Escolas de Profetas No Antigo Testamento - Apoio A Aula 12

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Escolas de profetas no Antigo Testamento

Material de apoio a aula 12

Fonte:
http://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2013/2013-01-
12.htm

Escola de Profetas: Instituição de ensino do Antigo Testamento cujo


objetivo era a transmissão dos valores morais e espirituais que Deus
havia entregado a Israel através de sua Palavra.

Por diversas vezes, vemos a expressão “filhos dos profetas”


aparecer nos livros de Reis. Os filhos, ou discípulos, dos profetas
estavam radicados em Betel, Jericó e Gilgal (2 Rs 2.3,5,7,15; 4.38). O
contexto dessas passagens não deixa dúvidas de que esta expressão
pode ser entendida como sinônimo para escola de profetas.
O fato serve para mostrar que a educação religiosa, ou formal, já
recebia destaque no antigo Israel. Ressalvamos que as escolas de
profetas não tinham como propósito ensinar a profetizar. Isso é uma
atribuição divina. Todavia, era um testemunho vivo de que o povo de
Deus, em um passado tão distante, preocupava-se em passar às
gerações mais novas sua herança cultural e espiritual. Por isso,
vejamos nessa lição, a Escola de Profetas sob quatro perspectivas.

I. A INSTITUIÇÃO DAS ESCOLAS DE PROFETAS

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1. Noção de organização e forma. O texto de 2 Reis 6.1 mostra
que essas Escolas de Profetas possuíam uma estrutura física. Eles
viviam em comunidade e, portanto, careciam de espaço físico não
somente para habitar, mas também onde pudessem ser instruídos:
“Eis que o lugar em que habitamos diante da tua face nos é estreito.
Vamos, pois, até ao Jordão, e tomemos de lá, cada um de nós, uma
viga, e façamo-nos ali um lugar, para habitar ali”.
Observa-se nesse texto que a estrutura acabou ficando
inadequada e um espaço maior foi reclamado. Para que se tenha uma
educação de qualidade necessita-se de uma estrutura adequada. Não
podemos educar sem primeiro estruturar!

2. Noção de organismo e função. As escolas de profetas


estavam sob uma supervisão e, portanto, possuíam um líder espiritual
que lhes dava orientação.
Os estudiosos acreditam que as escolas de profetas surgiram com
Samuel (1 Sm 10.5,10; 19,20) e, posteriormente, consolidaram-se
com a monarquia nos ministérios de Elias e Eliseu.
No texto de 2 Reis 6.1, verificamos que os discípulos dos profetas
estavam sob a orientação de Eliseu e era com este profeta que
buscavam instrução. Eliseu não era apenas um homem com dons
sobrenaturais capaz de prever o futuro ou operar grandes milagres,
mas também um profeta que possuía uma missão pedagógica.

SINOPSE DO TÓPICO (I)

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Eliseu não era apenas um homem com dons sobrenaturais, mas
também um profeta que possuía uma missão pedagógica.

II. OS OBJETIVOS DAS ESCOLAS DE PROFETAS

1. Treinamento. O texto de 2 Reis 2.15,16 mostra que fazia parte


do treinamento das escolas dos profetas trabalhar sob as ordens do
líder, obtendo assim permissão para a execução de cada tarefa.
Em outras situações observamos que os filhos dos profetas,
quando já treinados, podiam agir por conta própria em determinadas
situações (1 Rs 20.35). Na igreja o discipulado ocorre quando aquele
que foi ensinado compartilha com outro o seu aprendizado.
2. Encorajamento. Os expositores bíblicos observam que Eliseu
não limitava o seu ministério à pregação itinerante e a operação de
milagres, mas agia também como um supervisor das escolas de
profetas. Ele fornecia instrução e encorajamento aos jovens que ali
estavam.
O contexto de 1 e 2 Reis não deixa dúvidas de que Elias e Eliseu
muito preocuparam-se em transmitir às gerações mais novas o que
haviam aprendido do Senhor. Nessas escolas, portanto, esses alunos
eram encorajados a buscar uma melhor compreensão da Palavra de
Deus. Não há objetivo maior para um educador do que encorajar o
educando a buscar a excelência no ensino.

SINOPSE DO TÓPICO (II)

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As Escolas de Profetas forneciam instrução e encorajamento aos
alunos a fim de que eles buscassem uma melhor compreensão da
Palavra de Deus.

