteção do metal fundido da atmosfera.
É necessária apenas uma pequena quantidade de fluxo para soldagem. Um banho
de escória de 40 mm a 50 mm de profundidade é usualmente requerido de
maneira que o eletrodo consiga permanecer no banho e fundir-se debaixo da
superfície.
CARACTERÍSTICAS E
APLICAÇÕES
A soldagem eletroescória é um processo de
aplicação limitada, usado apenas para fazer
soldas verticais em espessuras médias de aços
carbono, de baixa liga, de alta resistência, de
médio carbono, e de alguns aços inoxidáveis. O
processo se aplica melhor a espessuras acima de
20 mm. Embora a habilidade manual não seja
requerida, o conhecimento da técnica é
necessário para operar o equipamento.
SOLDAGEM ELETROGÁS
FUNDAMENTOS DO PROCESSO
A soldagem eletrogás é uma variação dos processos
MIG/MAG e do processo de soldagem a arco com Arame
Tubular. Da mesma forma que no processo
Eletroescória, a soldagem por Eletrogás utiliza sapatas
de retenção para confinar a poça de fusão na soldagem
na posição vertical. A formação da atmosfera protetora e
a transferência do metal são idênticas ao processo
MIG/MAG. Uma proteção adicional pode ou não ser
utilizada pela injeção de um gás ou de uma mistura de
gases provenientes de uma fonte externa.
A soldagem normalmente é feita num
único passe. Para o início da operação um
eletrodo consumível em forma de arame,
sólido ou tubular, é alimentado numa
cavidade formada pelas faces do chanfro
das peças a serem soldadas e pelas sapatas
de retenção.
EQUIPAMENTOS DE SOLDAGEM
OXICORTE
Cada um desses gases tem características inerentes que devem ser consideradas.
.
CORTE COM ELETRODO DE CARVÃO
FUNDAMENTOS DO PROCESSO