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Fundamentos de Química Analítica, Ione M F Oliveira, Maria José S F Silva e Simone F B Tófani, 2010

Curso de Licenciatura em Química, Modalidade a Distância, UFMG

AULA 4
Equilíbrio Ácido – Base
Introdução ao Equilíbrio Ácido-Base

Objetivos

 Conhecer as teorias de ácidos e bases de Arrhenius, de Brönsted e Lowry e de Lewis.


 Identificar os pares ácidos e bases conjugados em uma reação química.
 Conhecer o processo de autoionização da água e sua constante de equilíbrio.
 Escrever a constante de equilíbrio para reações ácido e base.
 Reconhecer a força dos ácidos e bases por meio de suas constantes de equilíbrio Ka e Kb
, respectivamente.
 Conhecer a escala logarítmica para as soluções ácidas e básicas.
 Calcular o pH de soluções de sais de reações ácidas, básicas, neutras e anfóteras.
 Calcular o pH de soluções de ácidos polipróticos e bases poliácidas.

Introdução

1. Teoria protônica dos ácidos e bases


A classificação de certas substâncias como ácidas ou básicas teve sua origem na observação
de algumas propriedades físicas e químicas que estes compostos conferem às suas soluções aquosas
e de algumas características organolépticas dessas substâncias.
Os ácidos são substâncias eletrolíticas de sabor azedo, que reagem com diversos metais (os
chamados metais ativos) liberando gás hidrogênio, reagem também com carbonatos liberando gás
carbônico, avermelham o papel de tornassol e destroem as propriedades das bases.
As bases são substâncias eletrolíticas amargas, escorregadias ao tato, deixam o papel de
tornassol azul e destroem as propriedades dos ácidos.
As teorias sobre ácidos e bases foram propostas para explicar o comportamento dessas
substâncias baseando-se em algum princípio mais geral.

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As principais teorias são de Arrhenius (1887), de Brönsted-Lowry (1923) e de Lewis (1923).

1.1. Teoria de Arrhenius


Arrhenius definiu os ácidos como substâncias que contêm hidrogênio em sua fórmula e que
em soluções aquosas se dissociam ou ionizam formando íons H+ e as bases como substâncias que
contêm a hidroxila em sua fórmula e se dissociam formando íons OH. Assim, a produção de íons
H+ ou de íons OH em solução aquosa é, de acordo com Arrhenius, a responsável pelas
propriedades ácidas e básicas de substâncias, respectivamente. Esquematicamente, em solução
aquosa, escrevemos,

 H+ + A
H O
Ácidos: HA 
2
Se dissociam ou ionizam e fornecem o
íon hidrogênio

 B+ + OH
H O
Bases: BOH 
2
Se dissociam e fornecem o íon hidróxido
A reação de neutralização de um ácido com uma base corresponde, portanto, a combinação
entre as espécies iônicas H+ e OH, produzindo água, conforme a equação:

H+ + OH ⇌ H2O
A teoria de Arrhenius ignora o papel ativo que o solvente exerce no processo de dissociação
ou de ionização, além de não explicar o caráter básico de algumas soluções, como é o caso de uma
solução de amônia, NH3. Na tentativa de suprir as limitações dessa teoria, outras teorias foram
propostas.

1.2. Teoria de Brönsted-Lowry


Brönsted e Lowry, independentemente, propuseram uma teoria mais ampla e geral para a
definição de ácidos e bases. Segundo essa teoria, o comportamento como ácido e como base
depende da reação da qual a espécie participa. Os ácidos foram definidos como espécies capazes de
doar prótons numa reação química, e as bases, como espécies capazes de receber prótons numa
reação química. Dessa forma, nem os ácidos nem as bases seriam classificados como tais, se
estivessem isolados. A sua classificação depende, necessariamente, da análise de uma reação
química específica.
Esse comportamento pode ser representado por:

