PPC - Engenharia - de - Producao - UnED-NI - v. 2010 (Ajustado 2014) 2

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSO SUCKOW DA FONSECA


UNIDADE DE ENSINO DESCENTRALIZADA DE NOVA IGUAÇU
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR
CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO


ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
UNED/NOVA IGUAÇU

NOVA IGUAÇU
2010 – Atualizado em 2014
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSO SUCKOW DA FONSECA
UNIDADE DE ENSINO DESCENTRALIZADA DE NOVA IGUAÇU
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO

ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
UnED Nova Iguaçu

NOVA IGUAÇU
2014

2
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 4
1.1. A Engenharia de Produção no CEFET/RJ UnED/NI 5

2. A ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 8
2.1. Natureza da Engenharia de Produção 8
2.2. Definição de Engenharia de Produção 9
2.3. A Engenharia de Produção no contexto atual 10
2.4. Demanda na região geoeducacional 10
2.5. Caracterização do Município de Nova Iguaçu 11
2.5.1. Divisão administrativa 13
2.5.2. Indicadores Sócio-Econômicos-Culturais de Nova Iguaçu 14
2.5.3. O tecido industrial de Nova Iguaçu 17

3. O CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DO CEFETRJ 18


3.1. Fundamentos e bases legais 18
3.2. Breve histórico 18
3.3. Objetivos do curso 19
3.3.1. Objetivo geral 19
3.3.2. Objetivos específicos 20
3.3.3. Perfil do egresso 20
3.3.4. Competências e habilidades 21
3.4. Concepção didático-pedagógica 21
3.4.1. Considerações sobre currículo 21
3.4.2. Considerações sobre as atividades complementares 22
3.4.3. Considerações sobre o processo de ensino-aprendizagem 25
3.4.4. Considerações sobre a organização curricular 26
3.5. Ingresso no curso e turno de funcionamento 27

4. ESTRUTURA CURRICULAR 28
4.1. Núcleos de conteúdos 28
4.1.1. Conteúdo básico 28
4.1.2. Conteúdos profissionalizantes gerais 29
4.1.3. Conteúdos profissionalizantes específicos 29
4.1.4. Conteúdos optativos 30
4.1.5. Estágio supervisionado 30
4.1.6. Projeto Final 30
4.2. Grade curricular 31

5. CORPO DOCENTE 34

6. INSTALAÇÕES 35
6.1. Departamento de Engenharia de Produção de Nova Iguaçu 37
6.2. Laboratórios 37
6.2.1. Laboratório de apoio ao conteúdo básico 38
6.2.2. Laboratório de apoio ao conteúdo profissionalizante específico 38
6.2.3. Laboratório de apoio ao conteúdo profissionalizante geral 38
6.3. Biblioteca 38
6.4. Salas de aula e auditórios 39
6.5. Infraestrutura do campus 39

ANEXOS
Anexo 1: Ementas e bibliografia
Anexo 2: Normas de Projeto Final
Anexo 3: Normas de Estágio Supervisionado

3
1. INTRODUÇÃO

A Unidade de Ensino Descentralizada de Nova Iguaçu do Centro Federal de Educação


Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/ RJ UnED/NI) foi inaugurada
oficialmente em 22 de agosto de 2003, como parte do compromisso do Governo Federal
em promover o avanço da interiorização da educação pública federal nos níveis técnico e
superior1.
Contudo, foi somente em 2004 que o CEFET/ Nova Iguaçu iniciou as atividades
acadêmicas de seus cursos regulares, após realização de concursos públicos para
docentes, servidores técnicos-administrativos e alunos. No referido ano foram
implantados quatro cursos técnicos, em paralelo ao ensino médio e a um curso de
graduação em engenharia industrial de controle e automação. O curso de engenharia de
produção da UnED/NI seria aberto à sociedade no ano seguinte.
É válido ressaltar que o projeto do bacharelado em Engenharia da UnED/NI foi
estabelecido no âmbito do Ministério da Educação para o desenvolvimento da
Universidade Pública da Baixada Fluminense (Universidade da Baixada), em ação
consorciada entre instituições da rede federal de educação superior no Estado do Rio de
Janeiro, incluindo, além do CEFET/RJ, a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)2.
Atualmente, a UnED/ NI opera em 3 turnos diários e dispõe de 91 docentes e 21
técnicos-administrativos, todos contratados em regime de dedicação-exclusiva, para
atendimento a, aproximadamente, quase 2.000 alunos distribuídos entre os seguintes
cursos:
 Ensino médio (2º grau);
 Técnico (Enfermagem; Informática; Automação; Telecomunicações);
 Nível Superior (Engenharia de Produção; Engenharia Industrial de Controle e
Automação e Engenharia Mecânica).
Cumpre destacar que os cursos de graduação do CEFET/RJ UnED/NI são os únicos
bacharelados em engenharia públicos federais oferecidos na Baixada Fluminense, área
periférica da região metropolitana do Rio de Janeiro. Esta característica distintiva cria
oferta de cursos de qualidade em uma região desprovida de ensino público federal de
nível técnico e na área de Engenharia, ofertando ensino e pesquisas de excelência em
uma área mais carente. A oferta na região atende muitos estudantes que interrompem
seus estudos por falta de conhecimento, distância de maiores centros, ou dificuldade de
deslocamento, elementos que criam condições desfavoráveis para a continuidade dos
estudos, seja em nível médio-técnico ou superior.
Chaves, Barroso & Lira (2005) indicam que a Universidade Pública, enquanto instituição
de ensino, pesquisa e extensão, é um espaço privilegiado para a produção, acumulação
e difusão de conhecimento e formação de profissionais-cidadãos, e que, mediante sua
missão institucional, atua na promoção do desenvolvimento social, econômico, cultural e
político.

1Ver: [1.] ARAUJO, F.O. et alli (2007). CEFET/RJ – UnED/ NI: Experiência e Desafios da Interiorização do
Ensino Público Federal. XI Encontro de Engenharia de Produção da UFRJ. Rio de Janeiro: Poli/ UFRJ.
[2.] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Governo federal investe na interiorização da educação superior.
Disponível em:
portal.mec.gov.br/ai/index.php?option=content&task=view&id=4927&FlagNoticias=1&Itemid=5071
2 CEFET/RJ. Plano de Desenvolvimento Institucional. Disponível em: http://www.cefet-
rj.br/instituicao/pdi/pdi1.htm

4
De acordo com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) do CEFET/RJ (2005), um
grande compromisso que as instituições de ensino precisam atentar é o de promover em
seus alunos a formação de profissionais, com amplo senso crítico de seu potencial
técnico, conjugado com sua capacidade transformadora na busca por espaço no
mercado de trabalho e na sociedade.
Outro desafio permanente de uma instituição de ensino deve ser o de organizar uma
escola que seja de qualidade e democrática, isto é, que não ofereça aos menos
favorecidos uma escolaridade empobrecida, mas que efetivamente consiga que os
alunos, mesmo socialmente desprivilegiados, sejam sujeitos ativos instrumental e
humanisticamente (GOMES, 2005).

1.1. A ENGENHARIA DE PRODUÇÃO NO CEFET/RJ UnED NOVA IGUAÇU


Conforme fora sinalizado, o curso de engenharia de produção do CEFET/RJ UnED/NI
teve início no segundo semestre letivo de 2005, com os discentes ingressando no ciclo
das disciplinas básicas e gerais à engenharia.
O segundo semestre do ano de 2007 representa um marco institucional relevante para o
CEFET/RJ UnED/NI, com a formalização do Colegiado da Graduação e seu
reconhecimento pelo Sistema CEFET/RJ.
A partir da constituição desta instância consultiva, sugere-se a revisão das grades
originais dos cursos por uma Comissão Interna Multidisciplinar, nomeada pelo Colegiado
da Graduação da UnED/NI para discussão e eventual revisão da matriz curricular, com os
objetivos de:
a. Adequação da grade original aos recursos técnicos e infraestruturas
disponíveis localmente;
b. Manutenção da característica de formação de bacharéis em engenharia
em 5 anos, em regime noturno;
c. Melhor aproveitamento da experiência dos docentes;
Especificamente no âmbito da engenharia de produção, a comissão multidisciplinar
constituída para discussão da estrutura curricular e do projeto pedagógico do curso foi
composta pelos seguintes docentes:
 Fernando Oliveira de Araujo
 Julio Cesar Ferreira Valente
 Waltencir dos Santos Andrade
 Viviane Rodrigues Madeira
 José Diamantino de Almeida Dourado
Como sugestões de encaminhamento, foram feitas as seguintes propostas para
validação, primeiro no Colegiado da Graduação da UnED/NI, posteriormente no Conselho
de Ensino (CONEN) do Sistema CEFET/RJ:
 Estabelecimento de um núcleo comum de disciplinas (Ciclo Básico), visando à
sólida formação do estudante de engenharia, a otimização dos recursos e a
ambientação dos discentes ao ensino superior;
 Manutenção da ênfase mecatrônica no curso de engenharia de produção,
considerando as demandas industriais da região entorno à instituição;

5
 Adequação às regulamentações e diretrizes do MEC/SESu3, considerando:
 1 tempo = 60 minutos
 1 Crédito Teórico = 1 tempo x 18 semanas
 1 Crédito Prático = 2 tempos x 18 semanas
 1 Crédito Experimental = 3 tempos x 18 semanas

As propostas apresentadas foram aprovadas pelo Colegiado da Graduação e levadas à


apreciação do Conselho de Ensino (CONEN) do Sistema CEFET/RJ.
Em 21 de novembro de 2007, os professores Fernando Oliveira de Araujo e Alexandre
Silva de Lima, recém empossados chefes dos departamentos de engenharia de produção
e engenharia industrial de controle e automação, respectivamente, fazem a defesa da
estrutura curricular e do projeto pedagógico dos cursos de engenharia da UnED/NI ante
ao CONEN/ CEFET-RJ, obtendo aprovação por unanimidade.
Entendendo-se que os projetos político-pedagógicos dos cursos são dinâmicos, atribui-se
à chefia de departamento, em consonância com o colegiado acadêmico, a
responsabilidade por: refletir, monitorar e avaliar permanentemente o referido curso de
Engenharia de Produção a fim de promover as atualizações e melhorias necessárias
buscando sempre a melhor formação de seus egressos de modo a atender às demandas
da sociedade.
Por recomendação do Departamento de Educação Superior (DEPES), no final de 2009,
visando à unificação do calendário acadêmico entre todas as unidades de ensino do
Sistema CEFET/RJ, os cursos de graduação em engenharia da Unidade Nova Iguaçu
passaram por ajuste curricular, alterando a contabilização dos créditos de 15 para 18
semanas letivas, por semestre. Aproveitando essa mudança, o Colegiado do Curso de
Engenharia de Produção promove uma alteração curricular no curso, retirando a
obrigatoriedade da ênfase mecatrônica original.
Adicionalmente às recomendações institucionais das instâncias acadêmicas do
CEFET/RJ, são tidas como referências relevantes à reflexão e discussão periódica
acerca da constante atualização curricular da graduação em engenharia de produção:
 A legislação pertinente ao ensino superior e à área de engenharia de
produção;
 As discussões e recomendações decorrentes de reuniões realizadas nos
diversos Encontros Nacionais de Coordenadores de Curso de Engenharia de
Produção (ENCEPs), Encontros Nacionais de Engenharia de Produção
(ENEGEPs) e Congressos Brasileiros de Ensino de Engenharia (COBENGEs);
 Os currículos dos cursos de Engenharia de Produção do exterior a fim de
monitorar tendências;
 Os currículos dos cursos de Engenharia de Produção procurando consonância
com os demais cursos;
 A atuação dos egressos do curso no mercado de trabalho;
 As expectativas e demandas do seu corpo discente;
 As opiniões e críticas de seu corpo docente; e
 As demandas da sociedade.

3 Resolução CNE/CES 11/2002, publicada no DOU, de 09/04/2002 em cujo objeto institui Diretrizes
Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia;
Ratificação, em 07/07/2006, do Parecer CNE/CES Nº 329/2004 que dispõe sobre a carga horária mínima
dos cursos de graduação, bacharelados, na modalidade presencial, pelo Secretário de Educação
Superior-MEC/SESu, Sr. Nelson Maculan.

6
Importante ainda informar que o CEFET/RJ vem passando por um processo de
transformações que envolvem:
 Disseminação de seu Projeto Político Pedagógico Institucional (PPPI),
finalizado em 2009 e discutido com a comunidade desde o segundo semestre
de 2007.
 Revisão de seu Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), aprovado para o
quinquênio 2005-2009 e desenvolvimento do PDI 2010-2014.
 Redefinição de sua estrutura sistêmica a partir da implementação de Unidades
de Ensino Descentralizadas, num sistema multicampi.
 Gradativo fortalecimento de suas UnEDs, através da contratação de
professores para complementação do quadro de docentes e técnicos-
administrativos.

