CFO Literatura Listas de Exerccios Completo
CFO Literatura Listas de Exerccios Completo
CFO Literatura Listas de Exerccios Completo
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SUMÁRIO
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94
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59
Listas de Exercícios Disponíveis
71
Marília de Dirceu.....................................................................................................................01
74
Noite na Taverna.....................................................................................................................05
S
A Falência.............................................................................................................................. 09
O
Sagarana................................................................................................................................11
MP
Quarto de Despejo...................................................................................................................15
CA
Morte e Vida Severina..............................................................................................................18
Nove Noites............................................................................................................................22
DE
O Livro das Semelhanças..........................................................................................................26
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DO
LITERATURA – LISTA DE EXERCÍCIOS – MARÍLIA DE DIRCEU
SY
01. Com base nos fragmentos abaixo, extraídos da fortemente marcada pelo pessimismo.
E
EN
Lira II, da obra Marília de Dirceu, de Tomás Antônio a) Apenas I está correta.
Gonzaga, assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as b) Todas estão corretas.
IZ
afirmações que seguem. c) Nenhuma está correta.
9L
d) Apenas II está correta.
“Pintam, Marília, os Poetas e) I e II estão corretas.
94
A um menino vendado,
92
Com uma aljava de setas, 04. Leia o fragmento de texto a seguir e faça o que se
59
Arco empunhado na mão; pede:
71
Ligeiras asas nos ombros,
O tenro corpo despido, Esprema a vil calúnia muito embora
74
E de Amor ou de Cupido Entre as mãos denegridas, e insolentes,
S
São os nomes, que lhe dão.” Os venenos das plantas,
O
E das bravas serpentes.
MP
[...] Chovam raios e raios, no seu rosto
“Tu, Marília, agora vendo Não hás de ver, Marília, o medo escrito:
CA
De Amor o lindo retrato, O medo perturbador,
Contigo estarás dizendo Que infunde o vil delito.
DE
Que é este o retrato teu. […]
L
Sim, Marília, a cópia é tua, Eu tenho um coração maior que o mundo.
DO
Que Cupido é Deus suposto: Tu, formosa Marília, bem o sabes:
Se há Cupido, é só teu rosto, Eu tenho um coração maior que o mundo.
SY
Que ele foi quem me venceu.” Tu, formosa Marília, bem o sabes:
Um coração …. e basta,
E
EN
( ) Na primeira estrofe, o poeta descreve uma figura Onde tu mesma cabes.
representativa do amor na mitologia clássica.
IZ
( ) Na primeira estrofe, a amada Marília é alertada (TAG, MD, Parte II, Lira II)
sobre a violência que se esconde por detrás da 9L
94
superfície do amor. Sobre o fragmento de texto de Tomás Antônio
( ) Na segunda estrofe, o poeta transfere o retrato de Gonzaga, Marília de Dirceu, assinale a alternativa
92
sua rendição em relação aos poderes do amor. a) a interferência do mito na tessitura dos poemas,
74
parênteses, de cima para baixo, é b) a interpelação feita a Marília muitas vezes é pretexto para
o poeta celebrar sua inocência e seu destemor diante das
MP
02. Assinale a alternativa correta em relação a Marília com as primeiras, concentradas na conquista galante da
de Dirceu, de Tomás Antonio Gonzaga. mulher amada.
SY
b) Trata-se de um conjunto de cartas de amor, enviadas por Dirceu (Lira XIV), de Tomás Antonio Gonzaga.
Marília, de Minas Gerais, a Dirceu, que se encontra em
49
c) Na obra, o pensamento racional é anulado em favor do 02. A sorte deste mundo é mal segura;
92
d) Nas liras de Gonzaga, Marília é uma mulher irreal, 04. Vem depois dos prazeres a desgraça."
71
incorpórea, imaginada pelo pastor Dirceu. 05. "Ornemos nossas testas com as flores
74
e) Trata-se de um livro satírico, carregado de termos 06. E façamos de feno um brando leito;
pejorativos em relação às convenções da época. 07. Prendamo-nos, Marília, em laço estreito,
OS
lírico de Maria Joaquina Dorotéia Seixas, amor 12. Também, Marília, morre."
13. "Ah, não, minha Marília,
E
II. Contém as seguintes características árcades: 14. Aproveite-se o tempo, antes que faça
exaltação ao bucolismo, linguagem coloquial, culto à 15. O estrago de roubar ao corpo as forças,
DO
foco a exaltação da amada, a segunda expressa Considere as seguintes afirmações sobre esses
sentimento de solidão, enquanto a terceira é excertos.
E
EN
1
LIZ
L
DO
LITERATURA – LISTA DE EXERCÍCIOS – MARÍLIA DE DIRCEU
SY
c) como um refúgio da vida atribulada das metrópoles do
E
EN
I. Os versos chamam a atenção para a passagem do século XIX.
tempo e expressam um convite aos prazeres de um d) como um prolongamento do estado emocional do poeta
IZ
amor sadio. e) como uma fonte para o retrato crítico às desigualdades
9L
II. Os versos 05 a 12 descrevem uma cena amorosa sociais.
ambientada na paisagem mineira da cidade então
94
chamada de Vila Rica. 08. Leia a estrofe de Tomás Antônio Gonzaga e faça o
92
III. Marília é um nome literário adotado para referia que se pede:
59
noiva do poeta inconfidente, cujo nome verdadeiro
71
era Maria Dorotéia de Seixas Brandão. Os teus olhos espalham a luz divina,
A quem a luz do sol em vão se atreve;
74
Quais estão corretas? Papoila ou rosa delicada e fina
S
Te cobre as faces, que são cor da neve.
O
a) Apenas I. Os teus cabelos são uns fios de ouro;
MP
b) Apenas II. Teu lindo corpo bálsamo vapora.
c) Apenas III. Ah! não, não fez o Céu, gentil Pastora,
CA
d) Apenas I e III. Para glória de amor igual Tesouro.
e) I, II e III.
DE
(TAG, MD, Parte I, Lira I)
L
06. Leia e responda.
DO
Sobre a personagem central feminina, podemos
Primeira Parte afirmar que:
SY
Lira I a) Marília é mostrada, ao mesmo tempo, como pessoa e
E
EN
como encarnação do Amor, como categoria absoluta.
Os teus olhos espalham luz divina, b) Apesar da beleza deslumbrante da amada, não se verifica,
IZ
A quem a luz do sol em vão se atreve; na construção dessa personagem, qualquer idealização
Papoila ou rosa delicada e fina 9L
clássica da mulher.
94
Te cobre as faces, que são cor da neve. c) A beleza luxuriante de Marília contrasta com o ideal de
Os teus cabelos são uns fios, d’ouro; serena fruição dos prazeres sadios da vida.
92
Teu lindo corpo bálsamos vapora. d) O poeta dirige-se a Marília unicamente como sua noiva e
59
Para glória de amor igual Tesouro! e) Marília, pela sua intensa sensualidade, representa o ideal
74
respectivamente:
Segunda Parte
CA
Trecho I
Lira XV
E
LD
nela é ideal, sublimado e hiperbólico. Os teus cabelos são uns fios d’ouro;
e) Observa-se a exploração do motivo da mulher inacessível Teu lindo corpo bálsamo vapora.
CA
b) como um local em que se busca a vida simples, pastoril ora loiros. A oscilação que se observa nas descrições
E
2
LIZ
L
DO
LITERATURA – LISTA DE EXERCÍCIOS – MARÍLIA DE DIRCEU
SY
“Eu, Marília, não sou algum vaqueiro
E
EN
a) Embora Marília corresponda a um ser real, Maria Que viva de guardar alheio gado,
Doroteia, ligado à vida do poeta, ele é, antes de tudo, uma De tosco trato, d`expressões grosseiro,
IZ
idealização poética. As descrições apenas atendem à Dos frios gelos e dos sóis queimado.
9L
idealização da mulher, exigida pelas convenções Tenho próprio casal e nele assisto;
neoclássicas. Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
94
b) O autor das liras está preocupado com a coerência dessas Das brancas ovelhinhas tiro o leite
92
descrições, com o padrão poético realizado em cada E mais as finas lãs, de que me visto.
59
composição, por isso a amada do poeta deixa de ser Graças, Marília bela,
71
associada à figura convencional da pastora. Graças à minha estrela!
c) O sujeito lírico, caracterizado como pastor, descreve sua Irás a divertir-te na floresta,
74
amada, a pastora Marília, na atmosfera atormentada dos Sustentada, Marília, no meu braço;
S
conflitos da paixão, fugindo às convenções bucólicas e Aqui descansarei a quente sesta,
O
pastoris do Arcadismo. Dormindo um leve sono em teu regaço;
MP
d) Apesar de o autor invocar a pastora Marília, suas liras são Enquanto a luta jogam os pastores,
destinadas a afirmar a dignidade e a valia do pastor Dirceu. E emparelhados correm nas campinas,
CA
As descrições mostram a intenção do autor em não revelar Toucarei teus cabelos de boninas,
o objeto de seu amor. Nos troncos gravarei os teus louvores.
DE
Graças, Marília bela,
L
10. Graças à minha estrela!”
DO
GONZAGA, Tomás Antônio. “Marília de Dirceu”.
Lira XI
SY
In: Literatura comentada. São Paulo: Abril Cultural, 1980.
“Não toques, minha musa, não, não toques
Na sonorosa lira,
E
É correto afirmar sobre as estrofes:
EN
Que às almas, como a minha, namoradas
Doces canções inspira: a) Ilustram não só preferências temáticas do Arcadismo,
IZ
Assopra no clarim que apenas soa, como o ideal de vida simples, o herói que se faz pela
Enche de assombro a terra! 9L
honradez e pelo trabalho, mas também o sentimento de
94
Naquele, a cujo som cantou Homero, transitoriedade da vida, que arrasta o poeta ao carpe diem
Cantou Virgílio a guerra.”
92
Tomás Antônio Gonzaga. Marília de Dirceu. (fuga da cidade), da áurea mediocritas (existência dentro da
71
Marília de Dirceu apresenta um dos principais traços linguagem simples, o que torna o poema artificial.
do Arcadismo. A opção que aponta essa característica b) Apresentam a fina ironia de Gonzaga, o que liga o poema
OS
temática, presente no texto, é às Cartas Chilenas, escritas pelo autor, depois que estava
preso, para ridicularizar o Visconde de Barbacena, feroz
MP
e) A fixação do momento presente. naquele momento, como elemento angélico e divinal, o que
faz a poética de Gonzaga preceder o Romantismo.
DO
Não verás separar ao hábil negro 13. Sobre o fragmento abaixo e sobre a escola a que
do pesado esmeril a grossa areia,
49
no fundo da bateia.”
92
No trecho de Marília de Dirceu, expressões como “cem se vem depois dos males a ventura,
71
cativos”, “rios caudalosos” e “granetes de oiro” vem depois dos prazeres a desgraça.
74
e) A prosperidade em que vivia o povo brasileiro. a) O trecho acima alterna versos decassílabos com versos
LD
Dirceu, um dos mais conhecidos poemas de nosso alternado com o verso mais longo, imitasse os altos e baixos
Arcadismo. Leia duas estrofes da Lira I, da primeira do destino
SY
3
LIZ
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DO
LITERATURA – LISTA DE EXERCÍCIOS – MARÍLIA DE DIRCEU
SY
mitológico da Grécia clássica. Além disso, segue-se a I – O poeta convida a amada, Marília, para
E
EN
referência ao período em que o deus foi pastor, reforçando aproveitarem juntos as maravilhas da cidade (a
o elo com a escola árcade, na qual os poetas corte).
IZ
frequentemente adotavam um pseudônimo pastoril, como II – Trata-se de um célebre poema de Tomás Antônio
9L
Glauceste ou Elmano. Gonzaga, no qual faz um elogio à vida simples e
c) Para o Arcadismo, a vida do pastor, singela e próxima da natural dos camponeses.
94
natureza, é bela e pura. No entanto os versos “Apolo já fugiu III – A natureza é idealizada como perfeita, em
92
do céu brilhante / já foi pastor de gado” criam uma imagem oposição à esterilidade e à inutilidade da cidade.
59
dentro da qual estar no céu é o polo positivo (felicidade) e Quais estão corretas?
71
ser pastor é o polo negativo (degradação). Portanto a
imagem contida nos versos é surpreendente quando a) Apenas I.
74
percebemos que ela subverte o tema árcade da vida pastoril b) Apenas II.
S
como ideal a ser buscado. c) Apenas III.
O
d) A imagem do deus Apolo fugindo do céu possui forte valor d) Apenas II e III.
