HIDRO APOSTILA Cap 1 e 2 Versao Jan 2011

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Autor: MILTON CÉSAR TOLEDO DE SÁ

HIDROLOGIA
APLICADA
2

1a edição 2005 – 4a edição Ano 2011


3

Autor: Milton César Toledo de Sá

HIDROLOGIA APLICADA

CIÊNCIA DAS ÁGUAS

4a Edição - 2011

Direitos Reservados em 2005 por Milton C. Toledo de Sá, Belo Horizonte,


Brasil.
Dados de Catalogação na Publicação

Toledo, Milton César Toledo.


Hidrologia: Estudo das Águas Superficiais e
Subterrâneas na Terra. Milton César Toledo de
Sá – Belo Horizonte: Produção Independente.
2005.
1. Engenharia – Hidrologia 2. Águas

Produção Independente.
Belo Horizonte, Minas Gerais. Brasil
E-mail: [email protected]
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OFERECIMENTO

PLANETA ÁGUA
(Guilherme Arantes)

Água que nasce na fonte serena do mundo


e que abre o profundo grotão.
Água que faz inocente riacho
e deságua na corrente do ribeirão.
Águas escuras dos rios,
que levam a fertilidade ao sertão.
Águas que banham aldeias
e matam a sede da população.
Águas que caem das pedras,
no véu das cascatas, ronco de trovão
e depois dormem tranqüilas
no leito dos lagos, no leito dos lagos...
Água dos igarapés, onde Iara Mãe d’Água
é misteriosa canção.
Água que o sol evapora,
pro céu vai embora,
virar nuvens de algodão.
Gotas de água da chuva,
alegre arco-íris, sobre a plantação.
Gotas de água da chuva, tão tristes,
são lágrimas na inundação.
Águas que movem moinhos
são as mesmas águas que encharcam o chão
e sempre voltam humildes,
pro fundo da terra, pro fundo da terra...
Terra, Planeta Água...
Terra, Planeta Água...
Terra, Planeta Água...
6
7

APRESENTAÇÃO

Prezado Leitor (a)

Bem-vindo ao Curso de Hidrologia. Esperamos que você tenha


uma experiência construtiva durante toda a leitura deste livro.
Este material tem o objetivo de facilitar o seu entendimento. Para
maiores esclarecimentos, envie-nos um E-mail:
[email protected]

O texto é constituído por capítulos. E, no final de cada um


procurou-se apresentar a interdisciplinaridade da Hidrologia com
o curso.

Para uma maior integração da teoria com a pratica, utilizou-se da


sub-bacia experimental do córrego do Visconde de Rio Branco, no
bairro de mesmo nome, onde localiza as Faculdades Kennedy.
Com área drenante de aproximadamente 300.000 m2, declividade
média de 15% e talvegue de 300 m.

O capitulo 1 – Introdução a Hidrologia trata do seu histórico e


definições diversas.
O capitulo 2 – Bacia hidrográfica trata do estudo do ciclo
hidrológico e do balanço hídrico.
O capitulo 3 – intensidade de chuva define os tipos de chuva,
pluviometria. E, as principais Equações de chuva IDF.
Capitulo 4 – Vazão Hidrológica, ou Escoamento Superficial
apresenta os Medidores de vazão. Estimativa do escoamento
superficial. Roteiro da metodologia para cálculo da vazão de
Hidrológica.
O capitulo 5 – Infiltração trata da taxa de infiltração e do
coeficiente de Run-off.
O capitulo 6 Evapotranspiração, apresenta as principais
formulas para determinar o poder evaporante da atmosfera.
O capitulo 7 – Erosão e Sedimentação tratam dos tipos de
erosão. Estimativa da produção de sedimentos por erosão. Força
de arrasto da água. Velocidade de autodragagem. Ensaios de
erosibilidade. Medidas preventivas e corretivas de erosão urbana.
8

O capitulo 8 – Água Subterrânea define o Movimento da água


subterrânea. Rebaixamento de um poço. Intrusão salina.
Aqüíferos.
Apêndice – Hidrologia dos Recursos Naturais trata da Geração
de Energia. Credito de carbono. Captação de águas. Transporte
Fluvial. Irrigação. Apêndice: Manual da Legislação dos Recursos
Naturais..
9