Dentro desse contexto, reuniões também vêm sendo promovidas no âmbito da instituição
envolvendo os demais departamentos acadêmicos e coordenações de curso.
Cumpre destacar que o Projeto Pedagógico de Curso de Engenharia de Produção ora
apresentado foi avaliado in loco, entre os dias 26 e 28/06/2008, por Comissão de
Avaliação do INEP/ MEC (Processo Nº 200712367-1), sendo atribuído o Conceito 4
(“BOM”) ao curso – em uma escala de 1 a 5.

Finalmente, em 04 de Agosto de 2009, a Secretária de Educação Superior do MEC,


Maria Paula Dallari Bucci, publica no Diário Oficial da União (DOU – 05/08/2009 – Seção
I – Página 17) a Portaria nº 1.181 que reconhece o curso de Engenharia de Produção da
Unidade de Ensino Descentralizada de Nova Iguaçu, do CEFET/RJ.

Em 2010, o curso alterou sua matriz curricular para se adequar ao ch proposto na


resolução nº2, de 18 de junho de 2007 que dispõe sobre carga horária mínima e
procedimentos relativos à integralização e duração dos cursos de graduação,
bacharelados, na modalidade presencial.

Entre os anos 2013 e 2014, após avaliação dos colegiados de curso e Núcleo Docente
Estruturante se observou o crescimento da evasão já conhecida dos cursos, e a mudança
do perfil dos alunos ingressantes via SISU, onde notadamente eram jovens e não
estavam inseridos no mercado de trabalho, fatos que levaram muitos a evadirem. Tal
cenário foi levado aos conselhos da unidade e ao Conselho de Pesquisa e Ensino do
Cefet, que autorizaram que o curso passasse a ser ofertado no turno Integral ao invés de
estar exclusivamente inserido no horário Noturno.

Espera-se que tal mudança, quando implementada, permita a elevação do desempenho


dos alunos em uma grade curricular mais adequada, ampliando a pesquisa, a extensão e
as atividades esportivas dos alunos que passarão a vivenciar mais a instituição, como um
espaço de encontros e atividades, não apenas de aulas no turno da noite.

7
2. A ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
2.1. NATUREZA DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

A execução de qualquer trabalho é normalmente precedida nas economias modernas de


um planejamento racional e seguida de controles de produção e qualidade atuantes. O
planejamento é um processo mental de formular um esquema de ação para atingir um
objetivo específico.
A fase de execução depende de uma organização eficiente dos recursos produtivos para
que se possa efetivar aquilo que foi planejado cabendo ao controle, procurar fazer com
que aquilo que está sendo executado siga o que foi planejado. Claramente, a
intermediação entre o planejado e o objetivo pretendido requer exames cuidadosos e
raramente encontramos ausência de problemas nessa fase. Esses problemas se
relacionam com a atividade de produção e comercialização, e grande parte destes estão
sob a jurisdição da Engenharia de Produção propriamente dita. A extensão do quadro
abrangido por este ramo da Engenharia é extremamente variável e depende da natureza
e dimensão do problema observado.
A Engenharia de Produção, ao contrário dos demais ramos da Engenharia, não se
encontra associada em particular a nenhum setor industrial, uma vez que seu campo de
aplicação é extremamente vasto. Isso porque, a atuação da Engenharia de Produção
pode ser apreciada em quaisquer situações de trabalhos onde houver problemas com a
utilização eficiente de recursos humanos ou materiais. Assim, a Engenharia de Produção
abrange todos os campos onde se requer planejamento, coordenação e controle para
que os recursos produtivos (homens, equipamentos e materiais) sejam usados
racionalmente.
Ao se estudar a evolução da história da humanidade, verifica-se que os estudos de
métodos já eram empregados desde a Idade Média. No Renascimento, já se verificam
estudos mais formais da utilização de métodos, como verificado em manuscritos de
Leonardo da Vinci sobre a limpeza urbana4.
A expansão do mercado na Baixa Idade-Média resultou na criação da figura do
intermediário entre a produção e o consumo. Este passou a adquirir a matéria-prima e a
negociar o produto acabado. O mestre artesão se incumbia com as funções do
trabalhador, empregador e capataz.
Embora o método de produção permanecesse o mesmo, pois continuava sob
responsabilidade do mestre artesão, o intermediário tinha interesse em aumentá-la. No
sistema de economia doméstica, que teve predominância nos séculos XVI até XVIII,
quando a produção era realizada em casa pelo mestre artesão e seus ajudantes, mas,
que dependiam do intermediário, para lhes fornecer matéria-prima e negociar com o
consumidor final, já era utilizada a divisão do trabalho e a especialização para aprimorar
e incrementar a produção. Estes homens apesar de desconhecerem que utilizavam um
método de Engenharia de Produção, reconheciam que a divisão do trabalho e a
especialização traziam resultados positivos. Cada trabalhador tornou-se perito em
realizar uma tarefa específica e com isso poupava tempo e acelerava a produção, como
relatado por Adam Smith na Riqueza das Nações.
Apesar da prática da Engenharia de Produção ser mais antiga, a Revolução Industrial
com a criação dos sistemas integrando homens, materiais e equipamentos, ressaltou a
aplicação de seus métodos.
Alguns empresários e administradores introduziram em suas fábricas, na Inglaterra já nos
fins do século XVIII, métodos bem avançados de Engenharia de Produção como sistema
4 Emerson, H.P. & Naehring, D.C. Origins of Industrial Engineering, the Early Years of a
Profession IIIE-Norcross, Atlanta, 1986.

8
de custeio, pesquisa de mercado, planejamento de instalações, estudo de arranjo físico
das máquinas, programação da produção. Entre eles podemos destacar Richard
Arkwright (1732 - 1792), Charles Babbage (1792 - 1891), considerados precursores da
Engenharia de Produção.
O nascimento da Engenharia de Produção, como é geralmente aceito, se deu nos
Estados Unidos, no período de 1882 a 1912, com o surgimento e desenvolvimento do
denominado "Scientific Management", obra de um grupo de engenheiros: F.W. Taylor,
Frank e Lillian Gilbeth, H.L. Gantt e outros que iniciaram um movimento ideológico que
levou a uma completa arte de administração de negócios, no qual a Engenharia de
Produção obtém destaque singular.

2.2. DEFINIÇÃO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

Conforme definições do International Institute of Industrial Engineering - IIIE e da


Associação Brasileira de Engenharia de Produção - ABEPRO, em documento elaborado
no XVII Encontro Nacional de Engenharia de Produção - XVII ENEGEP - e no III Encontro
de Coordenadores de Cursos de Engenharia de Produção - III ENCEP:
"Compete à Engenharia de Produção o projeto, a implantação, a operação, a melhoria e
a manutenção de sistemas produtivos integrados de bens e serviços, envolvendo
homens, materiais, tecnologia, informação e energia. Compete ainda especificar, prever e
avaliar os resultados obtidos destes sistemas para a sociedade e o meio ambiente,
recorrendo a conhecimentos especializados da matemática, física, ciências humanas e
sociais, conjuntamente com os princípios e métodos de análise e projeto de engenharia".
“Produzir é mais que simplesmente utilizar conhecimento científico e tecnológico. É
necessário integrar fatores de natureza diversas, atentando para critérios de qualidade,
produtividade, custos e responsabilidade social, entre outros. A Engenharia de Produção,
ao voltar sua ênfase para características de produtos (bens e/ou serviços) e de sistemas
produtivos, vincula-se fortemente com as idéias de projetar e viabilizar produtos e
sistemas produtivos, planejar a produção, produzir e distribuir produtos que a sociedade
valoriza. Essas atividades, tratadas em profundidade e de forma integrada pela
Engenharia de Produção, são fundamentais para a elevação da qualidade de vida e da
competitividade do país.”
O documento acima referenciado – Engenharia de Produção: Grandes Áreas e Diretrizes
Curriculares – foi posteriormente aperfeiçoado passando a definir 11 sub-áreas da
Engenharia de Produção, incluindo a sub-área Educação em Engenharia. São essas sub-
áreas que devem estar contempladas nos currículos dos cursos de Engenharia de
Produção constituindo-se nos conteúdos profissionalizantes conforme Resolução
CNE/CSE 11 de 11 de março de 2002 que institui as diretrizes curriculares nacionais do
curso de graduação em engenharia:
 Gerência da Produção
 Qualidade
 Gestão Econômica
 Ergonomia e Segurança o Trabalho
 Engenharia do Produto
 Pesquisa Operacional
 Estratégia e Organizações
 Gestão da Tecnologia
 Sistemas de Informação
 Gestão Ambiental
 Educação em Engenharia
 Engenharia de Produção, Sustentabilidade e Responsabilidade Social

9
Recentemente, tal divisão foi modificada no sítio eletrônico da ABEPRO, no qual
passaram a constar 11 áreas da Engenharia de Produção, a saber:

1. Gestão dos Recursos, Processos, Sistemas de Produção e Operações


2. Pesquisa Operacional
3. Qualidade
4. Engenharia do Produto
5. Ergonomia e Higiene e Segurança do Trabalho
6. Engenharia Econômica
7. Gestão de Recursos Naturais
8. Engenharia da Estrutura Organizacional
9. Educação em Engenharia de Produção
10. Ética e Responsabilidade Social em Engenharia de Produção
11. Desenvolvimento Regional Sustentado e a Engenharia de Produção.

2.3. A ENGENHARIA DE PRODUÇÃO NO CONTEXTO ATUAL

Mudanças sociais, econômicas e tecnológicas estão ocorrendo em espaços de tempo


menores se comparadas com o passado. A formação dos grandes Blocos Econômicos
Mundiais tais como CEE, NAFTA, MERCOSUL e conceitos como Manufatura de Classe
Mundial e Gestão da Qualidade Total, que se transformaram em jargões comuns ao setor
industrial, levam à clara compreensão por parte dos empresários e profissionais de que a
sobrevivência e sucesso das empresas passa pelo estudo e prática dos grandes temas
ligados à Engenharia de Produção.
Fator adicional é possibilitado pelos avanços tecnológicos os quais, em vez de
acentuarem tendências para a superespecialização, estão revertendo este quadro, no
sentido de permitirem níveis adequados de integração de sistemas, exigindo profissionais
com ampla habilitação nas técnicas e princípios da Engenharia de Produção. Esse
contexto tem alterado significativamente o conteúdo e as habilidades esperadas da mão-
de-obra em termos mundiais e essas mudanças têm se refletido fortemente na realidade
e perspectivas profissionais.
A tendência da redução do ciclo de vida dos produtos e processos, com mudanças nas
formas de organização produtiva, assim como o de relações de trabalho, vem exigindo
uma capacidade de processamento de informações científicas e tecnológicas que
transcende ao escopo da engenharia. O conceito de engenharia simultânea sintetiza a
flexibilidade necessária para o perfil do profissional que projeta e compra produtos com
conteúdos tecnológicos oriundos de diversas áreas de especialidade.
A necessidade de conhecimentos e técnicas da área de Engenharia de Produção tem
feito com que o mercado procure e valorize os profissionais egressos dos cursos dessa
especialidade, que vem sendo apontada como uma das melhores em termos de
perspectivas de trabalho previstas nesse início de século.
A demanda por profissionais da área tem feito com que a quantidade de cursos de
graduação em Engenharia de Produção aumentasse consideravelmente nesses últimos
anos. Enquanto em 1993 eram oferecidos 17 cursos, hoje existem em torno de 140, o
que o torna a graduação em engenharia com maior número de cursos no país.

