Apostila de Meteorologia I - CAAC

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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI

CURSO SUPERIOR DE AVIAÇÃO CIVIL

METEOROLOGIA AERONÁUTICA I

Professor Dr. Edson Cabral

São Paulo

2009
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO À METEOROLOGIA AERONÁUTICA.............................................3

2. ATMOSFERA.........................................................................................................10

3. TEMPERATURA....................................................................................................13

4. UMIDADE...............................................................................................................22

5. PRESSÃO ATMOSFÉRICA...................................................................................29

6. MASSSAS DE AR E FRENTES.............................................................................38

7. ALTIMETRIA..........................................................................................................43

8. VISIBILIDADE, NUVENS E NEVOEIROS..............................................................50

9. CÓDIGOS METEOROLÓGICOS...........................................................................59

10. CARTAS METEOROLÓGICAS............................................................................74

11 TURBULÊNCIA.....................................................................................................76

12.ESTABILIDADE ATMOSFÉRICA..........................................................................80

13. TROVOADAS.......................................................................................................85

14. VENTOS E CIRCULAÇÃO ATMOSFÉRICA........................................................89

15. FORMAÇÃO DE GELO........................................................................................97

LISTAS DE TESTES................................................................................................103

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1. INTRODUÇÃO À METEOROLOGIA AERONÁUTICA

A Meteorologia é a ciência que estuda os fenômenos da atmosfera e se divide em:

• Pura: voltada para a área da pesquisa – meteorologia sinóptica, dinâmica,


tropical, polar etc.

• Aplicada: voltada para uma atividade humana – meteorologia marítima,


aeronáutica, agrícola, bioclimatologia etc.

A Meteorologia Aeronáutica é o ramo da meteorologia aplicado à aviação e que


visa, basicamente, a segurança, a economia e a eficiência dos vôos.

A Meteorologia Aeronáutica vem obtendo, nas últimas décadas, um alto grau de


desenvolvimento de técnicas de observação/previsão e sofisticação de equipamentos,
acompanhando paralelamente a evolução da aviação e, nisso contribuindo para um maior
grau de segurança e economia das operações aéreas.

1.1. BREVE CRONOLOGIA DA METEOROLOGIA NO SÉCULO XX

• 1920 – A Organização Meteorológica Internacional (OMI) cria a Comissão Técnica de


Meteorologia Aeronáutica;

• Anos 30 – a meteorologia tem grande impulso com a elaboração da teoria das frentes
(Escola Norueguesa);

Figura 1 – Aeronave da Marinha Norte Americana com um meteorógrafo preso às


asas registrando pressão, temperatura e umidade em 13 de dezembro de 1934.

fonte: http://www.photolib.noaa.gov/historic/nws/nwind18.htm

• Anos 30 (final) – introdução da Radiossonda:

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Figuras 2 e 3 – Meteorologistas preparando e lançando radiossondas

fonte: http://www.noaa.gov

• Anos 40 – utilização do Radar na Meteorologia;

Figura 4 - Radar de superfície

Fonte: http://www.noaa.gov

• Anos 50 (início) – introdução da previsão meteorológica numérica (Análise Sinótica e


Previsão de Macro-Escala);

• 1954 - A Organização de Aviação Civil Internacional (OACI/ICAO) e a Organização


Meteorológica Mundial (OMM/WMO) firmam acordo de mútua cooperação;

• 1960 – Lançamento do 1o satélite meteorológico – TIROS;

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Figuras 5 e 6 – Fotografia do equipamento e da primeira imagem do Satélite TIROS

Fonte: http://www.noaa.gov.

• Últimas décadas – Aplicação do Radar Doppler na Aviação;

• 1994 – Implantação do Supercomputador do INPE

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• Tempos recentes – difusão crescente da Internet na troca de informações
meteorológicas e melhoria dos modelos de previsão e nos equipamentos de detecção de
fenômenos adversos à aviação (turbulência, nevoeiros etc.).

1.2. ORGANIZAÇÃO DA METEOROLOGIA

Dois organismos internacionais ligados à ONU (Organização das Nações Unidas)


regem as atividades ligadas à Meteorologia Aeronáutica em termos mundiais: a OACI
(Organização de Aviação Civil Internacional) ou ICAO (International Civil Aviation
Organization), com sede em Montreal (Canadá) e a OMM (Organização Meteorológica
Mundial) ou WMO (World Meteorological Organization), com sede em Genebra (Suíça).

A OACI é o órgão dedicado a todas atividades ligadas à aviação civil internacional,


sendo um de seus principais objetivos possibilitar a obtenção de informações
meteorológicas necessárias para a maior segurança, eficácia e economia dos vôos.

A OMM é um organismo das Nações Unidas, que auxilia tecnicamente a OACI no


tocante à elaboração de normas e procedimentos específicos de Meteorologia para a
aviação, assim como no treinamento de pessoal da área.

Em termos globais, existem dois Centros Mundiais de Previsão de Área ou WAFC


(World Area Forecast Center), Washington e Londres, responsáveis pela elaboração de
Cartas Meteorológicas de Tempo Significativo (SIGWX) e de Cartas de Vento em vários
níveis de altura (WIND ALOFT PROG) de várias partes do planeta.

Além dos dois Centros Mundiais de Previsão, existem no mundo, dezesseis Centros
Regionais de Previsão de Área (CRPA) ou RAFC (Regional Area Forecast Center) e destes,
na América do Sul, se localizam os Centros de Buenos Aires e de Brasília. Os demais
Centros Regionais se localizam em Bangkok, Cairo, Dakar, Darwin, Frankfurt, Honolulu, Las
Palmas, Miami, Moscou, Nairobi, Paris, Roma, Tókio e Wellington.

No Brasil, o Centro Regional de Previsão de Área denomina-se Centro Nacional de


Meteorologia Aeronáutica (CNMA) e é o órgão que coleta todas as informações
meteorológicas básicas fornecidas pela rede de estações meteorológicas e posteriormente
faz a análise e o prognóstico do tempo significativo para sua área de responsabilidade –
entre os paralelos 12oN/40O S e meridianos 010O W/080O W. As Cartas de tempo
significativo (SIGWX) são repassadas aos demais centros da rede, além das previsões
recebidas dos Centros Mundiais de Previsão (WAFC) e outras informações meteorológicas
de interesse aeronáutico.

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Para desempenhar as atividades relacionadas à navegação aérea, a meteorologia
brasileira está estruturada sob a forma de uma rede de centros meteorológicos (RCM) e
estações de coleta de dados meteorológicos (REM).

Além do Centro Nacional de Meteorologia Aeronáutica, existem outros Centros


Meteorológicos Nacionais como os Centros Meteorológicos de Aeródromo (CMA),
localizados em aeródromos com o objetivo de prestar apoio meteorológico à navegação
aérea e classificados em classes de 1 a 3, de acordo com suas atribuições, assim como os
Centros Meteorológicos de Vigilância (CMV) responsáveis por monitorar as condições
meteorológicas de sua área de vigilância, apoiando os órgãos de Tráfego Aéreo e as
aeronaves que voam em suas respectivas Regiões de Informação de Vôo (FIR)) e
expedindo as mensagens AIRMET e SIGMET. Os Centros Meteorológicos de Aeródromo
Classe I são responsáveis pela elaboração de mensagens do tipo TAF (Terminal Aerodrome
Forecast), GAMET, WS WARNING e Avisos de Aeródromo, que serão abordados de forma
detalhada no capítulo de Códigos Meteorológicos.

Completando a Rede de Centros, existem também os Centros Meteorológicos


Militares (CMM), que atuam exclusivamente para atender a aviação militar.

A Rede de Estações Meteorológicas é composta, por sua vez, de Estações


Meteorológicas de Superfície (EMS), Estações Meteorológicas de Altitude (EMA), Estações
de Radar Meteorológico (ERM) e Estações de Recepção de Imagens de Satélite (ERIS).

A Rede de Estações Meteorológicas coleta, processa, registra e difunde dados


meteorológicos de superfície e altitude visando dar suporte à navegação aérea.

As Estações Meteorológicas de Superfície (EMS) objetivam coletar e processar


dados meteorológicos de superfície para fins aeronáuticos e sinóticos e são localizadas em
aeródromos. São responsáveis pela confecção dos Boletins METAR e SPECI, com as
condições de tempo presente dos aeroportos.

As Estações Meteorológicas de Altitude coletam, por intermédio de


Radiossondagem, dados de pressão, temperatura, umidade, direção e velocidade do vento,
em vários níveis da atmosfera.

As Estações de Radar Meteorológico (ERM) tem como escopo realizar a vigilância


contínua na área de cobertura dos radares e divulgar as informações obtidas de forma
rápida e confiável aos Centros Meteorológicos de Vigilância.

As Estações de Recepção de Imagens de Satélites (ERIS) tem como objetivo obter


as imagens de satélites meteorológicos nos canais visível e infravermelho, complementando
os dados necessários para os centros meteorológicos para a elaboração de previsões.

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A responsabilidade das atividades da meteorologia aeronáutica no Brasil está a
cargo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo – DECEA (do Comando da
Aeronáutica) e da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (INFRAERO), que é
responsável, nesse sentido, por uma grande parte desses serviços em todo o território
nacional.

Como membro da OACI, o Brasil assumiu compromissos internacionais com vistas a


padronizar o serviço de proteção ao vôo de acordo com os regulamentos dessa
organização. Sendo assim, o DECEA normaliza e fiscaliza os serviços da área de
Meteorologia conforme os padrões da OMM, OACI e interesses nacionais.

ONU

OACI OMM
(ICAO) (WMO)

COMANDO DA MINISTÉRIO DA COMANDO DA


AERONÁUTICA AGRICULTURA, MARINHA
PECUÁRIA E
ABASTECIMENTO

DECEA INMET DHN

REM RCM

Figura 7 – Organograma de organizações da área de


Meteorologia.

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2. ATMOSFERA

O primeiro papel da atmosfera no clima é o efeito térmico regulador, além de


proteger o planeta contra meteoritos. Na hipótese de sua ausência, a temperatura diária
oscilaria entre 110ºC de dia e -185ºC durante a noite.

Esquematicamente, a atmosfera é um envoltório gasoso que se compõe de 78% de


nitrogênio, 21% de oxigênio e 1% de outros gases (argônio (0,92%), hélio, hidrogênio, óxido
de carbono, dióxido de carbono, amônia, neônio, xenônio, ozônio etc.). Além disso, contém
vapor d’água, água em estado líquido, sob forma de gotículas em suspensão, cristais de
gelo e micro-partículas (poeira, cinzas e aerossóis).

O vapor d’água, apesar do importante papel na existência dos inúmeros fenômenos


meteorológicos, se apresenta em quantidades variáveis, porém não faz parte da
composição básica da atmosfera.

A atmosfera é composta por várias camadas: Troposfera, Tropopausa, Estratosfera,


Ionosfera ou Termosfera, Exosfera e Magnetosfera.

A Troposfera é a camada mais próxima da superfície terrestre e sua altura varia,


conforme a latitude:

• 7 a 9 km nos pólos (maior compressão dos gases devido à menor temperatura)

• 13 a 15 km nas latitudes temperadas

• 17 a 19 km no equador (atmosfera mais expandida devido à maior temperatura)

Nas faixas de baixas latitudes, próximas ao equador, a maior incidência de radiação


solar faz com que as moléculas de ar sejam mais expandidas e a altura da troposfera seja
maior e, em direção aos polos, com temperaturas cada vez menores, a troposfera se torna
cada vez menor.

Grande parte dos fenômenos meteorológicos ocorre na Troposfera, devido ao alto


teor de vapor d’água, a existência dos núcleos de condensação ou higroscópios (areia,
poeira, sal, fuligem, pólens, bactérias etc.), e ao aquecimento ou resfriamento por radiação.
Cerca de 75% do ar atmosférico se concentra nesta camada.

Na Troposfera a temperatura decresce com a altitude, na vertical, da ordem de,


aproximadamente, 0,65ºC/100 m ou 2ºC/1.000 ft (gradiente térmico vertical).

A Tropopausa, por sua vez, é a camada que separa a parte superior da Troposfera
da Estratosfera; possui cerca de 3 a 5 km de espessura e, da mesma forma que a
Troposfera, é mais alta na área do Equador do que em direção aos Pólos. A principal

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característica da Tropopausa é a isotermia, ou seja, seu gradiente térmico vertical é
isotérmico, com a temperatura praticamente invariável na vertical.

A Estratosfera é a camada seguinte da atmosfera, que alcança até aproximadamente


70 km de altitude. A principal característica desta camada é o aumento da temperatura com
a altitude (inversão térmica). Entre 20 e 50 km de altitude se verifica a Ozonosfera , ou
camada de ozona ou ozônio, que atua como um filtro protegendo a Terra contra a radiação
ultravioleta.

A Ionosfera ou Termosfera é uma camada eletrizada, que vai de 70 km até cerca de


400 a 500 km de altitude. A ionização da camada ocorre pela absorção dos raios gama,
raios X e ultravioleta do Sol. Esta camada auxilia na propagação das ondas de rádio.

A Exosfera tem seu topo a aproximadamente 1.000 km de altitude, com a mudança


da atmosfera terrestre para o espaço interplanetário; esta camada também é muito ionizada,
porém o ar é muito rarefeito, impossibilitando a filtragem de radiação solar.

A Magnetosfera é o próprio espaço interplanetário, cujo limite varia em torno de


60.000 a 100.000 km da Terra.

Figura 8 – Camadas da atmosfera

Fonte: http://www.fisicaecidadania.ufjf.br/conteudos/outros/meteorologia/meteorologia3.html

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03. TEMPERATURA

A temperatura pode ser definida como o grau de calor de uma substância ou a


medida da energia de movimento das moléculas: um corpo quente consiste de moléculas
movimentando-se rapidamente e vice-versa.

Instrumentos – As temperaturas são medidas pelos termômetros e registradas


pelos termógrafos.

O aumento ou diminuição da temperatura faz com que o líquido contido no interior


dos termômetros (mercúrio ou álcool) se expanda ou retraia dando uma indicação numérica,
em uma das seguintes escalas termométricas – Celsius, Fahrenheit, Kelvin.

Na escala Celsius (ºC) o zero corresponde à temperatura de solidificação da água e


100ºC de sua ebulição.

Na escala Fahrenheit (ºF) o zero ºC corresponde a 32ºF e 212ºF a 100ºC.

Na escala Kelvin (ºK), por sua vez, o zero corresponde a –273ºC ou zero absoluto.

Nos aeroportos o parâmetro temperatura é medido pela leitura do termômetro de


bulbo seco de um psicrômetro indicando a temperatura do ar e, em alguns aeródromos, por
meio de um termômetro colocado acima de uma placa semelhante à pista do aeródromo,
mostrando a temperatura do ar ambiental da pista. Em altitude, obtém-se a indicação de
temperatura por meio de termômetros no interior das aeronaves e também nos balões de
radiossondagem.

Em estações meteorológicas de superfície de aeródromos que não operam 24 horas,


são utilizados também os termômetros de máxima e mínima.

Figura 9 – Termógrafo

Fonte: http://www.meteochile.cl

11
Figura 10 – Termômetro de máxima e mínima

Fonte: http://www.meteochile.cl

Figura 11 - Sensor de temperatura de pista do

Aeroporto de Guarulhos

Fonte: CABRAL, E.

Conversão – Tendo em vista as diferentes Escalas Termométricas, em algumas situações é


necessário fazer a conversão, por exemplo, da escala Celsius em Fahrenheit e vice-versa,
conforme fórmula mostrada abaixo.

C = F- 32

5 9

Obs.: Nos computadores de bordo existe uma régua para a conversão das respectivas
escalas.

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Propagação do calor – A propagação do calor na atmosfera é feita por intermédio
de 4 processos:

Radiação: ocorre com a transferência do calor através do espaço; ex.: radiação solar
– com a transformação de energia térmica do sol (6000ºK) em radiação eletromagnética
(ondas curtas) que atingem a atmosfera e a superfície terrestres.

Condução: é a transferência de calor de molécula a molécula, como por exemplo,


nos metais. O ar rarefeito, por sua vez, é um péssimo condutor de calor, assim como
elementos como cortiça, amianto, feltro, lã etc.

Ex.: Ao aquecermos continuamente a ponta de uma haste de ferro ocorrerá o aquecimento


de toda a sua superfície pelo processo de condução de calor.

Convecção: transferência de calor por meio de movimentos verticais do ar, com a


formação de correntes ascendentes e descendentes, denominadas “correntes convectivas”.

Ex.: Em um dia de verão, a radiação solar aquece a superfície de uma região e o ar na


camada inferior da troposfera, por se tornar mais leve e quente, ascende para níveis mais
elevados por meio das correntes convectivas, podendo formar nuvens cumulus e
posteriormente cumulonimbus.

Advecção: transferência de calor por intermédio de movimentos horizontais do ar


como, por exemplo, pelo transporte pelos ventos.

Figura 12 – Mecanismos de transferência de calor

Fonte: GRIMM

Densidade do ar: a densidade pode ser definida como a relação entre a massa ou
quantidade de determinada substância e o seu volume. Nos níveis inferiores da atmosfera o
ar apresenta uma maior concentração de moléculas, diminuindo conforme aumenta a
altitude; portanto, a densidade do ar é inversamente proporcional à altitude. A temperatura

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também influi na densidade do ar, visto que, por exemplo, o ar quando aquecido se torna
mais leve e se expande (menor densidade).

Temperaturas do ar em voo – Os termômetros colocados a bordo das aeronaves


sofrem pequenos erros, durante os vôos, devido à radiação solar direta, a compressão e o
atrito do ar. Com relação a esse parâmetro, existem os seguintes tipos de leituras de
temperatura de bordo:

IAT (Indicated Air Temperature) – temperatura indicada no termômetro de bordo.

CAT (Calibrated Air Temperature) – temperatura indicada mais a correção


instrumental.

TAT (True Air Temperature) – temperatura do ar verdadeira; é a temperatura


calibrada mais a correção do erro provocada pelo atrito do ar com a aeronave.

Variação da temperatura

Diária - Devido ao movimento de rotação da terra, existe uma variação


diurna/noturna da temperatura, sendo que o seu valor máximo ocorre por volta das 16
horas, após o aquecimento da superfície e o valor mínimo próximo do nascer do sol.

Latitudinal - De acordo com a curvatura e a inclinação da terra, a região que mais


recebe energia solar, durante o ano, é a localizada entre as latitudes de 23º N e 23ºS
(região tropical) e dentro desta, existe uma região mais aquecida – equador térmico, cuja
posição média é 5ºN, variando em latitude de acordo com a estação do ano.

Sazonal - Em razão das diferentes estações do ano, motivada pela inclinação do


eixo norte-sul da Terra, conjuntamente com o movimento de translação (revolução) –
movimento da terra em torno do sol, verifica-se uma variação sazonal das temperaturas no
globo terrestre. Ocorre um movimento aparente do sol desde o Trópico de Câncer, em junho
até o Trópico de Capricórnio, em dezembro. Nos meses de março e setembro a radiação
solar se distribui de maneira semelhante nos dois hemisférios, porém, nos demais períodos,
sempre um dos hemisférios está mais exposto à radiação solar.

Amplitude térmica – é a diferença entre as temperaturas máxima e mínima de um


local. Os desertos, por exemplo, devido à baixa umidade relativa do ar e quase ausência de
nuvens, possuem alta amplitude térmica diária, podendo variar de –30ºC (noite) até cerca de
50ºC (dia). As regiões litorâneas, tendo em vista a existência de maior umidade no ar
(regulador térmico) pode apresentar, por exemplo, extremos de temperatura de 30ºC (dia) e
20ºC (noite).

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Efeito estufa – A energia solar, ao penetrar na atmosfera, é parcialmente absorvida
por constituintes do ar (O!, CO", vapor d´ água etc.) sofrendo uma atenuação. A energia
solar absorvida pela superfície da terra provoca seu aquecimento. A superfície aquecida
passa a irradiar calor, uma parte da qual é absorvida por nuvens e por partículas em
suspensão. Uma parte do calor absorvido por nuvens e por poeiras é devolvida à superfície,
se constituindo no efeito estufa, que se trata, portanto, de um fenômeno natural, porém,
podendo ser agravado com a poluição atmosférica e tendendo a tornar a terra mais
aquecida.