Ácido ⇌ H+ + Base

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Portanto, quando um ácido perde um próton resulta em uma espécie deficiente de próton,
que por sua vez se comporta como uma base. O ácido e a sua base correspondente formam um par
ácido-base conjugado.
Para que um ácido possa doar um próton, torna-se necessário a presença de uma base para
recebê-lo e vice-versa. Em especial, o mecanismo de dissociação ou ionização dos ácidos em uma
solução deve ser entendido como a transferência de um ou mais próton(s) do ácido para o solvente:

(Hn)Ácido + Solvente ⇌ (Hn-m)Ácidom+ (Hm)Solvente+m


Reciprocamente, o mecanismo de dissociação ou ionização das bases em solução pode ser
entendido como a transferência de próton(s) do solvente para a base:

Base + (Hn)Solvente ⇌ (Hm)Basem+ (Hnm)Solventem

Por exemplo, em soluções aquosas podemos descrever a ionização do ácido clorídrico por:

HCl + H2O → H3O+ + Cl


Ácido1 Base 2 Ácido 2 Base 1

onde HCl (ácido 1) e o íon cloreto, Cl (base 1) formam um par conjugado de ácido e base e a H2O
(base 2) e o íon hidrônio H3O+ (ácido 2) formam o outro par conjugado de ácido e base. Observe
que neste caso é formada a espécie H3O+, proveniente da abstração dos íons H+ doados pelo ácido
para as moléculas do solvente, H2O.

Outro exemplo, em soluções aquosas podemos descrever a ionização da amônia por:

NH3 + H2O ⇌ NH4+ + OH


Base 1 Ácido 2 Ácido 1 Base 2
onde a amônia, NH3 (base 1) e o íon amônio, NH4+ (ácido 1) formam um par conjugado e a H2O
(ácido 2) e o íon hidroxila, OH (base 2) formam o outro par conjugado.
De acordo com esses mecanismos, podemos verificar o papel ativo do solvente que pode,
ora agir como uma base, ora como um ácido. Espécies que assim procedem são denominadas
anfóteras. Substâncias anfóteras comportam-se como ácidos ou bases, dependendo das outras
substâncias (reagentes) que estão presentes em uma solução.
As reações ácido-base não estão limitadas apenas a água, mas podem ocorrer com outros
solventes que tenham caráter ácido ou básico. Vejamos alguns exemplos:

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HCl + C2H5OH ⇌ C2H5OH2+ + Cl


Ácido1 Base 2 Ácido 2 Base 1

HCl + H3CCOOH ⇌ H3CCOOH2+ + Cl


Ácido1 Base 2 Ácido 2 Base 1
No primeiro caso, em uma solução alcoólica, o etanol, C2H5OH, é um solvente com características
básicas, pois recebe um próton do ácido clorídrico. No segundo caso, uma situação interessante, o
ácido acético, H3CCOOH, age como uma base na presença do ácido clorídrico.
Na teoria de Brönsted-Lowry, o termo neutralização não tem o sentido de destituição das
propriedades do ácido e da base, já que a reação entre eles resulta em um novo ácido e em uma
nova base. O termo neutralização só pode ser aplicado para reações onde o produto da reação é
apenas a água.. Em reações que levam à formação de outros produtos, esse termo não poderá ser
aplicado, visto que o par formado também é um ácido e uma base e, assim, a solução resultante não
será neutra.
A teoria de Brönsted-Lowry unifica certos processos envolvendo um ácido e uma base. Um
exemplo é a reação de hidrólise dos sais que nada mais é do que uma reação ácido-base. Hidrólise é
uma reação onde há a participação da água, de forma direta:

 NH4+ + Cl
H O
NH4Cl(s) 
2
(1)

NH4+ + H2O ⇌ NH3 + H3O+ (2)

 Al3+ + 3Cl
H O
AlCl3(s) 
2
(3)

Al3+ + 6 H2O ⇌ Al(H2O)63+ (4)

Al(H2O)63+ + H2O ⇌ Al(H2O)5OH2+ + H3O+ (5)

 CH3COO + Na+
H O
CH3COONa(s) 
2
(6)

CH3COO + H2O ⇌ CH3COOH + OH    (7)


Note que nas equações 1, 3 e 6, a água participa do processo de dissolução dos sólidos, cloreto de
amônio, NH4Cl, cloreto de alumínio, AlCl3 e acetato de sódio, CH3COONa, estabilizando os íons
formados em solução. Nas equações 2, 4, 5 e 7 ocorre a hidrólise, determinando o caráter ácido ou
básico da respectiva solução. Na equação 4 temos a formação de um aquocomplexo que, por sua
vez, será hidrolisado.