2.4. DEMANDA NA REGIÃO GEOEDUCACIONAL

O Estado do Rio de Janeiro com 43.306 km2, representando 0,5 % do território do país,
abriga uma população de mais de 14 milhões de habitantes, ou seja, 8,5 % da população
brasileira, apresentando um dos maiores índices de concentração populacional – 328

10
habitantes/km2 – e a maior taxa de urbanização do Brasil, com 96% de sua população
residindo em áreas urbanas, conforme dados do IBGE referentes ao ano de 2002.
Encontra-se em posição geográfica privilegiada no centro da região geo-econômica mais
expressiva do País que representa o maior mercado consumidor brasileiro abrangendo,
num raio de 500 Km, as capitais e principais cidades de São Paulo, Minas Gerais e
Espírito Santo, estados com que faz fronteira.
O Rio de Janeiro é o segundo estado em importância econômica do Brasil, com uma
renda correspondente a 12,5% do Produto Interno Bruto e com PIB per capita de pouco
mais de 11 mil reais, dado relativo ao ano 2000, sendo um dos mais elevados do país.
Quanto ao grau de instrução do pessoal de nível superior, o Estado do Rio de Janeiro
apresenta uma participação de 19,4% o que significa alto grau de escolaridade se
comparado com a média brasileira que é de 16,4%.
Conforme dados do Ministério do Trabalho e Emprego, o percentual de empregados por
atividade no Estado do Rio de Janeiro, em 2001, se apresentava da seguinte forma:
44,32% no setor de serviços; 20,64% em administração pública; 17,79% no comércio;
12,60% em indústria; e os demais em construção e agropecuária.
O setor industrial do Rio de Janeiro é um dos mais importante do País. Sua estrutura é
basicamente diversificada, destacando-se o ramo metalúrgico, o químico e o de minerais
não-metálicos. Destaca-se pela expressiva representatividade de suas indústrias de
base, como Petrobras (petróleo e gás natural), Companhia Siderúrgica Nacional (aços
planos), Cosigua (aços não planos), Valesul (alumínio), Ingá (zinco) e Núcleo
(equipamentos pesados). Trata-se do maior produtor de petróleo e gás natural do País,
respondendo, respectivamente, por 83% e 44% da produção total do país.
Em decorrência principalmente de sua base tecnológica, o Estado do Rio de Janeiro tem
gerado inúmeras oportunidades para indústrias de alta tecnologia, como a química fina,
novos materiais, biotecnologia, mecânica de precisão e eletroeletrônica.
Não se deve esquecer a histórica vocação para o setor de serviços do Estado do Rio de
Janeiro. A implantação do Porto de Sepetiba e a necessidade do transporte eficiente de
petróleo e derivados demanda a atuação de profissionais com competências logísticas
que proporcionem uma gestão mais adequada aos arranjos produtivos locais5. Por outro
lado, a implantação de empresas de consultoria, telecomunicações, software,
entretenimento e varejo, também exigem profissionais capazes de fornecer soluções
criativas para o setor de serviços.
Pela importância e diversidade de atividades econômicas do Estado do Rio de Janeiro,
esse se apresenta como grande mercado para profissionais oriundos de Engenharia de
Produção.

2.5. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE NOVA IGUAÇU

“[...] a Baixada Fluminense é a expressão, o resultado, a materialização


de uma metrópole que se reproduziu segregando. A nossa curta história
é a de uma região que acelerou seu adensamento populacional a partir
dos anos cinquenta com o processo de industrialização do país. As
pessoas foram expelidas do centro dinâmico econômico [...] para os
novos loteamentos sem infraestrutura que surgiam nos poucos
municípios da região da Baixada Fluminense. E assim as pessoas foram
vivendo, construindo sua meia-água, abrindo suas “barracas” para
melhorar o orçamento e trabalhando na capital do Estado ou, até 1975,

5 FIRJAN, Mapa do Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro 2006/2015. Firjan, Rio de Janeiro, 2006.

11
na Cidade-Estado Guanabara. Daí o velho jargão: as cidades da Baixada
são cidades dormitórios” (OLIVEIRA, 2005).6

Nova Iguaçu pertence à Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro (ver figura
01), que também abrange os municípios de Rio de Janeiro; Belford Roxo; Duque de
Caxias; Guapimirim; Itaboraí; Japeri; Magé; Mesquita; Nilópolis; Niterói; Paracambi;
Queimados; São Gonçalo; São João de Meriti; Seropédica e Tanguá.
Figura 01: Subdivisões Regionais do Estado do Rio de Janeiro

Fonte: Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil <disponível em saude.rj.gov.br/informacoes>

No âmbito da composição metropolitana, Nova Iguaçu situa-se na Baixada Fluminense,


região integrada por 13 municípios, conforme ilustra a figura 02. Limita-se com Miguel
Pereira (ao norte); Duque de Caxias (nordeste); Japeri (noroeste); Rio de Janeiro (sul);
Mesquita (sudeste); Seropédica (sudoeste); além de Belford Roxo (leste) e Queimados
(oeste).
Figura 02: Subdivisões Regionais do Estado do Rio de Janeiro

Fonte: Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil <disponível em saude.rj.gov.br/informacoes>

Em 2012, sua população foi estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
em 801.746 habitantes, dos quais 52% mulheres, sendo que, em 2012, era o quarto mais
populoso do Rio de Janeiro (ficando atrás somente de Duque de Caxias, de São Gonçalo
e da capital) e o 19º de todo o país.

A atual Divisão administrativa da cidade de Nova Iguaçu configurou-se a partir da


publicação da Lei Municipal 1 que instituiu o Plano Diretor Participativo e o Sistema de
Gestão Integrada e Participativa da Cidade de Nova Iguaçu. A cidade é dividida
6
Aercio de Oliveira é Técnico em Desenvolvimento Social da FASE, morador de Nova Iguaçu há 28 anos.
Disponível em <http://www2.fase.org.br/regionais.asp?categoria=regional_rio&conteudo_id=2756>.

12
administrativamente em Unidades Regionais de Governo (URGs) e bairros. A
organização da cidade de Nova Iguaçu obedece, além do Plano Diretor, à Lei do
Abairramento e à delimitação dos bairros regulamentada por decretos.

A divisão política oficial da cidade leva em conta tanto características histórico-culturais


dos diferentes bairros de Nova Iguaçu como fatores de ordem prática ou natural (como a
divisão de duas URGs em uma avenida importante ou um rio, por exemplo).

As Unidades Regionais de Governo de Nova Iguaçu

URG Centro: pertence ao Setor Integrado de Planejamento do Centro e possui uma área
total de 40,0877 quilômetro quadrados e 175 562 habitantes. É composta pelos bairros:
Centro, Califórnia, Vila Nova, Caonze, Bairro da Luz, Santa Eugênia, Jardim Iguaçu,
Chacrinha, Moquetá, Viga, Rancho Novo, Vila Operária, Engenho Pequeno, Jardim
Tropical e Prata.

URG Posse: possui uma área total de 15,8682 quilômetros quadrados e é composta
pelos bairros: Posse, Cerâmica, Ponto Chic, Ambaí, Nova América, Carmary, Três
Corações, Kennedy, Parque Flora e Bairro Botafogo.

URG Comendador Soares: possui uma área total de 13,089 quilômetros quadrados e é
composta pelos bairros: Comendador Soares, Ouro Verde, Jardim Alvorada, Danon,
Jardim Palmares, Rosa dos Ventos, Jardim Pernambuco e Jardim Nova Era.

URG Cabuçu: possui 74,56 quilômetros quadrados de área e 76 350 habitantes,6 e


engloba os bairros de Cabuçu, Palhada, Valverde, Marapicu, Lagoinha, Campo Alegre e
Ipiranga.

URG Km 32: possui uma área total de 30,4140 quilômetros quadrados e é composta
pelos bairros: Km 32, Paraíso, Jardim Guandu e Prados Verdes.

URG Austin: possui uma área total de 33,8348 quilômetros quadrados e é composta
pelos bairros: Austin, Riachão, Inconfidência, Carlos Sampaio, Tinguazinho, Cacuia,
Rodilândia e Guimarães. Entre os bairros não oficiais na unidade regional de governo,
estão: Três Marias (URG Cabuçu); Jardim Roma (Riachão); Três Fontes (Carlos
Sampaio); e Praça do Batuta (Austin).

URG Vila de Cava: possui uma área total de 30,8867 quilômetros quadrados e é
composta pelos bairros: Vila de Cava, Santa Rita, Rancho Fundo, Figueira, Iguaçu Velho,
Jardim Corumbá e Jardim Mato Grosso.

URG Miguel Couto: possui uma área total de 16,6876 quilômetros quadrados e é
composta pelos bairros: Miguel Couto, Boa Esperança, Parque Ambaí, Grama e
Geneciano.

URG Tinguá: possui uma área total de 253,294 quilômetros quadrados e é composta
pelos bairros: Tinguá, Montevidéu, Adrianópolis, Rio d'Ouro e Jaceruba. Nesta região
está localizada a Reserva Biológica Federal do Tinguá (REBIO Tinguá), unidade de
proteção integral instituída pelo Governo Federal, com uma área de 26 000 hectares.

Especificamente, observando a figura 3 é possível notar que a região entorno ao


CEFET/RJ UnED/NI, cortada pela RJ-1137 (Estrada de Adrianópolis), apresenta um IQV

7 A rodovia RJ-113, conhecida como Estrada de Adrianópolis, liga a região central do município de Nova
Iguaçu, desde Vila de Cava ao longínquo bairro de Jaceruba, no noroeste de Nova Iguaçu. A estrada possui
22 km de extensão e passa por 4 bairros. Partindo de Vila de Cava, onde encontra a RJ-111, parte da

13
médio inferior a 0,300, índice alarmante se comparado às regiões mais centrais do
município.

Falar do potencial da Baixada Fluminense (Universidade da Baixada, demanda social


local, desenvolvimento local, parque industrial aquecido, localização privilegiada...)

Figura 03: Índice de Qualidade de Vida da Região Entorno ao CEFET/RJ UnED/NI

Fonte: Prefeitura Municipal de Nova Iguaçu. Atlas da Cidade de Nova Iguaçu. Nova Iguaçu: PCNI, 2004.

A amplitude geográfica do municipio de Nova iguaçu faz refletir sobre a questão do


deslocamento dos discentes. São extensos deslocamentos no interior do municipio, visto
que a unidade de ensino se localiza em um bairro periférico, esforço que reflete sobre o
seu bem estar e em sua concentração durante as aulas.

A situação se agrava quando ele alcança o oitavo período e inicia sua busca por inserção
no mercado de trabalho, e busca oportunidades em todo o territorio da região
metropolitana do Rio de Janeiro. O fato de ter que conviver, a partir de seu oitavo
período, com as atividades acadêmicas e a nova fase no mercado de trabalho, nos leva a
entender o quanto ele se deslocará quando ele necessita de deslocamentos
intermunicipais.

O gráfico 1 apresenta a distância do municipio de Nova Iguaçu em relação aos demais da


RMRJ, evidenciando que a cidade do Rio de Janeiro, à uma distãncia média de 30 km se
torna alvo para aqueles que não conseguem empregabilidade na região.

Gráfico 01: Distâncias entre Nova Iguaçu e demais municípios da RMRJ

estrada não é pavimentada. Em tempos de chuva, é praticamente impossível transitar. O fim da estrada, em
Jaceruba, fica no entorno da Reserva Biológica do Tinguá.

14
Fonte: Elaboração própria

Destaca-se ainda que o município abriga importantes reservas biológicas (Reserva do


Tinguá), com vegetação original de Mata Atlântica, e possui 67% de seu território
composto por Áreas de Proteção Ambiental (APA Gericinó-Mendanha). Nova Iguaçu
dispõe também de uma generosa bacia hidrográfica, tendo como principais rios o Iguaçu
e o Guandu.

2.5.1. Indicadores Sócio-Econômicos-Culturais de Nova Iguaçu

O Índice de Desenvolvimento Humano – IDH foi criado originalmente para medir o nível
do desenvolvimento humano dos países com base em indicadores de educação,
longevidade e renda. O primeiro é uma combinação da taxa de matrícula bruta nos três
níveis de ensino com a taxa de alfabetização de adultos. O segundo é medido pela
expectativa de vida da população. O terceiro é verificado por meio da estimativa do PIB
per capta medido em dólar-PPC (Paridade do Poder de Compra), calculado pelo Banco
Mundial. O IDH varia de zero a um e classifica os países com índices considerados de
baixo, médio ou alto desenvolvimento humano, respectivamente nas faixas de 0 a 0,5; de
0,5 a 0,8; e de 0,8 a 1. Assim, quanto mais próximo de 1 for o IDH, maior o nível de
desenvolvimento humano apurado.

Embora meçam os mesmos fenômenos, os indicadores levados em conta no IDH-


Municipal (IDH-M) são mais adequados para avaliar as condições de núcleos sociais
menores. Na dimensão educação, consideram-se a taxa de alfabetização de pessoas
acima de 15 anos de idade e a taxa bruta de frequência à escola8. A dimensão
longevidade apura a esperança de vida ao nascer, sintetizando as condições de saúde e
salubridade locais. Para avaliar a dimensão renda, ao invés do PIB, o critério utilizado é a
renda média de cada residente do município, transformada em dólar-PPC utilizando-se
escala logarítmica para corrigir as distorções nos extremos das curvas de renda. Nessa
conceituação, o IDH-M do Brasil alcançou a média 0,764 no ano 2000.
Com relação aos componentes do índice, Nova Iguaçu apresentou IDH-M Educação de
0,884, 22º no Estado. O município pontuou 0,717 no IDH-M Esperança de Vida, 60º

8Somatório de pessoas, independentemente da idade, que freqüentam os cursos fundamental, secundário e


superior, inclusive cursos supletivos, classes de aceleração e de pós-graduação universitária, dividido pela
população na faixa etária de 7 a 22 anos na localidade.