BIOGRAFIA

Autor:
MILTON CÉSAR TOLÊDO DE SÁ,Esp. Graduado em Engenharia
Civil em 1979. Atuou em execução de obras de saneamento e
edificações. Proprietário da Bioterra Engenharia Ltda do ramo de
Avaliação de Imóveis e Outorga de uso de água. Professor de Hidrologia
e Fenômenos de Transporte (desde 1981) nas Faculdades Kennedy –
Belo Horizonte,MG e Mecânica dos Fluidos na UNIPAC Bom
Despacho,MG. Pós-Graduado em Metodologia do Ensino Superior e em
Engenharia dos Materiais.
Diretor Administrativo do CREA-MG na Gestão 2004 e Conselheiro por
diversos mandatos. Presidente do IMEC – Instituto Mineiro de Engenharia
Civil na Gestão 2005/2008.
Residência: Belo Horizonte, MG – E-mail: [email protected]
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SUMÁRIO
OFERECIMENTO
APRESENTAÇÃO
AUTOR

ÍNDICE
CAPÍTULO 1
Introdução à
Hidrologia.........................................................................
CAPITULO 02
Bacia
hidrografia..................................................................................
CAPÍTULO 03
Intensidade de
chuva............................................................................
CAPÍTULO 04
Vazão
Hidrológica.................................................................................
CAPÍTULO 05
Infiltração......................................................................................
......
CAPÍTULO 06
Evapotranspiração..........................................................................
........
CAPÍTULO 07
Erosão e
Sedimentação.........................................................................
CAPÍTULO 08
Água
Subterrânea.................................................................................
12

APÊNDICE
Manual da Legislação dos Recursos
hídricos............................................
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PRIMEIRA AULA

1. APRESENTAÇÕES
Apresentações pessoais, E-mails: da turma, do Profo:
[email protected].
Sistema de Avaliação. Apostila . Referência Bibliográfica e Plano
de curso.

2. CONTEÚDOS: 1- Introdução a Hidrologia, 2. Bacia


hidrográfica , 3. Intensidade de chuva, 4. Vazão Hidrológica,
5. Infiltração, 6. Evapotranspiração, 7. Erosão e
Sedimentação, 8. Água Subterrânea, Apêndice:. Manual de
Legislação dos Recursos hídricos.

3. Desenvolvimento do Cap. 01 – INTRODUÇÃO A


HIDROLOGIA
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CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO À HIDROLOGIA

Conceito de hidrologia aplicada.

Voltando ao passado.

Onde a chuva cai?

Distribuição da água no planeta.

Hidrografia no mundo:
Hidrografia no Brasil:
Hidrografia em Minas Gerais, Belo Horizonte e Bairro Rio Branco:

Campo de atuação da hidrologia.


Principais órgãos fiscalizadores.
15

1. Conceito de hidrologia aplicada

È a ciência que estuda as águas superficiais e subterrâneas no


planeta., visando seu aproveitamento e destinação correta.
Hidrologia – É a ciência que trata das águas da terra, sua
ocorrência, circulação, distribuição, suas propriedades físico-
químicas e suas relações com os seres vivos. Por este motivo a
hidrologia é uma geociência e se relaciona com as outras
áreas de conhecimento, tais como climatologia, meteorologia,
geologia, geomorfologia, sedimentologia, geografia e
oceanografia, entre outras.

2. Voltando ao passado

a) Até 1400 DC período da especulação: canal romano de 50


km, 20 aC.
b) 1400 – 1600 período de observação: Leonardo da Vinci foi o
primeiro a propor uma concepção pluvial do CICLO
HIDROLÓGICO.
c) 1600 – 1700 período de medição: o francês Pierre Perrault
usou instrumentos rudimentares para obter uma série de 3
anos de observações de chuva e vazão no rio Sena.
d) 1700 – 1800 período de experimentação: desenvolvimento
da hidráulica dos escoamentos permanentes; Teorema de
Bernoulli; Tubo Pitot, Vazão.
e) 1800 – 1900 período da modernização: desenvolvimento da
mecânica dos fluidos, Equação de Darcy – Percolação.
f) 1900 – 1930 período do empirismo . fórmulas empíricas
para explicar a variabilidade das precipitações.
g) 1930 – 1950 período da racionalização: impulso a partir da
construção de grandes barragens.
h) Após 1950, período da teorização: desenvolvimentos de
modelos matemáticos para transformar chuva em vazão.
Uso de computadores.
16