MP
simbólico, explicável pelas características do Arcadismo: ela e) I, II e III.
remete a um conceito de mundo como espaço democrático,
CA
aberto às mudanças. Fica implícito que, se um Deus pode
fugir do seu destino traçado (estar no céu), seja por
DE
vontade, seja por necessidade, um homem comum também
L
pode mudar a própria condição de vida, tornando-se até
DO
mesmo rico e poderoso.
e) Os principais autores do Arcadismo, homens cultos e
SY
educados, escreviam poemas nos quais se exaltavam a
simplicidade e a vida em contato com a natureza. Gonzaga
E
EN
é, até certo ponto, coerente com isso, embora o eu-lírico
das Liras alterne poemas (ou estrofes) nos quais ele é “um
IZ
triste pastor” com outros (ou outras) nos quais surge a
figura do magistrado, diante de “altos volumes” sobre a 9L
94
mesa, decidindo processos jurídicos.
92
anterior, EXCETO:
E
EN
Considere as seguintes afirmações sobre o texto. 11. B 12. E 13. D 14. A 15. E
E
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4
LIZ
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LITERATURA – LISTA DE EXERCÍCIOS – NOITE NA TAVERNA
SY
Textos para as questões 01, 02 e 03 04. O excerto a seguir foi extraído da obra Noite na
E
EN
Taverna, livro de contos escritos pelo poeta
ultrarromântico Álvares de Azevedo (1831-1852).
IZ
A linha imaginativa, no ciclo da ficção em prosa, se inicia
9L
com Álvares de Azevedo. Começa, efetivamente, com Noite “Uma noite, e após uma orgia, eu deixara dormida no leito
na Taverna. [...] E por isso mesmo é que, se [sic, por
94
dela a condessa Bárbara. Dei um último olhar àquela forma
embora] de enorme significação no Romantismo,
92
nua e adormecida com a febre nas faces e a lascívia nos
ultrapassa-o para tornar-se uma das matrizes na ficção lábios úmidos, gemendo ainda nos sonhos como na agonia
59
brasileira: a matriz imaginativa, de fundo trágico, com voluptuosa do amor. Saí. Não sei se a noite era límpida ou
71
repercussão poética em seu irrealismo. negra; sei apenas que a cabeça me escaldava de
74
embriaguez. As taças tinham ficado vazias na mesa: aos
[...] O acervo do cancioneiro anônimo em sua fase oral, lábios daquela criatura eu bebera até a última gota o vinho
S
criado pelo povo em sua imaginação mítica – os fantasmas do deleite…”
O
e os aventureiros, a mulher e o demônio, o amor e a morte
MP
–, ressurge nos contos de Noite na Taverna transfigurado
literariamente. A base, pois, é cultural mente brasileira. E Com relação ao fragmento acima, afirma-se:
CA
isso explica por que o livro nasceu popular.
I) Acentua traços característicos da literatura
DE
[...] As personagens que narram – Solfieri, Bertram, romântica, como o subjetivismo, o egocentrismo e o
Genaro, Claudius Hermann, Johann –, e narram aventuras sentimentalismo, e despreza o nacionalismo e o
L
DO
em algumas partes do mundo, excluem aparentemente o indianismo, temas característicos da primeira geração
seu sentido brasileiro. [...] A paisagem, a fixação social e os romântica.
SY
costumes − que o documentário registra na poesia de II) Idealiza figuras imaginárias, mulheres incorpóreas
Casimiro de Abreu, Gonçalves Dias e Castro Alves; na
E
ou virgens, personagens que confirmam o amor
EN
novelística de Manuel Antônio de Almeida, José de Alencar inatingível, idealizado na literatura ultrarromântica.
e Bernardo Guimarães; na dramaturgia de Martins Pena – Dessa forma, no 1º parágrafo, o amor platônico não é
IZ
estão ausentes nos contos de Álvares de Azevedo. superado pelo amor físico.
9L
III) Tematiza a morte, presente em grande parte da
94
(Adonias Filho, Apresentação de Noite na Taverna)
obra do autor.
92
59
na Taverna:
b) Apenas II e III estão corretas.
c) Apenas I e II estão corretas.
OS
c) aproxima-se deles, ao apresentar uma narrativa de 05. Álvares de Azevedo é considerado o autor mais
caráter universal. intenso de uma geração da literatura brasileira e
E
LD
d) apresenta personagens que não se relacionam com o possuía suas inspirações. Assinale a alternativa
Romantismo. correta em que diga o autor que Álvares mais se
DO
e) distancia-se deles, ao não incorporar o ambiente físico e inspira e a geração em que escrevia.
humano do Brasil.
SY
02. O primeiro parágrafo permite inferir que Noite da b) Edgar Allan Poe, 1ª Geração do Romantismo.
EN
a) seria uma referência para a prosa ficcional brasileira, caso e) José de Alencar, 1ª Geração do Romantismo.
49
d) não se restringe aos limites do Romantismo, apesar de Se romantismo quer dizer, antes de mais nada, um
74
sua importância dentro dessa escola literária. progressivo dissolver-se de hierarquias (Pátria, Igreja,
e) ultrapassa os limites do Romantismo ao fundir Tradição) em estados de alma individuais, então Álvares de
OS
03. De acordo com o texto, Noite na Taverna “nasceu próprio Gonçalves Dias2; estes ainda postulavam, fora de si,
CA
popular” pelo fato de: uma natureza e um passado para compor seus mitos
poéticos; àqueles caberia fechar as últimas janelas a tudo o
E
romântica.
uma fenomenologia bem conhecida: o devaneio, o erotismo
c) refletir em seus contos a imaginação do povo.
SY
5
LIZ
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DO
LITERATURA – LISTA DE EXERCÍCIOS – NOITE NA TAVERNA
SY
sair do labirinto onde se aliena o jovem crescido em um
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EN
meio romântico-burguês em fase de estagnação. a) Gennaro é o único conto de Noite na Taverna em que não
A poesia de Álvares de Azevedo e a de Junqueira Freire se tem registro de mortes ou comportamentos moralmente
IZ
oferecem rica documentação para a psicanálise; e é nessa questionáveis.
9L
perspectiva que a têm lido alguns críticos modernos, b) O velho pintor, chamado de mestre, ao confrontar o jovem
ocupados em dar certa coerência ao vasto anedotário pintor, faz menção à história de como Judas traiu Jesus
94
biográfico que em geral empana, em vez de esclarecer a Cristo.
92
nossa visão dos românticos típicos. c) O dinamarquês Bertram, ao fazer uma aparição no conto,
59
Mas, para um enfoque artístico, importa mostrar como revela que Ângela poderia estar viva em algum lugar
71
todo um complexo psicológico se articulou em uma distante.
linguagem e em um estilo novo, que se manteve por quase d) Laura tinha a mesma idade de Nauza, a esposa do mestre,
74
trinta anos na esfera da história literária e sobreviveu, revelando, assim, uma crítica de Álvares de Azevedo a
S
esgarçado e anêmico, até hoje, no mundo da subcultura e relacionamentos com grande diferença de idade.
O
das letras provincianas. e) Gennaro planejou atirar no velho pintor para, então, poder
MP
Para tanto, a leitura de Álvares de Azevedo merece assumir seu relacionamento com Laura, sua filha.
prioridade, pois foi o escritor mais bem dotado de sua
CA
geração. Em vários níveis se apreendem as suas tendências
para a evasão e para o sonho. 09. Assinale a alternativa correta a respeito de Noite
DE
(Alfredo Bosi, História Concisa da Literatura Brasileira) na Taverna, de Álvares de Azevedo.
L
DO
1Poetas da Segunda Geração romântica. a) Em Solfieri, uma mulher em estado de catalepsia é tida
2Poetas da Primeira Geração romântica. como morta pela personagem que dá nome ao conto.
SY
3ubiquidade: onipresença. b) Álvares de Azevedo escreve Bertram de forma a ser um
conto de teor extremamente autobiográfico, quase como
E
EN
uma confissão.
06. As informações contidas no texto permitem à c) Claudius Hermann, ao se envolver com a criada do Duque
IZ
seguinte conclusão: Maffio, exprime uma postura crítica à divisão da sociedade
em classes.9L
94
a) Os poetas da Segunda Geração criticaram as instituições d) Apesar de ser uma obra crítica e transgressora à moral
porque as consideravam empecilhos para a expressão da cristã, o abuso de substâncias ainda é tratado como tabu.
92
do Romantismo e, por esse motivo, a Primeira Geração é a na Taverna, de Álvares de Azevedo. Relacione cada
que melhor representa essa escola. personagem com sua respectiva história e assinale a
MP
e) Os mitos poéticos que melhor expressam o caráter (1) SOLFIERI (2) BERTRAM
romântico foram desenvolvidos pelos poetas da Primeira (3) GENNARO (4) CLAUDIUS HERMANN
E
LD
pode ser vista como: (filha de Nauza e Godofredo) estava enamorada pelo pintor
que acabou se matando ao saber que ele não queria.
E
EN
a) uma tentativa de vencer a depressão. Godofredo, irritado, tenta convencê-lo a se matar, para
b) um desejo de viver plenamente o ideal burguês. vingar a morte da filha. O jovem pintor aceita, mas
LIZ
c) uma consequência do erotismo obsessivo. sobrevive. Quando volta a mansão dos Walsh, encontra
d) decorrência do fechamento do indivíduo em si mesmo. Nauza e Godofredo mortos.
49
e) a negação do passado alienante. ( ) Enquanto jogava bilhar, achou que Arnold (jovem loiro)
9
92
“ — Nauza! Nauza! Uma palavra, tu me amas? a “Tua G”, o jovem, curioso, vai ao encontra da tal. E ao
74
janela aberta e batia nela: nunca eu a vira tão pura e divina! que desonrara era Giórgia, sua própria irmã.
CA
***
( ) Em uma bela noite em Roma, o jovem vê uma mulher
chorando na janela, ela sai de casa e segue pela rua, ele a
E
alternativa correta.
EN
6
LIZ
L
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LITERATURA – LISTA DE EXERCÍCIOS – NOITE NA TAVERNA
SY
sofria de catalepsia. O jovem a levou para casa e trancou-a moça. Descobre que matou o próprio irmão e que “a virgem”
E
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em seu quarto. Ela morreu após dois dias e duas noites de que lhe propiciara “uma noite deliciosa” era sua irmã.
febre. Ele a enterrou embaixo da cama. Termina sua história e todos dormem. Chega à taverna sua
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( ) Rico e amante de cavalos, o jovem se apaixona pela irmã, Giorgia, que se vinga, matando-o com uma punhalada.
9L
Duquesa Eleonora. Após seis meses contemplando-a, ele a Descobrimos então que o jovem Arthur continua vivo e é
quer, carnalmente. Suborna o servo da Duquesa para Arnold, que participava da orgia na taverna. Giorgia se mata
94
colocar sonífero na bebida dela e todas as noites ela a e Arnold, beijando-a, crava um punhal no próprio peito.
92
possuía. Queria mais, quando o servo faz Eleonora dormir,
59
o jovem a rapta e a leva para um estábulo. Lá, tenta 12. Os principais temas presentes em Noite na
71
conquistá-la, mostrando as cartas de amor que escrevia. E Taverna são:
74
consegue, porém, a mulher é morta pelo marido que depois
se mata. a) Necrofilia, Morte e Assassinatos.
S
b) Bebida, Amizade e Amores Impossíveis.
( ) Se apaixonou por Ângela, a espanhola. Fugiu com ela c) Amor, Bebida e Morte.
O
MP
e viajaram, porém ela começou a beber, fumar, se vestir d) Viagens, Fratricídios e Morte.
como um homem e o abandonou. Depois, o jovem tenta se e) Amor, Assassinatos e Terror.
CA
suicidar na Itália, mas é salvo por um homem. O apaixonado
acorda em um barco onde o comandante o acolheu. Ele
DE
tinha uma mulher, no qual tal jovem se apaixonara. 13. Em vez de uma visão lógica da realidade, a
Dormiam todas as noites juntos. Porém uma noite, houve narrativa gótica prefere sondar as zonas obscuras do
L
DO
um ataque pirata e o navio encalhou. Sobraram os dois e o subconsciente, beirando os limites do sonho e da
capitão e por uma luta, o capitão tinha que morrer para loucura. Identifique no comportamento de Solfieri e de
SY
alimentá-los. A mulher propôs que morressem juntos, sua amada atitudes que sejam exemplo dessa
porém, o jovem a matara e uma onda a levara. inclinação para o inconsciente.
