Hidrologia Ambiental
Hidrologia Ambiental
Hidrologia Ambiental
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Sumário
NOSSA HISTÓRIA ........................................................................................................................ 2
1. HIDROLOGIA........................................................................................................................ 3
1.1-Definição de Hidrologia ..................................................................................................... 3
2. SISTEMAS HIDROLÓGICOS ............................................................................................... 4
2.1-Ciclo Hidrológico ................................................................................................................ 5
3. BACIA HIDROGRÁFICA .................................................................................................... 15
3.1-Delimitação de uma Bacia hidrográfica ......................................................................... 18
3.2-Caracterização de Bacias Hidrográficas ....................................................................... 18
4. PRECIPITAÇÃO .................................................................................................................. 20
5. EVAPORAÇÃO, TRANSPIRAÇÃO E EVAPOTRANSPIRAÇÃO. .................................... 21
5.1-Transpiração e evapotranspiração................................................................................. 23
6. INFILTRAÇÃO .................................................................................................................... 23
7. FONTE DE ÁGUA ............................................................................................................... 24
7.1-A poluição das águas ...................................................................................................... 29
7.1.1-Poluição química das águas .................................................................................... 31
7.1.2-Formas de poluição das águas subterrâneas ........................................................ 31
8. REFERÊNCIAS: ................................................................................................................... 33
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NOSSA HISTÓRIA
2
1. HIDROLOGIA
1.1-Definição de Hidrologia
3
2. SISTEMAS HIDROLÓGICOS
TUCCI relata que o profissional que trabalhe na área de Recursos Hídricos necessita
conhecer qualitativamente os processos físicos envolvidos para um melhor aproveitamento
das ferramentas na avaliação e planejamento.
A história da humanidade mostra que a evolução da hidrologia resulta do aumento
das obras relacionadas aos recursos hídricos. Assim como, o avanço das obras decorre do
avanço da hidrologia. De tal modo, verificarmos que a ciência e a tecnologia associadas
aos recursos hídricos vêm interagindo entre si e se desenvolvendo (KOBIYAMA, MOTA E
CORSEUIL, 2008).
A grande dificuldades e preocupação é que as águas de superfícies e subterrâneas
usadas no abastecimento humano encontram-se mal distribuídas e, atualmente, a sua
carência em diversos locais chama a atenção dos governantes em todo o mundo, pois a
escassez do recurso já abrange milhões de pessoas, fato que desacelera e limita o
desenvolvimento social e econômico dos países.
A grande demanda por água tem sua origem no aumento crescente da população
mundial, o que gera um excessivo consumo dos recursos hídricos sem deixar que as
devidas reposições naturais tenham tempo para acontecer. Outro fato relacionado e
extremamente relevante é o alto índice de contaminação dos corpos hídricos, os quais
recebem altas cargas de esgotos urbanos, efluentes industriais, resíduos sólidos e
agrotóxicos que somados às baixas vazões, reduzem a capacidade de recuperação e
impedem o estabelecimento do equilíbrio natural, sendo esse decorrente da ação antrópica
(KOBIYAMA, MOTA E CORSEUIL, 2008).
Assim, podemos dizer que a falta de conhecimento do sistema hidrológico pode
acarretar problemas como os que ocorrem com frequência nas áreas urbanas, dentre os
quais destacamos: construção em áreas consideradas de risco; projetos com reservatórios
superdimensionados ou subdimensionados; sérios problemas em sistemas de drenagem
urbana e agrícola; projetos de irrigação sem disponibilidade hídrica suficiente; poços
indevidamente perfurados; aumento ou surgimento de áreas com solos salinizados nas
regiões áridas e semiáridas; bem como a gestão ineficiente dos recursos hídricos; entre
outros. (STUDART; CAMPOS, 2008).
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2.1-Ciclo Hidrológico
É importante lembrar que os processos que envolvem o ciclo hidrológico têm como
principais agentes desencadeadores a energia solar, a gravidade e a rotação terrestre –
agindo muitas vezes conjuntamente.
Na figura 1, podemos observar as principais fases do ciclo hidrológico, que consiste
em um fenômeno global de circulação fechada da água entre a superfície terrestre e a
atmosfera.
