Serviços Farmacêuticos
Serviços Farmacêuticos
Serviços Farmacêuticos
100 horas
Fonte:
AUTORES
Antonio Fernando Boing, Carine Raquel Blatt, Célia Maria Teixeira de Campos, Iane
Franceschet de Sousa, Indianara Reynaud Toreti Becker, Jardel Corrêa de Oliveira,
Julieta Ueta, Ligia Hoepfner, Margaret Grando, Marlene Zannin, Mônica Holtz
Cavichiolo Grochocki, Noemia Liege Bernardo, Norberto Rech (Colaborador), Paulo
Sérgio Dourado Arrais, Rafael Mota Pinheiro, Ronald dos Santos
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Referências. ........................................................................ 51
Unidade 2 – Seleção de medicamentos...................................... 55
Lição 1 - A importância da seleção de medicamentos......................... 58
Lição 2 - Requisitos para a elaboração da lista de
medicamentos essenciais............................................................. 65
Lição 3 - Comissão de Farmácia e Terapêutica.................................... 71
Lição 4 - Como estabelecer prioridades no processo de
revisão da lista de medicamentos................................................. 82
Lição 5 - Informação sobre medicamentos............................................ 86
Lição 6 - Apresentando as fontes de informação
sobre medicamentos..................................................................... 94
Lição 7 - Como tratar as demandas de outras origens....................... 105
Lição 8 - As fontes de informação na mídia eletrônica....................... 109
Lição 9 - As bases de dados bibliográficas........................................ 120
Lição 10 - Modelos para elaboração de parecer sobre medicamentos.. 132
Lição 11 - Evidência como orientadora de conduta........................... 141
Lição 12 - A formalização da seleção de medicamentos
na gestão pública..............................................................................156
Referências:....................................................................... 393
APRESENTAÇÃO DO CURSO
Seja bem-vindo!
Unidades:
Unidade 6: Farmacovigilância
Unidade 1
UNIDADE 1 - O USO DE FERRAMENTAS DA EPI-
DEMIOLOGIA NA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
Ementa da Unidade
• Indicadores de saúde.
• Informações em saúde.
Bons estudos!
Conteudistas responsáveis:
Antonio Fernando Boing
Carine Raquel Blatt
Conteudista de referência:
Antonio Fernando Boing
Conteudistas de gestão:
14
12
Razão de mortalidade
10
8
6
4
2
0
1979 1981 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007
Ano
Figura 1 – Razão entre as mortes por doenças do aparelho circulatório e respiratório e doenças infecciosas e
parasitárias. Brasil, 1979-2007.
Fonte: Sistema de Informação sobre mortalidade
Reflexão
Para que esses conceitos fiquem bem claros para você, vamos retomá-
los a seguir. É importante que você consiga entender cada um deles.
Leia com atenção.
Link
Para que sua compreensão de situações como essas fique mais fácil,
vamos apresentar alguns conceitos que fundamentam a análise. Fique
atento!
Indicadores de saúde
Mortalidade geral
Taxa de mortalidade
Região Número de óbitos População
(x1.000 habitantes)
Região Norte 56.731 15.342.561 3,7
Região Nordeste 262.193 52.193.847 5,0
Região Sudeste 495.877 80.641.101 6,1
Região Sul 169.004 27.641.501 6,1
Região Centro-Oeste 64.019 13.516.181 4,7
Total 1.047.824 189.335.191 5,5
Quadro 2 – Número de óbitos, população residente e taxa de mortalidade segundo macrorregiões. Brasil, 2007.
Fonte: Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/DATASUS).
Mortalidade específica
Taxa de mortalidade
Causa Número de mortes
(x 100.000 habitantes)
Doenças do aparelho circulatório 308.466 162,9
Neoplasias (tumores) 161.491 85,3
Causas externas de morbidade e mortalidade 131.032 69,2
Doenças do aparelho respiratório 104.498 55,2
Sintomas, sinais e achados anormais de exames
clínicos e de laboratório, não classificados em 80.244 42,4
outra parte
Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 61.860 32,7
Doenças do aparelho digestivo 53.724 28,4
Algumas doenças infecciosas e parasitárias 45.945 24,3
Algumas afecções originadas no período perinatal 26.898 14,2
Doenças do sistema nervoso 20.413 10,8
Doenças do aparelho geniturinário 18.301 9,7
Transtornos mentais e comportamentais 10.948 5,8
Continua...
Ou, então, vamos analisar dados do município de Água Fria (BA), que
acompanharemos ao longo do Módulo Serviços farmacêuticos. De que
morre a população de Água Fria (BA)? A população do município, em
2007, era de 15.207 pessoas. Acompanhe o quadro a seguir:
Taxa de mortalidade
Causa Número de mortes
(x 100.000 habitantes)
Sintomas, sinais e achados anormais de exames
clínicos e de laboratório, não classificados em 23 151,2
outra parte
Doenças do aparelho circulatório 8 52,6
Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 7 46,0
Causas externas de morbidade e mortalidade 6 39,5
Neoplasias (tumores) 5 32,9
Doenças do aparelho respiratório 3 19,7
Doenças do aparelho digestivo 3 19,7
Algumas afecções originadas no período perinatal 3 19,7
Transtornos mentais e comportamentais 1 6,6
Malformações congênitas, deformidades e
1 6,6
anomalias cromossômicas
Quadro 4 – Número de óbitos e taxa de mortalidade segundo causas. Água Fria (BA), 2007.
Fonte: Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/DATASUS).
Mortalidade proporcional
Quadro 5 - Número de óbitos e taxa de mortalidade segundo causas. Porto Alegre e São Luís, 2007.
Fonte: Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/DATASUS).
Letalidade
Índice de envelhecimento
Vamos verificar como esse valor variou em Água Fria, no decorrer das
últimas décadas:
Ano Índice de envelhecimento
1980 12,9
1985 14,6
1990 16,4
1995 16,8
2000 22,1
2005 22,1
2009 28,9
Mortalidade infantil
Esperança de vida
Quadro 7 - Esperança de vida ao nascer segundo macrorregiões. Brasil, 1991, 1995, 2000 e 2005.
Fonte: RIPSA, 2008.
• Estudos de prevalência;
• Registros policiais;
Quadro 8 - Prevalência estimada de diabetes mellitus ajustada por idade na população de 30 a 69 anos. Brasil e
capitais selecionadas, 1988.
Fonte: RIPSA, 2008.
• Pacto de Gestão.
• Saúde do idoso;
Anotações
Você sabia que cada pessoa que morre no Brasil tem preenchida
uma Declaração de Óbito (DO)?
Outra pergunta: você sabia que cada pessoa que nasce tem preenchida
uma Declaração de Nascido Vivo (DN)? Assim, existem dados sobre
os nascimentos – e nascidos – em todo o território nacional. De
maneira similar às DO, as DN são inseridas pelos municípios em um
sistema informatizado de livre acesso a profissionais, pesquisadores
e população em geral. Por meio do SINASC podemos calcular, por
exemplo, qual o percentual de:
• mães adolescentes.