Figura 13: Efeito estufa

Fonte: http://www.ecoequilibrio.hpg.ig.com.br

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Gradiente térmico vertical – é a variação da temperatura com a altitude, tendo em
vista a distribuição decrescente de moléculas de ar na troposfera. O gradiente térmico
vertical padrão na troposfera é da ordem de 0,65ºC/100 m ou 2ºC/1000 pés (ft).

Inversão térmica – é o fenômeno que ocorre quando, em uma determinada porção


da atmosfera, a temperatura aumenta com a altitude. É comum nos períodos de outono e
inverno devido ao resfriamento da superfície durante as noites e madrugadas e o
surgimento de uma camada superior de inversão. Outros tipos de inversão térmica podem
estar associados a frentes e subsidência em altitude. Obs: O sol é a única fonte de energia
importante para a terra. A energia solar é a causa responsável por todos os fenômenos
meteorológicos que ocorrem na atmosfera terrestre. A energia solar, ao atingir a superfície
da terra, provoca seu aquecimento e essa superfície passa a irradiar calor e atuar nos
processos atmosféricos.

Albedo

É a relação entre o total de energia refletida e o total da energia que incide sobre
uma superfície. O albedo médio da terra é 0,35 (35%).

As superfícies claras como neve ou topos de nuvens cumuliformes (cumulus e


cumulonimbus) apresentam alta refletividade (albedo) e superfícies escuras como o asfalto
apresentam baixa refletividade e altas taxas de absorção.

A seguir são mostradas duas tabelas com valores de albedo, ou taxas de


refletividade, em vários tipos de nuvens e várias superfícies distintas.

Tabela 1 - Albedo de vários tipos de nuvens:


Tipo de nuvem Albedo %

Cumuliforme 70-90

Cumulonimbus: Grande e Espessa 92

Stratus (150-300 metros de espessura) 59-84

Stratus de 500 metros de espessura, sobre 64


o oceano

Stratus fino sobre o oceano 42

Altostratus 39-59

Cirrostratus 44-50

Cirrus sobre o continente 36

Fonte: Ayoade, 1986, p. 28

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Tabela 2 - Albedo de vários tipos de superfície

Superfície Albedo %

Solo negro e seco 14

Solo negro e úmido 8

Solo nu 7-20

Areia 15-25

Florestas 3-10

Campos naturais 3-15

Campos de cultivo secos 20-25

Gramados 15-30

Neve recém-caída 80

Neve caída há dias ou semanas 50-70

Gelo 50-70

Água, altitude solar > 40° 2-4

Água, altitude solar 5-30° 6-40

Cidades 14-18

Fonte: Ayoade, 1986, p. 29

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4. UMIDADE

A umidade atmosférica é o teor de vapor d’água presente na atmosfera.

As fontes de umidade principais se encontram nos oceanos, lagos, pântanos, solo


úmido e vegetação.

Em relação à umidade atmosférica, duas são as formas de mensurá-la, calculando a


umidade absoluta e também a umidade relativa.

A umidade absoluta é a quantidade, em gramas, de vapor d’água por unidade de


volume, em metros cúbicos, de ar. O máximo de vapor d’água que o ar pode conter é 4% de
seu volume (significando ar saturado com 100% de Umidade Relativa) e este é proporcional
à temperatura, ou seja, quanto maior a temperatura, maior o conteúdo de umidade que uma
parcela de ar poderá conter, conforme mostrado na tabela 3.

TABELA 3 – VALORES DE CONTEÚDO DE UMIDADE NO PONTO DE SATURAÇÃO

PARA VÁRIAS TEMPERATURAS (Gates, 1972)

Temperatura (ºC) Conteúdo de umidade (g/m!)


-15 1,6
-10 2,3
-5 3,4
0 4,8
10 9,4
15 12,8
20 17,3
25 22,9
30 30,3
35 39,6
40 50,6
Fonte: Ayoade, J.O., 1986, p. 144

O ar úmido é mais leve que o ar seco, pois as moléculas de vapor d’ água (peso
molecular) são mais leves que as moléculas de nitrogênio e oxigênio.

A umidade relativa, por sua vez, indica a concentração de vapor d’água na


atmosfera. É a relação entre a quantidade de vapor d’água existente no ar e o que poderia
conter sem ocorrer saturação em condições iguais de temperatura e pressão. O excedente
condensa, isto é, volta ao estado líquido sob a forma de gotículas (nevoeiros ou nuvens),
podendo ficar em suspensão na atmosfera ou precipitar-se. Mede-se a umidade relativa com
o psicrômetro (por intermédio de tabelas) ou diretamente com o higrômetro. Ex.: 1% de vapor
d´água = 25% UR

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O psicrômetro é formado por um par de 2 termômetros de onde se extrai a
temperatura do ar, temperatura do bulbo úmido, ponto de orvalho (temperatura até a qual o
ar precisa resfriar-se para que o teor de umidade atinja a saturação) e umidade relativa do
ar.

Outro conceito importante é o de temperatura do ponto de orvalho, definido como


aquela até a qual o ar precisa resfriar-se para que o teor de umidade atinja a saturação.

Obs.: Nos Boletins METAR aparece juntamente com a temperatura do ar – ex.: 20/15
(temperatura do ar 20ºC e temperatura do ponto de orvalho 15ºC); a diferença entre esses
dois valores indica maior ou menor umidade relativa do ar.

CICLO HIDROLÓGICO

O ciclo hidrológico “inicia-se” com a evaporação (transformação de um líquido em


gás ou vapor) das superfícies líquidas do planeta. Estima-se que evaporação média anual
dos oceanos seja de 1.400 mm. Cerca de 20% desse volume é transferido para os
continentes, onde vai provocar precipitação. O processo é dez vezes mais intenso nas
latitudes intertropicais em relação às médias e altas e mais importante no hemisfério sul,
que tem 4/5 de sua superfície ocupada por oceanos.

Figura 14. Ciclo hidrológico


Fonte: http://sustentavel-habilidade.blogspot.com/

Na atmosfera, dentro do Ciclo hidrológico, ocorrem várias mudanças de estado,


como a sublimação, condensação, solidificação, evaporação e fusão, conforme
detalhamento a seguir.

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! Sublimação – vapor – sólido (vapor d’água para cristais de gelo) ou sólido-vapor
(cristais de gelo para vapor d’água) – ex: formação de nuvens cirrus.

! Condensação – estado gasoso – estado líquido (vapor d’água para gotículas) – ex.:
nuvens e nevoeiros.

! Solidificação (congelação) – estado líquido – estado sólido.

! Evaporação – estado líquido – estado de vapor

" Evaporação – natural (superfícies como lagos e oceanos)

" Ebulição (artificial)

! Fusão – estado sólido – estado líquido – ex: derretimento de neve ou granizo.

HIDROMETEOROS

São fenômenos meteorológicos formados pela agregação de moléculas de vapor


d´água em torno de núcleos de condensação ou higroscópicos (sal marinho, fuligem, pólens,
poeira, areia) por meio dos processos de condensação ou sublimação. Podem ser
depositados, suspensos ou precipitados.

Depositados

• Orvalho – condensação de vapor d´água sobre superfície mais fria.

• Geada – sublimação do vapor com temperatura por volta de 0°C –

Em princípio as geadas não causam grandes danos à aeronavegabilidade e podem se


formar tanto no solo quanto em vôo, depositando-se em fina camada, aderindo aos
bordos de ataque, pára-brisa e janelas dos aviões. Quando a aeronave desce de uma
camada superesfriada para uma camada úmida e mais quente, poderá haver a formação
de um gelo leve, macio e pouco aderente, que pode ser removido pelos métodos
tradicionais, porém o gelo pode reduzir momentaneamente a visibilidade do piloto devido
à sublimação no pára-brisa, devendo esse gelo ser removido com o uso dos próprios
limpadores. As geadas ocorrem também em superfície, particularmente em noites claras
de inverno, devido à perda radiativa, em ondas longas, do calor do solo para o espaço.

• Escarcha – sublimação do vapor d´água em superfícies verticais como árvores.

Suspensos

• Nuvens – gotas d´água ou cristais de gelo, de acordo com a altura em que se formam.

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• Nevoeiro – gotas d´água ou cristais de gelo restringindo a visibilidade horizontal a menos
de 1000 metros, com elevados valores de umidade relativa do ar, geralmente próximos a
100%, causando riscos às operações aéreas.

• Névoa úmida – gotas d´água com UR >= 80% e visibilidade horizontal >= 1000 metros e
até 5000 (nos boletins METAR)

Precipitados

• Caracterizam-se pelo tipo (chuva, chuvisco, neve, granizo e saraiva), intensidade (leve,
moderada ou forte) e caráter (intermitente, contínua ou pancadas)

• Chuva – gotículas d´água que caem das nuvens e tem diâmetros >= 0,5 mm

• Chuvisco – gotículas d´água que precipitam das nuvens baixas (stratus) e podem reduzir
significativamente a visibilidade horizontal – gotículas com diâmetros < 0,5 mm

• Neve – precipitação sob a forma de flocos de gelo com temperaturas próximas a 0°C –
No Brasil existe pouca ocorrência de neve, quase que exclusivamente no sul do país,
particularmente no inverno.

• Granizo – precipitação sob a forma de grãos de gelo com diâmetros < 5 mm


(provenientes de cumulonimbus)

• Saraiva – precipitação de grãos de gelo >= 5 mm (CB)

LITOMETEOROS

• Fenômenos meteorológicos que ocorrem com a agregação de partículas sólidas


suspensas na atmosfera – UR < 80 %

• Névoa seca – partículas sólidas (poluição) que restringem a visibilidade entre 1000 e
5000 metros (METAR)

• Poeira – partículas de terra em suspensão

• Fumaça – partículas oriundas de queimadas – distingue-se pelo odor.

Obs.: nas regiões centro-oeste e norte do país, os episódios de névoa seca e fumaça
ocasionados pelas queimadas e devido à baixa umidade do ar levam à reduções críticas de
visibilidade, principalmente no final de inverno e primavera. Aeródromos situados nessas
regiões podem apresentar restrições às operações aéreas por dias consecutivos. Dados do
antigo Departamento de Aviação Civil, relativos a um período de 5 anos, mostram 2
acidentes aéreos ocorridos em 2002 associados à presença de fumaça (Guarantã do Norte
– MT e Fazenda Tarumã – PA)

21
INSTRUMENTOS METEOROLÓGICOS

Figura 15 – Foto interna do abrigo meteorológico da Estação Meteorológica de Vargem, SP,


pertencente à SABESP, contendo um psicrômetro, termômetros de máxima e mínima,
higrotermômetro digital, microbarógrafo e higrotermógrafo. Fonte: CABRAL, E.

INSTRUMENTOS PARA A MENSURAÇÃO DA UMIDADE

Figura 16 – Higrômetro analógico, higrotermômetro digital, psicrômetro giratório e


psicrômetro fixo.

Fonte: http://www.iope.com.br

22
5. PRESSÃO ATMOSFÉRICA

A pressão atmosférica é definida como o peso exercido por uma coluna vertical de ar
sobre a superfície.

Figura 17 – Esquema de representação da pressão atmosférica. Fonte: Silva, M.A.V.

A unidade de medida da pressão atmosférica é o hectopascal (hPa), que substituiu a


antiga unidade milibar (mb), em homenagem a Pascal, cientista que, pela primeira vez,
demonstrou a influência da altitude na variação da pressão.

A pressão média, ao nível do mar, é admitida como sendo 1.013,25 hPa ou 1 AT


(Atmosfera). Verticalmente, nas camadas inferiores da troposfera, a pressão decresce, em
altitude, à razão de 1 hPa a cada 9 metros. A pressão diminui com a altitude, pois há a
diminuição da coluna de ar, se tornando o ar cada vez mais rarefeito.

Figura 18 – Variação da pressão com a altitude. Fonte: http://www.geog.ouc.bc.ca/physgeog/home.html

23
Instrumentos

O instrumento que mede a pressão é o barômetro e os que registram são o


barógrafo e o microbarógrafo.

Exemplos:

• Barômetro de mercúrio (hidrostático)

• Barômetros aneróides (elásticos) – microbarógrafo, altímetro.

Figura 19 – Foto de um barômetro de mercúrio.

Fonte: http://www.meteochile.cl

Figura 20 – Foto de um microbarógrafo

Fonte: http://www.meteochile.cl

24
Figura 21 - Foto de barômetro analógico. Fonte: http://www.meteochile.cl

Figura 22 - Foto de altímetro. Fonte: http://www.meteochile.cl

VARIAÇÃO DE PRESSÃO:

Diária – Na região intertropical, devido a alterações dos valores diurnos e noturnos


de temperatura e umidade, ocorre, em situações de tempo relativamente estável uma “maré
barométrica” com pressões mais elevadas às 10 e 22 horas e menores às 04 e 16 horas. A
maré barométrica pode não ocorrer, por exemplo, quando na presença de um sistema
frontal ou linha de instabilidade no local.

Figura 23 – Maré barométrica a partir do diagrama de um microbarógrafo. Fonte: E-FLY,


2002.

25
Dinâmica – de acordo com os deslocamentos das massas de ar/sistemas. Ex.: Se
uma massa de ar mais fria ou mais seca se desloca para uma determinada região, a
pressão aumenta e, se uma massa de ar mais quente ou mais úmida se desloca, haverá a
diminuição da pressão atmosférica à superfície.

Altitude – a pressão varia inversamente com a altitude. Um aeródromo situado ao


nível médio do mar apresenta, em relação a outro aeródromo próximo, situado a uma
altitude mais elevada, pressão atmosférica maior. Obs.: Variação de Pressão com a altitude
› 1 hPa ~ 30 Pés ~ 9 Metros.

SISTEMAS DE PRESSÃO

Alta pressão – denominado anticiclone, mostra pressões maiores em direção ao


centro e circulação divergente (sentido horário no h. Norte e anti-horário no h. Sul). Associa-
se normalmente com tempo estável devido à subsidência do ar.

Figura 24 – Esquema de sistema de Alta Pressão na América do Sul. Fonte: Silva, M.A.V.

Crista – área alongada de altas pressões, onde predomina o tempo estável.

Baixa pressão – denominado ciclone, apresenta pressões menores em direção ao


seu núcleo e circulação convergente (sentido anti-horário no hemisfério norte e horário no
hemisfério sul). Associa-se usualmente com tempo instável devido à confluência e ascensão
dos fluxos de ar.

Cavado – área alongada de baixas pressões onde predomina o tempo instável,


podendo estar associadas linhas de instabilidades e frentes, prejudicando as operações
aéreas.

26
Figura 25 – Esquema de sistema de Baixa Pressão na América do Sul. Fonte: Silva, M.A.V.

Obs.: o processo de formação e desenvolvimento de um centro de baixa pressão é


denominado de ciclogênese.

Colo – região localizada entre dois sistemas de altas e dois sistemas de baixas
pressões (vide figura 27); apresenta normalmente ventos com direções variáveis, porém
com pouca intensidade.

Se considerarmos o Globo terrestre, zonalmente e em macro-escala, a distribuição das


pressões obedecem ao seguinte esquema, em ambos os hemisférios:

• latitude zero = baixas pressões

• latitude 30º = altas pressões

• latitude 60º = baixas pressões

• latitude 90º = altas pressões

Os maiores desertos do mundo (África, EUA, Austrália, Índia etc.) ficam sob os
cinturões de altas pressões (latitudes de aproximadamente 30º), inibindo a formação de
nuvens e precipitação.

As áreas de baixas pressões (ciclônicas) apresentam, via de regra, maiores totais


pluviométricos, situando-se nas latitudes próximas de 0º e 60º.

27
Figura 26 – Sistemas atmosféricos do globo. Fonte: Jeppesen, 2004.

Figura 27 - Exemplo de Carta Sinótica da América do Sul. Fonte: http://www.mar.mil.br

28
Obs.: Os valores de pressão obtidos em locais com altitudes diferentes, antes de
serem comparados, são convertidos ao nível médio do mar em valores de pressão
denominados QFF, aplicando-se a correção correspondente à altitude de cada um deles.
Linhas que unem pontos de igual pressão chamam-se isóbaras.

Figura 28 – Simbologia utilizada em Cartas Sinóticas

Fonte: http://www.mar.mil.br

29
6. MASSAS DE AR E FRENTES

As massas de ar são definidas como porções de ar de grandes dimensões que


apresentam uma certa homogeneidade em relação à temperatura e umidade. A tabela 4
mostra a classificação das massas de ar conforme a região de origem, temperatura e teor
de umidade.

Tabela 4 – Classificação das massas de ar

REGIÃO DE ORIGEM EQUATORIAL (E)

TROPICAL (T)

POLAR (P)

COM RELAÇÃO Á TEMPERATURA QUENTE (W)

FRIA (K)

COM RELAÇÃO Á UMIDADE CONTINENTAL (C) = SECA

MARÍTIMA (M) = ÚMIDA

REPRESENTAÇÃO DAS MASSAS DE AR:

As massas de ar podem ser representadas por 3 LETRAS – grau de umidade, REGIÃO DE


ORIGEM e temperatura. Exemplos de massas de ar:

! mEw – marítima equatorial quente

! mTw – marítima tropical quente

! cPk – continental polar fria

MASSAS DE AR QUE ATUAM NO BRASIL

! Região Amazônica – Predomina a Massa Equatorial (cEw e mEw) – alto grau de


temperatura e umidade – forma nuvens de grande desenvolvimento vertical e intensas
precipitações. No verão, parte da nebulosidade formada na região amazônica se desloca
para as regiões centro oeste e sudeste, caracterizando o fenômeno da ZCAS (Zona de
Convergência do Atlântico Sul).

! Massa Tropical (cTw e mTw) - centro de Alta Pressão varia de 15º S (inverno) a 30ºS
(verão) e domina grande parte do território; no inverno o centro de Alta se localiza
sobre o Planalto Central, ocasionando forte seca e inversões de temperatura; no verão
se localiza mais ao sul, provocando o bloqueio das massas polares.

30
! Massa Polar – Pk – principalmente no inverno e primavera escoam da Antártida pelo sul
do continente sul americano e atingem o Brasil; algumas delas atravessam os Andes,
pelo Chile e, pelo efeito Föehn, provocam névoas na Patagônia e sul da Argentina; ao
atravessar o Uruguai e sul do Brasil, novamente se intensificam chegando frias e úmidas
sobre o Sudeste brasileiro. Ocasionalmente atingem a região amazônica no inverno, com
forte intensidade, abaixando fortemente a temperatura (“friagem”).

O avanço de massas de ar sobre superfícies de características diferentes provoca o


surgimento de frentes, que são áreas de baixa pressão entre essas massas de ar,
causando instabilidade atmosférica, muita nebulosidade e precipitação. As frentes estão,
portanto, na transição de massas de ar diferentes.

Figura 29 – Esquema de frente fria e frente quente. Fonte: www.pfysicalgeography.net/fundamentals/7s.html

Existem 4 tipos de frentes, a frente fria, a frente quente, a frente estacionária ou


quase estacionária e a frente oclusa.

Os indícios do avanço frontal são os seguintes:

! Aparecimento de nuvens cirrus no céu

! Elevação da temperatura

! Diminuição da pressão atmosférica

! Variação nos ventos – Hemisfério Sul – sopra vento NW quando há a aproximação


de uma frente fria e flui de NE quando antecede uma frente quente.

31
Principalmente na área próxima às latitudes de 60º norte e 60º sul, devido ao choque
de ar polar e ar tropical nessas regiões, ocorre a formação de frentes, que recebe o nome
de frontogênese. O processo de dissipação de uma frente é denominado de frontólise.

A faixa de nebulosidade e de mau tempo, com até 60 km de largura, com a presença


de várias nuvens cumulonimbus (Cb) recebe a denominação de linha de instabilidade, que
se forma nas latitudes temperadas e subtropicais antes da chegada de uma frente fria de
rápido deslocamento.