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Ciclo Hidrológico
Figura: 1
Após essa visão geral do Ciclo Hidrológico abordaremos agora cada uma de suas
principais fases:
Precipitação
• Chuva:
Gotas de água que descem das nuvens para a superfície. É medida em milímetros.
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• Neve:
Precipitação em forma de cristais de gelo que, durante a queda, coalescem formando
flocos de dimensões variáveis.
• Saraiva:
Precipitação em forma de pequenas pedras de gelo arredondadas, com diâmetro
de cerca de 5 mm.
• Granizo:
Quando as pedras, redondas ou de formato irregular, atingem diâmetro superior a 5
mm.
• Orvalho:
Objetos expostos ao ar à noite amanhecem cobertos por gotículas d’água. Isso se
dá devido ao resfriamento noturno, que baixa a temperatura até o ponto de orvalho.
• Geada:
É uma camada, geralmente fina, de cristais de gelo, formada no solo ou na
superfície vegetal. Processo semelhante ao do orvalho, só que em temperaturas inferiores
a 0° C.
Frontais
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longa duração e por atingirem grandes extensões. No Brasil, as chuvas frontais são muito
frequentes na região Sul, atingindo também as regiões Sudeste, Centro Oeste e, por vezes,
o Nordeste.
Chuvas frontais têm uma intensidade relativamente baixa e uma duração
relativamente longa. Em alguns casos, as frentes podem ficar estacionárias, e a chuva pode
atingir o mesmo local por vários dias seguidos.
Orográficas
Convectivas
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A figura 2 ilustra os diferentes tipos de chuva
Tipos de chuva
Figura: 2
Evapotranspiração
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• que a água líquida esteja recebendo energia para prover o calor latente de
evaporação – essa energia (calor) pode ser recebida por radiação ou por convecção
(transferência de calor do ar para a água);
• que o ar acima da superfície líquida não esteja saturado de vapor de água. Além
disso, quanto maior a energia recebida pela água líquida, tanto maior é a taxa de
evaporação. Da mesma forma, quanto mais baixa a concentração de vapor no ar acima da
superfície, maior a taxa de evaporação.
• Vento
A ação do vento consiste em deslocar as parcelas de ar mais úmidas encontrada
na camada limite superficial, substituindo-as por outras mais secas. Inexistindo o vento, o
processo de evaporação cessaria tão logo o ar atingisse a saturação, uma vez que estaria
esgotada sua capacidade de absorver vapor d’água.
• Umidade
O ar seco tem maior capacidade de absorver vapor d’água adicional que o ar úmido,
dessa forma, à medida que ele se aproxima da saturação, a taxa de evaporação diminui,
tendendo a se anular, caso não haja vento para promover a substituição desse ar.
• Temperatura
A elevação da temperatura ocasiona uma maior pressão de saturação do vapor,
adquirindo o ar uma capacidade adicional de conter vapor d’água.
• Radiação solar
A energia necessária para o processo de evaporação tem como fonte primária o sol;
a incidência de sua radiação varia com a latitude, clima e estação do ano.
Escoamento
O escoamento em uma bacia pode ser estudada em duas partes: a geração de
escoamento e a propagação de escoamento. Sendo que o escoamento tem origens
diferentes dependendo da ocorrência de chuva ou não.
Durante as chuvas intensas, parte da vazão que passa por um rio ou canal de
drenagem é influenciada pela a água da chuva que não infiltra no solo e escoa, atingindo
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os cursos d’água e aumentando a vazão. Através desse processo, dá-se a formação dos
picos de vazão, cheias ou enchentes.
Os escoamentos realizados pela água, proveniente da precipitação, podem ser
definidos em escoamento rápido ou superficial e escoamento lento ou subterrâneo. O
escoamento rápido ocorre em consequência direta das chuvas; o subterrâneo decorre do
escoamento lento que ocorre durante as estiagens e devido ao fato da maior parte da água
está chegando ao rio via fluxo de água através do subsolo.