Anotações
Link
Link
Para acessar esse universo de dados que irão lhe permitir conhecer a
realidade epidemiológica do seu município inicie acessando a página do
DATASUS no endereço www.datasus.gov.br.
Anotações
Agora abrirá uma última tela (de fundo azul), antes de você conhecer
os dados. É nesse momento que você determina quais dados deseja
obter. Como estamos construindo uma tabela, você deve escolher,
dentre as várias opções, o que deseja que apareça nas linhas e nas
colunas dessa tabela. Suponha que queiramos conhecer as causas
de mortes de Água Fria, em 2008, segundo o sexo. Na linha, selecione
“Capítulo CID-10” e, na coluna, “Sexo”. No espaço “conteúdo”,
deixaremos “óbitos por residência”; em “períodos disponíveis” apenas
“2008” e, mais embaixo, em “Município” clicar em Água Fria.
Link
Anotações
Anotações
Anotações
Por fim, a internet tem muitos textos de ótima qualidade que permitem
o aprofundamento de todos os temas tratados sumariamente nessa
unidade. De acordo com a sua necessidade e interesse, aprofunde
esse conhecimento.
Anotações
http://lattes.cnpq.br/1079435250033626
http://lattes.cnpq.br/4746842392238066
Ementa da Unidade
Apresentação
Prezado aluno,
Bons estudos!
Conteudistas responsáveis:
Conteudista de referência:
Conteudistas de gestão:
Anotações
Link
Reflexão
Anotações
Anotações
Anotações
Anotações
E ele continua:
- Neste material para consulta, nós encontramos um modelo de Termo
de isenção de conflito de interesse. Todos os membros devem preenchê-
lo, pois a ideia é que não haja nenhum conflito importante. Do contrário,
isso pode comprometer nosso trabalho de análise, pois alguém pode
Anotações
Anotações
Link
Link
Estabelecimento de prioridades
Anotações
Pedro Paulo diz ainda: - Precisamos estar preparados para exercer todas
as atividades, e para isso a Secretaria organizou um curso para vocês. Vou
apresentar-lhes o consultor técnico Gilberto, que trabalha no Departamento
de Ciência e Tecnologia (DECIT) da Secretaria de Ciência, Tecnologia e
Insumos Estratégicos (SCTIE) do Ministério da Saúde para conduzir oficinas
de capacitação. Iniciaremos agora nossa primeira oficina.
Anotações
Para concluir esta lição, pode se dizer que, uma vez estabelecidos
os medicamentos ou grupos farmacológicos da Remume, que serão
revisados, seja por definição dos membros da Comissão, seja por
interesse do gestor, seja por solicitação externa, seja por mudanças
na política de medicamentos, deve-se, idealmente, realizar uma
oficina de priorização. Esta tem como objetivo definir a ordem em
que serão revisados os medicamentos propostos, seguindo critérios
previamente estabelecidos.
Vamos começar?
O cenário
Agências
Indústria
reguladoras
??? Outras
Prescritor
pessoas
Sociedades
Internet
Científicas
Usuário
Farmacêutico
Indústria
e equipe
Conselhos de Meios de
categoria profissional comunicação
Anotações
• Financiamento de pesquisas;
O papel do farmacêutico
Reflexão
• interpretação da informação;
• utilização da informação;
Concluindo
Pedro Paulo apresenta Kely: - Vou lhes apresentar a enfermeira Kely. Ela
está assumindo a coordenação da Atenção Básica do nosso município e
vai acompanhar nossos trabalhos.
- Isto mesmo! Uma das formas de estruturar este serviço é por meio
de implantação de um Centro de Informação sobre Medicamentos,
conhecido como CIM. O CIM é um serviço que tem como propósito
produzir informação técnico-científica sobre medicamentos, de modo
objetivo e oportuno, para um fim específico, com o objetivo de promover
o uso racional de medicamentos. Conceitualmente, um CIM é o local
onde se realiza a seleção das fontes de informação, a informação é
avaliada e se elabora a informação a ser comunicada, de acordo com o
questionamento que foi feito, ressalta Gilberto.
Link
Atualidades
“Bula é o documento 3 A Anvisa é a agência que tem como finalidade promover a proteção
legal sanitário que contém da saúde da população por intermédio do controle sanitário da
informações técnico- produção e da comercialização de produtos e serviços submetidos
científicas e orientadoras à vigilância sanitária, incluindo-se, entre eles, os medicamentos.
sobre os medicamentos para Especificamente em relação aos medicamentos, a Anvisa é a agência
o seu uso racional” (RDC responsável por estabelecer normas para a elaboração das bulas de
Anvisa n. 47/2009). medicamentos3 com registro no país.
- Quer dizer que o fabricante não pode fazer a bula da forma que ele
quer? Existem regras? – questiona Kely.
- Lembro-me de uma colega que relatou uma situação que ocorreu com
uma moça que, mesmo utilizando anticoncepcional, engravidou, porque
não havia entendido como usar a cartela - retoma Kely.
Essa oficina está sendo muito produtiva para toda a equipe! Você
também pode ter acesso aos documentos mencionados.
Anotações
Link
Vamos fazer uma pausa para conferir os links que o consultor Gilberto
mencionou até aqui.
Anotações
Continuando...
O consultor Gilberto destaca: - Para podermos avançar em alguns
conceitos, vamos apresentar uma classificação didática de fontes de
informação sobre medicamentos: primárias, secundárias e terciárias:
Anotações
PRIMÁRIAS
Medical Journal of Saúde
Journal Medicine Pública
Terapêutico farmacologia
revisões
Guanabara
sistemáticas
Gilberto ainda continua a sua fala: - Barros (2000) é um autor que afirma que
a importância conferida ao DEF como fonte de informação é preocupante,
pois esta publicação tem vínculo com os fabricantes de medicamentos
e, por deixar de incluir dados essenciais para subsidiar uma prescrição
racional, pode minimizar usos inadequados e riscos potenciais.
Além dessa demanda, outra que pode ser assumida pela CFT é a
elaboração de protocolos clínicos e terapêuticos, que pode surgir como
necessidade dos serviços de saúde, de uma área técnica específica
da Secretaria Municipal de Saúde, como no caso de um protocolo
de saúde da criança, da mulher ou da saúde mental, ou, ainda por
necessidade de racionalizar o uso de um medicamento ou o tratamento
de uma doença, principalmente quando está gerando um custo elevado
para a gestão ou envolve a incorporação de novas tecnologias. Nesse
sentido, a CFT pode ser chamada para avaliar a incorporação de um
grupo de medicamentos ainda não constantes da Remume devido a
implantação de novos serviços no município, como um ambulatório de
especialidades ou uma unidade de pronto atendimento.
Quero apresentar-lhes estes artigos para ter mais uma ideia sobre os
tipos de solicitações judiciais que recebemos, e sobre a atuação da
indústria farmacêutica neste cenário.