Uma frente fria surge quando uma massa de ar frio empurra uma massa de ar
quente, ocupando o lugar desta. A frente fria é justamente a área de embate entre essas
duas massas de ar.

Características principais:

Deslocamento:

! Hemisfério Sul – SW para NE

! Hemisfério Norte – NW para SE

! Instabilidade devido à ascensão do ar quente, com a formação de nebulosidade


cumuliforme e chuvas em forma de pancadas, além de trovoadas;

! Nevoeiro pós-frontal.

A frente quente surge quando uma massa de ar quente avança sobre uma massa
de ar frio e ocupa seu lugar; às vezes pode se caracterizar como o retorno da massa de ar
frio que sofreu alterações. A frente quente é a região de encontro entre essas duas massas
de ar.

Características principais:

Deslocamento:

! Hemisfério Sul: NW para SE;

! Hemisfério Norte: SW para NE.

! Menor instabilidade, pois não ocorre a ascensão do ar frio e a rampa ou superfície frontal
é menos inclinada.

! Nebulosidade mais estratiforme e formação de névoas.

! Precipitação leve e contínua.

! Nevoeiro se forma antes de sua passagem.

32
A frente estacionária é formada quando ocorre o equilíbrio de pressão entre a
massa de ar que empurra e a que antecede a passagem da frente, diminuindo a velocidade
de deslocamento da frente (fria ou quente) e inclusive seu estacionamento sobre uma
região; no período de verão, sobre o Sudeste brasileiro, pode causar dias seguidos de fortes
precipitações.

Por fim, a frente oclusa ocorre quando uma frente fria alcança uma frente quente e
uma ou outra eleva o ar mais quente; forma-se associada a um Ciclone Extratropical (Baixa
pressão de forte intensidade).

Figura 30 - Esquema de circulação do Hemisfério Norte.

Fonte: http://www.physicalgeography.net/fundamentals/7s.html

33
7. ALTIMETRIA

Conforme visto no capítulo 5, a atmosfera apresenta inúmeras variações de pressão


e, na impossibilidade de se fazerem ajustes contínuos nos altímetros das aeronaves, foi
criada a atmosfera padrão, para servir de base para os vôos.

CONCEITOS:

ATMOSFERA PADRÃO (ISA – International Standard Atmosphere): atmosfera hipotética


idealizada por intermédio de médias climatológicas de várias constantes físicas a uma
latitude de 45º, entre as quais:

• Temperatura no nível médio do mar = 15ºC

• Pressão atmosférica de 1013,2 hPa (29,92 pol. Hg ou 760 mm hg) ao nível do mar

• Taxa de variação térmica na troposfera de cerca de 6,5 ºC por quilômetro ou


aproximadamente 2ºC para cada 1000 pés.

• Tropopausa de 11 km (36.000 pés) com temperatura de –56,5ºC.

SUPERFÍCIES ISOBÁRICAS – superfícies de pressão paralelas ao nível padrão (1013,2


hPa)

DEFINIÇÕES:

Altímetro: barômetro aneróide que dá indicações de altitude ou altura a partir de


uma pressão de referência. Conforme a aeronave sobe na atmosfera o altímetro indica
altitude ou altura maiores, tendo em vista encontrar pressões menores (atmosfera mais
rarefeita e menor altura da coluna de ar).

Existem três erros específicos de altimetria relacionados com as condições atmosféricas não
padrão:

• Pressão ao nível médio do mar diferente de 1013,2 hPa;

• Temperatura maior ou menor que a temperatura padrão (15ºC ao nível médio do mar);

• Fortes rajadas verticais.

Ex. Quando uma aeronave voa em uma área cuja pressão ou temperatura real é
inferior às da ISA, voa mais baixo do que indica o altímetro, fator de risco à navegação.

Ao contrário, quando as condições reais de pressão ou temperatura são maiores que


as da ISA, a aeronave voa mais alto que a indicação do altímetro.

34
ALTITUDE PRESSÃO (ALTITUDE PADRÃO OU NÍVEIS DE VÔO - FL): distância
vertical entre a aeronave e o nível padrão (1013,2 hPa). Quando a aeronave voa em rota se
utiliza o ajuste padrão (QNE) como referência altimétrica. Todos os vôos de aeronaves em
rota utilizam os níveis de vôo (FL) de tal forma que exista uma separação vertical entre as
próprias aeronaves e entre elas e o terreno.

Tabela 5 – Níveis de pressão constante

PRESSÃO ALTITUDE PRESSÃO

hPa Pés Metros FL

850 4781 1457 050 (5.000 pés)

700 9882 3012 100 (10.000 pés)

500 18289 5574 180 (18.000 pés)

300 30065 9164 300 (30.000 pés)

250 33999 10363 340 (34.000 pés)

200 38662 11784 390 (39.000 pés)

QNE: AJUSTE PADRÃO OU NÍVEL PADRÃO – 1013,2 hPa.

ALTITUDE INDICADA: é a altitude real, utilizada para os procedimentos de pouso e


decolagem a partir do informe, pelos órgãos de controle de tráfego aéreo, do ajuste do
altímetro ou QNH (valor de pressão relativa ao nível do mar).

QNH: ajuste do altímetro. Informado pelas torres de controle ou nas mensagens


METAR. Representa a pressão verdadeira relativa ao nível médio do mar.

EX.: METAR SBGR 022200Z 12010KT CAVOK 25/15 Q1015=

NÍVEL DE TRANSIÇÃO: nível de vôo mais baixo disponível para uso, acima da
altitude de transição.

ALTITUDE DE TRANSIÇÃO: altitude na qual ou abaixo da qual a posição vertical de


uma aeronave é controlada por referência a altitudes.

CAMADA DE TRANSIÇÃO: espaço aéreo situado entre a altitude de transição e o


nível de transição. O procedimento de transição é muito simples: as aeronaves que
descendem ao nível de transição vem ajustadas em relação a níveis de vôo (QNE); ao
descerem abaixo do nível de transição, o altímetro será ajustado com o QNH do aeródromo

35
para indicar a altitude até a aproximação final. Na decolagem o procedimento será
justamente o inverso.

ALTITUDE DENSIDADE: é a altitude de pressão (altitude na atmosfera padrão)


corrigida à temperatura não padronizada (fora da atmosfera padrão) ou, em outras palavras,
é a correlação da performance da aeronave com a densidade do ar.

Ficou estabelecido que, no nível médio do mar, com as condições padrão de


temperatura (15ºC) e pressão (1013,2 hPa), a altitude densidade é zero.

Os principais fatores que afetam a AD são a altitude, temperatura e umidade do ar.


Quanto maior a altitude e mais quente estiver a temperatura ambiente, menor será a
densidade do ar e, consequentemente, maior a AD.

Em termos médios, a altitude densidade aumenta cerca de 100 pés (acima da


altitude pressão) para cada ºC de aumento na temperatura acima do padrão.

Figura 31 – Esquema da relação da Temperatura x Pressão

Fonte: Cabral e Romão (1999)

36
ALTURA OU ALTITUDE ABSOLUTA: distância vertical entre um ponto no espaço e
a superfície. Para se obter indicações de altura é necessário ajustar o altímetro da aeronave
com a pressão relativa ao nível da pista (QFE) do aeródromo de decolagem. Após a
decolagem, qualquer valor lido no instrumento indicará a altura, em pés, da aeronave em
relação ao solo (aeródromo).

QFE: pressão ao nível da estação (tem como referência a pista), também


denominado ajuste a zero.

QFF: pressão da estação reduzida ao nível médio do mar, utilizada pelos


meteorologistas visando a plotagem de cartas sinóticas.

TAT: temperatura verdadeira do ar (temperatura de bordo corrigida para os erros


instrumental e do atrito com o vento). Utilizada nos cálculos de altitude densidade e
verdadeira de uma aeronave em vôo.

EXEMPLOS DE CÁLCULOS DE ALTIMETRIA

CÁLCULO DE TEMPERATURAS PADRÕES:

ISA= 15ºC – 2ºC x AP

1000 FT

Ex: altitude pressão de 2000 pés

ISA = 15ºC – 2ºC x 2000/1000 = 11ºC

Temperaturas padrões para alguns níveis:

20.000 PÉS = - 25ºC

10.000 PÉS = - 5ºC

5.000 PÉS = 5ºC

1.000 PÉS = 13ºC

NMM = 15ºC

CÁLCULOS DE VARIAÇÃO DA TEMPERATURA (!T)

Ex: altitude pressão de 2.000 pés = 11ºC (ISA)

Para uma temperatura verdadeira de 15ºC, a variação de temperatura será igual a 15ºC
(TAT) -11ºC (ISA) = 4ºC

37
CÁLCULO DE ALTITUDE DENSIDADE

FÓRMULA: AD = AP + 100 x !T

Onde:

!T = diferença entre a temperatura lida e a temperatura ISA.

AD = altitude densidade

AP = altitude pressão

100 = constante

Exemplo: para uma altitude pressão de 2.000 pés e uma variação de temperatura de
4ºC, temos: AD = 2000 + 100 x 4 = 2.400 ft.

EM SUMA:

TAT > ISA » AD > AP = atmosfera mais quente/pressão mais baixa

TAT < ISA » AD < AP = atmosfera mais fria/pressão mais alta

CÁLCULO DE ALTITUDE INDICADA

Altitude corrigida do erro de pressão

AI = AP + D

D = (QNH – QNE)x 30 PÉS

OBS: VARIAÇÃO DE PRESSÃO COM A ALTITUDE › 1 hPa ~ 30 PÉS ~ 9 METROS.

EX 1): 2000 PÉS + D, SENDO O QNH = 1018,2 hPa

AI = 2000 PÉS + ((1018,2 hPa – 1013,2 hPa) x 30 PÉS)

AI = 2000 PÉS + 150 PÉS

AI = 2.150 PÉS

QNH > QNE » AI > AP

EX 2): 2000 PÉS + D, SENDO O QNH = 1008,2 hPa

AI = 2000 PÉS + ((1008,2 hPa – 1013,2 hPa) x 30 PÉS)

AI = 2000 PÉS - 150 PÉS

AI = 1.850 PÉS

38
QNH < QNE » AI < AP

ALTITUDE VERDADEIRA DE VÔO

ERRO COMBINADO DE TEMPERATURA E PRESSÃO

Fórmula: AV = AI + 0,4 % AI x ! T

EX. 1) AI = 2000 PÉS E !T = 5ºC

AV = 2000 + 2 x 2000

100

AV = 2040 PÉS

EX. 2) AI = 4000 PÉS E !T = 2ºC

AV = 4000 + 0,8 x 4000

100

AV = 4032 PÉS

39
8. VISIBILIDADE, NUVENS E NEVOEIROS.

A visibilidade é o grau de transparência da atmosfera; é a maior distância que um


objeto pode ser visto e identificado sem auxílio óptico.

A visibilidade afeta sobremaneira as operações de pouso e decolagem em


aeródromos, bem como em rota, estando associada a inúmeros fenômenos meteorológicos,
conforme pode ser observado na tabela 6.

Tabela 6 . Fenômenos meteorológicos e restrições de visibilidade

Elemento Visibilidade Umidade relativa

Nevoeiro < 1.000 metros 100% ou próxima

Névoa úmida Entre 1 e 5 km >= 80%

Névoa seca Entre 1 e 5 km < 80%

Fumaça <= 5 km < 80%

Poeira <= 5 km < 80%

Areia <= 5 km < 80%

Precipitações Variável; chuvisco com > Alta (~100%)


restrição

Em meteorologia aeronáutica temos 5 referências de visibilidade:

• Visibilidade horizontal – visibilidade do Observador Meteorológico em relação aos 360º


em torno do ponto de observação; obtida com o auxílio de cartas de visibilidade.

• Visibilidade vertical – distância máxima que o Observador pode ver e identificar um


objeto na vertical (nuvens); utilizam-se os tetômetros (farol teto e eletrônico) para medir
pontualmente a base da camada de nuvens.

40
Figura 32 – Tetômetro a laser

Fonte: http://www.hobeco.com.br

• Visibilidade oblíqua – visão do piloto quando em vôo em relação a um ponto no terreno.

• Visibilidade de aproximação – distância na qual um piloto, em sua trajetória de planeio


de aproximação por instrumento, pode ver os auxílios de pouso no umbral da pista.

• Alcance visual da pista (Runway Visual Range ou RVR) – distância máxima, ao longo do
eixo da pista, medida por equipamentos eletrônicos (visibilômetro, diafanômetro ou RVR)
– informado na mensagem METAR quando a visibilidade horizontal for menor que 1.500
metros.

Figura 33 – Diafanômetro

Fonte: http://www.vaisala.com

41
As nuvens são fenômenos meteorológicos (aglomerado de partículas de água,
líquidas e/ou sólidas, em suspensão na atmosfera) formados a partir da condensação ou
sublimação do vapor d’água na atmosfera.

Para sua formação deve haver: alta umidade relativa, núcleos higroscópios ou de
condensação (sal, pólens, fuligem, material particulado) e processo de condensação (estado
gasoso – estado líquido) /sublimação (vapor – sólido ou sólido - vapor).

A atmosfera pode estar com uma condição de estabilidade, onde há ausência de


movimentos convectivos ascendentes, podendo produzir nuvens estratiformes ou nevoeiro
ou então apresentar condição de instabilidade, predominando os movimentos convectivos
ascendentes e consequentemente produzindo nuvens do tipo cumulus e cumulonimbus.

As nuvens, portanto, denotam a condição de estabilidade ou instabilidade da


atmosfera, de acordo com sua aparência e forma.

Figura 34 – Esquema de gêneros de nuvens conforme a altura. Fonte: Cabral e Romão (2000)

Conforme o aspecto físico, as nuvens podem ser, em linhas gerais:

! Estratiformes – aspecto de desenvolvimento horizontal e pouco desenvolvimento


vertical; podem ocasionar chuva leve e contínua (ex.: As)

! Cumuliformes – possui grande desenvolvimento vertical; denota uma atmosfera mais


turbulenta;

! Cirriformes – origina-se de fortes ventos em altitude; são formados por cristais de gelo.

42
Um dos critérios mais utilizados para a identificação e classificação de nuvens é por
sua altura, conforme a tabela a seguir.

TABELA 7 - ESTÁGIOS DE FORMAÇÃO DAS NUVENS (Latitudes tropicais)

ESTÁGIO ALTO Cirrus (Ci) Cristais de gelo

(acima de 8 km) Cirrocumulus (Cc)

Cirrostratus (Cs)

ESTÁGIO MÉDIO Nimbostratus (Ns) Cristais de gelo e gotículas


d’água
(de 2 a 8 km) Altostratus (As)

Altocumulus (Ac)

ESTÁGIO BAIXO Stratocumulus (Sc) Gotículas d’água

(de 100 pés a 2 km) Stratus (St)

GRANDE Cumulus (Cu) Gotículas d’água e cristais de


DESENVOLVIMENTO gelo
Cumulonimbus (Cb)
VERTICAL (base
aproximada de 3000 pés até
topos de até 30 km)

*Latitudes tropicais

Estágio alto (a partir de 4 km nos pólos, 7 km nas latitudes temperadas e 8 km nas


latitudes tropicais)

• Cirrus – prenunciam o avanço de sistemas frontais e podem estar associadas à Corrente


de Jato (Jet Stream);

• Cirrostratus – véu de nuvens formando um halo em torno do sol ou da lua;

• Cirrocumulus - indicam ar turbulento em seus níveis de formação.

Estágio médio (alturas entre 2 e 8 km)

• Nimbostratus – cinzentas e espessas, podem dar origem à chuva ou neve leve ou


moderada de caráter contínuo;

• Altostratus – véu que normalmente cobre todo o céu e pode gerar chuva de intensidade
leve e caráter contínuo;

• Altocumulus – formadas em faixas ou camadas, associadas ao ar turbulento de camadas


médias, não gerando normalmente precipitação.

43
Estágio baixo (entre 30 metros e abaixo de 2.000 metros)

• Stratocumulus – nuvens de transição entre St e Cu

• Stratus – nuvens com as alturas mais baixas e que podem ocasionar chuvisco, com forte
restrição de visibilidade e teto.

Nuvens de desenvolvimento vertical: formam-se próximas do solo e devido à alta


instabilidade atmosférica chegam a altitudes muito elevadas)

• Cumulus – nuvens isoladas e densas, com contornos bem definidos, denotam


turbulência e podem gerar precipitação em forma de pancadas;

• Cumulonimbus – nuvens que geram as trovoadas, pancadas de chuvas e granizo, fortes


rajadas de vento e alta turbulência – os pilotos devem evitá-las.

Figura 35 – Quadro de nuvens

Fonte: Torelli, D.

As nuvens podem se formar por meio de quatro processos:

• Radiativo – principalmente no inverno, com a perda radiativa de energia em radiação de


ondas longas, resfriamento da superfície e formação de nuvens baixas (St) ou nevoeiros.

44
• Dinâmico (frontal) – ocorre nas áreas de frentes (frias ou quentes), pela ascensão do ar
na rampa frontal, com o conseqüente resfriamento e condensação.

• Orográfico – devido à presença do relevo, com o ar úmido subindo a elevação, se


resfriando, condensando sob a forma de nuvens à barlavento.

• Convectivo – formado pelas correntes ascendentes devido ao aquecimento basal,


particularmente na primavera e verão. Formam Cumulus e muitas vezes Cumulonimbus,
principalmente nas tardes.

Os nevoeiros são fenômenos meteorológicos resultantes da condensação e/ou sublimação


do vapor d’água próximo da superfície e que restringe a visibilidade horizontal a menos de
1.000 metros. É fator de risco com relação às operações aéreas pois pode causar a
restrição operacional de um ou mais aeródromos durante várias horas, principalmente no
outono/inverno no sudeste e sul do Brasil.

Figura 36 – Nevoeiro reduzindo a visibilidade horizontal. Fonte: http://www.meteochile.cl

Para a formação dos nevoeiros, deve haver: alta umidade relativa do ar (próxima de
100%), presença de grande quantidade de núcleos higroscópios e ventos relativamente
fracos.

Em relação aos seus tipos operacionais, podem ocorrer:

Nevoeiro de superfície – ocorre mais próximo da superfície, sem grande espessura e


permite observar o céu, outras nuvens e obstáculos naturais;

Nevoeiro de céu obscurecido – restringe, além da visibilidade horizontal, também a


visibilidade vertical (Ex.: METAR – VV001)

45
Classificação dos nevoeiros:

Massas de Ar – formam-se dentro de uma mesma massa de ar

1) Radiação – devido ao resfriamento da superfície terrestre (outono e inverno)

2) Advecção – formado pelo resfriamento do ar como resultado de movimentos do ar


horizontais.

a) Vapor – condensação do vapor d’água devido ao fluxo de ventos frios sobre uma
superfície mais quente (lagos, pântanos)

b) Marítimo – formam-se com o resfriamento de ventos quentes e úmidos ao fluírem sobre


correntes marítimas frias de mares e oceanos, provocando a condensação de vapor
d’água (mais comum na primavera e verão);

c) Brisa – forma-se devido ao fluxo de ar quente dos oceanos sobre a região costeira mais
fria (mais comum no inverno em latitudes tropicais e temperadas);

d) orográfico ou de encosta – formado à barlavento das encostas, quando ventos quentes


e úmidos sopram em direção às elevações montanhosas; ocorrem em qualquer época
do ano;

e) glacial – formam-se nas latitudes polares, pelo processo de sublimação com


temperaturas de até –30ºC.

Frontais – formam-se nas áreas de transição entre duas massas de ar de características


diferentes.

1) Pré- frontal – associadas às frentes quentes, quando uma massa de ar mais aquecida
avança sobre uma massa de ar mais fria;

2) Pós- frontal – forma-se após a passagem de frentes frias, após a ocorrência de chuvas a
atmosfera fica fria e úmida possibilitando a formação de nevoeiros.