E
EN
A alternativa que indica a ordem correta das a) Comportamentos da mulher: o canto do início do texto;
IZ
personagens é: sua visita ao cemitério à noite; comportamento de Solfieri:
a)2–3–1–5–4. 9L
as orgias, a embriaguez, a necrofilia, a devassidão, a
94
morbidez.
b)3–5–1–4–2. b) Comportamentos da mulher: a busca por Solfieri; a briga
92
que passam a contar histórias – “uma lembrança do 14. Os relatos emoldurados em Noite na taverna, de
DO
passado” de cada um – que, na definição que apresentam, Álvares de Azevedo, são todo construídos a partir de
semelham aos “contos fantásticos” de Hoffmann. uma oposição entre amor e morte. Assinale a
SY
ter sido recebido no palácio de “um nobre velho viúvo e uma a) No relato de Bertram, o protagonista se apaixona por
beleza peregrina de dezoito anos”; depois de “desonrá-la”, Claudius Hermann, o amor homossexual terminando com os
LIZ
foge com a moça, vende-a para o pirata Siegfried, a quem amantes condenados, pela Inquisição, à morte na fogueira.
a moça envenena antes de se afogar. b) No relato de Johann, o herói que narra a sua história
49
c) Nauza é a jovem mulher de Godofredo, mestre de informa aos ouvintes de como, em um acesso de ciúmes,
9
Gennaro; ela e o aluno se apaixonam, mas Gennaro se matou a sua amante, Ângela.
92
envolve com Laura, “virginal” filha de Godofredo; Laura, c) Giorgia, que surge como amante virgem, em relato
59
grávida, morre, e enquanto Godofredo chora, Gennaro e narrado por um dos convivas que desfiam aventuras na
71
Nauza se amam; Godofredo atrai Gennaro para uma cilada, taverna, ressurge ao final para vingar-se da desonra,
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rouba ao Duque Maffio a mulher, Eleonora; certo dia, ao grávida e surge como um sinal positivo para o futuro – que,
voltar para casa, Hermann depara-se com “o leito ensopado no entanto, não se realiza, pois a gestante mata o feto,
CA
matara Eleonora. Claudius e Maffio duelam, e Hermann 15. Álvares de Azevedo, poeta paulista, falecido
crava a espada no peito do Duque. precocemente, escreveu, em prosa, o livro de Contos
DO
7
LIZ
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LITERATURA – LISTA DE EXERCÍCIOS – NOITE NA TAVERNA
SY
13.a 14.e 15.c
E
(2) É constituída por contos devassos,
EN
melodramáticos, típicos do ultrarromantismo.
IZ
9L
(3) Tem como ponto de partida a história de sete
jovens que bebem numa taverna, cada um deles
94
contando sua aventura criminosa e/ou moralmente
92
questionável.
59
(4) Apresenta um clima de pesadelo, de horror.
71
74
Estão corretas:
S
a) 1, 2 e 3 apenas.
O
b) 1, 3 e 4 apenas.
MP
c) 1, 2, 3 e 4.
CA
d) 2, 3 e 4 apenas.
e) 2 e 4 apenas.
LDE
DO
SY
E
EN
IZ
9L
94
92
59
71
74
OS
MP
CA
E
LD
DO
SY
E
EN
LIZ
949
92
59
71
74
OS
MP
CA
E
LD
GABARITO
DO
8
LIZ
L
DO
LITERATURA – LISTA DE EXERCÍCIOS – A FALÊNCIA
SY
1. Leia e responda. do enterro do marido de Camila.
E
EN
“Era Noca, que vinha toda alterada. 4. O protagonista de A Falência encarna um tipo
IZ
─ Nossa Senhora! Quebrou-se o espelho grande do salão! representativo da sociedade brasileira do século XIX.
9L
─ Quem foi que o quebrou? Perguntou Nina, para dizer Aponte a alternativa que apresenta duas
alguma coisa. características desse tipo social constatadas na
94
─ Ninguém sabe. Veja só, que desgraça estará para trajetória de Francisco Teodoro.
92
acontecer! Espelho quebrado: morte ou ruína.
59
─ Morte! Se fosse a minha...” a) De baixa posição social e sem recursos.
71
b) Brasileiro e herdeiro.
(ALMEIDA, Júlia Lopes de. A Falência. Campinas: Editora
c)Trabalhador livre e burguês.
74
da Unicamp, 2018, p. 257.)
d) Burguês e de baixa posição social
S
O diálogo apresenta a reação das personagens
O
5. Os trechos estão corretamente associados às
MP
femininas ao incidente doméstico com o objeto de
correspondentes personagens entre parênteses,
decoração no palacete de Botafogo.
EXCETO:
CA
a) “Esta ideia trouxe a lembrança da mãe, morta a facadas
Assinale a alternativa que justifica a fala final de Nina.
pelo pai, como adúltera”. (Capitão Rino)
DE
b) “Oh! Ser honesta, viver honesta, morrer honesta, que
a) A destruição do espelho a leva a desejar a morte, pois
L
felicidade!” (Camila)
sugere o alívio para a frustração amorosa.
DO
c) “Mais grave que o suicídio, o crime de Francisco Teodoro,
b) A quebra do espelho lhe provoca o temor da morte, uma
para ela, era deixar a família na miséria”. (D. Itelvina)
SY
vez que antecipa a ruína financeira.
d) “Era uma mulher delgada, branca e loira, com um par de
c) A destruição do espelho traz a certeza da morte, pois
olhos semelhantes ao do Capitão Rino, de um azul de
E
sinaliza o suicídio do ser amado.
EN
faiança, uma fisionomia vaga, de anjo de corativo”. (Ruth)
d) A quebra do espelho a faz desejar a morte, pois sugere a
6. Analise todos os itens a seguir feitos sobre a obra A
IZ
catástrofe amorosa do casamento.
falência, de Júlia Lopes, para em seguida marcar o
2. Leia e responda. 9L
único errado sobre o romance:
94
a) A narrativa em questão se passa no “ano de 1891 em que
o preço do café assumira proporções extraordinárias”
92
nisso!
b) Imigrante português pobre, Teodoro conseguiu, por meio
71
(ALMEIDA, Júlia Lopes de. A Falência. Campinas: Editora quando em Inocêncio uma superioridade intelectual.
da Unicamp, 2018, p. 123.) e) As constantes referências a Gama Torres como o
SY
de seu filho. Assinale a alternativa que explica seus amigos tenham opiniões negativas a respeito dele.
corretamente o comentário de Mário. 7. No início do romance A falência, de Júlia Lopes, o
LIZ
b) Mário rejeita as reservas maternas com censura moral. lo: quente, arfante, fornalha, bafejante/bafejada,
92
c) Mário contrapõe-se à censura materna com desdém pela incêndio, febre/febril, arder/ardente. Elas
59
família. contribuem:
71
3. Tendo em vista a relação amorosa entre Camila e o b) para expressar a noção de justiça social do livro.
Dr. Gervásio, assinale a única opção ERRADA entre as c) ao revelar o bem-estar dos funcionários do lugar.
MP
Camila e passa a encará-la como uma obra sua. 8. Todas as opções a seguir referem-se à narrativa A
c) A relação entre os dois termina quando o médico revela Falência e estão corretas, EXCETO:
DO
a Camila que continuava oficialmente casado. a) A autora não se limita a retratar a sociedade burguesa
SY
d) A primeira vez que se repeliram aconteceu logo depois carioca. Lança também os olhos sobre os espaços
E
9
EN
LIZ
L
DO
LITERATURA – LISTA DE EXERCÍCIOS – A FALÊNCIA
SY
suburbanos. do que com os braços e alarga seus horizontes pelas
E
EN
b) No final da narrativa, a autora defende a tese de que é conquistas nobres do pensamento e do cálculo. O Torres é
possível às mulheres (espaço privado) sobreporem-se às de bom estofo; é destes. Conheço os homens.
IZ
adversidades do mundo masculino (espaço público). (A falência, de Júlia Lopes, p.9).
9L
c) A principal razão para o suicídio do protagonista Francisco A fala acima pode ser vinculada ao personagem:
Teodoro é o arrependimento pelo seu passado dedicado
94
a) Francisco Teodoro.
apenas ao trabalho, sem tempo para a família.
92
b) Inocêncio Braga.
d) Um dos assuntos mais importantes desse romance é a
c) Motta.
59
situação da mulher na sociedade do Rio de Janeiro, na
d) Dr. Gervásio.
71
virada do século XIX para o século XX.
e) Capitão Rino.
74
9. A narrativa A falência, de Júlia Lopes, se passa
quando o casal já tem duas décadas de casamento e 13. Em certa passagem da narrativa, Camila e Dr.
S
quatro filhos. Avalie as informações abaixo sobre Gervásio, acompanhados de Ruth (filha de Camila), ao
O
chegarem a uma confeitaria, encontram uma mulher
MP
cada um dos membros da casa:
ainda moça, “toda de luto”, que causou forte comoção
CA
I. Mário, um jovem que gasta o dinheiro da família em no médico e preocupação em Camila. Assinale a opção
jogatinas e com prostitutas, mas é dado ao universo que revela a identidade dessa mulher.
DE
do trabalho.
a) Antiga namorada de Dr. Gervásio, já falecida.
II. Ruth, uma adolescente apaixonada por música e
b) A esposa de Dr. Gervásio.
L
arte sendo o piano o seu instrumento predileto.
DO
c) Uma amante do marido de Camila.
III. Lia e Raquel, gêmeas ainda muito crianças e
d) A amante francesa de Mário, filho de Camila.
SY
apegadas a mãe.
IV. Ao longo da história, descobrimos que Camila,
14. A temática amorosa envolve várias personagens.
E
muito mais conhecida apenas por Mila, mantinha um
EN
As opções a seguir mostram situações relacionadas à
relacionamento adúltero com Dr. Gervásio, médico e
vida amorosa dessas personagens que são
amigo da família.
IZ
confirmadas pela narrativa, EXCETO:
São CORRETAS as alternativas:
9L
a) Se a esposa do Dr. Gervásio lhe tivesse concedido o
94
a) Apenas I e III. divórcio, ele assumiria Camila como esposa no final da
92
situa em um período posterior, mas não muito experiência amorosa e ela, Nina, não ser correspondida em
distanciado da abolição da escravidão e da sua paixão.
MP
assalariado por meio da presença de fábricas e casas Lopes, a momentos de um misticismo como a morte de
E
comerciais, como a de Teodoro. O tema da escravidão, um pássaro e quebra de um espelho, que são sempre
LD
a) Noca.
a) Francisco Teodoro. b) Joca.
SY
b) Sancha. c) Motta.
c) Joca. d) Mattos.
E
d) Camila.
EN
e) Inocêncio Braga.
e) Paquita.
LIZ
c) A morte de cacatua.
d) a religiosidade de Joana.
OS
10
EN
LIZ
L
DO
LITERATURA – LISTA DE EXERCÍCIOS – SAGARANA
SY
1. A respeito do contexto histórico, estético e artístico 4. A respeito dos personagens dos contos que fazem
E
EN
da escrita e da publicação de Sagarana, de João parte do livro Sagarana, de João Guimarães Rosa,
Guimarães Rosa, assinale a alternativa correta: assinale a alternativa correta:
IZ
9L
a) Sagarana foi publicado em 1946 e não faz parte do a) Guimarães Rosa retrata, em Sagarana, vários
movimento cultural e artístico conhecido como modernismo, personagens que detêm algum tipo de poder econômico ou
94
mais precisamente a fase conhecida como geração de 30, social. Exemplos disso são os fazendeiros Major Saulo,
92
marcada por preocupação social e política e por temáticas personagem do conto “A volta do marido pródigo”, e Augusto
59
universais. Matraga, personagem do conto “A hora e vez de Augusto
b) Sagarana foi publicado em 1945 e faz parte do
71
Matraga”; e o político Major Anacleto, personagem do conto
movimento cultural e artístico conhecido como modernismo, “O Burrinho Pedrês”.
74
mais precisamente a fase conhecida como geração de 30, b) Guimarães Rosa retrata, em Sagarana, vários
marcada por preocupação social e política e por temáticas
S
personagens que detêm algum tipo de poder econômico ou
universais.
O
social. Exemplos disso são os fazendeiros Major Saulo,
MP
c) Sagarana foi publicado em 1946 e faz parte do personagem do conto “O Burrinho Pedrês”, e Augusto
movimento cultural e artístico conhecido como Matraga, personagem do conto “A hora e vez de Augusto
CA
modernismo; apesar de ter sido publicado na fase do Matraga”; e o político Major Anacleto, personagem do conto
modernismo que se costuma chamar de geração de 45, o “A volta do marido pródigo”.