Anotações
Continuando...
A Secretária de Saúde Justina se manifesta: - Bom dia. Fiquei sabendo que
a equipe da assistência farmacêutica tem se empenhado nos trabalhos
da CFT. Ontem, na reunião da CIB, foi aprovada uma deliberação, pela
qual o estado vai repassar um recurso financeiro adicional para que
realizemos a aquisição de heparina não fracionada para tratamento de
grávidas de alto risco. Hoje, essas mulheres precisam permanecer por
longos períodos internadas, pois tal medicamento não está disponível
para compra, nem nas farmácias comerciais. Ao oferecer a possibilidade
de tratamento domiciliar e acompanhamento ambulatorial, reduziremos
os custos do SUS com internações. O valor do repasse será negociado
na próxima reunião da CIB, pois os municípios pediram um prazo para
avaliar a sua demanda interna. Assim, quero que a CFT elabore uma
proposta de protocolo para uso da heparina na gravidez, definindo em
que situações clínicas há provas de benefício no seu uso e por quanto
tempo. Com base nisso, devemos estimar qual o custo mensal e anual
para aquisição desse medicamento.
Pedro Paulo diz: - Vamos pedir que alguns dos membros, que ainda não
tenham assumido nenhum parecer, realizem essa tarefa para discussão na
CFT. Vou organizar uma tabela com as indicações da heparina na gravidez
de alto risco, e cada membro faz uma busca sobre as provas científicas
disponíveis sobre um dos possíveis usos listados na tabela. Depois que
fecharmos o material, trazemos para apresentação no gabinete.
Concluindo
Reflexão
Link
Link
Na página inicial do portal LIS, há uma animação que explica como fazer
a pesquisa na BVS. Esse material está disponibilizado com imagem
e áudio, ou imagem e legenda; é só clicar em Como pesquisar no
endereço: http://usuario.bvsalud.org/lildbi/docsonline/4/1/014-BVS-
BuscaPortal-pt-Audio.html
Link
Os descritores estão classificados em grupos. No endereço http://decs.
bvs.br/ encontram-se mais informações sobre os descritores, incluindo
a sua classificação.
• Limita a busca.
NOT • Artigo que não contenha o termo.
Link
• Autores
Anotações
Retomando a reunião...
Gilberto começou sua fala cumprimentando: - Olá, vamos voltar ao
trabalho? Agora vamos conhecer algumas bases de dados. Acompanhem!
Clique sobre o Medline para ver a página de pesquisa, que pode ser
no formulário básico:
ou no avançado:
É importante que você saiba que pode ter acesso ao Medline por
outros provedores comerciais, por exemplo o PubMed.
Link
Vamos agora falar sobre o portal Cochrane. Ele também pode ser
acessado na página em que estávamos anteriormente, Ciências da
Saúde em Geral, clicando sobre “Biblioteca Cochrane”.
Link
Link
Observe, em Fontes de informação, o Portal de Evidências.
Acesse direto no endereço:
http://evidences.bvsalud.org/php/index.php?lang=pt.
O termo “medicina 4 Este portal reúne, organiza e oferece acesso integrado a fontes de
baseada em evidências” foi informação em saúde de melhor nível de evidência, de acordo com a
cunhado por pesquisadores metodologia proposta pela Medicina Baseada em Evidências (MBE)4.
canadenses na década de Os níveis de evidência serão discutidos nas próximas lições. O portal
1990. Desde então,o termo tem como objetivo promover o uso da informação de melhor evidência
e sua aplicação na saúde para apoio aos processos de tomada de decisão na atenção e gestão
evoluiu bastante, ao ponto da saúde. Oferece acesso a fontes de informação sobre a própria
de hoje chegarmos a utilizar metodologia MBE e sobre o processo de desenvolvimento de novos
o termo “saúde baseada em estudos baseados em evidências com a aplicação dessa metodologia.
evidências” como sinônimo
de “medicina baseada em A coleção tem como base a rede de fontes de informação da
evidência”. Biblioteca Virtual em Saúde e utiliza filtros para a seleção de
conteúdos de acordo com o tipo de estudo. Estão selecionados
conteúdos das seguintes fontes de informação: Lilacs, Cochrane
Library, La Biblioteca Cochrane Plus, diretrizes clínicas do Ministério
da Saúde do Brasil, Sociedade Brasileira de Medicina de Família e
Comunidade e National Guideline Clearinghouse (Estados Unidos),
» Revisões sistemáticas;
» Ensaios clínicos;
» Sumários de evidência;
» Ensaios clínicos;
» Glossários, terminologia.
- Pedro Paulo, você tem acesso a todos eles por um único portal, a BVS.
Isso facilita muito o trabalho de pesquisa. Agora é usar o portal para fixar
a forma de consulta - responde Gilberto.
Link
Ainda na página inicial da BVS, confira, em Acesso a documentos, o
Catálogo de Revistas Científicas.
Acesso direto no endereço: http://portal.revistas.bvs.br/
Anotações
Concluindo
Anotações
Tabela 1 - PICO.
Sigla Pergunta
Certifique-se sobre QUAL é o problema e sobre QUEM é o problema.
P – Patient
Procure descrever o problema e o usuário ou o grupo de usuários
Problema/Paciente/Grupo
semelhantes, incluindo suas características (gênero, faixa etária,
de Pacientes/População
raça, histórico da doença ou do problema etc.).
I – Intervention Defina, em seguida, qual a intervenção que se pretende conhecer
Exposição para o usuário (ou grupo de usuários).
Qual é o procedimento, caso a intervenção proposta não seja
realizada?
C – Comparison
Qual a comparação com a intervenção proposta?
Comparação/Controle
Aqui se busca a evidência de que a intervenção proposta produz
melhor ou pior resultado do que a não intervenção, a intervenção
padrão ou alternativa.
O - Outcome Defina quais são os efeitos/resultados esperados da intervenção
Desfecho/Resultados proposta.
I - Salbutamol.
C- Fenoterol.
• asma – asma/asthma;
• salbutamol – albuterol;
• fenoterol – fenoterol;
Anotações
Anotações
Não
Concluindo
Anotações
Link
Link
Leia sobre Kal Pearson em:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2355479/pdf/
brmedj08194-0039.pdf
Figura 24 - Resultado de meta-análise de vários estudos de asma materna como fator de risco para asma.
Fonte: LIM, KOBZIK, DAHL, 2010.
Anotações
Os estudos de coorte7 são o melhor método para determinar a incidência 7 Coorte, “cohors” em latim,
e a história natural de uma condição. Podem ser prospectivos (grupos significa um grupo de
de indivíduos que não têm a doença, mas foram ou não expostos, são soldados que marchavam
acompanhados por um período de tempo para avaliar se desenvolvem juntos na Roma antiga.
um determinado desfecho ou doença) ou retrospectivos (informações A coorte do estudo de
sobre a exposição e doença já foram coletados, seja como parte do Framingham, a de médicos
estudo ou de registros médicos sendo agora usados para avaliar a ingleses fumantes são
relação entre a exposição e a doença por um período de tempo). O outros exemplos de coortes
estudo apresentado anteriormente é prospectivo. famosas.