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É oportuno apontarmos, neste momento, que existem outras teorias mais amplas e mais
complexas de ácidos e bases do que as duas citadas anteriormente. Porém, no que concerne a
presente disciplina, a teoria de Brönsted-Lowry é suficiente para as discussões e análises que
desejamos fazer. Em Química Analítica, trabalharemos com a teoria de Brönsted-Lowry e, sem
perda de generalidade, concentraremos nossas atenções apenas para soluções que utilizam água
como solvente.

2. Autoionização da água
O caráter anfótero da água se manifesta na sua autoionização, isto é, na reação ácido-base
entre duas moléculas de água. A água é um eletrólito extremamente fraco, que se ioniza segundo a
equação:

H2O + H2O ⇌ H3O+ + OH; Kw = [H3O+] [OH]


A constante Kw , é denominada de produto iônico da água e, a 25 oC, tem o valor numérico
de 1,008 × 1014. Por conveniência vamos, nas nossas considerações futuras, considerá-lo igual a
1,00 × 1014. Deste modo, dada a relação estequiométrica da equação de autoionização da água,
temos que [H3O+] = [OH] e, portanto,
[H3O+] = 107 mol L = [OH]

3. Força de ácidos e bases


A força de um ácido ou de uma base é devida a extensão da reação do ácido ou da base com
água. Esta força representa fisicamente a tendência que um ácido tem em doar ou que uma base tem
em receber prótons.
Uma propriedade importante dos pares ácido e base conjugados surge de uma relação de
reciprocidade que ocorre para a tendência entre receber ou doar prótons: se um ácido tem uma
grande tendência em doar prótons, a sua base conjugada tem, necessariamente, pouca tendência em
recebê-los, e vice-versa. Se um ácido tem uma pequena tendência em doar prótons, a sua base
conjugada tem, necessariamente, uma grande tendência em recebê-los. Desta forma, entendemos
que um ácido relativamente forte dá origem a uma base conjugada relativamente fraca e,
reciprocamente, um ácido relativamente fraco dá origem a uma base conjugada relativamente forte.
Como exemplos, tomemos os casos das soluções aquosas de ácido acético (a) e fenol (b):
Kw
a. CH3COOH + H2O ⇌ H3O+ + CH3COO; K a  1,8 x10 5 ; Kb   5,6 x10 9
Ka

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O ácido acético tem uma maior tendência em doar um próton para água do que a sua base
conjugada, o íon acetato, CH3COO, tem de receber um próton da água. Essa conclusão é
fundamentada pelos valores das chamadas constantes de acidez Ka e basicidade Kb do ácido
acético e do íon acetato; é observado que Ka > Kb . Portanto, se um ácido é relativamente forte,
consequentemente, sua base conjugada será relativamente fraca, o que é confirmado pelos valores
numéricos das respectivas constantes de acidez Ka e basicidade Kb.

b. C6H5OH + H2O ⇌ H3O+ + C6H5O ; Ka = 1,1 × 1010; Kb = 9,1 × 105


Se observarmos os valores de Ka e Kb para as espécies C6H5OH, fenol, e C6H5O íon fenolato,
podemos concluir que o fenol tem uma menor tendência em doar um próton para água do que a sua
base conjugada tem de receber um próton da água.
Comparando os valores de Ka do ácido acético (Ka=1,8×10) e do fenol (Ka=1,1×10)
podemos concluir, imediatamente, que o ácido acético é um ácido mais forte do que o fenol. Por
outro lado, as constantes Kb = 5,6×10 e Kb = 9,1×10 dos íons acetato e fenolato,
respectivamente, indicam que o fenolato é uma base muito mais forte que o acetato.
Uma classificação mais geral do caráter ácido ou básico das substâncias pode ser feita
comparando suas forças com o caráter básico ou ácido de uma substância de referência.
Normalmente, para o caso das soluções aquosas, a água é escolhida como a espécie de referência.
Ordenamos, assim, os ácidos conforme a sua força em relação à sua reação com a água.
Por exemplo: consideremos os seguintes ácidos e as suas respectivas constantes de acidez:

1. Ácido cloroso: HClO2 + H2O ⇌ H3O+ + ClO2 ; Ka = 1,1 x 10

2. Ácido acético: CH3COOH + H2O ⇌ H3O+ + CH3COO; Ka=1,2 x 105;

3. Ácido fenílico - fenol: C6H6O + H2O ⇌ H3O+ + C6H5O ; Ka = 4,2 x 10;


Qual dos três tem maior tendência em agir como ácido em solução aquosa? Ou, em outras
palavras, qual dos três tem maior tendência em doar prótons para água?
Considerando o valor numérico das constantes de acidez, podemos dizer que o ácido cloroso é mais
forte, ou seja, tem maior tendência em doar prótons para a água do que o ácido acético, que por sua
vez, é mais forte do que o fenol.
Podemos também, a partir desses dados, ordenar a força das bases conjugadas desses ácidos. Neste
caso, a base conjugada do fenol, o íon fenolato, é mais forte, ou seja, tem maior tendência em
receber o próton da água, do que a base conjugada do ácido acético, o íon acetato, que por sua vez,
é mais forte do que o íon clorito.

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Exercício: Para as seguintes bases e suas respectivas constantes de basicidade, qual tem maior
tendência em receber prótons da água? Qual delas dará origem ao ácido conjugado mais forte?

1. Amônia: NH3 + H2O ⇌ NH4+ + OH; Kb = 1,8 × 10;

2. Piridina: C5H5N + H2O ⇌ C5H5NH+ + OH; Kb = 1,9 × 10;

3. C6H5NH2 + H2O ⇌ C6H5NH3+ + OH; Kb =4,0 × 10;

Resumindo
Quanto maior a constante ácida Ka, maior é a força do ácido;
Quanto maior a constante básica Kb , maior é a força da base.

Devemos observar que não é possível estabelecer as forças relativas dos ácidos e bases
fortes em relação à água. A água não tem capacidade para diferenciar a força dos ácidos e das bases
fortes, comportamento denominado efeito nivelador. A razão da existência do efeito nivelador se
deve ao fato de que, para um ácido forte HX, a sua dissociação

HA + H2O → H3O+ + A

[H 3O  ] [ X  ]
é completa em água, e a constante de equilíbrio dessa reação, K a  , tende para
[ HX ]
infinito, pois a concentração de HX é desprezível.
Desse modo, todos os ácidos e bases fortes têm constantes que não são mensuráveis e, por
conseguinte, não conseguimos medir a força relativa dos ácidos e bases fortes em relação à água.
Logo, esse solvente nivela a força desses ácidos e dessas bases e não os diferencia em relação à sua
força. Outros solventes podem, entretanto, ser usados para diferenciar a força dos ácidos e bases
fortes (Efeito Diferenciador).

4. Constante de ionização dos pares ácidos e bases conjugados

Podemos estabelecer uma relação entre as constantes de ionização, Ka e Kb, de um par


ácido-base conjugado fracos,

 [ H 3O  ][ A ]
Ácido fraco: HA + H2O ⇌ H3O + A ; +
Ka  (1)
[ HA]

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[ HA][OH  ]
Base fraca: A + H2O ⇌ OH + HA; Kb  ( 2)
[ A ]

Para isso, além das relações (1) e (2) acima, introduzimos a constante do produto iônico da água,
Kw = [H3O+] [OH]. Rearranjando essa última expressão, obtemos
Kw
[OH  ] 
[ H 3O  ]
que introduzida na equação (2), fornece:
K w [ HA]
Kb 
[ A  ] [ H 3O  ]
ou
Kb [ HA]
  (3)
K w [ A ] [ H 3O  ]

[ H 3O  ][ A  ]
Porém, sabemos que K a  , o que nos leva a reduzir a equação (3) à forma
[ HA]
Kb 1

Kw Ka
ou
K w  Ka x Kb (4)

Esta última relação possibilita a determinação da constante Kb de uma base conjugada à um ácido,
cuja constante ácida é Ka, e vice-versa.

