Conceição Evaristo

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Conceição Evaristo

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Maria da Conceição Evaristo de Brito (Belo


Horizonte, 29 de novembro de 1946) é uma Conceição Evaristo
linguista e escritora brasileira. Foi também
pesquisadora-docente universitária.[1]

É uma das mais influentes literatas do movimento


pós-modernista no Brasil, escrevendo nos
gêneros da poesia, romance, conto e ensaio.
Como pesquisadora-docente, seus trabalhos
focavam na literatura comparada. A escritora Conceição Evaristo durante debate no
Festival Latinidades 2013
Nome Maria da Conceição Evaristo de
completo Brito
Índice
Nascimento 29 de novembro de 1946 (74 anos)
Biografia Belo Horizonte, Minas Gerais
Carreira acadêmica e profissional Nacionalidade Brasileira
Carreira como escritora Ocupação Escritora, poetisa, romancista e
ensaísta
Obras
Romance Prémios Prêmio Jabuti de Literatura 2015,
Faz a Diferença - Categoria Prosa
Poema 2017, Prêmio Cláudia - Categoria
Contos Cultura 2017
Participações em antologias Género Romance, conto, poesia
literário
Obras publicadas no exterior
Movimento Pós-modernismo
Referências literário
Ligações externas Magnum opus Ponciá Vicêncio

Biografia
Conceição nasceu em 29 de novembro de 1946.[2] Sua mãe, Joana
Josefina Evaristo, a teve na Santa Casa de Misericórdia de Belo
Horizonte. Segundo relato da própria Conceição, trata como pai a
Aníbal Vitorino, que se tornou seu padrasto ainda na infância.[3] Reproduzir conteúdo
Viveu seus primeiros anos na favela do Pindura Saia, uma Conceição Evaristo em entrevista no
comunidade extinta na década de 1970, localizada da zona sul de ano de 2017, aqui falando sobre
Belo Horizonte. Sua família era muito pobre e numerosa, tendo Escrevivência.
nove irmãos, sendo a segunda mais velha.[2]

Carreira acadêmica e profissional


Sua mãe a incentivou a estudar o primário e o ginásio em outra região da cidade, que tinha escolas mais
prestigiadas, pois considerava que as escolas da região da favela eram menos favorecidas e limitariam o
aprendizado dela. Mais tarde, saiu da favela para poder conciliar os estudos do curso normal enquanto
trabalhava como empregada doméstica. Concluiu o curso normal em 1971, já aos 25 anos.[2]

Mudou-se então para a cidade do Rio de Janeiro, em 1973, onde passou num concurso público para o
magistério, permanecendo ligada aos quadros do município até o ano de 2006; neste ínterim, nas décadas
de 1970 e 1980, também foi professora da rede municipal de Niterói.[2]

Prestou vestibular em 1987 para o curso de letras na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),
conseguindo bolsa de pesquisas durante o período. Formou-se no ano de 1990.[4][5] No seio da
universidade, ainda na década de 1980, entrou em contato com o grupo Quilombhoje, que a incentivou a
iniciar sua escrita. Estreou na literatura em 1990 com obras publicadas na série Cadernos Negros, publicada
pela organização.[6]

Entre 1992 e 1996 cursou mestrado em letras-literatura brasileira pela Pontifícia Universidade Católica do
Rio de Janeiro (PUC-Rio).[2]

A partir de 1999 licenciou-se da prefeitura do Rio de Janeiro e passou a lecionar na Universidade Federal
Fluminense (UFF), mantendo este vínculo até o ano de 2011.