46
9. CÓDIGOS METEOROLÓGICOS

Nas Estações Meteorológicas de Superfície, existentes em mais de 100 aeródromos


brasileiros, são confeccionados e difundidos de hora em hora, boletins meteorológicos onde
constam as informações reais da área do aeródromo e que servirão de base às operações
de pouso e decolagem.

Temos a elaboração de 2 tipos de boletim que são difundidos para fora do


aeródromo – METAR e SPECI; o boletim ESPECIAL, confeccionado quando há a elevação
de 2ºC ou mais desde a última observação ou quando for constatada a presença de
turbulência moderada ou forte ou gradiente de vento, fica restrito ao âmbito do aeródromo e
o boletim LOCAL, quando ocorre um acidente aeronáutico na área do aeródromo e
vizinhanças, fica somente registrado no impresso climatológico da estação.

Os Boletins METAR e SPECI podem ser encontrados nas Salas AIS e também no
site do CNMA de Brasília – http://www.redemet.aer.mil.br

METAR

Ex. METAR SBGR 272200Z 18015G25KT 0800 R09/1000N R27/1200D +RA BKN012
OVC070 19/19 Q1012 RETS WS LDG R27=

Decodificação:

METAR – Identificação do Código - Boletim meteorológico regular para fins aeronáuticos.

SPECI – Boletim meteorológico especial selecionado – informado nos horários em que não
for previsto o Boletim METAR e quando houver alteração significativa nas informações
contidas na última mensagem.

SBGR – Indicador de Localidade – S > América do Sul; B > Brasil; GR > Guarulhos. Outros
indicadores de localidade podem ser consultados na publicação ROTAER existente nas
Salas AIS.

Outros indicadores – SBSP – São Paulo (Congonhas); SBMT – Campo de Marte; SBKP –
Campinas (Viracopos); SBRP (Ribeirão Preto); SBBU – Bauru; SBDN – Presidente
Prudente; SBSJ – São José dos Campos.

272200Z – Grupo Data Hora – indica o dia e a hora (UTC) em que foi expedida a
Observação.

18015G25KT – Indica o vento em superfície; no caso, soprando do quadrante Sul (180º),


com 15 nós de intensidade e 25 nós de rajadas.

47
A direção do vento é indicada com três algarismos, de 10 em 10 graus, mostrando de
onde o vento está soprando, com relação ao norte verdadeiro ou geográfico (obs.: As torres
de controle informam o vento aos pilotos das aeronaves em relação ao norte magnético).

A intensidade do vento é informada em kt (nós) em dois algarismos (até 99 kt) ou


P99, caso o vento tenha velocidade a partir de 100 kt, sempre levando em consideração
uma média de 10 minutos de observação (obs.: As torres de Controle informam a
intensidade do vento com um uma média de 2 minutos).

As rajadas são informadas quando, em relação à intensidade média, os ventos


atingem uma velocidade máxima de pelo menos 10 kt, em um período de até 20 segundos.
É identificada pela letra G (Gust).

O vento calmo é indicado nos boletins quando a intensidade do vento for menor que
1 kt e representado por 00000KT.

O vento variável apresenta duas possíveis situações:

1) A variação total da direção for de 60º ou mais, porém menos de 180º com velocidade
inferior a 3 kt, será informado o vento variável; ex.: VRB02KT.

2) Quando a variação da direção for de 180º ou mais com qualquer valor de velocidade; ex:
VRB23kt

Obs: Quando as variações da direção do vento forem de 60º ou mais, porém menos
que 180º, e a velocidade média do vento for igual ou maior que 3kt, as duas direções
extremas deverão ser informadas na ordem do sentido dos ponteiros do relógio, com a letra
V inserida entre as duas direções. Ex: 31015G27KT 280V350

0800 – visibilidade horizontal predominante estimada em 800 metros. O OBM estima,


durante as observações, a visibilidade horizontal em torno dos 360º a partir do ponto de
observação e insere nos boletins a visibilidade predominante encontrada, em quatro
algarismos, em metros, com os seguintes incrementos:

• de 50 em 50 metros até 800 metros;

• de 100 em 100 metros, de 800 a 5.000 metros;

• de 1.000 em 1.000 metros, de 5.000 até 9.000 metros.

• Para valores a partir de 10.000 metros, informa-se 9999.

Obs.: Para visibilidades menores que 50 metros, informa-se 0000.

Além da visibilidade predominante, será informada a visibilidade mínima quando esta


for inferior a 1.500 metros ou inferior a 50% da predominante. Será notificada esta

48
visibilidade e sua direção geral em relação ao aeródromo, indicando um dos pontos cardeais
ou colaterais.

Exemplos:

1) 8.000 m de visibilidade predominante e 1.400 m no setor sul – 8000 1400 S

2) 6.000 m de predominante e 2.800 m no setor nordeste – (6.000 2800NE)

Obs: Quando for observada visibilidade mínima em mais de uma direção, deverá ser
notificada a direção mais importante para as operações.

R09/1000N R27/1200D – Alcance visual na pista 09 igual a 1000 metros sem variação e, na
pista 27, igual a 1.200 metros e com tendência à diminuição. O Alcance Visual na Pista é
registrado pelos visibilômetros ou diafanômetros, instalados nos principais aeroportos e
quando a visibilidade horizontal for menor que 2.000 metros.

Obs.:

1) quando não houver diferenças significativas entre os valores de duas ou mais pistas,
informa-se somente o R seguido do valor medido (ex.: R1000).

2) Quando houver pistas paralelas, informa-se com letras, após o número da pista, o seu
posicionamento: R (direita), L (esquerda) e C (central). Ex.: R09R/1200.

3) Após o valor do RVR, informa-se a tendência de variação, com as letras N (sem


variação), U (tendência a aumentar) e D (tendência a diminuir).

1) Se o valor for menor que o parâmetro mínimo que o equipamento pode medir, informa-
se M; ex.: R09/0050M – M inferior a 50 metros.

2) Se o valor for maior que o parâmetro máximo que o equipamento pode medir, informa-se
P; ex.: R09/P2000 – P superior a 2.000 metros.

+ RA – Grupo de tempo presente; no caso é indicada chuva (Rain) forte.

Ver a Tabela 4678 que indica o tempo presente para fins de codificação.

Os fenômenos meteorológicos mais utilizados nos boletins são: fumaça (FU), poeira
(PO), névoa seca (HZ), névoa úmida (BR), trovoada (TS), nevoeiro (FG), chuva (RA),
chuvisco (DZ) e pancadas (SH).

A névoa úmida somente será informada nos boletins quando a visibilidade horizontal
estiver entre 1.000 e 5.000 metros; quando acima deste valor e não havendo outro
fenômeno significativo será omitido o fenômeno mencionado.

O qualificador de intensidade (leve, moderado ou forte) somente será utilizado para


formas de precipitação (DZ, RA, SN, SH etc.).

49
O qualificador VC (vizinhança) somente será utilizado com fenômenos como SH, FG,
TS, DS, SS, PO, BLSN, BLDU ou BLSA entre 8 km e 16 km do ponto de referência do
aeródromo.

O descritor TS será utilizado isoladamente para indicar trovoada sem precipitação e,


combinado adequadamente quando da existência de precipitação. Ex.: trovoada com chuva
moderada => TSRA.

BKN012 OVC070 – Nublado com 1.200 pés e encoberto com 7.000 pés. Indica o grupo de
nebulosidade existente sobre o aeródromo ou a visibilidade vertical no caso da existência de
nevoeiro de céu obscurecido.

Quantidade: indica com abreviaturas para as seguintes coberturas do céu:

• FEW – poucas – 1/8 ou 2/8

• SCT – esparsas – 3/8 ou 4/8

• BKN – nublado – 5/8, 6/8 ou 7/8

• OVC – encoberto – 8/8

Altura: base das nuvens informada em centenas de pés.

Tipo: informa-se para os gêneros TCU (Cumulus Congestus) ou Cb (Cumulonimbus). Ex.:


SCT030CB – cumulonimbus esparsos a 3.000 pés.

O céu obscurecido será informado pela visibilidade vertical, também em centenas de pés.
Ex.: VV001 – visibilidade vertical de 100 pés (30 metros).

19/19 – indica 19ºC para a temperatura do ar e 19ºC para a temperatura do ponto de


orvalho. Para temperaturas negativas insere-se a letra M antes da temperatura ou
temperatura do ponto de orvalho.

Q1012 – indica o valor do ajuste do altímetro em hectopascais (hPa) em quatro algarismos,


como ocorre no Brasil ou em polegadas de mercúrio (Pol Hg), como nos EUA – ex.: A2995
ou 29.95 Pol Hg.

RETS WS LDG R27 – trovoada recente e wind shear na pista 27. Faz parte das informações
suplementares e relata fenômenos que ocorreram durante a hora precedente e também
turbulência e tesoura de vento.

Previsão tipo tendência – evolução do tempo prevista de até duas horas a partir do boletim
meteorológico e inseridas no final das mensagens, com os seguintes identificadores de
mudança previstos – BECMG, TEMPO e NOSIG. Ex.: METAR SBGR 271500Z 4000 BR

50
FEW020 18/16 Q1018 BECMG FM 1530 TL 1600 2000 – indica mudança de visibilidade
entre 1530 e 1600 UTC, prevalecendo após esse horário.

CAVOK – significa Ceiling and Visibility OK, ou seja, teto e visibilidade OK. É empregado
nos boletins em substituição aos grupos de visibilidade, RVR, tempo presente e
nebulosidade. Deve ser informando quando ocorrerem as seguintes condições:

• Visibilidade >= 10.000 metros

• Ausência de nuvens abaixo de 5.000 pés (1.500 metros)

• Ausência de precipitação e Cb na área do aeródromo.

• Ausência de nuvens TCU (cumulus congestus)

EX.: METAR SBGR 271500Z 00000KT CAVOK 22/18 Q1015=

Exemplos de METAR nacionais:

Estado de São Paulo

SBGR 091700 12004KT 9000 SCT025 SCT030 BKN300 26/20 Q1017=

SBSP 091700 19009KT 9999 SCT030 BKN300 25/19 Q1018=

SBMT 091700 15003KT 8000 BKN025 BKN300 29/19 Q1017=

SBSJ 091700 00000KT 6000 BKN020 29/20 Q1015=

SBSJ 091730 26017KT 4000 -TSRA BKN020 FEW030CB 24/17 Q1015=

SBRP 091700 07002KT 9999 BKN030 BKN080 34/19 Q1013=

SBST 091700 18010KT 9999 BKN025 BKN090 29/23 Q1015=

SBYS 091700 00000KT 9999 BKN040 BKN300 29/17 Q1014=

SBUP 091700 07005KT 9999 BKN028 FEW030TCU 30/20 Q1013=

SBUP 091730 13007KT 5000 -TSRA BKN028 FEW030CB SCT100 26/23 Q1 013=

Outros exemplos:

10/02/2009 SBPA 101600 10009KT 9999 FEW030 32/21 Q1011=

10/02/2009 SBFL 101600 10004KT 9999 SCT020 BKN040 24/20


Q1015=

10/02/2009 SBCT 101600 06007KT 9999 SCT013 SCT030 BKN040


25/19 Q1019=

51
10/02/2009 SBSP 101600 15004KT 8000 BKN035 27/20 Q1017=

10/02/2009 SBKP 101600 33002KT 9999 BKN035 SCT100 29/21


Q1015=

10/02/2009 SBKP 101632 23003KT 9999 2000E -TSRA SCT035


FEW050CB SCT100 29/21 Q1015=

10/02/2009 SBGR 101600 05007KT 9999 BKN030 29/20 Q1016=

10/02/2009 SBGL 101600 14008KT 8000 SCT020 FEW025TCU 33/27


Q1012=

10/02/2009 SBVT 101600 06017KT 9999 FEW030 33/24 Q1013=

10/02/2009 SBSV 101600 13011KT 9999 FEW017 31/24 Q1013=

10/02/2009 SBBR 101600 29004KT 9999 BKN030 FEW040TCU 28/18


Q1019=

Exemplos de METAR internacionais:

10/02/2009 SAEZ 101600 08006KT 08006KT 9999 FEW040 OVC100


28/19 Q1006=

10/02/2009 SUMU 101600 35007KT 9999 FEW026 OVC200 34/17


Q1007 NOSIG=

10/02/2009 SGAS 101600 34016KT 9999 SCT033 BKN080 32/23


Q1008=

10/02/2009 SAME 101600 09006KT 9999 FEW040 31/09 Q1010=

10/02/2009 SCEL 101600 15008KT 120V180 CAVOK 27/09 Q1016


NOSIG=

10/02/2009 SACO 101600 00000KT 9999 FEW030 FEW040CB24/19


Q1009 RETS=

10/02/2009 SLVR 101600 33017G27KT 9999 SCT005 BKN010

52
FEW030CB OVC07027/23 Q1010=

10/02/2009 SLCB 101600 34002KT 9999 FEW027 BKN200 22/12


Q1019=

10/02/2009 SVMI 101600 05005KT 9999 FEW016 BKN100 28/23


Q1015 NOSIG=

TAF – Terminal Aerodrome Forecast – Previsão Terminal de Aeródromo, confeccionada a


cada 6 horas por um CMA-1. As previsões para os aeródromos internacionais têm validade
de 24 horas ou mais e os domésticos 12 horas.

Ex.: TAF SBGR 271000Z 2712/2812 18010KT 2000 BR SCT020 BKN070 TX26/2719Z
TN22/2806Z TEMPO 2715/2718 12008G25KT TS SCT030CB BECMG 2718/2720
13008KT RA OVC030 RMK PGW=

DECODIFICAÇÃO:

TAF – identificador do código.

SBGR – indicador de localidade – Aeródromo de Guarulhos.

271000Z – data e hora de confecção da previsão. Dia 27 às 1000 UTC.

2712/2812 – validade da previsão – identifica o dia, a hora de início e a hora do final da


validade da previsão. Dia 12 UTC do dia 27 às 12 UTC do dia 28.

18010KT – indica o vento previsto – vento de 180º com 10 nós.

2000 – indica a visibilidade horizontal prevista – 2000 metros de visibilidade.

BR – indica o tempo presente previsto – névoa úmida.

SCT020 BKN070 – indica o grupo de nebulosidade prevista – nuvens esparsas com base a
2.000 pés e nublado a 7.000 pés.

TX26/2719Z TN22/2806Z – temperaturas máxima e mínima previstas e respectivos horários


– temperatura de 26ºC prevista para as 1900 UTC do dia 27 e temperatura de 22ºC prevista
para as 0600UTC do dia 28.

TEMPO 2715/2718 – Previsão de mudança temporária entre 15 e 18 UTC do dia 27, com as
seguintes condições: 12008G25KT TS SCT030CB e mudança gradual (BECMG) com a
permanência posterior entre 18 e 20UTC: 13008KT RA OVC030=

RMK PGW = Observação: indicativo do previsor que elaborou a mensagem.

53
Outras abreviaturas – FM (From) – a partir de determinado horário (ex: FM 271800 –
a partir das 18h00 UTC do dia 27) e PROB – probabilidade de 30 ou 40% de ocorrer a
mudança em um período de tempo.

EXEMPLOS DE TAF DAS 1800Z – Nacionais

10/02/2009 SBPA 101800 - 09008KT 9999 FEW035


111800 TX33/1019Z TN21/1109ZBECMG
1100/1102 04010KT TEMPO
1114/1118 02008KT 8000 TSRA
BKN025FEW035CB RMK PAD=

10/02/2009 SBFL 101800 - 07008KT 9999 FEW030


111800 TX28/1018Z TN20/1109ZPROB40
1103/1112 08005KT SCT020
SCT035 RMK PAD=

10/02/2009 SBCT 101800 - 06010KT 9999 BKN020


111800 TX27/1018Z TN18/1109ZPROB40
BECMG 1023/1101 8000 BR DZ
BKN010 RMK PAD=

10/02/2009 SBSP 101800 - 15010KT 8000 BKN020


111800 TN20/1108Z TX30/1117Z PROB30
1018/1022 4000 TSRA BKN012
FEW035CB BECMG 1023/1101
00000KT BKN010 BECMG
1008/1010 04005KT SCT020
BECMG 1012/1014 32005KT
FEW030 RMK PGG=

10/02/2009 SBKP 101800 - 27005KT 9999 SCT030


111800 TN21/1108Z TX31/1117Z PROB40
1018/1022 17015KT 7000 TSRA
BKN025 FEW040CB BECMG
1022/1024 13010KT 9000 NSC
BECMG 1111/1113 06005KT
FEW030 BECMG 1114/1116

54
32005KT RMK PGG=

10/02/2009 SBGR 101800 - 15007KT 9000 BKN030


111800 TN20/1108Z TX31/1117Z PROB40
1018/1022 17010KT 4000 TSRA
BKN015 FEW035CB BECMG
1022/1024 09005KT BKN010
PROB30 1108/1111 4000 BR
BKN006 BECMG 1112/1114
32005KT 9999 FEW030 RMK
PGG=

10/02/2009 SBGL 101800 - 15010KT 8000 SCT020


111800 TN24/1108Z TX34/1117Z TEMPO
1020/1024 5000 TSRA BKN020
FEW030CB BECMG 1023/1101
35005KT BECMG 1109/1111
04005KT SCT015 BECMG
1114/1116 13010KT RMK PHE =

10/02/2009 SBVT 101800 - 05015KT 8000 FEW030


111800 TN26/1107Z TX34/1116Z PROB30
1021/1023 TS SCT020 FEW030CB
BECMG 1023/1101 02010KT
BECMG 1113/1115 06020KT
SCT030 RMK PHE =

10/02/2009 SBSV 101800 - 09009KT 9999 SCT017


111800 TN26/1109Z TX30/1116Z PROB30
TEMPO 1104/1112 7000 SHRA
BKN015 RMK PCP=

10/02/2009 SBBR 101200 - 08003KT 9999 FEW017


111200 TX28/1018Z TN19/1108Z BECMG
1013/1015 08007KT BKN024
PROB30 TEMPO 1015/1020 TSRA
FEW035CB BECMG 1019/1021

55
SCT024 BECMG 1023/1101
07003KT FEW017 PROB30
1106/1110 BKN014 RMK PDL=

TAF DAS 1800Z – INTERNACIONAIS

10/02/2009 SAEZ 101800 - 34012G30KT 6000 TSRA SCT030


111800 FEW040CBOVC050 TX30/1118Z
TN18/1109Z BECMG 1100/1102
28006KT 8000 RA BRSCT040 FM
111300 20012KT CAVOK=

10/02/2009 SUMU 101200 - 02010KT CAVOK TEMPO


111200 1013/1018 34015KT 9999FEW027
BKN080 PROB30 TEMPO
1020/11/06 12015G25KT 6000 -
TSRA SCT010FEW040CB
OVC060=

10/02/2009 SGAS 101800 - 34018KT 9999 SCT033 TX36/18Z


111800 TN24/09ZTEMPO 1019/1023
6000 TSRA BKN027 FEW040CB
BECMG 1100/1103 CAVOK=

GAMET – Previsão de fenômenos significativos que deverão ocorrer entre o solo e o FL 100
ou FL150 (em regiões montanhosas), dentro de uma FIR ou subárea, confeccionada por um
CMA-1 e com validade de 6 horas, principiando às 00, 06, 12 e 18Z.

EX.: SBRE GAMET VALID 200600/201200 RECIFE FIR

SFC WSPD 08/10 25KT

SFC VIS 06/08 N OF 18DEG S 2000M

CLD 06/08 OVC 800FT N OF 12 DEG S

TURB MOD FL090

SIGMET APLICABLE: 2 e 4

56
(Previsão FIR Recife das 0600Z às 1200Z do dia 20; vento de superfície entre 0800Z
e 1000Z de 25kt; visibilidade de 2000 m entre 0600Z e 0800Z ao norte da latitude 18º Sul;
entre 0600Z e 0800Z, céu encoberto a 800 FT ao norte da latitude 12º Sul; turbulência
moderada no FL090; SIGMET nºs 2 e 4 – aplicáveis à FIR).