15
posição dentre os 91 municípios analisados. Em termos socioeconômicos a renda per
capta observada no Município de Nova Iguaçu é de R$237,50, fazendo com que seu IDH-
M Renda fosse de 0,686, 53º lugar no Estado.
Conjugando-se os três grupos de indicadores constitutivos do IDH-M, e comparando os
dados de Nova Iguaçu com os demais municípios fluminenses, observa-se que a cidade
está posicionada na 45ª colocação no ranking estadual do Índice de Desenvolvimento
Humano.
O Gráfico 02, a seguir, promove a comparação da evolução entre os IDH-M calculados
na Capital do Estado; na média do Estado e no Município de Nova Iguaçu, no período de
1970 a 2000.
Gráfico 02: Evolução Comparativa do IDH-M

Fonte: TCU/RJ (2004)

A Baixada Fluminense não tem nenhuma cidade com Índice de Desenvolvimento


Humano (IDH) classificado como “baixo” e “muito baixo”. Em atualização de 2013, o
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), através do estudo Atlas
do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, Nilópolis continua em primeiro lugar, tendo
atingido a marca de 0,753 e Japeri em último, tendo melhorado bastante em relação ao
últimos anos com 0,659. Mesquita ficou em segundo lugar.
De acordo com Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, o município de
Paracambi está em terceiro lugar (0,720), seguido de São João de Meriti (0,719), ficando
Seropédica e Nova Iguaçu empatados em quinto lugar (0,713). O estudo mostra ainda
que Duque de Caxias está em sexto lugar (0,711), Magé em sétimo (0,709), seguido por
Guapimirim (0,698), Belford Roxo (0,684) e Queimados (0.680).
Alguns dados complementares relativos a características população iguaçuana podem
ser vistos na tabela 01, abaixo:
Tabela 01: Indicadores Sócio-Econômico-Culturais do Município de Nova Iguaçu
Indicadores Resultados
Gênero predominante Feminino (51,5%)
Raça predominante Negros e pardos (somados 55%)
Faixa Etária Entre 18 e 59 anos (57,5%)
Média de idade 28,8 anos
Percentual de alfabetização 93% da população acima de 10 anos
81% dos domicílios têm acesso à rede geral de
Dados de saneamento
abastecimento de água
52% possuem esgoto sanitário ligado à rede de
Esgoto sanitário ligado à rede de coleta
coleta
Coleta de lixo 88% têm coleta de lixo
Fonte: Secretaria de Educação e Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente de Nova Iguaçu (2004)

16
Apesar dos dados apresentarem um panorama de suposto otimismo, Nova Iguaçu, como
a grande maioria das cidades brasileiras, apresenta grandes diversidades e
desigualdades na ocupação de seu território.

Na edição de 2004 da publicação intitulada “Atlas da Cidade de Nova Iguaçu”, as


Secretarias Municipais de Educação, e; de Urbanismo e Meio Ambiente observam:
“[...] uma concentração de serviços e equipamentos urbanos em certas
regiões, enquanto noutras, praticamente, não existe qualquer
infraestrutura urbana. Vale ressaltar que essa distribuição desigual de
benefícios sociais guarda uma coincidência (ou equivalência) com a
distribuição desigual dos níveis de renda e escolaridade da população”.

Assim, a Prefeitura Municipal de Nova Iguaçu, no sentido de orientar as necessidades de


expansão e crescimento da cidade, buscando a melhoria e universalização dos serviços
e equipamentos urbanos, bem como o apontamento da hierarquização das diversidades
e desigualdades na ocupação do território, classificou os 67 (sessenta e sete) bairros do
município, segundo um Índice de Qualidade de Vida (IQV) específico para cada bairro.

A metodologia utilizada para a construção do IQV levou e consideração as seguintes


variáveis, apresentadas no quadro 01:

Quadro 01: Indicadores do Índice de Qualidade de Vida (IQV) do Município de Nova Iguaçu
1. Condições socioeconômicas
1.1. Renda média do chefe do domicílio
1.2. Nível de escolaridade do chefe do domicílio
1.3. Número médio de dormitórios por domicílio
1.4. Domicílios ligados à rede de abastecimento de água
1.5. Domicílios ligados à rede de esgoto e atendidos por coleta de lixo
1.6. Condições de vida nas áreas urbanizadas
2. Condições de vida nas áreas urbanizadas
2.1. Pavimentações das vias
2.2. Existência de meio-fio nos logradouros
2.3. Arborização urbana
2.4. Proximidade aos grandes centros de comércio e serviços
2.5. Ordenamento de arruamento
2.6. Regularidade das ocupações
2.7. Padrão construtivo das edificações
3. Condições fundiárias nas áreas não-urbanizadas
3.1. Proximidade com as áreas de maior densidade
3.2. Condições de vias de acesso e proximidade dos eixos do sistema viário da cidade
3.3. Dependência e participação do proprietário em relação à utilização da terra
3.4. Nível de investimento na propriedade
3.5. Conservação dos recursos naturais
3.6. Grau de aproveitamento das áreas
3.7. Existência de equipamentos sociais (escolas, unidades de saúde e lazer)
3.8. Possibilidade de valorização da terra
Fonte: Secretaria de Educação e Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente de Nova Iguaçu (2004)

A cada uma das variáveis acima, foram atribuídos valores entre 0 e 1 (zero e um), em
escala decimal, conforme a melhor ou pior condição observada. Por fim, o IQV fora
calculado através de média geométrica das variáveis consideradas. A figura 3 ilustra,
segundo o critério do IQV, a distribuição desigual da qualidade de vida da população de
Nova Iguaçu no que diz respeito à ocupação do território do município.

2.5.2. O tecido industrial de Nova Iguaçu

17
A localização geográfica privilegiada (entre as regiões metropolitanas de Rio e São
Paulo), contribui para que o parque industrial da Baixada Fluminense, em geral, e de
Nova Iguaçu, em particular, seja altamente dinâmico e aquecido.
Nesta região encontram-se grandes empresas de capital nacional e multinacional,
prioritariamente das indústrias petroquímica, metal-mecânica, alimentos e química fina.
No município de Nova Iguaçu e região entorno, destaca-se a atuação das seguintes
empresas: Petrobras (Reduque); Bayer; L’Oréal; Usimeca; Cosméticos Embeleze;
Farinhas Granfino; Colchões Ortobom; Grupo Bimbo (PlusVita); Compaq; Cosméticos
Niély; Café Pimpinela.

18
3. O CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DO CEFETRJ
UnED NOVA IGUAÇU

3.1. FUNDAMENTOS E BASES LEGAIS

O curso de engenharia de produção do CEFET/RJ UnED/NI foi aprovado pelo Conselho


Diretor (CODIR) do CEFET/RJ, através da resolução 21/2005, de 1º de Julho de 2005,
em consonância com a deliberação e aprovação no Conselho de Desenvolvimento
Educacional (CONED, atual Conselho de Ensino – CONEN), em sessão ordinária de 30
de maio de 2005.
O projeto pedagógico do curso de Engenharia de Produção da Unidade Descentralizada
de Nova Iguaçu do CEFET/RJ foi desenvolvido tendo por base a LDB (Lei No. 9394 de
20 de dezembro de 1996) que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional,
além de estar aderente à Resolução CNE/CES 11, de 11 de março de 2002 que “Institui
Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia”.
Por tratar-se de formação em Engenharia de Produção é importante mencionar que o
projeto do curso também está em consonância com o documento “Engenharia de
Produção: Grandes Áreas e Diretrizes Curriculares” elaborado pela Associação
Brasileira de Engenharia de Produção (ABEPRO) que estabelece o campo da
Engenharia de Produção e define as sub-áreas que devem constituir o núcleo de
conteúdos profissionalizantes de todos os cursos de Engenharia de Produção.

3.2. BREVE HISTÓRICO

O Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca - CEFET/RJ,


como seus congêneres, é uma autarquia de regime especial, vinculada ao Ministério da
Educação, com autonomia administrativa, patrimonial, financeira, didática e disciplinar.
No espírito da Lei no 6545, de 30 de junho de 1978, que criou os CEFETs, e de acordo
com a redação do Art. 3o da Lei no 8.711, de 28 de setembro de 1993, o Centro tem por
finalidade o oferecimento da educação tecnológica e por objetivos:
I. ministrar ensino em grau superior:
a) de graduação e pós-graduação lato sensu e stricto sensu, visando à formação de
profissionais e especialistas na área tecnológica;
b) de licenciatura com vistas à formação de professores especializados para as
disciplinas específicas do ensino técnico e tecnológico;
II. ministrar cursos técnicos, em nível de 2o grau, visando à formação de técnicos,
instrutores e auxiliares de nível médio;
III. ministrar cursos de educação continuada visando à atualização e ao
aperfeiçoamento de profissionais na área tecnológica;
IV. realizar pesquisas aplicadas na área tecnológica, estimulando atividades criadoras e
estendendo seus benefícios à comunidade mediante cursos e serviços.
Atualmente, além dos cursos médio e técnico, de tecnólogos e da pós-graduação lato
sensu e stricto sensu com o Mestrado em Tecnologia, Mestrado em Engenharia
Mecânica e o Mestrado Profissional em Ensino de Matemática e Física, o CEFETRJ
oferece cursos de graduação na área de Engenharia e Administração Industrial.
No ensino superior as atividades do CEFETRJ iniciaram-se em 1966, com o antigo curso
de Engenharia de Operações que deu origem aos atuais cursos de Engenharia Industrial

19
Mecânica e Engenharia Industrial Elétrica com ênfase em Eletrotécnica, Eletrônica e
Telecomunicações.
No início de 2004 foi criada uma comissão composta por um grupo de professores para
refletir; discutir e avaliar o curso de modo a identificar e promover adequações com o
objetivo de contribuir permanentemente para a melhoria de sua qualidade. Neste
contexto, foram privilegiados uma maior flexibilidade da formação do egresso, uma maior
observância às demandas sociais e uma maior aderência a práticas curriculares
contemporâneas. A reforma está em processo de implantação desde o primeiro semestre
de 2006.

3.3 OBJETIVOS DO CURSO

3.3.1. Objetivo geral

Conforme Resolução CNE/CSE 11, de 11 de março de 2002, “o Curso de Graduação em


Engenharia tem como perfil do formando egresso; profissional o engenheiro, com
formação generalista, humanista, crítica e reflexiva, capacitado a absorver e desenvolver
novas tecnologias, estimulando a sua atuação crítica e criativa na identificação e
resolução de problemas, considerando seus aspectos políticos, econômicos, sociais,
ambientais e culturais, com visão ética e humanista, em atendimento às demandas da
sociedade.”
Paralelamente, o documento da ABEPRO intitulado Engenharia de Produção: Grande
Área e Diretrizes Curriculares, já mencionado anteriormente, define que "compete à
Engenharia de Produção o projeto, a implantação, a operação, a melhoria e a
manutenção de sistemas produtivos integrados de bens e serviços, envolvendo homens,
materiais, tecnologia, informação e energia. Compete ainda especificar, prever e avaliar
os resultados obtidos destes sistemas para a sociedade e o meio ambiente, recorrendo a
conhecimentos especializados da matemática, física, ciências humanas e sociais,
conjuntamente com os princípios e métodos de análise e projeto de engenharia".
E complementa: “Produzir é mais que simplesmente utilizar conhecimento científico e
tecnológico. É necessário integrar fatores de natureza diversas, atentando para critérios
de qualidade, produtividade, custos e responsabilidade social, entre outros. A Engenharia
de Produção, ao voltar sua ênfase para características de produtos (bens e/ou serviços) e
de sistemas produtivos, vincula-se fortemente com as idéias de projetar e viabilizar
produtos e sistemas produtivos, planejar a produção, produzir e distribuir produtos que a
sociedade valoriza. Essas atividades, tratadas em profundidade e de forma integrada
pela Engenharia de Produção, são fundamentais para a elevação da qualidade de vida e
da competitividade do país.”
Seguindo o estabelecido pela Resolução CNE/CSE 11, de 11 de março de 2002, e
documento acima referenciados, tem-se que o objetivo do curso de Engenharia de
Produção do CEFETRJ é a formação de profissionais de Engenharia de Produção que
dominem os conteúdos básicos comuns a todas as engenharias e os conteúdos
específicos relativos à área de Engenharia de Produção desenvolvendo as habilidades e
competências necessárias ao bom desempenho profissional de forma a atender às
demandas da sociedade e contribuir para a melhoria da qualidade de vida e para o
desenvolvimento sócio-econômico local, regional e nacional.

3.3.2. Objetivos específicos

Espera-se do egresso do curso de engenharia de produção do CEFET/RJ UnED/NI um


profissional dotado de uma sólida competência técnica, associada a elementos sociais e
humanísticos, essenciais para a formação do sujeito.