3. Onde a chuva cai?

O local de entrada da chuva na superfície da Terra, no solo ou em


espelho d!água, é de fundamental importância para sua utilização
e determinam a variabilidade espacial, temporal e geográfica do
aproveitamento e esgotamento da água no planeta.
Convencionou chamar o local ONDE A CHUVA CAI de BACIA
HIDROGRÁFICA.
Portanto, a Bacia hidrográfica ou Bacia de drenagem é uma
área definida topograficamente drenada por um curso de água ou
sistema de rios descarregando através de uma simples saída ou
output. Os limites de uma bacia contribuinte são definidos pelos
divisores de água ou espigões que separam uma das outras
bacias adjacentes.

4. Distribuição da água no planeta água.

A água apresenta um importante ciclo na natureza, estando


presente na atmosfera na forma de vapor, na superfície ou
interior do subsolo na forma líquida, sendo que neste último
promove a formação de lençóis freáticos.
17

Volume de água doce por continente:

Quase toda a água do planeta está concentrada nos oceanos.


Apenas uma pequena fração (menos de 3%) está em terra e a
maior parte desta está sob a forma de gelo e neve ou abaixo da
superfície (água subterrânea). Só uma fração muito pequena
(cerca de 1%) de toda a água terrestre está diretamente
disponível ao homem e aos outros organismos, sob a forma de
lagos e rios, ou como umidade presente no solo, na atmosfera e
como componente dos mais diversos organismos.

DISTRIBUIÇÃO DA ÁGUA NO PLANETA


18

- 97,2% águas dos oceanos e mares


- 2,15% águas de geleiras e icebergs polares
- 0,63% águas disponíveis para consumo (8,5 milhões km³)
DESTAS
- 0,63% águas para consumo
- 1,5% rios, lagos e cursos d'água
- 48% água subterrânea até 800m de profundidade
- 49% água subterrânea abaixo de 800m de profundidade
- 0,8% água contida no solo (umidade)
- 0,7% vapor d'água na atmosfera

E O BRASIL? E A ÁGUA
- 14% das águas doces do mundo
40% da água consumida é desperdiçada
10% do esgoto gerado é tratado
23,8% não têm água encanada (36 milhões de brasileiros)
51,8% de domicílios urbanos não têm esgoto (16,3 milhões)
É o componente principal da matéria viva. Constitui de 50 a 90%
da massa dos organismos vivos.

ESTAMOS TODOS NUM MESMO BARCO

O nosso planeta Terra é uma pequena e frágil bacia hidrográfica


na visão macro do nosso sistema solar da via-láctea deste grande
Universo. A água permanece praticamente a mesma no Planeta
devido a gravidade da Terra, evapora e volta.
Com o crescimento populacional e sua organização social, o ser
humano foi criando domínio de regiões em que pudesse sentir-se
seguro e ao mesmo tempo pudesse ser o dono delas. A superfície
do planeta foi "dividida" em espaços para a sobrevivência da sua
espécie- os paises e água pelo sua grande utilidade foi o marco
para fixação do homem nas suas proximidades. O progresso de
19

um povo depende diretamente da disponibilidade e fartura de


água "pura" para o seu uso, vemos no Brasil um exemplo claro
quando comparamos o Sul com o Nordeste. Cada pais, em termos
de hidrológicos, foi dividido em grandes bacias e cada bacia em
sub-bacias e assim por diante. No caso do Brasil - grandes nove
bacias, como podemos ver adiante.