AVISO DE AERÓDROMO – Mensagem confeccionada por uma CMA-1 que informa sobre
fenômenos meteorológicos que podem afetar aeronaves no solo e/ou instalações e serviços
nos aeródromos.

EX.:

20/01/2009 SBGR 201530 - AVISO DE AERODROMO 1 VALIDO


201930 201530/201930 PARA
SBGR/SBSP/SBMT/SBJD/SBKP
PREVISTO TEMPESTADE COM VENTO
DE RAJADA 17010/25KT=

AVISO DE GRADIENTE DO VENTO – Mensagem elaborada por um CMA-1 sobre


variações significativas de vento (direção e/ou velocidade) que possam afetar as aeronaves
em trajetória de aproximação, entre o nível da pista e uma altura de 500 metros, assim como
aeronaves na pista durante o pouso e a decolagem.

EX.: WS WRNG VALID 201400/201800 SBGR SFC WIND 30010KT WIND AT 60M
36025KT IN APCH =

(Mensagem alertando sobre variação significativa entre o vento de superfície e o vento a 60


m de altura para o Aeródromo de Guarulhos).

SIGMET – Mensagem em linguagem abreviada, expedida por um Centro Meteorológico de


Vigilância (CMV), sobre fenômenos observados ou previstos em rota que possam afetar as
aeronaves em vôo acima do FL100. Para vôos transônicos ou supersônicos a mensagem é
denominada SIGMET SST.

EX.: SBCW SIGMET 3 VALID 171230/171630 SBCT CURITIBA FIR SEV TURB FCST
FL250 NC=

(SIGMET nº 3 válido para o dia 17 entre 1230UTC e 1630UTC emitido pelo CMV Curitiba
prevendo turbulência severa no FL250 para a FIR Curitiba, sem variação (NC- no change).
No final do SIGMET podem aparecer também as abreviaturas WKN – enfraquecendo ou
INTSF – intensificando.

57
AIRMET – Mensagem semelhante ao SIGMET, expedida por um CMV e voltada para
aeronaves em níveis baixos (até o FL100).

EX.: SBRE AIRMET1 VALID 201400/201800 SBRF RECIFE FIR MOD TURB OBS AT1350
FL090 NC=

(AIRMET expedido pelo CMV Recife, valido entre 1400Z e 1800Z, alertando sobre
turbulência moderada observada às 1350Z no FL090, na FIR Recife).

58
10. CARTAS METEOROLÓGICAS

CARTAS SIGWX

Cartas confeccionadas pelo CNMA (Centro Nacional de Meteorologia Aeronáutica)


de Brasília, com antecedência de 24 horas, com as condições de tempo e áreas de
nebulosidade previstas desde a superfície até o nível 250. Podem também ser obtidas
cartas de tempo significativo elaboradas pelo Centro Mundial de Previsão de Washington do
nível 250 até o 630. A validade das cartas é de 6 horas, sendo que na legenda aparece o
horário médio da carta. Ex.: Carta das 1800UTC tem validade entre 15 e 21 UTC.

Figura 37 – Carta SIGWX da América do Sul do dia 09 de abril de 2004 – 18h00 UTC

Fonte: http://www.redemet.aer.mil.br

Obs.: Abreviaturas utilizadas nas Cartas SIGWX: CAT – Turbulência em ar claro; embd –
envolto, embutido; fl – nível de vôo; few – poucos (as); fog – nevoeiro; frq – freqüente; haze
– névoa seca; isol – isolado; mist – névoa úmida; over – sobre; btn – entre; rain – chuva;
shwrs – pancadas; sct – esparsas; stnry – estacionário; tshwrs – trovoadas com pancadas.

59
CARTAS WIND ALOFT PROG

Cartas de previsão de vento e temperatura em altitude, elaboradas pelo CNMA a


cada 12 horas, nos horários das 00h00 e 12h00, com antecedência de 24 horas, para os FL
050, FL100, FL180, FL240, FL300, FL340, FL390, FL450 e FL630. Cada carta tem validade
de 12 horas, valendo 6 horas antes e 6 horas depois do horário constante na carta.

Figura 38 – Carta WIND ALOFT PROG do dia 09 de abril de 2004 – 12h00 UTC – FL300

Fonte: http://www.redemet.aer.mil.br

60
11. ESTABILIDADE E INSTABILIDADE ATMOSFÉRICA

A estabilidade atmosférica ocorre quando há ausência de movimentos convectivos


ascendentes. Pode produzir nuvens do tipo estratiformes e também gerar névoas e nevoeiros;
pode ocorrer precipitação leve e contínua e haver restrição de visibilidade.

A instabilidade atmosférica, por sua vez, ocorre quando predominam os movimentos


convectivos ascendentes. Produz nuvens cumuliformes, que podem gerar precipitação em forma
de pancadas e, com exceção dos períodos de precipitação, boa visibilidade. Na figura abaixo são
mostradas as duas condições atmosféricas, de estabilidade e de instabilidade.

Figura 39 – Esquema de condição atmosférica estável e instável

Fonte: Salvat, 1980.

Processo adiabático – processo de aquecimento ou resfriamento de uma partícula de ar


sem troca de calor com o meio (o ar é um mau condutor de calor).

Razão adiabática – gradiente vertical de temperatura que se verifica sem troca de calor
com o ar ambiente.

Razão adiabática seca (RAS) – gradiente vertical de temperatura de uma parcela de ar


seco que, ao se elevar, vai se resfriando adiabáticamente na proporção de 1ºC/100 m; na

61
descida, o ar irá se aquecer adiabáticamente na mesma proporção. Se o gradiente térmico
vertical for maior que 1ºC/100 m, a parcela de ar seco se torna instável e tenderá a subir; se
o gradiente for menor que 1ºC/100 m a parcela de ar seco se torna estável e tenderá a
descer; para ocorrer o equilíbrio do ar seco, o gradiente térmico vertical real de um volume
de ar seco deve ser igual à RAS.

Razão adiabática úmida (RAU) – gradiente vertical de temperatura que ocorre com o ar
saturado na proporção média de 0,6ºC/100 m. Este valor é verificado a partir do nível de
condensação convectiva, isto é, após ter iniciado a condensação e a formação de nuvens.
Se o gradiente térmico vertical for maior que 0,6ºC/100 m, a parcela de ar úmido se torna
instável e tenderá a subir; se o gradiente for menor que 0,6ºC/100 m a parcela de ar úmido
se torna estável e tenderá a descer; para ocorrer o equilíbrio do ar úmido, o gradiente
térmico vertical real de um volume de ar úmido deve ser igual à RAU.

Estabilidade atmosférica – Conforme o gradiente térmico vertical existente, a atmosfera


apresentará 3 situações possíveis (estabilidade absoluta, instabilidade absoluta e atmosfera
condicionada).

Estabilidade absoluta – independente do teor de umidade do ar, a atmosfera será ESTÁVEL


sempre que ocorrer o GT menor que 0,6 ºC/100 m.

Instabilidade absoluta – independente do teor de umidade, a atmosfera será INSTÁVEL


sempre que o GT for maior que 1ºC/100m;

Atmosfera condicionada – quando o GT da atmosfera for maior que 0,6ºC/100m e menor


que 1,0ºC/100m, a situação de equilíbrio será condicional; se

1) AR SECO – atmosfera será estável;

2) AR ÚMIDO/SATURADO – atmosfera será instável.

Gradiente superadiabático – gradiente térmico maior que os gradientes adiabáticos (RAS


e RAU) e que dá origem à instabilidade atmosférica.

Gradiente autoconvectivo – aquele que provoca na atmosfera um grau máximo de


instabilidade – 3,42ºC/100 m (valor máximo já encontrado na atmosfera).

NCC – Nível de Condensação Convectivo – altura na qual uma parcela de ar, quando
suficientemente aquecida por baixo, ascende adiabáticamente, até se tornar saturada,
iniciando a condensação. No caso mais comum, é a altura das nuvens cumulus e
cumulonimbus, que pode ser calculada pela fórmula (T – TD) x 125 m; os dados devem ser
extraídos dos boletins METAR e SPECI.

62
Ex: METAR SBGR 141700Z 18010KT 9999 BKN033 30/22 Q1020=

No exemplo acima, temos a diferença entre a temperatura do ar (30ºC) e a temperatura do


ponto de orvalho (22ºC) igual a 8ºC que, multiplicado por 125 (m), resultará em 1.000 m, que
é a base das nuvens cumuliformes informadas no boletim.

Obs.: tal cálculo somente deve ser utilizado para formações cumuliformes de origem
local (aquecimento local) e não para formações de gênese orográfica ou frontal.

Obs.: O gradiente térmico vertical da temperatura do ponto de orvalho é igual a


0,2ºC/100m.

63
12. TURBULÊNCIA

As turbulências são definidas como irregularidades na circulação atmosférica que


afetam aeronaves em vôo, provocando solavancos bruscos em suas estruturas. É uma das
principais causas de acidentes aéreos e pode ocorrer a partir de várias causas:

A) Turbulência termal ou convectiva – Associada às correntes térmicas sobre os


continentes (principalmente durante as tardes de verão) ou oceanos (durante as noites). As
nuvens cumuliformes são indicadores da existência desse tipo de turbulência.

B) Turbulência orográfica – surge do atrito do ar ao soprar contra elevações montanhosas;


um indício de sua presença são as nuvens lenticulares (forma de amêndoas) nas cristas das
elevações e nuvens rotoras à sotavento. À barlavento as aeronaves devem encontrar
aumento de altitude (ganho de sustentação) e à sotavento perda de altitude, devendo
aumentar a potência de seus reatores e sair da área de ondas orográficas.

C) Turbulência mecânica ou de solo – provocada pelo atrito do ar ao soprar contra


edificações e outros obstáculos artificiais. Afetam particularmente os helicópteros e aviões
pequenos, que voam a baixa altura e também nos procedimentos de pouso e decolagem de
aeródromos situados em áreas urbanas (ex.: Campo de Marte e Congonhas).

D) Turbulência dinâmica:

D.1) Turbulência frontal – turbulência surgida com a presença de sistema frontal.

D.2) Turbulência em ar claro (Clear Air Turbulence - CAT) – turbulência que surge
sem nenhuma indicação visual, sob céu claro; geralmente está associada à Corrente de
Jato (Jet Stream), com velocidades acima de 50 kt e de até 300 kt em altitudes acima de
20.000 ft; as cartas SIGWX dos FL250 /630 mostram as áreas previstas de CAT e JET
STREAM.

D.3) Turbulência de cortante de vento (WIND SHEAR) – surge da variação na


direção e/ou velocidade do vento em baixa altura (até 2.000 ft ou 600 m são mais
perigosos), provocando o ganho ou perda de sustentação da aeronave e colocando em
sério risco os vôos, principalmente nos procedimentos de pouso e decolagem. O gradiente
de vento é reportado pelos pilotos das aeronaves que encontraram o fenômeno e a WS
aparece no final dos boletins METAR e SPECI; o previsor expede um aviso de gradiente de
vento (WS WARNING).

64
Tabela 8 – Intensidade de Wind Shear

INTENSIDADE VARIAÇÃO

LEVE 0 a 2 m/s em 30m (100 pés) – 0 a 4 kt em 30m

MODERADA 2,6 a 4,1 m/s em 30 m – 5 a 8 kt em 30 m

FORTE 4,6 a 6,2 m/s em 30 m – 9 a 12 kt em 30 m

SEVERA acima de 6,2 m/s em 30 m – mais de 12 kt em 30 m

Obs: A intensidade de WS em aviação é classificada conforme a variação do vento em uma


determinada distância.

D.4) Esteira de turbulência (WAKE) – surge nas trajetórias de pouso e decolagem,


principalmente de aeronaves de grande porte, quando são formados vórtices a partir de
hélices, turbinas ou pontas de asas; as aeronaves que se encontrarem atrás daquelas que
geraram a esteira devem ter uma distância adequada para não sofrerem acidentes sérios
(ex.: aeronave pequena deve ter separação de 6 milhas de uma aeronave considerada
pesada – B747).

Figura 40 – Esteira de turbulência de uma pequena aeronave. Fonte: Cabral e Romão, 1999.

Figura 41 – Esteira de turbulência de um helicóptero. Fonte: Cabral, 2001

65
Tabela 9 – Intensidade de turbulência

INTENSIDADE IDENTIFICAÇÃO

A aeronave sofre acelerações verticais inferiores a 2 m/s, porém


não sofre alterações significativas em sua altitude. A tripulação
LEVE
sente a necessidade de utilizar cinto de segurança, mas os
objetos continuam em repouso. O serviço de bordo pode
prosseguir normalmente. Encontra-se pouca ou nenhuma
dificuldade ao se caminhar pelo corredor da aeronave.

MODERADA A aeronave sofre acelerações verticais entre 2 m/s e 5 m/s,


podendo sofrer mudança de altitude, porém continua sob controle.
É necessário o uso do cinto de segurança. Os objetos soltos
podem se deslocar e encontra-se dificuldade para executar o
serviço de bordo ou se deslocar pelo corredor da aeronave.

FORTE A aeronave sofre acelerações verticais entre 5 m/s e 8 m/s,


sofrendo bruscas mudanças de altitude. Pode-se,
momentaneamente, perder o controle da aeronave. Os objetos
soltos são fortemente lançados de um lado para o outro e os
instrumentos a bordo vibram de modo intenso, criando sérias
dificuldades para o piloto. Passageiros podem entrar em pânico
devido aos movimentos violentos da aeronave. O serviço de
bordo e o caminhar pelo corredor da aeronave se tornam
impraticáveis.

SEVERA A aeronave sofre acelerações verticais superiores a 8 m/s. Em tal


situação é impossível o controle da aeronave e, devido à forte
trepidação, podem ocorrer danos à sua estrutura.

A ocorrência dos fenômenos de gradiente de vento e turbulência está extremamente


associada, diferenciando-se basicamente na ordem de grandeza de escala, relativa ao
tamanho da aeronave e sua velocidade. A escala do gradiente de vento (WS) é maior que a
da turbulência. O gradiente do vento altera a velocidade da aeronave e, portanto, sua
sustentação. A turbulência afeta mais o controle da aeronave devido à forte trepidação.

66
13. TROVOADAS

Figura 42 - Múltiplos relâmpagos a partir da base de um Cb.


Fonte: http://www.physicalgeography.net/fundamentals/7t.html

As trovoadas são o resultado da energia acumulada nas nuvens Cumulonimbus


(CB), que se trata do gênero de nuvens mais perigoso às operações aéreas, tendo em vista
seu alto grau de instabilidade e os fenômenos associados – turbulência, pancadas de chuva,
fortes rajadas de vento, gelo, granizo, raios e trovões. Ocorre de forma mais efetiva nas
regiões tropicais e principalmente na época do verão. As trovoadas apresentam três
estágios: desenvolvimento (cumulus), maturidade e dissipação.

1) Desenvolvimento: Ocorre o predomínio de correntes convectivas ascendentes, com o


resfriamento, a condensação e a formação de nuvens Cumulus; geralmente não ocorre
precipitação neste estágio e a visibilidade é boa;

Figura 43 – Foto do desenvolvimento de uma nuvem de trovoada no estágio Cumulus.


Fonte: http://www.physicalgeography.net/fundamentals/7t.html

67
2) Maturidade: Ocorre com a formação do CB (extensão vertical até 18 km), com a
incidência dos relâmpagos e trovões, se principia a precipitação em forma de pancadas de
chuva ou granizo, as correntes descendentes geram os ventos de rajada em superfície,
ocorre forte turbulência e é máxima a condição de instabilidade atmosférica. As aeronaves
apresentam sério risco de acidentes neste estágio, com os instrumentos se tornando não
confiáveis devido à forte turbulência (ascendentes e descendentes muito intensas) e a
energia envolvida. Também ocorre a rápida formação de gelo claro, em grande quantidade,
tornando inócuos os sistemas anticongelantes da aeronave.

Figura 44 – Foto de um Cumulonimbus na fase de maturidade


Fonte: http://www.physicalgeography.net/fundamentals/7t.html

3) Dissipação – neste estágio cessam as correntes ascendentes e predominam as


correntes descendentes, com a diminuição da turbulência, precipitação e dos ventos
associados. A dissipação do CB forma camadas de Sc, Ns e As, gerando o resfriamento da
superfície e torna a atmosfera mais estável.

Quanto à sua gênese, as trovoadas podem ser de vários tipos: orográficas,


advectivas, convectivas, frontais (dinâmicas).

Trovoadas orográficas – formam-se à barlavento das montanhas, formando fortes


precipitações e rajadas de vento.

Trovoadas advectivas – ocorre mais freqüentemente no inverno sobre os oceanos, com o


transporte de ar frio sobre a superfície de água mais quente, com a absorção de calor e a
formação de instabilidade.

Trovoadas convectivas (térmicas) – ligadas ao forte aquecimento da superfície e à


formação de correntes convectivas; ocorrem principalmente no verão sobre os continentes.

Trovoadas frontais (dinâmicas) – ocorre na região de transição entre duas massas de ar


de características diferentes (frentes); devido ao maior ângulo de inclinação das frentes
frias, as trovoadas neste caso são mais intensas e freqüentes do que nas frentes quentes.
68
14. VENTOS E CIRCULAÇÃO ATMOSFÉRICA

Tendo em vista o aquecimento diferencial da superfície do planeta, ocorrem


diferenças de pressão que irão ocasionar os ventos, que são o movimento horizontal (ou
advectivo) de uma massa de ar.

Quando ocorrem diferenças de pressão, se verificam fluxos de ar, de maior ou menor


intensidade, proporcionalmente ao gradiente de pressão, sempre da maior para a menor
pressão.

Outro fator importante na circulação geral da atmosfera em grande escala é o


movimento de rotação da Terra (W-E) e, como consequência disso, os ventos apresentam
um modelo turbilhonar, com desvio para direita no hemisfério norte e para a esquerda no
hemisfério sul, sendo convergentes em direção aos centros de baixa (ciclones) e
divergentes, em relação aos de alta (anticiclones). É a chamada Força ou Efeito de Coriolis,
que surge a partir do movimento de rotação da Terra e que vai ocasionar os desvios dos
ventos nos dois hemisférios, sendo que nos polos a força defletora é maior devido à maior
velocidade linear e no equador a Força de Coriolis é nula.

Devido à Força de Coriolis surge a Lei de Buys-Ballot, que diz que sempre que
voltarmos as costas para o vento teremos à nossa esquerda as maiores pressões e à nossa
direita, as menores pressões.

A direção e velocidade dos ventos dependem de quatro fatores: gradiente de


pressão, força de Coriolis, força centrípeta (pois a trajetória dos ventos não é retilínea) e
influência do atrito (devido à rugosidade do terreno com colinas, montanhas, edificações
etc).

Conforme o atrito com a superfície, pode-se dividir os ventos em 3 tipos:

1) Vento de superfície – até 100 metros do solo – máximo atrito;

2) Vento superior – de 100 até 600 metros – área de transição;

3) Vento gradiente – acima de 600 metros – fluxo livre de ventos.

Os ventos podem ser barostróficos, quando fluem exclusivamente devido ao


gradiente de pressão, em pequenas distâncias e os geostróficos, associados ao
movimento de rotação da Terra e ao gradiente de pressão, em grandes distâncias. Os de
escala local, como as brisas litorâneas e as de montanha e vale (também chamados
respectivamente de catabáticos e anabáticos) enquadram-se na primeira categoria e os de
macro-escala, como os ventos alísios, na segunda.

69
Os ventos geostróficos resultam do equilíbrio entre a Força de Coriolis e do
gradiente de pressão e ocorre acima de 600 metros de altura, livre da camada de fricção.

O Vento Gradiente resulta do equilíbrio das Forças de Coriolis, Gradiente de


Pressão e Força Centrífuga e ocorre acima de 600 metros de altura.

O vento Ciclostrófico surge do equilíbrio das Forças do Gradiente de Pressão e


Força Centrífuga e que se verifica próxima ao Equador, onde a Força de Coriolis é nula.