Link
Concluindo
Por mais que algumas pessoas ainda acreditem que fazer gestão é
algo intuitivo, dependente de uma capacidade inata de certos “seres
iluminados”, é cada vez mais evidente que o uso de evidências
instrumentaliza o processo de gestão, que se torna, desta forma, uma
atividade cada vez mais profissionalizada, embasada e respeitada.
Alguns autores tem chamado a atenção para esse fato, como no texto de
Walshe e Rundall (2001). Eles fazem uma comparação do uso de evidências
na prática clínica e na gestão de serviços de saúde, a partir de três aspectos:
- Cultura: Na área clínica há um enorme corpo de conhecimentos
formalmente constituídos e reconhecidos como o embasamento de todo
o saber profissional na saúde, e os profissionais têm intensa formação
científica e para pesquisa. Já a área administrativa na saúde é pouco
profissionalizada (no Brasil não há exigência de formação profissional,
nem tampouco os profissionais de saúde, que assumem essas funções,
são profissionalizados para gestão); as características pessoais são
mais valorizadas; pouca compreensão do que é, como se desenvolve e
para que servem a pesquisa e as publicações científicas.
• envelhecimento populacional;
Atendimento de critérios
Pactuação entre as esferas técnicos, orçamentários,
de gestão envolvidas financeiros, administrativos
e legais
Situação Modelos de
epidemiológica SELEÇÃO DE MEDICAMENTOS atenção
Pedidos Pedidos
administrativos Judiciais
Legislação
Sucessivas portarias vêm organizando o que hoje se constitui
o Componente Básico da Assistência Farmacêutica. Já vimos
anteriormente que, com a publicação da Portaria GM/MS n.
2.982/2009, que aprova as normas de execução e de financiamento
do Componente Básico da Assistência Farmacêutica e define
o Elenco de Referência Nacional de Medicamentos e Insumos
Você já percebeu que muitas vezes é difícil você modificar rotinas e incluir
nelas mais uma atividade? Mas que, após dominar o processo, ele se
internaliza e você passa a fazê-lo sem perceber? E, muitas vezes pensa:
Por que não fazia isso antes? Muitas coisas teriam sido mais fáceis...
Reflexão
Você pode pensar que são muitas as atividades a serem contempladas
e muitos os responsáveis envolvidos. Vamos pensar em uma coisa de
cada vez?
Anotações
Publicação da Rename
PRODUTO ATIVIDADE
Link
Concluindo
Anotações
http://lattes.cnpq.br/1686462131403135
http://lattes.cnpq.br/1043839432317392
http://lattes.cnpq.br/8995010853145433
Ementa da Unidade
• Métodos de programação.
• Resíduos de saúde.
177
• Reconhecer os conceitos fundamentais da atividade de
gerenciamento de estoques de medicamentos.
Apresentação
Bons estudos!
Conteudista de referência:
Conteudistas de gestão:
179
ENTRANDO NO ASSUNTO
Contextualizando
Vamos começar nosso estudo com uma busca por reportagens que nos
mostrem diferentes realidades e situações pertinentes aos transtornos
causados pela falta e pelo excesso de medicamentos nos serviços
públicos. Acesse a internet, digite as palavras “falta de medicamentos”
e veja o que você encontra.
181
Nesse sentido, o objetivo principal da programação é manter o
abastecimento de medicamentos das farmácias das unidades
de saúde, compatibilizando os recursos disponíveis com as
necessidades.
Medicamentos traçadores: 1 Outro inquérito realizado no estado de Minas Gerais, utilizando a mesma
são medicamentos metodologia, apresentou o percentual médio de disponibilidade do
selecionados dentro de conjunto de medicamentos traçadores1 em almoxarifados públicos
um determinado conjunto (n=14) de 52,0% e em unidades públicas (n=14) de 46,9% (GUERRA
de medicamentos para a JR et al., 2004). Esses dados reforçam que a baixa disponibilidade
avaliação em questão. Os dos medicamentos essenciais no setor público é preocupante.
medicamentos traçadores
podem ser selecionados por Outro exemplo a considerar é a pesquisa realizada por Vieira
classe, por demanda ou por (2008), com 597 municípios selecionados (10,7% dos municípios
importância de uso. brasileiros), em que se verificou a falta de medicamentos em 24%
desses municípios. Em 13% dos municípios foram encontrados
medicamentos vencidos e em 71% foi constatada a falta de controle
de estoque ou sua deficiência.
Reflexão
183
Refletir sobre o processo de programação leva-nos a ponderar sobre
a questão da diferença entre necessidade e consumo.
185
Definir a equipe de trabalho
Quem alimentará o sistema de informação, ou quem repassará as informações sobre
a necessidade de medicamentos nas unidades de saúde?
Elaborar a programação
Acompanhar e avaliar
Requisitos:
Como calcular:
187
Solução:
CMM = (570 + 630 +750 + 680 + 740 + 710 + 690 +640 + 670 +720 +700 + 660)
12
Como calcular:
Solução:
189
Como calcular:
Como calcular:
Solução:
191
Lição 3 - Programação: Controle de estoque
Nesta lição será abordado o tema controle de estoque, em que você verá
as características deste controle no formato manual e no informatizado.
Também conhecerá o inventário e alguns conceitos fundamentais para
o controle de estoque. Com esta organização de estudos, esperamos
que, ao final da lição, você seja capaz de reconhecer os conceitos
basilares para o controle de estoques de medicamentos.
193
Controle informatizado
Link
Inventário
195
total (contábil) dos estoques para efeito de balanço ou balancete, no
encerramento do exercício fiscal.
Recomendações
• Registrar a ocorrência;
197
Alguns conceitos importantes para o controle de estoque
CMM= ΣCM : NM
CMM = consumo médio mensal
CM = consumo de cada mês
NM = número de meses
Mês J F M A M J J A S O N D
Quantidade 1222 807 1022 1200 1390 1350 1345 1334 1345 1356 1358 1367
Solução:
Solução:
CM = (82 + 88 + 120)/3
CM = 96,6
Solução:
CM = (88 + 120 + 140)/3
CM = 116
Estoque mínimo
199
atendimento em caso de ocorrências não previstas, como a elevação
brusca no consumo ou o atraso no suprimento.
EMn = CMM x k
EMn = estoque mínimo
CMM = consumo médio mensal
k = é uma constante que corresponde a um fator de segurança arbitrário
com o qual se deseja garantir um risco de ruptura. É proporcional ao
grau de atendimento desejado para o item = relação entre a demanda
atendida (quantidade atendida) e a demanda real (quantidade
necessitada).