Figura: 3
Infiltração
A Infiltração é definida como a passagem da água através da superfície do solo,
passando pelos poros e atingindo o interior, ou perfil, do solo. A Infiltração de água no solo
é importante para o crescimento da vegetação, para o abastecimento dos aquíferos
(reservatórios de água subterrânea), para o armazenamento da água que mantém o fluxo
nos rios durante as estiagens, para a redução do escoamento superficial, redução das
cheias e diminuição da erosão (COLLISCHONN, 2008).
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A parte superior da crosta terrestre é normalmente porosa até uma maior ou menor
profundidade. Os poros podem, nesta porção da litosfera, estar parcialmente ou
completamente cheios de água. A camada superior onde os poros estão parcialmente
cheios d’água é designada zona de aeração. Imediatamente abaixo, onde os interstícios
estão repletos d’água, é a zona de saturação (STUDART; CAMPOS, 2008).
A zona de aeração é dividida em 3 faixas:
► faixa de água no solo,
► faixa intermediária e
► franja de capilaridade.
Seus limites não são bem definidos, havendo uma transição gradual de uma para
outra.
Faixa de água do subsolo é de particular importância para a agricultura porque
fornece a água para crescimento das plantas. A água mantém-se nessa faixa pela atração
molecular e pela ação da capilaridade, agindo contra a força da gravidade. A atração
molecular tende a reter uma delgada película de água sobre a superfície de cada partícula
sólida.
A faixa intermediária, da mesma forma que na faixa de água do solo, retém a água
por atração molecular e capilaridade. A água retida nessa faixa é um armazenamento
morto, visto que não pode ser aproveitada para qualquer uso.
A faixa de capilaridade retém a água acima da zona de saturação por capilaridade,
opondo-se à ação da gravidade.
A zona de saturação é a única dentre as águas da superfície que, propriamente,
constitui a água subterrânea, cujo movimento se deve também à ação da gravidade,
obedecendo às leis do escoamento subterrâneo.
São os seguintes os fatores que interferem no fenômeno da infiltração (STUDART;
CAMPOS, 2008):
• Tipo de solo
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• Umidade do solo
Quando a água é aplicada em um solo seco, não há movimento descendente dessa
água até que as partículas do solo estejam envolvidas por uma fina película d’água. As
forças de atração molecular e capilar fazem com que a capacidade de infiltração inicial de
um solo seco seja muito alta. À medida que a água percola, a camada superficial vai ficando
semi-saturada, fazendo com que as forças de capilaridade diminuam, diminuindo
também a capacidade de infiltração, que tende a um valor constante após algumas horas.
• Vegetação
Uma cobertura vegetal densa como grama ou floresta tende a promover maiores
valores de capacidade de infiltração, devido ao sistema radicular que proporciona a
formação de pequenos túneis e que retira umidade do solo através da transpiração, e à
cobertura vegetal que previne a compactação do solo.
• Compactação
Solos nus podem se tornar parcialmente impermeáveis pela ação compactadora das
grandes gotas de chuva (que também preenchem os vazios do solo com material fino), e
pela ação do tráfego constante de homens, veículos ou animais.
O ciclo hidrológico pode ser afetado por fatores climáticos e antrópicos, sendo as
alterações produzidas pelo homem extremamente preocupantes. Ao adaptar o meio
ambiente às suas necessidades, o homem pode provocar mudanças irreversíveis no ciclo
hidrológico regional, comprometendo a disponibilidade hídrica, tanto em quantidade como
em qualidade.
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Figura: 4
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O ciclo hidrológico nos mostra a água em suas diversas fases, sua ocorrência se dá
desde precipitações até o seu regresso à atmosfera, sob a forma de vapor através do
fenômeno da evaporação e evapotranspiração.
O seu estudo é de grande interesse e na superfície terrestre se destaca, pois é
através dele que poderemos analisar a viabilidade hídrica de uma região, sendo para isso
necessário o conhecimento da bacia hidrográfica, que forma a unidade espacial natural da
hidrologia.
3. BACIA HIDROGRÁFICA
Bacia hidrográfica é uma unidade fisiográfica, limitada por divisores topográficos, tal
que recolhe a precipitação, age como um reservatório de água e sedimentos, é drenada
por um curso d’água ou um sistema conectado de cursos d’água, e toda vazão efluente é
descarregada em uma seção fluvial única, denominada seção exutória ou exutório.