5. Hidrografia no mundo
Maiores bacias: Amazônica (7 milhões de km2), do Congo-
Zaire(3,5 milhões de km2), Mississipi-EUA (3,3 milhões de
km2).
Maiores rios: Amazonas-Brasil (Extensão = 6800 km, foz =
atlântico), Nilo-Egito (6600 km, foz = Mar mediterrâneo), Xi-
Jiang/China (Extensão = 5800 km, foz = Mar da China)
Maiores lagos de barragens: Itaipu/Brasil, Três
gargantas/China, Guri/Venezuela

Hidrografia no Brasil
Bacias no Brasil

Áreas das principais bacias hidrográficas do Brasil


20

Área de drenagem
Bacias Hidrográficas
(Km2)

Amazonas
Total 6.112.000
Em território brasileiro 3.900.000

Tocantins 757.000

Atlântico Norte/Nordeste 1.013.000

São Francisco 634.000

Atlântico Leste 545.000

Paraná (território brasileiro) 877.000

Paraguai (território brasileiro) 368.000

Uruguai (território brasileiro) 178.000


Atlântico sudeste 224.000
21

Hidrografia em Minas Gerais

Bacias no Estado de Minas Gerais.


22

Hidrografia do municipio de Belo Horixzonte.


23

Hidrografia no Bairo Rio Branco - Kennedy


Sub bacia do córrego do Visconde do Rio Branco
24

6. CAMPO DE ATUAÇÃO DA HIDROLOGIA

O que é?
Hidrologia – É a ciência que trata das águas da terra, sua
ocorrência, circulação, distribuição, suas propriedades físico-
químicas e suas relações com os seres vivos.

Para que? ou Por quê?


Além de propiciar a manutenção da vida na terra a água se presta
a inúmeras atividades humanas, entre as quais destacam-se:
Agricultura, Geração de energia elétrica;, Transporte e
abastecimento industrial, entre outras.
Isto faz com que a abundância ou escassez deste recurso seja um
indicador do progresso econômico e da qualidade de vida.

Eixos básicos de aplicação da Hidrologia:


• Esgotamento, (drenagem)
• Aproveitamento da água. (recursos hídricos)

Perguntas mais freqüente na prática da hidrologia:


• Qual deve ser a vazão de enchente para o projeto de um
vertedor de uma barragem? Para um Bueiro de uma
estrada? Para a Drenagem Pluvial de uma cidade?
• Qual é o volume necessário para assegurar água para um
projeto de irrigação? Ou para o abastecimento de uma
cidade durante as estiagens?
• Que efeito terá os reservatórios, diques, e outras obras no
controle das cheias de um rio? Estão dimensionados de
forma a minimizar os riscos de catástrofes associadas a
enchentes?

Portanto, procurar responder a estas perguntas, é o objetivo


principal do curso de hidrologia.
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Como?
Através da utilização de princípios da ciência estabelecer as
relações que determinam a variabilidade espacial, temporal e
geográfica do aproveitamento e esgotamento da água no planeta.

Onde?
No planejamento e gerenciamento integrado da bacia hidrográfica
em drenagem urbana, na geração de energia, no uso do solo
rural, na captação e abastecimento de água, na irrigação e
navegação.

Por quem?

Executor;
Por técnicos devidamente habilitados. Engenheiros, Geógrafos,
Meteorologistas, etc.

7. A expansão urbana e a hidrologia;


- Constituição Brasileira de 1.988
. Agenda 21
- Plano Diretor
- Lei de Uso e Ocupação do solo
- Código de posturas.
26
27

8. Principais órgãos fiscalizadores

Profissional: CONFEA/CREAs

ANA/IBAMA – Recursos hídricos e licenciamento


ambientalNível Federal.

SEMAD = Secretária de Estado de Meio Ambiente e


desenvolvimento Sustentável.

IEF – Inst. Estadual de Florestas – Atividades agrícolas,


agropecuárias e florestais.

FEAM – Fundação Estadual do Meio Ambiente – Ambiental,


atividades industriais, minerais e infra-estrutura (extração de
areia)

IGAM – Instituto de Gestão das Águas – relativo ao uso das


águas – Outorgas para captação. mineradora, travessias, etc.)