Solução:
EMn = 95 x 0,9
EMn = 85,5
EMax = EMn + LC
LC = PP
Quantidade em
estoque
Pedido Pedido Pedido
Ponto de pedido
Q Q Q
Estoque mínimo
Prazo de Tempo
abastecimento
Você já ouviu falar da curva ABC? Provavelmente sim, mas você a utiliza
no gerenciamento do seu estoque? Vamos ver como ela pode ser útil.
% do valor
10%
15%
75% C
B
A
203
trabalho de controle de estoque do farmacêutico, cuja decisão de
compra pode se basear nos resultados obtidos pela curva ABC.
Ponto de vista
Classificação Conceito
contemplado
Objetivos da aquisição
207
Quando comprar?
A decisão de quando comprar é muito importante para garantir a
disponibilidade dos medicamentos e está intrinsecamente relacionada à
atividade de programação que você estudou anteriormente.
Alguns municípios e estados realizam apenas uma aquisição anual,
uma aquisição a cada semestre ou trimestre, e alguns realizam
aquisições mensalmente. Considerando, a necessidade da garantia
da disponibilidade do medicamento, qual a periodicidade que você
entende mais adequada? Pense sobre isso, considerando os parâmetros
destacados anteriormente.
E, como é o financiamento da aquisição de medicamentos nos serviços
públicos?
* Os valores repassados pelos Estados podem ser alterados de acordo com a pactuação na CIB.
209
O financiamento da assistência farmacêutica básica é tripartite, e a
forma de aquisição dos medicamentos deve ser pactuada entre as
comissões bipartites. Existem quatro formas de pacto entre estados
e municípios: totalmente centralizada no estado; parcialmente
centralizada no estado; totalmente descentralizada no município; e
parcialmente descentralizada no município (BRASIL, 2001, 2002a).
Pois é, colega! Essa nova realidade pode ser facilmente percebida pelo
aumento do número de farmacêuticos trabalhando na gestão municipal
da assistência farmacêutica e, é claro, no aumento das responsabilidades
desses farmacêuticos – que precisam estar preparados, engajados e
dispostos a fazer a diferença na realidade da assistência farmacêutica
municipal. Em 60% dos municípios brasileiros não é mais possível
transferir a culpa de tudo “para cima”: para o estado, para a união... A
condução de todo o processo é local: a tomada de decisão, a negociação,
a pactuação com o estado e com outros municípios e as respostas para
as necessidades da sua população.
Vamos ver um pouco mais sobre como funciona o financiamento e sua
execução.
211
Vamos fazer um pequeno cálculo. Se a população do município de
Água Fria é de 14.966 habitantes, segundo a estimativa do IBGE
(BRASIL, 2010a), qual o orçamento anual desse município para a
compra de medicamentos do Componente Básico da Assistência
Farmacêutica? Veja os resultados a seguir:
Modalidades de licitação
Quadro 3 – Modalidades de licitação, classificadas pelo valor financeiro, prazo de publicação do edital e cadastro
de fornecedor.
Fonte: Adaptado de Marin et al., 2003.
213
A dispensa de licitação ocorre quando, embora viável a competição,
sua realização se mostra contrária ao interesse público. A Lei n.
8.666/93 prevê algumas situações em que a contratação não
decorre de licitação. São os casos de dispensa de licitação e de
inexigibilidade de licitação. A primeira ocorre nos casos em que há
competição, mas a licitação afigura-se objetivamente inconveniente
ao interesse público. Ao contrário, a inexigibilidade ocorre nos casos
em que é inviável a competição e, portanto, não se aplica o dever de
licitar (BRASIL, 1993).
215
Consórcios Intermunicipais
Anotações
Fases da licitação
217
Requisição
Abertura de processo
Autorização de verba
Elaboração de edital
Abertura do edital
Abertura de processo
Opinião técnica
Julgamento
Adjudicação
Recursos
Homologação
Contrato
219
autoridade superior da instituição e, na prática, significa a autorização
para que o proponente, ao qual foi adjudicado o fornecimento,
possa, finalmente, celebrar o contrato com a entidade compradora
do produto, bem ou serviço.
O BPS permite que cada instituição utilize uma lista curta de itens,
tendo como critério de seleção a curva ABC de custos: cada
instituição alimenta somente os itens que representem 80% (curva
A) dos gastos de cada grupo - medicamentos, material médico
hospitalar e gases medicinais.
Link
221
A vinculação ao edital é princípio básico de toda licitação. Nenhuma
exigência que não conste no edital poderá ser solicitada ao fornecedor.
Para tanto, deve ser bem elaborado e constar de requisitos técnicos
e administrativos, como forma de assegurar a qualidade do processo
de aquisição e dos medicamentos que estão sendo adquiridos.
Elaboração do edital
• A modalidade de licitação;
Quadro 4 – Documentos requeridos na fase de habilitação, referentes à qualificação técnica para a aquisição de
medicamentos nos serviços públicos de saúde.
223
Considerando a necessidade de garantia da qualidade dos
medicamentos adquiridos, a organização do fluxo e o cumprimento
da legislação para o serviço público, identificamos algumas frases
que foram incorporadas a editais. Os requisitos foram divididos em
administrativos, aqueles que dizem respeito aos prazos e organização
do serviço; e em requisitos técnicos, aqueles que dizem respeito ao
medicamento propriamente dito.
Quadro 5 – Requisitos administrativos que podem ser incorporados no edital para a garantia da qualidade dos
medicamentos.
Anotações
Quadro 6 – Requisitos técnicos que podem ser incorporados no edital para a garantia da qualidade dos
medicamentos.
225
Descrição dos produtos a serem licitados
Reflexão
227
medicamentos e, posteriormente, as atividades relacionadas ao
processo de armazenamento e distribuição de medicamentos. Veremos
também sobre a segregação e o descarte de medicamentos. Ao
final desta lição, você, aluno, deverá estar apto a desenvolver a
atividade de armazenamento e distribuição de medicamentos.
Anotações
229
1. RECEBIMENTO / RECEPÇÃO
2. ESTOCAGEM
3. CONTROLE DE ESTOQUE
4. EXPEDIÇÃO
Recebimento/Recepção de Medicamentos
LEMBRETE:
Devoluções de medicamentos pelas unidades de saúde só deverão ser
recebidas com as devidas justificativas e assinadas pelo responsável.
O recebimento de medicamentos também ocorre em farmácias de unidades
básicas de saúde e as ocorrências precisam ser registradas e arquivadas.
Pode-se elaborar procedimentos operacionais padrão (POPs) de fluxos
de distribuição e recall, orientando como proceder em caso de devolução
de medicamentos.
231
A criação de um cadastro de fornecedores referente à qualificação
técnica destes para fins de concorrências públicas, objetivando o
incremento da qualidade dos produtos e serviços oferecidos aos
seus consumidores, é uma importante ferramenta de gestão.