5. Escala de pH e pOH
Nas discussões sobre equilíbrio químico, frequentemente, trabalhamos com números muito
pequenos para as constantes Ka de um ácido ou Kb de uma base. Deste modo, é conveniente
trabalharmos com esses números em uma escala logarítmica. Para isso utilizaremos, sempre que
possível, o operador p que implica na extração do recíproco do logaritmo (base 10) de um número.
Por definição, se X é um número real e positivo, então,
pX = log(X)
Se [A] é a concentração em mol por litro, mol L, de uma dada substância A em uma
solução, então,
pA = log([A])

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Faremos uso frequente do logaritmo (base 10) negativo da concentração de íons hidrônio
[H3O+], expressa em mol L, em solução aquosa. A esse logaritmo chamaremos de pH da solução.
Pela definição da função p, escreveremos, então,
pH = log([H3O+])

Os cálculos dos logaritmos das concentrações de íons [H3O+], em mol L, podem ser feitos
com auxílio das propriedades simples dos logaritmos (reveja o livro de Cálculo Diferencial e
Integral I) e de uma calculadora que possua esse recurso.
Por exemplo, se [H3O+] = 2,0×104 mol L então pH = log(2,0×104) = 3,7 ou,
pH = -log 10-4 + (-log 2,0)
pH = 4 – 0,3
pH = 3,7
Analogamente, definimos pOH como o recíproco do logaritmo (base 10) da concentração
de íons hidroxila [OH], em mol L, em uma solução:
pOH = log [OH]
Considerando a equação que define o produto iônico da água, [H3O+] [OH] = 1014,
podemos escrever uma relação entre pH e pOH, na forma:

log([H3O+][OH]) = log([H3O+]) log([OH]) = log(1014) ou,

pH + pOH = 14 (5)

Por outro lado, usando a equação Kw = Ka Kb , obtemos:


logKaKb log Ka + (log Kb) = log(1014)
ou,
pKa + pKb = 14 (6)

Baseado nas igualdades (5) e (6), as soluções são classificadas, em geral, como soluções
ácidas se o seu pH é menor que 7, e como soluções básicas se o seu pH é maior que 7. Soluções
com pH=7 são classificadas como neutras.

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Anote!
pH < 7, Soluções ácidas
pH > 7, Soluções básicas
pH = 7, Soluções neutras

AUTO AVALIAÇÃO
1. Explique a teoria de Brönsted e Lowry.
2. Nas reações químicas descritas abaixo, identifique os pares ácido e base conjugados:

a. PO43 + H2O ⇌ HPO42 + OH;

b. HNO3 + H2O ⇌ NO3 + H3O+;

c. HCOOH + H2O ⇌ HCOO + H3O+;

d. CH3CH2NH2 + H2O ⇌ CH3CH2NH3+ + OH;


3. Escreva as expressões de constante de equilíbrio para reações ácido e base descritas no item
2.
4. Consulte uma tabela com as constantes de ionização dos ácidos e bases. Baseando-se nos
valores das constantes de equilíbrio, estabeleça a força dos seguintes ácidos e suas bases
conjugadas e bases e seus ácidos conjugados, em ordem crescente:
a. ácido benzóico; ácido fórmico; ácido cloroacético; ácido nitroso; ácido fluorídrico
b. dimetilamina; benzilamina; piridina; amônia; anilina
5. Para os ácidos ou bases fortes é possível estabelecer a força relativa entre eles? Justifique
sua resposta.

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