Os divisores topográficos são condicionados pela topografia e limitam a área de onde
provém o deflúvio superficial da bacia.
Os divisores topográficos necessariamente contornam a Bacia Hidrográfica e
consistem na linha de separação que divide as precipitações que caem em bacias vizinhas
e que encaminha o escoamento superficial resultante para um ou outro sistema fluvial.
O divisor de águas frático determinado, geralmente, pela estrutura geológica do
terreno, estabelece os limites dos reservatórios de água subterrânea, de onde se pode
determinar o deflúvio básico da bacia. (Figura 5)
15
Figura: 5
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Figura: 6
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3.1-Delimitação de uma Bacia hidrográfica
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𝑃
𝑘𝑐 = 0,28
√𝐴
P é o perímetro da bacia; e
A a área da bacia.
𝐿̅
𝐾𝑓 =
𝐿
Ou
𝐴
𝐾𝑓 =
𝐿2
tem o formato alongado. Quando menor 𝐾𝑓, menos alongada a bacia; quanto maior 𝐾𝑓 ,
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Sistema de Drenagem
Indica a maior ou menor velocidade com que a água deixa a bacia hidrográfica.
Densidade de Drenagem
𝐷 𝐿
𝑑 = 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
𝐴
4. PRECIPITAÇÃO
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•Duração – período de tempo contado desde o início até o fim da precipitação,
expresso geralmente em horas ou minutos;
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Como não podem ser medidas diretamente, e evaporação de um corpo d’água, com
lago ou reservatório, é feito através de métodos indiretos, em que se destacam (Naghettini,
1997):
𝐸 = 𝑃 + 𝐴 − 𝐷 − ∆𝑆
𝑎𝐸𝑛+ 𝐸𝑎
𝐸=
𝑎+1
Em que:
𝑎 : um fator de ponderação.
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5.1-Transpiração e evapotranspiração
6. INFILTRAÇÃO
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7. FONTE DE ÁGUA
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Captação em poço profundo, Bairro conchal; Município de Miracatu.
Figura: 8
•Aquífero livre, freático, ou não confinado: Neste caso, o aquífero possui um extrato
permeável parcialmente saturado com água, sobrejacente a um aquífero impermeável.
•Aquífero confinado ou artesiano:
É aquele completamente saturado de água, cujas extremidades (superior – teto e
inferior - piso) são extratos impermeáveis (aquicludes). A pressão no aquífero artesiano,
geralmente é bem mais alta, (quando comparada à pressão do aquífero freático, que é
atmosférica), assim, uma vez que há perfuração nos poços artesianos, a água sobe para
um nível superior ao limite do aquífero.
Seja qual for o tipo da fonte, as águas desses mananciais deverão estar adequadas
a requisitos mínimos no que se refere aos aspectos quantitativos e, sobretudo, qualitativos.
Parcelas adequadas de água devem ser reservadas para manter os ecossistemas
saudáveis. Quando o planejamento e o gerenciamento são tradicionais, as necessidades
do ambiente natural, muitas vezes não são consideradas de modo satisfatório. A legislação
deve, cada vez mais, proteger os rios estabelecendo padrões de vazão e qualidade mínima,
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bem como alocar ao ambiente natural, águas que antes seriam destinadas ao uso
(FUNDEP, 2002).
Para Tsutiya (2005), os principais fatores que alteram a qualidade da água dos
mananciais são:
- urbanização;
- erosão e assoreamento;
- recreação e lazer;
- resíduos sólidos;
- córregos e águas pluviais;
- resíduos agrícolas;
- esgotos domésticos.
Segundo a Secretaria de Vigilância a Saúde (2006), tanto a quantidade como
qualidade da água disponível são fortemente influenciadas pelo uso e ocupação do solo na
bacia de captação.
A atenção ao manancial é a primeira e fundamental garantia da quantidade e
qualidade da água, conforme disposto na Portaria nº. 518 de 2004, do Ministério da Saúde
(MS), em seus artigos 9, 10 e 19, a seguir transcritos:
Art. 9º. Ao(s) responsável (is) pela operação de sistema de abasteci mento de água
incumbe:
III. Manter a avaliação sistemática do sistema de abastecimento de água, sob a
perspectiva dos riscos à saúde, com base na ocupação da bacia contribuinte ao manancial,
no histórico das características de suas águas, nas características físicas do sistema, nas
práticas operacionais e na qualidade da água distribuída.