DE
livro começou a ser escrito ainda na fase do modernismo c) Guimarães Rosa retrata, em Sagarana, vários
que se costuma chamar de geração de 30.
L
personagens que detêm algum tipo de poder econômico ou
DO
d) Sagarana foi publicado em 1947 e faz parte do social. Exemplos disso são os fazendeiros Major Saulo,
movimento cultural e artístico conhecido como modernismo, personagem do conto “Questões de família”, e Augusto
SY
mais precisamente a fase conhecida como geração de 30, Matraga, personagem do conto “A hora e vez de Augusto
marcada por preocupação social e política e por temáticas Matraga”; e o político Major Anacleto, personagem do conto
E
regionais.
EN
“O Burrinho Pedrês”.
e) Sagarana foi publicado em 1946 e faz parte do d) Guimarães Rosa retrata, em Sagarana, vários
IZ
movimento cultural e artístico conhecido como personagens que detêm algum tipo de poder econômico ou
9L
modernismo; apesar de ter sido publicado na fase do social. Exemplos disso são os fazendeiros Major Saulo,
modernismo que se costuma chamar de geração de 45, o
94
personagem do conto “São Marcos”, e Augusto Matraga,
livro começou a ser escrito ainda na fase do modernismo personagem do conto “A hora e vez de Augusto Matraga”; e
92
que se costuma chamar de geração heroica. o político Major Anacleto, personagem do conto “Questões
59
de família”.
2. A respeito de Sagarana, leia atentamente as
71
mas poucas vezes esse sertão é o sertão de Minas personagem do conto “Corpo Fechado”, e Augusto Matraga,
Gerais. personagem do conto “A hora e vez de Augusto Matraga”; e
MP
significativa na maioria dos contos de Sagarana. caminho, entrou na boca aberta do Pará, e pegou a subir.
Cada ano ameaçava um punhado de léguas, mais perto,
SY
Estão corretas:
mais perto, pertinho, fazendo medo no povo, porque era
sezão brava – “da tremedeira que não desmontava” –
E
a) Apenas I.
EN
c) “Sarapalha”.
Gerações têm como um de seus representantes,
71
d) “Conversa de bois”.
respectivamente,
e) “Corpo fechado”.
74
Cunha.
b) Clarice Lispector, Carlos Drummond de Andrade e somente renovando a língua é que se pode renovar o
MP
11
LIZ
L
DO
LITERATURA – LISTA DE EXERCÍCIOS – SAGARANA
SY
7. “Em cima das rapaduras, o defunto. Com os 9. Leia o trecho de “A hora e vez de Augusto Matraga”,
E
EN
balanços, ele havia rolado para fora do esquife, e conto presente em Sagarana, de Guimarães Rosa:
estava espichado, horrendo. O lenço de amarrar o
IZ
queixo, atado no alto da cabeça, não tinha valido de “Matraga não é Matraga, não é nada. Matraga é
9L
nada: da boca, dessorava um mingau pardo, que ia Esteves. Augusto Estêves, filho do Coronel Afonsão
babujando e empestando tudo. E um ror de moscas, Esteves, das Pindaíbas e do Saco-da-Embira. Ou Nhô
94
encantadas com o carregamento duplamente Augusto – o homem”.
92
precioso, tinham vindo também.”
59
O trecho acima integra um dos contos de Sagarana, Esse trecho, presente no início do conto, sugere que a
71
obra de João Guimarães Rosa, publicada em 1946. trajetória de Augusto Estêves/Nhô Augusto/Matraga
Considerando o trecho indicado podemos afirmar que pode ser dividida em três fases distintas. Para cada
74
se trata de: uma dessas fases, o personagem adota um nome
S
diferente. Sobre isso, marque a alternativa correta:
O
a) “Conversa de Bois”, que relata a viagem de uma comitiva
MP
em que os bois falam entre si, tramam o destino dos a) Matraga representa a primeira fase, quando o
humanos, e é acompanhada por uma irara, curiosa dos personagem adota um comportamento libertino e
CA
acontecimentos da jornada. desenfreado. Nhô Augusto representa a segunda fase,
b) “O Burrinho Pedrez” que conta um episódio de catástrofes quando o personagem muda de postura e passa a desejar
DE
em que, em sua maioria, boiada e vaqueiros se afogam nas buscar a salvação para a sua alma. Augusto Estêves
L
águas tempestuosas de um rio, ao tentarem fazer a sua representa a terceira fase, quando o personagem, agindo
DO
travessia. sob dois impulsos que são amálgamas de suas duas fases
c) “A Hora e a vez de Augusto Matraga”, que narra as anteriores, sai em busca de sua “hora” e “vez”.
SY
vicissitudes de um fazendeiro valentão, vítima de um b) Nhô Augusto representa a primeira fase, quando o
atentado que, após, marcado com ferro em brasa, é lançado personagem adota um comportamento libertino e
E
EN
num despenhadeiro. desenfreado. Augusto Estêves representa a segunda fase,
d) “Duelo”, cuja narrativa revela a perseguição mútua de quando o personagem muda de postura e passa a desejar
IZ
dois homens com intenção assassina para a vingança de um buscar a salvação para a sua alma. Nhô Augusto representa
crime passional. 9L
a terceira fase, quando o personagem, agindo sob dois
94
impulsos que são amálgamas de suas duas fases anteriores,
8. Leia a cantiga que serve como epígrafe de “O sai em busca de sua “hora” e “vez”.
92
Burrinho Pedrês”, primeiro conto de Sagarana, de c) Augusto Estêves representa a primeira fase, quando o
59
preguntei: p'ra donde ia? a terceira fase, quando o personagem, agindo sob dois
P'ra rodar no mutirão.” impulsos que são amálgamas de suas duas fases anteriores,
MP
Sobre essa epígrafe e sobre o conto “O Burrinho personagem adota um comportamento libertino e
Pedrês”, analise as afirmativas abaixo: desenfreado. Nhô Augusto representa a segunda fase,
E
LD
contrastantes não apenas no uso de léxico, que indica terceira fase, quando o personagem, agindo sob dois
a oposição entre masculino e feminino impulsos que são amálgamas de suas duas fases anteriores,
SY
consoantes (/ã/) e toantes (/a/ e /e/); personagem muda de postura e passa a desejar buscar a
II. Na epígrafe, o destacamento das sílabas em salvação para a sua alma. Matraga representa a segunda
LIZ
b) Apenas II.
LD
12
LIZ
L
DO
LITERATURA – LISTA DE EXERCÍCIOS – SAGARANA
SY
Estão corretas: III. O trecho “O mosquito fêmea não ferroa de-dia;
E
EN
está dormindo, com a tromba repleta de maldades ...
a) I e III. Primo Ribeiro dormiu mal e o outro não dorme quase
IZ
b) II e IV. nunca. Mas ambos escutaram o mosquito a noite
9L
c) I, II e III. inteira. E o anofelino é o passarinho que canta mais
d) II, III e IV. bonito, na terra bonita onde mora a maleita”, de
94
e) I, II, III e IV. “Sarapalha”, trata do pássaro Anopheles
92
(“anofelino”), cujo macho é o transmissor da Malária
59
11. Leia o texto abaixo: (“maleita”).
71
“A partir da cegueira, o protagonista percebe que é Estão corretas:
74
possível não apenas ver, mas sentir e ouvir o mundo a) Apenas I.
S
exterior. Predomina, nesse instante, a percepção b) Apenas II.
O
auditiva e tátil.” c) Apenas I e II.
MP
(Godoy, Maria Carolina de. O Tempo em “São Marcos” de Guimarães Rosa: Pausas que
d) Apenas II e III.
CA
poetizam, retrocessos que antecipam e preparam. Itinerários, Araraquara, n. 12, 1998.) e) I, II e III.
DE
A partir do texto acima, e levando em consideração a 13. A partir da leitura integral dos contos “Corpo
leitura integral de São Marcos, conto que faz parte da fechado”, “O Burrinho Pedrês” e “Duelo”, todos
L
obra Sagarana, de João Guimarães Rosa, leia pertencentes a Sagarana, de João Guimarães Rosa,
DO
atentamente as afirmativas abaixo: assinale a alternativa correta:
SY
I. No trecho “Bem, até há pouco, estava uma pedra a) “Corpo fechado” não trata de um personagem situado no
limite entre o humano e o animal. Além disso, possui
E
solta ali. Tateio. Ei-la. Bato com a mão, à procura do
EN
tronco da minha coraleira. Sim: a ponta da lagoa fica afinidades com “O Burrinho Pedrês” e com “Duelo”: a
mesmo à minha frente.”, a percepção é auditiva. afinidade com “Duelo” se dá porque a mula Beija-Flor acaba
IZ
salvando seu dono; a afinidade com “O Burrinho Pedrês” se
9L
II. No trecho “Bem, até há pouco, estava uma pedra dá pela existência de um triângulo amoroso e pela iminência
solta ali. Tateio. Ei-la. Bato com a mão, à procura do
94
de um confronto em torno da honra.
tronco da minha coraleira. Sim: a ponta da lagoa fica b) “Corpo fechado” trata de um personagem situado no
92
mesmo à minha frente.”, a percepção é tátil. limite entre o humano e o animal. Além disso, possui
59
III. No trecho “Tempo assim estive, que deve ter sido afinidades com “O Burrinho Pedrês” e com “Duelo”: a
71
longo. Ouvindo. Passara toda a minha atenção para os afinidade com “O Burrinho Pedrês” se dá porque a mula
74
ouvidos.”, a percepção é tátil. Beija-Flor acaba salvando seu dono; a afinidade com “Duelo”
se dá pela existência de um triângulo amoroso e pela
IV. No trecho “Tão claro e inteiro me falava o mundo,
OS
Estão INCORRETAS:
Burrinho Pedrês” se dá porque a mula Beija-Flor acaba não
salvando seu dono; a afinidade com “Duelo” se dá pela
E
a) I e II.
LD
brasileira da época.
E
EN
13
LIZ
L
DO
LITERATURA – LISTA DE EXERCÍCIOS – SAGARANA
SY
14. Sobre o conto Sarapalha, presente em Sagarana,
E
EN
assinale a alternativa correta:
IZ
a) O trânsito entre o conhecimento científico e a medicina
9L
popular fica pouco explícito no uso que Guimarães Rosa faz
de duas teorias acerca do surgimento da malária, que são
94
verbalizadas e separadas em dois tipos de personagens: o
92
sertanejo (primo Ribeiro e primo Argemiro) e o doutor
59
"apessoado". Se exemplos do conhecimento científico
aparecem em trechos como “Disse que não era das frutas e
71
nem da água”; exemplos da medicina popular aparecem em
74
trechos como “Que era o mosquito que punha um bichinho
amaldiçoado no sangue da gente”.
S
b) O trânsito entre o conhecimento científico e a medicina
O
MP
popular não fica explícito no uso que Guimarães Rosa faz de
ao menos quatro teorias acerca da transmissão da malária,
CA
que são verbalizadas e separadas em dois tipos de
personagens: o sertanejo (primo Ribeiro e primo Argemiro)
DE
e o doutor "apessoado". Se exemplos do conhecimento
científico aparecem em trechos como “Disse que não era das
L
DO
frutas e nem da água”; exemplos da medicina popular
aparecem em trechos como “Que era o mosquito que punha
SY
um bichinho amaldiçoado no sangue da gente”.
c) O trânsito entre o conhecimento científico e a medicina
E
popular fica vago no uso que Guimarães Rosa faz de apenas
EN
uma teoria acerca da transmissão da malária, verbalizada e
IZ
separada em dois tipos de personagens: o sertanejo (primo
9L
Ribeiro e primo Argemiro) e o doutor "apessoado". Trechos
que servem como exemplos dessa única teoria são “Disse
94
que não era das frutas e nem da água”; e “Que era o
92
da gente”.
d) O trânsito entre o conhecimento científico e a medicina
71
GABARITO
SY
14
LIZ
L
DO
LITERATURA – LISTA DE EXERCÍCIOS – QUARTO DE DESPEJO
SY
01) Na obra Quarto de despejo: diário de uma para conversar. (...) Quando passei perto da fabrica vi varios
E
EN
favelada, Carolina Maria de Jesus retrata, em uma tomates. Ia pegar quando vi o gerente. Não aproximei
dimensão sociológica e literária, suas impressões porque ele não gosta que pega. Quando descarregam os
IZ
sobre o cotidiano dos moradores de uma favela. Para caminhões os tomates caem no solo e quando os caminhões
9L
responder à questão, leia a seguir dois excertos saem esmaga-os. Mas a humanidade é assim. Prefere vê
transcritos da referida obra. estragar do que deixar seus semelhantes aproveitar. (JESUS,
94
2014, p. 78)
92
Texto I
59
20 de maio Sobre o excerto anterior e sobre o livro Quarto de
71
despejo, a única afirmativa incorreta é:
... Quando cheguei do palacio que é a cidade os meus filhos
74
vieram dizer-me que havia encontrado macarrão no lixo. E a) Para a autora, os papeis colhidos nas ruas são sua fonte
a comida era pouca, eu fiz um pouco do macarrão com de sobrevivência e, mais tarde, a matéria prima para a
S
feijão. E o meu filho João José disse-me:
O
escrita dos seus diários.