Anotações
Estocagem
233
o laboratório produtor até a destinação final do produto. Os
medicamentos sujeitos a controle especial (Portaria SVS n.
344/98) devem ser armazenados em local seguro, isolados dos
demais, sob controle e responsabilidade legal do farmacêutico.
Anotações
235
• Condições ambientais: O ambiente geral deve ser propício
e apresentar condições adequadas quanto à temperatura,
ventilação, luminosidade e umidade, permitindo, ainda, boa
circulação, além de estar organizado de forma a permitir fácil
limpeza e controle de pragas.
LEMBRETE:
Os requisitos básicos apontados até agora estão diretamente
relacionados à garantia da qualidade de medicamentos e, por isso,
precisam ser garantidos no armazenamento de medicamentos em
qualquer unidade de dispensação de medicamentos, como, por exemplo,
nas farmácias de unidades básicas de saúde.
237
Para o bom andamento das atividades de armazenamento, o espaço
físico da CAF precisa estar organizado e atender as necessidades do
serviço. As instalações devem proporcionar a movimentação rápida
e fácil dos produtos, desde o recebimento até a expedição, com a
utilização do espaço nas três dimensões, de maneira mais eficiente
possível. Assim, alguns cuidados precisam ser observados.
• Boa organização.
Área destinada ao recebimento e à conferência dos produtos que estão sendo entregues. Sua localização
Área de recepção é compulsoriamente junto à porta principal ou docas de descarga. Deve possuir, fixadas em lugar visível,
normas e procedimentos que devem estar escritos de forma clara e objetiva.
De acordo com os tipos de materiais a serem estocados e as exigências específicas de conservação, deve-
se contar com áreas distintas para estocagem de medicamentos, como: de controle especial, termolábeis,
Área de estocagem imunobiológicos, inflamáveis (os de grande volume devem ser armazenados em ambiente separado),
ou guarda produtos químicos e material médico-hospitalar. Cada área destas deverá estar sinalizada e identificada de
forma a favorecer a sua visualização. O fluxo de pessoas nestas áreas deve ser restrito aos colaboradores
do setor.
Área destinada à conferência, organização, preparação e liberação dos produtos a serem distribuídos.
Área de expedição Pode estar ou não no mesmo espaço físico da recepção, porém distintamente separadas, dependendo da
dimensão da área física.
Área de produtos Área destinada à guarda de materiais imprestáveis à distribuição, enquanto aguardam destinação
rejeitados/interditados específica.
Além das áreas antes citadas, outras áreas básicas para conforto dos
funcionários podem ser disponibilizadas, como vestiários, banheiros
e refeitórios, em quantidade dependente do porte do almoxarifado.
Área de
Área de Área Produtos de Termolábeis
Recepção Administrativa Controle
Especial
239
Organização do Espaço Físico
Anotações
241
possível, o espaço às atividades a serem realizadas. Para isso, você
pode observar os passos a seguir:
Transporte Sistema de
informação
Considerar condições e controle Monitoração constante.
adequadas de transporte, eficiente Deve dispor de dados
distância das rotas das atualizados sobre movimenta-
viagens, o tempo de entrega e ção dos estoques a qualquer
custos financeiros. momento para um gerencia-
mento adequado.
Anotações
243
Para determinação da frequência de distribuição dos medicamentos
às unidades de saúde, alguns questionamentos precisam ser
respondidos:
Antes de atender a solicitação, deve-se avaliar criteriosamente: que quantidades distribuir? Qual o
Análise da
consumo da unidade? Qual a demanda (atendida e não atendida)? Qual o estoque existente? Qual a data
solicitação
da última solicitação? Como foi realizada a solicitação anterior?
Após análise das informações e identificação das necessidades, atende-se a solicitação mediante
Processamento documento elaborado em duas vias (uma cópia para requisitante e outra para o controle da distribuição).
do pedido Atenção: é importante registrar no documento de saída o número dos lotes dos medicamentos
distribuídos, para que seja possível seu rastreamento caso ocorram problemas de qualidade.
A preparação do pedido deve ser realizada por um funcionário e revisada por outro, para evitar falhas na
conferência.
Atenção 1: realizar a inspeção física do medicamento para identificar alterações no produto ou nas
embalagens antes da distribuição. Separar os medicamentos por ordem cronológica de prazo de validade.
Preparação e Atenção 2: seria interessante a existência de um sistema que registrasse o que foi solicitado e que não foi
liberação do pedido enviado.
Atenção 3: também é importante que se estabeleça um sistema de comunição entre a CAF e as unidades
de saúde com as informações de quais medicamentos estão em falta e se há previsão de chegada.
Atenção 4: também podem ser feitos lembretes ou destaques sobre produtos com prazo de validade
próximos de definir regras (POPs de redistribuição).
O pedido é transportado até a unidade solicitante, acompanhado das duas vias do documento. Atenção:
Transporte além de garantir as condições ideais de transporte, deve-se garantir a segurança dos produtos até seu
destino final, por meio de lacres nas caixas utilizadas para transporte de medicamentos, por exemplo.
A unidade solicitante deve conferir todos os itens e assinar as duas vias dos documentos (nome por extenso,
número de identidade ou da matrícula, setor de trabalho e data do recebimento). Pode-se utilizar um carimbo
Conferência com os referidos dados.
Atenção 1: a conferência deve ocorrer no momento da entrega, antes da assinatura dos documentos.
Atenção 2: Deve-se ter POPs para o que fazer quando as quantidades estão discordantes.
Arquivo e
Deve-se manter arquivo das cópias de todos os documentos por um período de 5 anos.
documentação
245
Lição 12 - Armazenamento e distribuição de medicamentos:
Resíduos de saúde
Link
Anotações
247
• Sólidos: retirar os comprimidos e as cápsulas das embalagens
(blísteres ou frascos). As embalagens devem ser descartadas em
lixo comum, junto com caixa e bula. Os comprimidos e as cápsulas
são descartados no lixo químico, devidamente identificado.
MEDICAMENTOS
Link
249
Ao final deste conteúdo, vamos listar alguns fatores que já foram
amplamente discutidos e que podem interferir no processo de
gestão, no aumento dos gastos com aquisição de medicamentos e
na qualidade dos produtos e serviços. Cabe a você identificar quais
os problemas enfrentados na sua realidade e como esses problemas
podem ser resolvidos.
Centralização
251
elaborar a ficha do usuário ou planilha, registrar e monitorar os usuários
de risco e assegurar seus tratamentos. A interrupção no tratamento
pela falta de medicamento, seja por cortes dos pedidos de compras
ou por falta de orientação adequada ao usuário, representa prejuízos
efetivos, não só na melhoria da qualidade de vida do usuário como
na credibilidade do serviço prestado.
Anotações
253
• Qual o percentual de medicamentos em estoque, cuja contagem
física corresponde ao valor registrado no controle de estoque?