20
O curso de engenharia de produção do CEFET/RJ UnED/NI oferece ao discente uma
visão global dos processos de produção, tanto de base industrial, como de serviços,
oferecendo ao estudante conhecimentos essenciais à formação do profissional de
engenharia de produção, com base nas referências curriculares propostas pela
Associação Brasileira de Engenharia de Produção (ABEPRO)
http://www.abepro.org.br/interna.asp?ss=1&c=581, além da aderência as resoluções do
Conselho Nacional de Educação.
Espera-se do egresso compromissos irrestritos com a atuação ética, o profissionalismo e
o êxito em suas decisões técnicas.
Para o cumprimento destas diretrizes, a Instituição se compromete em:
 Fornecer sólida formação na base de conhecimento próprio da Engenharia que é
comum a todos os engenheiros independentemente da modalidade.
 Fornecer sólida formação na base própria da Engenharia de Produção
desenvolvendo as competências e habilidades necessárias para que os egressos
possam conceber, projetar, implementar, manter e aperfeiçoar sistemas
produtivos de naturezas diversas.
 Fornecer sólida formação em projeto, análise e gestão de processos produtivos.
 Fornecer sólida formação em modelos quantitativos aplicados aos problemas de
Engenharia de Produção.
 Desenvolver nos alunos a criatividade, capacidade de resolução de problemas,
consciência crítica, raciocínio lógico, capacidade de expressão oral, gráfica e
escrita e liderança.
 Fortalecer princípios e valores éticos e consciência de responsabilidade social.

3.3.3. Perfil do profissional

O engenheiro de produção do CEFET/RJ UnED Nova Iguaçu apresentará o seguinte


perfil profissional: sólida formação nas áreas de conhecimento que compõem a
Engenharia de Produção capaz de atuar no planejamento, implantação,
acompanhamento, manutenção, avaliação e melhoria de sistemas produtivos de bens e
serviços, considerando seus aspectos político-econômicos, sociais, ambientais e
culturais, sem se distanciar de uma visão ética e humanística.
O engenheiro de produção é um profissional que deve combinar uma visão sistêmica das
organizações com a capacidade de resolver de fornecer soluções para problemas
complexos9. Dessa forma, é importante que as competências combinem uma formação
tecnológica em Engenharia de Produção com uma formação humanística, além da
necessária formação numérica e computacional.

3.3.4. Competências e habilidades

Associadas à mobilização dos saberes pertinentes à formação de Engenharia de


Produção, os alunos deverão desenvolver ao longo do curso as seguintes competências
e habilidades:

 Conceber, projetar, implementar, manter e aperfeiçoar sistemas, produtos, serviços e


processos, integrando recursos físicos, humanos, financeiros, ambientais,
tecnológicos, energéticos e de informação;

9
Gaboury, J. Making Better IEs IIE Solutions; Jun 1999; 31, 6.

21
 Utilizar técnicas e ferramentas da Engenharia de Produção a fim de analisar e avaliar
os sistemas de produção tornando-os mais eficazes e eficientes;
 Acompanhar as inovações tecnológicas desenvolvendo, adaptando, incorporando e
disponibilizando-as a serviço dos meios produtivos e da sociedade como um todo;
 Prever, avaliar e solucionar problemas de ordem técnica, administrativa, legal, social,
econômica, cultural e do meio ambiente.
 Assumir compromisso com a ética profissional;
 Assumir responsabilidade social, política e ambiental;
 Assumir postura pró-ativa e empreendedora;
 Reconhecer a importância do auto-aprendizado e educação continuada;
 Comunicar-se eficientemente nas formas oral e escrita;
 Atuar em trabalhos em equipe.

3.4. CONCEPÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

3.4.1. Considerações sobre currículo

A base didático-pedagógica do Curso de Engenharia de Produção do CEFET/RJ foi


concebida a partir da definição de currículo contida na Proposta de Diretrizes Curriculares
para os Cursos de Engenharia elaborada pela Comissão Nacional da ABENGE –
Associação Brasileira de Ensino de Engenharia (1998).
Tem-se assim que o currículo pode ser entendido como “todo o conjunto de experiências
de aprendizado que o estudante incorpora durante o processo participativo de
desenvolver, numa instituição educacional, um programa de estudos coerentemente
integrado”.
Essa definição de currículo, conforme documento citado, incorpora três elementos
fundamentais:
 “Todo o conjunto de experiências de aprendizado” significa que o currículo
ultrapassa a sala de aula devendo considerar outras atividades complementares
como iniciação científica, programas de extensão, visitas técnicas, eventos
científicos além de atividades culturais, políticas e sociais que visam ampliar os
horizontes de uma formação profissional meramente técnica, proporcionando uma
formação sociocultural mais abrangente;
 “Processo participativo de desenvolver...” significa a compreensão de que no
processo de aprendizagem é importante o estudante desempenhar um papel ativo
de construir seu próprio conhecimento e experiência, ainda que com a orientação
e participação do professor.
 “Um programa de estudos coerentemente integrado” significa preocupar-se com a
integração entre as disciplinas que compõem a grade curricular evitando que não
haja fragmentação e sim o inter-relacionamento de conteúdos.
Dessa forma, sendo um elemento participativo, capaz de construir o conhecimento a
partir de uma relação de ensino-aprendizagem eficaz desenvolvida com o professor, o
aluno pode se tornar um profissional competente para:
a) Atuar de forma responsável e criativa no contexto vigente;
b) Influir no seu aperfeiçoamento; e
c) Enfrentar os desafios e mudanças que se apresentam.
Essa concepção didático-pedagógica do curso também encontra-se em consonância com
o Art. 5º. da Resolução CNE; CSE 11, de 11 de março de 2002 que diz: “cada curso de

22
Engenharia deve possuir um projeto pedagógico que demonstre claramente como o
conjunto de atividades previstas garantirá o perfil desejado de seu egresso e o
desenvolvimento das competências e habilidades esperadas. Ênfase deve ser dada à
necessidade de se reduzir o tempo em sala de aula, favorecendo o trabalho individual e
em grupo dos estudantes.”
§ 1º. Deverão existir os trabalhos de síntese e integração dos conhecimentos adquiridos
ao longo do curso, sendo que, pelo menos, um deles deverá se constituir em atividade
obrigatória como requisito para a graduação.
§ 2º. Deverão também ser estimuladas atividades complementares, tais como trabalhos
de iniciação científica, projetos multidisciplinares, visitas teóricas, trabalhos em equipe,
desenvolvimento de protótipos, monitorias, participação em empresas juniores e outras
atividades empreendedoras.
Os itens 3.4.2 – considerações sobre atividades complementares, 3.4.3 – considerações
sobre o processo de ensino-aprendizagem e 3.4.4 – considerações sobre a organização
curricular procuram demonstrar o atendimento da concepção didático-pedagógica do
curso.

3.4.2. Considerações sobre as atividades complementares

Complementando sua formação profissional, os alunos de Engenharia de Produção do


CEFET/RJ têm oportunidade de desenvolver ao longo do curso diversas atividades tais
como:
 Promoção e participação em eventos
Existe uma política de apoio à participação em eventos que consiste numa etapa de
conscientização, numa de divulgação, e no apoio propriamente dito. A etapa de
conscientização consiste em sensibilizar o aluno para a importância da participação
nesse tipo de atividade. Essa conscientização é feita na aula inaugural, na disciplina
Introdução à Engenharia e através dos docentes que auxiliam na divulgação dos
mesmos. A divulgação, que consiste em informar os alunos sobre a realização dos
eventos, é feita através dos docentes, através de e-mail, e de informativos afixados nos
quadros de aviso da instituição.
O apoio efetivo consiste numa política de solicitar aos docentes que evitem avaliações e
abonem faltas no período de realização de eventos representativos na área de
engenharia de produção como: ENEGEP – Encontro Nacional de Engenharia de
Produção, maior evento na área no país; Profundão, evento que ocorre todos os anos,
constituído de palestras, minicursos, Einepro, Emepro, visitas técnicas, apresentação de
trabalhos etc., organizado por alunos de engenharia de produção da UFRJ; e Semana de
Extensão do CEFET/RJ que inclui diversos tipos de atividades técnicas, sociais e
culturais, envolvendo diversas áreas de conhecimento.
Quanto à promoção de eventos, a instituição realiza anualmente: a Semana de Extensão
com a realização de palestras, mesas redondas, minicursos, exposição de projetos e feira
com stands de empresas etc.; o Seminário de Iniciação Científica com apresentação de
trabalhos dos alunos no formato exposição oral ou pôster que são posteriormente
publicados em anais; e o Seminário da Pós-Graduação com a apresentação de trabalhos
dos alunos do Mestrado em Tecnologia da instituição, que possui uma área de gestão
estando na área de Engenharias III da CAPES junto com os demais programas de pós-
graduação em Engenharia de Produção. A instituição ainda promove ao longo do ano
diversos eventos de caráter sociocultural como shows, mostra de vídeos, festa junina no
campus etc.

23
 Projetos de Pesquisa
Os alunos podem participar do desenvolvimento de projetos sempre com a orientação de
professores vindo a integrar um dos diversos grupos de pesquisa da instituição
cadastrados no CNPq. A participação em projetos de pesquisa, além de sua importância
acadêmica, permite aos alunos se relacionarem com outros docentes e discentes da pós-
graduação – Mestrado em Tecnologia – do CEFET/RJ ou mesmo de outras instituições
nas quais sejam desenvolvidos projetos em parceria.
Os alunos inseridos em projetos de pesquisa podem concorrer a bolsas de Iniciação
Científica financiadas pelo próprio CEFET/RJ bem como por órgãos de fomento.
 Iniciação Científica
O CEFET/RJ possui um programa de Iniciação Científica – PIBIC com bolsas financiadas
pela própria instituição e pelo CNPq. Através da Iniciação Científica os alunos têm
oportunidade de aprofundar sua formação em pesquisa, desenvolvendo projetos com
orientação de um docente.
Atualmente existem um edital por ano sendo que o processo seletivo envolve avaliação
do projeto de pesquisa a ser desenvolvido, o currículo do professor orientador, e o
histórico do candidato. A banca de avaliação é composta por docentes da instituição e
por membros externos pesquisadores nível 1 do CNPq.
Os alunos desenvolvem as atividades de iniciação científica na instituição ou, quando
pertinente, externamente ao CEFET/RJ e são obrigados a apresentar relatório ao final da
vigência da bolsa. Os alunos bolsistas devem também apresentar seu trabalho na
Semana de Iniciação Científica.
 Empresa Júnior
O CEFET/RJ possui a CEFET Jr. - Empresa Júnior de Administração e Engenharia e que
conta com uma participação importante dos alunos do curso de engenharia de produção
que vêm, inclusive, ocupando posições de destaque na presidência, no conselho e nas
diretorias da empresa. Na área de Engenharia de Produção os principais projetos
desenvolvidos são voltados para Estudos de Viabilidade Técnica e Econômica (EVTE),
Estudos de Arranjo Físico e Otimização Industrial.
Através da participação na empresa júnior, os alunos têm oportunidade de se
capacitarem profissionalmente desenvolvendo projetos com a supervisão de um
professor orientador, participar de treinamentos, de desenvolverem habilidades
gerenciais e interpessoais, formar rede de contatos, trabalhar a motivação, liderança e
negociação etc.
Para ingressar na empresa júnior o aluno tem que passar por um processo seletivo, o
chamado SAT (Seleção e Admissão de Talentos), que ocorre a cada semestre que
envolve prova de raciocínio lógico e conhecimentos gerais, dinâmica de grupo e
entrevista individual.
Fundada em julho de 2000, a CEFET Jr. vem desenvolvendo excelente trabalho o que
lhe conferiu o título de Campeã – na categoria serviços no ano de 2003 – do Prêmio Top
Empresarial que é um dos mais importantes prêmios de qualidade no Brasil e que tem
como objetivo reconhecer as iniciativas e ações das empresas quanto à aplicação de
tecnologia e métodos de gestão, com resultados em ganhos de produtividade,
rentabilidade e melhoria na qualidade de vida das comunidades.
Outro prêmio recentemente conquistado foi o PQ Rio – Categoria Bronze concorrendo
com empresas de todo o Estado do Rio de Janeiro em quesitos como liderança da alta
administração, desempenho relativo aos clientes, gerenciamento de um sistema de
informações e de processos, desenvolvimento de recursos humanos e otimização dos
custos.