MP
– Pois é. A senhora disse-me que não ia mais comer as b) Os diários, além de uma forma de extravasamento da
coisas do lixo. raiva e de fazer-se conhecer, eram, para a autora, um
CA
registro da memória.
Foi a primeira vez que vi a minha palavra falhar. [...]
c) A dimensão social e humanística do livro é perceptível por
DE
Texto II meio da confissão diarística da narradora.
d) A linguagem de norma culta e singular da escritora do
L
30 de maio
DO
povo legitima o lugar social de sua autora.
Chegaram novas pessoas para a favela. Estão esfarrapadas,
SY
andar curvado e os olhos fitos no solo como se pensasse na 04) Os registros de Carolina Maria de Jesus revelam,
sua desdita por residir num lugar sem atração. Um lugar dentre várias questões, seu desejo de sair da favela.
E
que não se pode plantar uma flor para aspirar o seu De acordo com o livro, esse desejo se fundamenta:
EN
perfume, para ouvir o zumbido das abelhas ou o colibri
IZ
acariciando-a com seu frágil biquinho. O único perfume que I. No desejo de conviver com pessoas brancas.
exala na favela é a lama podre, os excrementos e a pinga.
9L
II. Na necessidade de proteger seus filhos dos
JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo: diário de uma favelada. excessos da polícia.
94
9. ed. São Paulo: Ática, 2007. [Fragmento]
III. Na preocupação com as enchentes e
92
pela narradora-personagem revela o(a) IV. Na necessidade de matricular seus filhos na escola.
71
e) Apenas a assertiva V.
E
políticas que aparecem repetidamente em Quarto de 05) “Vi as moças da Fábrica de Doces, tão limpinhas.
despejo. AI. e a C. podiam trabalhar. Ainda não tem 18 anos.
DO
programa.
votam naquele que eles acham que vai ganhar, o que
e) Carolina defende, durante todo o livro, que todos têm a
74
prejudica a democracia.
opção de trabalhar dignamente, nem que seja como
d) Melhor que a democracia, seria a monarquia, já que o
catadora de papel, como é o caso dela.
OS
não me ofendem. Eu até gosto porque não preciso parar Disponível em: <www.letras.ufmg.br/literafro>. Acesso em: 17 out. 2010.
EN
15
LIZ
L
DO
LITERATURA – LISTA DE EXERCÍCIOS – QUARTO DE DESPEJO
SY
Baseado no trecho acima e na leitura integral da obra 09) “Ele diz que queria ser meu filho. Então eu lhe
E
EN
de Carolina Maria de Jesus, assinale a alternativa que digo: - Se você fosse meu filho, você era preto. E sendo
apresenta um trecho que ilustre o comentário filho de Rosalina você é branco. Ele respondeu-me: -
IZ
anterior. Mas se eu fosse teu filho eu não passava fome. A
9L
mamãe ganha pão duro e nos obriga a comer os pães
a) “(...) eu adoro a minha pele negra, e o meu cabelo duro até acabar. Segui pensando na desventura das
94
rustico. Eu até acho o cabelo de negro mais iducado do que crianças que desde pequeno lamenta sua condição no
92
o cabelo de branco”. mundo. Dizem que a Princesa Margareth da Inglaterra
59
b) “Nunca vi uma preta gostar tanto de livro como você”. tem desgosto de ser princesa. São os dilemas da vida.”
71
c) “E assim no dia 13 de maio de 1958 eu lutava contra a
escravatura atual – a fome!”. De acordo com o enredo da obra Quarto de Despejo e
74
d) “O Brasil precisa ser dirigido por uma pessoa que já com o perfil da narradora, é possível afirmar que:
S
passou fome. A fome também é professora”.
O
a) Carolina Maria de Jesus era frequentemente procurada
MP
07) Com base na leitura do trecho abaixo e na leitura por crianças órfãs, que enxergavam nela a possibilidade de
integral do livro Quarto de despejo, responda o que uma vida melhor.
CA
se pede: b) Carolina Maria de Jesus defendia a segregação racial,
propondo a divisão da favela entre brancos, pretos e ciganos.
DE
“20 de julho... Deixei o leito as 4 horas para escrever. Abri c) Carolina Maria de Jesus era considerada pela comunidade
L
a porta e contemplei o céu estrelado. Quando o astro-rei como mãe de todos, por diferenciar-se intelectualmente e
DO
começou a despontar eu fui buscar agua. Tive sorte! As ser a porta-voz da favela.
mulheres não estavam na torneira. Enchi minha lata e d) A fome dos filhos era o motivo de maior tristeza para
SY
zarpei (...) Fui no Arnaldo buscar o leite e o pão. Quando Carolina Maria de Jesus.
retornava encontrei o senhor Ismael com uma faca de 30 e) A referência à Princesa Margareth foi uma contradição.
E
EN
centimetros mais ou menos. Disse-me que estava a espera
do Binidito e do Miguel para mata-los, que eles lhe 10) “28 de maio... A vida é igual um livro. Só depois de ter
IZ
expancaram quando ele estava embriagado. [...]” lido é que sabemos o que encerra. E nós quando estamos no
9L
fim da vida é que sabemos como a nossa vida decorreu. A
94
Diário é um gênero textual no qual são registrados minha, até aqui, tem sido preta. Preta é a minha pele.
acontecimentos cotidianos com base em uma Preto é o lugar onde eu moro.”
92
08) Na obra: “O quarto de despejo: diário de uma adjetivo “acinzentado”, tomado como a cor da fome, numa
favelada”, a autora Carolina Maria de Jesus, retrata clara alusão às casas sem reboco do entorno.
DO
de maneira concreta o cotidiano de um morador de c) Reforçando o mito do “homem cordial” na tradição literária
favela. Observe os trechos abaixo e depois responda brasileira, a obra revela como os moradores da favela do
SY
“20 de maio (...) Como é horrível ver um filho comer e d) A autora emprega frases muito longas e parágrafos sem
perguntar: “Tem mais? Esta palavra “tem mais” fica nenhuma pontuação, o que confere extrema lentidão à obra.
LIZ
oscilando dentro do cérebro de uma mãe que olha as e) Quarto de despejo é uma coletânea de relatos pessoais,
panelas e não tem mais. (...) 21 de maio (...) Deu-me uns altamente intimistas, restringindo-se, portanto, ao propósito
49
pedaços. Para não maguá-lo aceitei. Procurei convencê-lo a do deleite, a despeito de uma análise científica.
9
pelos ratos. Ele disse-me que não. Que há dois dias não 11) “E se somos severinos iguais em tudo na vida,
59
comia. Ascendeu o fogo e assou a carne. (...)” morremos de morte igual, mesma morte severina: que
71
JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo: Diário de uma favelada. 9. ed. São Paulo:
é a morte que se morre de velhice antes dos trinta, de
Ática, 2007.
74
morador de rua.
a) Apesar da temática da fome, as obras pouco se
DO
consome.
círculos literários e períodos, são considerados autores
E
gêmeos.
EN
16
LIZ
L
DO
LITERATURA – LISTA DE EXERCÍCIOS – QUARTO DE DESPEJO
SY
c) Enquanto João Cabral de Melo Neto ficcionaliza, Carolina 14) “18 de dezembro... Eu estava escrevendo. Ela
E
EN
Maria de Jesus relata o que não só vê, mas vive. perguntou-me:
d) A prosa de Carolina Maria de Jesus tem mais valor – Dona Carolina, eu estou neste livro? Deixa eu ver!
IZ
literário que os poemas de Morte e Vida Severina, uma vez – Não. Quem vai ler isto é o senhor Audálio Dantas, que vai
9L
que se enquadra no gênero literário de denúncia social. publicá-lo.
e) Vera Eunice, como narra Carolina Maria de Jesus, morre – E porque é que eu estou nisto?
94
de ‘morte severina’, revelando a bagagem literária da – Você está aqui por que naquele dia que o Armin brigou com
92
autora. você e começou a bater-te, você saiu correndo nua para a
59
rua.
71
12) “Eu classifico São Paulo assim: O Palacio, é a sala Ela não gostou e disse-me:
de visita. A Prefeitura é a sala de jantar e a cidade é – O que é que a senhora ganha com isto?
74
o jardim. E a favela é o quintal onde jogam os lixos.” ... Resolvi entrar para dentro de casa. Olhei o céu com suas
S
nuvens negras que estavam prestes a transformar-se em
O
(JESUS, C. M. Quarto de Despejo: diário de uma favelada. São Paulo: Ática, 1997.).
chuva.”
MP
Sobre o fragmento destacado, considere as Considere as seguintes afirmações sobre o trecho
CA
afirmativas a seguir. acima.
DE
I. Nesta descrição de São Paulo, é perceptível a visão
crítica da narradora a respeito dos políticos e da I - Está presente no fragmento uma tensão que
L
desigualdade social. perpassa o conjunto do livro: ao mesmo tempo em que
DO
II. A aproximação entre a favela e o quintal se apropria da experiência de pobreza e violência da
favela, Carolina quer diferenciar-se dela.
SY
caracteriza o modo como a narradora se vê na
sociedade. II - Audálio Dantas aparece como figura que
representa oportunidade de publicação e autoridade
E
III. Nota-se, neste fragmento, o desejo da narradora
EN
em se tornar escritora. letrada.
IV. Percebe-se a preocupação da narradora em III- Aparece no fragmento uma alternância narrativa
IZ
apresentar uma descrição objetiva das mudanças que marca Quarto de despejo: do dia a dia inclemente
pelas quais passou o espaço urbano. 9L
na favela para certa linguagem literária idealizada por
94
Assinale a alternativa correta. Carolina.
92
d) Apenas I e III.
13) Leia os excertos e responda o que se segue. e) I, II e III.
MP
CA
TEXTO 01
E
coisas de não:
fome, sede, privação”
DO
SY
TEXTO 02
E
fin-de-sécle.
LD
e) destino, explicitando o misticismo da autora. 1.b 2.e 3.d 4.e 5.a 6.c 7.c
8.a 9.d 10.a 11.c 12.a 13.a 14.e
SY
E
EN
17
LIZ
L
DO
LITERATURA – LISTA DE EXERCÍCIOS – MORTE E VIDA SEVERINA
SY
1. Leia: 3. “Inicialmente, essa peça foi escrita para atender a uma
E
EN
encomenda, Maria Clara Machado pediu para João Cabral
Mas, para que me conheçam uma peça que seria encenada no período natalino, e Cabral
IZ
melhor Vossas Senhorias fez um auto de natal tipicamente pernambucano, no qual o
9L
e melhor possam seguir espaço onde se representa o nascimento de Cristo é um
a história de minha vida, manguezal, e a criança salvadora é representada por um
94
passo a ser o Severino filho de um carpinteiro pernambucano.”
92
que em vossa presença emigra.
59
Aguiar, Larissa W. T. In: Os aspectos sociais de Morte e Vida Severina, de
(João Cabral de Melo Neto, Morte e Vida Severina) João Cabral de Melo Neto, e suas rupturas. Disponível em:
71
http://uniandrade.br/revistauniandrade/index.php/ScriptaAlumni/index
74
Neste trecho, localizado ao final da primeira jornada
Mesmo levando o subtítulo de “Auto de Natal
do livro Morte e Vida Severina, o protagonista
S
Pernambucano”, em Morte e Vida Severina o ‘auto’ em
O
si aparece ao final do livro. Pode-se dizer que:
MP
a) encontra-se confuso com sua própria identidade, não
sendo capaz de se apresentar ao leitor.
a) o nascimento da criança representa a renovação da vida
CA
b) finaliza a primeira parte do texto sem explicar à que vem.
em meio a todo o cenário de morte retratado ao longo da
c) por fim esclarece seu objetivo, a ser realizado ao longo
DE
obra.
do livro.
b) o auto retratando a vida de Cristo tem pouca importância
d) após várias tentativas falhas, consegue se ‘individualizar’
L
diante do contexto de crítica social da obra.
perante ao leitor.