Análise Crítica
255
Referências
257
BRASIL. Portaria n. 2.981, de 26 de novembro de 2009. Aprova o
Componente Especializado da Assistência Farmacêutica. Brasília,
D.F.: Diário Oficial da República Federativa do Brasil, seção 1, p. 725,
de 01/12/09. Brasília, 2009a.
259
Autores
http://lattes.cnpq.br/0036896546217928
http://lattes.cnpq.br/5306896177649205
http://lattes.cnpq.br/4746842392238066
261
Unidade 4
UNIDADE 4 – DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS
Ementa da unidade
• Organização da dispensação.
• Processo da dispensação.
• Sistema de informação.
Caro aluno,
Julieta Ueta
Lígia Hoepfner
Noemia Liege Bernardo
Conteudista de referência:
Conteudistas de gestão:
Cenário 1
Cenário 2
Cenário 3
Cenário 4
• educação em saúde.
• farmacovigilância: cenário 3 e 4;
• conservação; e
• qualidade.
Anotações
Anotações
Link
Reflexão
Reflexão
Reflexão
Reflexão
Reflexão
1 2 3
Ampliar o
Avaliar e Facilitar a
conhecimento
resolver adesão ao
do usuário
problemas de tratamento
sobre os
receituário
medicamentos
Anotações
1. Acolhimento
Etapa 1: Acolhimento
Sim, pois ele foi atendido com cordialidade, e a sua solicitação era o
medicamento para o tratamento para a hipertensão arterial sistêmica.
Prezado aluno, ser gentil, cordial, escutar foi resolutivo1? 1 Ser resolutivo no serviço de
dispensação é alcançar os
O serviço não foi resolutivo porque o usuário foi orientado para objetivos desta: promover o
adquirir o medicamento no serviço privado. acesso e o uso racional do
medicamento.
Como poderia ser resolutivo?
Link
Você pode saber mais da Campanha “Saúde não tem preço”, do Ministério
da Saúde, no link: http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/index.
cfm?portal=pagina.visualizarArea&codArea=375
Lembre-se de que:
Resumo da Etapa 1:
• Recepcionar o usuário.
II identificação do usuário;
V duração do tratamento;
Etapa 3: Separação
Etapa 4: Registro
Etapa 5: Orientações
• Facilitar a adesão.
• Dispensadores.
• Precauções.
• Reações adversas.
• o objetivo do tratamento;
• a posologia;
Por exemplo:
2 - Continuação de tratamento
Colírios
1) Lave as mãos.
Anotações
Gotas otológicas
3
Figura 4 - Orientação sobre o uso de gotas otológicas
Fonte: Guia do cuidado farmacêutico, Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, Superintendência de
Assistência Farmacêutica. Belo Horizonte: SES-MG, 2010.
Aerossóis
1) Expectore o máximo
3
de catarro possível.
3) Segure o aerossol
2 como está indicado nas instruções do
1
fabricante (normalmente
4
de cabeça para baixo).
2
1
4
Fonte: http://www4.anvisa.gov.br/base/visadoc/BM/BM%5B25915-1-0%5D.PDF
Uso de pictogramas
Coloque embaixo da língua Coloque dentro da vagina Lave as Mãos / Coloque no ânus / Lave as mãos novamente
1 Hora
Não beba bebida alcoólica Não tome com alimentos Não dirigir se o medicamento
enquanto estiver tomando fizer ficar sonolento
este medicamento
Dicas de comunicação:
• Seja honesto.
Certifique-se:
Etapa 7: Avaliação
Ao final desta lição, você será capaz de entender a importância do 2 Para saber mais sobre
registro das informações, pois o que não foi documentado não foi acompanhamento
realizado! Nesta lição, abordaremos o registro das informações da farmacoterapêutico, acesse
dispensação, seja ele informatizado ou manual. a unidade 3 do Módulo
6 – Modelos de seguimento
farmacoterapêutico. O tema
Reflexão da farmacovigilância será
abordado na unidade 6
Afinal, como podemos realizar esses registros? Que informações devem deste Módulo.
ser registradas? E por quê?
Link
Para saber mais e sobre como aderir ao sistema, acesse o link a seguir:
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/area.cfm?id_area=1675
Reflexão
Anotações
Anotações
Julieta Ueta
http://lattes.cnpq.br/8380494651921859
Ligia Hoepfner
http://lattes.cnpq.br/7870135739923419
http://lattes.cnpq.br/1047114367084356
Ementa da Unidade
Apresentação
313
Unidade 5 - Ações de vigilância em saúde
contextualizado, provocando você - profissional farmacêutico - para
essa agenda e estimulando uma reflexão sobre o Modelo de Atenção
à Saúde no Sistema Único de Saúde.
Conteudistas responsáveis:
Margaret Grando
Ronald dos Santos
Colaborador:
Norberto Rech
Conteudista de referência:
Margaret Grando
Conteudistas de gestão:
Reflexão
315
laboratórios de saúde pública, na maior parte dos estados e em
muitos municípios de médio e grande porte.
Reflexão
Anotações
1) Vigilância epidemiológica;
2) Promoção da saúde;
6) Vigilância sanitária.
317
OBS: A Portaria MS n. 3.252/2009 reconhece dois sistemas nacionais:
o Sistema Nacional de Vigilância em Saúde e o Sistema Nacional
de Vigilância Sanitária, que é coordenado pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) e integrado pela própria Anvisa, pelas
Vigilâncias Sanitárias Estaduais e Municipais e pelo Sistema Nacional
de Laboratórios de Saúde Pública no aspecto pertinente à Vigilância
Sanitária, além dos sistemas de informação de vigilância sanitária.
Link
Anotações
319
Vigilância epidemiológica
Promoção da saúde
321
Meu colega, a qual atributo do gestor os autores estão se referindo?
A capacidade de ter um olhar ampliado sobre os problemas de saúde
de sua população para, além da demanda por medicamentos, enxergar
seus determinantes e meios de agir sobre eles. Isso faz de nós,
farmacêuticos, profissionais de saúde, não apenas de medicamentos!
Mas, como agentes “promotores de saúde”, o papel dos profissionais
da assistência farmacêutica na vigilância da saúde é bem mais amplo:
é colaborar para que a população tenha os conhecimentos e as
ferramentas necessários para tomar a frente dos processos decisórios
que vão impactar sobre sua vida e sua saúde.
O que quer dizer isso?
Que a promoção da saúde está verdadeiramente apoiada no
desenvolvimento do poder da comunidade, das pessoas, da sociedade
organizada solidariamente. Só com uma população esclarecida, bem
informada, crítica, com autonomia e não dependência de favores e
promessas é que um projeto ambicioso, audacioso e democrático como
o SUS pode dar certo. É dessa população que sairão os rumos para
políticas públicas saudáveis, a escolha por hábitos de vida que protejam
sua saúde, para organização mais solidária da vida social, condições
para o desenvolvimento ambiental adequado e serviços de saúde
realmente eficientes.