Portanto: para aprovação de Estudo, Projeto, Licenciamento e


Outorgas no Estado de M.G., o processo deverá passar pelo:

SEMAD: IEF – POLICIA MILITAR – FEAM – IGAM

E, acessar o Site do governo do estado de M.G.:


SIAM: Sistema integrado do Meio Ambiente-
www.siam.mg.gov.br
28

CAPITULO 02
Bacia hidrográfica

O ciclo hidrológico e o balanço hídrico


Estudo da fisiografia, geomorfologia, geologia e hidrometria.
Resolução de exercícios

Figura de uma bacia hidrográfica típica

Fonte: www.ana.gov.br
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1. Ciclo Hidrológico;
É o nome dado ao fenômeno global de circulação contínua e
distribuição da água sobre a superfície terrestre, subsolo,
atmosfera e oceanos. Existem cinco processos básicos no ciclo
hidrológico: condensação, precipitação, infiltração, escoamento
superficial e evapotranspiração. Estes processos são governados
basicamente pela radiação solar e pela gravidade
No ciclo hidrológico a água sempre é a mesma. A Terra possui
aproximadamente 70% de sua superfície coberta pelos oceanos.

- O ciclo hidrológico -

2. Equação do Balanço hídrico;

Es = P – I – Evt – Vs
Onde,
Es = Escoamento superficial ou deflúvio
P = Precipitação
I = Infiltração
Evt = Evaporação e transpiração
Vs= Volume superficial utilizado ou desviado da bacia
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Para a boa prática da hidrologia como profissão é necessário


conhecermos diversas teorias básicas que serão tratadas a partir
deste capítulo, como veremos a seguir.

3. Estudo da fisiografia, geomorfologia, geologia e


hidrometria
Fisiografia: Área da bacia, sistema de drenagem e relevo
(montanhosa, plana e depressões).
Geomorfologia: Forma da bacia: estreita, alargada ou
arredondada.
Geologia: tipo de solo da bacia (argiloso, arenoso, rochoso, etc.).
Hidrometria: Medida de cheias dos cursos de água.
Os estudos hidrológicos mostram que há uma diferença marcante
entre a pequena bacia, média e grande bacia de drenagem. Nas
bacias pequenas as alterações físicas causadas pelo homem na
utilização do solo são muito representativas. Nas grandes bacias
essas alterações físicas são de menor proporção, tendo como
característica principal à condição de armazenamento ao longo do
talvegue e da própria bacia hidrográfica.

FISIOGRAFIA - ÁREA DA BACIA


A bacia hidrográfica é caracterizada tipograficamente através do
relevo e das depressões existentes. O reconhecimento deste
relevo é feito utilizando as cartas topográficas ou fotografias
aéreas (aerofotogramétricas) em escalas apropriadas para o
projeto em elaboração. Para a cidade de Belo Horizonte, além de
outros órgãos, esta vista aérea pode ser capturada através do
site: www.belohorizonte.com.br.
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Area da bacia hidrográfica:

A área da bacia pode ser determinada através da planta


aerofotogramétrica utilizando o método das quadrículas, que
subdividindo a superfície total em N quadrículas menores e
procede ao cálculo destas áreas de depois somados ou pelo
método de eliminação de áreas de figuras geométricas
conhecidas, para assim achar a área que sobra.

Planilha para determinação da área da bacia

No de
Quadrículas
Ordem (N)

1
2
3
5
6
7
∑ das áreas:

Determinar a área da sub-bacia hidrográfica experimental do


córrego do Visconde do rio branco. Utilizar a planta
aerofotogramétrica do local.
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4. DIVISORES DA BACIA – Individualização das bacias


A Bacia hidrográfica é necessariamente contornada por um
divisor de águas ou espigão, assim designado por ser linha de
separação que divide as precipitações que caem em bacias
vizinhas e que encaminham o escoamento superficial para um
outro sistema pluvial.
O divisor une os pontos de máxima cota entre as bacias.