DO
c) o nascimento da criança reforça a tragédia vivida pelo
e) permanece incógnito perante o leitor.
retirante, ratificando a miséria daquele povo.
SY
d) a encenação do auto de natal ao final do livro procura
2.
E
encerrá-la de modo alegre, diferentemente do tom sombrio
EN
adotado ao longo da obra.
Vejo agora: não é fácil
e) a morte do protagonista é apagada pelo nascimento da
IZ
seguir essa ladainha;
criança.
9L
entre uma conta e outra conta,
entre uma e outra ave-maria,
94
4. De acordo com o seguinte trecho:
há certas paragens brancas,
92
e os demônios te atalharem
74
capuz e cordão
Pensei que seguindo o rio mais a Virgem da Conceição.
MP
coisas de não:
LD
como os rios lá de cima, (João Cabral de Melo Neto, Morte e Vida Severina)
é tão pobre que nem sempre
SY
Será novena de santo, c) os ‘demônios’ que o morto encontra no pós vida são
92
quem sabe até se uma festa d) ao repetir as excelências dadas ao morto, o homem do
71
ou uma dança não seria? lado de fora teme levar o mesmo fim que o defunto.
e) o ‘Jordão’ mencionado neste trecho é, na verdade, uma
74
(João Cabral de Melo Neto, Morte e Vida Severina) referência ao Capibaribe e o perigo dos caminhos que o
cercam.
OS
interrompida diante da seca do rio. Pode-se dizer que, 5. Com base no excerto, analise as alternativas e
para ele, o rio indique as corretas.
CA
a) representa o fim de sua jornada em busca da morte. - Desde que estou retirando
E
LD
b) é o guia de sua viagem, sem ele, não há como prosseguir. só a morte vejo ativa,
c) é o guia principal de sua viagem, mas, como o próprio só a morte deparei
DO
e) é o local de descanso para aqueles que migram. quem pensava encontrar vida,
e o pouco que não foi morte
E
EN
18
LIZ
L
DO
LITERATURA – LISTA DE EXERCÍCIOS – MORTE E VIDA SEVERINA
SY
foi de vida severina pela vida, só encontrara a morte.”
E
EN
(aquela vida que é menos
Alves, Paula de Sousa. In: O sentido da morte no poema “Morte e vida
vivida que defendida,
IZ
severina”. Disponível em:
e é ainda mais severina https://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/bitstream/123456789/4864/1/PDF%20-
9L
para o homem que retira). %20Paula%20de%20Sousa%20Alves.pdf (adaptado)
94
(João Cabral de Melo Neto, Morte e Vida Severina) O diálogo entre os coveiros da jornada “Chegando ao
92
Recife, o retirante senta-se para descansar ao pé de
59
I. Após se deparar com a morte em vários pontos do um muro alto e caiado e ouve, sem ser notado, a
caminho, e com a seca do Rio Capibaribe, Severino
71
conversa de dois coveiros”, como analisado por Alves
avalia que ela, a morte, é uma das constantes na vida no trecho acima, ratifica a morte como a definitiva
74
do retirante; companhia de Severino ao longo de seu caminhar.
II. A ‘vida severina’ é aqui explicada de forma direta Ainda sobre este ponto da história, é correto afirmar
O S
(“aquela vida que é menos / vivida que defendida”); que:
MP
III. Mesmo seguindo o caminho que acreditava ser o
que continha vida, o retirante percebe que ambas, a) Após ouvir os coveiros, Severino passa a acreditar que
CA
‘morte’ e ‘vida severina’ são suas únicas perspectivas. sua caminhada foi em vão, o que é confirmado mais a frente
por Seu José mestre carpina.
DE
a) Apenas a afirmativa I está correta. b) O diálogo entre os coveiros escancara ao retirante a
necessidade de fazer o caminho inverso e voltar à sua terra,
L
b) Apenas a afirmativa III está correta.
DO
c) As afirmativas I e II estão corretas. o que era sua vontade desde o início.
d) As afirmativas II e III estão corretas. c) O diálogo entre os coveiros evidencia que, mesmo no
SY
e) Todas as afirmativas estão corretas. litoral, a morte está no encalço dos mais pobres, pois o
cemitério destinado a eles continua sendo o mais
E
EN
6. Na jornada “Dirige-se à mulher na janela que movimentado.
depois descobre tratar-se de quem se saberá”, d) Todos os retirantes acabam retornando ao seu local de
IZ
encontramos o seguinte diálogo entre o retirante e a origem, tal qual Severino, pois não encontram trabalho no
mulher à janela: litoral.
9L
e) Os coveiros, mesmo sem saber que Severino os escuta,
94
detalham como sua profissão é bem paga naquela região, o
92
que mais fazia por lá? 8. Ao encontrar o mestre carpina, Severino questiona
a valia da vida perante tanta morte. O mestre defende
74
- Severino, retirante,
Nesta passagem, o retirante descobre que: não sei bem o que lhe diga:
SY
terras em que se encontra. (João Cabral de Melo Neto, Morte e Vida Severina)
c) não é capaz de trabalhar num engenho e, por isso, opta
49
por tentar um emprego em uma usina. Nesta última parte do diálogo, Seu José:
9
e) a mulher à janela procura alguém para trabalhar com ela dinheiro que se possui.
71
7. “Envolvido pelo fantástico o retirante chega ao Recife, c) demonstra que, ao seu ponto de vista, a vida nada mais
é que um bem físico, como um retalho.
OS
presença, e escuta mesmo sem querer a conversa entre dois ‘grande’, ressaltando que, mesmo cada pedaço pequeno
coveiros. [...] Essa passagem é decisiva para Severino, que ainda é vida.
CA
sempre lutou de forma obstinada pela vida, mas a partir de e) contradiz seu discurso ‘pró vida’ de até então,
então passa a defender um discurso de morte, a simbologia concordando com o retirante sobre a pouca valia de cada
E
LD
que traz a respeito do litoral pouco a pouco se extingue, ‘retalho’ adquirido diariamente.
levando-o a concluir que toda sua viagem foi em vão, a vida
DO
do litoral não passa de uma falsa fantasia, não existe vida 9. Em “Começam a chegar pessoas trazendo presentes
sem que seja rígida. Nesse momento há uma para o recém-nascido”, o filho de Seu José começa a
SY
conscientização por parte do retirante, pois desde o início receber vários presentes:
da sua trajetória, embora ele lutasse de forma obstinada
E
EN
19
LIZ
L
DO
LITERATURA – LISTA DE EXERCÍCIOS – MORTE E VIDA SEVERINA
SY
- Minha pobreza tal é b) Mesmo sem saber responder diretamente os
E
EN
que coisa não posso ofertar: questionamentos de Severino, o mestre carpina acredita que
somente o leite que tenho a melhor resposta a vida deu por si mesma.
IZ
para meu filho amamentar; c) A conversa anterior entre o retirante e o mestre carpina
9L
aqui são todos irmãos, acaba esquecida pelo nascimento, mantendo a ideia de
de leite, de lama, de ar. Severino sobre o triunfo da morte.
94
Minha pobreza tal é d) O nascimento da criança e as cenas que se seguem
92
que não tenho presente melhor: funcionam como argumento para Seu José convencer
59
trago papel de jornal Severino a desistir do suicídio.
71
para lhe servir de cobertor; e) Ainda que trate da morte ao longo de toda a jornada de
cobrindo-se assim de letras Severino rumo ao litoral, o livro se encerra com uma elegia
74
vai um dia ser doutor. à vida, nas palavras de Seu José.
S
(João Cabral de Melo Neto, Morte e Vida Severina)
O
11. O movimento modernista no Brasil contou com
MP
Sobre essa cena, pode-se afirmar: três gerações: a primeira foi de 1922 a 1930, a
segunda de 1930 a 1945 e a terceira teve seu início em
CA
a) O auto de natal está ocorrendo nesta cena, numa clara 1945, cujo objetivo era de renovar os meios de
referência a passagem onde os reis magos surgem e expressão: Com relação as gerações que compõe o
DE
entregam presentes ao menino Jesus. período modernista é incorreto afirmar que a poesia:
b) O auto de natal é revertido nessa passagem, pois o filho
L
DO
de Seu José, ao contrário do menino Jesus, não está a) A poesia da segunda geração foi, essencialmente, uma
destinado a nenhuma glória. poesia de questionamento: da existência humana, do
SY
c) Os presentes levados ao recém nascido não são bem sentimento de “estar-no-mundo”, da inquietação social,
recebidos, pois não passam de quinquilharias. religiosa, filosófica, amorosa.
E
d) Aqui percebemos o destino do pobre sendo ligado à morte b) A primeira geração tem uma postura negadora e
EN
desde o nascimento, pois o pequeno que acaba de nascer destrutiva de todo academicismo (o nacional e o importado)
IZ
não gera expectativas nos que chegam para vê-lo. – a métrica, a rima, a linguagem de dicionário, a linearidade
9L
e) A mulher que chega para visitar e oferece leite ao recém- do discurso, o sentimentalismo romântico, o racionalismo
nascido não padece da mesma pobreza que os demais.
94
realista-naturalista.
c) Os poetas da terceira geração são chamados “poetas de
92
10. No último trecho de Morte e Vida Severina o cosmovisão”, pois possuem aguda percepção do tempo em
59
ainda maus quando ela é nordestino é visto aqui sobretudo como um forte e é
esta que vê, severina; justamente esta sua qualidade que o texto de João Cabral
SY
que também se chama vida, sufocamento das “vidas severinas”, confinadas no horizonte
92
vê-la brotar como há pouco sujeito coletivo: os “severinos” que a seca escorraça do
em nova vida explodida;
74
a explosão, como a ocorrida; sugerir que a “severinidade” não é condição, mas estado,
mesmo quando é uma explosão não é permanente nem intrínseca ao sujeito e, portanto,
MP
20
LIZ
L
DO
LITERATURA – LISTA DE EXERCÍCIOS – MORTE E VIDA SEVERINA
SY
As questões 13 e 14 referem-se ao seguinte excerto 15. Morte e vida Severina, de João Cabral de Melo
E
EN
do poema Morte e Vida Severina, de João Cabral de Neto, identifica-se como:
Melo Neto:
IZ
a) uma obra que, refletindo inovações e experimentações
9L
linguísticas do autor, torna tênues as barreiras entre a prosa
— Nunca esperei muita coisa, e poesia.
94
é preciso que eu repita. b) um auto que explora a temática do nascimento como
92
Sabia que no rosário signo do ressurgir da esperança.
59
de cidade e de vilas, c) um auto de Natal que rememora a visita dos reis Magos
e mesmo aqui no Recife
71
e pastores ao Deus Menino.
ao acabar minha descida, d) um poema que encerra uma síntese das propostas
74
não seria diferente vanguardistas contidas na obra geral do autor.
a vida de cada dia:
S
e) um conto cujo interesse se centraliza na preocupação do
O
que sempre pás e enxadas autor como problema da seca no Nordeste.
MP
foices de corte e capina,
ferros de cova, estrovengas 16. Leia as seguintes afirmações sobre Morte e Vida
CA
o meu braço esperariam. Severina:
Mas que se este não mudasse
DE
seu uso de toda vida, I. O nascimento do filho do compadre José é
esperei, devo dizer,
L
antagônico em relação aos outros fatos apresentados
DO
que ao menos aumentaria na obra, já que esses são marcados pela morte.
na quartinha, a água pouca, II. Podemos dizer que o conteúdo é completamente
SY
dentro da cuia, a farinha, pessimista, considerando-se que a jornada é marcada
o algodãozinho da camisa, pela tragédia da seca, o que leva Severino à tentativa
E
ao meu aluguel com a vida.
EN
de suicídio. III. Mais do que a seca, as desigualdades
sociais do Nordeste são o tema da obra.
IZ
E chegando, aprendo que,
nessa viagem que eu fazia, 9L
Assinale a alternativa correta sobre as afirmações:
94
sem saber desde o Sertão,
meu próprio enterro eu seguia. a) Somente I e II estão corretas.
92
membros cansados.
b) a expressão "meu próprio enterro eu seguia" indica que,
MP
c) a busca de esperanças nas condições mais adversas, 1–D 2–C 3–A 4–A 5–E
apoiada na significação do nascimento de Cristo e no 6–B 7–C 8–D 9–A 10 – C
E
nordestino.