Já tivemos durante o Curso a oportunidade de refletir um pouco
sobre as saudáveis relações da gestão da assistência farmacêutica
com a população organizada (nos conselhos, nas associações, nas
conferências e tudo mais). Na verdade, podemos ter no controle social
um importante alicerce para a gestão – para sua operacionalidade e sua
sustentabilidade (para lembrar Carlos Matus).
Como está a relação entre a assistência farmacêutica do seu município/
estado ou serviço com a população? Tem evoluído? Você e seus colegas já
encontraram os caminhos, os meios, as estratégias para tornar a gestão
da assistência farmacêutica mais participativa, mais interativa? A esta
altura do nosso Curso, é hora de refletir e avaliar essas evoluções, certo?
323
Anotações
Vigilância sanitária
Reflexão
Link
325
Com as alterações já observadas na leitura complementar, o bloco de
vigilância em saúde continua sendo composto por dois componentes:
Concluindo...
327
Carmem Teixeira e Ana Luiza Vilasbôas, em seu documento preliminar
intitulado “Diretrizes para a integração entre a Atenção Básica e
a Vigilância em Saúde”, alertam que grande parte dos municípios
brasileiros ainda desenvolvem ações de vigilância em saúde de modo
centralizado, sem a devida capilaridade para as unidades básicas,
o que provoca restrições no efetivo controle das doenças e dos
agravos prioritários e torna distante a possibilidade de operacionalizar
o princípio da integralidade da atenção (BRASIL, 2009b).
Reflexão
Anotações
329
BRASIL. Conselho Nacional 1 E isso também deve ocorrer com as áreas de vigilância – estas devem
de Secretários de Saúde. aprofundar suas singularidades técnicas e de organização de serviço
Oficina 4: A Vigilância em para a construção do apoio matricial às ações de atenção básica,
Saúde, Brasília: CONASS, como meio de assegurar retaguarda especializada e suporte técnico
2010. pedagógico a equipes e profissionais de saúde, para o aumento da
capacidade de intervenção e resolubilidade (Oficina 41).
Reflexão
Link
Concluindo...
331
Lição 3 – Redes de atenção à saúde
Link
333
• as diretrizes para a organização das Redes de Atenção definem
claramente que todos os profissionais de saúde podem e devem
fazer a clínica ampliada, pois escutar, avaliar e se comprometer
na busca do cuidado integral em saúde são responsabilidades
de toda profissão da área da saúde;
335
[...] recomendações sistematicamente desenvolvidas com o objetivo de prestar a
atenção à saúde apropriada em relação a uma determinada condição de saúde,
realizadas de modo a normatizar todo o processo, ao longo de sua história
natural, cobrindo, portanto, as intervenções promocionais, preventivas, curativas,
cuidadoras, reabilitadoras e paliativas realizadas em todos os pontos de atenção
de uma rede de atenção à saúde. As linhas-guia normatizam todo o processo de
atenção à saúde, em todos os pontos de atenção, obedecendo à ação coordenadora
da atenção primária à saúde.
337
usuário não é transferido de nível de assistência, mas é atendido por
vários médicos, que prescrevem diversos medicamentos, sem haver
conciliação entre eles.
Anotações
Concluindo...
339
população não é uma questão de opção de consumo de bens e sim
uma condição necessária à recuperação da saúde, por isso um de
seus principais atributos deve ser a segurança, pois nada é isento de
riscos. Dentre essas tecnologias destaca-se o medicamento, como
um dos principais e com significativo grau de variabilidade de perfil de
segurança para o uso. Na medida em que a assistência farmacêutica
engloba também políticas e ações destinadas a contribuir com o uso
racional desses medicamentos, torna-se fundamental que haja uma
relação estreita e compartilhada entre a Vigilância Sanitária, integrada
na Vigilância em Saúde, e a Assistência Farmacêutica.
341
isso pode beneficiar é com relação à aquisição de medicamentos
para programas de endemias.
Políticas:
Tecnologias e ferramentas:
343
dados na perspectiva do desenvolvimento de ações matriciais, uma
vez que ambas as áreas atuam de modo transversal no Sistema
Único de Saúde.
VI) avaliação das intervenções. Isso já seria, por si só, uma enorme
contribuição.
Concluindo...
Anotações
345
Análise Crítica
Como tal, a atenção à saúde é perpassada por relações que, por sua
vez, geram “pressão para o consumo independente da existência ou
não das necessidades de saúde”.
São desafios que estão colocados para todos, inclusive para você!
347
CARVALHO, G. Regulamentação da Lei 8080: um Decreto com 20
anos de atraso. In: IDISA – Instituto de Direito Sanitário Aplicado
[Página da Internet]. [03 jul 2011] Disponível em: <http://www.idisa.
org.br/site/documento_5728_0__regulamentacao-da-lei-8080:-um-
decreto-com-20-anos-de-atraso.html>. Acesso em: 17 Ago. 2011.
349
Autores
Margaret Grando
http://lattes.cnpq.br/4080970088799155
Ementa da Unidade
Apresentação
Caro aluno,
Conteudistas responsáveis:
Conteudista de referência:
Conteudistas de gestão:
É isso mesmo! Cada vez mais somos “invadidos” por uma avalanche
de medicamentos, cujas consequências nem sempre são positivas.
Reflexão
Link
Reflexão
ENTRANDO NO ASSUNTO
Quadro 1 – Acontecimentos ocorridos nos últimos 70 anos relacionados a efeito adverso de medicamentos, por
ano, medicamento e efeito produzido.
Saiba Mais
Link
Reflexão
Agora reflita. Qual o impacto das RAM na vida dos usuários e nos custos
com a saúde?
• a polimedicação;
Anotações
15.000
10.000
5.000
0
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Anotações
Anotações
• Suspendeu-se a medicação?
• Houve reexposição?
Quadro 5 - Classificação das RAM, segundo a metodologia preconizada pela OMS – Avaliação da causalidade
Fonte: ARRAIS, FONTELES e COELHO, 2005.
Link
Os casos podem ser notificados eletronicamente pelo Sistema de
Notificação em Vigilância Sanitária – Notivisa (http://www8.anvisa.gov.
br/notivisa/frmlogin.asp)
Anotações
São exemplos:
Anotações
Boletins de Medicamentos
Reflexão
Reflexão
Você, como gestor, o que faz no seu município para evitar problemas na
aquisição de medicamentos, que possam refletir em danos ao usuário?
Anotações
Link
Reflexão
Alguma situação similar, mesmo que não tenha sido fatal, já aconteceu
no seu município? Qual nosso papel, como farmacêuticos, ao observar
esses fatos que têm ocorrido em relação a problemas no processo de
utilização de medicamentos?
Saiba que a prevenção dos problemas relacionados com medicamentos
ainda é a forma mais efetiva de evitá-los!
Análise Crítica
Marlene Zannin
http://lattes.cnpq.br/9563730480893621
http://lattes.cnpq.br/6391182272759310
http://lattes.cnpq.br/1123516579608143