V. Promover, em conjunto com os órgãos ambientais e gestores de recursos
hídricos, as ações cabíveis para a proteção do manancial de abastecimento e de sua bacia
contribuinte, assim como efetuar controle das característica s das suas águas, nos termos
do artigo 19, notificando imediatamente a autoridade de saúde pública sempre que houver
indício s de risco à saúde ou sempre que amostras coletadas apresentarem resultado s em
desacordo com os limites ou condições da respectiva classe de enquadramento, conforme
definido na legislação específica vigente.
VI. Fornecer a todos os consumidores, nos termos do Código de Defesa do
Consumidor, informações sobre a qualidade da água distribuída, mediante envio de
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relatório, dentre outros mecanismos, com periodicidade mínima anual e contendo, pelo
menos, as seguintes informações:
a. Descrição dos mananciais de abastecimento, incluindo informações sobre sua
proteção, disponibilidade e qualidade d a água;
Art. 10º. Ao responsável por solução alternativa de abastecimento de água (...)
,incumbe:
V. Efetuar controle das características da água da fonte de abastecimento, nos
termos do artigo 19, notificando imediatamente a autoridade de saúde pública sempre que
houver indícios de risco à saúde ou sempre que amostras coletadas apresentarem
resultados em desacordo com os limites ou condições da respectiva classe de
enquadramento, conforme definido na legislação específica vigente.
Art. 19º. Os responsáveis pelo controle da qualidade da água de sistemas e de
soluções alternativas de abastecimento, supridos por manancial superficial, devem coletar
amostras semestrais da água bruta, junto do ponto de captação, para análise de acordo
com os parâmetros exigidos na legislação vigente de classificação e enquadramento de
águas superficiais, avaliando a compatibilidade entre as características da água bruta e o
tipo de tratamento existente.
O conjunto de ações produzidas pelas atividades humanas ao explorar os recursos
hídricos foi se tornando complexo ao longo da história da humanidade. É importante
compreender que essas ações tem como objetivo principal a expansão do desenvolvimento
econômico e por consequência o atendimento às demandas industriais e agrícolas, e
também à expansão e crescimento da população e das áreas urbanas (TUNDISI, 2003).
Esse é o caso da expansão urbana de grandes centros de aglomeração
populacional, por exemplo a região da grande São Paulo, que nos últimos vinte anos, se
expandiu para áreas ambientalmente mais frágeis, consolidando-se de tal forma que a
reversão ou, pelo menos, o controle do processo de degradação ambiental, tornou-se algo
extremamente difícil. A administração deste contexto complexo é uma tarefa difícil que
envolve questões técnicas, políticas e sociais.
As áreas ambientalmente mais sensíveis são justamente aquelas econômicas e
publicamente, mais desvalorizadas. Estão fora do mercado e longe das intervenções do
poder púbico. A contradição básica consiste em transformar um bem de uso coletivo, a área
de mananciais, em um bem público, cuja apropriação privada coloca esse “bem” ao sabor
das leis do mercado, sem controle e regulamentação porque está completamente á margem
do braço do poder público.
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Um bem público é um bem de uso comum do povo e de propriedade da União. Já
o bem de uso coletivo, segundo a constituição de 1998, enquadra-se como um
“direito difuso ou transindividual”, que é o direito que protege interesses que vão
além dos individuais e atingem um número indeterminado ou indeterminável de
indivíduos.
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•Conservação ou recomposição da vegetação das áreas de recarga do lençol
subterrâneo, geralmente situadas nas chapadas ou topos dos morros.
•Manutenção da vegetação em encostas de morros, além da implantação de
dispositivos que minimizem as enxurradas e favoreçam a infiltração da água de chuva, por
exemplo, pequenas bacias de captação de enxurradas nas encostas dos morros.
•Conservação ou replantio, com vegetação nativa, das matas ciliares situadas
ao longo dos cursos de água, importantes para minimizar o carreamento do solo e de
poluentes às coleções de água de superfície.