24
 Time Enactus
Os alunos do curso de Engenharia de Produção participam do Time Enactus que é um
programa internacional que estimula as habilidades de inovação, liderança,
empreendedorismo e responsabilidade social através da concepção, execução e gestão
de projetos de livre iniciativa.
Entre os projetos desenvolvidos podem ser citados: Chegou a Hora de Recomeçar que é
um projeto piloto sobre uma oficina artesanal de produção de velas e sabonetes para
capacitar mães de classes humildes a gerir seu próprio negócio – cooperativa – baseado
em conceitos de mercado econômico, empreendedorismo e gestão corporativa; projeto
SabEduca que consiste na prestação de aulas de reforço escolar para os alunos de
escola municipal aliando ao conteúdo a importância de temas contemporâneos; projeto
Dia D+ que tem por objetivo levar às crianças necessitadas diversão somada com carinho
durante 24 horas; e outros.
 Projetos multidisciplinares
Os alunos de engenharia de produção podem participar juntamente com alunos de
engenharia mecânica e elétrica dos projetos Aero design e Minibaja que são vinculados à
SAE Brasil e que consistem no projeto e construção de protótipos que fazem uso dos
conceitos de mãos à obra e gestão de projetos.
 Visitas técnicas
As visitas técnicas normalmente acontecem em projetos de extensão e no âmbito das
disciplinas oferecidas, sendo planejadas pelos docentes e alunos extensionistas. Através
das visitas técnicas, os alunos têm a oportunidade de ver in loco certas práticas e
atividades que em sala de aula são aprendidas sob uma abordagem mais teórica.
Também se oportuniza tirar dúvidas específicas sobre o desenvolvimento das atividades
da empresa observando a teoria na prática.
Existe um setor na instituição – SESUP, Setor de Supervisão de Estágio da Educação
Superior – que dá apoio à realização dessas visitas e que cuida da viabilidade
operacional das mesmas fazendo contatos com as empresas, cuidando da
documentação necessária e providenciando transporte.
 Estágio Supervisionado e outros estágios
O Estágio Supervisionado é uma disciplina obrigatória do Currículo Pleno do Curso de
Graduação em Engenharia de Produção do CEFET-RJ, segundo disposições da Lei nº
6.494, de 07 de dezembro de 1977, e Decreto nº 87.497, de 18 de agosto de 1982.
O Estágio Supervisionado tem duração mínima de 360 horas, contadas a partir da data
de matrícula na disciplina, para alunos em efetiva atividade de estágio. Para matricular-
se na disciplina Estágio Supervisionado, o aluno deverá ter concluído, no mínimo, 120
(cento e vinte) créditos.
Por meio dessa disciplina, o aluno conhece e participa in loco dos principais problemas
inerentes à engenharia de produção, melhor se qualificando para o exercício técnico
profissional e para a vida societária. Assim, toda uma gama de valores e conhecimentos
científicos e socioculturais enriquecerão sua bagagem de vivência, aumentando sua
experiência profissional.
Independente de estar cursando a disciplina Estágio Supervisionado, o aluno poderá
fazer estágio em empresas em qualquer semestre letivo sem, no entanto, obter créditos
na disciplina. Esse tipo de estágio, não curricular, poderá ser obtido por conta própria ou
através de contato com a Coordenadoria de Estágio e Emprego (COEMP), que
providenciará a documentação necessária, de acordo com a Lei nº 6.494.
O CEFET/RJ concede bolsas-estágio para as quais os alunos poderão candidatar-se
para a realização de atividades na própria instituição.

25
 Intercâmbios
Os alunos do curso de engenharia de produção bem como dos demais cursos da
instituição poderão participar de intercâmbios realizados através de convênios entre o
CEFET/RJ e outras instituições nacionais e internacionais.
Nesse item pode ser mencionado que o CEFET/RJ é signatário do Programa Mobilidade
Estudantil que permite aos alunos cursarem disciplinas por um ou dois períodos letivos
em outras instituições brasileiras também signatárias do programa, desde que atendidos
os critérios estabelecidos.
 Atividades de extensão
Complementando sua formação profissional, os alunos de Engenharia de Produção do
CEFET/RJ são estimulados a analisarem criticamente o seu papel na sociedade;
compreenderem, em sentido amplo, o seu papel nos contextos local, regional, nacional e
global; desenvolverem a autonomia intelectual e a criticidade, além de competências
analíticas, comportamentais e técnicas, com estímulo à leitura crítica, a redação e
oralidade.
Adicionalmente, o CEFET/RJ UnED/NI tem procurado integrar a instituição com o
entorno, desenvolvendo projetos de pesquisa e extensão com a participação integrada de
alunos e professores.
O Núcleo de Empreendedorismo e Tecnologias Sociais (NETS) tem promovido ações
sociais e educacionais, no sentido da sensibilização da comunidade CEFET/Nova Iguaçu
para ações proativas no enfrentamento da miséria e promoção do desenvolvimento local
sustentável.
3.4.3. Considerações sobre o processo ensino-aprendizagem
Para que os alunos do curso de engenharia de produção possam realmente aprender a
aprender sendo capazes de construir o próprio conhecimento, a instituição estimula, em
primeira instância, a participação dos docentes do curso em eventos que tratam da
educação em engenharia a fim de que possam efetivamente compreender a importância
desse processo e disseminar e adotar metodologias que propiciem o desenvolvimento
dessa competência nos alunos.
Pode-se verificar, através dos currículos dos professores do Departamento de
Engenharia de Produção, a presença e participação com apresentação de trabalhos em
eventos como ICEE – International Conference of Engineering Education e COBENGE –
Congresso Brasileiro de Ensino de Engenharia e em publicações como o Computer
Applications in Engineering Education, onde são discutidos temas relativos à educação
em engenharia e explanadas experiências da relação ensino-aprendizagem.
Também verifica-se a participação dos docentes em grupos de pesquisa cadastrados no
CNPq, desenvolvendo projetos relativos à educação em engenharia tais como
Laboratório de Aprendizagem, CORE: Recursos Computacionais no Ensino de
Matemática e Ciências e Novas Metodologias aplicadas ao Ensino de Ciências e
Matemática.
Observa-se ainda trabalhos publicados pelos docentes relativos ao desenvolvimento de
competências, o que torna o corpo docente sensível e atualizado no que diz respeito ao
novo paradigma da educação onde o foco passa a ser o aluno e o professor passa a ser
o orientador e motivador do aprendizado.
Assim sendo, a metodologia adotada em muitas disciplinas não mais se baseia
exclusivamente em aulas teóricas tendo como método de avaliação a realização de
provas individuais. Ao contrário, em muitas disciplinas os alunos desenvolvem trabalhos e
projetos em equipe, sempre com orientação do professor, e com apresentação de
seminários. Esses trabalhos podem ser desenvolvidos na própria instituição ou basear-se

26
em pesquisa de campo realizada junto às empresas que podem ser consideradas os
laboratórios da engenharia de produção.
Outra metodologia utilizada é o estudo de caso onde a partir de um referencial teórico os
alunos analisam uma determinada situação e propõem uma solução para a problemática
descrita. As soluções apresentadas devem ser fundamentadas e justificadas procurando
levar em consideração possíveis consequências de sua aplicação. Dependendo da
disciplina, o estudo de caso pode apresentar natureza mais descritiva ou prática
envolvendo simulações e utilização de ferramentas computacionais.
Dessa forma, além de poderem aplicar a teoria na prática melhor consolidando o
aprendizado através da assimilação de conceitos e uso do ferramental da engenharia de
produção, os alunos passam a desenvolver capacidade de resolução de problemas,
raciocínio lógico, criatividade, análise crítica, inter-relacionamento pessoal, comunicação
oral e escrita e liderança.

3.4.4. Considerações sobre a organização curricular

A organização dos conteúdos em disciplinas e a alocação dessas na grade curricular foi


estruturada de modo a permitir a integração dos conteúdos necessários à formação do
engenheiro de produção do CEFET/RJ.
Desde o início do curso o aluno tem o primeiro contato com a engenharia de produção
através da disciplina Introdução à Engenharia. O objetivo dessa disciplina é fazer o aluno
melhor compreender o universo da engenharia de produção, ou seja, sua história,
evolução, campo de atuação e os desafios do engenheiro de produção dentro de um
contexto crítico e reflexivo e contemplando a discussão sobre ética profissional.
Compondo a parte de conteúdos disciplinares da área de ciências humanas, presente no
ciclo básico, os alunos têm a disciplina de Humanidades e Ciências Sociais, que
complementa em seus conteúdo com a inserção de tópicos referentes a questões étnico-
raciais, dos afrodescendentes e culturais.
Os conteúdos de cálculo, probabilidade e estatística, programação, física, química,
ciências do ambiente, desenho e demais conteúdos que compõem o ciclo básico
encontram-se nos primeiros períodos do curso, organizados de modo a serem cumpridos
nos dois primeiros anos. Vale ressaltar que, mesmo em disciplinas que compõem o
núcleo básico, existe a preocupação em dar enfoque pertinente à engenharia de
produção.
Nas disciplinas de conteúdo profissionalizante, os alunos têm os conteúdos que
compõem as sub-áreas da engenharia de produção. Essas disciplinas encontram-se
organizadas de modo que o aluno possa gradualmente ir desenvolvendo seu
conhecimento. Primeiramente são oferecidas disciplinas tais como Administração,
Economia, Engenharia de Métodos, Pesquisa Operacional, entre outras que permitirão ao
discente uma base de conhecimento própria da engenharia de produção bem como
métodos e ferramentas utilizados na gestão de sistemas produtivos.
Do meio para o final do curso os alunos têm disciplinas que vão requerer uma base de
conhecimentos anterior como, por exemplo, Logística, Planejamento e Controle da
Produção e Elaboração de Projetos concluindo com o Projeto Final. Vale ressaltar que os
alunos ao cursarem Projeto Final têm a orientação de docentes do curso e, para serem
aprovados, fazem a defesa do projeto perante uma banca avaliadora.

3.5. INGRESSO NO CURSO E TURNO DE FUNCIONAMENTO

27
O ingresso no Curso de Engenharia de Produção do CEFET/RJ UnED/NI se dá através
de SISU semestral realizado pelo MEC, sendo oferecidas 36 vagas para o primeiro
semestre e 36 vagas para o segundo semestre. Também é possível o ingresso mediante
transferência interna e externa ou reingresso para os portadores de diplomas de
graduação em áreas correlatas à Engenharia de Produção.
O curso de engenharia de produção do CEFET/RJ UnED/NI é oferecido prioritariamente
no turno da noite, com aulas entre 18h10min e 22h30min. Entretanto, algumas disciplinas
podem ser ofertadas e cursadas, eventualmente, nos turnos da manhã e da tarde, de
segunda a sexta-feira. Visando a integralização da carga-horária ou a oferta de
disciplinas em caráter optativo, também há aulas nas manhãs de sábado, de 8h às 12h.
Foi aprovado no conselho da unidade e no Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão da
instituição, que o curso tenha o turno de oferta de vagas alterado de noturno para
integral.

28
4. ESTRUTURA CURRICULAR
O curso de Engenharia de Produção encontra-se estruturado em cinco anos, o que
corresponde a dez períodos letivos, em regime semestral de créditos.
A integralização do curso se dá com um total mínimo de 4080 horas-aula que é a carga
horária mínima necessária para que o aluno receba o título de graduado em Engenharia
de Produção.
Como atividades para a integralização dessa carga horária, estão previstas disciplinas
obrigatórias num total de 3600 horas-aula, sendo previsto uma ch de 144 horas-aula em
optativas, e carga horária de 360 horas em estágio supervisionado. Vale ressaltar que,
na carga horária referente às disciplinas obrigatórias estão incluídas 144 horas-aula
referentes ao desenvolvimento do projeto final.
As disciplinas obrigatórias subdividem-se em: disciplinas do núcleo de conteúdo básico;
disciplinas do núcleo de conteúdo profissionalizante; e disciplinas de conteúdo
profissionalizante específico, conforme especificado nos quadros a seguir.