- Divisores de água de sub bacias -


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- Divisores de água -

5. CLASSIFICAÇÃO DAS BACIAS


As bacias pequenas, o efeito das precipitações intensas e de
pequena duração será muito mais representativo do que nas
bacias grandes. Por outro lado às bacias grandes só terão efeito
das precipitações de grande duração. Assim se torna necessário
fazer uma classificação em função de sua área.
Bacias pequenas: área ate 4 Km2
Bacias médias: áreas de 4 Km2 a 10 Km2
Bacias grandes: áreas maiores que 10 Km2
Sabe-se que numa bacia grande uma chuva intensa não abrange
toda área, pois normalmente as chuvas intensas são de pequena
duração e nas bacias pequenas uma chuva intensa pode cobrir
toda a área podendo provocar enchentes. Por esta razão o critério
de calculo das vazões máximas, são por faixa de áreas.
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6. PRINCIPAIS ELEMENTOS DE UMA BACIA


E = espigão ou divisor de águas
A = área da bacia (há ou Km2)
L = comprimento do talvegue principal (Km)
H = diferença de nível do talvegue principal (m)
d = dec. = Declividade do talvegue principal (m/m).
tc = tempo de concentração (h)
C = coeficiente de RUN OFF ou coeficiente de escoamento
superficial, depende do tipo de vegetação, tipo de solo,
topografia (plana ou montanhosa).

7. CLASSIFICAÇÃO DOS RIOS e ORDEM DOS RIOS


Cursos de água da bacia hidrográfica.
a. Perenes: Contém água durante todo o tempo.
b. Intermitentes: Escoam durante o período da chuva.
c. Efêmeros: Existem durante ou imediatamente após a
chuva.
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8. COEFICIENTES DA BACIA
São coeficientes utilizados para que se possa comparar uma bacia
com a outra.

Coeficiente de compacidade (kc)


É uma medida do grau de irregularidade da bacia, quando
comparado com o círculo.

Kc = 0,28 x (P / A)
Onde:
P = perímetro em Km
A = área em Km2
Obs: Bacia circular terá o coeficiente, Kc = 1

Coeficiente de forma (Kf)


É a relação entre a largura média e o comprimento axial da Bacia
(ou do rio).
É dado pela seguinte fórmula:
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Kf = A / L2
Onde:
A = área da bacia, em Km2
L = comprimento do rio, em km
Quando Kf for baixo, menos sujeito a enchentes, isto é, deve ao
fator de que quanto mais longa (L) e estreita, menor a
possibilidade de ocorrência de chuvas intensas.

Densidade de drenagem (Dd)


É a maior ou menor densidade de cursos de água existentes na
bacia.

Dd = Lt / A
Onde:
Lt = comprimento total dos cursos de água (Km)
A = área (Km2)
Valores próximos de 1,0 = densidade pobre.

Sinuosidade do rio

S = L / Ltalv.
Onde:
L = comprimento do rio principal, em Km
Ltalv. = comprimento do talvegue (Km).
Obs: Próxima de 1,0 = pouca sinuosidade do rio.

9. DECLIVIDADE MÉDIA DA BACIA


Controla a velocidade do escoamento superficial que irá
influenciar em:
- Menor Declividade, menor picos de enchentes.
- Maior ou menor oportunidade de infiltração.
- Erosão dos solos.
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Método estatístico para obtenção da declividade média (Decm) é o


método das quadrículas associadas a vetores normais as curvas
de nível, num maior número possível de quadrículos
(amostragem).

Ieq. = ΔH/L
Ieq= Declividade equivalente ou media.
Planilha para planta aerofotogrametrica da sub-bacia
experimental.

N.º
o
r desnív L Dec.
Cotas
d el (m) (m/m)
e
m

830 –
Exemplo 15 180 0,083
815
1
2
3
4
5
38

6
7
8
∑Dec. =

Decm = (∑Dec./ N) x 100%

Figura abaixo mostra a altimetria ou relevo.

As curvas de nível são linhas que unem pontos de igual altitude. A


partir delas podemos fazer uma interpretação do relevo.
POdemos marcar os topos das principais elevações, marcar os
fundos de vale, vrificar se as vertentes são íngremes ou suaves, e
até, inferir sobre a forma das vertentes. mas o pormenor do mapa
topográfico não é suficiente para nos dar todos os pormenors e
aspectos do relevo. tal pode ser visto na figura em cima. Alguns
aspectos, como pequenas escarpas ou relevos de dureza
(elevações que surgem devido à erosão diferencial e que se
constituem por pequenas elevações) e a forma de pormeno dos
vales, poderão não ser possveis de verificação a partir de uma
39

mapa topográfico. Um estudo mais pormenorizado do relevo


implica mapas de escala maior e muito trabalho de campo.