• Utilização e manejo correto de áreas de pasto, de modo a evitar a degradação
da vegetação e o endurecimento do solo por excessivo pisoteamento de animais (o que
dificulta a infiltração da água de chuva).
•Utilização e manejo adequados do solo nas culturas agrícolas, visando prevenir
erosão e carreamento de sólidos para os cursos de água, por meio de técnicas apropriadas
como plantio em curvas de nível e previsão de faixas de retenção vegetativa, cordões de
contorno e culturas de cobertura, além do uso criterioso de maquinário agrícola, evitando a
impermeabilização do solo.
•Desvio de enxurradas que ocorrem em estradas de terra, para bacias de
infiltração a serem implantadas lateralmente às estradas vicinais, procedimento que evita o
carreamento do solo aos cursos de água e favorece a infiltração da água de chuva.
•Utilização correta de agrotóxicos e fertilizantes, de modo que seja evitada a
contaminação dos aquíferos e coleções de água de superfície.
•Destinação adequada dos esgotos sanitários, efluentes e resíduos
agroindustriais.
• Estímulo, para os agricultores, à utilização de sistemas de irrigação mais
eficientes no consumo de água e energia.
•Existência de instrumentos legais e/ou práticas de disciplina de uso do solo e dos
recursos hídricos na bacia de captação.
O conceito de poluição da água tem-se tornado cada vez mais amplo em função das
maiores exigências com relação à conservação e ao uso racional dos recursos hídricos.
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Por essa razão, há diversos conceitos para poluição. Nesta introdução iremos destacar
duas.
A definição de Braga et al. (2002) que consideram a poluição da água como a
alteração de suas características por quaisquer ações ou interferências, sejam elas naturais
ou provocadas pelo ser humano.
Pela definição de Braga et al. (2002), a poluição da água pode produzir impactos
estéticos, fisiológicos ou ecológicos.
Esses autores ressaltam, ainda, que é importante distinguir a poluição da
contaminação, já que ambos por vezes, são considerados como sinônimos.
A ocorrência de contaminação não está necessariamente ligada a um desequilíbrio
ecológico. Assim, a presença na água de organismos patogênicos prejudiciais ao ser
humano não significa que o meio ambiente aquático seja ecologicamente desequilibrado.
De maneira análoga, a ocorrência de poluição não implica necessariamente em
riscos à saúde de todos os organismos que fazem uso dos recursos hídricos afetados. Por
exemplo, a introdução de calor excessivo nos corpos d’água pode causar profundas
alterações ecológicas no meio sem que isso signifique necessariamente restrições ao seu
consumo pelo ser humano.
Para Braga et al. (2002), a contaminação refere-se á transmissão de substâncias ou
microrganismos nocivos á saúde pela água. já a ocorrência de poluição não implica
necessariamente em riscos á saúde de todos os organismos que fazem uso dos recursos
afetados.
Porém, segundo Giordano (2004), não há distinção entre contaminação e poluição.
Este autor define especificamente a poluição hídrica como qualquer alteração física,
química ou biológica da qualidade de um corpo hídrico, capaz de ultrapassar os padrões
estabelecidos para a classe, conforme o seu uso preponderante. Para esse tipo de
observação, considera-se a ação dos agentes: físicos materiais (sólidos em suspensão) ou
formas de energia (calorífica e radiações); químicos (substâncias dissolvidas ou com
potencial solubilização); biológicos através de microrganismos.
Independente de qual seja a definição adotada, sabe-se que estas mudanças de
características do meio físico poderão refletir de formas diferentes sobre a biota local,
podendo ser prejudicial a algumas espécies, enquanto a outras não. É importante
considerar que de qualquer forma, levando em conta as interdependências das várias
espécies, estas modificações levam sempre a desequilíbrios ecológicos. Resta saber quão
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intenso é este desequilíbrio e se é possível ser assimilado pelo ambiente sem
consequências negativas.
É um tipo de poluição de águas que atinge rios e oceanos. Dois tipos de poluentes
caracterizam a poluição química:
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Potenciais focos de contaminação das águas subterrâneas.
Figura: 9
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8. REFERÊNCIAS:
33