Nos aeródromos utilizam-se os anemômetros para medir a direção e a velocidade


dos ventos, sendo que os pousos e decolagens devem ser feitos, preferencialmente, contra
o vento, garantindo maior sustentação às aeronaves.

A direção do vento sempre indica de onde sopra o vento; para fins meteorológicos tal
direção tem como referência o norte geográfico (verdadeiro) e para os órgãos de tráfego
aéreo a referência é o norte magnético. Em relação à velocidade do vento, sua indicação é
feita em nós (kt).

Além da velocidade do vento, podem ocorrer rajadas, que são variações de, pelo
menos 10 kt em relação ao vento médio observado, em um período de até 20 segundos.

Os registros de vento em uma Estação Meteorológica de Superfície tomam por base


um período de 10 minutos de observação, enquanto que as Torres de Controle utilizam um
período de 2 minutos.

CIRCULAÇÃO ATMOSFÉRICA

Devido ao aquecimento diferencial do globo e à rotação da Terra, a atmosfera do


planeta está em constante movimento que, até 20.000 pés de altitude, é denominada
Circulação Geral Inferior, sendo composta por três faixas de vento em ambos os
hemisférios e uma zona de convergência na área equatorial:

1) Ventos Polares de Leste – Fluem dos anticiclones polares para as latitudes


temperadas e são desviados pela Força de Coriolis resultando em direção predominante
de este nos dois hemisférios.

2) Ventos Predominantes de Oeste – Fluem a partir dos anticiclones subtropicais nos


dois hemisférios em direção aos pólos, com fluxo predominante de oeste e
intensificando nas latitudes mais altas.

3) Ventos Alísios - Fluem a partir dos anticiclones subtropicais nos dois hemisférios em
direção ao equador e apresentam direção de SE no hemisfério sul e NE no hemisfério
norte.

70
4) ITCZ – Intertropical Convergence Zone – Região de encontro dos ventos alísios dos dois
hemisférios; varia entre 15º N a 12ºS e tem como posição média 5ºN, largura variável
(até 500 km) e acompanhando o verão no respectivo hemisfério. Entre as áreas de
ITCZ ocorrem regiões de baixas pressões e calmarias denominadas DOLDRUMS.

Figura 45 -Esquema da Circulação Atmosférica. Fonte: Salvat, 1980.

A Circulação Geral Superior, por sua vez, ocorre acima de 20.000 pés de altitude,
com origem nas latitudes equatoriais e tropicais e que fluem em direção aos pólos, como
retorno dos ventos que alcançaram a ITCZ, se elevaram a altas altitudes e seguem o
caminho inverso. São exemplos de ventos da Circulação Geral Superior:

! Corrente de Berson – Ventos que ocorrem no Equador, acima de 60.000 pés, de


W-E, com velocidades acima de 100 kt em direção aos pólos.

71
! Ventos Contra-Alísios – ocorrem nas latitudes tropicais, entre 20ºN e 20ºS, como o
retorno dos alísios em direção aos pólos.

! Correntes de Jato – faixas de ventos (cerca de 400 km de largura) que ocorrem nos
dois hemisférios em latitudes temperadas, acima de 30.000 pés, podendo apresentar
ventos entre 50 kt e 350 kt. Sua direção predominante é W, está associada à CAT
(Clear Air Turbulence) e é importante fator na movimentação das massas de ar
provenientes dos pólos.

Circulação Secundária ou Regional - circulações de escala espacial menor,


associadas, muitas vezes, à diferenças locais como a orografia.

! Brisas – circulações que surgem a partir do aquecimento diferencial entre a


superfície do mar e da terra.

! Brisa marítima – devido ao maior aquecimento da terra durante o dia em relação à


superfície do mar, ocorre o fluxo de ar do mar para o continente.

Figura 46 – Esquema de brisa marítima.


Fonte: http://www.physicalgeography.net/fundamentals/7o.html

! Brisa terrestre – ocorre durante a noite, do continente para o mar, devido ao maior
resfriamento do continente e, conseqüentemente maior pressão em relação ao ar
sobre o mar, mais quente e menos denso.

Figura 47 – Esquema de brisa terrestre. Fonte: http://www.physicalgeography.net/fundamentals/7o.html

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! Monções – circulação de ventos que ocorrem em algumas regiões do planeta (ex.:
sul da Índia), com predominância dos ventos soprando do mar (monções de verão),
causando chuvas abundantes ou soprando do continente (monções de inverno)
causando longo período de seca.

Figura 48 - Esquema de Monções de inverno e de verão.

Fonte: http://www.physicalgeography.net/fundamentals/7o.html

! Ventos de vale – ocorrem durante o dia, a partir do aquecimento do ar no fundo do


vale e sua ascensão pelas encostas.

Figura 49 – Esquema de vento de vale. Fonte: www.physicalgeography.net/fundamentals/7o.html

! Ventos de montanha – ocorrem durante a noite, com a descida, pelas encostas, do


ar mais frio em direção aos fundos de vale.

73
Figura 50 – Esquema de vento de montanha. Fonte: www.physicalgeography.net/fundamentals/7o.html

! Vento anabático – vento semelhante ao vento de vale, quando o ar mais aquecido,


durante o dia, se eleva sobre uma encosta (mais alongada).

! Vento catabático – vento similar ao vento de montanha, quando o ar, durante a


noite, se resfria na parte mais alta de uma encosta (mais alongada) e flui em direção
ao vale.

! Efeito Föehn – Ventos quente e secos que ocorrem à sotavento das elevações
montanhosas.

74
15. FORMAÇÃO DE GELO

A formação de gelo em aeronaves é fator de risco e causa de inúmeros acidentes


aeronáuticos, como o relatado abaixo.

“No dia 27 de dezembro de 1991, um MD-81 teve que fazer um pouso forçado fora
do aeroporto, partindo-se em três pedaços, pouco depois da decolagem. Quando o avião
corria na pista e iniciava a rotação para subir, o gelo que se tinha formado sobre as asas
desprendeu-se e foi ingerido pelas turbinas, situadas na cauda, que, em conseqüência,
pararam”. “O efeito mais devastador da formação de gelo é a modificação do perfil
aerodinâmico da asa. Quando se forma gelo, o fluxo de ar é alterado e a sustentação é
gravemente afetada. Testes feitos pela FOKKER, no túnel aerodinâmico, mostraram que
mesmo uma camada de gelo fina como uma folha de papel faz a sustentação diminuir em
25%....” (Pessoa, L.T., JT, 14/05/92, p.3 – Caderno de Turismo).

O gelo afeta a aeronave interna e externamente; dentro da aeronave o gelo se forma


no tubo de pitot, nos carburadores e nas tomadas de ar, diminuindo a circulação do ar para
instrumentos e motores; fora da aeronave, há o acúmulo de gelo nas superfícies expostas
gerando aumento do peso e resistência ao avanço. Nas partes móveis das aeronaves (rotor
e hélices), afeta seu controle e produz fortes vibrações.

Para a formação de gelo, são necessárias as seguintes condições:

1) Presença de gotículas super-resfriadas;

2) Temperatura do ar menor ou igual a 0ºC;

3) Superfície da aeronave menor ou igual a 0ºC.

4) Camada da atmosfera úmida (T – Td <= 6,0ºC)

Tabela 10 – Tipos de gelo

Tipo de gelo Condição da atmosfera Faixa de


temperatura

Gelo claro (brilhante, denso e


translúcido), cristal, liso ou
vidrado (mais perigoso devido - atmosfera instável ou
Entre 0ºC e –
à maior aderência e dificuldade condicional instável 10ºC
de remoção de grandes
gotículas superesfriadas)

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Gelo escarcha, amorfo ou - atmosfera instável ou Entre –10ºC e –20ºC
opaco (granulado, suave e condicional instável
semelhante ao formado no
- atmosfera estável ou
congelador) Entre 0ºC e –10ºC
condicional estável

Nebulosidade associada:

• Gelo tipo cristal está vinculado ao ar instável e turbulento estando, portanto, associado
às nuvens cumuliformes (Cu e Cb)

• Gelo tipo escarcha ocorre principalmente em atmosfera estável e sem turbulência,


estando associado à nuvens estratiformes (St, As)

Formação de geadas em aeronaves

• Quando se choca contra os pára-brisas das aeronaves podem causar grande restrição à
visibilidade.

• A geada se forma quando a aeronave voa durante muito tempo com temperatura abaixo
de 0ºC e depois passa por uma área com temperatura acima de 0ºC contendo água,
esta, ao se chocar com a superfície fria da aeronave, cria uma fina camada de gelo
esbranquiçada, de aparência de neve.

Intensidade de formação de gelo

A intensidade de formação é dimensionada conforme sua razão de acumulação na


aeronave.

Formação Leve – acúmulo lento, não ultrapassando a razão de 1 mm/min; geralmente a


evaporação compensa a acumulação de gelo e, portanto, não há problemas operacionais na
aeronave.

Formação Moderada – acumulação entre 1 e 5 mm/min. Há a diminuição da eficiência das


comunicações, erros nos instrumentos de pressão, pequena vibração e velocidade indicada
com perda de até 15%.

Formação Forte – formação quase instantânea, com grande e rápida (de 5 a 10 mm/min.)
acumulação de gelo sobre a aeronave, ocasionando fortes vibrações nos motores, alteração
nos comandos e velocidade indicada com perda de até 25%. Em poucos minutos pode
haver de 5 a 8 cm de acúmulo de gelo nas aeronaves.

76
Em situações mais graves, a formação de gelo pode determinar a imediata mudança
de nível de vôo, devido à ineficiência dos sistemas de combate à sua formação.

Efeitos do gelo sobre as aeronaves

1. Diminui a sustentação;

2. Aumenta a resistência ao avanço;

3. Perda da eficiência aerodinâmica;

4. Perda de potência dos motores;

5. Restrição visual;

6. Indicações falsas dos instrumentos etc.

Áreas críticas da aeronave em relação ao gelo

• Asas – modifica o perfil aerodinâmico, aumenta a resistência ao avanço e diminui a


sustentação.

• Hélices – reduz o rendimento e apresenta fortes vibrações.

• Tomadas de ar (TUBO DE PITOT) – afeta o indicador de velocidade vertical (climb),


altímetro e velocímetro.

• Carburador – reduz o rendimento do motor e sua potência.

• Antenas – afeta as comunicações, pois aumenta o diâmetro dos cabos e diminui o


isolamento em relação ao corpo da aeronave. Em situações extremas, o excesso de
peso pode causar a ruptura da antena.

• Pára-brisas

• Tanques de combustível

Sistemas Antigelo

São divididos em dois tipos: os anticongelantes (anti-ice), que impedem a formação de gelo
e os descongelantes (de-ice), que procuram retirá-lo.

Sistema mecânico:

Evita o acúmulo de gelo, mas não sua formação. Atua por meio de capas de borrachas
inseridas nos bordos de ataque das asas e empenagens. Tais capas inflam ar comprimido
periodicamente e rompem o gelo formado.

77
Sistema térmico:

Evita e combate a formação de gelo, aquecendo as partes mais vulneráveis da aeronave,


através de resistências elétricas incandescentes ou por meio de fluxos de ar aquecido dos
motores.

Sistema químico:

Geralmente tal sistema é usado de maneira preventiva nas hélices, pára-brisas e


carburadores, a partir de fluidos anticongelantes constituídos de água e álcool etílico, que
tem a capacidade de liquefazer o gelo formado ou impedir tal formação.

Informações úteis para diminuir ou evitar os efeitos da formação de gelo:

A) Faça a remoção do gelo que porventura exista sobre a aeronave antes da decolagem;

B) Use de forma correta o sistema antigelo;

C) Evite voar em FL dentro de nuvens com altos índices de precipitação, particularmente


entre as faixas de 0 e –20ºC;

D) Emita mensagem de posição com reporte de formação de gelo em seu FL.

Produtos da NOAA (NATIONAL OCEANIC AND ATMOSPHERIC ADMINISTRATION)

A NOAA disponibiliza na Internet, produtos experimentais mostrando áreas de formação de


gelo para os EUA em suas imagens de satélite.

Para a obtenção de tais produtos meteorológicos, pode-se acessar os seguintes sites:


http://orbit-net.nesdis.noaa.gov/arad/fpdt/icg.html e http://www.rap.ucar.edu/weather/satellite.html .

Além das áreas sombreadas de azul claro, mostrando a concentração de nuvens com
gotículas de água superesfriadas, também são inseridas as informações dos últimos
reportes dos pilotos sobre as imagens, em amarelo e com a seguinte classificação em
relação à formação de gelo: 0 = nenhuma; 1 = leve; 2 = leve/moderada; 3 = moderada; 4 =
moderada/severa e 5 = severa; as altitudes são plotadas em verde.

78
Figura 51 – Imagem de satélite meteorológico indicando áreas de formação de gelo.

Fonte: http://orbit-net.nesdis.noaa.gov/arad/fpdt/icg.html

Obs.: Deve-se esperar gelo sempre que a aeronave atravessar nebulosidade ou chuva em
camadas próximas ou acima do nível de congelamento, normalmente entre 6.000 e 20.000
pés. Em CB em formação, pode ser encontrado gelo severo em alturas ainda mais
elevadas. As regiões frontais, cavados, baixas pressões e sobre elevações montanhosas
também são áreas muito problemáticas em relação à formação de gelo.

79
d) atmosfera superior c) CNMA d) CMV latitudinal, encontra-se em
latitude:
5) A absorção da energia solar, 11) As porcentagens médias de a) polar b) tropical
pela atmosfera terrestre, tem início nitrogênio e de oxigênio na c) temperada d) equatorial
na: atmosfera terrestre, são
UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI a) ionosfera b) tropopausa c) respectivamente de: 17) Característica singular
CURSO SUPERIOR DE AVIAÇÃO CIVIL
troposfera d) estratosfera a) 21 e 78 b) 78 e 21 encontrada na tropopausa:
METEOROLOGIA AERONÁUTICA
c) 31 e 68 d) 68 e 31 a) baixas temperaturas
6) 0 percentual médio do gás b) altas temperaturas
TESTES 1 - INTRODUÇÃO À
nitrogênio, na atmosfera padrão 12) Nome do primeiro satélite c) isotermia
METEOROLOGIA, internacional, é de: meteorológico lançado: d) grandes variações de
ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA a) onze por cento a) GOES b) LANDSAT temperatura
METEOROLÓGICO E b) dezoito por cento c) TIROS d) IKONOS
ATMOSFERA. c) vinte e um por cento 18) A Ozonosfera está
d) setenta e oito por cento 13) A energia solar na localizada na:
1) A camada da atmosfera que faixa do ultravioleta é a) estratosfera b) exosfera
situa-se entre a troposfera e a 7) A meteorologia aeronáutica absorvida em c) ionosfera d) mesosfera
estratosfera denomina-se: constitui um ramo da: aproximadamente 75% na
a) ionosfera a) agricultura camada da 19) Organismo responsável
b) baixa atmosfera b) meteorologia pura a) ionosfera pela área de
c) exosfera c) meteorologia aplicada b) troposfera Meteorologia
d) tropopausa d) meteorologia sinótica c) tropopausa Aeronáutica no Brasil:
d) ozonosfera a) DECEA
2) A tropopausa é uma camada com 8) Os gases que são encontrados b) INPE
pouca espessura, que normalmente na atmosfera terrestre, em 14) As observações de c) DHN
varia de: maiores proporções, são os superfície realizadas nos d) INMET
a) 1 a 2 km b) 3 a 5 km seguintes: aeródromos brasileiros são
c) 100 a 200 m d) 300 a 400 m a) argônio e hélio executadas pelos(as) 20) Órgão da Meteorologia
b) oxigênio e hidrogênio a) CMA Aeronáutica responsável
3) As latitudes compreendidas entre c) nitrogênio e oxigênio b) EMA pela coleta de dados de
os círculos polares e os trópicos, d) nitrogênio e hidrogênio c) CMV radar:
denominam-se: d) EMS a) EMS
a) árticas 9) A camada da atmosfera que b) ERS
b) temperadas apresenta o maior grau de 15) Os fenômenos c) ERM
c) tropicais concentração molecular, denomina- meteorológicos mais d) EMA
d) equatoriais se: significativos para a aviação
a)exosfera b) troposfera se verificam na: NOME:
4) A camada da atmosfera onde a c)tropopausa d) estratosfera a) ionosfera b) troposfera
temperatura do ar sofre um c)tropopausa d) estratosfera TURMA:
decréscimo de 2°C/1.000 pés, 10) As mensagens meteorológicas
denomina-se: SIGMET e AIRMET são expedidas 16) Curitiba (PR), em
a) tropopausa por um órgão, cuja sigla é: relação à sua posição
b) baixa atmosfera a) CMA b) EMS
c) estratosfera

1
7) Condução é a transferência do calor
diretamente de molécula a molécula passando de 14) O instrumento meteorológico destinado a
uma para a outra de sua agitação, registrar graficamente as variações da
paulatinamente. Portanto, dentre as alternativas temperatura do ar, denomina-se:
UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI abaixo a que contém o elemento de maior grau a) barômetro b) higrógrafo
CURSO SUPERIOR DE AVIAÇÃO CIVIL de condutividade térmica é o/a: c) termógrafo d) termômetro
METEOROLOGIA AERONÁUTICA a) cobre b) feltro
c) amianto d) cortiça 15) Das alternativas relacionadas abaixo, indique
TESTES 2 – TEMPERATURA aquela que apresenta maior albedo:
8) A temperatura, em graus Celsius, que a) pântano b) topo de nuvem
1) Em meteorologia o transporte de calor pelos representa o “Zero Absoluto” é de: c) floresta d) terreno regular
ventos denomina-se: a) menos 459° b) mais 273º
a) condução c) zero d) menos 273° 16) A transferência de calor por contato direto
b) convecção entre os corpos é chamada de:
9) Considerando a temperatura a 10.000 pés de a) advecção b) radiação
c) advecção O5° C positivos e o gradiente térmico padrão,
d) radiação c) condução d) convecção
pode-se concluir que a temperatura ao nível do
2) A temperatura de 20° Celsius positivos mar, é de: 17) O transporte de calor na atmosfera no sentido
equivale na escala Farenheit a: a) 10°C b) 25°C c) 20°C d)15ºC vertical denomina-se:
a) mais 20 b) menos 58 a) condução
c) mais 58 d) mais 68 10) Em meteorologia a palavra convecção b) advecção
significa o(a): c) convecção
3) A escala termométrica utilizada na aviação a) transporte de calor pelo vento d) resfriamento
brasileira é a: b) transporte vertical de calor na atmosfera
a) Kelvin b) Rankine c) processo de transferência de calor molécula 18) O efeito estufa se verifica principalmente:
c) Celsius d) Fahrenheit a molécula a) nos dias de céu claro
d) transporte horizontal de calor na atmosfera b) nos dias com nebulosidade
4) Inversões térmicas à superfície podem causar c) diretamente em direção ao espaço
11) A temperatura obtida em vôo e lida
fenômenos, tais como: d) nenhuma das anteriores
diretamente no instrumento de bordo apropriado,
a) trovoadas
chama-se temperatura:
b) turbulências mecânicas 19) O processo no qual o calor se propaga
a) real b) estática
c) nuvens cumuliformes através do espaço denomina-se:
c) indicada d) verdadeira
d) nevoeiros a) condução
5) As superfícies mais claras e brilhantes refletem 12) A noite a temperatura do solo diminui pelo b) convecção
melhor a luz solar portanto, possuem albedo: processo de: c) radiação
a) nulo b) médio a) radiação b) convecção d) absorção
c) menor d) elevado c) condução d) advecção
20) O ar aquecido próximo da terra torna-se mais
6) A temperatura padrão ao nível do mar, na 13) Inversões térmicas indicam que a quente, mais leve e tende a subir produzindo:
escala Fahrenheit eqüivale a: ° temperatura: a) advecção
a) mais 03°F b) mais 05°F a) não se altera com a altitude b) convecção
c) mais 59ºF d) mais 69°F b) diminui com o aumento da altitude c) condução
c) aumenta com o aumento da altitude d) radiação
d) apresenta gradiente térmico positivo Nome_____________________________