Exercícios propostos;

Ex. 1) Converter as seguintes unidades.


a. 1 ano em segundos =
b. 1 Km2 em m2 =
c. 1 Litro em m3 =

Ex. 2) Considere a bacia Hidrográfica do Rio São Francisco.

Dados:
A = 600.000 km2
Pa = 1000 mm/ano
EVTa= 800 mm/ano

Pede-se:
Qano = ? ( em mm e m3/s)
Resp.: 200 mm e 3.805,2 m3/s.

Ex. 3) Você foi chamado para fazer um anteprojeto de uma


barragem que irá abastecer uma cidade de 100.000 hab. E, uma
área a ser irrigada de 5000 hectares.
Verifique através do balanço hídrico se a barragem terá condições
para atender a demanda total com base nos seguintes dados:

Abacia = 300 km2


Aespelho = 18 km2
Pa = 1300 mm
Evt = 1000 mm
Ev = 1500 mm
Demanda do abastecimento = 150 L/hab/dia
Demanda anual da irrigação = 9.000 m3/hectare
40

Ex. 4 – Num determinado ano, os seguintes dados foram


observados em uma bacia de drenagem:
P = 850 mm (Precipitação)
Evt = 420 mm (Evapotranspiração)
D = 225 mm (Deflúvio ou escoamento superficial)
Pede-se: a altura correspondente em mm da infiltração (I)

Ex. 5– Se o deflúvio médio anual de uma bacia de drenagem de


100 km2, medida através da saída, é de 1,52 m3\s. Determine o
valor correspondente em mm.
(R= 478 mm) (Q = volume\tempo; Q = A.h\T)

Ex. 6 – Qual o volume de água precipitada (em km3) sobre uma


bacia de 435 km2 com uma chuva de 18 mm.

Ex. 7 – Se ocorrer uma chuva de 30 mm durante 90 min sobre


uma superfície impermeável de 3 km2 , qual será o respectivo
deflúvio médio no período em m3\s.

Ex. 8 – A evaporação anual de um lago de 15 km2 é de 1500 mm.


Determine a variação do nível do lago durante um ano, se a
precipitação foi 950 mm e a contribuição dos tributários foi de 10
m3\s. Sabe-se que também naquele ano foi retirada do lago uma
vazão media de 5 m3\s para irrigação, alem de uma captação de
165 106 m3 para a industria. ( R = o nível baixou de - 1,05 m)

Ex. 9 - Neste exercício, serão medidos e calculados os dados


referentes à Bacia do Rio Salitre (bacia fantasia).

Na Planta Topográfica (Planialtimétrica) fornecida, localize


o ponto que define a saída da bacia hidrográfica. Destaque os rios
(utilize uma coloração) e identifique o rio principal. Siga o
esquema abaixo:

a - Delimitação topográfica da Bacia do Rio Salitre: com


base nas curvas de nível, traçar uma linha que englobe os pontos
mais altos, separando a bacia estudada.

b - Área de drenagem (A): medir a superfície da bacia,


usando papel milimetrado, planímetro ou AutoCAD.
41

c - Perímetro (P): medir o comprimento da linha de


contorno da bacia com auxílio de fios ou AutoCAD.

d - Comprimento do curso principal (L).

e – Comprimento total dos cursos d’água da bacia (Lt):


também recorrendo aos recursos listados no item anterior -
medir o curso principal. (O comprimento total inclui o
comprimento do rio principal).

f - Cotas do curso principal:  nascente (h1) =


 foz(h2) =

g – Calcular o coeficiente de compacidade (kc).

h – Calcular o fator de forma (kf).


Kf=A/L²=19,91/7,59²=0,346

i – Determine a densidade de drenagem da bacia

j – Calcular a declividade.
42

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