EN
21
LIZ
L
DO
LITERATURA – LISTA DE EXERCÍCIOS – NOVE NOITES
SY
1. Leia as afirmações sobre o romance Nove Noites, c) O narrador-investigador criou a carta de Manoel Perna por
E
EN
de Bernardo Carvalho. não conseguir fazer contato com ninguém que conheceu
Quain, nem ler as cartas escritas pelo antropólogo antes de
IZ
I. No final do livro, o narrador-investigador descobre morrer, como relata ao falar da secura da autora do artigo.
9L
que Buell Quain não morreu, mas voltou a Nova York d) Ao não contrariar que seu interesse era literário, o
para ficar com seu filho bastardo. narrador-investigador admite que não tem nenhum
94
II. Manoel Perna é um personagem inventado pelo compromisso com a realidade factual, ou seja, que todo o
92
narrador-investigador para tentar ter o mínimo de texto é ficcional.
59
controle dos fatos. e) Este artigo mencionado é o elemento que marca a relação
71
III. Por meio da investigação da morte de Buel Quain, do romance com a realidade factual, sendo o resto do
o narrador-investigador passa a reconstruir suas romance ficcional.
74
memórias de infância e a rememorar sua relação com
S
o pai. 3. Leia o trecho abaixo para responder à questão:
O
IV. O narrador-investigador se revela o autor do livro,
MP
Bernardo Carvalho, ao relatar viagem a Nova York “Isto é para quando você vier. É preciso estar
antes de seu pai falecer. preparado. Alguém terá que preveni-lo. Vai entrar
CA
numa terra em que a verdade e a mentira não têm
Assinale a alternativa CORRETA: mais os sentidos que o trouxeram até aqui. Pergunte
DE
aos índios.
L
a) Apenas a afirmação I está correta. Qualquer coisa. O que primeiro lhe passar pela
DO
b) Apenas a afirmação II está correta. cabeça. E amanhã, ao acordar, faça de novo a
c) Apenas as afirmações II e III estão corretas. mesma pergunta. E depois de amanhã, mais uma
SY
d) As afirmações II e IV estão corretas. vez. Sempre a mesma pergunta. E a cada dia
e) As afirmações I, II, III e IV estão corretas. receberá uma resposta diferente. A verdade está
E
EN
perdida entre todas as contradições e os disparates.
2. Leia o excerto abaixo, de Nove Noites: Quando vier à procura do que o passado enterrou, é
IZ
preciso saber que estará às portas de uma terra em
“Não posso dizer que nunca tivesse ouvido falar
nele, mas a verdade é que não fazia a menor idéia 9L
que a memória não pode ser exumada, pois o
94
segredo, sendo o único bem que se leva para o
de quem ele era até ler o nome de Buell Quain pela túmulo, é também a única herança que se deixa aos
92
primeira vez num artigo de jornal, na manhã de 12 que ficam, como você e eu, à espera de um sentido,
59
de maio de 2001, um sábado, quase sessenta e dois nem que seja pela suposição do mistério, para
71
anos depois da sua morte às vésperas da Segunda acabar morrendo de curiosidade. Virá escorado em
Guerra. O artigo saiu meses antes de outra guerra
74
várias vezes o mesmo parágrafo e repeti o nome em Fonte: Nove noites, de Bernardo Carvalho (2006).
MP
— que o tinha ouvido antes. O artigo tratava das perguntas corretas e de forma insistente, é possível
cartas de outro antropólogo, que também havia encontrar uma resposta verdadeira dentre as variadas
E
morrido entre os índios do Brasil, em circunstâncias respostas recebidas durante a investigação, porque a
LD
passagem, em uma única frase, por analogia, o caso b) A investigação do narrador-personagem prova como a
de "Buell Quain, que se suicidou entre os índios verdade perdida de que fala Manoel Perna é capaz de ser
SY
krahô, em agosto de 1939". Procurei a antropóloga encontrada, como o fato de que Quain se matou por
que havia escrito o artigo. A princípio, foi seca no descobrir que tinha um filho.
E
telefone. Deve ter achado estranho que alguém lhe c) No trecho acima, escrito por Manoel Perna, há um
EN
telefonasse por causa de um detalhe do texto, mas comentário autorreflexivo do caráter metaficcional do
LIZ
não disse nada. Trocamos alguns e-mails, que romance, que questiona o caráter ficcional e factual dos
serviram como uma aproximação gradual. acontecimentos e já dialoga com comentário de Bernardo
49
Preferia não me encontrar pessoalmente. Queria ter Carvalho sobre a própria escritura do romance.
9
certeza de que os meus objetivos não eram d) Manoel Perna afirma que a memória é uma herança capaz
92
acadêmicos. Mas mesmo se de início chegou a de ser reconstruída completamente, basta que sejam feitas
59
pelo menos, não insistiu em saber as minhas razões. confirmada pelo narrador-investigador, ao conversar com o
74
Supôs que eu quisesse escrever um romance, que índio João, que testemunhou o suicídio de Quain, por
meu interesse fosse literário, e eu não a contrariei.” conseguir recuperar uma carta perdida em que Quain
OS
personagem.
EN
22
LIZ
L
DO
LITERATURA – LISTA DE EXERCÍCIOS – NOVE NOITES
SY
d) Dois indígenas krahô presenciaram a morte de Buel de que seriam presa fácil no rés do chão. É uma casa solitária
E
EN
Quain. no meio do nada, erguida numa área desmaiada e plana da
e) O título do livro se deve ao período que Buell Quain floresta, cercada de capim-colonião e de morte. Tudo o que
IZ
passou com os índios krahô na frente dos quais se suicidou. não é verde é cinzento. Ou então é terra e lama. Há uma
9L
estrada de terra que chega até a escada à entrada da casa
5. O romance Nove Noites (2002), de Bernardo mas que dali não parece levar a nenhum lugar conhecido. A
94
Carvalho, apresenta um narrador em primeira pessoa maneira mais fácil de chegar é de avião, que não deve ser
92
que é uma espécie de investigador – o seu objetivo grande, no máximo um bimotor, para poder pousar na pista
59
inicial é o de desvendar o mistério em torno da morte de terra aberta ao lado da casa. Do alto, quando nos
71
do antropólogo Buell Quain. Em determinado aproximamos em voo rasante, é só o que vemos: a casa
momento, em relação à leitura, o narrador revela: solitária com a pista de pouso ao lado, numa grande clareira
74
de capim alto, cercada por todos os lados de uma floresta a
S
“Cada um lê os poemas como pode e neles entende perder de vista. A estrada de terra leva da casa ao campo de
O
o que quer, aplica o sentido dos versos a sua própria pouso e depois segue direto para a mata, onde desaparece,
MP
experiência acumulada até o momento em que os como tudo ali, à procura de um caminho — ou talvez num
lê”. impulso suicida.”
CA
(Nove Noites, 2019, p. 60, 61)
A visão do narrador-personagem relativa ao ato de ler
DE
assemelha-se à própria investigação por ele
A partir do fragmento extraído do romance Nove
L
empreendida. No romance, essa busca
Noites, de Bernardo Carvalho, e considerando o
DO
enredo da referida obra, assinale a afirmação que NÃO
a) é conduzida de forma precisa e obstinada, o que é
SY
corresponde a uma adequada interpretação dela:
decisivo para a resolução do caso.
b) realiza-se de modo obsessivo e os resultados finais do
E
a) Na recuperação do passado, percebem-se um
EN
caso se mostram, portanto, tendenciosos.
desvelamento arqueológico das realidades perdidas na
c) revela-se um capricho, já que o personagem, inclusive,
IZ
lembrança e, a partir daí, o surgimento de novas realidades.
abandona a investigação no meio da narrativa.
9L
b) A infância é apresentada como lembrança do narrador-
d) está ligada às experiências particulares e a jornada do
investigador e não é o objetivo final de seu romance.
94
personagem acaba por ser mais gratificante do que o caso
c) As lembranças do narrador-investigador estão inseridas
em si.
92
Manoel Perna.
Alguém terá que preveni-lo. Vai entrar numa terra em que
a verdade e a mentira não têm mais os sentidos que o
CA
a) O fragmento acima refere-se a carta que Buell Quain a) O relato dos fatos reais é inquestionavelmente verdadeiro,
escrevera antes de cometer o suicídio e que fora deixada uma vez que Buell Quain existiu e esteve no Brasil para
E
para Manoel Perna, seu grande amigo, como forma de desempenhar uma pesquisa.
EN
atestar a inocência dos índios. b) Bernardo Carvalho desenvolve na dimensão ficcional fatos
LIZ
b) A narrativa é constituída por relatos verídicos, incluindo ocorridos, confundindo o leitor por meio de uma narrativa
cientistas verdadeiros como Lévi-Strauss (antropólogo) e as híbrida, em que o mistério em torno do suicídio de Quain não
49
encontravam-se em poder dos índios Krahô. c) Há na obra dois focos narrativos: Manoel Perna,
92
c) Na busca de dados sobre Buell Quain, o narrador volta ao engenheiro da cidade de Carolina e amigo de Buell, e um
59
Xingu para ouvir o que os índios lembravam de Quain, jornalista, o narrador-investigador, anônimo.
conseguindo, durante o tempo que lá permaneceu, o d) Sessenta e três anos depois da morte de Buell, a
71
testemunho dos índios envolvidos no mistério do suicídio. curiosidade do narrador-investigador é despertada por meio
74
d) O autor Bernardo Carvalho constrói uma obra diferente e da leitura de um artigo de jornal.
complexa, em que mistura realidade e ficção, apresentando e) Enquanto o narrador-investigador deseja revelar o motivo
OS
um enigma em torno de um suicídio cujas causas serão pelo qual Quain se matou, Manoel Perna parece tentar
MP
responder que a representação do inferno, tal como a a) Retomando certa corrente da tradição literária brasileira,
DO
imagino, também fica, ou ficava, no Xingu da minha o romance-reportagem, tradição esta que remete à década
infância. E uma casa pré-fabricada, de madeira pintada de de 1970, esse romance apresenta o que se pode denominar
SY
verde-vômito, suspensa sobre palafitas para a proteção dos como uma versão realista sobre o suicídio de Buell Quain,
moradores contra os eventuais animais e ataques noturnos pois a narrativa se constrói com base em uma série de fontes
E
EN
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LIZ
L
DO
LITERATURA – LISTA DE EXERCÍCIOS – NOVE NOITES
SY
factuais (depoimentos, fotos, cartas, reportagens etc.) que, Resenhas, da Folha de São Paulo, há mesclas de cartas e
E
EN
ao final do livro, acabam por borrar as fronteiras entre documentos verdadeiros, podendo se separar o que é fato,
romance e jornalismo. do que é ficção.
IZ
b) Construído a partir da alternância entre dois grandes b) A obra faz junção de realidade e ficção, é considerada um
9L
planos narrativos – a longa carta de Manoel Perna e a romance de investigação e, conforme o próprio autor, é uma
pesquisa do narrador-investigador –, os reais motivos que combinação de memória e imaginação. Outro recurso
94
levaram Buell Quain ao suicídio são revelados ao final do importante na obra é o tom confessional do narrador e a
92
romance, graças à carta deixada por Manoel Perna, conversa com o leitor.
59
testemunha ocular, que informa o narrador-investigador c) A obra é caracterizada pela narrativa centralizada na
71
sobre a doença degenerativa que o antropólogo havia investigação de uma misteriosa morte de um antropólogo
contraído ao chegar no Brasil. americano, Buell Quain, que desenvolvia um trabalho em
74
c) Embora esse romance seja construído, em grande parte, uma aldeia indígena, situada no Tocantins, Brasil. Quain, aos
S
com base em fontes factuais, a alternância entre os dois 27 anos, suicida em frente a dois índios, quando estava
O
grandes planos narrativos – a longa carta de Manoel Perna prestes a voltar para a cidade de Carolina.
MP
e a pesquisa do narrador-investigador – não permite que se d) A obra é caracterizada pela alternância narrativa, uma vez
chegue às verdadeiras razões que levaram Buell Quain ao que apresenta um narrador, que é um engenheiro sertanejo,
CA
suicídio, mas sim a conjecturas possíveis, pois os elementos amigo de Quain (marcado em itálico) e a outra narrativa é
“memória” e “ficção” são partes constitutivas do processo conduzida pelo narrador-repórter, que intenta descobrir a
DE
de construção da narrativa. verdadeira história em torno da morte de Quain.