4.1. NÚCLEOS DE CONTEÚDOS

4.1.1. Conteúdo básico

Nome Créditos Tópico da Res. CNE 11/03/2002 ao qual


da disciplina (T, P, E) C a disciplina se refere
Metodologia Científica (2,0,0) 2 01 - Metodologia Científica
Introdução à Engenharia (2,0,0) 2 02 - Comunicação e Expressão
Programação I (2,2,0) 3 03 – Informática
Programação II (2,2,0) 3 03 – Informática
Expressão Gráfica (2,2,0) 3 04 - Expressão Gráfica
Álgebra Linear (4,0,0) 4 05 – Matemática
Cálculo I (6,0,0) 6 05 – Matemática
Cálculo II (6,0,0) 6 05 – Matemática
Cálculo III (4,0,0) 4 05 – Matemática
Cálculo Numérico (2,2,0) 3 05 – Matemática
Probabilidade e Estatística (4,0,0) 4 05 – Matemática
Física I (4,0,0) 4 06 – Física
Física Experimental I (0,2,0) 1 06 – Física
Física II (4,0,0) 4 06 – Física
Física Experimental II (0,2,0) 1 06 – Física
Física III (4,0,0) 4 06 – Física
Física Experimental III (0,2,0) 1 06 – Física
Fenômenos de Transportes (4,0,0) 4 07 - Fenômenos de Transporte
Mecânica dos Materiais (4,0,0) 4 08 - Mecânica dos Sólidos
Eletricidade Aplicada (2,2,0) 3 09 - Eletricidade Aplicada
Química (2,2,0) 3 10 – Química
Administração I (4,0,0) 4 12 – Administração
Economia I (4,0,0) 4 13 – Economia
Engenharia do Meio Ambiente (2,0,0) 2 14 - Ciências do Ambiente
Humanidades e Ciências Sociais (2,0,0) 2 15 - Humanidades e Ciências Sociais
Total de Créditos (72,18,0) 81
Carga horária 1.620
Análise Percentual 45,00%

29
4.1.2. Conteúdos profissionalizantes gerais

Nome Créditos Tópico da Res. CNE 11/03/2002 ao qual


da disciplina (T,P,E) C a disciplina se refere
Métodos Estatísticos (2,2,0) 3 30 - Métodos Numéricos
Mecânica Técnica (4,0,0) 4 29 - Mecânica Aplicada
Engenharia de Métodos (2,2,0) 3 18 - Gerência da Produção
Estratégia de Organizações (4,0,0) 4 14 - Estratégia e Organização
Engenharia da Qualidade (2,2,0) 3 40 - Qualidade
Processos de Fabricação. Mecânica (2,2,0) 3 38 - Processos de Fabricação
Fundamentos Eng. de Segurança (2,0,0) 2 13 - Ergonomia e Segurança do Trabalho
Ergonomia (2,2,0) 3 13 - Ergonomia e Segurança do Trabalho
Logística e Transportes (2,2,0) 3 53 – Transporte e Logística
Projeto do Produto (2,2,0) 3 12 – Engenharia do Produto
Pesquisa Operacional I (2,2,0) 3 37 - Pesquisa Operacional
Pesquisa Operacional II (2,2,0) 3 37 - Pesquisa Operacional
Engenharia Econômico-Financeira (2,2,0) 3 20 - Gestão Econômica
Contabilidade Gerencial (4,0,0) 4 20 - Gestão Econômica
Total de Créditos (34,20,0) 44
Carga horária 972
Percentual do total 27,00%

4.1.3. Conteúdos específicos

Disciplinas obrigatórias

Nome Créditos
da disciplina (T,P,E) C
Organização Industrial (4,0,0) 4
Arranjo Físico Industrial (2,2,0) 3
Planejamento e Controle da Produção (2,2,0) 3
Gestão da Manutenção (2,2,0) 3
Gestão de Projetos (2,2,0) 3
Total de Créditos (12,8,0) 16
Carga horária 360
Percentual do total 10,00%

Disciplinas optativas até 2014 (o estudante deve cursar, ao menos, 02 disciplinas


optativas, 144 horas)

Nome Créditos
da disciplina (T,P,E) C
Gestão em Serviços (4,0,0) 4
Ética e Responsabilidade Social (4,0,0) 4
Ética Empresarial e Responsabilidade Social (2,0,0) 2
Empreendedorismo (4,0,0) 4
Gestão da Inovação (4,0,0) 4
Gestão de Pessoas (4,0,0) 4
Marketing (4,0,0) 4
Sistemas de Informações Gerenciais (4,0,0) 4
Inglês Técnico para Engenharia (2,2,0) 3
Metrologia (4,0,0) 4
Economia da Energia (4,0,0) 4
Conversão de Energia (4,0,0) 4

30
Projeto de Extensão em Engenharia de Produção (2,2,0) 3
Projeto de Pesquisa em Engenharia de Produção (2,2,0) 3
Projeto de Ensino em Engenharia de Produção (4,0,0) 4
Princípios de Ciência dos Materiais (4,0,0) 4
Desenho Técnico (2,2,0) 4
Elementos de Máquinas (4,0,0) 4
Vibrações e Diagnóstico de Máquinas (4,0,0) 4
Sistemas Dinâmicos (4,0,0) 4
Conversão eletromecânica (2,2,0) 4
Máquinas Térmicas e de Fluxo (4,0,0) 4
Gestão de Serviços Logísticos (2,0,0) 2
Projeto Mecatrônico (4,0,0) 4
Automação (4,0,0) 4
Orçamento Empresarial (2,0,0) 2
Gestão de Estoques (2,0,0) 2
Tópicos em Gestão de Pessoas (2,0,0) 2
Tópicos em Empreendedorismo (2,0,0) 2
Análise Organizacional (2,0,0) 2
Planejamento e Controle da Produção 2 (4,0,0) 4
Comportamento Organizacional (2,0,0) 2
Gestão Financeira (4,0,0) 4
Tópicos Especiais em Engenharia de Produção A (4,0,0) 4
Tópicos Especiais em Engenharia de Produção B (2,0,0) 2
Sustentabilidade (2,0,0) 2
Mercadologia (2,0,0) 2
Simulação (4,0,0) 4

Disciplinas optativas após 2014 (o estudante deve cursar, ao menos, 02 disciplinas


optativas, 144 horas)

Nome Créditos
Pré-requisitos
da disciplina (T,P,E) C
Gestão em Serviços (4,0,0) 4
Ética e Responsabilidade Social (4,0,0) 4
Ética Empresarial e Responsabilidade Social (2,0,0) 2
Empreendedorismo (4,0,0) 4
Gestão da Inovação (4,0,0) 4
Gestão de Pessoas (4,0,0) 4
Marketing (4,0,0) 4
Sistemas de Informações Gerenciais (4,0,0) 4
Inglês Técnico para Engenharia (2,2,0) 3
Economia da Energia (4,0,0) 4
Projeto de Extensão em Engenharia de Produção (2,2,0) 3
Projeto de Pesquisa em Engenharia de Produção (2,2,0) 3
Projeto de Ensino em Engenharia de Produção (4,0,0) 4
Desenho Técnico (2,2,0) 4
Gestão de Serviços Logísticos (2,0,0) 2
Orçamento Empresarial (2,0,0) 2
Gestão de Estoques (2,0,0) 2
Tópicos em Gestão de Pessoas (2,0,0) 2
Tópicos em Empreendedorismo (2,0,0) 2

31
Análise Organizacional (2,0,0) 2
Planejamento e Controle da Produção 2 (4,0,0) 4
Comportamento Organizacional (2,0,0) 2
Gestão Financeira (4,0,0) 4
Tópicos Especiais em Engenharia de Produção A (4,0,0) 4
Tópicos Especiais em Engenharia de Produção B (2,0,0) 2
Sustentabilidade (2,0,0) 2
Mercadologia (2,0,0) 2
Simulação (4,0,0) 4

4.1.4. Estágio Supervisionado

ESTÁGIO SUPERVISIONADO
Carga Horária Total 360 horas-aula
10,00% da carga horária total do curso

4.1.5. Projeto Final

PROJETO FINAL
Carga Horária Total 144 horas-aula
4,00% da carga horária total do curso

Observação:

1. As ementas e bibliografia das disciplinas encontram-se no Anexo 1


2. As normas de Projeto Final encontram-se no Anexo 2
3. As normas de Estágio Supervisionado encontram-se no Anexo 3

4.1.6. Síntese dos Núcleos

Distribuição dos Carga-Horária


Núcleos Créditos
Carga-Horária
Percentual
Conteúdo Básico (72,18,0) 81 1.620 45,00%
Conteúdo Profissionalizante (34,20,0) 44 972 27,00%
Conteúdo Específico Obrigatório (12,8,0) 16 360 10,00%
Conteúdo Específico Optativo* (8,0,0) 8* 144* 4,00%
Estágio Supervisionado (0,0,24) 8 360 10,00%
Projeto Final (0,8,0) 4 144 4,00%
Total: (126,54,24) 240 3.600 100,0%

* Carga-Horária Mínima

32
4.2. GRADE CURRICULAR

ESTRUTURA CURRICULAR DA ENGENHARIA de PRODUÇÃO NOVA IGUAÇU

1º Período Créditos Pré-Requisito(s)


N°. Código Disciplina CH CR T P E Código Disciplina
1 GMAT0160 Cálculo I 108 6 6 0 0 - -
Introdução à Eng.
2 GPRO0120 36 2 2 0 0 - -
Produção
3 GQUI0131 Química 72 3 2 2 0 - -
4 GINF0131 Programação I 72 3 2 2 0 - -
5 GMEC0122 Expressão Gráfica 72 3 2 2 0 - -
Parcial 01/10: 360 17 14 6 0

2º Período Créditos Pré-Requisito(s)


N°. Código Disciplina CH CR T P E Código Disciplina

6 GMAT0260 Cálculo II 108 6 6 0 0 GMAT0160 Cálculo I


7 GFIS0240 Física I 72 4 4 0 0 GMAT0160 Cálculo I
8 GFIS0202 Física Experimental I 36 1 0 2 0 GMAT0160 Cálculo I
9 GINF0231 Programação II 72 3 2 2 0 GINF0131 Programação I
10 GMAT0240 Álgebra Linear 72 4 4 0 0 GMAT0160 Cálculo I
Parcial 02/10: 360 18 16 4 0

3º Período Créditos Pré-Requisito(s)


N°. Código Disciplina CH CR T P E Código Disciplina
11 GMAT0340 Cálculo III 72 4 4 0 0 GMAT0260 Cálculo II
12 GFIS0340 Física II 72 4 4 0 0 GFIS0240 Física I
GFIS0240 + Física I + Física
13 GFIS0302 Física Experimental II 36 1 0 2 0 Experimental I
GFIS0202
14 GMAT1340 Probabilidade e Estatística 72 4 4 0 0 GMAT0160 Cálculo I
15 GMAT0331 Cálculo Numérico 72 3 2 2 0 GMAT0240 Álgebra Linear
Engenharia do Meio Intro. à Eng. de
16 GEMA0120 36 2 2 0 0 GPRO0120 Produção
Ambiente
Parcial 03/10: 360 18 16 4 0

4º Período Créditos Pré-Requisito(s)


N°. Código Disciplina CH CR T P E Código Disciplina

17 GMEC1440 Mecânica Técnica 72 4 4 0 0 GFIS0240 Física I

18 GFIS0440 Física III 72 4 4 0 0 GFIS0340 Física II


GFIS0340 + Física II + Física
19 GFIS0402 Física Experimental III 36 1 0 2 0
GFIS0302 Experimental II
Probabilidade e
20 GPRO0240 Métodos Estatísticos 72 3 2 2 0 GMAT1340
Estatística
GMAT0260 +
21 GMEC0440 Fenômenos de Transporte 72 4 4 0 0 Cálculo II + Física II
GFIS0340
Introdução à
Humanidades e Ciências
22 GPRO0420 36 2 2 0 0 GPRO0120 Engenharia de
Sociais Produção
Parcial 04/10: 360 18 16 4 0

5º Período Créditos Pré-Requisito(s)


N°. Código Disciplina CH CR T P E Código Disciplina

33
Humanidades e
23 GPRO0340 Administração I 72 4 4 0 0 GPRO0420
Ciências Sociais
24 GELE1823 Eletricidade Aplicada 72 3 2 2 0 GFIS0440 Física III
25 GPRO0840 Economia I 72 4 4 0 0 GMAT0260 Cálculo II
26 GMEC0531 Mecânica dos Materiais 72 4 4 0 0 GMEC1440 Mecânica Técnica
Introdução à
27 GPRO0520 Metodologia Científica 36 2 2 0 0 GPRO0120 Engenharia de
Produção
Introdução à
Fundamentos de
28 GPRO0920 36 2 2 0 0 GPRO0120 Engenharia de
Engenharia de Segurança Produção
Parcial 05/10: 360 19 18 2 0

6º Período Créditos Pré-Requisito(s)


N°. Código Disciplina CH CR T P E Código Disciplina

29 GPRO0640 Pesq. Operacional I 72 3 2 2 0 GPRO0240 Métodos Estatísticos

30 GPRO0740 Organização Industrial 72 4 4 0 0 GPRO0340 Administração I


31 GPRO1340 Contabilidade Gerencial 72 4 4 0 0 GPRO0840 Economia I
Fundamentos de
32 GPRO1240 Ergonomia 72 3 2 2 0 GPRO0920 Engenharia de
Segurança
Processos de Fabricação Mecânica dos
33 GMEC0822 72 3 2 2 0 GMEC0531
Mecânica Materiais
Parcial 06/10: 360 17 18 6 0

7º Período Créditos Pré-Requisito(s)


N°. Código Disciplina CH CR T P E Código Disciplina

34 GPRO1140 Pesq. Operacional II 72 3 2 2 0 GPRO0640 Pesquisa Operacional I

GPRO0740 + Organização Industrial


35 GPRO1040 Engenharia de Métodos 72 3 2 2 0 + Métodos Estatísticos
GPRO0240
Engenharia Econômico-
36 GPRO1540 72 3 2 2 0 GPRO0840 Economia I
Financeira
Processos de
GMEC0822 +
37 GPRO1440 Projeto do Produto 72 3 2 2 0 Fabricação Mecânica
GPRO1240 + Ergonomia
38 GPRO1840 Arranjo Físico Industrial 72 3 2 2 0 GPRO0740 Organização Industrial
Parcial 07/10: 360 15 10 10 0