2
7) Das alternativas abaixo, a precipitação líquida que
reduz a visibilidade de forma mais acentuada é o(a): 15) Quando a visibilidade horizontal de um aeródromo
a) chuvisco b) nevoeiro for de 1.200 metros e a umidade relativa de 75%,
c) névoa úmida d) pancada de chuva poderá estar ocorrendo:
a) nevoeiro b)névoa úmida
UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI
8) Dos elementos relacionados abaixo, indique o c) névoa-seca d) chuva
CURSO SUPERIOR DE AVIAÇÃO CIVIL litometeoro que mais restringe a visibilidade no
METEOROLOGIA AERONÁUTICA momento de um pouso: 16) Com o psicrômetro obtém-se parâmetros para a
a) névoa seca b) nevoeiro determinação do(a):
TESTES 3 – UMIDADE c) chuvisco d) névoa úmida a) pressão atmosférica
b) intensidade do vento
1) Um determinado volume de ar é considerado 9) Mantendo-se a pressão invariável e diminuindo a c) quantidade de precipitação
saturado quando contém uma quantidade de vapor de temperatura ocorrerá saturação de um dado volume de d) umidade relativa do ar
água equivalente a: ar na atmosfera, essa temperatura é denominada de:
a) 4 % b) 20 % a) bulbo seco 17) 0 instrumento destinado a medir a quantidade
c) 50% d) 100 % b) bulbo úmido precipitação denomina-se:
c) ponto de orvalho a) termômetro
2) 0 vapor de água apresenta peso molecular menor d) ponto de congelamento b) pluviômetro
que o do oxigênio, como conseqüência temos o ar seco: c) barômetro
a) mais aquecido e instável 10) Das alternativas relacionadas abaixo, indique a que d) higrômetro
b) menos denso que o ar saturado "não" tem relação com os nevoeiros:
c) mais denso que o ar úmido a) estabilidade do ar 18) A passagem da água do estado sólido para o
d) mais estável nos níveis baixos b) visibilidade irrestrita estado líquido denomina-se:
c) umidade relativa muito elevada a) fusão b) congelação
3) A passagem do vapor de água diretamente para o d) inversão da temperatura, próximo da superfície c)sublimação d) condensação
estado sólido, denomina-se:
a) fusão b) congelação 11) O instrumento meteorológico destinado a registrar 19) Dos fenômenos abaixo, identifique a precipitação
c) sublimação d) condensação graficamente as variações da umidade atmosférica, líquida que, dependendo da intensidade poderá reduzir
denomina-se: a visibilidade na superfície:
4) Os hidrometeoros assim como os litometeoros, são a) barômetro b) higrógrafo a) fumaça b) granizo
fenômenos importantes para a aviação, pois a sua c) barógrafo d) higrômetro c) chuvisco d) névoa úmida
ocorrência está diretamente relacionada a:
a) temperatura em altitude b)pressão atmosférica 12) Um piloto ao aproximar uma aeronave para o 20) 0 nevoeiro será definido como tal, quando a
c) visibilidade atmosférica d)gradiente térmico pouso, observa que a atmosfera está com um coloração visibilidade horizontal estiver:
avermelhada e a umidade relativa é inferior a 80%. 0 a) igual ou inferior a 5.000 metros
5) Para que um determinado volume de ar torne-se fenômeno que está restringindo a visibilidade é: b) superior a 3.000 metros
saturado, é condição primordial que a umidade relativa a)nevoeiro b) chuvisco c) inferior a 1.000 metros
esteja em torno de: c)névoa úmida d) névoa-seca d) entre 1.000 e 5.000 metros
a) 4% b) 25% c) 50% d) 100%
13) Um volume de ar que tem 30 gramas de vapor de Nome_____________________________
6) A condensação do vapor de água, num determinado água, satura-se com 70 gramas. Com base nestas Turma: ____________________________
nível da atmosfera terrestre, ocorre quando o ar resfria- informações, pode-se afirmar que a umidade relativa é
se e há: aproximadamente, em porcentagem de:
a) núcleo de condensação a) 50 b) 43 c) 63 d) 70
b) aumento da temperatura do ar
c) diminuição da densidade do ar 14) Quando a proporção de vapor de água atinge 1 por
d) diminuição da pressão atmosférica cento de um volume de ar considerado, pode-se afirmar
que a umidade relativa é de:
a) 25% b) 50% c) 75% d) 100%

3
c) proa c) cunha d) cavado
d) direita
15) Em um determinado local a pressão atmosférica
7) Um centro de alta pressão atmosférica é aquele onde: decresce gradualmente enquanto a temperatura do ar
a) há condições de formação de cumulonimbus encontra-se em ascensão. Considerando-se que a umidade
UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI b) as condições de tempo são péssimas para os vôos é baixa, espera-se no local:
CURSO SUPERIOR DE AVIAÇÃO CIVIL c) as pressões menores estão localizadas no centro da a) ocorrência de ventos calmos
METEOROLOGIA AERONÁUTICA área b) formação de nuvens stratus
d) as pressões maiores estão localizadas no centro da c) aproximação de frente fria
TESTES 4 – PRESSÃO ATMOSFÉRICA área d) formação de névoas e nevoeiros

8) Área alongada de baixa pressão atmosférica 16) A variação média da pressão atmosférica no sentido
1) Céu claro, ventos calmos no centro e fracos nas
denomina-se: vertical, adotada para cálculos práticos, é:
proximidades do centro, são características
a) cavado b) crista a) 1 hPa = 30 m
encontradas em um
c) cunha d) colo b) 1 hPa = 10 pés
a) colo
c) 1 hPa = 30 pés
b) cavado de pressão
9) A pressão atmosférica reduzida ao nível do mar para fins d) 1 hPa = 100 pés
c) centro de alta pressão
meteorológicos é o:
d) centro de baixa pressão
a) QNH c) QFE 17) A pressão atmosférica sofre variações:
b) QNE d) QFF a) com a temperatura
2) Isóbara é uma linha que une pontos de igual
b) com o período do dia
a) vento
10) A circulação anti-horária convergente caracteriza um: c) com a mudança brusca do tempo
b) pressão
a) ciclone na hemisfério norte d) todas as alternativas são corretas
c) umidade
b) ciclone no hemisfério sul
d) temperatura.
c) anticiclone no hemisfério sul 18) Ao nível do mar a pressão é de 1013 hPa. A 90 metros
d) anticiclone no hemisfério norte de altitude, deverá ser, de aproximadamente:
3) O instrumento que registra a pressão atmosférica
a) 1000 hPa c) 1006 hPa
denomina-se
11) Em uma carta sinótica a medida em que as isóbaras b) 1003 hPa d) 1023 hPa
a) barógrafo
estiverem mais próximas entre si, os ventos na região
b) barômetro
estarão mais: 19) O processo de formação e desenvolvimento de um
c) higrógrafo
a) calmos b) fracos centro de baixa pressão é chamado de:
d) termômetro
c) fortes d) variáveis a) depressão
b) ciclogênese
4) A pressão atmosférica ao nível da pista de um
12) A força do gradiente de pressão faz com que os ventos c) frontogênese
aeródromo também é conhecida como pressão
sempre fluam na direção dos (as) : d) anticiclogênese
a) padrão
a) pólos
b) da estação
b) anticiclones 20) Os elementos meteorológicos que sempre decrescem
c) verdadeira
c) pressões mais altas com a altitude são:
d) do aeródromo
d) pressões mais baixas a) pressão e densidade
b) umidade e densidade
5) Sistema de pressão que apresenta como característica
13) Como a atmosfera tende a homogeneidade, quanto c) temperatura e pressão
as correntes ascendentes que conduzem a umidade da
maior for a diferença de pressão entre dois sistemas d) temperatura e umidade
superfície, favorecendo a formação de nuvens denomina-
adjacentes, maior será o(a):
se:
a) efeito estufa Nome______________________________________
a) anticiclones
b) gradiente térmico Turma______________________________________
b) sistema convergente
c) turbulência mecânica
c) alta pressão
d) intensidade do vento
d) sistema divergente
14) Quando os valores de um sistema de pressão vão
6) Uma aeronave no hemisfério sul voando na direção de
aumentando gradativamente para o centro, dizemos que se
um anticiclone terá ventos de:
trata de um(a):
a) cauda
a) ciclone b) anticiclone
b) esquerda

4
8) 0 código da pressão atmosférica conhecida como
ajuste a zero é o: 15) Considerando a pressão ao nível do mar de 1009,2
a) QNH b) QNE hPa. A que distância vertical desse nível será
c) QFF d) QFE encontrado o nível padrão:
a) 30 pés acima
UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI 9) 0 altímetro de uma aeronave fornece seus valores b) 120 pés abaixo
CURSO SUPERIOR DE AVIAÇÃO CIVIL baseado na pressão atmosférica, portanto: c) 30 metros acima
METEOROLOGIA AERONÁUTICA a) com o aumento da pressão a indicação aumenta d) 120 metros abaixo
b) com o aumento da pressão a indicação diminui
c) com o ajuste padrão, indicará a altura da aeronave 16) Em determinado momento a temperatura no FL250
TESTES 5 - ALTIMETRIA d) marcará sempre o mesmo valor quando em um é de menos 20°C, logo podemos representá-la da
vôo reto horizontal seguinte maneira:
1) A pressão atmosférica ao nível do mar, para fins a) ISA + 5 b) ISA + 15
aeronáuticos é conhecido como: 10) A distância vertical que separa dois pontos no c) ISA + 10 d) ISA + 20
a) QNE b) QNH c) QFF d) QFE espaço, sendo que um dos pontos considerados
encontra-se no nível de 1013,2 hPa denomina-se 17) Uma aeronave sobrevoando uma região no FL100,
2) A pressão atmosférica determinada ao nível da pista altitude: com QNH no momento de 1018,2 hPa, estará:
de um aeródromo, também conhecida como ajuste a a) verdadeira b) absoluta a) na altitude pressão de 9.850 pés
zero, possui a sigla: c) densidade d) pressão b) na altitude indicada de 10.150 pés
a) QNE b) QNH c) QFF d) QFE c) na altitude pressão de 10.150 pés
11) Considerando que a elevação de um aeródromo é d) na altitude indicada de 9.850 pés
3) A distância vertical que separa uma superfície de 1.000 pés e a temperatura do ar é de 25º Celsius, a
isobárica do nível do mar, denomina-se: altitude densidade será de: 18) Uma aeronave encontra-se pousada numa pista,
a) nível b) altitude a) 1.900 pés cuja elevação é de 2.500 pés. A pressão reduzida ao
c) altura d) altitude pressão b) 2.200 pés nível do mar é de 1003,2 hPa. Com tais informações,
c) 2.500 pés pode-se afirmar que a altitude pressão da aeronave é
4) Uma aeronave voando em FL por ocasião do pouso d) 2.800 pés de:
ajusta seu altímetro para o QNH. A região onde a) 2.200 pés b) 2.500 pés
procedeu o ajuste chama-se: 12) Uma aeronave voando no FL060, com temperatura c) 2.800 pés d) 3.100 pés
a) nível transição verdadeira de 07° negativos, estará:
b) altitude de transição a) sem erro de pressão 19) O piloto de uma aeronave no FL095, constata que a
c) altitude pressão b) voando acima da altitude pressão altitude verdadeira é de 7.250 pés. Pode-se concluir que
d) elevação da pista c) voando abaixo da altitude pressão a pressão ao nível do mar, é de:
d) voando na própria altitude pressão a) 1013 hPa b) 938 hPa
5) Quando o altímetro de uma aeronave é ajustado c) 1075 hPa d) 945 hPa
para o valor da pressão de 1013,2 hPa, suas indicações 13) Uma aeronave sobrevoa Brasília no FL060. A
serão fornecidas em termos de: elevação da pista é de 3.450 pés, o QNH no momento 20) 0 altímetro de uma aeronave no FL050,
a) altura b) altitude pressão do sobrevôo é de 1008,2 hPa. Com estas informações, sobrevoando uma região cuja temperatura do ar é de 5°
c) altitude d) altitude verdadeira tem-se que altitude da aeronave é de: Celsius positivos, fornecerá uma indicação:
a) 6.000 pés b) 6.150 pés a) de acordo com a ISA
6) O FL é sempre em função do: c) 6.090 pés d) 5.850 pés b) abaixo da AP indicada
a) QNH b) QNE c) QFF d) QFE c) acima da AP indicada
14) Uma aeronave sobrevoa uma região no FL070. O d) 2.000 pés acima da AP indicada
7) Segundo os conceitos da ISA, a altura da atmosfera QNH no momento é de 1020,2 hPa, pode afirmar que
padrão em metros, é de: aeronave encontra-se na altitude:
a) 10.000 b) 15.000 a) real de 6.890 pés
Nome_____________________________________
c) 20.000 d) 30.000 b) real de 7.210 pés Turma_____________________________________
c) pressão de 6.890 pés
d) pressão de 7.210 pés

5
15) Quando se observa a presença de nuvens em
7) 0 nevoeiro pós-frontal ocorre: formas amendoadas, lenticulares, pode-se afirmar que
a) antes da passagem de um sistema frontal frio há presença de:
b) depois da passagem de um sistema frontal frio a) sistema frontal frio
c) antes da passagem de um sistema frontal quente b) turbulência orográfica
UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI d) depois da passagem de um sistema frontal quente c) excelentes condições de vôo
CURSO SUPERIOR DE AVIAÇÃO CIVIL d) cumulonimbus nas vizinhanças
METEOROLOGIA AERONÁUTICA 8) A presença de nuvens cirrocumulus indicam
turbulência em níveis: 16) Os boletins meteorológicos de aeródromo informam
a) médios sempre a visibilidade
TESTES 6 – VISIBILIDADE, NUVENS E b) altos a) medida, mínima, vertical
NEVOEIROS c) altos e médios b) medida, máxima, vertical
d) baixos e altos c) estimada, predominante, horizontal
1) Nuvens orográficas são as que se formam d) estimada, máxima, horizontal
a) à sotavento das montanhas 9) Das nuvens relacionadas abaixo indique aquela que
b) por convecção do ar úmido deverá ser evitada no momento de um vôo: 17) A umidade relativa de 90% com a visibilidade
c) pelo avanço de frentes frias a) CI b) AS reduzida a 3000 metros, indica a presença
d) à barlavento das montanhas c) CB d) ST a) fumaça
b) nevoeiro
2) 0 halo é um fenômeno meteorológico que se verifica, 10) Das alternativas abaixo, indique aquela que contém c) névoa seca
comumente nas nuvens: nuvens, exclusivamente do estágio baixo: d) névoa úmida
a) nimbostratus a) CS e ST b) ST e SC
b) cirrostratus c) CU e CC d) SC e NS 18) Instrumento usado para medir a altura da base de
c) cumulonimbus nuvens é conhecido como
d) stratocumulus 11) Em noites frias, no inverno, comumente encontra-se a) tetômetro
sobre os pântanos, lagos e bacias hidrográficas b) higrômetro
3) A presença de nuvens cirrus com aspecto alongado, nevoeiro do tipo: c) pluviômetro
“rabo de galo” caracteriza: a) de vapor b) marítimo d) visibilômetro
a) brisa marítima c) orográfico d) de radiação
b) chuva forte 19) Fumaça, poeira, e névoa seca são
c) vento forte em altitude 12) Uma aeronave a 4.000 pés de altura, sobrevoa a) litometeoros
d) chuva leve uma região com bastante nebulosidade. Considerando- b) fotometeoros
se que o ar encontra-se instável, pode-se concluir que a c) fonometeoros
4) As nuvens formadas por cristais de gelo são: nuvem predominante é: d) hidrometeoros
a) altas a) AS b) CU c) ST d) AC
b) médias 20) As nuvens de desenvolvimento vertical são
c) baixas 13) Um piloto posicionado a cabine de uma aeronave a) mistas b) sólidas
d) de desenvolvimento vertical alinhada com o eixo longitudinal da pista obtém ao c) liquidas formadas por cristais
longo da mesma um alcance visual cuja sigla é:
5) A altura máxima, segundo convenção internacional a) VSB b) RVR c) CLM d) VRB
das bases das nuvens do estágio baixo, em quilômetros Nome_____________________________________
é de: 14) As nuvens apresentam-se sob dois aspectos Turma_____________________________________
a) 01 b) 02 básicos que são:
c) 03 d) 04 a) altas e baixas
b) úmidas e saturadas
6) Quando a visibilidade horizontal de um aeródromo é c) instáveis e condicionais
inferior da 50 metros a mesma é considerada como: d) estratiformes e cumuliformes
a) zero b) relativa
c) variável d) irrelevante