L
d) Embora construído a partir da alternância entre dois
DO
grandes planos narrativos – a longa carta de Manoel Perna 12. Sobre Nove Noites (2002), de Bernardo Carvalho,
e a pesquisa do narrador-investigador –, o mistério sobre a considere as seguintes afirmativas:
SY
morte do antropólogo é solucionado a partir do encontro ao
acaso do narrador com um velho senhor americano, em I. É um romance em que o narrador-investigador, ao
E
EN
2001, que, em seu leito de morte no hospital, ouvia as coletar uma série de informações em fontes diversas
histórias lidas por um jovem rapaz; rapaz este que revela a (cartas, depoimentos, entrevistas etc.), não consegue
IZ
identidade do doente: Buell Quain. explicar, de forma definitiva, a misteriosa morte de
9L
Buell Quain, antropólogo americano que se suicidou
no Brasil em 1939.
94
10. Leia este trecho de Nove Noites:
92
Preferi achar que o tom era amistoso e, no meu anos de 1970, que, com base em fontes diversas –
71
paternalismo ingênuo, comecei a lhe explicar o que era um jornais, cartas, entrevistas, fotos e depoimentos –
74
romance. Eu tentava convencê-lo de que não havia motivo elucida, do ponto de vista realista, o mistério em torno
para preocupação. Tudo o que eu queria saber já era do suposto suicídio de Buell Quain.
OS
tentava dizer que, para os brancos que não acreditam em Buell Quain não se suicidou, pois, em uma viagem para
deuses, a ficção servia de mitologia, era o equivalente dos os Estados Unidos, o narrador encontra e conversa
SY
mitos dos índios, e antes mesmo de terminar a frase, já não com esse antropólogo, um velho senhor, em seu leito
sabia se o idiota era ele ou eu. Ele não dizia nada a não ser: de morte.
E
EN
Krahô.
narrador-detetive ou narrador-jornalista se perde no
d) etnográfico do romance, através do registro da cultura
emaranhado de tais relatos, tentando seguir as
CA
dos Krahô.
pegadas dos textos para reconstruir seu sentido.
e) biográfico do romance, relatando sua vivência junto aos
E
11. Sobre a obra Nove noites, de Bernardo Carvalho, complementação fantasiosa que desvirtua totalmente
só NÃO é correta a seguinte afirmativa: as pistas verdadeiras.
SY
a) A obra tem enredo bem arranjado, Quain de fato existiu, III. No início da narrativa, o leitor ou o interlocutor, já
E
o autor soube da história através de um artigo no Jornal de se deparam com uma advertência de que toda verdade
EN
24
LIZ
L
DO
LITERATURA – LISTA DE EXERCÍCIOS – NOVE NOITES
SY
é movediça e incompleta estando, portanto, perdida 16. Assinale a alternativa CORRETA a respeito de
E
EN
em contradições. Nove Noites.
Assinale a alternativa que contenha apenas os
IZ
comentários CORRETOS. a) A narrativa é marcada pela subjetividade, com excesso de
9L
derramamentos emotivos, sentimentais.
b) Na narrativa há inúmeros comentários sobre o divórcio
94
a) I e II.
dos pais de Quain, o que faz com que os conflitos conjugais
92
b) I e III.
tenham grande relevância na obra.
59
c) II.
c) Ao final da narrativa, os mistérios que cercam a morte de
d) II e III.
71
Quain permanecem insolúveis.
e) III. d) Uma característica do etnólogo era sua ganância e a
74
importância exagerada que ele dava ao dinheiro.
14. Avalie as afirmativas a respeito de Nove Noites.
S
e) A insatisfação sobre o andamento de seus trabalhos é tida
O
como forte motivo para o seu suicídio.
MP
I. Nove Noites é uma narrativa inventada a partir dos
interstícios de uma realidade dada (o suicídio de um
CA
antropólogo).
DE
II. As vozes que articulam os relatos deparam-se com
as verdades precárias, fragmentadas, errantes e,
L
diante da incerteza, a possibilidade de uma outra
DO
realidade torna-se inevitável; realidade essa apoiada
na ficção.
SY
III. O narrador-jornalista tem certeza de encontrar a
E
EN
verdade sobre a morte de Buell Quain, pois está
consciente de que os documentos e as cartas são
IZ
suficientes na decifração do que teria levado o
antropólogo a se matar.
9L
94
IV. Diante da impossibilidade de solução, a criação do
92
a) I, II e III.
b) I, II e IV.
E
LD
c) II e IV.
d) I e IV.
DO
e) III e IV.
SY
imaginação, EXCETO:
LIZ
eu ouviu.”
d) “Meu pai morreu há mais de onze anos, às vésperas da
MP
GABARITO
DO
11 - A 12 - D 13 - E 14 - B 15 - C
E
16 - C
EN
25
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L
DO
LITERATURA – LISTA DE EXERCÍCIOS – O LIVRO DAS SEMELHANÇAS
SY
1. Assinale a alternativa correspondente à obra O 4. Leia o poema Boa ideia para um poema da obra O
E
EN
Livro das semelhanças de Ana Martins Marques. livro das semelhanças de Ana Martins Marques.
a) É um romance jornalístico pertencente à literatura
IZ
contemporânea brasileira. Boa ideia para um poema
9L
b) É um clássico brasileiro símbolo do Naturalismo.
c) É uma obra de contos integrada ao Modernismo Anotei uma frase num caderno
94
brasileiro. encontrei-a algum tempo depois
92
d) É um livro de poesias pertencente à literatura pareceu-me uma boa ideia para um poema
59
contemporânea brasileira. escrevi-o rapidamente
o que é raro
71
e) É um poema pertencente à literatura regionalista
brasileira. logo depois me ocorreu que a frase anotada no caderno
74
parecia uma citação
pensei me lembrar que a copiara de um poema
S
2. Leia o poema Esconderijo da obra O livro das
O
semelhanças de Ana Martins Marques. pensei me lembrar que lera o poema numa revista
MP
procurei em todas as revistas
Esconderijo são muitas
CA
Involuntariamente plagiado do não encontrei
poema “Os vivos devem pensei: se eu não tivesse me lembrado de que a frase não
DE
ultrapassar os mortos”, de Robert era minha
ela seria minha?
L
Bringhurst, em tradução de Virna
DO
Teixeira publicada no número 17 pensei: se eu me lembrasse onde li todas as frases que
da revista Inimigo Rumor. escrevi
SY
alguma seria minha?
Estas são palavras que eu não pensei: é um plágio se ninguém nota?
E
pensei: devo livrar-me do poema?
EN
deveria dizer
pensei: é um poema tão bom assim?
IZ
palavras que ninguém pensei: palavras trocam de pele, tanto roubei por amor, em
devia ouvir 9L
quantos e quantos livros já li
histórias sobre nós dois
94
que elas permanecessem no silêncio pensei: nem era um poema tão bom assim
92
de onde vêm
59
uma boa criação, isso fica claro no último verso “pensei: nem
Observe as afirmativas a seguir e analise a veracidade era um poema tão bom assim”.
DO
I. Há contradição entre a primeira e a segunda configura-se plágio utilizá-la, mesmo que não seja possível
estrofe. notar que foi plagiada, isso fica claro no verso “pensei: é um
E
EN
corresponde às questões 5 e 6.
a) I e II.
74
b) I, III e IV.
Primeiro poema
c) I, II e III.
OS
Martins Marques.
LD
o dia
a) Cartografias. o dia: contas a pagar
DO
26
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DO
LITERATURA – LISTA DE EXERCÍCIOS – O LIVRO DAS SEMELHANÇAS
SY
aqui ao menos não encontrarás, a) O eu lírico do poema A imagem e a realidade de Ana
E
EN
leitor, Martins Marques é pessimista diante da realidade observada,
xícaras sujas é possível atribuir isso a sua melancolia sobre a imagem
IZ
desfeita e a imagem do arranha-céu pela metade.
9L
5. Observe as afirmativas a seguir e analise a b) Diferentemente do eu lírico de A imagem e a realidade de
veracidade das alternativas. Ana Martins Marques, o eu lírico de A realidade e a imagem
94
de Manuel Bandeira tem uma posição neutra e analítica,
92
I – É um poema metaliterário.
buscando fazer apenas uma descrição da realidade
59
II – É um poema que está em 1ª pessoa. observada.
71
III – É um poema que exercita a interlocução com c) O poema A imagem e a realidade de Ana Martins Marques
uma segunda pessoa, o leitor. trabalha, de modo distinto, com a mesma noção de espaço
74
IV – É um poema que enaltece o dia a ser encarado e e imagem presente em A realidade e a imagem de Manuel
S
inferioriza a experiência literária. Bandeira.
O
d) A temática central de ambos poemas é a chuva por ser a
MP
Estão CORRETAS as afirmativas: responsável por constituir o elemento que gera a reflexão,
portanto, a poça.
CA
a) I e II. e) As pombas retratadas em ambos poemas ocupam uma
b) I, II e III. posição primária de relevância por serem responsáveis pela
DE
c) I, III, IV. ação em que se decorre a reflexão.
d) I e III.
L
DO
e) I, II, III, IV. 8. Leia o poema 2 da obra O livro das semelhanças de
Ana Martins Marques.
SY
6. Assinale a alternativa CORRETA sobre o poema
Primeiro poema.
E
EN
2
a) O poema representa, simbolicamente, o início do livro
IZ
que é marcado pela metáfora da porta. Pagar para ver
b) O título Primeiro poema tem relação direta com o fato
desse poema ser o primeiro poema do livro. 9L e receber
94
em troca
c) O poema demonstra que o cotidiano é dispensável diante vistas parciais
92
experiências equivalentes.
e) O eu lírico do poema ao trazer aspectos ruins do cotidiano
74
demonstra sua melancolia. Com base nas características do poema, em qual seção
OS
d) Livro.
A realidade e a imagem e) Nenhuma das alternativas.
E
LD
do pátio
o arranha-céu cresce
74
III
para baixo Uma antologia de poemas que citem
OS
V
LD
o arranha-céu
agora tem metade Um livro de poemas
DO
VI
poemas.
Este livro de poemas
E
EN
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DO
LITERATURA – LISTA DE EXERCÍCIOS – O LIVRO DAS SEMELHANÇAS
SY
Observe as afirmativas a seguir e assinale a 11. Leia o poema abaixo da obra O livro das
E
EN
alternativa CORRETA em relação ao poema. semelhanças de Ana Martins Marques.
IZ
a) O poema faz parte da primeira seção do livro em que os Não sei viajar não tenho disposição não tenho coragem
9L
títulos dos poemas correspondem à estrutura de um livro:
Capa, Título, Dedicatória, entre outros. mas posso esquecer uma laranja sobre o México
94
b) O poema faz parte da seção Livro e representa a ideia
desenhar um veleiro sobre a Índia
92
para produção da seção. pintar as ilhas de Cabo Verde uma a uma
59
c) O poema não pertence a nenhuma seção do livro, mas é
como se fossem unhas
71
o primeiro poema da obra O livro das semelhanças. duplicar a África com um espelho
d) O poema faz parte da seção Livro das Semelhanças em
criar sobre o Atlântico um círculo de água
74
que os poemas são centrados em seres mitológicos, a
pousando sobre ele meu copo de cerveja
S
exemplo dos poemas Centauro e Ícaro. circunscrever a Islândia com meu anel de noivado
O
e) O poema Ideias para um livro é o primeiro poema da
ou ocultar o Sri Lanka depositando sobre ele
MP
seção Livro das Semelhanças em que os poemas têm como
uma moeda média
temática central o amor, a exemplo dos poemas Três vezes
visitar os nomes das cidades
CA
tu e O que já se disse do amor. levar o mundo a passeio
por ruas conhecidas
DE
10. Leia e analise os poemas Capa e Contracapa da abrir o mapa numa esquina, como se o consultasse apenas
L
obra O livro das semelhanças de Ana Martins para que
DO
Marques. tome algum sol
SY
Capa O poema foi retirado da seção cartografias. Sobre a
seção, é correto afirmar:
E
EN
Um biombo
entre o mundo a) Os poemas da seção apresentam o lirismo amoroso, e a
IZ
e o livro imagem do mapa seria o eixo central das metáforas.
Contracapa 9L
b) Os poemas da seção retratam o processo minucioso de
94
criação, produção e análise de mapas gráficos.
c) Os poemas da seção apresentam a observação do mapa
92
representações do espaço.
Observe as afirmativas a seguir e assinale a e) Os poemas da seção se complementam de modo a
alternativa INCORRETA.
OS
GABARITO
1. D 2. E 3. C 4. B 5. D
DO
6. A 7. C 8. B 9. C 10. A
SY
11.A
E
EN
28
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