Em 2008 ingressou no doutorado em letras-literatura comparada da Universidade Federal Fluminense,


concluindo os estudos em 2011.[7]

Após seu doutoramento, serviu como professora em diversas instituições, tais como o Middlebury College,
a PUC-Rio, a Universidade do Estado da Bahia (UNEB), a Universidade Regional Integrada do Alto
Uruguai e das Missões (URI) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Carreira como escritora

Suas obras, em especial o romance Ponciá Vicêncio, de 2003, abordam temas como a discriminação racial,
de gênero e de classe. Seu primeiro romance, Ponciá Vicêncio foi foco de pesquisa acadêmica pela primeira
vez, no Brasil, em 2007[8]. A obra foi traduzida para o inglês e publicada nos Estados Unidos em
2007.[9][10]

Em 2017, Conceição Evaristo foi tema da Ocupação do Itaú Cultural de São Paulo. Já em 2019, Conceição
Evaristo foi a grande homenageada da Bienal do Livro de Contagem.

No dia 18 de junho de 2018, Conceição Evaristo oficializou sua candidatura à Academia Brasileira de
Letras, entregando a carta de autoapresentação para concorrer à cadeira de número 7, originalmente
ocupada por Castro Alves. Segundo o Portal da Literatura Afro-Brasileira, a autora escreveu na carta:
“Assinalo o meu desejo e minha disposição de diálogo e espero por essa oportunidade”.[11] A eleição
ocorreu em 30 de agosto, Conceição recebeu um voto, acabou eleito o cineasta Cacá Diegues. [12]

Obras

Romance
Ponciá Vicêncio (2003)
B d M ó i (2006)
Becos da Memória (2006)

Poema
Poemas da recordação e outros movimentos (https://www.editoramale.com/product-page/po
emas-da-recorda%C3%A7%C3%A3o-e-outros-movimentos) (2017)

Contos
Insubmissas lágrimas de mulheres (https://www.editoramale.com/product-page/insubmissas
-l%C3%A1grimas-de-mulheres) (2011; 2ª edição pela Editora Malê, 2016 )
Olhos d`água (http://www.pallaseditora.com.br/produto/Olhos_d_agua/278/) (Editora Pallas,
2014) .

Histórias de leves enganos e parecenças (Editora Malê, 2016)

Participações em antologias
Cadernos Negros (Quilombhoje, 1990)
Contos Afros (Quilombhoje)
Contos do mar sem fim (Editora Pallas)
Questão de Pele (Língua Geral)
Schwarze prosa (Alemanha, 1993)
Moving beyond boundaries: international dimension of black women’s writing (1995)
Women righting – Afro-brazilian Women’s Short Fiction (Inglaterra, 2005)
Finally Us: contemporary black brazilian women writers (1995)
Callaloo, vols. 18 e 30 (1995, 2008)
Fourteen female voices from Brazil (EUA, 2002), Estados Unidos
Chimurenga People (África do Sul, 2007)
Brasil-África
Je suis Rio, éditions Anacaona (http://www.anacaona.fr), juin 2016.

Obras publicadas no exterior


Ponciá Vicencio. Trad. Paloma Martinez-Cruz, Austin: Host Publications, 2007. ISBN 0-978-
0-924047-34-3
L'histoire de Poncia, traduzido por Paula Anacaona, collection Terra, éditions Anacaona (htt
p://www.anacaona.fr). 2015. ISBN 978-2-918799-75-7
Banzo, mémoires de la favela, traduzido por Paula Anacaona, collection Terra, éditions
Anacaona (http://www.anacaona.fr). 2016. ISBN 978-2-918799-80-1