8º Período Créditos Pré-Requisito(s)


N°. Código Disciplina CH CR T P E Código Disciplina

39 GPRO1640 Estratégia de Organizações 72 4 4 0 0 GPRO0740 Organização Industrial

Engenharia de
40 GPRO1740 Engenharia da Qualidade 72 3 2 2 0 GPRO1040
Métodos
Planejamento e Controle
41 GPRO2040 72 3 2 2 0 GPRO0740 Organização Industrial
da Produção
Arranjo Físico
42 GPRO2540 Logística e Transportes 72 3 2 2 0 GPRO1840
Industrial
110 créditos
44 GPRO3400 Estágio Supervisionado 360 8 0 0 20 -
acumulados
Parcial 08/10: 648 21 10 6 20

9º Período Créditos Pré-Requisito(s)

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N°. Código Disciplina CH CR T P E Código Disciplina
Engenharia da
45 GPRO2240 Gestão da Manutenção 72 3 2 2 0 GPRO1740
Qualidade
Engenharia
46 GPRO2340 Gestão de Projetos 72 3 2 2 0 GPRO1540
Econômico-Financeira
140 créditos
47 GPRO2600 Projeto Final I 72 2 0 4 0 - acumulados
Parcial 09/10: 216 8 4 8 0

10º Período Créditos Pré-Requisito(s)


N°. Código Disciplina CH CR T P E Código Disciplina

48 GPRO3300 Projeto Final II 72 2 0 4 0 GPRO2600 Projeto Final I

Vide Tabela de
49 Optativa I 72 4 4 0 0 -
Disciplinas Optativas
Vide Tabela de
50 Optativa II 72 4 4 0 0 - Disciplinas Optativas
Parcial 10/10: 216 8 4 8 0
Total: 3600 161 130 56 20

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5. CORPO DOCENTE
Os quadros a seguir apresentam a relação dos docentes que atuam no curso de
Engenharia de Produção, com respectiva titulação.
I. Servidores Federais do Quadro Permanente
# Nome Titulação Instituição Lattes Regime
1 Aluisio dos Santos Mestre COPPE/UFRJ
http://lattes.cnpq.br/3706424836329551 40DE
Monteiro Junior
2 Andréa Justino Ribeiro Doutor COPPE/UFRJ
http://lattes.cnpq.br/0864139613593286 40DE
Mello
3 Aruquia Barbosa Matos Doutor PUC-Rio
http://lattes.cnpq.br/4075772468689197 40DE
Peixoto
4 Christiane Roberta Mestre UFOP
http://lattes.cnpq.br/2971316628177028 40DE
Fernandes Guarnier
5 Chrystyane Gerth Mestre UFF
http://lattes.cnpq.br/0405457113235873 40DE
Silveira Abreu
6 Especialização UFRJ
http://lattes.cnpq.br/6757505363287356 40DE
Fabio Pinheiro Cardoso (**)
7 Fernanda Santos Mestre (*) COPPE/UFRJ
http://lattes.cnpq.br/1729587612794152 40DE
Araujo
8 Francisco Henrique de Doutor PUC-RIo
http://lattes.cnpq.br/6923110889919783 40DE
Freitas Viana
9 Gabriel di Lemos Doutor CBPF
http://lattes.cnpq.br/2973292749412379 40DE
Santiago Lima
10 Herlander Costa Alegre Doutor COPPE/UFRJ
http://lattes.cnpq.br/8364449851517601 40DE
da Gama Afonso
11 José André Villas Boas Doutor COPPE/UFRJ
http://lattes.cnpq.br/5948639242737014 40DE
Mello
12 José Diamantino de Doutor UERJ
http://lattes.cnpq.br/2456372266514836 40DE
Almeida Dourado
13 Julius Monteiro de Mestre UFF
http://lattes.cnpq.br/900401959010644 40DE
Barros Filho
14 Laercio Costa Ribeiro Doutor PUC-Rio http://lattes.cnpq.br/1226089314762050 40DE
15 Especialização UFRJ
http://lattes.cnpq.br/2276077048387726 40DE
Liliane da Costa Dias (**)
16 Marcelo Oliveira Doutor UFRJ
http://lattes.cnpq.br/7554037697624962 40DE
Pereira
17 Maurício Vilela Guerra Doutor PUC-Rio http://lattes.cnpq.br/9192683847499560 40DE
18 Paulo Sergio Rosa Doutor IME
http://lattes.cnpq.br/9720878399265351 40DE
Fernandes
19 Pedro Senna Vieira Mestre PUC-Rio http://lattes.cnpq.br/5524140651664494 40DE
20 Rafael Burlamaqui Mestre (*) UCPEL
http://lattes.cnpq.br/7812211160354490 40DE
Amaral
21 Rafael Prudencio Doutor UFF
http://lattes.cnpq.br/0183050877542310 40DE
Sacsa Diaz
22 Rildo Soares Gomes Mestre (*) UFRGS http://lattes.cnpq.br/1328343333863721 40DE
23 Romulo Bessi Freitas Mestre (*) ITA http://lattes.cnpq.br/9765735933312045 40Subst
24 Vinicius Ribeiro Santos Mestre (*) Cefet-RJ
http://lattes.cnpq.br/7324264366851331 40DE
De Sa Brito
25 Viviane Rodrigues Mestre UFRJ
http://lattes.cnpq.br/5609878956440573 40DE
Madeira
26 Wagner Pimentel Doutor COPPE/UFRJ http://lattes.cnpq.br/7909644384555346 40DE
27 Wanderson Rodrigues Mestre (*) UFF
http://lattes.cnpq.br/6705888034370579 40DE
Bispo
28 Washington Souza Mestre CEFET/RJ
http://lattes.cnpq.br/2055079604886277 40DE
Nery
29 Wellington Wallace Doutor UFRJ
http://lattes.cnpq.br/3375274028298394 40DE
Miguel Melo
(*) em Doutoramento
(**) Mestrando

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6. INSTALAÇÕES

6.1. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DA UnED/ Nova Iguaçu


O Departamento de Engenharia de Produção da Unidade Nova Iguaçu (DEPRO-NI),
assim como os demais departamentos acadêmicos da graduação, encontra-se
subordinado ao Departamento de Educação Superior (DEPES).
O DEPES, por sua vez, encontra-se vinculado à Diretoria de Ensino (DIREN) que é uma
das cinco diretorias do Sistema CEFET/RJ, a responsável pelo ensino nos níveis: médio,
técnico e graduação.
O DEPRO-NI, responsável pelo Curso de Graduação em Engenharia de Produção,
mantém forte interação com o Departamento de Engenharia Industrial de Controle e
Automação de Nova Iguaçu.

6.2. LABORATÓRIOS
6.2.1. Laboratórios de apoio ao ensino de conteúdos básicos
 Laboratório de Física
O laboratório de Física, localizado no 3º. Andar do Bloco B, possui equipamentos tais
como paquímetros, micrômetros, amperímetros, voltímetros e cronômetros. É usado para
dar apoio às atividades práticas das disciplinas de Física.
 Laboratório de Química
O laboratório de Química, também localizado no 3º. Andar do Bloco B, dispõe, entre
outros, os seguintes equipamentos: aparelhos gravimétricos – balanças analíticas;
aparelhos volumétricos – buretas, pipetas volumétricas e graduadas, baldes volumétricos,
bécher e erlenmeyer.
O laboratório dá apoio às atividades práticas da disciplina de Química.
 Laboratórios de Informática
O CEFET/RJ UnED/NI dispõe de três laboratórios de informática de apoio ao ensino de
conteúdos básicos. Adicionalmente aos laboratórios destinados ao ensino, encontra-se
em fase de implementação um novo espaço de informática, chamado de “aquário”, para
estimular a pesquisa e a interação entre os discentes.
As máquinas existentes nos diversos laboratórios encontram-se em rede de modo que os
usuários possam acessar os programas de qualquer equipamento. Entre os programas
disponíveis nos laboratórios de informática podem ser citados: sistemas operacionais
Windows XP e Linux; pacote MS Office; MS Project; Solver; Solid Works; AutoCad; C++;
Java; Fortran.

 Sala de Desenho
A UnED/NI possui uma sala de desenho equipada com carteiras apropriadas ao
desenvolvimento das competência em expressão gráfica dos discentes.
6.2.2. Laboratórios de apoio ao conteúdo profissionalizante específico
Os principais laboratórios dos alunos de Engenharia de Produção são as empresas. Em
disciplinas como Engenharia de Métodos e Ergonomia, por exemplo, os alunos
desenvolvem trabalhos a partir de estudos de caso em empresas onde realizam estágio
ou em empresas que se propõem a disponibilizar o acesso para realização de tais
atividades.

37
Há que se destacar que, como o curso é oferecido no turno da noite, os alunos começam
a fazer estágio normalmente a partir quarto período, ou seja, antes mesmo de cursarem a
disciplina Estágio Supervisionado.
Para a formação específica e de acordo com a ênfase em Mecatrônica do curso de
Engenharia de Produção, o CEFET/RJ UnED/ Nova Iguaçu conta com os seguintes
ambientes/laboratórios:
 Laboratório de Metalografia e Tratamentos Térmicos;
 Laboratório de Ensaios;
 Laboratório de Metrologia;
 Laboratório de Robótica (em fase final de montagem);
 Laboratório de Eletrônica;
 Laboratório de Automação;
 Laboratório de Elétrica;
 Laboratórios de Informática (3): aulas de CAD e disciplinas que necessitem deste
meio.
6.2.3. Laboratórios de apoio ao conteúdo profissionalizante específico
Formalizado no final de 2007 junto à Diretoria de Extensão (DIREX) do Sistema
CEFET/RJ, o Núcleo de Empreendedorismo e Tecnologias Sociais (NETS) fora
efetivamente constituído na UnED/NI em Janeiro de 2008, tendo como missão contribuir
para a promoção do desenvolvimento local sustentável e da articulação empreendedora
da Instituição enquanto ator social relevante.
O NETS agrega discentes e docentes na realização de projetos de ensino, pesquisa e
extensão, contando com o apoio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação
Científica (PIBIC-CEFET/RJ); Departamento de Educação Superior (DEPES) e Diretoria
de Extensão (DIREX).
O ELOS, Núcleo de Estudos em Logística Operações e Serviços, se estabeleceu em
2010, tendo apoiado eventos, publicado artigos em congressos e periódicos.

6.3. BIBLIOTECA
A Biblioteca tem o objetivo de atender o corpo discente e docente, servidores técnico-
administrativos do CEFET/RJ. A Biblioteca da UnED/NI está vinculada á Biblioteca
Central do CEFET/RJ, situada na Unidade-Maracanã, que está ligada à Rede Bibliodata
CALCO da Fundação Getulio Vargas que permite a agilização do Processamento
Técnico e localização de material bibliográfico no Brasil. Em processo de implantação
está o SISBIBLI na Contempory, que viabilizará a automação da Unidade.
Os serviços prestados pela Biblioteca são: empréstimo domiciliar; empréstimo entre
bibliotecas; empréstimo especial; serviço de referência; reprodução de documentos;
levantamento bibliográfico; consultas locais; COMUT (comutação bibliográfica on-line de
artigos de periódicos); acesso ao Portal de Periódicos da CAPES; Rede Antares;
orientação à pesquisa e multimídia; mural informativo; e serviço de ouvidoria (para
reclamações gerais, sugestões de aquisição de publicações e sugestões na melhoria dos
serviços).
A Biblioteca Central ocupa uma área de aproximadamente 1.200 m2, no 4º andar do
Bloco E constituída por salão de consultas; sala de periódicos; sala de obras de
referência; dois auditórios sendo que um serve também como videoteca; salas de vídeo;
salas de acesso à Internet; e local para estudo individual e em grupo.

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O acervo da biblioteca é constituído por livros, teses, dissertações, projetos finais,
periódicos e fitas de vídeo. Particularmente nos últimos anos foram adquiridos livros
principalmente das áreas de Engenharia de Produção e Administração Industrial para
atender a demanda desses cursos que se iniciaram em 1998.

6.4. SALAS DE AULA E AUDITÓRIOS


O CEFET/RJ UnED/NI dispõe de 18 salas de aula utilizadas pelo curso de Engenharia de
Produção localizadas nos blocos A, B e C do Campi. A UnED/NI dispõe ainda de um
Anfiteatro e um Auditório para apresentações diversas inclusive para a defesa dos
projetos finais. Esses auditórios apresentam capacidade que varia de 40 a 500 pessoas.

6.5. CAMPUS
O curso de Engenharia de Produção funciona na Unidade de Ensino Descentraliza de
Nova Iguaçu.
No interior da UnED/NI existe uma infraestrutura de apoio acadêmico, composta por
estacionamento; restaurante, lanchonete, papelaria e uma copiadora, além dos serviços
de segurança patrimonial.

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