6
6) Quando for previsto ou observado gradiente de 12) No METAR SBMN 201500Z 03008KT 9999
vento, que possa afetar adversamente as aeronaves FEW020 SCT030 SCT090 30/24 Q1013=, tem-se:
na trajetória de aproximação ou decolagem, o CMA-1 a) visibilidade de 10 Km ou mais
deverá emitir um: b) vento fluindo para nordeste
a) AVISO DE AERÓDROMO c) poucas nuvens a 2.000 metros
b) GAMET d) teto de 9.000 pés
UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI
c) SIGMET
CURSO SUPERIOR DE AVIAÇÃO CIVIL d) WS WRNG 13) No SPECI SBFI 141620Z 07017KT 4500 HZ
METEOROLOGIA AERONÁUTICA SCT016 FEW016TCU BKN100 23/18 Q1011= temos:
7) 0 código SIGMET dará uma descrição concisa em a) grandes cumulus esparsos
TESTES 7 – CÓDIGOS E CARTAS linguagem clara abreviada de fenômenos b) chuvisco leve
METEOROLÓGICOS meteorológicos na rota, que possam afetar a c) névoa-seca
segurança das aeronaves, estes fenômenos podem d) céu encoberto a 10.000 pés
1) No METAR SBCT 141500Z 18010KT 8000 ser:
SCT020 BKN090 08/02 Q1015=, tem-se: a) somente previstos 14) 0 grupo VV001, codificado no SPECI ou METAR,
a) vento de rajada b) previstos ou observados significa:
b) céu nublado a 2.700 metros c) somente observados a) nuvens 100 pés
c) visibilidade horizontal de 8.000 pés d) somente reportados por aeronaves b) visibilidade vertical de 100 m
d) ar saturado c) nuvens a 30 m
8) Como viria codificado no METAR o grupo de d) visibilidade vertical de 100 pés
2) No METAR SACO 171700Z 20007KT 0400 +DZ visibilidade e condições de tempo se o observador
OVC005 16/16 Q1020=, tem-se: verificar que a visibilidade horizontal é de 40 metros 15) Na mensagem: SBCW SIGMET 03 VALID
a) chuva forte com nevoeiro: 201155/201455 SBCT - CURITIBA FIR EMBD TS CB
b) céu nublado a 150 metros a) 0000 FG b) 0040 RA TOPS FL370 FCST IN BORGA PSN/TOMBO
c) ar instável e úmido c) 0050 BR d) 0050 HZ PSN/SBCG/SBCR/BORGA MOV E 08KT WKN, tem-
d) umidade relativa elevada se:
9) Quando no código SPECI ou METAR for a) trovoada embutida na área de controle de
3) A previsão de área GAMET, preparada por um codificada a informação RA, temos: Brasília
CMA-1, possui período de validez de: a) chuva moderada b) um período de validez de 3 horas para aquele
a) 02 horas b) 04 horas b) chuvisco leve fenômeno
c) 06 horas d) 08 horas c) chuva leve c) turbulência observada em Borga, a 37.000 pés
d) pancada leve de chuva de altitude
4) A informação "SIG WX: 18/22 IS0L TS", codificada d) trovoada deslocando-se para leste, com 08 nós,
na previsão de área GAMET significa: 10) No METAR SBCT 101000Z 15004KT 0800 FG porém intensificando-se
a) formação de gelo de 18.000 a 22.000 pés SCT003 BKN005 18/18 Q1016=, tem-se:
b) CB de 18.000 a 22.000 pés a) névoa úmida b) ar saturado 16) No TAF SBGL 200200Z 2006/2106 09005KT
c) trovoadas ocasionais c) céu encoberto d) nuvens esparsas a 500 pés 9999 SCT020 BKN080 TX26/2018Z TN15/2107Z
d) das 18 às 22 UTC trovoadas isoladas PROB40 TEMPO 2006/2014 3000 RA BKN020
11) No METAR SBGR 302300Z VRB10KT 180V270 OVC080 RMK PGW=, previu-se:
5) 0 código AIRMET é uma informação sobre 4000 TSRA BKN007 SCT030CB 0VC070 19/19 a) vento de leste, em relação ao norte magnético
fenômenos meteorológicos observados ou previstos Q1016=, tem-se: b) temperatura do ponto de orvalho igual a 18°
em rota que possam afetar a segurança das a) mensagem do dia 23 Celsius
aeronaves. Este código é elaborado no(a): b) pressão da estação de 1016 hPa c) hidrometeoro precipitante no intervalo das 0600
a) CMA-I b) CMV c) RAFC d) EMS c) trovoada com chuva leve às 1400 UTC
d) vento variando de 180 a 270 graus d) visibilidade horizontal igual ou superior a 10 km
em todo o período da mensagem
17) No TAF SBCT 172100Z 1800/1824 16005KT
9999 SCT020 TX15/1817Z TNM01/1812Z TEMPO 22) No TAF SBFL 071500Z 0718/0818 35008KT 27) No TAF SBCT 172100Z 1800/1824 16005KT
1806/1812 00000KT BKN010 RMK PAA=, foi previsto 6000 SCT030 TX32/0816Z TN23/0806Z PROB30 9000 SCT020 TX08/1816Z TN01/1812Z BECMG
ocorrer: TEMPO 0722/0802 5000 TSRA BKN020 FEW030CB 1806/1808 0900 FG VV001 BECMG 1815/1816
a) visibilidade restrita OVC050 RMK PGD=. Foi previsto: CAVOK RMK PGD= foi previsto:
b) vento com 05KT durante todo o período a) trovoada com chuva às 0500 UTC a) visibilidade vertical de 100 metros
c) temperatura mínima de 01°C positivo b) vento de rajada b) vento com 05 km/h em todo o período
d) vento calmo entre 06 e 12 UTC c) vento fluindo para o norte em todo o período c) nevoeiro entre 08 e 15 UTC
d) céu encoberto entre 22 e 02 UTC d) visibilidade restrita a partir das 16 UTC
18) No TAF SBPA 171430Z 1718/1818 09005KT
9999 BKN030 TX31/1720Z TN22/1806Z TEMPO 23) No TAF SBSC 161500Z 1618/1706 20010KT 28) No TAF SBCG 100800Z 1012/1112 22008KT
1810/1816 5000 BR BKN010 RMK PGA, tem-se: 5000 HZ SCT025 BKN100 TX37/1619Z TN23/1700Z 3000 HZ SCT020 TX30/1021Z TN21/1013Z TEMPO
a) vento calmo BECMG 1623/1701 00000KT BR RMK PGG= , tem- 1017/1022 27010G20KT TSRA SCT025 FEW030CB
b) visibilidade vertical igual a 9999 se: RMK PGE=, foi previsto ocorrer:
c) névoa úmida entre 10 e 16 UTC a) névoa seca da 01 a 06Z a) trovoada com chuva forte
d) abóbada celeste encoberta entre 10 e 16 UTC b) vento com 10KT em todo o período b) visibilidade de 3.000 m durante todo o período
c) previsão para um aeródromo internacional c) névoa úmida
19) No TAF SBKP 150200Z 1506/1606 16005KT d) névoa úmida a partir da 0100Z d) vento de rajada com 20KT das 22 às 12 UTC do
9999 BKN020 TX28/1515Z TN09/1606Z PROB4O dia seguinte
1606/1614 BKN015 RMK PDE=, foi previsto: 24) No TAF SBSP 201500Z 2018/2106 21005KT
a) vento fluindo para sudeste 9999 SCT020 TX30/2019Z TN15/2100Z BECMG 29) No TAF SBBH 050320Z 0506/0518 00000KT
b) nebulosidade baixa, ao longo de todo o período 2102/2104 2000 BR RMK PGB, tem-se: CAVOK TX29/0518Z TN18/0512Z BECMG 0511/05
c) temperatura do ponto de orvalho igual a 15°C a) névoa úmida após às 04 UTC 13 05006KT 2000 -DZ OVC009 RMK PGB=, temos:
d) céu nublado a 1.500 pés entre 14Z e 06Z b) visibilidade de 2.000 m entre 02 e 04 UTC a) chuvisco leve das 13 às 18 UTC
c) previsão para aeródromo internacional b) céu claro das O6 às 11 UTC
20) Na mensagem TAF SBCT 201400Z 2018/2118 d) início da validade às 1500 UTC c) previsão confeccionada às 0600Z
12010KT 9999 BKN012 TX29/2116Z TN16/2106Z d) que a previsão foi colocada a disposição dos
PROB30 2018/2101 3000 TSRA BKN012 25) No TAF SBGL 172130Z 1800/1824 18030KT usuários as 0300 UTC
FEW030CB 0VC080 RMK PBC= foi previsto: 6000 RA OVC030 TX31/1819Z TN21/1812Z
a) vento com 10KT durante todo o período FM181214 19010KT 3000 BR OVC010 RMK PGA=, 30) No TAF SBGL 150200Z 1506/1606 16005KT
b) trovoada com precipitação associada a vento de está previsto a ocorrência de: 9999 BKNO25 TX28/1518Z TN19/1607Z PROB3O
rajada a) chuva leve 1506/1511 3000 BR BECMG 1514/1516 SCT025
c) céu nublado por CB a 900 metros de altura b) vento de rajada com 30KT BKN200 PROB3O 1519/1524 27010KT 5000 TSRA
d) visibilidade horizontal de 3.000 metros da 0100 c) visibilidade de 3 km a partir das 14Z BKN020 FEW040CB BKN080 RMK PGD, foi previsto
às 1800 UTC d) visibilidade de 3.000 m a partir das 12:14 UTC a ocorrência de:
a) névoa-seca após as 0600 UTC
21) No TAF SBSP 170830Z 1712/1724 33005KT 26) No TAF SBGL 100300Z 1006/1106 32005KT b) visibilidade horizontal de 10 km ou mais às 1200
9999 BKN020 TX23/1721Z TN10/1713Z PROB30 2000 BR BKN080 OVC200 TX30/1018Z TN21/1106Z UTC
1719/1722 3000 +RA BKN015 BKN080 RMK PGD=, TEMPO 1016/1020 13015KT SHRA BKN020 c) elevação da base das nuvens entre 1400 e 1600
está previsto ocorrer: FEW028TCU OVC200 BECMG 1100/1102 20005KT UTC
a) céu nublado a 2000 pés entre 19 e 22 UTC 3000 -RA BKN0l5 OVC080 RMK PGC=, segundo a d) probabilidade de melhora da visibilidade
b) visibilidade de 3.000 m a partir das 22 UTC previsão temos: horizontal para 3000 m, às 0700 UTC
c) temperatura máxima de 23°C às 21 UTC a) chuva leve entre 00 e 02 UTC
d) previsão válida a partir das 0830Z b) visibilidade de 2.000 m entre 06 e 00 UTC Nome_____________________________________
c) trovoada com chuva leve das 16 às 20 UTC
d) céu parcialmente nublado por grandes cumulus Turma_____________________________________
c) altostratus a 500 metros a) pancada de chuva
d) stratus a 7.500 pés b) sistema de baixa
c) massa de ar quente
d) trovoada convectiva
07- A razão adiabática seca tem valor de:
UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI a) 0,6°C/100 metros 15- Qual das razões adiabáticas relacionadas abaixo,
CURSO SUPERIOR DE AVIAÇÃO CIVIL b) 0,65°C/100 metros representa um gradiente vertical térmico adiabático
METEOROLOGIA AERONÁUTICA c) 0,8°C/l00 metros saturado:
d) 1°C/100 metros a) 1,0°C por 100 metros
b) 3,6°C por 300 metros
TESTES 8 – ESTABILIDADE E 08- As nuvens cumuliformes formam-se em ar: c) 1,8ºC por 300 metros
TURBULÊNCIA a) neutro b) estável d) 3,42°C por 100 metros
c) instável d) condicional
01- A turbulência por cortantes a baixa altura provocada 16- Quando o gradiente térmico vertical estiver na razão
pela variação brusca da intensidade e/ou direção do 09- Na base de uma determinada nuvem que encontra- de 2°C/1.000 metros, tem-se uma atmosfera:
vento próximo a superfície denomina-se: se a 800 metros de altura a temperatura do ar é de a) estável b) instável
a) Convectiva b) frontal 20°C positivos, portanto a temperatura do ponto de c) condicional d) superadiabática
c) CAT d) wind shear orvalho na superfície é de mais:
a) 28°C b) 21.6°C 17- Dentre as alternativas abaixo relacionadas, indique
02- Chuvas intensas associadas as turbulências, são c) 23,6°C d) 18,4°C aquela que apresenta uma equivalência com a razão
fenômenos geralmente associados: adiabática seca:
a) as trovoadas 10- Considerando as temperaturas do ar e do ponto de a) 0,6ºC para cada 100 metros
b) aos anticiclones orvalho, ambas na superfície, respectivamente, de 32°C b) 3°C para cada 200 metros
c) as frentes quentes e 24°C, pode-se afirmar que a altura média da base das c) 2°C para cada 200 metros
d) aos centros de alta pressão nuvens convectivas em metros, será de: d) 0,65°C para cada 100 metros
a) 1.000 b) 1.100
03- Nuvens estratificadas com névoas restringindo a c) 1.200 d) 1.300 18- Quando uma aeronave sobrevoa uma região
visibilidade são características do ar em equilíbrio: montanhosa, sem nebulosidade e encontra uma
a) neutro b) estável 11- Determinar a temperatura do ar, em graus Celsius, turbulência. Pode-se afirmar que o fenômeno
c) instável d) condicional à superfície, sabendo-se que a do ponto de orvalho na encontrado é de origem:
base da nuvem cumulus, é igual a 15° Celsius e o NCC a) térmica b) frontal
04- Nuvens cumulus possuem suas bases a 1.500 m de da respectiva nebulosidade é igual a 1.000 metros. c) dinâmica d) orográfica
altura. Sabendo-se que a temperatura do ponto de a) 25 b) 27
orvalho a 700 m é de 14°C positivos. A temperatura do c) 29 d) 31 19- A turbulência dinâmica provocada pelo
ar na base das nuvens será de mais: deslocamento de massas de ar, denomina-se
a) 9,2°C b) 12,4°C 12- Há nuvens, que em função de sua natureza, turbulência:
c) 20,4°C d) 6,0°C propiciam turbulência térmica em aeronave em vôo. a) frontal b) convectiva
Dentre elas temos: c) wind shear d) de ar claro
05- O gradiente térmico de 1,6°C/100m é considerado: a) ST b) CI
a) normal c) SC d) CS 20- Se em um determinado aeródromo há nevoeiro,
b) auto-convectivo pode-se afirmar que:
c) adiabático seco 13- A turbulência que geralmente, aparece no verão a) há cumulonimbus
d) superadiabático sobre os continentes e com a presença de nuvens b) há ventos fortes
cumulus, denomina-se: c) o ar encontra-se estável
06- A temperatura do ar na superfície é de 24°C e o a) frontal b) térmica d) o ar encontra-se instável
ponto do orvalho de 20ºC. A nebulosidade convectiva c) dinâmica d) orográfica
que se formar será:
a) cumulus a 500 metros 14- Dos fenômenos abaixo, identifique o que é Nome_____________________________________
b) altocumulus a 1.000 pés caracterizado pela estabilidade atmosférica:

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07) A aproximação de um sistema frontal frio pode ser c) cPk d) mEw
identificado por um(a):
a) queda da temperatura e da pressão 14) Após a passagem de uma frente fria, geralmente
b) aumento da temperatura e da pressão ocorre:
c) aumento da temperatura e queda da pressão a) aumento da temperatura
UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI d) queda da temperatura e aumento da pressão b) diminuição da pressão
CURSO SUPERIOR DE AVIAÇÃO CIVIL e) c) diminuição da temperatura
METEOROLOGIA AERONÁUTICA 08) A frente fria no hemisfério sul tem um deslocamento d) aumento da precipitação
predominante de:
a) sudoeste b) nordeste 15) Uma frente em formação é conhecida como:
TESTES 9 – MASSAS DE AR E FRENTES c) sudeste d) noroeste a) frontogênese
b) frontólise
01) A frente fria é conhecida na carta sinóptica por uma 09) Um grande volume de ar, repousando sobre uma c) oclusão
linha: região, acaba adquirindo as características físicas de d) linha de instabilidade
a) vermelha b) azul pressão, temperatura e umidade, tornando-se um(a):
c) roxa d) preta a) frente 16) Quando duas massas de ar com características
b) tornado diferentes se encontram, ocorre:
02) Quando uma mPk é impulsionada na direção a uma c) massa de ar a) a mistura entre ambas
cTw, em principio tem-se a formação de um (a): d) ciclone tropical b) uma superfície de descontinuidade entre ambas
a) massa de ar quente c) o retorno das massas de ar para suas regiões de
b) frente quente 10) Os sistemas frontais frios ou quentes ocorrem, origem
c) massa de ar fria sempre entre: d) a mistura ou retorno das massas, dependendo do
d) frente fria a) uma baixa e uma alta pressão teor de umidade
b) duas cristas
03) Linha de trovoada que precede algumas frentes c) dois sistemas fechados de alta pressão 17) Uma frente fria torna-se estacionária em virtude de:
frias, denomina-se: d) dois sistemas fechados de baixa pressão a) o ar polar derivar para o oceano
a) frontólise b) o ar tropical estabelecer equilíbrio com o ar polar
b) frontogênese 11) A atmosfera em equilíbrio estável e com c) o ar tropical tornar-se mais intenso que o ar polar
c) frente oclusa litometeoros restringindo a visibilidade, são fenômenos d) o ar polar tornar-se mais intenso do que o ar
d) linha de instabilidade característicos de um(a): tropical
a) frente fria
04) Os sistemas frontais frios no hemisfério norte, tem b) ciclone tropical 18) Em uma frente fria:
um deslocamento predominante de: c) massa de ar quente a) o ar frio eleva-se sobre o ar quente
a) NE b) SE d) trovoada convectiva b) o ar frio penetra por baixo do ar quente
c) SW d) NW c) a inclinação é menor do que numa frente quente
12) Quando da aproximação de um sistema frontal frio, d) a inclinação é no mesmo sentido do deslocamento
05) As frentes frias em relação as frentes quentes são no hemisfério sul, tem-se:
mais: a) nevoeiro pré-frontal, vento fluindo de noroeste e 19) Ao avanço de uma frente fria sempre se opõe:
a) lentas e severas pressão em declínio a) uma massa de ar frio
b) rápidas e suaves b) vento fluindo de sudoeste, pressão em elevação e b) um centro de alta pressão
c) rápidas e violentas temperatura em elevação c) uma linha de instabilidade
d) lentas e violentas c) nuvens cirrus, pressão em elevação e vento fluindo d) um centro de baixa pressão
de noroeste
06) Uma massa de ar polar, fria, do pacífico, é d) vento fluindo de noroeste, pressão em declínio e 20) A observação de um aeródromo informa METAR
identificada pela designação: temperatura em elevação SBBR 1600Z 00000KT 3000 HZ NSC 30/20 Q1024=.
a) mPk b) mPw Isto nos mostra que em Brasília encontra-se uma massa
c) cTw d) mTw 13) Se a massa de ar apresenta boa visibilidade, céu de ar:
claro e baixa temperatura, sua classificação será: a) mEk c) cPk
a) cTw b) mTw b) cTw d) mPk

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a) ao longo das isóbaras d) formação de gelo claro
b) ao longo das isotermas
c) das pressões mais baixas para as mais altas 15) 0 fluxo dos ventos de superfície, sofre o mínimo
d) das pressões mais altas para as mais baixas efeito de fricção:
a) no mar
UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI 08) A trovoada na fase de dissipação apresenta como b) acima de 100 metros
CURSO SUPERIOR DE AVIAÇÃO CIVIL característica fundamental: c) sobre montanhas
METEOROLOGIA AERONÁUTICA a) turbulência máxima d) no nível gradiente
b) relâmpagos, somente
c) correntes descendestes, somente 16) Os ventos pertencentes a circulação geral inferior,
TESTES 10 – TROVOADAS, d) rajadas de vento a superfície predominam até:
CIRCULAÇÃO ATMOSFÉRICA E a) 10.000 pés b) 15.000 pés
FORMAÇÃO DE GELO 09) O gelo claro forma-se mais comumente, em ar: c) 20.000 pés d) 30.000 pés
a) estável com nuvens estratiformes
01) As fases de uma trovoada são respectivamente: b) instável com nuvens cumuliformes 17) Vento pertencente a circulação secundária, que
a) cumulus, maturidade e formação c) estável com nuvens cumuliformes ocorre durante o dia, devido o maior aquecimento da
b) cumulus, maturidade e dissipação d) instável com nuvens estratiformes superfície da terra em relação ao oceano, denomina-se:
c) cumulus, cumuliformes e dissipação a) brisa terrestre
d) cumulus, desenvolvimento e dissipação 10) No hemisfério sul, à medida que a força de atrito b) vento de vale
diminui com o aumento da altura, a direção e a c) brisa marítima
02) Sob condições de nebulosidade convectiva, a faixa intensidade do vento, respectivamente: d) vento catabático
ideal para a formação de gelo claro, é de zero a menos: a) mantém-se constante e aumenta
a) 10°C b) 15°C b) mantém-se constante e diminui 18) A faixa equatorial que separa a circulação geral dos
c) 20°C d) 25°C c) gira no sentido anti-horário e aumenta dois hemisférios, denomina-se:
d) gira no sentido horário e aumenta a) Doldrums
O3) A trovoada alcança o estágio de desenvolvimento b) ondas de este
máximo, quando atinge a fase de: 11) 0 gelo do tipo escarcha forma-se, mais comumente, c) confluência intertropical
a) cumulus b) maturidade em ar: d) frente fria
c) dissipação d) formação a) estável e nuvens cumuliformes
b) estável e nuvens estratificadas 19) Com relação ao vento, o de superfície estende-se
04) A circulação que ocorre a noite, devido ao c) instável e nuvens cumuliformes desde a superfície até um limite máximo de:
resfriamento do ar, tornando-o mais denso, e que desce d) instável e nuvens estratiformes a) 100 metros
ao longo da encosta por efeito da gravidade, denomina- b) 200 metros
se vento: 12) Os ventos que fluem, pelo equilíbrio das forças do c) 300 metros
a) catabático b) de vale gradiente de pressão e Coriolis, denominam-se: d) 600 metros
c) anabático d) Föhen a) gradiente b) geostróficos
c) barostróficos d) ciclostróficos 20) A direção do vento no METAR é informada:
05) A força aparente de Coriolis provoca uma a) de onde vem o vento em relação ao norte
componente devido à rotação da terra. No hemisfério 13- Os ventos alísios, no hemisfério sul e no hemisfério magnético
sul esse efeito provoca um desvio para o(a): norte, fluem respectivamente de: b) de onde vem o vento em relação ao norte
a) direita c) equador a) NW, SW b) SW, NW verdadeiro
b) esquerda d) polo c) SE, NE d) NE, SE c) em relação ao norte magnético e para onde vai o
vento
06) Os ventos que fluem por efeito, exclusivo, do 14) Na rota de uma aeronave o piloto observa a d) em relação ao norte verdadeiro e para onde vai o
gradiente de pressão denominam-se: formação de cumulus congestus e temperatura externa vento
a) gradientes b) geostróficos de menos 8°C, esta aeronave está sujeita:
c) barostróficos d) ciclostróficos a) formação de gelo opaco
b) formação de gelo escarcha Nome__________________________________
07) Os fluxos dos ventos tendem a fluir: c) atmosfera estável

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