Referências
1. «Conceição Evaristo: Poemas da recordação e outros movimentos» (https://web.archive.org/
web/20170809040934/http://www.vermelho.org.br/prosapoesia/noticia.php?id_noticia=1419
94&id_secao=133). Portal Vermelho. Vermelho.org.br. 27 de fevereiro de 2012. Arquivado
do original (http://www.vermelho.org.br/prosapoesia/noticia.php?id_noticia=141994&id_sec
ao=133) em 9 de agosto de 2017
2. «Conceição Evaristo: biografia, principais obras - Brasil Escola» (https://brasilescola.uol.co
m.br/literatura/conceicao-evaristo.htm). Meu Artigo Brasil Escola. Consultado em 6 de
fevereiro de 2020
3. «Conceição Evaristo» (http://www.letras.ufmg.br/literafro/autoras/188-conceicao-evaristo).
Literafro. 23 de abril de 2021
4. DUARTE, Eduardo de Assis. «O Bildungsroman afro-brasileiro de Conceição Evaristo» (htt
p://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-026X2006000100017&script=sci_arttext). Rev.
Estud. Fem. vol.14 no.1 Florianópolis Jan./abril 2006. Scielo.br
5. «Coquetel de lançamento - Conceição Evaristo e Amélia Dalomba» (http://www.uel.br/neaa/
agenda/coquetel-de-lan%C3%A7amento-concei%C3%A7%C3%A3o-evaristo-e-am%C3%A
9lia-dalomba). NEAA. Uel.br. 7 de dezembro de 2011
6. «Maria da Conceição Evaristo, a voz da mulher negra na literatura» (https://noticias.r7.com/e
ducacao/maria-da-conceicao-evaristo-a-voz-da-mulher-negra-na-literatura-11072019).
R7.com. 11 de julho de 2019. Consultado em 6 de fevereiro de 2020
7. Cultural, Instituto Itaú. «Conceição Evaristo» (http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa68
51/conceicao-evaristo). Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 6 de fevereiro de 2020
8. Santos de Araújo, Flávia (30 de abril de 2007). «Uma escrita em dupla face: a mulher negra
em Ponciá Vicêncio, de Conceição Evaristo» (http://www.cchla.ufpb.br/ppgl/wp-content/uplo
ads/2012/11/images_Flavia.pdf) (PDF). PPGL UFPB line feed character character in
|titulo= at position 45 (ajuda)
9. ARRUDA, Aline Alves. «Ponciá Vicêncio, de Conceição Evaristo: Um Bildungsroman
Feminino e Negro» (http://www.letras.ufmg.br/literafro/data1/autores/43/conceicaocritica02.p
df) (PDF). Literafro - UFMG. Letras.ufmg.br[ligação inativa]
10. «Conceição Evaristo - Lançamento do livro "Insubmissas lágrimas de mulheres" » (http://ww
w.geledes.org.br/patrimonio-cultural/literario-cientifico/literatura/conceicao-evaristo/12172-co
nceicao-evaristo-lancamento-do-livro-insubmissas-lagrimas-de-mulheres). Geledés Instituto
da Mulher Negra. Geledes.org.br. 7 de dezembro de 2011
11. «Conceição Evaristo entrega carta oficializando sua candidatura à Academia Brasileira de
Letras - Negro Belchior» (http://negrobelchior.cartacapital.com.br/conceicao-evaristo-entrega
-carta-oficializando-sua-candidatura-a-academia-brasileira-de-letras/). Negro Belchior. 19
de junho de 2018
12. «Como a escritora negra Conceição Evaristo perdeu sua cadeira na ABL» (https://theinterce
pt.com/2018/08/30/conceicao-evaristo-escritora-negra-eleicao-abl/). The Intercept. 30 de
agosto de 2018

Ligações externas
Eu-Mulher (http://bayo.sites.uol.com.br/poemas_conceicaoevaristo.htm), poema de
Conceição Evaristo
Entrevista para a revista Conexão Literatura (http://www.revistaconexaoliteratura.com.br/201
7/10/entrevista-com-conceicao-evaristo.html)
Eu não sei cantar - Entrevista para a revista Raça Brasil (https://web.archive.org/web/20120
908093822/http://racabrasil.uol.com.br/cultura-gente/96/artigo15620-1.asp)
MENDES, Ana Cláudia Duarte. Eco e Memória: "Vozes-Mulheres", de Conceição Evaristo
(http://www.uel.br/pos/letras/terraroxa/g_pdf/vol17A/TRvol17Aj.pdf). Terra roxa e outras
terras – Revista de Estudos Literários - Volume 17-A (dez. 2009)

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