III. O CURRÍCULO DAS ESCOLAS DE PROFETAS

1. A Escritura. Acompanhando o ministério de Elias, vemos que a


Palavra de Deus fazia parte do conteúdo ensinado nas escolas de
profetas. Dele, Eliseu recebeu essa herança. Quando se encontrava
no monte Sinai, Elias queixou-se de que os israelitas haviam
abandonado a aliança divina, destruído os locais do verdadeiro culto e
matado os profetas do Senhor (1 Rs 19.10).
A Palavra de Deus, em especial o livro de Deuteronômio,
especificava que princípios e preceitos regiam a aliança de Jeová com
o seu povo. A Palavra de Deus era e é essa aliança! Assim como
Elias, Eliseu também estava familiarizado com as implicações do
concerto divino. Era a Palavra de Deus que ele ensinava aos seus
discípulos. É a Palavra de Deus que nós também devemos ensinar
hoje.
2. A experiência. Elias e Eliseu eram homens experientes e
partilhavam com os outros o que haviam aprendido do Senhor (2 Rs
2.15, 19-22; 4.1-7, 42-44). No entanto, no contexto bíblico, a
experiência não está acima da revelação divina conforme se encontra
registrada na Bíblia. A Palavra de Deus é quem julga a experiência e
não o contrário. Elias, por exemplo, afirmou que suas experiências
tiveram como fundamento a Palavra de Deus (1 Rs 18.36).

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Os mais jovens devem ter a humildade de aprender com os mais
experientes e os mais experientes não devem desprezar os saberes
dos mais jovens. O aprendizado se dá através do processo de
interação e a experiência faz parte desse processo.

SINOPSE DO TÓPICO (III)

O currículo da Escola de Profetas era em especial o livro de


Deuteronômio, pois especificava os princípios e preceitos que regiam
a aliança de Jeová com o seu povo.

IV. A METODOLOGIA DA ESCOLA DE PROFETAS

1. Ensino através do exemplo. As Escolas de Profetas seguiam


o idealismo hebreu concernente à educação. Havia uma relação entre
professor e aluno na comunidade onde viviam. A educação acontecia
também na sua forma oral e o exemplo era um desses métodos
adotados no processo educativo. Não há como negar que Eliseu
ensinava através do exemplo. Há vários relatos sobre os milagres de
Eliseu, nos quais se percebe que o aprendizado acontecia através da
observação das ações do profeta.
Geazi, discípulo de Eliseu, sabia que seu mestre era um exemplo
de honestidade. Em o Novo Testamento, Jesus Cristo colocou-se
como o exemplo máximo a ser seguido e Paulo se pôs como um
modelo a ser imitado (Mt 9.9; 1 Co 11.1).
2. Ensino através da Palavra. Eliseu não deixou nada escrito. O
que sabemos dele é através do cronista sagrado. Mas esse fato não
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significa que o profeta não usasse a Palavra de Deus em sua vida
devocional e também como instrumento de instrução nas Escolas de
Profetas.
A forma como Eliseu julgava o comportamento dos reis,
aprovando-os, ou reprovando-os, não deixa dúvidas de que usava a
Palavra de Deus escrita para discipular os alunos das Escolas de
Profetas. Eliseu, por exemplo, mediu a iniquidade de Acabe através
da piedade de Josafá. Acabe era um rei mau porque não andava
conforme a Palavra de Deus, enquanto Josafá era estimado por fazer
o caminho inverso.

SINOPSE DO TÓPICO (IV)


As Escolas de Profetas seguiam o idealismo hebreu concernente à
educação.

CONCLUSÃO

Através do ministério de Eliseu, observamos que as Escolas de


Profetas eram dedicadas ao ensino formal. Ali era ensinada a Palavra
de Deus. Esse fato, por si só, é de grande relevância para nós,
porque demonstra a preocupação do homem de Deus em passar a
outros o conhecimento correto sobre o Deus único e verdadeiro.
Os tempos mudam e a cultura também. Hoje, sabemos que a
educação secular possui grande importância e, infelizmente para
muitos, é a única forma de educação existente. Não podemos
negligenciar a educação secular, mas não podemos de forma alguma

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perder de vista a dimensão espiritual do conhecimento divino, que se
encontra na Bíblia Sagrada.

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